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Direito Civil 
O Instituto IOB nasce a partir da 
experiência de mais de 40 anos da IOB no 
desenvolvimento de conteúdos, serviços de 
consultoria e cursos de excelência.
Através do Instituto IOB é possível acesso 
à diversos cursos por meio de ambientes 
de aprendizado estruturados por diferentes 
tecnologias.
As obras que compõem os cursos preparatórios 
do Instituto foram desenvolvidas com o 
objetivo de sintetizar os principais pontos 
destacados nas videoaulas. 
institutoiob.com.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
(CIP)
...
Direito Civil / [Obra organizada pelo Instituto IOB] - 
São Paulo: Editora IOB, 2011.
Bibliografia.
ISBN 978-85-8079-011-5...
Informamos que é de interira 
responsabilidade do autor a emissão 
dos conceitos.
Nenhuma parte desta publicação 
poderá ser reproduzida por qualquer 
meio ou forma sem a prévia 
autorização do Instituto IOB.
A violação dos direitos autorais é 
crime estabelecido na Lei n• 9610/98 e 
punido pelo art. 184 do Código Penal.
Sumário
Capítulo 1 — Lei de introdução às normas do direito brasileiro, 24
1. Aspectos gerais e mecanismo de integração, 24
1.1 Apresentação, 24
1.2 Síntese, 25
2. Classificação das lacunas e antinomias, 26
2.1 Apresentação, 26
2.2 Síntese, 26
3. Nascimento da lei – validade, vigência e eficácia, 27
3.1 Apresentação, 27
3.2 Síntese, 27
4. Formas de revogação e vigência da lei no espaço, 29
4.1 Apresentação, 29
4.2 Síntese, 29
Capítulo 2 — Parte geral do código civil – das pessoas naturais, 31
1. Pessoa natural – personalidade da pessoa natural, 31
1.1 Apresentação, 31
1.2 Síntese, 31
2. Capacidade civil da pessoa natural, 33
2.1 Apresentação, 33
2.2 Síntese, 33
3. Incapacidade absoluta da pessoa natural, 34
3.1 Apresentação, 34
3.2 Síntese, 34
4. Incapacidade relativa da pessoa natural, 36
4.1 Apresentação, 36
4.2 Síntese, 36
5. Personalidade e capacidade — emancipação, 37
5.1 Apresentação, 37
5.2 Síntese, 37
6. Individualização da pessoa natural pelo nome, 39
6.1 Apresentação, 39
6.2 Síntese, 39
7. Individualização da pessoa natural pelo domicílio, 40
7.1 Apresentação, 40
7.2 Síntese, 40
8. Direitos da personalidade – aspectos gerais, 42
8.1 Apresentação, 42
8.2 Síntese, 42
9. Direitos da personalidade (arts. 11 e 12 do CC), 43
9.1 Apresentação, 43
9.2 Síntese, 43
10. Direitos da personalidade (art. 13, do CC), 44
10.1 Apresentação, 44
10.2 Síntese, 44
11. Direitos da personalidade (art. 14, do CC), 45
11.1 Apresentação, 45
11.2 Síntese, 45
12. Direitos da personalidade (art. 15, do CC), 46
12.1 Apresentação, 46
12.2 Síntese, 46
13. Direitos da personalidade – nome como direito da 
 personalidade, 47
13.1 Apresentação, 47
13.2 Síntese, 48
14. Direitos da personalidade – direito à imagem, 49
14.1 Apresentação, 49
14.2 Síntese, 49
15. Extinção da personalidade da pessoa natural, 50
15.1 Apresentação, 50
15.2 Síntese, 50
16. Ausência, 51
16.1 Apresentação, 51
16.2 Síntese, 51
Capítulo 3 — Pessoa jurídica – parte geral, 53
1. Pessoa jurídica – conceito e teorias, 53
1.1 Apresentação, 53
1.2 Síntese, 53
2. Classificações da pessoa jurídica, 54
2.1 Apresentação, 54
2.2 Síntese, 55
3. Pessoa jurídica de direito público e de direito privado, 55
3.1 Apresentação, 55
3.2 Síntese, 55
4. Início da existência da pessoa jurídica, 57
4.1 Apresentação, 57
4.2 Síntese, 57
5. Grupos despersonalizados, 58
5.1 Apresentação, 58
5.2 Síntese, 58
6. Desconsideração da pessoa jurídica, 59
6.1 Apresentação, 59
6.2 Síntese, 59
Capítulo 4 — Bens jurídicos, 61
1. Conceito e classificação dos bens, 61
1.1 Apresentação, 61
1.2 Síntese, 61
2. Bens móveis, fungíveis e infungíveis, 62
2.1 Apresentação, 62
2.1 Síntese, 63
3. Bens consumíveis e inconsumíveis, 64
3.1 Apresentação, 64
3.2 Síntese, 64
4. Classificação dos bens, 65
4.1 Apresentação, 65
4.2 Síntese, 65
5. Bens principais e bens acessórios, 66
5.1 Apresentação, 66
5.2 Síntese, 66
Capítulo 5 — Negócio jurídico, 68
1.Fato jurídico, 68
1.1 Apresentação, 68
1.2 Síntese, 68
2. Teoria geral do negócio jurídico, 69
2.1 Apresentação, 69
2.2 Síntese, 69
3. Escada ponteana, 70
3.1 Apresentação, 70
3.2 Síntese, 70
4. Requisitos de validade do negócio jurídico, 71
4.1 Apresentação, 71
4.2 Síntese, 72
5. Vícios do negócio jurídico, 73
5.1 Apresentação, 73
5.2 Síntese, 73
6. Vícios do negócio jurídico II, 74
6.1 Apresentação, 74
6.2 Síntese, 74
7. Vícios do negócio jurídico III, 75
7.1 Apresentação, 75
7.2 Síntese, 75
8. Vícios do negócio jurídico IV, 76
8.1 Apresentação, 76
8.2 Síntese, 77
9. Vícios do negócio jurídico V, 77
9.1 Apresentação, 77
9.2 Síntese, 78
10. Vícios do negócio jurídico VI, 78
10.1 Apresentação, 78
10.2 Síntese, 79
11. Vícios do negócio jurídico VII, 80
11.1 Apresentação, 80
11.2 Síntese, 80
12. Vícios do negócio jurídico VIII, 81
12.1 Apresentação, 81
12.2 Síntese, 81
13. Vícios do negócio jurídico IX, 82
13.1 Apresentação, 82
13.2 Síntese, 83
14. Plano da validade – consequências jurídicas de ato nulo 
 e anulável, 84
14.1 Apresentação, 84
14.2 Síntese, 84
15. Plano da eficácia – escada ponteana, 85
15.1 Apresentação, 85
15.2 Síntese, 85
16. Aspectos gerais e conceitos, 86
16.1 Apresentação, 86
16.2 Síntese, 86
17. Distinção entre prazos prescricionais e decadenciais, 87
17.1 Apresentação, 87
17.2 Síntese, 88
18. Disposições gerais de prescrição, 89
18.1 Apresentação, 89
18.2 Síntese, 89
19. Causas impeditivas, suspensivas e interruptivas, 90
19.1 Apresentação, 90
19.2 Síntese, 90
20. Decadência, 92
20.1 Apresentação, 92
20.2 Síntese, 92
Capítulo 6 — Direito das obrigações, 94
1. A relação jurídica obrigacional, 94
1.1 Apresentação, 94
1.2 Síntese, 94
1.3 Débito (Schuld) e Responsabilidade (Haftung), 95
1.4 Fontes das Obrigações, 95
2. Objetos das obrigações, 96
2.1 Apresentação, 96
2.2 Síntese, 96
3. Melhoramentos na coisa ou cômodos obrigacionais, 98
3.1 Apresentação, 98
3.2 Síntese, 98
4. A obrigação de dar coisa incerta ou obrigação genérica, 99
4.1 Apresentação, 99
4.2 Síntese, 99
4.3 A escolha da coisa incerta, 99
4.4 Momento em que a obrigação de dar coisa incerta se convola em 
 obrigação de dar coisa certa, 99
4.5 A impossibilidade de perda da coisa incerta, 100
5. Obrigação de fazer, 100
5.1 Apresentação, 100
5.2 Síntese, 100
5.3 Classificação da obrigação de fazer, 101
5.4 Consequências do inadimplemento da obrigação de fazer, 101
5.5 Consequências do inadimplemento da obrigação 
 de não fazer, 102
6. Modalidades das obrigações, 103
6.1 Apresentação, 103
6.2 Síntese, 103
6.3 Análise das obrigações subjetivamente plurais, 103
6.4 Obrigações Fracionárias, 104
6.5 Obrigações Solidárias, 104
7. Princípio da variabilidade da natureza da obrigação solidária, 105
7.1 Apresentação, 105
7.2 Síntese, 105
7.3 Incidência da solidariedade somente nas relações externas, 105
7.4 A Solidariedade Ativa (arts. 267/274, CC), 105
7.5 Algumas regras sobre solidariedade ativa, 106
8. Algumas regras sobre solidariedade passiva II, 107
8.1 Apresentação, 107
8.2 Síntese, 107
8.3 A Solidariedade Passiva (arts. 275 ao 285, CC), 107
8.4 Algumas regras sobre solidariedade passiva, 107
9. Algumas regras sobre solidariedade passiva III, 108
9.1 Apresentação, 108
9.2 Síntese, 108
10. Algumas regras sobre solidariedade passiva IV, 109
10.1 Apresentação, 109
10.2 Síntese, 109
11. Obrigações divisíveis e indivisíveis, 110
11.1 Apresentação, 110
11.2 Síntese, 110
11.3 A indivisibilidade da obrigação e a pluralidade 
 de devedores, 110
12. A indivisibilidade da obrigação e a pluralidade 
 de credores, 111
12.1 Apresentação, 111
12.2 Síntese, 111
13. Obrigações objetivamente plurais, 112
13.1 Apresentação, 112
13.2Síntese, 112
13.3 Impossibilidade superveniente da prestação na obrigação 
 alternativa, 113
14. Do adimplemento das obrigações, 114
14.1 Apresentação, 114
14.2 Síntese, 114
14.3 Forma normal de se adimplir a obrigação: 
 O Pagamento, 115
14.4 Aspectos Subjetivos, 115
14.5 Quem paga (O Solvens): arts. 304/307, CC, 115
14.6 A quem pagar (O Accipiens): arts 308/312, CC, 116
15. Art. 310, CC, 117
15.1 Apresentação, 117
15.2 Síntese, 117
16. Aspectos objetivos (arts. 313 ao 326, CC), 117
16.1 Apresentação, 117
16.2 Regras importantes, 118
17. Art 317, CC, 118
17.1 Apresentação, 118
17.2 Síntese, 118
18. A prova do pagamento, 119
18.1 Apresentação, 119
18.2 Síntese, 119
18.3 A quitação, 119
18.4 A entrega do título, 120
19. Pagamento em quotas periódicas, 120
19.1 Apresentação, 120
19.2 Síntese, 120
19.3 Pagamento por medida ou peso, 121
19.4 Do lugar do Pagamento, 121
20. A supressio e a surrectio, 122
20.1 A Supressio, 122
20.2 A Surrectio, 122
20.3 O Venire contra factum proprium non potest, 122
21. Tempo do pagamento, 123
21.1 Sobre o tempo do pagamento, 123
22. Do inadimplemento das obrigações, 124
22.1 Do inadimplemento relativo (da mora), 124
22.2 Espécies de mora do devedor, 124
23. Efeitos da mora, 125
