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Direito Penal - Art 29 e Penas

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CONCURSO DE PESSOAS art 29 CP
10/02/2015
A) Introdução:
	 Crime monosubjetivo: quando uma pessoa apenas comete o crime.
	 Crime plurisubjetivo ou de concurso necessário art 137 CP: quando precisa-se de mais de duas 
pessoas com fim de cometer crimes.
B) Concurso:
	 Necessário: plurisubjetivo (art 288, art 137 CP).
 Eventual: ocorre quando um crime monosubjetivo é praticado por mais de uma pessoadeve ser analisado em regra combinado com o Art 29CP.
OBS.: FIGURAS DO CRIME: AUTOR (QUANDO UM), COAUTORES (QUANDO MAIS DE UM) - REALIZAM UMA CONDUTA PRINCIPAL, PARTÍCIPE (QUANDO UM), PARTÍCIPES (QUANDO MAIS DE UM) - QUANDO REALIZAM UMA CONDUTA SECUNDÁRIA, E TODOS SÃO PARTICIPANTES DO CRIME.
C) Conceito de autor:
 Teoria Extensiva: não diferencia autor de partícipe. Todos que colaboram para o crime são 
	autores do crime (hoje não é muito adotada pois é injusta).
 Teoria Restritiva: 	Teoria formal objetiva ou critério objetivo formal (Fragoso, Hungria, Mirabete): autor é somente aquele que realiza a conduta típica. (Predominantemente adotada na Espanha).
Teoria do domínio do fato (Damásio, Alberto Silva Franco, Nilo Batista, Luiz Regis Prado, Cesar Roberto Bitencourt, Pirangeli, Luiz Flavio gomes, Fernando Capez): autor é aquele que realiza o núcleo do tipo penal e também aquele que mesmo não realizando o núcleo do tipo penal, detém o domínio do fato criminoso. Detém o domínio do fato criminoso aquele que realiza o “SE” (SE o crime vai ser praticado) ou aquele que realiza o “COMO” (COMO o crime vai ser praticado).
OBS.: TEORIA ADOTADA NO BRASIL: HÁ CONTROVÉRSIA, A OPINIÃO É DIVIDIDA.
OBS.: O STF, NO JULGAMENTO DA AÇÃO PENAL 470, ADOTOU ATEORIA DO DOMÍNIO DO FATO.
D) Casos interessantes:
 Pessoa que submete a vítima com constrição física: EX.: no roubo, aquele que segura a vítima é autor pois participou da subtração.
 O Vigia:
	- 1ª situação: se participar da discussão, do plano, domina por inteiro o fato delituoso: é coautor.
	- 2ª situação: se tem uma atuação secundária, como o vigia de cativeiro, é partícipe.
 O motorista:
	- 1ª situação: num roubo a banco: coautor para as duas teorias pois ajudou a subtrair.
	- 2ª situação: num homicídio: depende da situação, se houver domínio do fato criminoso ele será 
coautor.
- 3ª situação: no caso em que apenas proporciona o executor do crime a fuga: ele realizou uma conduta acessória, secundária, por tanto é partícipe.
E) Formas de concurso de pessoas:
	 Coautoria:
 Participação (partícipe): usar o art 29 CP (regra de extensão). Aquele que concorre para o crime mas 
 não é o autor.
F) forma de participação:
	 Moral: determinação ou induzimento e instigação.
- Determinação ou induzimento: o sujeito faz nascer na cabeça do criminoso (do executor do crime, do autor) a ideia do crime.
- Instigação: reforça na cabeça do criminoso a ideia do crime.
	 Material: empresta aquilo de natureza material, como faca, arma, o carro.
	 Por ação: as participações moral e material são participações por ação.
	 Por omissão:
				- Só para o sujeito que é garantidor
- Se você não tem um garantidor, ou o fato é um irrelevante penal (chama-se conivência, participação negativa ou “crimen silenti”). 
OBS.: O SUJEITO NÃO SENDO GARANTIDOR ELE NÃO RESPONDERÁ COMO PARTÍCIPE NO CASO DE ELE PRATICAR APENAS UMA OMISSÃO.
G) Natureza jurídica do concurso de agentes:
 Teoria unitária ou monista: entende que existe apenas um crime praticado por todos os participantes (autores e partícipes) da atividade criminosa.
 Teoria dualista: entendem que num caso de concurso de pessoas existem dois crimes, um crime praticado pelos coautores e um outro crime praticado pelos partícipes.
	 Teoria pluralista ou pluralística: existem tantos crimes quantos forem os participantes do crime.
OBS.: TEORIA ADOTADA PELO CPB
REGRA: O CPB ADOTOU A TEORIA UNITÁRIA OU MONISTA. PROVA DISSO É QUE O ART 29 DO CP ADOTOU A EXPRESSÃO CRIME NO SINGULAR.
EXCEÇÕES: 126/124, 235 CAPUT/ 234§ 1º, 333/317. ESCREVER NO CÓDIGO NO ART 29 CP.
H) Natureza jurídica da participação (do partícipe):
	 Teoria da acessoriedade: a participação do partícipe é acessória a um fato principal.
	OBS.: SÓ VAI EXISTIR PARTÍCIPE SE EXISTIR UM FATO PRINCIPAL.
I) Como pode ser punido o Partícipe se a conduta deve não está descrita no tipo penal? Trata-se de um caso de adequação típica mediata ou indireta, em que vai ser utilizada uma regra de extensão, art 29CP.
J) Classes de acessoriedade:
 Mínima: para a teoria da acessoriedade mínima, para haver participação basta que o fato principal seja típico.
 Limitada: para a teoria da acessoriedade limitada, para haver participação, o fato principal tem que ser típico e antijurídico. (Utilizada no Brasil).
 Estrema:para a teoria da acessoriedade extrema, para haver participação, o fato principal tem que sertípico, antijurídico e culpável.
* Crítica feita a teoria da acessoriedade limitada: entendem que o sujeito pode provocar uma situação principal apenas típica e dessa forma conseguir realizar o crime por ele desejado.
