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PROCESSO DE EXECUÇÃO TRABALHISTA AULA 1. I – BIBLIOGRAFIA. Bibliografia Básica: MANUS, Pedro Paulo Teixeira. Direito do trabalho. São Paulo: Atlas, 2007. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do trabalho. São Paulo: Atlas, 2008. NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho. São Paulo: LTR, 2007. Bibliografia Complementar: ANTUNES, R. L. C. O que é sindicalismo. São Paulo: Brasiliense, 1991. CARRION, Valentin. Comentários à consolidação das leis do trabalho. São Paulo: Saraiva, 2008. DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. São Paulo: LTR, 2008. GIGLIO, Wagner D. Justa causa. São Paulo: Saraiva, 2000. PINTO, A. L. de T.; WENDT, M. C. dos S.; CESPEDES, L. Consolidação das leis do trabalho. São Paulo: Saraiva, 2005. II - Temas da aula: 1. TEORIA GERAL DOS RECURSOS 2. RECURSOS EM ESPECIE 3. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS III – Aula 1. Conceito: recurso é o meio processual idôneo colocado a disposição da parte vencida, do terceiro prejudicado e do Ministério Publico para que a decisão judicial impugnada, seja dentro da mesma relação processual, reformada, esclarecida, invalidade ou integrada. 2. Natureza Jurídica: é um prolongamento do exercício do direito de ação. 3. Fundamentos da existência do recurso são: i. inconformismo da parte vencida; ii. falibilidade humana; iii. aprimoramento das decisões; forma de controle dos atos jurisdicionais. 4. Princípios que regem os recursos trabalhistas: i. Principio do duplo grau de jurisdição. Preconiza a idéia de controle dos atos jurisdicionais exarados em primeiro grau, evitando até abuso de poder por parte do Juiz. O duplo grau de jurisdição não é principio constitucional, porque a CF não prevê expressamente o principio. Assim o direito de recorrer somente poderá ser exercido quando previsto em lei, cabendo a Lei criar o regramento de recursos; ii. Principio da taxatividade. Preconiza que somente é possível o cabimento de um recurso que esteja previsto em lei, ou seja, na CLT ou na legislação extravagante. Dessa forma o rol de recursos trabalhista é taxativo (números clausus). No processo do trabalho tem os seguintes recursos previstos embargos de declaração (art 897-A da CLT); recurso ordinário (art 895 da CLT), agravo de instrumento (art 897 da CLT), agravo de petição (art 897 da CLT), recurso de revista (art 896 da CLT) embargos para o TST (Art 894 da CLT), agravo regimental (art 709 §1º da CLT), recurso ou pedido de revisão ( art 2º §§ 1º e 2º da Lei 5.584/70) e recurso extraodinário (art 102 III da CF) ---- há também a previsão de recurso ex oficio, que é aquele do art 475 do CPC embora não tenha natureza jurídica de recursos, porém sendo aplicável no processo do trabalho segundo a SUMULA 303 do TST. iii. Principio da unirrecorribilidade. Preconiza que é cabível um único recurso especifico para cada decisão. iv. Principio da fungibilidade ou conversibilidade. Traz a possibilidade de um recurso que foi interposto de forma errada ou incorreta ser recebido pelo juiz como se fosse o recurso corretamente cabível, mediante os seguintes requisitos: 1 – inexistência de erro grosseiro ou má-fé; 2 – existência de duvida plausível em relação a qual recurso é cabível no caso concreto. Destacamos que essa duvida não é subjetiva do advogado mas sim da doutrina e da jurisprudência; 3 – o recurso que foi interposto de forma errada deve observar o prazo do recurso corretamente cabível, na hipótese de previsão de prazos diversos de recurso. v. Principio da vedação da reformátio in pejus. Preconiza que o tribunal~não pode piorar / agravar a situação do recorrente. 5. Características dos recursos trabalhistas i. Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias: decisão interlocutória é aquela que o juiz decide no curso do processo resolvendo questão incidente sem por fim ao mesmo. O artigo 893 §1º traz a regra de ser irrecorrível as decisões interlocutórias no processo do trabalho. Cabendo posteriormente recurso “principal” contra a decisão onde nesse se atacará aquela decisão interlocutória. Sobre o tema é importante a leitura da SUMULA 414 do TST, pois essa relata que contra a antecipação dos efeitos da tutela concedido em sentença, não comporta impugnação por via de mandado de segurança, por ser essa impugnável mediante recurso ordinário, contudo, para se obter efeito suspensivo desta decisão já que o recurso ordinário em regra não tem efeito suspensivo o meio correto é ingressar com ação cautelar diretamente no tribunal; outra questão importante dessa sumula é que no caso de concessão de tutela antecipada ou de liminar concedida, antes da sentença, caberá a interposição de mandado de segurança em face de inexistência de recurso próprio. Nesse sentido o principio da irrecorribilidade imediata comporta essas exceções, logo não é absoluto, assim, outra SUMULA importante é a SUMULA 214 do TST, que dista sobre algumas hipótese em se tratando de decisão interlocutória que comporta recurso imediato. ii. Inexigibilidade de fundamentação: o art 899 da CLT estabelece que os recursos trabalhistas sserão interpostos por simples petição, não se exigindo as razões recursais que exponham a fundamentação, bastando a petição de interposição. Tal idéia justifica os princípios do jus postulandi, informalidade e simplicidade. Contudo, essa inexigibilidade de fundamentação não se aplica ao Recurso de Revista diante do que preleciona a SUMULA 422 DO TST. OBS: NA PRATICA É DE BOM TOM REALIZAR PEÇA DE INTERPOSIÇÃO E DE RAZÕES RECURSAIS. DA MESMA FORMA PARA PROVA DA OAB, QUE EXIGE TODO O FORMALISMO ATÉ PORQUE LÁ ESTA AFERINDO O CONHECIMENTO DO ALUNO. iii. Prazos recursais trabalhistas uniformes. O art 6º da Lei 5584/70 prevê que será de 8 dias o prazo para interpor e contra-arrazoar qualquer recurso . Portanto, em regra os prazos recursais trabalhistas são de 8 dias – CUIDA COM AS EXCEÇÕES: 1 – embargos de declaração 5 dias; 2 – recurso extraordinário 15 dias; 3 – recurso ou pedido de revisão 48h, 4 agravop regimental, dependerá do regimento interno do tribunal, o TST fixou em 8 dias e os tribunais regionais vem fixando em 5 dias; 5 – fazenda publica tem prazo em dobro para recorrer. Vale lembrar que o conceito de fazenda publica abarca todas as pessoas jurídicas de direito publico interno (união, estados, distrito federal e municípios – autarquias e fundações publicas) 6. Efeitos dos recursos trabalhistas: i. Devolutivo: os recursos trabalhistas em regra são dotados de efeito devolutivo, permitindo a execução provisórias até a penhora conforme reza o art 899 da CLT. O recurso devolve ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada ii. Suspensivo: suspende a eficácia da decisão enquanto perdurar o julgamento do recurso interposto, contudo os recursos trabalhistas são dotados apenas do efeito devolutivo. Para se conseguir efeito suspensivo deve ingressar com medida cautelar perante o tribunal. Porém há exceção em que o recurso terá efeito suspensivo como no caso de recurso ordinário interposto em face de sentença normativa proferida pelo TRT. iii. Translativo: trata-se da possibilidade do tribunal conhecer de matérias que não foram ventiladas em recurso ou contrarrazões, isso ocorre com as objeções processuais ou materiais de ordem publica que devem ser conhecidas de oficio pelo juiz em qualquer tempo ou grau de jurisdição. 7. Pressupostos recursais: são os requisitos que devem ser preenchidos pelo recorrente no momento da interposição do recurso para que seu recurso seja conhecido e julgado pelo tribunal. Em regra os recursos passam por um duplo grau de admissibilidade recursalque analisam os pressupostos INTRINSECOS (SUBJETIVOS – diz respeitos as partes) e EXTRINSECOS (OBJETIVOS diz respeito a previsão legal do recurso, deposito recursal adequação etc...). O primeiro controle é feio pela primeira instancia ou juízo “ a quo” e o segundo controle pelo juízo de segunda instancia ou “ ad quem”. INTRINSECOS: são aqueles concernentes a decisão que se pretende impugnar, sendo normalmente posteriores a ela e que digam respeito a pessoa que pretende recorrer. São pressupostos intrínsecos – legitimação para recorrer, capacidade e interesse recursal. EXTRINSECOS: dizem respeito aos fatores externos a decisão judicial que se pretende recorrer sendo normalmente posteriores a ela e ligados a formalidades como: previsão legal ( o recurso que se pretende interpor deve estar previsto no rol taxativo dos recursos cabíveis no processo do trablho), adequação, tempestividade, preparo (deposito recursal e custas processuais) e regularidade formal. 