23.1 Efeitos da mora do devedor, 125
23.2 Efeitos da mora do credor, 125
24. Inadimplemento absoluto, 126
24.1 Do inadimplemento absoluto, 126
24.2 Efeito do inadimplemento absoluto, 127
25. Enunciado 24, CJF, 127
26. Cláusula penal, 127
26.1 Espécies de cláusula penal, 128
26.2 Cláusula penal moratória, 128
27. Cláusula penal II, 129
27.1 Cláusula penal compensatória, 129
27.2 Redução equitativa da cláusula penal, 129
28. Dos juros, 130
28.1 Classificação dos Juros, 130
29. Sistemática dos juros no CC de 2002, 131
29.1 Sobre a sistemática dos juros no código civil de 2002, 131
30. Limitação, 132
30.1 Limitação da taxa de juros convencionais, 132
30.2 A taxa de juros nas atividades bancárias, 133
31. Transmissão das obrigações, 133
31.1 Da Transmissão das Obrigações, 133
31.2 Da cessão de crédito (arts. 286/298, CC), 133
31.3 Objeto da cessão, 134
32. Responsabilidade do cedente, 134
32.1 Responsabilidade do cedente pela existência 
 do crédito, 134
32.2 Responsabilidade do cedente pela solvência 
 do devedor, 135
32.3 Modalidades de assunção de dívida, 135
33. Arras, 135
33.1 Espécies de Arras, 136
Capítulo 7 — Teoria geral dos contratos, 138
1. Introdução, 138
1.1 O contrato como fonte das obrigações, 138
2. Princípios, 139
2.1 Os Princípios Contratuais, 139
3. A nova principologia, 139
4. Tutela externa do crédito, 140
5. Princípio da boa-fé objetiva, 141
6. Teorias decorrentes do princípio da boa-fé objetiva, 142
6.1 O Tu Quoque, 142
6.2 O Duty to mitigate the loss, 142
7. Princípio da justiça contratual, 143
7.1 Vedação à onerosidade excessiva: a revisão contratual, 143
7.2 Manifestações da Vedação à Onerosidade Excessiva, 144
7.3 Teoria da Imprevisão, 144
8. Teoria da quebra da base objetiva do negócio jurídico, 145
8.1 A teoria da quebra da base objetiva do negócio jurídico, 145
9. Classificação dos contratos, 145
9.1 Quanto ao momento do aperfeiçoamento do contrato, 145
9.2 Quanto às formalidades exigidas, 146
9.3 Quanto às obrigações das partes, 146
9.4 Quanto ao sacrifício patrimonial sofrido, 146
10. Classificação dos contratos II, 147
10.1 Quanto à previsão legal, 147
10.2 Quanto ao tempo de execução ou momento do 
 cumprimento, 147
10.3 Quanto à pessoalidade, 147
10.4 Quanto à independência, 148
11. Classificação dos contratos III, 148
11.1 Quanto ao modo de elaboração, 148
11.2 Regras importantes acerca do contrato de adesão, 148
12. Classificação dos contratos IV, 149
12.1 Quanto aos riscos, 149
13. A formação dos contratos, 149
13.1 Fases de formação dos contratos, 149
13.2 Negociações preliminares, 150
13.3 Proposta/Oferta/Policitação, 150
14. Fases de formatação dos contratos II, 151
14.1 Aceitação, 151
15. Contrato preliminar, 152
15.1 O que é contrato preliminar, 152
15.2 Requisitos do contrato preliminar, 153
15.3 Espécies de Contrato Preliminar, 154
16. Exceções ao princípio da relatividade dos contratos, 154
16.1 A estipulação em favor de terceiro (arts. 436/438, CC), 154
16.2 A Promessa de fato de terceiro (arts. 439/440, CC), 155
17. Contrato com pessoa a declarar, 156
17.1 Exceções ao Princípio da Relatividade dos Contratos 
 (continuação), 156
18. Vícios redibitórios, 157
18.1 Pelo Código civil (arts. 441/446), 157
19. Vícios redibitórios II, 158
20. Evicção, 158
21. Evicção II, 159
22. Extinção dos contratos, 159
23. Extinção por fatos posteriores à celebração, 160
23.1 A extinção dos contratos por fatos posteriores à sua celebração: a 
 resolução e a resilição, 160
23.2 As diversas acepções da palavra “rescisão”, 160
Capítulo 8 — Responsabilidade civil, 161
1. Introdução, 161
1.1 Responsabilidade Contratual e Extracontratual, 161
1.2 Responsabilidade Subjetiva e Objetiva, 162
2. Responsabilidade civil subjetiva, 162
2.1 A Conduta Humana Antijurídica (Ilícita), 162
3. Excludentes de ilicitude, 163
4. Danos, 163
4.1 Dano material, 164
5. Dano moral, 165
5.1 Cumulação de Danos, 165
5.2 Princípio da reparação integral dos danos, 165
6. Mitigação do princípio da reparação integral, 165
6.1 Art. 948, CC: Indenização em caso de homicídio, 166
7. Sistemas de reparação integral, 167
7.1 Sistemas de reparação do dano moral, 167
8. Nexo causal, 167
8.1 Teorias explicativas do nexo causal, 167
9. Excludentes do nexo causal, 168
10. A responsabilidade civil objetiva oriunda da atividade de risco, 169
11. A responsabilidade civil objetiva oriunda da lei, 169
11.1 Responsabilidade por fato de terceiro ou de outrem, 169
12. A responsabilidade civil do incapaz, 170
13. A responsabilidade por fato de coisa, 171
14. Responsabilidade objetiva por abuso de direito, 171
15. A responsabilidade civil por demanda de dívida vincenda 
 ou já paga, 172
15.1 A responsabilidade civil por demanda de dívida vincenda, 172
15.2 A responsabilidade civil por demanda de dívida já paga, 173
15.3 A necessidade de má-fé do credor. A súmula 159 do STF, 173
16. Princípio da independência da responsabilidade civil em relação 
 à penal, 174
Capítulo 9 — Direito das coisas, 175
1. Posse, 175
1.1 Apresentação, 175
1.2 Síntese, 175
2. Aquisição possessória, 177
2.1 Apresentação, 177
2.2 Síntese, 177
3. Efeitos da posse, 178
3.1 Apresentação, 178
3.2 Síntese, 178
4. Efeitos da posse – legítima defesa e desforço imediato, 179
4.1 Apresentação, 179
4.2 Síntese, 179
5. Efeitos da posse – indenização por benfeitorias e frutos, 180
5.1 Apresentação, 180
5.2 Síntese, 180
Capítulo 10 — Direitos reais, 181
1. Teoria geral dos direitos reais, 181
1.1 Apresentação, 181
1.2 Síntese, 181
2. Características dos direitos reais, 182
2.1 Apresentação, 182
2.2 Síntese, 183
3. Direito real de propriedade, 183
3.1 Apresentação, 183
3.2 Síntese, 184
4. Faculdades inerentes a propriedade, 184
4.1 Apresentação, 184
4.2 Síntese, 185
5. Espécies de propriedade, 186
5.1 Apresentação, 186
5.2 Síntese, 186
6. Propriedade resolúvel, 187
6.1 Apresentação, 187
6.2 Síntese, 187
7. Conteúdo constitucional, 188
7.1 Apresentação, 188
7.2 Síntese, 188
8. Desapropriação judicial, 189
8.1 Apresentação, 189
8.2 Síntese, 189
9. Formas de aquisição da propriedade imóvel, 190
9.1 Apresentação, 190
9.2 Síntese, 191
10. Usucapião como forma de aquisição de propriedade 
 imobiliária, 192
10.1 Apresentação, 192
10.2 Síntese, 192
11. Usucapião de bem imóvel, 193
11.1 Apresentação, 193
11.2 Síntese, 193
12. Acessão, 195
12.1 Apresentação, 195
12.2 Síntese, 195
13. Aquisição da propriedade mobiliária, 196
13.1 Apresentação,196
13.2 Síntese, 196
14. Aquisição da propriedade mobiliária, 197
14.1 Apresentação, 197
14.2 Síntese, 197
15. Perda da propriedade, 198
15.1 Apresentação, 198
15.2 Síntese, 198
16. Direitos de vizinhança – uso anormal da propriedade, 199
16.1 Apresentação, 199
16.2 Síntese, 200
17. Direitos de vizinhança – passagem forçada, 201
17.1 Apresentação, 201
17.2 Síntese, 201
18. Direitos de vizinhança – últimos direitos, 202
18.1 Apresentação, 202
18.2 Síntese, 202
19. Condomínio (ordinário), 204
19.1 Apresentação, 204
19.2 Síntese, 204
20. Condomínio (ordinário) II, 205
20.1 Apresentação, 205
20.2 Síntese, 205
21. Condomínio edilício, 206
21.1 Apresentação, 206
21.2 Síntese, 207
22. Elementos constitutivos do condomínio edilício, 207
22.1 Apresentação, 207
22.2 Síntese, 208
23. Direitos e deveres dos condôminos, 208
23.1 Apresentação, 208
23.2 Síntese, 209
24. Administração do condomínio, 210
24.1 Apresentação, 210
24.2 Síntese, 210
25. Perguntas e respostas sobre condomínio edilício, 211
25.1 Apresentação, 211
26. Direitos reais sobre coisas alheias de gozo ou fruição, 212
26.1 Apresentação, 212
26.2 Síntese, 213
27. Direitos reais sobre coisas alheias de gozo ou fruição - 
 servidão, 214
27.1 Apresentação, 214
27.2 Síntese, 214
28. Direitos reais sobre coisas alheias de gozo ou fruição – 
 servidão, 215
28.1 Apresentação, 215
28.2 Síntese, 215
29. Direitos reais sobre coisas alheias de gozo ou fruição – 
 usufruto, 217
29.1 Apresentação, 217
29.2 Síntese, 217
30. Direitos reais sobre coisas alheias de gozo ou fruição – 
 usufruto, 218
30.1 Apresentação, 218
30.2 Síntese, 218
31. Direitos reais sobre coisas alheias de gozo ou fruição – usufruto, uso e
 habitação, 219
31.1 Apresentação, 219
31.2 Síntese, 220
32. Direito real sobre coisa alheia à aquisição – direito do promitente 
 comprador do imóvel, 221
32.1 Apresentação, 221
32.2 Síntese, 221
33. Direitos reais de garantia, 222
33.1 Apresentação, 222
33.2 Síntese, 222
34. Direitos reais de garantia, 224
34.1 Apresentação, 224
34.2 Síntese, 224
35. Direitos reais de garantia - penhor, 225
35.1 Apresentação, 225
35.2 Síntese, 226
36. Direitos e deveres do credor pignoratício, 227
36.1 Apresentação, 227
36.2 Síntese, 227
37. Penhor - espécies, 228
37.1 Apresentação, 228
37.2 Síntese, 229
38. Direito real de garantia – hipoteca, 230
38.1 Apresentação, 230
38.2 Síntese, 230
39. Direito real de garantia – hipoteca II, 231
39.1 Apresentação, 231
39.2 Síntese, 231
40. Direito real de garantia – hipoteca III, 233
