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Contribuição de: Bianca Nascimento Leonardo Mendonça Renato Miranda BELÉM-PA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FACULDADE DE MEDICINA INTERNATO DE CLINICA CIRÚRGICA CÂNCER DE PULMÃO • Neoplasias malignas que se originam do epitélio respiratório; • 90% Carcinoma broncogênico: • Pequenas células e não pequenas células (epidermóide, adenocarcinoma e grandes células anaplásico). CÂNCER DE PULMÃO – EPIDEMIOLOGIA • É o mais freqüente no mundo (aumento de 2% ano); • Maior número de óbitos; • Brasil: • 1° causa de morte por câncer em homens (31%); • 2° causa de morte por câncer em mulheres (25%) • Estimativas de novos casos: • 27.630, sendo 17.800 homens e 9.830, mulheres (2010); • Número de mortes: • 20.485, sendo 13.050 homens e 7.435, mulheres (2008) CÂNCER DE PULMÃO – EPIDEMIOLOGIA • Sobrevida em 5 anos: 13%; • 1 ano após diagnóstico: 40% vivos; • Maioria dos diagnósticos: metástases (55%); • 25%: Linfonodos regionais; • 15%: doença local; • Média de idade: 60 anos; • Alta malignidade; • Aumento nas mulheres. CÂNCER DE PULMÃO – FATORES DE RISCO • TABAGISMO: CIGARRO É O PRINCIPAL! • 90% dos homens e 80% das mulheres; • Carcinógenos lesão células pulmonarestumorais; • Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, N- nitrosamina tabaco – específicas, aldeídos voláteis; • Nicotina: inibição da apoptose de células tumorais. CÂNCER DE PULMÃO – FATORES DE RISCO • TABAGISMO: • Idade de início, tempo, cigarros/dia, profundidade de fumaça inalada; Carga tabágica: N° de maços/dia X n° de anos de fumo • Alto risco: 20 maços/ano; • 15 – 20 anos após cessação: risco diminui. CÂNCER DE PULMÃO – FATORES DE RISCO • TABAGISMO: • Charutos e cachimbos: risco menor que no cigarros; • Fumante passivo: aumento do risco em filhos e cônjuges; • Para cada 3 cigarros fumados, 1 é inalado por um fumante passivo; • Maconha: Não bem documentada. PARA 3 A 4 CIGARROS DE MACONHA = 20 CIGARROS CÂNCER DE PULMÃO – FATORES DE RISCO • EXPOSIÇÃO: • Ao asbesto: aumento de 60 a 100X; • Ao gás radônio: trabalhadores de minas; • Metais e carcinógenos industrias: minas e indústrias; • DOENÇAS PULMONARES: • Sarcoidose, fibrose pulmonar, DPOC, TB; • CÂNCER DE PULMÃO PRÉVIO; • PREDISPOSIÇÃO FAMILIAR: • Genes K-ras, c- myc, rb e p53 CÂNCER DE PULMÃO – AVALIAÇÃO DO PACIENTE • QUADRO CLÍNICO 2/3 da evolução do tumor FONTE: Diagnosis and Management of Lung Cancer: ACCP Guidelines, 2007. CÂNCER DE PULMÃO – AVALIAÇÃO DO PACIENTE • QUADRO CLÍNICO: 1. SINTOMAS DO TUMOR; 2. INVASÃO INTRATORÁCICA; 3. METÁSTASES À DISTÂNCIA; 4. ASSINTOMÁTICO. CÂNCER DE PULMÃO – AVALIAÇÃO DO PACIENTE • 1. SINTOMAS DO TUMOR: TOSSE (75%) Invasão da mucosa brônquica; Pneumonite pós – obstrutiva ou atelectasia HEMOPTISE (35%) Necrose do tumor; Ulceração da mucosa; Erosão dos vasos; Tromboembolismo pulmonar CHIADO LOCALIZADO (5%) Invasão do tumor na via aérea CÂNCER DE PULMÃO – AVALIAÇÃO DO PACIENTE • 2. INVASÃO INTRATORÁCICA: DOR TORÁCICA (30%) Invasão da pleura parietal; Parede torácica ou mediastino DISPNÉIA (40%) Obstrução das grandes vias aéreas pela massa tumoral; Derrame pleural; Disseminação tumoral ROUQUIDÃO (15%) Comprometimento do trajeto intratorácico do nervo laríngeo recorrente CÂNCER DE PULMÃO – AVALIAÇÃO DO PACIENTE • 2. INVASÃO INTRATORÁCICA: SÍNDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR (5%) Obstrução do fluxo na cava superior . Sinais e sintomas de congestão: ingurgitamento de face, edema de mmss, circulação colateral, dispnéia e tosse CÂNCER DE PULMÃO – AVALIAÇÃO DO PACIENTE • 2. INVASÃO INTRATORÁCICA: SÍNDROME DE PANCOAST – TOBIAS (5%) Tumor no lobo superior do pulmão. Há dor no ombro e/ou escápula ipsilateral, com parestesia e dor na distribuição do nervo ulnar, por compressão do plexo braquial CÂNCER DE PULMÃO – AVALIAÇÃO DO PACIENTE • 2. INVASÃO INTRATORÁCICA: SÍNDROME DE CLAUDE – BERNARD – HORNER (5%) Miose, enoftalmia, ptose palpebral e anidrose facial ipsilateral, por compressão do simpático cervical por tumor no ápice pulmonar (sulco da passagem da artéria subclávia) CÂNCER DE PULMÃO – AVALIAÇÃO DO PACIENTE • 3. METÁSTASE À DISTÂNCIA (30%): • 4. ASSINTOMÁTICO: DOR ÓSSEA Metástases ósseas osteolíticas; Comprometem costelas, corpos vertebrais e ossos longos CEFALÉIA, NÁUSEAS E VOMITOS, DÉFICIT NEUROLÓGICO FOCAL Metástase em SNC: hemisférios cerebrais, cerebelo e meninges, inclundo metástase óssea comprometendo medula espinhal DOR EM HIPOCONDRIO DIREITO, ICTERÍCIA Metástase hepática NÓDULO PULMONAR NO RAIO – X (15%) CÂNCER DE PULMÃO – AVALIAÇÃO DO PACIENTE • QUADRO CLÍNICO: • SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS: • São distúrbios causados pelo tumor, mas por efeito a distancia, e não por proximidade; • Não indicam metástases; • Mais comuns no câncer de pequenas células; • Antes da detecção do câncer. OSTEOARTROPATIA HIPERTRÓFICA Baqueteamento digital, aumento em tecidos moles Confundido com artrite reumatóide Mais comum: adenocarcinoma CÂNCER DE PULMÃO – AVALIAÇÃO DO PACIENTE • SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS: HIPERCALCEMIA Mais comuns - Epidermóide Substancia com o mesmo efeito do PTH Induz atividade osteoclástica – like hiperpara SIADH Pequenas células; ADH produzido pelo tumor Retenção de água livre hiponatremia grave Afastar outras causas SÍNDROME DE CUSHING Pequenas células – mau prognóstico Produção de ACTH, hipercortisolismo crônico Tumor de pulmão é a causa mais comum CÂNCER DE PULMÃO – AVALIAÇÃO DO PACIENTE • ALTERAÇÕES LABORATORIAIS: • MAIS COMUNS QUANDO JÁ HÁ METÁSTASES: • Função hepática: • Metástases grandes e numerosas; • Hemograma: • Anemia por perdas e consumo do tumor; • Dosagem do cálcio iônico aumentado; • Dosagem de eletrólitos. CÂNCER DE PULMÃO – TIPOS HISTOLÓGICOS • OMS (1999): • Prática Clínica: • Carcinoma de Pequenas Células (CPCP); • Células não-pequenas (CPCNP). Fonte: Google Images CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • SUSPEITA: • Alterações compatíveis em exame de imagem: • Radiografia de tórax: • Sintomas Respiratórios + Constitucionais suspeitos; • Rotina, risco operatório; • Achados: • Atelectasias: central/endobrônquica; • Nódulo: lesão sólida circunscrita e arrendondada < 3cm; • Massa: lesão sólida circunscrita ≥ 3cm densa ou cavitada; • Derrame pleural; • Opacidades mal delimitadas (vidro fosco ou consolidações). CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • SUSPEITA: • Alterações compatíveis em exame de imagem: • Radiografia de tórax: Fonte: Google Images CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO: Fonte: OLIVEIRA, 2009 CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO: Fonte: OLIVEIRA, 2009 CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO: • PROBABILIDADE CLÍNICA DE CA DE PULMÃO: Fonte: http://chestx-ray.com/SPN/SPNProb.html CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO: • PROBABILIDADE CLÍNICA DE CA DE PULMÃO: Fonte: http://chestx-ray.com/SPN/SPNProb.html CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • DIAGNÓSTICO: • Raio-x suspeito TC de tórax: • Melhor localização