8. Recursos em espécie 8.1. Embargos de declaração: Previsão legal: 897-A da CLT Prazo para interposição: 5 dias Prazo para contra-arrazoar: em regra não há prazo, salvo, na hipótese de efeito infringente ou modificativo do julgado. Nesse caso o prazo das contrarrazões será de 5 dias sob pena de nulidade do julgado. Preparo: não tem custas nem deposito recursal a serem recolhidos. Cabimento e objetivos: 1º tem função integrativa, ou seja, objetiva integrar ou esclarecer o julgado nos casos de omissão, contradição e obscuridade. Então tem cabimento quando houve Omissão, Contradição ou Obscuridade (OCO). 2º Também pode ter objetivo e efeito infringente com o escopo de modificar o julgado, nas hipóteses de omissão, contradição ou obscuridade, onde o reconhecimento e o reparo da omissão, contradição e obscuridade altere a decisão. 3º tem função e objetivo de prequestionar determinada matéria não ventilada na decisão, para posterior interposição do recurso de natureza extraordinária (recurso de revista, embargos no TST e recurso extraordinário) Juízo de admissibilidade e de mérito: realizado pelo juízo “a quo” a mesma autoridade que proferiu a decisão embargada. Não tem outro juízo de admissibilidade pelo qual passa os demais recursos, porque os demais recursos como RO o juízo “a quo” analisa os pressupostos e depois quando o recurso sobe o juízo “ad qeum” faz outro juízo. POR ISSO QUE O CORRETO É FALAR COM RELAÇÃO AO EMBARGOS QUE “OPÕE” EMBARGOS E NÃO “INTERPÕE” o termo “INTERPOR” se utiliza para os demais recursos. 8.2. Recurso ordinário – art 895 da CLT Remete a analise da decisão para a instancia superior TRT. Tem cabimento, contra as decisões proferidas definitivas ou terminativas das varas do trabalho e das decisões terminativas ou definitivas das decisões dos tribunais em processo de competência originaria (Exemplo nos casos de ação rescisória, cujo recurso é endereçado ao TST) Prazo para interposição é de 8 dias. Para contrarrazões é o mesmo prazo O efeito devolutivo devolve ao tribunal , automaticamente, a apreciação de fundamento da defesa NÃO EXAMINADA pela sentença, ainda que NÃO renovada em contra razões Não se aplica ao caso de pedido não apreciado na sentença. Há preparo consubstanciado em CUSTAS PROCESSUAIS no valor de 2% da condenação e DEPOSITO RECURSAL, no valor da condenação se ela for inferior a 6.598,21, se for a condenação superior a esse valor será recolhido esse valor sendo ele o teto. No processo sumaríssimo, o R.O tem um proceder diferenciado, conforme abaixo relatado as demais regras como são iguais como as postas acima: será imediatamente distribuído. O relator deve liberá-lo no prazo Maximo de 10 DIAS Será colocado imediatamente em pauta para julgamento Não precisa de revisor Terá PARECER ORAL DO MP, se ele entender necessário o parecer, com registro na certidão Terá acórdão consistente unicamente na certidão do julgamento, com indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir o voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento servira de acórdão. Os tribunais divididos em turmas poderão designar turma para julgar os recursos ordinários no procedimento sumaríssimo. 8.3. Agravo de instrumento – art 897 “b” §§ Cabe agravo de instrumento dos despachos que denegarem a interposição de recursos. O agravo de instrumento interposto contra despacho que não receber agravo de petição não interfere na execução da sentença, assim como o recebimento do agravo de instrumento não impede a execução provisória vez que somente tem efeito devolutivo. Assim o agravo serve para destrancar recurso trancado pelo indeferimento de seu recebimento Prazo para a interposição é de 8 dias Contrarrazões no mesmo prazo 8 dias Custas: apenas o deposito recursal no valor equivalente a 50% do valor do deposito recursal que se pretende destrancar ( Lei 12.275/2010). Assim se, se pretender destrancar um Recurso Ordinário e o