40.1 Apresentação, 233
40.2 Síntese, 233
Capítulo 11 — Direito de família, 235
1. Aspectos constitucionais do direito de família, 235
1.1 Apresentação, 235
1.2 Síntese, 235
2. Aspectos constitucionais do direito de família: exemplos práticos, 236
2.1 Apresentação, 236
2.2 Síntese, 237
3. As normas do direito de família e a ordem pública, 237
3.1 Apresentação, 237
3.2 Síntese, 238
4. Principais mudanças no direito de família pela atual codificação, 238
4.1 Apresentação, 238
4.2 Síntese, 238
5. Princípios de direito de família, 239
5.1 Apresentação, 239
5.2 Síntese, 239
6. Princípios de direito de família: dignidade da pessoa humana e 
 solidariedade familiar, 240
6.1 Apresentação, 240
6.2 Síntese, 240
7. Princípios de direito de família: igualdade (entre filhos e entre 
 cônjuges e companheiros), 241
7.1 Apresentação, 241
7.2 Síntese, 241
8. Princípios de direito de família: igualdade na chefia familiar; 
 não intervenção e melhor interesse da criança, 242
8.1 Apresentação, 242
8.2 Síntese, 243
9. Princípios de direito de família: afetividade, 243
9.1 Apresentação, 243
9.2 Síntese, 244
10. Princípios de direito de família: afetividade 
 (abandono afetivo), 244
10.1 Apresentação, 244
10.2 Síntese, 245
11. Princípios de direito de família: afetividade 
 (alienação parental), 246
11.1 Apresentação, 246
11.2 Síntese, 246
12. Novas formas de constituição de família, 247
12.1 Apresentação, 247
12.2 Síntese, 247
13. Casamento: conceito e natureza jurídica, 248
13.1 Apresentação, 248
13.2 Síntese, 248
14. Casamento: princípios e capacidade, 249
14.1 Apresentação, 249
14.2 Síntese, 249
15. Casamento: idade núbil, 250
15.1 Apresentação, 250
15.2 Síntese, 250
16. Casamento: ação para suprimento judicial , 251
16.1 Apresentação, 251
16.2 Síntese, 251
17. Casamento: exceções quanto à idade mínima, 252
17.1 Apresentação, 252
17.2 Síntese, 252
18. Casamento: a influência da emancipação na capacidade e 
 habilitação, 253
18.1 Apresentação, 253
18.2 Síntese, 253
19. Casamento: hipóteses excepcionais, 254
19.1 Apresentação, 254
19.2 Síntese, 254
20. Casamento: nulidade, 255
20.1 Apresentação, 255
20.2 Síntese, 255
21. Casamento: anulabilidade, 257
21.1 Apresentação, 257
21.2 Síntese, 257
22. Casamento: anulabilidade (art. 1.550 Incisos III, V e VI), 258
22.1 Apresentação, 258
22.2 Síntese, 258
23. Casamento: putativo e efeitos jurídicos, 259
23.1 Apresentação, 259
23.2 Síntese, 259
24. Casamento: disposições gerais dos regimes de bens, 260
24.1 Apresentação, 260
24.2 Síntese, 261
25. Casamento: vênia conjugal, 262
25.1 Apresentação, 262
25.2 Síntese, 262
26. Casamento: modificação do regime de bens, 264
26.1 Apresentação, 264
26.2 Síntese, 264
27. Casamento: modificação do regime de bens (questões polêmicas), 265
27.1 Apresentação, 265
27.2 Síntese, 265
28. Casamento: modificação do regime de bens (continuação das questões 
 polêmicas), 266
28.1 Apresentação, 266
28.2 Síntese, 266
29. Casamento: obrigatoriedade do pacto antenupcial e regime da comu 
 nhão parcial de bens, 267
29.1 Apresentação, 267
29.2 Síntese, 267
30. Casamento: regime da comunhão parcial de bens (regras específicas) 
 e comunhão universal de bens, 268
30.1 Apresentação, 268
30.2 Síntese, 268
31. Casamento: regime da participação final dos aquestos, 269
31.1 Casamento: Regime da Participação Final dos Aquestos, 269
32. Casamento: Regime De Separação De Bens, 271
33. Casamento: regime de separação de bens – vênia conjugal, 272
34. Regime de separação de bens e os casos de separação obrigatória 
 artigo 1.641/ 2010, 273
35. Formas de dissolução da sociedade conjugal artigo 1.571, 274
36. Casamento: dissolução pela separação e divórcio, estudo da emenda 
 constitucional 66/2010, 275
37. Casamento: consequências da emenda 66/2010, 277
38. Casamento: notícia histórica sobre as regras de separação, 278
39. Casamento: regra do divórcio, 279
40. Casamento: divórcio extrajudicial, 280
41. União estável, 281
42. Conceito, 282
43. Características, 283
44. União estável: direitos e deveres, 284
45. União estável: conversão em casamento e uniões concomitantes, 286
45.1 Apresentação, 286
45.2 Síntese, 286
46. Alimentos: introdução, 288
46.1 Apresentação, 288
46.2 Síntese, 288
47. Alimentos: espécies, 289
47.1 Apresentação, 289
47.2 Síntese, 289
48. Alimentos: legitimidade ativa e renúncia, 290
48.1 Apresentação, 290
48.2 Síntese, 290
49. Alimentos: divisibilidade da obrigação alimentar, 292
49.1 Apresentação, 292
49.2 Síntese, 292
50. Alimentos: prescritibilidade x imprescritibilidade, 293
50.1 Apresentação, 293
50.2 Síntese, 294
51. Alimentos: transmissibilidade e alimentos pós-divórcio, 294
51.1 Apresentação, 294
51.2 Síntese, 295
52. Alimentos: termos iniciais e finais e a prisão civil do alimentante, 296
52.1 Apresentação, 296
52.2 Síntese, 296
53. Alimentos: obrigação alimentar do estado, transação e características 
 gerais, 297
53.1 Apresentação, 297
53.2 Síntese, 297
54. Alimentos: desconsideração inversa da personalidade jurídica e 
 alimentos gravídicos, 298
54.1Apresentação, 298
54.2 Síntese, 298
55. Proteção da pessoa dos filhos, 299
55.1 Apresentação, 299
55.2 Síntese, 299
56. Das relações de parentesco, 300
56.1 Apresentação, 300
56.2 Síntese, 300
57. Filiação e reconhecimento de filhos, 302
57.1 Apresentação, 302
57.2 Síntese, 302
Capítulo 12 — Direito das sucessões, 304
1. Sucessão em geral: conceito e classificação, 304
1.1 Apresentação, 304
1.2 Síntese, 304
2. Sucessão em geral: conceito de herança e inventário, relações 
 excluídas da sucessão, 306
2.1 Apresentação, 306
2.2 Síntese, 306
3. Sucessão em geral: momento da abertura, 307
3.1 Apresentação, 307
3.2 Síntese, 307
4. Sucessão em geral: comoriência e indivisibilidade da herança, 308
4.1 Apresentação, 308
4.2 Síntese, 308
5. Sucessão em geral: aceitação da herança, 309
5.1 Apresentação, 309
5.2 Síntese, 310
6. Renúncia da herança, 311
6.1 Apresentação, 311
6.2 Síntese, 311
7. Legitimação sucessória, 312
7.1 Apresentação, 312
7.2 Síntese, 312
8. Espécies sucessórias e hipóteses de cabimento da sucessão 
 legítima, 314
8.1 Apresentação, 314
8.2 Síntese, 314
9. Das pessoas contempladas em lei como herdeiros legítimos, 315
9.1 Apresentação, 315
9.2 Síntese, 315
10. Contagem de grau de parentesco e as regras da sucessão 
 legítima, 317
10.1 Apresentação, 317
10.2 Síntese, 317
11. Sucessão do descendente, 318
11.1 Apresentação, 318
11.2 Síntese, 318
12. Sucessão do ascendente, 319
12.1 Apresentação, 319
12.2 Síntese, 319
13. Aspectos gerais da sucessão do cônjuge, 320
13.1 Apresentação, 320
13.2 Síntese, 320
14. Aspectos gerais da sucessão do cônjuge: direito real de 
 habilitação, 321
14.1 Apresentação, 321
14.2 Síntese, 321
15. Concorrência do cônjuge com o descendente, 323
15.1 Apresentação, 323
15.2 Síntese, 323
16. Concorrência do cônjuge com o descendente: hipótese de concorrên 
 cia e não concorrência, 324
16.1 Apresentação, 324
16.2 Síntese, 324
17. Concorrência do cônjuge com o descendente: cota destinada ao 
 cônjuge, 325
17.1 Apresentação, 325
17.2 Síntese, 325
18. Concorrência do cônjuge com o ascendente, 327
18.1 Apresentação, 327
18.2 Síntese, 327
19. Sucessão do colateral, 328
19.1 Apresentação, 328
19.2 Síntese, 328
20. Sucessão do companheiro, 329
20.1 Apresentação, 329
20.2 Síntese, 329
21. A sucessão para o poder público, 331
21.1 Apresentação, 331
21.2 Síntese, 331
22. Sucessão testamentária: introdução, 333
22.1 Apresentação, 333
22.2 Síntese, 333
23. Sucessão testamentária: normas regulamentadoras, 334
23.1 Apresentação, 334
23.2 Síntese, 334
24. Sucessão testamentária: incapacidade testamentária, 335
24.1 Apresentação, 335
24.2 Síntese, 335
25. Sucessão testamentária: revogação do testamento, 337
25.1 Apresentação, 337
25.2 Síntese, 337
26. Sucessão testamentária: formas ordinárias de testamento, 338
26.1 Apresentação, 338
26.2 Síntese, 338
27. Sucessão testamentária: testamento particular e formas especiais 
 de testamento, 339
27.1 Apresentação, 339
27.2 Síntese, 339
28. Sucessão testamentária: das disposições testamentárias, 342
28.1 Apresentação , 342
28.2 Síntese, 342
29. Sucessão testamentária: cláusulas de inalienabilidade, 
 incomunicabilidade e impenhorabilidade e, invalidade do testamento, 343
29.1 Apresentação, 343
29.2 Síntese, 343
30. Sucessão testamentária: indignidade e deserdação, 345
30.1 Apresentação, 345
30.2 Síntese, 346
31. Sucessão testamentária: substituições testamentárias, 347
31.1 Apresentação, 347
31.2 Síntese, 347
32. Inventário extrajudicial, 348
32.1 Apresentação, 348
32.2 Síntese, 348
Gabarito, 350
Capítulo 1
Lei de introdução às normas 
do direito brasileiro
1. Aspectos gerais e mecanismo de integração
1.1 Apresentação
Nesta unidade temática estudaremos a lei de introdução às normas do direito 
brasileiro (LINDB), ou lei de introdução e neste capítulo veremos os aspectos 
gerais e mecanismo de integração.
