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portifolio fundamentos pedagogicos fase I



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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL
UNINTER
MARIA DE FATIMA LUGATTI LEMES RU1366469
SILVANA ANGELA DA COSTA RU 1360763
 
PORTFOLIO 
UTA FUNDAMENTOS PEDAGOGICOS 
MODULO A FASE I
AMERICANA -SP
2016
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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL
UNINTER
MARIA DE FATIMA LUGATTI LEMES RU1366469
SILVANA ANGELA DA COSTA RU 1360763
 
PORTFOLIO 
UTA FUNDAMENTOS PEDAGOGICOS 
MODULO A FASE I
Relatório do Portfólio da UTA Fundamentos Pedagógico Módulo A Fase I apresentado para fins de avaliação nas disciplinas do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Internacional Uninter.
Tutor Local: Cassia C. e C. Perobelli
Centro Associado (PAP): Americana – SP 
AMERICANA -SP
2016
SUMÁRIO
4Introdução	�
5TEMPO E ESPAÇOS ESCOLARES	�
9Conclusão	�
10REFERÊNCIAS	�
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Introdução
Este trabalho consiste em mostrar a discussão que abordo a respeito de como se da à disposição do tempo nas instituições escolares das sociedades atuais.
 Entendê-las em sua complexidade e dialeticidade sendo assim os tempos escolares são construções históricas, sociais e culturais, significa compreender que existem motivações para as formas presentes e possibilidades para as formas futuras. Significa ainda compreender os sujeitos da educação como seres históricos, sociais e culturais, imersos no processo de construção. 
Entretanto, significa almejar que os tempos escolares fossem estabelecidos por meio de um olhar mais atento aos sujeitos das práticas educativas.
 Apresentando esta discussão, devemos modernizar nossa atitude de envolver e, por conseguinte de refletir junto com os indivíduos nela inserida pela sua educação. Podemos refletir, então, que sendo a escola parte característica do todo social, ela refletirá todas as transformações sucedidas nos entendimentos que expressam a vida, transformando-se internamente e solicitando alterações na ilimitada realidade dentro e fora do seu contexto escolar.
TEMPO E ESPAÇOS ESCOLARES
Discorrer de tempo e espaço escolares demanda uma demarcação do que se percebe por tais considerações e que compreensões estão envolvidas.
O termo “tempo” quanto o termo “espaço” incluem demarcações diversas e os profissionais de várias especialidades, como historiadores, psicólogos, sociólogos, antropólogos, pedagogos, arquitetos etc. 
Considera o espaço como lugar e o tempo como um símbolo social resultante de um longo método de aprendizagem dos indivíduos de uma sociedade. Segundo Vinhão Frago (1998), o que qualifica o espaço físico e o constitui como lugar é a sua ocupação, sua utilização. 
A ocupação do espaço, sua utilização, supõe sua constituição como lugar. O “salto qualitativo” que leva do espaço ao lugar é, pois, uma construção. O espaço se projeta ou se imagina; o lugar se constrói. Constrói-se “a partir do fluir da vida” e a partir do espaço como suporte; o espaço, portanto, está sempre disponível e disposto para converter-se em lugar, para ser construído. (VIÑAO FRAGO, 1998, p.61) 
	Diante desta perspectiva, o espaço, assim sendo como o tempo, não pode ser apreendido como imparciais, por isso que, sendo uma construção social expressam as relações sociais que neles se desenvolvem.
	A escola deve ser um lugar fascinante, um espaço e um tempo estimuladores de aprendizagem. 
	Para tornar do mesmo modo comprometida e benéfica a conhecimento escolar implica estimar a educação no referido contexto escolar, não exclusivamente como meio de elaboração para o futuro, todavia como experiência atual de vida, incluindo a satisfação e o anseio pelas atividades e trabalhos escolares, tornando-a uma vivencia de caráter prático e enriquecedor. 