valor do seu deposito recursal for 6.528,21, para mover o agravo de instrumento deve-se recolher o valor de R$ 3.264,10 O agravo será julgado pelo tribunal a quem caberia conhecer do recurso, cuja interposição foi denegada. As partes promoverão a formação do instrumento de agravo de modo a possibilitar, caso provido, o imediato julgamento do recurso denegado, instruindo a petição de interposição do agravo com a copia dos seguintes documentos obrigatórios, SOB PENA DE SER INDEFERIDO: Copia da decisão agravada, Copia da certidão da respectiva intimação Copia das procurações dos advogados Copia da petição inicial Copia da decisão originaria Copia do deposito recursal(denegado) aquele que se pretende destrancar. Copia do deposito recursal ( instrumento) 50 % do que pretende destrancar. Facultado a juntada de outras peças que o agravante entender necessário. O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo. A resposta se nomeia como contraminuta de agravo de instrumento, uma vez que o recurso de agravo tem a peça de interposição e a segunda peça que se chama minuta de gravo. Se o agravo for acolhido ele automaticamente destrancará o recurso, sendo também a parte agravada para além de se manifestar sobre o agravo se manifestar contra-arrazoando o recurso destrancado...logo, respondendo ao recurso principal e ao agravo OS DOIS DE UMA SÓ VEZ.****. PROVIDO O AGRAVO o a turma deliberará sobre o recurso principal, observando, se for o caso o procedimento relativo a esse recurso 8.4. Recurso de Revista – art 896 e 896-A da CLT Tem cabimento contra acórdão prolatado pelo TRT em grau de recurso ordinário, nos dissídios individuais. Não cabe recurso de revista nos dissídios coletivos e nos processos de competência originaria do TST. Para caber Recurso de Revista o processo deve iniciar obrigatoriamente em primeiro grau. Não caberá recurso de revista das decisões proferidas pelos TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO ou por suas Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro. Exceção: salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal (art 896 § 2º da CLT e SUMULA 266 do TST) Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo só cabe Recurso de Revista se contrariar sumula do TST uniforme ou a CF. não cabe se contrariar Oj, conforme elucida a OJ-152 do TS, nem se contraria Lei Federal. Prazo de 8 dias para ser interposto e o mesmo prazo para contra-arrazoar. O recurso dirigido ao Presidente TST. As razões são dirigidas a turma do TST. 3 Juízos de admissibilidade 896-CLT = 1ºPresidente do TRT , 2º Relator do TST e o 3ºTurma do TST Das decisões proferidas em grau de recurso ordinário (SÓ DE RECURSO ORDINÁRIO) EM DISSIDIO INDIVIDUAL QUANDO houver divergência ou violação ou Der a dispositivo de lei federal interpretação diversa de outro TRT, interpretação divergente de sumula ou OJ da SDI-1, interpretação em divergência com sumula ou OJ para lei estadual, acordo, convenção, sentença normativa, regulamento empresarial, ou Proferir com violação de lei federal ou afronta a constituição. O recurso de revista será recebido com efeito devolutivo, pelo presidente do tribunal recorrido, que poderá receber ou denegar, sempre fundamentadamente. O TRTs procederão obrigatoriamente a uniformização de sua jurisprudência, não servindo a sumula respectiva para ensejar a admissibilidade de recurso de revista quando contrariar SUMULA DA JURISPRUDENCIA UNIFORME DO TST. A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual. Se a decisão recorrida estiver de acordo com sumula, poderá o Ministro relator denegar provimento ao RECURSO DE REVISTA. SERA DENEGADO SEGUIMENTO NAS HIPOTESES: Intempestividade, Deserção, Ilegitimidade de representação, ou ausência do preenchimento dos requisitos que viabilizam sua interposição. Das decisões que denegam seguimento ao recurso de revista CABE A INTERPOSICAO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. Prequestionamento e transcendência: o Tribunal Superior do Trabalho, no Recurso de Revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política , social ou jurídica (art 896-A) 8.5. RECURSO DE REVISTA O recurso dirigido ao Presidente TST As razões