EX.: “A” DESEJANDO MATAR “B” (SUJEITO NERVOSO), INDUZ “C” A FAZER UMA PROVOCAÇÃO A “B” COM O INTUITO DE “B” REAGIR A ESSA PROVOCAÇÃO COM UMA AGRESSÃO E “C”, AO REAGIR A ESSA AGRESSÃO, VIR A MATAR “B”. NESSE CASO, COMO O FATO PRINCIPAL FOI PRATICADO EM LEGÍTIMA DEFESA, TERÍAMOS APENAS UM FATO PRINCIPAL TÍPICO, NÃO PODENDO “A” RESPONDER PELO HOMICÍDIO COMO PARTÍCIPE.
*Contra-crítica apresentada pela teoria da acessoriedade limitada:
NO CASO RELATADO, “A” RESPONDERÁ SIM PELO CRIME DE HOMICÍDIO. ENTRETANTO, NÃO HÁ DE SE FALAR EM CONCURSO DE AGENTES, POIS “A” RESPONDERÁ PELO CRIME COMO AUTOR MEDIATO OU INDIRETO DO CRIME. NESSE CASO, “A” UTILIZOU “C” COMO MERO INSTRUMENTO DE SEU DESEJO SENDO POR TANTO O AUTOR MEDIATO DO CRIME.
OBS.:NO CASO DE AUTORIA MEDIATA NÃO HÁ CONCURSO DE PESSOAS. O AUTOR MEDIATO NÃO É O MANDANTE DO CRIME.
24/02/2015
K) Formas de autoria de acordo com a teoria do domínio do fato:
				 Autoria propriamente dita: aquele que realiza o núcleo do tipo penal.
 Autoria intelectual: aquele que tem o domínio do fato criminoso mas não realiza o núcleo do tipo penal.
 Autoria mediata ou indireta:quando alguém se utiliza de um terceiro para a realização do crime, neste terceiro não há dolo, não há culpa e não há culpabilidade. Não há concurso de pessoas pois o instrumento do crime não tem nenhum objetivo de cometer o crime.
Casos de autoria mediata: Ausência de dolo, ausência de culpa, ausência de culpabilidade. (***definir e decorar cada um!)
L) Autonomia mediata (ou autoria de escritório)
Não se admite autoria mediata nos crimes: 
- De mão própria pois neste tipo de crime o criminoso deve estar presente de forma infungível.
- Culposos: pois não há dolo. Na autoria mediata deve-se agir com dolo.	
	
Admite-se autoria mediata nos crimes próprios (os que só podem ser praticados por um grupo de pessoas): a autoria mediata é admissível nos crimes próprios desde que o autor mediato esteja inserido no grupo de pessoas que possuem uma qualidade específica para praticar o crime próprio. 
 Tentativa no caso de autoria mediata (ass. controvertido):
- 1ª corrente: já haverá crime tentado quando o autor mediato atua sobre o instrumento do crime, não sendo necessário exigir que o instrumento do crime inicie sua conduta sobre a vítima.
- 2ª corrente: só haverá crime tentado a partir do momento que o instrumento do crime começa a sua atuação em relação à vítima, não existindo início da execução do crime no momento em que o autor mediato está atuando sobre o instrumento do crime.
M) Requisitos do concurso de pessoas: 
1- pluralidade de condutas: todos tem que realizar conduta.
2- liame subjetivo: vontade que um tem em participar do crime que o outro vai praticar
3- relevância causal de cada uma das condutas: cada um dos autores, participes, devem praticar uma conduta e a conduta deve ser relevante.
4- identidade de infração penal para todos os participantes: todos tem que concorrerpara o mesmo crime.
Em relação ao liame subjetivo é importante destacar que:
-Não é necessário a combinação prévia:não é necessário o acordo prévio, só a vontade de um se somar à vontade do outro, mesmo o autor principal recusando ajuda do partícipe).
-Somente em relação ao participe é necessário o elemento subjetivo da participação
- Exige-se homogeneidade do elemento subjetivo – normativo.
					 (dolo) (culpa)
OBS.: NÃO EXISTE PODSSIBILIDADE DE HAVER PARTICIPAÇÃO CULPOSA EM CRIME DOLOSO E NEM PARTICIPAÇÃO DOLOSA EM CRIME CULPOSO. SÓ HÁ PARTICIPAÇÃO SE O AUTOR AGIR COM DOLO E O PARTÍCIPE TAMBÉM AGIR COM DOLO OU SE O AUTOR AGIR COM CULPA E O PARTÍCIPE AGIR TAMBÉM COM CULPA.
N) Autoria colateral e a autoria colateral incerta.
Na autoria colateral: A inexistência do vínculo subjetivo (liame subjetivo) entre autor e partícipe pode levar a autoria colateral. Na autoria colateral não há concurso de agentes.
Autoria colateral incerta: ocorre quando na autoria colateral não se descobre quem é o autor do crime (ambos respondem por crime tentado)
O) Participação de participação: “A” INDUZ “B” A INDUZIR “C” A MATAR “D”. (“A” responde também por homicídio assim como “B” e “C”, “A” e “B” serão partícipes e “C” autor).
P) Participação sucessiva: “A” INDUZ “B” A MATAR “X”, “C” INDUZ “B” A MATAR “X”. (“A” e “B” responderão como partícipes e “B” como autor).
Q) Participação e arrependimento eficaz ou desistência voluntária: no caso de desistência Voluntária ou arrependimento Eficaz do autor, estes se estendem ao partícipe.
R) 3 aspectos importantes existentes no art 29 do CP: 
Trata-se de uma norma de extensão.
 Adota a teoria monista ou da unidade.
 Realça a importância ou a adoção do CP à teoria da acessoriedade limitada.
S) art 29 § 1º, do CP: só se aplica ao partícipe, não ao coautor: pois não existe autoria de menor importância. Então o autor ou coator não pode se valer do art 29 § 1º CP.