anatômica:• Relação com estruturas vizinhas; • Estadiamento Linfonodal; • TC de tórax Estudo patológico: • Espécime sólido obtido por biópsia ou Punção: • Lesão primária suspeita; Linfonodos potencialmente invadido; • Metástases • Escolha do local: • Disponibilidade e experiência com o método disponível; • Condição clínica do paciente; Apresentação do tumor. CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • DIAGNÓSTICO: • Raio-x suspeito TC de tórax: PEQUENAS CÉLULAS NÃO PEQUENAS CÉLULAS Fonte: Google Images CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • TC DE TÓRAX CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • TC DE TÓRAX CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • TC DE TÓRAX CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • TC DE TÓRAX CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • TC DE TÓRAX CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • TC DE TÓRAX CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • DIAGNÓSTICO: • ABORDAGEM DA LESÃO PRIMÁRIA: • Principais Métodos NÃO cirúrgicos: • Citologia do Escarro: • Metodologia rigorosa; • Citopatologista treinado; • 3 amostras; • Lesões centrais e hemoptise S = 75%; • Tu periféricos menores S = 50%. CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • DIAGNÓSTICO: • ABORDAGEM DA LESÃO PRIMÁRIA: • Principais Métodos NÃO cirúrgicos: • Biópsia por broncoscopia: • Lesões centrais: • Acometimento submucoso; • Compressão extrínseca de vias aéreas; • Sensibilidade baixa para lesões periféricas < 2cm (30 – 77%): • Orientação por fluoroscopia; • VPN não exclui neoplasia. CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • DIAGNÓSTICO: • ABORDAGEM DA LESÃO PRIMÁRIA: • Principais Métodos NÃO cirúrgicos: • Biópsia transtorácica: • Guiada por TC melhor acurácia (95%) com citopatologista; • Resultados negativos não exclui; • Lesões periféricas boa sensibilidade com menos complicações. CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO BRONCOSCOPIA – DIDÁTICO BRONCOSCOPIA – REAL TORACOSCOPIA CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • DIAGNÓSTICO: • ABORDAGEM DE LESÕES SECUNDÁRIAS: • Confirmar a extensão da doença prognóstico e TTO; • Derrame Pleural: • Toracocentese: • Citopatologia: S = 80%; • Biópsia Pleural percutânea (agulha de Cope): • Menor Sensibilidade; • Metástases: • Folheto visceral; • Folheto parietal: focal e heterogênea. CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • DIAGNÓSTICO: • ABORDAGEM DE LESÕES SECUNDÁRIAS: • Derrame Pleural: • Videotoracoscopia: • Seguro com melhor acurácia; • Alta suspeita clínica e toracocentese prévia infrutífera; • Doença Linfonodal mediastinal: • Punção aspirativa transcarinal (broncoscopia); • Punção aspirativa guiada por ultra-sonografia endoscópica (esofágica ou endobrônquica); • Mediastinoscopia: testes anteriores negativos; • Lesões à distância: • Devem ser biopsiadas. CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • RASTREAMENTO: • Motivo: • Elevada mortalidade diagnóstico tardio; • Objetivo: • Rastrear principalmente indivíduos assintomáticos de alto risco; • Identificar pacientes com doenças precoce; • Características do método ideal: • Eficácia redução da mortalidade e/ou melhora da qualidade de vida; • Segurança; Custo-efetividade; • 3 métodos: • Radiografia de tórax; Citologia de escarro; Tomografia de tórax de baixa dosagem CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • RASTREAMENTO: • Radiografia de tórax e citologia de escarro: • Estudos atuais não mostraram redução da mortalidade com