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1.2 Síntese
a. A LICC hoje mudou de nomenclatura (Lei 12376/10), hoje é LINDB, 
trazida por esta lei, Lei de introdução às normas do direito brasileiro, ou 
simplesmente lei de introdução.
b. Esta mudança ocorreu por esta ser aplicada a todos os ramos do direito e 
não mais somente ao CC, assim fez-se necessária a mudança.
c. Para alguns a Lei de Introdução é um minicódigo de normas, que serve 
para normatizar as demais normas.
d. As finalidades da Lei de Introdução são:
 » Resolver conflitos de lei no tempo: à medida que várias leis vão en-
trando no ordenamento jurídico, surgem estes conflitos.
 » Resolver conflito de lei no espaço: regras de direito internacional, re-
lativas a outros países.
e. Estabelecer critérios de hermenêutica (interpretação).
f. Estabelecer critérios de integração do ordenamento jurídico, como resol-
ver conflitos não normatizados.
g. Regular vigência e eficácia das normas jurídicas.
h. Cuidar de normas de direito internacional privado.
i. Verificar as fontes do direito ou mecanismos de integração, entendendo o 
que é importante ao magistrado, para solução de uma lide.
j. Inicialmente, temos as fontes imediatas (formais ou diretas): que podem 
ser primárias (LEI) ou secundárias (existe vedação ao non liquet (art. 4º), 
que diz que no caso de omissão da lei o magistrado utilizará a analogia, 
costumes ou princípios gerais do direito).
k. Há discussão sobre a ordem da forma secundária, sendo que hoje se 
entende que não existe ordem para a aplicação (antes os doutrinadores 
entendiam que havia esta ordem), hoje inclusive os princípios são aplica-
dos conjuntamente com a lei.
l. Outra questão é sobre as súmulas vinculantes art. 103-A da CF, sendo que 
está é considerada como fonte primária.
m. Temos também as fontes mediatas (não formais ou indiretas): estas in-
fluência a criação e aplicação das fontes imediatas e são estas: doutrina 
(produto do estudo dos iúris consultos de nossa sociedade), jurisprudên-
cias (significa prudência do direito, é fruto das decisões reiteradas dos 
tribunais superiores) e equidade (hoje entende ser fonte de direito, igual-
dade no caso concreto, ex. art. 413 do CC, preocupação maior com a 
justiça do que com a lei).
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26
2. Classificação das lacunas e antinomias
2.1 Apresentação
Neste item, continuando o estudo da Lei de Introdução, veremos as classifica-
ções das lacunas e antinomias das leis.
2.2 Síntese
a. O conceito de lei é a norma imposta pelo estado e que deve ser respei-
tada, art. 5º, inciso II da CF temos a importância da lei.
b. Esta importância é contemplada também na lei de introdução, art. 3º, 
princípio da obrigatoriedade das leis, ninguém poderá descumprir a lei 
alegando desconhecimento.
c. O legislador tem que se antecipar a um possível problema e criar nor-
matização para evitá-la, porém nem sempre é possível e assim cria-se as 
lacunas, que veremos agora.
d. Lacuna normativa: se da quando tem a ausência de norma.
e. Lacuna ontológica: ocorre quando uma norma não tem eficácia social. 
Ex art. 219 do CC16.
f. Lacuna axiológica: se a norma for aplicada poderá gerar injustiça, ex. art. 
1790, IV do CC (trata da sucessão do companheiro onde não há mais 
ninguém, porém pelo caput o companheiro receberia somente os bens 
adquiridos na união estável).
g. Lacuna de conflito ou de colisão (chamada também de antinomias): 
quando isto surge serão aplicados alguns metacritérios de solução: 
h. Critério cronológico: lei posterior prevalece sobre a anterior (critério 
mais fraco);
i. Critério da especialidade: norma especial prevalece sobre a geral;
j. Critério hierárquico (norma superior prevalece à norma inferior).
k. Assim se tem antinomia de primeiro grau (envolve um metacritério no 
conflito) ou de segundograu (dois metascritérios para a solução) e apa-
rente (tem metacritério para solução) ou real (não tem metacritérios 
para solução).
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27
l. Observe os conflitos de antinomia de segundo grau:
 » Ex. Imagine um conflito de norma especial, anterior, e norma geral 
posterior: antinomia de segundo grau, lembre-se de que o critério cro-
nológico é mais fraco, o critério da especialidade, como prevista na 
CF, e assim tendo solução é uma antinomia aparente.
 » Ex. norma superior anterior, contra norma inferior posterior: pelos 
critérios a superior permanece, pois esta prevista na CF, assim nova-
mente se exclui o critério cronológico e essa antinomia é aparente, 
porque se tem solução.
 » Ex. norma geral superior, contra norma especial inferior: neste caso 
estamos diante da autonomia real, pois ambos os critérios estão des-
critos na CF, nesta situação o magistrado deve utilizar a analogia, os 
costumes e os princípios gerais do direito para resolver a demanda.
3. Nascimento da lei – validade, vigência e eficácia
3.1 Apresentação
Neste item, continuando com a lei de introdução, veremos como ocorre o nas-
cimento da lei, sua validade, vigência e eficácia.
3.2 Síntese
a. Veremos agora alguns princípios contidos na Lei de Introdução: princí-
pio da obrigatoriedade das leis (art. 3º, ninguém pode deixar de cumprir 
a lei alegando desconhecimento); princípio da continuidade das leis (art. 
2º, uma lei estará em vigor até que uma outra a modifique ou revogue), 
por isto estudaremos o nascimento da lei.
b. Veremos a diferencia de validade, vigência e eficácia.
c. Validade da norma (lei): ela analisa a compatibilidade da norma com o 
ordenamento jurídico, por isto subdivide-se: formal (relacionada ao pro-
cesso legislativo, art. 60, parágrafo 2º da CF) ou material (verifica-se a 
compatibilidade da matéria, conteúdo da norma, art. 22 da CF).
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28
d. Vigência: é o período de validade da norma (critério temporal), período 
que a lei terá fora obrigatória em nosso ordenamento.
e. Eficácia: esta atrelada a produção de efeitos, assim pode-se ter normas 
que não produzem efeito, não são eficazes, mas são validades e vigentes 
(ex. art. 1.520 do CC, esta situação foi alterada pela lei 11.106 de 05, 
revogando o crime contra costume e criando os crimes contra dignidade 
sexual, e assim não existe mais a hipótese de exclusão deste pelo casa-
mento, perdendo assim sua eficácia.
f. A vigência de uma lei pode ser dividida das seguintes maneiras:
 » Vigência imediata: é aquele que a lei entra em vigor a data da publica-
ção (deve estar expresso na lei).
 » Vigência com prazo certo: como lei tem grande impacto o legislador 
pode estabelecer prazo para o inicio de sua vigência, ex. (CC02, art. 
2.044).
 » E temos o caso de omissão da vigência: ocorre quando o legislador não 
diz expressamente sobre nenhuma vigência anterior, assim aplica-se 
o art. 1º da Lei de Introdução, 45 dias no Brasil e 3 meses no exterior.
g. Esta hipótese é contestada pela LC 95/98, que diz que o legislador e 
obrigado a expressar a vigência, porém a doutrina e a jurisprudência en-
tendem que o art. 1º ainda está em vigor.
h. O prazo para vigência da lei é contado da seguinte forma: LC 95/98, art. 
8º parágrafo 1º: deve-se incluir o dia do começo e incluir o último dia 
do prazo e a vigência da lei se da no dia seguinte (diferente do direito 
processual) Ex. CC02, pub. 10/02/02, inicia-se no dia 10/02/02 e até o dia 
10/02/03 e assim ganhou vigência em 11/02/02. Nota-se que há um lapso 
temporal entre a publicação e a vigência, que se chama de vacatio legis.
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4. Formas de revogação e vigência da lei no espaço
4.1 Apresentação
Neste item, para finalizar o estudo da Lei de Introdução, veremos as formas de 
revogação e vigência de lei no espaço.