T) art 29 § 2º do CP: cooperação dolosamente distinta ou desvio subjetivo entre os participantes: o resultado mais grave pode ser decorrência de dois tipos de excessos. Pode ocorrer o excesso quantitativo (o homicídio é decorrência de um excesso quantitativo em relação à lesão corporal), sendo este previsível ou pode decorrer de um excesso qualitativo (o estupro em relação ao furto), sendo este imprevisível (Joarez Sirino dos Santos).
	ASSIM, SE “A” E “B” COMBINAM FURTAR A CASA DE “X”, AJUSTANDO-SE QUE “A” FICARÁ COMO VIGIA, SE “B” ENTRA NA CASA DE “X” E, ALÉM DE FURTAR OBJETOS, TAMBÉM ESTUPRA A LINDA FILHA DE “X”, TRATA O CASO DE UM EXCESSO QUALITATIVO. NESTE CASO, “A” RESPONDERÁ APENAS POR FURTO SEM A PENA AUMENTADA, UMA VEZ QUE O ESTUPRO É IMPREVISÍVEL.
A PALAVRA PREVISÍVEL DO ART 29 § 2º CP, SÓ ABRAÇA A CULPA, NÃO SENDO CAPAZ DE ABRAÇAR TRAMBÉM O DOLO EVENTUAL. SE A PREVISIBILIDADE EXISTIR EM UM NÍVEL DE DOLO EVENTUAL, NÃO EXISTE COOPERAÇÃO DOLOSA DISTINTA, NÃO SE APLICANDO AO CASO O ART 29 § 2º.
U) art 30: 3 passos para entende-lo:
1- diferenciar elementares de circunstâncias: definir em casa!!!
2- diferenciar circunstâncias:
					 Objetivas: referem-se ao fato criminoso (furto durante repouso noturno).
 Subjetivas: referem-se ao agente criminoso (ser o agente menor de 18 anos, o agente ser reincidente).
						3- Afirmações:
					 As circunstâncias subjetivas jamais se comunicam no caso de concurso de pessoas.
 As circunstâncias objetivas só se comunicam no caso de concurso de pessoas desde que entrem na esfera de conhecimento do participante.
 As elementares, objetivas ou subjetivas, só se comunicam se entrarem na esfera de conhecimento do participante.
03/03/2015
V) Concurso de pessoas nos delitos omissos:
	 Doutrina majoritária: não há coautoria ou participação nos crimes omissos, mas sim autorias distintas. Cada um que violou o preceito mandamental será autor do crime.
Nos crimes omissivos próprios quem violar o preceito mandamental será autor do crime, não havendo de se falar em coautoria, mas sim em autorias distintas.
X) Concurso de pessoas nos crimes culposos: Assunto controvertido:
 1ª corrente: não admite coautoria nem participação (L.F.G./ Nilo Batista/Joarez Tavares):
Não admite coautoria nem participação. Não admite participação porque a participação exige que o partícipe tenha a intensão de colaborar para a conduta criminosa. No crime culposo não há essa possibilidade. Não admite coautoria porque entende que só pode haver coautoria se o vínculo subjetivo estabelecido entre os coautores existir no momento da conduta e persistir até o momento do resultado.
EX.: DOIS OPERÁRIOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL LANÇAM UMA TÁBUA E ESSA TÁBUA AO CHEGAR NA RUA BATE EM UM TRANSEUNTE QUE VEM A FALECER. NÃO HÁ COAUTOORIA PORQUE O VÍNCULO SUBJETIVO SÓ EXISTIU NO MOMENTO DA PRÁTICA DA CONDUTA (LANÇAR A TÁBUA), NÃO PERSISTINDO ATÉ O MOMENTO DO RESULTADO (MORTE DO TRANSEUNTE). (Serve de EX. para as duas correntes)
 2ª corrente:
- Admite coautoria:quando o vínculo subjetivo existe na conduta não precisando se estender até o momento do resultado. (Como no exemplo acima)
	- Não admite participação
(César Roberto/ Assis Toledo/ Majoritária/ Damásio, Noronha)
 3ª corrente: admite a participação no crime culposo (Miguel Reale Junior):
Que há possibilidade de coautoria e participação e se utiliza do art 31 CP como fundamento mas não explica.
Z) consumado o crime, já não se admite concurso de agentes:
- Lei 9807/99: art 13: prevê o perdão judicial ou diminuição da pena para o réu primário que pratica o crime em concurso de pessoas e ajuda voluntariamente na identificação de todos os demais (delação premiada).
2 - AS PENAS
2.1- As penas em geral:
A) Conceito:a pena constitui uma privação de direitos cominada pela lei e aplicada pelo juiz ao condenado, que a ela deve se submeter. (Miguel Reale Junior).
B) Características da pena: (decorrente de um crime)
	 É personalíssima: a pena só pode ser aplicada ao criminoso.
Legalidade: sem lei não há pena, art 1º CP (princípio da reserva legal).
 Proporcionalidade: deve existir uma proporcionalidade entre a gravidade do crime e a sanção aplicada.
OBS.: LATROCÍNIO: ROUBO SEGUIDO DE MORTE, O LATROCÍNIO É UM CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO.
 Inderrogável ou inderrogabilidade: uma vez praticado o crime, o sujeito será condenado e terá que cumprir a pena.
C) Princípios relacionados à pena:
	 Da legalidade/ Anterioridade: (princípio da reserva legal)
 Da humanização (art 5º XLIX CF): que impede a aplicação de penas cruéis, pena perpétua, penas relacionadas a esforços físicos 
	 Da Intranscendência ou da personalidade: a pena não pode ultrapassar a pessoa do condenado.
	 Da proporcionalidade: a pena deve ser proporcional à sua gravidade.
	 Da Individualização (5º XLVI CF): a pena deve levar em consideração as características pessoais do condenado.
OBS.: CRIMES HEDIONDOS SÃO ÀQUELES ELENCADOS NO ART 1º DA LEI 8.072/90.
OBS.: O PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA EXIGE QUE A PENA LEVE EM CONSIDERAÇÃO AS CARACTERÍSTICAS PESSOASIS DO AGENTE E TAMBÉM QUE O REGIME DE CUMPRIMENTO DA PENA LEVE EM CONSIDERAÇÃO ESSAS CARACTERÍSTICAS.