uso de Raio-x e citologias seriadas; • Tomografia de tórax de baixa dosagem: • Limitações metodológicas impedem conclusões; • Aumento da sobrevida em alguns casos; • Estudos atuais em andamento • Recomendações: • Não há método cientificamente validado para o rastreamento; • TC de tórax de baixa dosagem promissor; • Cessação do tabagismo: • Prevenção; intervenção muito superior. CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • RASTREAMENTO: • American College of Chest Physicians (2007): • Não recomendamos que a TC helicoidal de baixa dosagem seja usada como rastreamento de cancer de pulmão, exceto no contexto de testes clínicos com metodologia adequada (2C); • Somos contra o uso de radiografias de tórax seriadas para o rastreamento de CA de pulmão (1A); • Somos contra o uso de citologia de escarro, única ou seriada para o rastreamento de CA de pulmão (1A). CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • Métodos Diagnósticos para estadiamento clínico: • Exames Laboratoriais: • Objetivo: • Avaliação clínica geral do paciente; Avanço da doença; Comorbidades; Manejo Terapêutico • Exames: • Hemograma; Função renal (uréia, creatinina); Eletrólitos séricos (sódio, potássio, cálcio total e iônico); Aminotransferases hepatocitárias (ALT, AST); Fosfatase Alcalina, G-GT, Bilirrubinas e albumina. CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • Métodos Diagnósticos para estadiamento clínico: • Métodos de Imagem: • Raio-x simples, TC, PET, RNM; • Radiografia Simples de Tórax Valor limitado para o estadiamento; • TC de tórax (com contraste): • 1º exame após raio-x; • Tamanho da lesão, localização, contato com estruturas vizinhas, comprometimento linfonodal, metástases pulmonares, presença de espessamento ou derrame pleural; • Achados positivos biópsia; • Normalmente acompanha imagens de abdome: • Fígado e supra-renais CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • Métodos Diagnósticos para estadiamento clínico: • Métodos de Imagem: • TC de crânio: • Qualquer sintoma neurológico TC de crânio com contraste; • TC de abdome supra-renais: • Imagens mais caudais, sítio frequente de metástase: • Acometimento nodular ou irregular bilateral, > densidade das lesões (> 20 UH) > chance de metástase; • Lesões com atenuação de gordura remota possibilidade de metástase; • Casos indeterminados (0 a 20 UH) e de probabilidade (> 20UH) adicionar PET ou citopatológico (punção aspirativa guiada por TC ou USG endoscópico). CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • Métodos Diagnósticos para estadiamento clínico: • Métodos de Imagem: • TC de crânio: Fonte: Google Images CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • Métodos Diagnósticos para estadiamento clínico: • Métodos de Imagem: • TC de abdome: • Fígado: • Enzimas só alteram em lesões extensas; • Aquisições senquenciais antes e nos diferentes tempos perfusionais após contraste melhor visualização de lesões hepáticas. CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • Métodos Diagnósticos para estadiamento clínico: • Métodos de Imagem: • TC de abdome: Fonte: Google Images Fonte: Google Images CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • Métodos Diagnósticos para estadiamento clínico: • Métodos de Imagem: • Cintigrafia Óssea: • Sítios mais frequentes de disseminação; • DOR indicativo; • Dosagem alterada de cálcio sérico / fosfatase alcalina. CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • Métodos Diagnósticos para estadiamento clínico: • Métodos de Imagem: • Tomografia por emissão de