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INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA – IF-SC CAMPUS CANOINHAS DEPARTAMENTO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ALIMENTOS MAIARA ARBIGAUS BREDUN TESTE DE RECONHEICMENTO DE ODORES CANOINHAS 2016 INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA – IF-SC CAMPUS CANOINHAS DEPARTAMENTO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ALIMENTOS MAIARA ARBIGAUS BREDUN Relatório apresentado à Unidade Curricular de Análise Sensorial do Curso Superior de Tecnologia em Alimentos como requisito parcial de aprovação. Prof.ª Cristiany Martins CANOINHAS 2016 1 INTRODUÇÃO O profissional da área de alimentos deve possuir uma série de conhecimentos capaz de levar ao seu público alvo, qualidade em todo desenvolvimento de um produto. A qualidade de um produto alimentar envolve não só os seus aspectos físico-químicos e microbiológicos como também os aspectos sensoriais. Diversos pesquisadores e empresas estão utilizando a análise sensorial para ficar muito próximo do mercado (STONE E SIDEL, 2004), buscando conhecer antecipadamente o desejo do consumidor, que a cada dia fica mais exigente na busca por alimento de qualidade. A Análise Sensorial é uma ferramenta usada na contribuição de novos produtos, controle de matéria-prima, comparação de produtos, investigação do envelhecimento e vida comercial, avaliação da aceitação e preferência de consumidores (STONE E SIDEL, 2004).Ou seja ela não está só restrita a indústria de alimentos, qualquer produto ou serviço que estimule os sentidos humanos pode ser submetido a avaliação pela análise sensorial. Os resultados da qualidade de uma investigação sensorial dependem de provadores (treinados ou consumidores), das condições de realização das provas e do pressuposto de realização do teste (DUTCOSKY, 2007). 2 OBJETIVOS O objetivo da prática foi verificar a importância do teste de odores em uma equipe de julgadores e como melhorar a acuidade do grupo em treinamento. 3 MATERIAS E MÉTODOS Foram selecionados 16 odores e colocados uma amostra em um pequeno recipiente codificado sobre a bancada, então foi feita a avaliação de odores. Cada provador inalava a amostra, identificava o odor, com a boca fechada inspirando pelo nariz, após identificação registrava na ficha, aguardava alguns segundos para depois aspirar a próxima amostra. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO A técnica recomendada para testar odor, é a de fazer aspirações rápidas para contato adequado do odor com os receptores sensoriais (FERREIRA et al. 2000). Para o teste do odor, o grau de dificuldade é observado pela porcentagem de acertos totais para cada aroma específico. Nos testes feitos a avaliação mostrou pouco grau de dificuldade na identificação de aromas, como a tabela 1 abaixo mostra 3 amostras não conseguiram ser identificadas corretamente. O objetivo é que o candidato identifique no mínimo 70% dos aromas considerados com grau de dificuldade normal, isto é, que tenha sido identificado por, no mínimo, 50% da equipe. É um teste classificatório, não eliminatório (DUTCOSKY, 2007). Tabela 1- Odor identificado pelo provador Amostra Odor de: Amostra Odor de: 140 CAFÉ 272 GERGELIM 344 MANJERICÃO 324 NÓZ MOSCADA 033 COCÔ 024 VINAGRE 218 QUEIJO PARMESÃO 431 ERVA MATE 173 CRAVO DA INDIA 399 NÃO IDENTIFICADO 254 HORTELÃ 122 ÓLEO USADO 410 ERVA DOCE 309 ORÉGANO 190 MEL 453 CANELA Tabela 2- Gabarito Amostra Odor de: Amostra Odor de: 140 SHOYU ( CARAMELO) 272 GERGELIM 344 MANJERICÃO 324 NÓZ MOSCADA 033 COCÔ 024 VINAGRE 218 QUEIJO PARMESÃO 431 ERVA MATE 173 CRAVO DA INDIA 399 MANJERONA/ORÉGANO(FRESCO) 254 HORTELÃ/ MENTA 122 ÓLEO USADO 410 ANIZ ESTRELADO 309 ORÉGANO (SECO) 190 MEL 453 CANELA No planejamento da avaliação sensorial é importante conhecer os princípios e fundamentos para escolha e aplicações dos testes, o local de aplicação e a equipe sensorial a ser recrutada, selecionada e treinada para os procedimentos de avaliação de atributos do alimento Segundo Teixeira (2009), as técnicas que constituem a análise sensorial de alimentos são de grande importância para a avaliação da aceitabilidade e da qualidade de um produto, sendo parte fundamental do plano de controle de qualidade de uma indústria alimentícia. E são por meio dos órgãos dos sentidos que se procedem tais avaliações, e, como são executadas por pessoas, é importante um criterioso preparo das amostras testadas e adequada aplicação do teste para se evitar influência de fatores psicológicos, como, por exemplo, cores que podem remeter a conceitos pré-formados. 5 CONCLUSÃO Com a realização da prática foi possível conhecer a metodologia para aplicação dos testes, aumentar a habilidade de reconhecimento e odores e compreender a importância dos testes de reconhecimento. O provador identificou 81% das amostras, oque demonstraram um grau facilidade de identificação dos odores. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DUTCOSKY, S.D. Análise sensorial de alimentos. Curitiba: Champagnat, 2007. 239p. INSTITUTO ADOLFO LUTZ (São Paulo). Métodos físico-químicos para análise de alimentos/coordenadores Odair Zenebon, Neus Sadocco Pascuet e Paulo Tiglea -- São Paulo:Instituto Adolfo Lutz, 2008 p. 1020 STONE, H.; SIDEL, J. L. Sensory evaluation practices. 3. ed. New York: Academic Press. 2004. 408 p. TEIXEIRA, V.L. Análise Sensorial na Indústria de Alimentos. Rev. Inst. Latic. “Cândido Tostes”, Jan/Fev, nº 366, 2009 9