4.2 Síntese
a. As hipóteses de revogação de uma norma ou lei: ab-rogação (revogação 
total da lei, ex. art. 2.045 que estabeleceu que o CC02 revogou na integra-
lidade o CC16, assim diz que houve ab-rogação); derrogação (revogação 
parcial da lei, ex. art. 2.045, que derrogou a primeira parte do código 
comercial); revogação expressa, se da quando o legislador taxativamente 
declara uma lei revogada (ex. art. 2.045, em relação ao CC02 e os CC16 
e primeira parte do código comercial); revogação tácita (se da por incom-
patibilidades de normas, gerando a lacuna de colisão ou antinomias).
b. A LC 95/98, determina que o legislador expressamente diga qual a lei 
que deve ser revogada, isto não ocorre na pratica, e assim esta função é 
do interprete.
c. Podemos ter duas situações interessantes: saber que é possível a aplicar 
lei revogada. Ex. pelo princípio de Saisine, no caso da sucessão, este fe-
nômeno se chama ultratividade.
d. Conceito de norma repristinatória é aquela que revoga a norma revo-
gadora dando vida nova a norma anteriormente por ela revogada, este 
fenômeno pode ocorrer no direito brasileiro, isto ocorre por que é per-
mitido pela lei de introdução, art. 2º, parágrafo. 3º, sendo que só pode 
ocorre na forma expressa.
e. Vigência na lei no espaço: no Brasil temos a teoria da territorialidade mo-
derada, sendo que se aplica a lei brasileira, porém sentença estrangeira 
pode ser aplicada, desde que homologada pelo STJ, como também com 
tratado ou convenção internacional.
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f. Interpretação das leis: quando se fala neste instituto se tem duas teorias, 
subjetiva (analisa a vontade histórica do legislador) e objetiva (analisa a 
real vontade da lei), a mais aplicada é a teoria objetiva, no Brasil. Dentro 
desta teoria temos as espécies de interpretação:
 » Interpretação autentica: é aquela feita pelo próprio legislador, geral-
mente ocorre na exposição de motivos.
 » Interpretação gramatical: analisa o sentido literal do texto.
 » Interpretação ontológica: busca a razão, o motivo de ser da lei, volun-
tas legis.
 » Interpretação historia: analisa a lei pelo seu período histórico.
 » Interpretação sistemática: ocorre quando há comparação entre leis an-
teriores.
 » Interpretação sociológica: interpreta a lei no contexto social.
 » Interpretação extensiva: amplia o alcance da lei (é aquela que restringe 
o texto legal, quando o legislador disse menos que deveria, mas isto 
ocorre quando o próprio instituto não permite aplicação).
g. Regras de alcance de uma lei nova: art. 6º da Lei de introdução, com res-
paldo constitucional, que a lei nova deve respeitar a coisa julgada, o ato 
jurídico perfeito e direito adquirido (direito com termo prefixo).
1. Pessoa natural – personalidade 
da pessoa natural
1.1 Apresentação
No capítulo aqui tratado, será abordado o tema acerca da pessoa natural, mais 
precisamente questões referentes à aquisição da personalidade da pessoa natural.
1.2 Síntese
a. A pessoa natural é um ente de direitos e deveres, ou seja, somente a pessoa 
pode ser sujeito de relação jurídica. Em outros países a situação pode ocor-
Capítulo 2
Parte geral do código civil 
– das pessoas naturais
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rer de forma diferente, até mesmo animais podem ser sujeitos de relações 
jurídicas, podendo até mesmo constar como herdeiros em testamentos.
b. Para ser dotado de direitos e deveres, a pessoa natural adquire aptidão 
para assumi-los. Tal aptidão tem início a partir do nascimento com vida, 
conforme dispõe o art. 2º do CC, ou seja, é este o fato que dá início a 
personalidade da pessoa natural.
c. Porém, o nascimento com vida resulta na plenitude dos direitos da perso-
nalidade, pois o mesmo dispositivo dispõe acerca dos direitos do nascituro 
desde a concepção.
d. Uma questão muito perguntada em concursos é se seria relevante ou 
não a pessoa natural ter forma humana. Se nascer algo diverso do usual, 
consideradodiferente do aspecto comum, neste caso poderia também 
afirmar-se que essa pessoa tem os mesmos direitos da pessoa natural, pois 
é irrelevante ter forma humana.
e. A Lei nº 6.015/73, denominada Lei de Registros Públicos, em seu art. 
53, §2º, dispõe que é irrelevante o corte do cordão umbilical, o que deve 
ocorrer são sinais inequívocos de vida, como sinais sonoros, por exemplo.
f. É importante ressaltar que existe um exame que pode ser realizado a 
fim de que se constate se há ar nos pulmões ou não, denominado “Do-
cimasia hidrostática de Galeno”. Assim, é possível observar se a criança 
nasceu ou não com vida. Caso tenha nascido morta, a expressão utilizada 
é natimorto, e é preciso lembrar que ainda assim esta criança deve ser 
registrada de forma específica.
g. Caso a criança tenha nascido sem vida, retiram-se os pulmões, colo-
cando-os em uma bacia com água. Desta forma, caso os pulmões boiem 
verifica-se a presença de ar e consequente nascimento com vida.
h. O art. 2º do CC, já citado anteriormente, traz os direitos do nascituro desde 
o momento de sua concepção. Para tratar do assunto, duas teorias devem 
ser analisadas: a teoria natalista e a teoria concepcionista. A primeira en-
tende que o nascituro não é pessoa, pois o Código Civil exige o nascimento 
com vida para se ser uma pessoa natural. Seus adeptos, dentre eles Silvio 
Rodrigues, entendem que os nascituros possuem uma mera expectativa 
de direitos, ou seja, somente se nascerem com vida teriam seus direitos 
protegidos. Esta teoria tem dois problemas: nega proteção dos direitos da 
personalidade e ignora os direitos do embrião. De outra forma, os adeptos 
da segunda teoria, como a doutrinadora Maria Helena Diniz, entendem 
que o nascituro é pessoa, possui os direitos protegidos pela legislação.
i. A professora faz uma divisão na teoria: a personalidade jurídica formal, ou 
seja, aquela relacionada aos direitos da personalidade (sendo tais direitos 
essenciais ao nascituro) e personalidade jurídica material, que é a possibi-
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lidade, por exemplo, de aquisições materiais. A junção de ambas resulta 
na personalidade plena, plenitude que se dá com o nascimento com vida.
j. A proteção ao nascituro abrange o natimorto, conforme dispõe o Enun-
ciado nº 01 do Conselho da Justiça Federal. Deve ser ressaltada a 
importância do estudo de Enunciados e Súmulas, além das leis e doutri-
nas para complementar o estudo.
2. Capacidade civil da pessoa natural
2.1 Apresentação
Neste item trataremos da capacidade civil da pessoa natural, fazendo uma 
conexão deste tema com a personalidade da pessoa natural.
2.2 Síntese
a. A capacidade é a medida jurídica da personalidade, ou seja, como os direi-
tos são exercidos durante a vida da pessoa natural. A doutrina faz análise 
realizando uma divisão das espécies de capacidade. A primeira é a capaci-
dade de direito ou capacidade de gozo, ou seja, a capacidade de ser sujeito 
de direitos e deveres, a qual decorre do nascimento com vida. A segunda 
modalidade é denominada capacidade de fato ou de exercício, é aquela 
que permite que a pessoa natural exerça pessoalmente os atos da vida civil.
b. Observe-se que a capacidade aqui estudada é uma capacidade genérica, 
uma vez que estamos tratando da parte geral do CC.
c. É uma capacidade que vale para todas as relações jurídicas que não exi-
jam norma especial. Exemplo: O art. 1.860 do CC dispõe a respeito da 
capacidade para testar. O caput do referido artigo traz o fato de que inca-
paz não pode testar e seu parágrafo único dispõe que a partir de dezesseis 
anos de idade, a pessoa pode testar. Apesar de parecer haver conflito 
entre o caput e o parágrafo único do art. mencionado, tal conflito não 
é real, uma vez que o parágrafo único está dando capacidade específica 
para o maior de dezesseis anos, não havendo necessidade de assistência.
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d. Outro exemplo é capacidade eleitoral, uma vez que o maior de dezesseis 
anos possui capacidade para exercer o direito de voto.
e. Há dois institutos que devem ser estudados: legitimidade e legitimação. 
O primeiro é um instituto de direito processual, é aquele em que se ve-
rificará se a pessoa pode ser parte em uma relação processual. De outra 
forma, o segundo é a capacidade especial para prática de certo ato, como 
a capacidade para testar.
f. O art. 12 do CC traz que: “Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, 
a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de 
outras sanções previstas em lei”. Tal dispositivo trata de ação judicial para 
atingir esse objetivo. O parágrafo único do referido art. dispõe que em se 
tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida o cônjuge 
sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto 
grau. Trata-se aqui de um erro no CC, uma vez que a palavra correta 
seria legitimidade e não legitimação.
Exercício
1. Em relação à compra e venda de bens imóveis, teria o ascendente legitima-
ção para vender para o descendente?
3. Incapacidade absoluta da pessoa natural
3.1 Apresentação
Neste item trataremos da incapacidade civil da pessoa natural, ou seja, o lado 
negativo da capacidade estudada anteriormente. Será abordada a incapacida-
de absoluta da pessoa natural.
3.2 Síntese
a. A incapacidade consiste em restrições ao exercício de atos da vida civil. 
Há dois tipos de incapacidade: absoluta (art. 3º do CC) e relativa (art. 4º 
do CC).
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b. A incapacidade absoluta gera proibição total da prática de atos, pois este 
não pode pessoalmente praticar atos da vida civil. É sujeito de relação 
jurídica, podendo estar em contrato, porém não pode pessoalmente ce-
lebrá-lo. Caso celebre pessoalmente, terá como consequência jurídica a 
nulidade do contrato, podendo acarretar até mesmo propositura de ação 
declaratória de nulidade, a qual é imprescritível.
c. Para o absolutamente incapaz, terá que praticar os atos em seu nome o 
representante legal, via de regra, os pais. Porém, tal incapacidade não 
se dá somente pela idade, mas também adultos que tenham algum pro-
blema de discernimento para a prática de atos da vida civil.
d. Os absolutamente incapazes estão no art. 3º do CC: os menores de dezes-
seis anos, os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o 
necessário discernimento para a prática desses atos e aqueles que, mesmo 
por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade, como é o caso 
de uma pessoa em coma.
e. Ressalte-se que o enfermo mental está presente também no art. 4º, no 
rol dos relativamente incapazes, caso este tenha seu discernimento re-
duzido. Assim, o absolutamente incapaz por enfermidade mental não 
possui discernimento algum, enquanto o relativamente incapaz possui 
seu discernimento reduzido.
f. Observação: Quanto às questões relacionadas ao discernimento temos 
que ter um processo, uma ação judicial denominada interdição para 
que se apure se a pessoa tem ou não discernimento, bem como qual 
é o problema, a fim de que se constate se a pessoa é absolutamente ou 
relativamente incapaz.
g. É importante lembrar que a pessoa pode não ter sido interditada e ter um 
problema relacionado à manifestação de vontade. O negócio jurídico, 
neste caso, pode ser nulo ou anulável, ou seja, a questão é saber se seria 
possível perceber a situação real de incapacidade daquele que celebrou o 
negócio. Se for possível perceber, o negócio é nulo, porém se não havia 
como verificar, não teria como opor contra o terceiro de boa-fé.
h. Muitas vezes aqueles que possuem discernimento em certos momentos e 
em outros não, são conduzidos ao cartório para que passem procuração a 
outras pessoas, sem que haja interdição, uma vez que a interdição causa 
extinção da procuração. Assim, o tabelião visualizando que aquela pes-
soa não possuicondições de praticar atos da vida civil, poderá impedir a 
prática do negócio.
i. Da mesma forma se dá com os dependentes de drogas ou álcool, quando 
estes se dirigem ao cartório sem que tenham discernimento. O negócio 
não será lavrado, independentemente de se ter ou não a interdição.