	A definição de ligação afetiva a escola – o espirito de escola e expectativa de cultura – como comunidade, espaço de convivência social e tempo de aprendizagem cívica, estabelecer como fundamental preocupação que visa cooperar para acrescentar o encanto de nela permanecer. 
	Nesse contexto, a gestão escolar reveste-se de particular importância assumindo-se como um vetor primordial no quadro de renovação do sistema e na melhoria de qualidade de ensino. Não basta corresponder a simples transformação de princípios ou as acomodações legais. 
	A representação normativa é indispensável, todavia, se a filosofia de gestão não procede da experiência diversificada em contextos vários – estabelecendo resposta a problemas identificados – ela pode simplesmente desmoronar em novas barreiras, perdendo a capacidade e a potencialidade de inovação e de dinamismo que lhe necessitam ser essenciais. 
	É imprescindível confrontar no terreno exemplos alternativos e sustentar uma abertura que consinta a troca de conhecimentos e as adequações indispensáveis, que impeçam desvirtuamento por exagero de princípios e de regulamentações fixas, mais ou menos complexas e burocratizadas.
A instituição escolar pode ser envolvida como um ambiente social excepcional onde, respectivamente, são socializados conhecimentos sistematizados e transmitidos valores por ela legitimados. Para Giroux e Simon (1995, p. 95),
[...] as escolas são formas sociais que ampliam as capacidades humanas, a fim de habilitar as pessoas a intervir na formação de suas próprias subjetividades e a serem capazes de exercer poder com vistas a transformar as condições ideológicas e materiais de dominação em práticas que promovam o fortalecimento do poder social e demonstrem as possibilidades de democracia. 
Ao mesmo tempo, a escola assume potencialmente o papel de transformar a sociedade. Portanto, ela é produto e produtora das relações sociais. Então, que papel vem sendo desempenhado por ela no atual momento histórico?
Outra ação importante distinguida por Sampaio (2002) diz respeito ao fato de o tempo pedagógico ser reduzido ao tempo utilizado no processo de aprendizagem de conteúdos dentro da sala de aula. 
O tempo de ensinar é reduzido ao espaço da sala de aula. O tempo do recreio, por exemplo, é considerado momento de perda de tempo pedagógico.
A escola trabalha com a concepção de aprendizagem que entende o aprender vinculado ao desempenho cognitivo e habilidades adquiridas pelos alunos. Desempenhos e habilidades predefinidos pela escola e/ou pelo sistema educacional considerado universal, devendo ser atingidos em determinado tempo escolar. (SAMPAIO, 2002, p. 188).
	Todavia, os espaços escolares de hoje em nossa sociedade, nem sempre foram organizados desta maneira. Produto de uma construção histórica e social.
	Ainda que a escola não tenha surgido exclusivamente com o desempenho de moldar os indivíduos para o trabalho, porém sim com o desempenho de conduzir conteúdos culturais.
Portanto, além disso, a escola e apreendida como instituição que auxilia a expandir-se uma cultura social. Teixeira (1977) afirma:
A escola, e com ela o magistério, somente surgem quando a “cultura” passa a carecer de cuidados especiais para se reproduzir, ou seja, para guardar e conservar seus aspectos determinados e conscientes. Em rigor, a escola surge quando a cultura se faz assim intencional e voluntaria e necessita de meios ou instrumentos artificiais, cujo uso tem de ser “aprendido”, para se reproduzir e se conservar sem alteração (TEIXEIRA, 1977, p. 116).