pósitrons (PET): • Avalia atividade metabólica dos tecidos: • Intensidade de captação de glicose radiomarcada quantificada em SUV (> 2,5 SUV indicadores de alta atividade metabólica; • Estadiamento (linfonodal emetastático); • Acompanhamento do TTO; • Orienta indicação de mediastinoscopia, punções aspirativas; • Avaliação adicional aos outros métodos existentes. CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • Métodos Diagnósticos para estadiamento clínico: • Métodos de Imagem: • Tomografia por emissão de pósitrons (PET): • Falsos-positivos: • Doenças granulomatosas, infecciosas e inflamatórias, pós- operatórios; • Falsos-negativos: • Lesões nodulares < 1cm , tumores de baixo metabolismo, lesões situadas na base pulmonar CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • Métodos Diagnósticos para estadiamento clínico: • Métodos de Imagem: • Tomografia por emissão de pósitrons (PET): Fonte: Google Images CÂNCER DE PULMÃO – DIAGNÓSTICO / RASTREAMENTO • Métodos Diagnósticos para estadiamento clínico: • Métodos de Imagem: • RNM: • Lesões neurológicas: centrais ou periféricas; • Pacientes alérgicos ao contraste iodado. CÂNCER DE PULMÃO – ESTADIAMENTO • COMPONENTES GERAIS: • ANAMNESE + EXAME FÍSICO; • Hemograma + eletrólitos (inclusive Ca) + perfil hepático; • ECG; TC de tórax e abdômen; • TC de crânio: • Sintomas suspeitos; • Adenocarcinoma e CPCP (mesmo assintomáticos); • Bx MO para oat cells; • Cintilografia óssea (+ Rx das alterações encontradas): • suspeita clínica (dor óssea); • Atualmente o PET-scan. Carcinoma de pulmão NÃO pequenas células (CPCNP) ESTADIAMENTO PELO SISTEMA TNM (6ª edição) T0 Sem tumor TX Tumor primário não pode ser acessado ou presença de citologia positiva sem tumor aparente Tis Carcinoma in situ T1 Tumor < 3cm diâmetro; sem envolvimento da pleura visceral ou brônquio principal T2 Tumor > 3cm diâmetro; envolvimento da pleura visceral ou brônquio principal a mais de 2 cm da carina; atelectasia a partir do hilo, mas sem envolver todo o pulmão T3 Extensão direta da parede torácica, diafragma, pleura mediastinal; ou a menos de 2 cm da carina, mas sem seu envolvimento; atelectasia total do pulmão T4 Invasão do coração, grandes vasos, esôfago, traquéia, carina ou vértebras; derrame pleural (ou pericárdico) maligno; ou nódulos tumorais satélites dentro do lobo pulmonar ispilateral ao tumor primário N0 Sem envolvimento NX Não se pode acessar os linfonodos regionais N1 Envolvimento nodal peribrônquico ou hilar ispilateral e nódulos intrapulmonares extensão direta do tumor N2 Envolvimento nodal mediastinal ipsilateral ou subcarinal N3 Envolvimento nodal hilar ou mediastinal contralateral; qualquer metástase p/ ln supraclavicular ou escalênico M0 Sem metásteses MX Metástases não podem ser acessadas M1 Qualquer metástase à distância (inclusive pulmão contralateral) ESTADIAMENTO PELO SISTEMA TNM (7ª edição) T0 Sem tumor TX Tumor primário não pode ser acessado ou presença de citologia positiva sem tumor aparente Tis Carcinoma in situ T1 Sem envolvimento da pleura visceral ou brônquio principal T1a: Tumor 2cm diâmetro; T1b: tumor entre 2 e 3cm T2 Envolvimento da pleura visceral ou brônquio principal a mais de 2 cm da carina; atelectasia a partir do hilo, mas sem envolver todo o pulmão T2a: Tumor 5cm diâmetro; T2b: Tumor entre 5 e 7 cm diâmetro; T3 Tumores > 7 cm; Extensão direta da parede torácica, diafragma, pleura mediastinal; ou a menos de 2 cm da carina, mas sem seu envolvimento; atelectasia total do pulmão T4 Nódulos satélites em diferente lobo ipsilateral; Invasão