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Exercício
2. Verdadeiro ou falso: O enfermo ou deficiente mental com discernimento 
reduzido é absolutamente incapaz?
4. Incapacidade relativa da pessoa natural
4.1 Apresentação
Neste item vemos a incapacidade relativa da pessoa natural e seus aspectos 
relevantes.
4.2 Síntese
a. O rol dos relativamente incapazes está previsto no art. 4º do CC. De 
forma diferente dos absolutamente incapazes, aqui teremos o instituto 
da assistência. O relativamente incapaz pode praticar o ato da vida civil, 
porém desde que assistido por seu representante legal.
b. A falta de assistência acarreta na anulabilidade do ato, não mais na nuli-
dade como se dá no caso do absolutamente incapaz.
c. Os relativamente incapazes são: os maiores de dezesseis e menores de 
dezoito anos; os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por 
deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; os excepcionais, 
sem desenvolvimento mental completo; os pródigos.
d. Os ébrios habituais são aqueles que ingerem bebidas alcoólicas com fre-
quência, ou seja, é preciso que haja habitualidade em sua conduta. Não 
se fala, ainda, em doses específicas, uma vez que é preciso que a ingestão 
da bebida alcoólica influencie no discernimento da pessoa.
e. Quanto aos viciados em tóxicos ou toxicômanos, também é preciso que 
se faça uma análise do comprometimento de seu discernimento para que 
a incapacidade seja apreciada.
f. O deficiente mental, mais uma vez aparece como incapaz, porém no 
caso do relativamente incapaz seu discernimento é reduzido, não ha-
vendo sua perda total, mas sim redução.
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g. Os excepcionais sem desenvolvimento mental completo também são re-
lativamente incapazes, como por exemplo, os portadores da Síndrome 
de Down.
h. Por fim, temos os pródigos, aqueles que costumam dilapidar seu patri-
mônio, aqueles que possuem tendência a gastar muito, demonstrando 
indícios de prodigalidade.
i. A questão dos índios também é importante no tema tratado. Ressalte-se 
que o índio aqui abordado é aquele que não foi socializado. Neste caso, 
lei especial federal nº 6.001/73, denominada Estatuto do Índio, tratará 
do tema, de acordo com o disposto no parágrafo único do art. 4º do CC.
j. Tal lei dispõe que o índio não socializado precisa ser assistido pela FUNAI, 
porém a falta de tal assistência causa nulidade do ato. Desta forma, temos 
uma capacidade “sui generis”, uma vez que não é nem absoluta e nem 
relativa, já que é tratada por lei especial.
Exercício
3. É possível excepcionar a regra que trata da incapacidade relativa no que 
tange maiores de dezesseis e menores de dezoito anos?
5. Personalidade e capacidade — emancipação
5.1 Apresentação
Neste item trataremos do instituto da emancipação, abordando o tema de for-
ma a relacioná-lo com a capacidade da pessoa.
5.2 Síntese
a. A emancipação se enquadra na questão da capacidade civil, no momento 
em que a capacidade de fato, em que o sujeito praticará pessoalmente 
os atos da vida civil. Este sujeito pode conquistar tal capacidade com a 
maioridade ou com a emancipação.
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b. A maioridade civil se dá aos dezoito anos, porém existe uma forma de 
abreviar a aquisição da capacidade: a emancipação. A pessoa emancipada 
é tida como menor de idade, no entanto capaz.
c. A emancipação pode ocorrer de algumas formas. A primeira é a eman-
cipação expressa ou voluntária, sendo aquela concedida pelos pais por 
escritura pública, desde que se tenha no mínimo dezesseis anos, inde-
pendente de autorização judicial. Tal escritura deve ser registrada no 
Cartório de Registro Civil, nos termos do art. 9º, inciso II, do CC.
d. A escritura de emancipação é feita originariamente em Cartório de Tabe-
lionato de Notas. Em alguns estados, o Cartório de Registro Civil possui 
autorização para lavrar escritura de emancipação, porém tal situação se 
dá em caráter excepcional.
e. O parágrafo único, inciso I do art. 5º do CC prevê este tipo de emancipa-
ção. O mesmo dispositivo traz a emancipação legal, ou seja, aquela que 
deriva da lei. A primeira hipótese é o casamento.
f. É importante ressaltar que para emancipação legal não existe idade 
mínima, bastando ocorrer o fato previsto em lei. O CC permite, por 
exemplo, o casamento da pessoa menor de dezesseis anos em caso de 
gravidez, estando assim emancipada. Caso essa pessoa se divorcie, conti-
nua emancipada, uma vez que a emancipação é ato irrevogável.
g. Outras hipóteses são pouco usuais, pois não são comuns na realidade 
atual, como pelo exercício de emprego público efetivo; colação de grau 
em curso de ensino superior.
h. O último caso de emancipação legal é pelo estabelecimento civil ou co-
mercial, ou pela existência de relação de emprego desde que em função 
deles o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. É 
aquela pessoa que monta um estabelecimento comercial (faticamente e 
não juridicamente por não ter ainda capacidade) ou tenha uma relação 
de emprego.
i. Por fim, existe a emancipação judicial, feita por sentença, no caso do 
tutelado. É preciso que se tenha processo judicial para que se verifique se 
o tutelado tem condições de praticar os atos da vida civil para que o juiz o 
emancipe. Neste caso, também existe a idade mínima de dezesseis anos 
para que o sujeito possa ser emancipado.
Exercício
4. Quem pode emancipar o pupilo (pessoa que está sob tutela)?
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6. Individualização da pessoa natural pelo nome
6.1 Apresentação
Neste item trataremos de uma das formas de individualização da pessoa na-
tural: pelo nome.
6.2 Síntese
a. Existem muitas formas de se individualizar a pessoa natural, uma delas é 
pelo nome. O nome compõe vários elementos e é ele que vai individu-
alizar, diferenciando uma pessoa natural de outra, bem como retratar a 
genética, de que família veio aquela pessoa.
b. O nome é um direito da personalidade, matéria que será estudada opor-
tunamente. É inalienável e imprescritível, não podendo ser transferido 
para outrem e não pode ser perdido com o tempo.
c. Em regra, o nome compõe alguns elementos. O primeiro elemento é o 
prenome (aquele que vem antes do sobrenome), o qual pode ser simples 
(João, por exemplo) ou composto (João Pedro, por exemplo).
d. O segundo elemento é o sobrenome, também chamado de patronímico, 
o que identifica a família a que pertence determinada pessoa.
e. É possível ter ainda, a alcunha, também chamada de codinome ou ape-
lido. Algumas pessoas incluem a alcunha no nome, como por exemplo, 
a “Xuxa”, que incluiu o apelido em seu nome.
f. Na sequência, temos o agnome, aquilo que irá diferenciar pessoas com 
o mesmo nome, como por exemplo, “Junior”, “Filho”, “Neto”, dentre 
outros. São partículas que diferenciam pessoas com o mesmo nome.
g. Quanto à modificação do nome, em regra, o nome é imutável. As hipó-
teses de alteração do nome são excepcionais, uma vez que é preciso que 
haja autorização legal para isso.
h. Autorizam a mudança do nome: exposição ao ridículo; adoção (art. 47, 
§5° do ECA); inclusão de alcunha; requerimento em até um ano após 
completada a maioridade (sem que haja motivo específico, de acordo 
com o art. 53 da Lei de Registros Públicos); reconhecimento de filiação; 
erro de grafia; homonímia (pessoas que têm o mesmo nome, como é o 
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caso de João da Silva, por exemplo); inclusão do sobrenome do cônjuge, 
tanto homem quanto mulher, inclusive no caso de união estável.i. É possível, ainda, a inclusão do sobrenome da madrasta ou padrasto, pelo 
enteado ou enteada, devido ao disposto na Lei nº 11.924 de 2009, a qual 
alterou o art. 57, § 8º, da Lei de Registros Públicos.
j. Por fim, a última hipótese de modificação do nome é pela tradução do 
nome estrangeiro em procedimento de adoção, prevista no art. 114 da 
Lei nº 6.815/80.
7. Individualização da pessoa 
natural pelo domicílio
7.1 Apresentação
Neste item trataremos de outra forma de individualização da pessoa natural, o 
domicílio, bem como seus aspectos relevantes.
7.2 Síntese
a. Primeiramente, é preciso que se diferencie a residência do domicílio. 
Juridicamente, o CC somente trata do conceito de domicílio, tendo a 
residência um conceito fático.
b. A residência é um elemento fático caracterizado por onde a pessoa ha-
bita, local da morada da pessoa, a qual pode até mesmo se dar de forma 
transitória, como hotéis, casas de amigos, dentre outros.
c. Já o domicílio, o conceito está previsto no art. 70 do CC: “O domicílio da 
pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo 
definitivo”. Se colocarmos em uma fórmula: Domicílio = residência + 
ânimo definitivo.
d. O ânimo definitivo é subjetivo, pode estabelecer, por exemplo, o local 
onde a pessoa concentra seus negócios.
e. Observação: Se uma pessoa tem uma casa em São Paulo, onde mora 
e trabalha na mesma cidade, porém adquire uma casa em Alagoas. Ao 
adquirir uma propriedade, dará ânimo definitivo, pois a propriedade ad-
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quirida se reveste de ânimo definitivo. Neste caso, haveria pluralidade de 
domicilio, fato autorizado pelo CC em seu art. 71.
f. O art. 72 do CC trata do exercício de uma função ou emprego para ca-
racterizar o domicílio: “É também domicílio da pessoa natural, quanto às 
relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida”.
g. O art. 73 do mesmo diploma legal trata da pessoa que não possui residên-
cia fixa, como o circense ou o cigano. Neste caso, seu domicílio é o local 
onde a pessoa é encontrada.
h. Há algumas espécies de domicílio. O primeiro é o domicílio voluntário, 
aquele escolhido voluntariamente pela pessoa. De outra forma, o domi-
cílio necessário ou legal, é aquele imposto à pessoa. Um exemplo desta 
modalidade é o domicílio do incapaz, já que seu domicílio será se seu 
representante ou assistente.
i. O domicílio do servidor público é o local onde ele exerce permanente-
mente suas funções. Se a pessoa estiver emprestada para uma determinada 
cidade, aquele não será seu domicílio.
j. O domicílio do militar é o local em que ele servir. Se este for da Mari-
nha ou Aeronáutica, será a sede do comando onde ele é subordinado. 