	 Da inderrogabilidade: uma vez praticado o crime, o sujeito será condenado e terá que cumprir a pena.
D) Classificação das penas:
	 Corporais: açoite, mutilação e morte.
				- Atingem a integridade física do criminoso.
			- No Brasil, a pena de morte é admitida no caso de guerra declarada (EX.: CPM, 355, 356, 357)
		- O rol de crimes que admitem a pena de morte não pode ser ampliado: 
					► art 60, IV CF
			► Pacto de São José da Costa Rica (art 4.2, In Fine)
	 Privativas de liberdade:
		- Prisão Perpétua (5º, XLVII, d CF): não há exceção, art 75 CP.
		- Prisão temporária: tem sua durabilidade prevista, início e fim.
	 Penas restritivas de liberdade (são decorrentes de um crime): não existem no Brasil.
		- Banimento (5º, XLVII, d CF): perda dos direitos políticos de habitar no país.
		- Degredo: residência em local determinado pela sentença.
		- Desterro: saída obrigatóriado território onde reside a vítima.
OBS.: AS MEDIDAS DE PROTEÇÃO DE EXPULSÃO DEEXTRANGEIROS, PREVISTAS NA LEI 6815/80 SÃO MEDIDAS ADMINISTRATIVAS.
	 Penas restritivas de direitos (art 43 CP)
E) O CPB, no art 32 prevê as seguintes penas: privativas de liberdade, restritivas de direito e de multa.
OBS.: A COMINAÇÃO DESSAS PENAS PODE SER:
	- ISOLADA: pois só faz a cominação de uma única pena (art 121 CP).
	- CONJUGADA: é a cominação de uma E outra (art 157 CP)
	- ALTERNATIVA: cominação de uma pena OU outra. (art 163 CP).
OBS.: QUEM FAZ A COMINAÇÃO DA PENA (PREVISÃO LEGAL) É O LEGISLADOR E QUEM FAZ A APLICAÇÃO DA PENA É O JUIZ LEGAL.
F) O CPB adota o sistema das penas relativamente indeterminadas: 
O legisladorestabelece uma pena mínima e uma pena máxima pois o contrário disso fere o princípio da individualização da pena.
G) Sistemas penitenciários:
	 Sistema de Filadélfia, Pensilvânico, Belga ou Celular: é o sistema mais radical do mundo, o sujeito cumpre a pena individualmente na sela sem sair, somente saindo em casos excepcionalíssimos.
 Sistema Alburn: o sujeito trabalha durante o dia junto a outros presos mas sem poder conversar com os outros presos e durante a noite ele é recolhido em cárcere.
 Sistema progressivo (inglês ou irlandês): o sujeito começa a cumprir a pena preso e em estado de isolamento, depois passa a trabalhar de dia recolhendo-se a noite, e por fim consegue a liberdade condicional.
OBS.: O CPB ADOTOU UM SISTEMA PROGRESSIVOPRÓPRIO (ART 32 DO CP C/C ART 112 DA LEP): o sujeito é preso, dependendo da quantidade de pena (se forem 8 anos) ele cumpre a pena em regime fechado, depois de cumpridos 1/6 da pena ele consegue uma progressão do regime e consegue um regime semiaberto, e depois de cumprido mais 1/6 da pena ele pega um regime aberto.
- ART 133 § 1º C/C ART 112 LEP.
10/03/2015
2.2- Penas privativas de liberdade (art 33 CP)
A) Reclusão: regime fechado semiaberto aberto.
 Detenção: regime semiaberto aberto. (ela não pode iniciar em regime fechado mas pode ir para o regime fechado por uma regressão).
Diferenças: Reclusão X Detenção: está no próprio art 33CP.
 Prisão simples para as contravenções penais: regime semiaberto aberto. (não admite regressão para regime fechado).
	
B) Exame criminológico (art 34 CP C/C art 8 da LEP): para identificar a personalidade do criminoso. OBS.: Só surge após o indivíduo ser condenado.
OBRIGATORIEDADE- ASS. CONTROVERTIDO.
1ª doutrina: Doutrina majoritária entende que o art 8 LEP prevalece sobre art 34 e 35 CP, dessa forma o exame criminológico só é obrigatório aos condenados que cumprirem uma pena em regime fechado.
2ª doutrina: Rene Ariel Dote, Cezar Roberto Bitencourt e Miguel Reale Junior entendem que o condenado a cumprir a pena em regime fechado e semiaberto estão sujeitos obrigatoriamente a fazer o exame criminológico. Entendem que a LEP, apesar de ser uma lei especial, não prevalece sobre o CP pois o CP estabelece uma obrigação e a LEP uma faculdade, prevalecendo neste caso a norma cogente (art 34 CP).
//Para o CP art 34 e 35o exame criminológico é obrigatório para o condenado que vai //cumprir o regime fechado e o regime semiaberto.(Rene Ariel Dote, Cezar Roberto //Bitencourt e Miguel Reale Junior).
//Já o art 8º da LEP diz que somente os presos em regime fechado devem fazer exame //criminológico (juntamente com a majoritária doutrina).
No art 8 da LEP fazer uma remissão aos art 34 e 35 CP e vice-versa.
C) Regimes (33 § 1º CP) – fazer remissão art 52 LEP
	 Fechado: cumpre em cela de prisão.
	 Semiaberto: em colônia agrícola ou colônia industrial.
	 Aberto: em casa de albergado.
	 Regime disciplinar diferenciado art 52 LEP (Lei 10.792/2003): 
OBS.: REGIME A BERTO NÃO SE CONFUNDE COM PRISÃO DOMICILIAR (ART 117 DA LEP)
OBS.: O CPP PREVÊ, NO ART 317, PRISÃO DOMICILIAR EM SUBSTITUIÇÃO À PRISÃO PREVENTIVA.