do coração, grandes vasos, esôfago, traquéia, carina ou vértebras; ou nódulos tumorais satélites dentro do lobo pulmonar ispilateral ao tumor primário N0 Sem envolvimento NX Não se pode acessar os linfonodos regionais N1 Envolvimento nodal peribrônquico ou hilar ispilateral e nódulos intrapulmonares extensão direta do tumor N2 Envolvimento nodal mediastinal ipsilateral ou subcarinal N3 Envolvimento nodal hilar ou mediastinal contralateral; qualquer metástase p/ ln supraclavicular ou escalênico M0 Sem metásteses M1a Efusão pericárdica maligna; Disseminação pleural (efusão pleural maligna, nódulo pleural), nódulos adicionais no pulmão contralateral (mesma histologia) M1b Metástases à distância Carcinoma de pulmão NÃO pequenas células (CPCNP) Carcinoma de pulmão NÃO pequenas células (CPCNP) ESTÁGIOS – TNM – CPCNP (6ª edição) LOCALIZADO IA T1N0M0 IB T2N0M0 IIA T1N1M0 LOCALMENTE AVANÇADO IIB T2N1M0 T3N0M0 IIIA T3N1M0 T1N2M0 T2N2M0 T3N2M0 AVANÇADO IIIB T4, qualquer N, M0 T1-3, N3, M0 IV Qualquer T, qualquer N, M1 Carcinoma de pulmão NÃO pequenas células (CPCNP) 6ª EDIÇÃO 7ª EDIÇÃO N0 N1 N2 N3 T1 (= 2 cm) T1a IA IIA IIIA IIIB T1 (> 2cm =3cm) T1b IA IIA IIIA IIIB T2 (>3cm =5cm) T2a IB IIA IIIA IIIB T2 (> 5cm =7 cm) T2b IIA IIB IIIA IIIB T2 (> 7 cm) T3 IIB IIIA IIIA IIIB T3 (invasão direta) T3 IIB IIIA IIIA IIIB T4 (nódulos no mesmo lobo) T3 IIB IIIA IIIA IIIB T4 (extensão) T4 IIIA IIIA IIIB IIIB M1 (nódulos ipsilaterais) T4 IIIA IIIA IIIB IIIB T4 (efusão pleural) M1a IV IV IV IV M1 (nódulos contralaterais) M1a IV IV IV IV M1 (à distância) M1b IV IV IV IV Carcinoma de pulmão PEQUENAS CÉLULAS (CPCP) ESTADIAMENTO DO CPCP DOENÇA LIMITADA Doença confinada ao hemitórax ipsilateral ao tumor primário e dentro de um único campo de radioterapia DOENÇA EXTENSA Doença que se estende além dos critérios acima (envolvimento pulmonar bilateral, tamponamento cardíaco, derrame pleural maligno, p.e.) • COMPORTAMENTO CPCNP: • Diagnóstico costuma se encontrar disseminado: • Inviabiliza teapêuticas consagradas para controle da dça neoplásica em seus estádios iniciais: • Cirurgia e radioterapia (RT) exclusiva; CÂNCER DE PULMÃO – TRATAMENTO • CÂNCER DE PULMÃO NÃO PEQUENAS CÉLULAS (CPNPC): ESTÁGIO TRATAMENTO PRIMÁRIO TERAPIA ADJVANTE RESULTADO I RESSECÇÃO CIÚRGICA QT ( I B) Sobrevida (5a): >60-70% II RESSECÇÃO CIÚRGICA QT c/ ou s/ RT Sobrevida (5a): >40-50% IIIA (ressecável) QT pré-op + RESSECÇÃO CIRÚRGICA (preferível) ou QT seguida de RT QT c/ ou s/ RT Sobrevida (5a): 15-30% IIIA (irressecável) ou IIIB (envolvim. dos linfonodos contralaterais ou supraclav.) QT + RT concomitante (preferível) ou QT seguida de RT NENHUMA Sobrevida (5a): 10-20% IIIB (derrame pleural) ou IV QT com 2 agentes por 4-6 ciclos NENHUM Sobrevida média: 8-10 m Sobrevida (1a): 30-35% Sobrevida (2a): 10-15% Sobrevida (5a): 10-15% QT + bevacizumabe (pacientes selecionados) RESSECÇÃO CIRÚRGICA da metástase cerebral solitária e RESSECÇÃO CIRÚRGICA da lesão primária (T1)* CÂNCER DE PULMÃO – TRATAMENTO • CÂNCER DE PULMÃO NÃO PEQUENAS CÉLULAS (CPNPC): CÂNCER DE PULMÃO – TRATAMENTO • CÂNCER DE PULMÃO NÃO PEQUENAS CÉLULAS (CPNPC): FO NTE: www.dialogoroche.com.br CÂNCER DE PULMÃO – TRATAMENTO • CÂNCER DE PULMÃO NÃO PEQUENAS CÉLULAS (CPNPC): FO NTE: www.dialogoroche.com.br CÂNCER DE PULMÃO – TRATAMENTO • CÂNCER DE PULMÃO NÃO PEQUENAS CÉLULAS (CPNPC): FO NTE: www.dialogoroche.com.br CÂNCER DE PULMÃO – TRATAMENTO • CÂNCER DE PULMÃO PEQUENAS CÉLULAS (CPCP): • A base do TTO: QUIMIOTERAPIA: • Dça com taxa de crescimento rápida • Disseminação a outras