Outro exemplo é o domicílio do marítimo, daquele sujeito que mora em 
um navio, sendo seu domicílio o local onde o navio estiver matriculado. 
Por fim, o domicílio do preso será o local em que ele estiver cumprindo 
sentença.
k. Outro tipo de domicílio é o de eleição, ou foro de eleição, sendo aquele 
convencionado em contrato. Ressalte-se que o CDC veda foro de eleição 
em contrato de consumo.
Exercício
5. Preso temporário tem domicílio necessário?
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8. Direitos da personalidade – aspectos gerais
8.1 Apresentação
Neste item será tratado o tema acerca dos direitos da personalidade, assunto de 
grande importância no ordenamento jurídico.
8.2 Síntese
a. Os direitos da personalidade têm por objetivo a defesa da integridade 
física, moral e intelectual, os quais sofrem influência das garantias fun-
damentais (constitucionais), o que se denomina eficácia horizontal dos 
direitos fundamentais, segundo entendimento do STF.
b. O art. 11 do CC traz duas características: intransmissibilidade e 
irrenunciabilidade dos direitos da personalidade. Isso vai gerar outras ca-
racterísticas como a indisponibilidade, perpetuidade, oponibilidade erga 
omnes, incomunicabilidade, impenhorabilidade e a imprescritibilidade.
c. Um exemplo prático é o programa Big Brother, que obriga que cada par-
ticipante assine um contrato, o qual contém uma cláusula que traz a 
isenção do programa em relação à imagem daquele que participa, caso 
haja algum dano. Tal cláusula é nula, uma vez que o art. 11 é expresso ao 
dizer que o direito da personalidade é irrenunciável e o direito à imagem 
é um direito da personalidade.
d. São exemplos de direito da personalidade: direito à vida (como, por exem-
plo, é o caso da Lei que autoriza prestação de alimentos gravídicos, ou 
seja, sem que a pessoa tenha nascido); direito à integridade física; direito 
à imagem (retrato, que é a fisionomia física e atributo, sendo aquilo que 
a sociedade pensa a respeito da pessoa); direito à honra (subjetiva, que é 
a autoestima e objetiva, que é aquilo que o outro pensa ou repercussão 
social); direito à voz; direito aos alimentos e direito ao cadáver, bem como 
partes separadas.
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9. Direitos da personalidade (arts. 11 e 12 do CC)
9.1 Apresentação
Neste item serão estudados os Direitos da Personalidade de forma mais especí-
fica, abordando os artigos 11 e 12 do Código Civil.
9.2 Síntese
a. O primeiro art. que trata dos direitos da personalidade é o art. 11 do CC. 
É importante ressaltar que se um direito da personalidade for violado, 
caberá ação indenizatória, caso o direito já tenha sido infringido, ou cau-
telar, caso esteja na iminência deste direito ser violado.
b. O prazo para propositura de ação indenizatória prescreve em três anos 
(para a pretensão da ação e não para o direito em si, uma vez que este é 
imprescritível).
c. Diz o art. 11: “Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da 
personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu 
exercício sofrer limitação voluntária”. Este dispositivo cria a regra e dá 
uma exceção (situações previstas em lei). Um exemplo de limitação vo-
luntária é o art. 28 da Lei nº 9.610/98, que traz o direito do autor: “Cabe 
ao autor o direito exclusivo de utilizar, fruir e dispor da obra literária, 
artística ou científica”.
d. O art. 12 do CC fala dos mecanismos processuais para se combater lesão 
ou ameaça a lesão do direito da personalidade. Em seu parágrafo único, 
um erro, pois como trata de ações judiciais prevê quem são aqueles que 
podem propor essas ações.
e. Aquele que já faleceu também tem resquícios de direito da personali-
dade, uma vez que alguns não se extinguem com o óbito. Assim, aqueles 
que propõem ação no nome daquele que morreu possuem legitimidade 
e não legitimação para tal.
f. Podem propor ação em nome do morto o cônjuge sobrevivente, ou 
qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. O com-
panheiro não está elencado no dispositivo aqui mencionado, contudo o 
Enunciado 275 do CJF aborda o assunto, determinando a inclusão do 
companheiro no rol.
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10. Direitos da personalidade (art. 13, do CC)
10.1 Apresentação
Neste item serão estudados os Direitos da Personalidade de forma mais especí-
fica, como o artigo 13 do Código Civil, relativo à integridade física e disposição 
do próprio corpo.
10.2 Síntese
a. O art. 13 do CC traz “Salvo por exigência médica, é defeso o ato de dis-
posição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da 
integridade física, ou contrariar os bons costumes”.
b. Tal art. teve origem na Lei de Transplantes, que teve o cuidado de tentar 
normatizar um assunto delicado, a fim de se evitar o comércio ilegal de 
órgãos.
c. A cirurgia de adequação sexual é um direito da personalidade. É errado 
chamar essa cirurgia de mudança de sexo, pois é algo mais intenso, não 
uma mera vontade do indivíduo. Nos dias atuais, até mesmo o Sistema 
Único de Saúde realiza o procedimento. É importante observar que o 
transexual não deve ser confundidocom o travesti, pois este não deseja 
modificar seu corpo.
d. Para que a cirurgia seja realizada, o candidato deve passar por uma junta 
médica por um período de dois anos, a fim de que se determine a neces-
sidade ou não da intervenção cirúrgica.
e. Assim, percebemos que o art. 13 do CC dispõe que não se pode dispor 
do próprio corpo, salvo por exigência médica, e por isso nesses casos a 
pessoa passa por essa junta médica. Ressalte-se que, aquele que teve o 
sexo modificado buscará na justiça a mudança de seu nome e tais ações 
têm sido julgadas procedentes. 
f. O parágrafo único do art. 13 traz que: “O ato previsto neste artigo será 
admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial”. 
Desta forma, observamos que o dispositivo mantém o estabelecido na Lei 
de Transplantes (Lei nº 9.434/97).
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11. Direitos da personalidade (art. 14, do CC)
11.1 Apresentação
Neste capítulo serão estudados os Direitos da Personalidade de forma mais 
específica, como o artigo 14 do Código Civil que trata da disposição do corpo 
post mortem.
11.2 Síntese
a. O art.14, CC trata da doação de órgãos post mortem, ou seja, após o fale-
cimento da pessoa. Diz o dispositivo: “É válida, com objetivo científico, 
ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em 
parte, para depois da morte”.
b. Ressalte-se que é permitida a doação com objetivo científico ou uma ati-
vidade nobre.
c. Há uma discussão na medicina acerca de quando ocorre a morte. Tem-se 
como regra a morte encefálica, porém é difícil seu diagnóstico. O STF 
foi chamado para se pronunciar acerca da constitucionalidade da Lei nº 
11.105/05, denominada Lei de Biossegurança, porém não se chegou à 
conclusão alguma.
d. Maria Helena Diniz cita um caso em uma de suas obras, de uma pessoa 
que faleceu e a família optou pela cremação do corpo. A cerimônia é 
simbólica e incineração é feita com vários cadáveres. Após um tempo, 
uma das filhas do falecido senhor cursou medicina e quando chegou 
ao terceiro ano deparou-se com o cadáver de seu pai embalsamado para 
estudo. Assim, percebe-se que devem existir mecanismos para que situa-
ções assim não ocorram.
e. A Lei n° 9.494/97 estabeleceu uma presunção de doação, ou seja, todos 
seriam doadores presumidos, quem não quisesse teria que se manifes-
tar. Tal presunção não foi suficiente para resolver os problemas, por isso 
houve alteração pela Lei nº 10.211/01, afastando a presunção da doação 
post mortem.
f. Assim, ninguém é doador, salvo manifestação em vida, mediante auto-
rização por escritura pública ou documento particular. Desta forma, a 
primeira opção é a autorização do doador em vida (consenso afirmativo), 
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a qual é um ato revogável a qualquer tempo, nos termos do parágrafo 
único do art. 14 do CC.
g. A segunda opção se dá através dos familiares do falecido, os quais só 
podem se manifestar se não existir vedação expressa do doador (consenso 
negativo).
12. Direitos da personalidade (art. 15, do CC)
12.1 Apresentação
Neste item serão estudados os Direitos da Personalidade de forma mais es-
pecífica, como o artigo 15 do Código Civil que trata de tratamento médico e 
intervenção cirúrgica quando a pessoa corre risco de vida.
12.2 Síntese
a. O art. 15 do CC dispõe que “Ninguém pode ser constrangido a submeter-
-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica”. 
Os médicos entendem que se a pessoa não quiser passar por tratamento 
ou sofrer intervenção cirúrgica, tal decisão cabe a ela.
b. Estamos diante de um choque de direitos e garantias fundamentais, abor-
dando o direito a vida, ou até mesmo o fato de que algumas pessoas não 
querem sofrer intervenção por questões religiosas.
c. Alguns doutrinadores entendem que a vida é um bem indisponível, não 
podendo sofrer nenhum tipo de barganha.
d. Outros entendem que, com relação à colisão de princípios e garantias 
fundamentais garantidos pela CF/88, como direito à vida e direito à li-
berdade religiosa, deve ser feita ponderação, colocando os direitos em 
uma balança.
e. O CC dá o devido respaldo acerca do assunto, dispondo que a pessoa é 
livre para escolher se quer ou não ser tratada, até mesmo porque muitas 
vezes o tratamento exige grande sacrifício, como é o caso do câncer em 
estágio avançado. Assim, a questão deve ser analisada pela pessoa, a qual 
deve ter o direito de direcionar seu tratamento.