OBS.: Prisões provisórias quando há o pressuposto de inocência – não ocorreu trânsito em julgado (excepcionalíssima):
	- Prisão temporária
	- Prisão preventiva
	- Prisão por pronúncia
	- decorrente de sentença penal condenatória sujeito à recurso.
D) Progressão de regimes (LEP 112): é o sujeito passar de um regime mais grave para um regime mais benéfico.
	 Progressão por salto (passar do regime fechado direto para o fechado- é proibido! – em regra) e súmula 419 do STJ: vedação a partir de uma interpretação do art 112 daLEP.
Progressão per saltum: 
a súmula 491 do STJ veda expressamente a progressão por salto
no caso de o condenado que cumpre 1/6 da pena em regime fechado e tem bom comportamento, tendo direito a progressão de regimes, não havendo vaga no regime semiaberto, há duas posições: 1ª posição- ele tem direito ao regime aberto, 2ª posição- ele deve continuar em regime fechado.
O preso que cumpre 1/6 em regime fechado, e por não existir vaga em regime semiaberto, cumprindo mais 1/6 da pena em regime fechado, terá direito a progressão para o regime aberto: 1ª posição- sim, neste caso terá direito ao regime aberto. É inadmissível que o condenado venha a pagar pela falta de estrutura do Estado. 2ª posição- não terá direito a passar para o regime aberto pois a súmula 491 STJ e o art 117 da LEP vedam a progressão por salto.
E) Regressão de regimes (LEP 118): do regime mais benéfico para o regime mais grave.
F) Deveres do preso (art 38 e seguintes da LEP)
	 Direitos do preso (LEP art 40 e seguintes)
G) Trabalho do preso (art 39 CP) LEP: 28 a 37 e 126 e 129
H) Remição (LEP, 126)
	 A cada 3 dias de trabalho desconta 1 dia de pena
	A cada 12 horas de estudo desconta 1 dia de pena
	 Se o condenado estudar e concomitantemente, trabalhar, poderá se beneficiar das 2 remições
	 A conclusão do curso pode trazer um bônus de 1/3 na remição
	 Remição pelo estudo alcança condenados em regime:
		- fechado
		- semiaberto
		- aberto
 Remição pelo trabalho não alcança o condenado que deve cumprir a pena em regime aberto, só alcançando o que vai cumprir a pena em regime semiaberto e fechado.
OBS.: PARA CEZAR ROBERTO BITENCOURT É DISCRIMINATÓRIO PERMITIR A REMISSÃO EM REGIME ABERTO SOMENTE PELO ESTUDO. DESSA FORMA, PARA O AUTOR DEVE-SE ADMITIR A REMISSÃO EM REGIME ABERTO TAMBÉM NO CASO DE TRABALHO DO CONDENADO.
 Trabalho artesanal gera remição
 Trabalhos realizados em feriados, sábados e domingos geram remição
 art. 127: falta grave (art. 50 da LEP) e perda do tempo remido.
I) Detração (art. 42 do CP)
 O que é detração? É diminuir da pena definitiva o tempo que cumpriu de prisão provisória (todos os tipos de prisão provisória).
 O art. 42 não se referiu às penas restritivas de direitos. Apesar de o art 42 CP só mencionar pena privativa de liberdade, a detração se aplica também aos casos de pena restritiva de direito. Se a detração se aplica a casos mais graves (PPL), não tem sentido não se aplicar a casos menos graves (PRD). 
OBS.:EXISTINDO TODOS OS REQUISITOS DO ART 44 CP, O JUIZ É OBRIGADO A SUBSTITUIR A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR UMA PENA RESTRITIVA DE DIREITO. FALTANDO SOMENTE UM REQUISITO NÃO SUBSTITUI.
 Detração penal e medida de segurança: como fazer? A detração em relação a medida de segurança poderá interferir no prazo mínimo de internação (art 97 § 1º). 
EX.: UM INIMPUTÁVEL (LOUCO), FICA PRESO PREVENTIVAMENTE POR 6 MESES. DEPOIS, EM RAZÃO DE TER PRATICADO UM FATO TÍPICO E ANTIJURÍDICO É SUBMETIDO A UMA MEDIDA DE SEGURANÇA. NESSE CASO, O PRAZO MÍNIMO DE INTERNAÇÃO QUE É DE 1 ANO PODE SER FIXADO EM 6 MESES, LEVANDO-SE EM CONSIDERAÇÃO A DETRAÇÃO DO TEMPO EM QUE ELE FICOU EM PRISÃO PROVISÓRIA.
 Pena cumprida em prisão domiciliar é levada em consideração para efeitos de detração.
 Para haver detração deve existir nexo entre as prisões? A maioria da doutrina afirma que não precisa haver nexo entre as prisões para haver detração.
OBS.: A DETRAÇÃO NÃO PODE DER USADA EM CASOS FUTUROS.
 Detração e prescrição: a detração é importante para efeitos de fixação do prazo prescricional, interferindo na pena máxima a ser considerada para efeitos deprescrição.
EX.: SUJEITO COMETE UM CRIME COM A PENA DE 2 A 5 ANOS. ESSE SUJEITO FICOU PRESO PROVISORIAMENTE 6 MESES. A PENA MÁXIMA QUE SERÁ LEVADDA EM CONSIDERAÇÃO PARA EFEITOS DE PRESCRIÇÃO, EM RAZÃO DA DETRAÇÃO, NÃO SERÁ A PENA DE 5 ANOS MAS SIM A PENA DE 5 ANOS MENOS 6 MESES (UMA PENA DE 4 ANOS E 6 MESES).
 Detração e pena de multa: hoje predomina o entendimento no sentido de que não se admite a detração no caso de pena de multa, em razão de não existir um critério legal que possibilite ao juiz fazer essa detração. Esse entendimento se fortaleceu ainda mais com a revogação do art 182 da LEP.
 Regime inicial de detração
2.3- Penas restritivas de direitos
		A) Quais são? Art. 43 CP- o rol desse atr é taxativo, pois só existem as penas restritivas de direito nele descrito. (fazer uma remissão no 43, inc I ao 45,§ 1º, no inc II fazer uma remissão ao 45 §3º, no inc IV fazer uma remissão ao art 46 caput, § 1-27, no art 43 fazer uma remissão ao art 47.)