são dirigidas a turma do TST. 3 Juízos de admissibilidade 896-CLT- 1º Presidente do TRT - 2º Relator do TST - 3ºTurma do TST CABIMENTO: Para turma do TST. Das decisões proferidas em grau de recurso ordinário (SÓ DE RECURSO ORDINÁRIO) EM DISSIDIO INDIVIDUAL quando (houver divergência ou violação): Der a dispositivo de lei federal interpreta ao diversa de outro TRT Der interpretação divergente de sumula ou OJ da SDI-1 Der a interpretação em divergência com sumula ou OJ para lei estadual, acordo, convenção, sentença normativa, regulamento empresarial Proferir com violação de lei federal ou afronta a constituição DETALHES: O recurso de revista será recebido com efeito devolutivo, pelo presidente do tribunal recorrido, que poderá receber ou denegar, sempre fundamentadamente. Em decisão do TRT, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, .O TRTs procederão obrigatoriamente a uniformização de sua jurisprudência, não servindo a sumula respectiva para ensejar a admissibilidade de recurso de revista quando contrariar SUMULA DA JURISPRUDENCIA UNIFORME DO TST. A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, não se considerando como tal, a ultrapassada por sumula, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do TST. HÁ NECESSIDADE DE DEPOSITO RECURSAL (hoje 18/10/2012 o valor do deposito recursal R$ 13.196,42 ESSE VALOR É ALTERADO POR RESOLUÇÃO DO TST SMPRE ENTRE OS MESES DE JULHO E AGOSTO) E DE RECOLHIMENTO DE CUSTAS PROCESSUAIS SE A DECISÃO FOR MAJORADA EM SEGUNDA INSTANCIA ALTERANDO SEU VALOR. Se a decisão estiver recorrida estiver de acordo com sumula, poderá o Ministro relator a mencionara e denegara provimento ao RECURSO DE REVISTA, EMBARGOS, OU AGRAVO OBS não se discute fatos ou provas – discute-se matéria de direito, interpretação da lei pelos tribunais, para uniformização de jurisprudência – cabe nos casos de divergência de jurisprudência de Tribunais Regionais (2ª. Instância) ou Súmula do TST, ou afronta à CF e lei federal. Divergência entre turmas do mesmo Tribunal: não cabe Recurso de Revista, e sim, incidente de Uniformização de Jurisprudência – Competência: endereçar o Recurso de Revista ao presidente do TRT e razões ao TST, juntando cópias das decisões divergentes e entendimentos dados às leis e CF, ou indicar a fonte oficial – Prazo: 8 dias – Preparo – o dobro do preparo do Recurso Ordinário – Efeito: não suspende a execução 8.6. AGRAVO DE PETIÇÃO. É um dos tipos de agravos previstos no processo do trabalho, UTILIZÁVEL SOMENTE NAS EXECUÇÕES. O agravo de petição deve ser utilizado das decisões proferidas em execução que apreciam os embargos à execução, daquelas terminativas que não são impugnáveis pelos embargos, como as de pré-executividade e das decisões interlocutórias que não encerram o processo executivo, mas que acarretam gravame à parte e que não são impugnáveis, também, pelos embargos. Dessa forma, pode-se chegar à conclusão de que o agravo de petição é cabível tanto das decisões do juiz na execução que proferem decisões de mérito, tais como nos embargos á arrematação, à adjudicação, à penhora, à execução, remição da execução, como naquelas terminativas que extinguem a fase de execução. (SCHIAVI,2011,p.830). Todavia, o TST através da Súmula 266, admite uma exceção para interposição de agravo de petição na “liquidação de sentença”, quando: “RECURSO DE REVISTA. ADMISSIBILIDADE. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. A admissibilidade do recurso de revista interposto de acórdão proferido em agravo de petição na liquidação de sentença ou em processo incidente na execução, inclusive os embargos de terceiro, depende de demonstração inequívoca de violência direita à Constituição Federal”. Excepcionalmente, portanto, caberá agravo de petição das decisões interlocutórias na fase de execução. Isso acontecerá naquelas decisões em que não podem ser objeto de impugnação pelos embargos à execução e que causem grave dano imediato à parte, como por exemplo, a decisão que determina o levantamento de penhora, aquela que libera valores depositados, a que não homologa acordo na fase de execução. (SCHIAVI, 2011, p. 830). Para que o agravo de petição seja recebido necessário