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f. A pessoa testemunha de Jeová recusa-se a receber transfusão de sangue, 
posição que também é complexa. Existe aqui mais uma vez choque de 
garantias fundamentais, aplicando-se a tese de Robert Alexy, ou seja, 
deve ser feita uma ponderação. 
g. Percebe-se então que o dispositivo não é inconstitucional, uma vez que a 
pessoa deve escolher aquilo que considera melhor para ela.
h. O Conselho Federal de Medicina, por meio da Resolução nº 1.805 au-
toriza a ortotanásia, ou seja, deixar de aplicar certas técnicas médicas em 
pacientes que estão em estado terminal.
i. Por ordem de uma Ação Civil Pública movida pelo MPF, tal Resolução 
teve seus efeitos suspensos em 2.007. No entanto, recentemente o Con-
selho de Medicina publicou um Código de Ética Médica, abordando o 
assunto novamente, como a não aplicação de tratamentos invasivos, por 
exemplo. Prevê, ainda, o direito da pessoa de escolher morrer em casa, 
ao lado de sua família.
j. Por conta disso, se discute se seria possível fazer no Brasil, procedimento 
já existente na Itália: testamento biológico, ou seja, documento através do 
qual a pessoa autorizaria a eutanásia ou estabelecer que se estiver passando 
por situação grave, não quer passar por certos procedimentos médicos.
k. O testamento biológico no Brasil não prospera, uma vez que o tes-
tamento só produz efeito após a morte. Assim, o que as pessoas estão 
fazendo atualmente é deixar isso escrito por meio de declarações. Em 
São Paulo, alguns Tabelionatos de Notas que tomam esse desejo a termo 
e transcrevem em Escritura Pública (o que não é testamento).
13. Direitos da personalidade – nome 
como direito da personalidade
13.1 Apresentação
Neste item será estudado o nome como direito da personalidade.
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13.2 Síntese
a. O estudo aqui realizado não trata do nome como forma de individuali-
zação da pessoa natural, mas sim como direito da personalidade. O art. 
16 do CC diz que toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos 
prenome e sobrenome.
b. Trata-se de um art. que traz consequências que podem gerar reflexos, 
por exemplo, no direito de família. Isso porque, é possível a inclusão do 
sobrenome do cônjuge ao nome do homem ou da mulher com quem 
está se casando.
c. Tal inclusão seria empréstimo ou doação? A resposta correta é a doação, 
uma vez que, de acordo com o art. 16 do CC, a partir do momento em 
que a pessoa inclui o sobrenome de seu cônjuge, este sobrenome acaba 
integrando o direito da personalidade.
d. A CC estabelece algumas sanções quando o término da relação se dá por 
situação em que se atrela hipótese de culpa, a qual vem sendo discutida a 
partir da vigência da EC n° 66. Alguns entendem que não mais é possível 
atrelar a questão da culpa, porém existe uma relativização para estas regras.
e. Para aqueles que entendem que a separação ainda existe em nosso or-
denamento, seria possível a discussão da culpa, e consequentemente a 
possibilidade de perda do direito de utilização do nome. Entretanto, o 
CC relativiza a situação, estabelecendo que se a pessoa é publicamente 
conhecida pelo nome, não irá perdê-lo, ainda que haja culpa.
f. Uma questão interessante é, caso a ex-esposa mantenha o nome de ca-
sada e case-se com outra pessoa, poderia esta adotar tal sobrenome? A 
resposta é positiva. Exemplo: Marta Suplicy adotouo sobrenome de seu 
ex-marido, Eduardo Suplicy. Assim, Luis Favre, casando-se com Marta, 
poderia também adotar o sobrenome “Suplicy”, caso quisesse.
g. O art. 17 dispõe que “O nome da pessoa não pode ser empregado por 
outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo 
público, ainda quando não haja intenção difamatória”., ou seja, é preciso 
que se tenha cautela com o nome de outrem.
h. O art. 18 do CC diz que “Sem autorização, não se pode usar o nome 
alheio em propaganda comercial”, devendo haver autorização para o uso.
i. Por fim, o art. 19 do mesmo diploma legal trata do pseudônimo, o qual só 
pode ser usado para atividades lícitas, tendo a mesma proteção garantida 
ao nome.
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14. Direitos da personalidade – direito à imagem
14.1 Apresentação
Neste item serão estudados os últimos artigos que tratam do direito à imagem como 
direito da personalidade.
14.2 Síntese
a. O art. 20 do CC dispõe que
 » Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à 
manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão 
da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de 
uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo 
da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a 
respeitabilidade, ou se forem destinados a fins comerciais.
b. É um art. que vai permitir que a pessoa proíba, se oponha a divulgação 
de sua imagem, da transmissão da palavra, de escritos, dentre outros. É 
o art. que autoriza que a pessoa proíba o uso de sua imagem, de suas 
palavras ou escritos.
 » Exemplo: O Programa Pânico enviou uma apresentadora para fazer 
entrevistas com os parlamentares. A apresentadora, conversando com 
o Senador Eduardo Suplicy, solicitou que ele vestisse uma sunga e o 
mesmo aceitou. Antes que o fato fosse transmitido pelo programa, o 
presidente de seu partido assistiu ao vídeo na internet, fazendo com 
que o Senador, por escrito, impedisse a emissora de televisionar.
c. O Enunciado nº 279 do CJF estabelece que a proteção a imagem deve ser 
ponderada com outros interesses constitucionalmente tutelados, especial-
mente em face do direito de liberdade de imprensa e direito à informação.
d. Em caso de colisão de interesses, deve ser levada em conta a notoriedade 
do retratado e dos fatos abordados, bem como a veracidade destes e carac-
terísticas de sua utilização, privilegiando-se medidas que não restrinjam 
informação. Assim, de acordo com esse Enunciado, se a pessoa é pública 
e faz algo em lugar público, a mídia deve divulgar.
e. É importante mencionar o parágrafo único do art. 20: “Em se tratando 
de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção 
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o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes”. O dispositivo não inclui, 
neste caso, o colateral, porém, o Enunciado 275 do CJF estabelece que 
também será legitimado o companheiro.
f. O art. 21 do CC diz que “A vida privada da pessoa natural é inviolável, e 
o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias 
para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma”.
15. Extinção da personalidade da pessoa natural
15.1 Apresentação
Neste item será abordada a extinção da personalidade da pessoa natural, como 
morte (real e presumida) e o instituto da comoriência.
15.2 Síntese
a. Quando se trata da morte, temos dois tipos de morte: a morte real e a 
morte presumida. A morte real é aquela em que se tem certeza do óbito e 
a presumida é aquela em que paira dúvida, não se sabe de fato a concre-
tude da existência daquela morte.
b. Existe essa distinção por conta dos procedimentos adotados. Quando se 
fala em morte temos como consequência a sucessão. Porém, dentro do 
procedimento de ausência, ocorre primeiro uma sucessão provisória.
c. O art. 6º do CC deixa claro que tipo de sucessão se dá com a morte real 
e a provisória. Tal art. diz que “A existência da pessoa natural termina 
com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a 
lei autoriza a abertura de sucessão definitiva”. Em ambos os casos temos 
sucessão definitiva, a diferença é que é mais fácil se chegar à sucessão 
definitiva ocorrendo morte real.
d. Há uma terceira possibilidade de morte, denominada morte civil, que se 
dá no caso de exclusão da sucessão por indignidade, também prevista no 
CC. Exemplo: Suzane Richthofen.
e. Comoriência, prevista no art. 8º do CC, ocorre quando há presunção 
de morte simultânea. Não há certeza, somente presunção. Temos como 
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efeito da comoriência o fato de que o comoriente não participa da suces-
são do outro, ou seja, é como se morto fosse. 
f. Para serem comorientes, as pessoas não precisam ter vinculo de paren-
tesco. Pode ser que ocorra em seguro de vida, como por exemplo, morte 
de segurado e beneficiário.
g. Quando o segurado morreu, o beneficiário já era tido como morto, assim 
não recebe valor algum.
h. Ressalte-se que para que ocorra a comoriência, é preciso que as pes-
soas morram na mesma ocasião (tempo), mas não necessita que seja no 
mesmo espaço, no mesmo evento, nos termos do art. 8º do CC.
Exercício
6. Comoriência é morte simultânea. Verdadeiro ou falso?
16. Ausência
16.1 Apresentação
Neste item será abordado o tema relativo à ausência.
16.2 Síntese
a. Tem-se início a partir do momento em que alguém se ausenta de seu do-
micílio sem deixar notícias ou representante. A representação pode derivar 
da lei ou até mesmo por meio de mandato. Ressalte-se que o mandatário 
nomeado pode não querer ou, ainda não poder exercer o mandato.
b. Quando a pessoa se ausenta ou o mandatário não pode ou não quer exer-
cer seus poderes, ocorre a ausência. O patrimônio do ausente não pode 
ficar sem um gestor, e então haverá o requerimento judicial de arrecada-
ção dos bens (junção de todos os bens), com o objetivo dos bens serem 
entregues para o curador de ausentes nomeado pelo juiz.
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c. Quem tem legitimidade para fazer esse requerimento: Qualquer interes-
sado (parentes, credores, Ministério Público, dentre outros).
d. Podem ser nomeados curadores de ausentes, em ordem, o cônjuge (não 
separado) e, em sua falta, os pais e na sequência os descendentes (filhos, 
netos, bisnetos, sendo que os mais próximos excluem os mais remotos).
e. Quanto aos prazos, dois devem ser aguardados. O primeiro é o prazo de 
um ano da arrecadação e o segundo se dá após três anos, se o ausente 
deixou representante ou procurador. Esse prazo serve para a declaração 
de ausência, a qual autoriza a abertura da sucessão provisória, que pode 
ser requerida pelas pessoas que estão enumeradas no art. 27 do CC. 
f. A sentença só produz efeito 180 dias depois de publicada. Nesse período 
é possível abrir inventário e testamento. Se ninguém o fizer, o Ministério 
Público poderá fazer.
g. Antes da partilha, o juiz pode converter bens móveis em imóveis, pois os 
herdeiros não podem alienar, nesse período, os bens imóveis.
h. Os herdeiros poderão se imitir na posse depois de aberta essa sucessão pro-
visória, porém em relação aos colaterais, estes deverão prestar garantia.
i. Após todo o ocorrido, é preciso que se aguarde um novo prazo para essa 
sucessão provisória se tornar definitiva. Tal prazo é de dez anos da sen-
tença que autorizou a abertura da sucessão provisória ou, se o ausente 
conta com oitenta anos de idade e as últimas notícias datam de cinco 
anos, haverá a conversão da sucessão provisória em sucessão definitiva.
j. Essa morosidade se justifica em razão de um possível retorno do ausente. 
Se o ausente retornar, os bens deverão ser devolvidos.
1. Pessoa jurídica – conceito e teorias
1.1 Apresentação
Neste capítulo será abordado o tema relativo à pessoa jurídica

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