B) De acordo com o art 43 são penas:
		 Autônomas: porque jamais vão existir ao lado de uma pena restritiva de liberdade.
 Substitutivas: aplica-se uma pena privativa de liberdade, vai ao art 44 CP efaz a substituição por uma pena restritiva de direitos, se houver todos os requisitos do art 44 CP presentes, se não houver não há substituição.
OBS.: A PENA RESTRITIVA DE LIBERDADE SÓ SE CONVERTE EM PENA RESTRITIVA SE HOUVER OS REQUISITOS DO ART 45 CP.
	 Precárias: podem ser convertidas em penas privativas de liberdade quando não cumpridas.
C) Diferença entre: no art 46 caput fazer remissão ao art 30 da LEP
	Prescrição pecuniária
	Multa
	Beneficiários (45 § 1º- vítimas, dependentes ou entidade pública ou privada com destinação social) – a ordem deve ser observada.
	Fundo penitenciário
	Pode ser convertida em PPL
	Não pode ser convertida em PPL (porque é dívida de valor)
D) No caso de crime Hediondo (Lei 8072) ou equiparado pode haver a substituição da PPL pela PRD? Ir ao art 44 CP e observá-lo porque em tese pode sim.
OBS.: OS CRIMES EQUIPARADOS SÃO AQUELES QUE RECEBEM OS MESMOS TRATAMENTOS DOS CRIMES HEDIONDOS, VÊM SEMPRE AO LADO DELE, COMO TORTURA, TRÁFICO DE DROGAS, INTORPECENTES... E TERRORISMO.
3) Teoria das circunstâncias
OBS.: Critério trifásico para a aplicação de pena:
			1ª fase: art 59 - circunstâncias judiciais e qualificadoras(pena base)
		2ª fase: atenuantes e agravantes (pena intermediária)
		3ª fase: causa de diminuição ou aumento da pena (pena definitiva)
A) As circunstâncias podem ser:
		 Objetivas: referem-se ao fato criminoso, EX.: 155. § 1º
 Subjetivas: diz respeito ao agente criminoso- relação de parentesco de criminoso e vítima, idade do criminoso, o fato de o criminoso ser primário.
 Judiciais (estão somente no art 59CP): porque são identificadas e descritas pelo juiz diante do caso concreto.
	 Legais: são descritas pela lei.
			► Gerais, comuns ou genéricas
				- Agravantes (art 61 e 62 CP): aumentam as penas (só está na parte geral).
				- Atenuantes (art 65 CP): que diminuem a pena. 
- Causas de aumento ou majorantee causas de diminuição ou minorante (art 26 § único; art 60§ 1º, art 14 § único art 70 e 71 CP).(está na parte geral e especial).
OBS.: QUANDO O CP FALA UM QUANTUM OU PORCENTAGEM DE AUMENTO SIGNIFICA QUE É UMA CAUSA DE AUMENTO OU UM QUANTUM OU PORCENTAGEM DE DIMINUIÇÃO TRAZ UMA CAUSA DE DIMINUIÇÃO, QUE PODE SER FIXO OU VARIADO. 
			► Especiais, legais:
- Qualificadoras (art 121 §1º CP, art 155 § 4º CP, art 157 § 3º CP): traz uma pena nova para o mesmo crime e está somente na parte especial do CP.
				- Causas de aumento e causas de diminuição (121, § 1º e 4º)
24/03/2015
B) Circunstâncias judiciais (art 59 CP)
OBS.: CADA CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL DESFAVORÁVEL AUMENTA 1/8 DA PENA MÁXIMA – A PENA MÍNIMA.
EX.:
PENA MÁXIMA – PENA MÍNIMA = X
1/8 DE X
PENA MÁXIMA DE 20 ANOS E MÍNIMA DE 2 ANOS, X= 18 = 216 MESES
1/8 * 216 = 27 MESES OU 2,25 ANOS. 
		 Quais são? As previstas no art 59 CP.
Culpabilidade (é diferente da culpabilidade elemento do crime): intensidade do dolo ou gravidade da culpa. É pela culpabilidade que eu aumento ou não 1/8. Se o juiz considerar alta culpabilidade, ele pode caracterizar uma circunstância desfavorável.
OBS.: A SENTEÇA TEM 
3
 PARTES:
RELATÓRIO
RELATAR
 OS FATOS.
FUNDAMENTAÇÃO 
 RELACIONAR OS FATOS AO DIREITO.
DISPOSITIVO OU CONCLUSÃO 
 CONDENA PELO ATO PRATICADO OU ABSOLVE.
Antecedentes (conduta pretérita do sujeito condenado):
- Inquéritos instaurados, ações penais propostas e sentença penal condenatória não configuram maus antecedentes.
- Procedimentos afetos a área da infância e da juventude
- Somente se ocorreu prescrição da pretensão executória que vai configurar maus antecedentes.
- Transação penal Lei (9099/ 95) não caracteriza maus antecedentes
- súmula 18 do STJ
OBS.: OS MAUS ANTECEDENTES DEVEM SER COMPROVADOS POR CERTIDÃO CARTORÁRIA JUDICIAL, NÃO BASTANDO A SIMPLES JUNTADA DE PÁGINAS, FAC NÃ COMPROVA MAUS ANTECEDENTES.
OBS.: RÉU COM MAUS ANTECEDENTES É AQUELE QUE JÁ FOI CONDENADO COM SENTENÇA CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADO E JÁ TEM TRANSCORRIDO MAIS DE 5 ANOS DO CUMPRIMENTO DE SUA PENA.
Conduta social:
- Meio:
	 Social: a relação do sujeito com a sociedade. 
	 Familiar: 
	 Profissional:
Personalidade do agente: exige laudo psicossocial.
- Expressões como “personalidade voltada para a prática delituosa” não deve ser usada, pois o juiz não tem capacidade para reconhecer a personalidade do agente.