que o agravante delimite justificadamente os valores e a matéria objetos do recurso. Assim reza o art. 897, parágrafo 1º da CLT: “o agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença”. Ademais, o TST complementou informações sobre a dispensabilidade do depósito recursal em agravo de petição, ao editar Súmula 161 que dispõe: “DEPÓSITO . CONDENAÇÃO A PAGAMENTO EM PECÚNIA. Se não há condenação a pagamento em pecúnia, descabe o depósito de que tratam os parágrafos 1º e 2º do art. 899 da CLT”. O agravo de petição deverá ser interposto no prazo de 8 (oito) dias contados da ciência da decisão impugnada, em petição dirigida ao juiz prolator da mesma que exercerá o juízo primeiro de admissibilidade. Bezerra Leite acredita que para tal recurso é cabível juízo de retratação, embora não seja pacífico tal posicionamento na doutrina e jurisprudência. (LEITE, 2011, p. 815). Admitido o recurso e não havendo retratação, o agravado será intimado para contraminutar o agravo, também no prazo de 8 (oito) dias. Assim, o juiz deverá remeter o processo ao Tribunal Regional, decidindo apenas sobre a extração da carta de sentença ou formação de instrumento para a execução imediata da parcela incontroversa, se houver. O agravo de petição será julgado pelo próprio Tribunal, presidido pela autoridade recorrida. Caso a decisão seja de juiz do trabalho de 1ª instância ou juiz de direito, então o julgamento caberá a uma das Turmas do Tribunal ou ao pleno, casoo Tribunal não seja dividido em Turmas. (LEITE, 2011, p. 815). Contra o juízo negativo de admissibilidade deste recurso, salienta Bebber, que caberá agravo de instrumento. Para ele, poderá ser revista a decisão positiva de admissibilidade do agravo de petição, nos termos do art. 518 CPC, parágrafo único (juízo de retratação). Não revista a decisão, os autos serão enviados ao órgão recursal competente.(CHAVES, 2009, p.827). O juízo de admissibilidade exarada pelo juízo ‘a quo’ não vincula o ‘ad quem’, este poderá não admitir o agravo de petição que fora admitido por aquele. O acórdão que denegar o agravo de petição somente caberá recurso de revista se a referida decisão houver violado, de maneira direta e literal, norma da Constituição Federal, conforme salienta Teixeira Filho. (FILHO, 2009, p.1677). Nos Tribunais Regionais, a tramitação e o julgamento do agravo de petição muito se assemelham ao julgamento do Recurso Ordinário. Faz-se necessário ainda pontuar que não cabe agravo de petição de decisão que denegar a assistência judiciária, seja na fase de conhecimento ou de execução, tendo em vista o princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias, previsto no art. 893, parágrafo 1º da CLT. EM RESUMO: Custas: não é necessário. O pagamento das custas na hora da interposição do agravo de petição, mas isso não significa que é isento. Deve-se porém pagar as custas no final. o Art. 789-A, CLT – No processo de execução são devidas custas, sempre de responsabilidade do executado e PAGAS AO FINAL. Depósito recursal: não existe previsão para deposito recursal no agravo de petição, inclusive, no ato do TST que estipula os valores para o depósito não existe a previsão de quantias para esse recurso.Pressuposto recursal específico: Exige a delimitação dos valores e da matéria impugnada. §1º do art. 897-CLT : o agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença. CABE EM 8 DIAS Nas decisões do juiz ou presidente na execução o agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução da parte remanescente (a não prejudicada pelo agravo) ate o final, nos próprios autos ou por carta de sentença O agravo será julgado pelo tribunal, presidido pela autoridade recorrida, salvo se tratar de 1 instancia, onde o juiz remetera os autos em apartados ou nos próprios autos se tiver sido determinada a extração de carta de sentença, O agravo de instrumento interposto contra despacho que não receber agravo de petição não interfere na execução da sentença. O agravo será julgado pelo tribunal a quem caberia conhecer do recurso, cuja interposição foi denegada. 