regiões; • Poucas mudanças nos últimos anos. ESTÁGIO TRATAMENTO PRIMÁRIO TERAPIA ADJVANTE RESULTADO Doença limitada* QT + RT concomitante NENHUMA Sobrevida (5a): 15-25% Doença extensa* QT NENHUMA Sobrevida (5a): < 5% *Recomenda-se a irradiação cranial profilática para todos os pacientes com uma resposta completa a terapia inicialCÂNCER DE PULMÃO – TRATAMENTO • RESUMO DE QUANDO NÃO OPERAR: • TAMANHO: T3 e T4; • LINFONODO: N3 (contralateral e extratorácico); • METÁSTASE: Presentes* DECIDIR: OPERAR X NÃO OPERAR • CIRURGIA (lobectomia): todos deverão ir para QT adjuvante: • EXCEÇÃO: Nódulos < 2,5cm (T1) com N0 (LOBECTOMIA EXCLUSIVA); • NÃO CIRÚRGICO: QT TERAPÊUTICA; • QT NEOADJUVANTE: N2 (ln mediastino ipsilateral); • RESSECÇÕES ECONÔMICAS: pacientes com condições clínicas ruins para cirurgia extensa. CÂNCER DE PULMÃO – PROGNÓSTICO • CARCINOMA PULMONAR DE CÉLULAS PEQUENAS (CPCP): • Sobrevida (2a): 20-40% para dça limitada; • Sobrevida (2a): < 5% para dça extensa; • Sobrevida (5a): 10-30% para dça limitada; • Sobrevida (5a): 1-2% para dça extensa; PRINCIPAIS FATORES PROGNÓSTICOS Estádio inicial; Performance status; Presença e intensidade dos sintomas; Existência ou não de síndrome paraneoplásicas. CÂNCER DE PULMÃO – PROGNÓSTICO • CARCINOMA PULMONAR DE CÉLULAS NÃO PEQUENAS: PRINCIPAIS FATORES PROGNÓSTICOS ESTÁDIO INICIAL; Idade e gênero; Performance status; [albumina] sérica; Contagem de eritrócitos. ESTÁDIO CLÍNICO SOBREVIDA 5 ANOS (%) ESTÁDIO PATOLÓGICO SOBREVIDA 5 ANOS (%) I A 61 I A 67 I B 38 I B 57 II A 34 II A 55 II B 22 a 24 II B 38 a 39 III A 9 a 13 III A 23 a 25 III B 3 a 7 III B 1 a 5 IV 1 IV - CÂNCER DE PULMÃO – PROGNÓSTICO • Entendendo o Performance status: • Desempenho funcional tolerância ao TTO e sobrevida: PONTUAÇÃO 0 a 4 sistema ECOG (Eastern Cooperative Oncology Group) 100 a 10 pelo escore de Karnofsky’’ Pacientes com doença avançada e desempenho funcional precário (escore ECOG 4), de forma geral não tem benefício do tratamento antineoplásico; Pacientes com boa condições clínicas e ECOG (0 a 2) normalmente tem boa tolerância ao tratamento; Pacientes limítrofes (ECOG 3) “pesar” RISCO X BENEFÍCIO ESCALAS DE PERFORMANCE Escala de Performance: ECOG 0 Completamente ativo; capaz de realizar todas as suas atividades sem restrição (Karnofsky 90-100 %) 1 Restrição a atividades físicas rigorosas; é capaz de trabalhos leves e de natureza sedentária (Karnofsky 70-80%) 2 Capaz de realizar todos os auto-cuidados, mas incapaz de realizar qualquer atividade de trabalho; em pé aproximadamente 50% das horas em que o paciente está acordado. (Karnofsky 50-60%). 3 Capaz de realizar somente auto-cuidados limitados, confinado ao leito ou cadeira mais de 50% das horas em que o paciente está acordado (Karnofsky 30-40%) 4 Completamente incapaz de realizar auto-cuidados básico, totalmente confinado ao leito ou à cadeira (Karnofsky < 30%). Escala de Performance: Karnofsky 100% Sem sinais ou queixas, sem evidência de doença. 90% Mínimos sinais e sintomas, capaz de realiza suas atividades com esforço. 80% Sinais e sintomas maiores, realiza suas atividades com esforço. 70% Cuida de si mesmo, não é capaz de trabalhar. 60% Necessita de assistência ocasional, capaz de trabalhar . 50% Necessita de assistência considerável e cuidados médicos freqüentes. 40% Necessita de cuidados médicos especiais. 30% Extremamente incapacitado, necessita de hospitalização, mas sem iminência de morte. 20% Muito doente, necessita suporte. 10% Moribundo, morte iminente.
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