5) Motivos do crime: devem ser violados tão somente os motivos que extrapolem os previstos no próprio tipo penal.
Circunstâncias do crime:
- Duração do tempo do crime.
- local do crime.
7) Consequências do crime.
31/01/2015
8) Comportamento da vítima:quando por uma interpretação entende-se que se uma mulher usa roupas vulgares ela merece ser estuprada, isso pode beneficiar o réu.
- Por que as circunstâncias do art 59 são chamadas de circunstâncias judiciais? Pois não é descrita pela lei, mas descrita pelo juiz.
- No caso de uma circunstância judicial desfavorável, aumenta-se a pena em quanto? 1/8 de “X”.
OBS.: O ÚLTIMO INFORMATIVO DO STF DIZ QUE OS MAUS ANTECEDENTES DEIXAM DE EXISTIR APÓS OS 5 ANOS APÓS A SPTJ, ASSIM PODE-SE ENTENDER QUE SÓ HAVERÁ ENTÃO RÉU PRIMÁRIO OU RÉU REINCIDENTE COM MAUS EXCEDENTES, NÃO HAVENDO MAIS RÉU PRIMÁRIO COM MAUS ANTECEDENTES.
C) Circunstâncias agravantes (art 61 e 62 CP)
	- são sempre aplicadas, salvo quando:
OBS.: UMA MESMA CIRCUNSTÂNCIA NÃO PODE SER USADA 2 VEZES PARA ACUSAR/PUNIR O RÉU, ISSO SE CHAMA BIS IN IDEM, QUANDO OCORRE ISSO A AGRAVANTE GENÉRICA “CAI” DEIXA DE SER APLICADA.
		1) Servem para construir um crime (61, II, d/250 CP)
		2) Servem para qualificar um crime (121, § 2, IV/ 61,II,h)
		3) Serve para construir uma causa de aumento (61, II, h/121, §4º)
		4) Quando a pena base foi fixada no máximo: pena base é o resultado da 1ª fase.
	- No caso de existência de uma agravante, a pena é aumentada em 1/6. Porquê?
Aumenta-se 1/6 no caso da existência de uma agravante em razão de a dosimetria da pena estipular fases com graus de intensidade crescentes. Assim, se na 1ª fase aumenta-se 1/8 e na 3ª fase a menor causa de aumento é fixada em 1/6, firmou-se o entendimento de que na 2ª fase no caso de existir uma agravante a pena deve ser aumentada em 1/6. No caso de uma atenuante a pena deve ser diminuída em 1/6.
	- O 1/6 incide sobre apena base. Não há operação em cascata.
	EX.:	1ª FASE
		2ª FASE: 1/6 SOBRE 5 ANOS 5 ANOS E 10 MESES
SE FOR APLICAR OUTRA AGRAVANTE, ELA SERÁ APLICADA SOBRE OS 5 ANOS E NÃO SOBRE OS 5 ANOS E 10 MESES.
		
- Agravantes não se aplicam aos crimes culposos, só aos dolosos. Exceção é o que ocorre na reincidência
C.1) Circunstâncias agravantes
A) Reincidência:
- Pressuposto: a existência de uma sentença penal condenatória transitada em julgado e se depois dessa sentença ainda não transcorreu 5 anos.
	Reincidência: está definida no art 63 CP.
Crime + crime
	Reincidência= 	Crime + Contravenção
				Contravenção + contravenção
Contravenção (anterior) + crime (posterior) = Não gera reincidência (veja art 7º da LCP)
- art 64, I CP: termo a quo (prazo inicial) da reincidência.
	 cumprimento da pena
	 Extinção da pena
	 3- Do início do período de prova do sursis
OBS.: TERMO A QUO – TERMO INICIAL, TERMO AD QUEM – PRAZO FINAL.
- O que é o réu primário: é aquele que comete mais de um crime sem ter uma sentença penal transitada em julgado. Ou mesmo com sentença transitada em julgado se passarem 5 anos.
- Extinção da punibilidade em relação ao crime anterior e reincidência: a causa de extinção de punibilidade pode acontecer em 2 momentos distintos:
1º- antes da SPCTJ;
2º- depois da SPCTJ.
Em regra, quando ocorre antes da SPCTJ ela a (extinção) impede o surgimento da SPCTJ, pressuposto da reincidência. Nesse caso, não se pode falar em reincidência.
No caso de a extinção da punibilidade ocorrer após a SPCTJ, a causa de extinção de punibilidade não é capaz de apagar a SPCTJ, pressuposto da reincidência. Nesse caso, haverá reincidência.
Exceção ocorre me 2 casos: anistia e abolitio criminis. Essas duas causas de extinção de punibilidade são tão fortes que mesmo ocorrendo após a SPCTJ elas são capazes de apagar a SPCTJ, não havendo de se falar em reincidência.
- E se o que concedeu o perdão judicial em relação ao crime anterior, vindo o sujeito a cometer novo crime será reincidente? Não, ouvir áudio.
- E se o novo crime foi executado antes de a sentença condicional transitar em julgado e o crime ser consumado depois de transitar em julgado? Não, pois o crime ocorre no momento da ação ou omissão, no momento que se pratica o crime.
- E se a sentença condenatória anterior somente aplicou uma pena de multa? Reincidente porque já houve uma SPCTJ independente da pena aplicada.
- CPB, no que diz respeito à reincidência, adotou o sistema da temporariedade: fixação dos 5 anos para ser réu primário ou dentro desses 5 anos réu reincidente.
- Crimes militares próprios e crimes políticos (definidos na Lei 7.170/83, ats 1º e 2º) não são considerados para a caracterização da reincidência, mesmo tendo SPCTJ.
OBS.: MOTIVO FÚT I L: I NSIGNIFICANTE – MATAR POR ATRASO.
	MOTIVO TO R PE: R EPUGNANTE – MATAR PRA RECEBER HERANÇA.