8.7. Agravo Regimental – Previsto no regimento interno dos Tribunais Finalidade – impugnar decisão de juiz relator que negou seguimento a recurso – destrancamento de recurso negado seguimento dentro do próprio Tribunal, para que o recurso seja enviado de um órgão para o outro, dentro do mesmo Tribunal. Ex: pode ser contra despacho do presidente da Turma, que negou seguimento dos Embargos, que iriam para o mesmo Tribunal. Competência – SDI – Dissídios individuais e SDC, coletivos. Prazo – 5 dias TRT / 8 dias TST Efeito: devolver a matéria para outro órgão, dentro do mesmo Tribunal. 8.8. Recurso Adesivo – adere a um recurso principal – o acessório acompanha o principal – se o principal não for conhecido ou houver a desistência, o mesmo ocorre com o adesivo. Não é contra-razões. Só pode ser utilizado caso haja sucumbência recíproca, recorrendo a parte apenas no que lhe foi desfavorável. Prazo: 8 dias. Ex: Sentença parcialmente procedente – sucumbência recíproca – prazo para as partes recorrerem – apenas uma recorre – abre prazo para a outra parte contra-arrazoar – É nesta oportunidade que a parte que não recorreu pode apresentar Recurso Adesivo ao apresentado pela outra parte, além de contra-razões. Competência – juízo que proferiu a decisão – da mesma forma como ocorre com o Recurso Ordinário – petição ao juízo a quo que proferiu a decisão, e razões de recurso ao juízo ad quem. Preparo – o recorrente do Recurso Adesivo procede ao preparo igual ao recorrente do Recurso Principal. Efeito – devolutivo. 8.9. Embargos no TST (com razões anexas) – contra acórdãos do próprio TST – 2ª Instância Finalidade – uniformizar jurisprudência das Turmas do TST – entendimentos divergentes. Competência – os Embargos são apresentados ao presidente da Turma, que realiza juízo de admissibilidade, encaminhando após a SDI – Seção de Dissídios Individuais do TST, que apreciará as razões anexas. Prazo: 8 dias. Efeito devolutivo. Há preparo. Tipos de embargos: - Para a SDI: Contra acórdãos de Recurso de Revista Embargos de divergência – decisões de outras Turmas, decisões da SDI, decisões do TST Embargos de nulidade – violação de lei Federal ou da CF.- Para a SDC: Embargos infringentes – decisões do TST – quando as decisões não são unânimes. 8.10. Pedido de Revisão – Recurso de Revisão Cabe somente nas causas de até 2 salários mínimos – são os dissídios de alçada. Finalidade – reexame do valor da causa quando considerados em desacordo com os pedidos, incompatíveis com a importância econômica do litígio, devendo se encaixar em outro rito. Competência: dirigido ao presidente do TRT correspondente – 2ª instância. Prazo: 48 horas – Não há preparo 8.11. Recurso extraordinário - Competência – interposto contra a última decisão do TST – 2ª Instância, endereçada ao presidente ou vice- presidente do TST, posterior remessa ao STF (3ª Instância) – mais alta corte do País. Contra decisões que:- Afrontem a CF - Declarem a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal.- Julgar válida lei ou ato de governo local, contestados como inconstitucionais em face da CF - Julgar válida lei local contestada em face de lei federal. Efeito – Devolutivo Prazo – 15 dias Preparo – teto do Recurso de Revista. 8.12. Reclamação Correicional - Não é recurso, é procedimento administrativo. Cabe em caso de inversão tumultuária dos atos processuais, provocada pelo juiz da causa. É dirigido ao corregedor do Tribunal. Prazo – 5 dias, contados da ciência do ato impugnado Requisitos para o seu recebimento: - o ato deve atentar contra a ordem processual- não pode haver outro recurso cabível- o recorrente deve demonstrar o prejuízo 9. Procedimentos especiais - inquérito judicial para apuração de falta grave, ,habeas data, ação rescisória 9.1. inquérito judicial para apuração de falta grave: trata-se do procedimento necessário a demissão por justa causa do empregado estável, aqueles com estabilidade decenal adquirida antes da CF de 88, o dirigente sindical, ou aquelas estabilidades adquiridas por força de convenção coletiva ou sentença normativa. O empregador para demitir esse funcionário estável deve mover processo de rescisão de contrato de trabalho do empregado estável na Justiça do Trabalho por meio da AÇÃO DE INQUERITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE. INSTAURA-SE