	Segundo, Kuenzer em sua entrevista ela afirma:
 O tempo, o espaço e a organização pedagógica, no meu entendimento, devem ser redimensionados, no exercício da autonomia da escola para construir seu projeto político-pedagógico, para atender à lógica da racionalidade revolucionária, como já tem ocorrido em escolas e em sistemas administrados pela esquerda. E, graças às demandas por flexibilidade, do ponto de vista do novo regime de acumulação, a atual legislação permite múltiplas modalidades de organização, flexibilizando tempos e espaços. O que precisamos é aprofundar esta discussão, a partir das característicase necessidades da comunidade, dos alunos e da escola, para construir coletivamente estas novas formas, uma vez que nos acostumamos à comodidade de pensar rigidamente em disciplinas, conteúdos, formas de trabalho e de avaliação, orgânicos à pedagogia taylorista/fordista, porém completamente superados pelo novo princípio educativo, seja do ponto de vista do capital, seja do ponto de vista do trabalho.
	Deste modo, uma escola construída e organizada em seu tempo e espaço, é necessária respeitar os indivíduos enquanto sujeitos de direitos e deveres, garantindo a eles os direitos básicos de uma educação de qualidade como: direito à educação, ao brincar, à cultura, à saúde e à higiene, a uma boa alimentação, à segurança, ao contato com a natureza, a espaços amplos por onde possa se mexer, ao desenvolvimento da capacidade criadora e da reflexão, à importância à individualidade e desenvolvimento da sua identidade.
Conclusão
	Acredito que esta pesquisa venha a acrescentar positivamente para a ampliação do nosso conhecimento em relação à noção de tempo e busco mostrar a abrangência dos tempos escolares e seu processo de construção social.
	Por conseguinte, urge compreender as práticas nos espaços escolares que levam, muitas vezes, à exclusão pela impossibilidade de serem compreendidos em suas diferenças, permanecendo o controle dos tempos escolares para que alunos e alunas sejam mantidos de acordo com as normas instituídas para educar pelo controle. 
	O que posso dizer sobre, que a noção de tempo faz parte da vida do ser humano e nos remete ao inicio da humanidade. Isto significa que ele era, e ainda é, um elemento de regulação da vida social e uma forma do ser humano se nortear no mundo. Se analisarmos as comunidades mais antigas, percorreremos que aproveitavam os movimentos do sol, da lua, das marés; as quatro estações do ano, entre outros fenômenos da natureza como referências temporais. Com o desenvolvimento das ações social e histórico, essas referências significaram sendo preenchidos pelos relógios e calendários, símbolos reguladores ao mesmo tempo precisos e objetivos da vida diária na sociedade atualizada.
	Ao concluir-se, posso dizer que ao pensar o espaço e o tempo ideal da escola, partindo do real é bem provável que nos deparemos com mitos cristalizados, já com ares de sagrado, porém o mais importante é que ao refletirmos sobre eles, tracemos também perspectivas e rupturas, sempre com vistas ao processo educativo formador e humano.
REFERÊNCIAS
COELHO, Lígia Martha Coimbra da Costa Coelho. Escola pública de horário integral: um tempo (fundamental) para o ensino fundamental. Disponível em:
<http://www.educacaoonline.pro.br/escola_publica.asp?f_id_artigo=145> Acesso em 02 de março de 2016.
FRAGO, Antonio Viñao. Tiempos escolares, tiempos sociales – La distribución del tiempo y del trabajo em la enseñanza primaria em Espana (1838-1936). Barcelona: Ariel, 1998.
FREIRE, Paulo. Prefácio à edição brasileira. In: SNYDERS, Georges. Alunos felizes.
São Paulo: Paz e Terra, 1993. p. 9-10.
GÓMEZ, Encarna Sato. Outros tempos para outra escola. Revista Pedagógica Pátio, n.30, p.47-50, maio/jul. 2004.
GIROUX, Henry; SIMON, Roger. Cultura popular e pedagogia crítica: a vida cotidiana como base para o conhecimento curricular. In: MOREIRA, Antonio Flávio; SILVA,Tomas Tadeu da (Orgs.). Currículo, cultura e sociedade. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1995. p. 93-124.  
TEIXEIRA, Anísio Spínola. Educação e o mundo moderno. 2 ed. São Paulo: Editora Nacional, 1977.