D) Circunstâncias atenuantes (art 65 e 66 CP)
 São de aplicação obrigatória, salvo quando pena- base foi fixada no mínimo (S 231 STF) ou quando funcionar como causa de diminuição da pena (EX.: 65, III, a- 121 § 1º CP)
 O art 66 prevê atenuante inominada.
 art 65 III, d: confissão como atenuante abrange a confissão qualificada? a confissão qualificada é aquela que o réu confessa mas alega uma causa de exclusão da ilicitude (estado de necessidade, legítima defesa...). Para a melhor doutrina, a confissão qualificada não vale como atenuante genérico art 65, III, d. O STJ, no informativo nº 551, de 03/12/2014, entendeu que a confissãoqualificada pode ser utilizada como atenuante genérico.
(veja o informativo nº 551 do STF, de 03/12/2014)
E) Se houver várias agravantes e várias atenuantes, como o juiz deverá proceder?
1ª possibilidade: 1 agravante/ 1 atenuante = na primeira fase o juiz não modifica a pena “x” e compensa uma pena com a outra e a pena permanece inalterada.
2ª possibilidade: 1 agravante preponderante (art 67 CP - tem um peso maior na aplicação da pena) / 
1 atenuante comum = no caso da agravante preponderante aumenta-se a pena em 1/3, compensa uma da outra e aumenta 1/3 por a agravante ser preponderante.
3ª possibilidade: 1 agravante preponderante (art 67 CP) / 1 atenuante preponderante (art 67 CP) = compensação da pena, permanece intacta não aumenta nem diminui.
EX.: pena “x”, agv comum atn comum compensadas a pena continua “x”, não aumenta nem diminui.
Pena “x”, agv prep. atn comum compensa a pena e fica “x” + 1/3 por a agravante ser preponderante.
Pena “x”, agv comum atn prep. Compensa a pena e fica “x” – 1/3 por a atenuante ser preponderante.
Pena “x”, agv prep. atn prep. Compensa a pena continua “x”, não aumenta nem diminui.
OBS.: A PREPONDERANTE MAIOR É O RÉU TER MENOS DE 21 ANOS.
F) O art 67 aplica-se somente às circunstâncias legais ou também às circunstâncias judiciais?Não se aplica as circunstâncias do 59 CP.
G) Causas de aumento (majorantes) e causas de diminuição (minorantes) da pena
 Entram na 3ª fase de dosimetria da pena
 Encontradas na PG e na PE do CP
 Na 3ª fase ocorre a chamada “operação em cascata”
 Na 3ª fase, diferentemente das outras fases, a pena pode ficar abaixo do mínimo ou acima do máximo
				07/04/2015
H) Diferenças entre:
	CASAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO
	AGRAVANTES E ATENUANTES
	Estão na 3ª fase
	Estão na 2ª fase
	Parte geral e especial
	parte geral
	Ocorre op. Em cascata
	não ocorre op. Em cascata
	Critério legal
	1/6 fixado pela doutrina e jurisprudência
	Pede elevar além do máximo ou aquém do mínimo
	Não pode elevar além do máximo ou aquém do mínimo
I) Qualificadoras:
 Diferenças entre
 Qualificadoras/ circunstanciais agravantes 
 Diferenças entre causas de aumento de pena/ qualificadoras
 Em havendo mais de uma qualificadora qual a solução no momento de aplicação da pena? Uma qualificadora você usa para qualificar o crime, a outra qualificadora você verifica se se encontra prevista também como agravante genérica-geral (art 61 e 62 CP). Se estiver prevista como agravante, poderá ser utilizada como agravante. Se não estiver prevista como agravante, poderá ser utilizada como circunstância judicial (art 59 CP) desfavorável.
OBS.: SE HOUVER 3ª E 4ª QUALIFICADORAS OU MAIS, SEMPRE VERIFICA-SE SE É AGRAVANTE, SE FOR, UTILIZA COMO AGRAVANTE, SE NÃO SE ENCAIXAR COMO AGRAVANTE SERÁ UTILIZADA COMO CIRCUNSTÊNCIA JUDICIAL DESFAVORÁVEL.
	QUALIFICADORAS
	CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES
	Pena nova
	1/6
	1ª fase
	2ª fase
	Parte especial
	Parte geral 61 e 62
	CAUSA DE AUMENTO
	QUALIFICADORA
	Quantidade de aumento
	Nova pena
	3ª fase
	1ª fase
	Parte geral e especial
	Parte especial
J) Todas as possíveis fases de aplicação da pena
►1ª Escolha da espécie da pena no caso de cominações alternativas (ex.: detenção ou multa): escolher uma ou outra pena no caso de cominação alternativa, quando houver o “ou”.
	►2ª pena base art 59: se não houver cominação alternativa, começa pelo nº 2!
OBS.: AS QUALIFICADORAS ENTRAM AQUI.
►3ª Atenuantes (65 e 66) e agravantes (61 e 62) (que vão incidir sobre a pena base, não havendo efeito em cascata)
	►4ª Causas de AUMENTO da parte especial
	►5ª Causas de DIMINUIÇÃO da parte especial 		POSIÇÃO ADOTADA POR 
	►6ª Causas de DIMINUIÇÃO da parte geral	PAGANELA BOSHI
	►7ª Causas de AUMENTO da parte geral
	►8ª Regime de penas (fechado/ semiaberto/ aberto – 33, § 2º CP)
	►9ª Substituições possíveis (44 CP): pena privativa de liberdade por pena restritiva de direito.
	►10ª Concessão de sursis		 O Cláudio falou pra não esquentar a cabeça com isso!
	►11ª Fundamentação do art 92 CP
OBS.: PARA RICARDO AUGUSTO SHIMIT ENTENDE QUE A ORDEM A SER OBSERVADA EM RELAÇÃO ÀS CAUSAS DE AUMENTO E AS CAUSAS DE DIMINUIÇÃO É IRRELEVANTE E NÃO ALTERA O RESULTADO FINAL (A ORDEM DOS FATORES NÃO ALTERA O PRODUTO)
EX.: PENA DOSADA NA 2ª FASE = 6 ANOS
EXISTE:
 UMA CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE 1/3
 E UMA CAUSA DE AUMENTO DE 1/2

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