mediante petição inicial com os requisitos exigidos para as demais ações. Pode haver suspensão do empregado para a propositura da ação porque o art 494 da CLT coloca em seu texto como faculdade, mas para demiti-lo deve haver a ação de inquérito para apuração de falta grave. Porém se suspenso essa perdurara até o final do processo. Ajuizada a ação com o aviamento da petição inicial a parte contraria será intimada para comparecer emjuízo em audiência, a ausência do autor acarreta o arquivamento da ação e do réu em sua revelia e confissão. A defesa do réu deve ser apresentada em audiência e pode ser escrita ou oral, após a entrega da dessa e frustrada a conciliação haverá a instrução do processo onde poderão ser ouvidas até 6 testemunhas para cada parte art 821 da CLT, outras provas poderão ser produzida, a critério do juiz, inclusive a prova pericial. Após a instrução do processo as partes apresentação alegações finais. OBS: ATUALMENTE o inquérito para apuração de falta grave é exigível para a rescisão do contrato de trabalho por justa causa do dirigente sindical e inexigível para os empregados detentores de outra estabilidade inclusive o CIPEIRO. A Sentença sendo procedente considera o contrato rescindido sendo devido apenas os direitos de uma demissão por justa causa. Se a ação for improcedente o empregado se estiver suspenso será reintegrado ao trabalho e devera ser-lhe pago o s salários do tempo da suspensão com juros e correção monetária. 9.2. Habeas data: os doutrinadores justrabalhistas vem sustentando o cabimento deste remédio constitucional para permitir que o trabalhador tenha acesso a informações ou retificações de dados constantes de registros ou bancos de dados do ministério do trabalho e emprego 9.3. Mandado de segurança: é cabível contra a ilegalidade ou abuso de poder de atos de autoridade, incluindo os juízes do trabalho, mas também, os auditores fiscais do trabalho, ao do delegado do trabalho, ato do procurador do trabalho ao de oficial de cartório etc...Para tal não deve haver outro tipo de recurso cabível para poder ser impetrado o MS de acordo com os requisitos da LEI 12016/2009. 9.4. Ação rescisória: art 485 do CPC. Art. 485. A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: I - se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; II - proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente; III - resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou de colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; IV - ofender a coisa julgada; V - violar literal disposição de lei; Vl - se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou seja provada na própria ação rescisória; Vll - depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência ignorava, ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de Ihe assegurar pronunciamento favorável; VIII - houver fundamento para invalidar confissão, desistência ou transação, em que se baseou a sentença; IX - fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa; X - a indenização fixada em ação de desapropriação direta ou indireta for manifestamente superior ou inferior ao preço de mercado objeto da ação judicial. (Redação da MEDIDA PROVISÓRIA No 1.798-4, DE 6 DE MAIO DE 1999) - Texto não inserido nas MPV posteriores § 1o Há erro, quando a sentença admitir um fato inexistente, ou quando considerar inexistente um fato efetivamente ocorrido. § 2o É indispensável, num como noutro caso, que não tenha havido controvérsia, nem pronunciamento judicial sobre o fato. A SUMULA 259 DO C. TST ainda considera a hipótese de a decisão homologatória de acordo ser atacada por meio de ação rescisória desde que fique evidenciado algum vicio ocorrido neste processo. A ação rescisória se trata de autentica ação e não é recurso. O prazo para sua propositura é de 2 anos (prazo decadencial) vide SUMULA 100, contados do transito em julgado da decisão rescindenda. A competência originária ´do TRT ou do TST dependendo de onde ocorreu o transito em julgado da ação, pensemos da seguinte forma para não errar a competencia: VICIO COMPETENCIA TRT TRT VARA DO TRABALHO TRT TST TST
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