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19/2/2013 1 Legislação para Leite e Derivados – Parte 1 INTRODUÇÃO •Legislação que estabelece padrões produção identidade e qualidade do leite - publicada em 1952 no RIISPOA (Regulamento da inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal) •Necessidade de acompanhar evolução que estava acontecendo nos outros países. •Meados anos 90 - MAPA criou “Programa Nacional de Melhoria da Qualidade do Leite”. •Diagnóstico do setor – revelou: • Necessidade de mudanças na legislação. •Melhorias na qualidade do leite. •Sistema de coleta e transporte. MAPA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 51 DE 18/09/2002 Regulamentos Técnicos de Produção, Identidade e Qualidade do Leite: • Tipo A. • Tipo B. • Tipo C. • Leite Pasteurizado. • Leite Cru Refrigerado. Regulamento Técnico: • Coleta de Leite Cru Refrigerado. • Transporte a Granel. Extinguir o leite Tipo C. Criar o leite refrigerado. Restando apenas: - Leite A. - Leite B. - Leite refrigerado (sem classificação). Diferenças entre eles: -Limites microbiológicos e contagem de células somáticas mais rigorosos para Leite tipo A, seguido de leite tipo B, por ultimo leite refrigerado. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 51 DE 18/09/2002 MAPA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 62 de 29/12/2011 Regulamentos Técnicos de Produção, Identidade e Qualidade do Leite: • Tipo A. • Leite Cru Refrigerado. • Leite Pasteurizado. Regulamentos Técnicos de: • Coleta de Leite Cru Refrigerado e seu Transporte a Granel. • Novas Regras começaram a valer em 1º de janeiro de 2012. • Nova norma - IN Nº 62: – nova escala de prazos e limites para a redução de CBT e CCS até o ano de 2016 para leite cru refrigerado. – IN Nº 62 suprime os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade dos leites tipos “B” e “C”. – Incrementa o texto original no sentido de aprimorar o controle sanitário do rebanho (referente a brucelose e tuberculose). INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 62 DE 29/12/2012 19/2/2013 2 Classificação do leite LEITE TIPO A Definição Leite Pasteurizado tipo A: É classificado quanto ao teor de gordura: •Leite Pasteurizado tipo A Integral; •Leite Pasteurizado tipo A Semi-desnatado; •Leite Pasteurizado tipo A Desnatado; Produzido, beneficiado e envasado em “Granja Leiteira”. Classificação do leite LEITE TIPO A “Granja Leiteira” Estabelecimento destinado à produção, pasteurização e envase de leite Pasteurizado tipo A para o consumo humano. Localização da Granja Leiteira •Fora da área urbana •Longe de fonte poluidora •Com água de abastecimento de qualidade •Tratamento de Efluentes. •Circulação interna de veículos pavimentados Classificação do leite LEITE TIPO A Instalações e Equipamentos das Dependências de Ordenha • Estrutura coberta com paredes em alvenaria - parede ou meia-parede - paredes impermeáveis (tinta de cor clara). • Piso impermeável, antiderrapante, revestido de cimento e canaletas de fundo côncavo. • Ordenha mecânica – circuito fechado. • Dependência de higienização e guarda do material de ordenha. Classificação do leite LEITE TIPO A Classificação do leite LEITE TIPO A •O leite deve ser conduzido para o processamento em circuito fechado. •Equipamentos devem ser de aço inoxidável. •Deve possuir pasteurizador de placas com painel de controle. • Controle rigoroso do binômio tempo-temperatura 72- 75oC por 15 a 20 segundos. • Temperatura de saída do leite 4oC. • Para o envase - lâmpada ultravioleta. • Leite armazenado em câmara frigorífica. Dependências de Beneficiamento, Industrialização e Envase • Equipamentos devem ser localizados de acordo com o fluxo operacional. Classificação do leite LEITE TIPO A Dependências de Beneficiamento, Industrialização e Envase 19/2/2013 3 Classificação do leite LEITE TIPO A • Câmara Frigorífica •Dependências de recepção e higienização de caixas plásticas •Laboratórios devidamente equipados - realização de analises físico-químicas e microbiológicas. •Dependência para guarda de embalagens. •Abastecimento de água -tratada e clorada – volume disponível: • 100 L por animal a ordenhar. • 6 L para cada L de leite processado. Dependências de Beneficiamento, Industrialização e Envase Anexos e outras instalações • Sanitários e vestiários • Expedição • Refeitório • Almoxarifado, escritórios e farmácia veterinária Classificação do leite LEITE TIPO A Devem ser seguidos as Condições Higiênico- Sanitárias Gerais para a Obtenção da Matéria- Prima: •Lavar as tetas do animal – água. •Secar com toalhas descartáveis. •Descartar primeiros jatos de leite em caneca de fundo escuro e observar o aspecto. • Presença de grumos, pus, amarelado ou aquoso, é sinal de mastite clínica. • Neste caso, separar e descartar o leite da teta afetada. Classificação do leite LEITE TIPO A • O QUE É MAMITE? – Mamite ou mastite - inflamação do úbere. – Leite com alta contagem de células somáticas pode indicar mamite. Classificação do leite LEITE TIPO A Classificação do leite LEITE TIPO A Após a ordenha desinfetar as tetas do anima com solução clorada. 19/2/2013 4 • Após a secagem dos tetos – ordenha dos animais. Classificação do leite LEITE TIPO A Classificação do leite LEITE TIPO A Análises Periodicidade Teste do alizarol (72 %) - Seleção do leite Diariamente Crioscópia Sólidos Não-Gordurosos Densidade Acidez Titulável Gordura Contagem Padrão em Placas (CPP) 1 vez por mês Contagem de Células Somáticas (CCS) Pesquisa de antibióticos CONTROLE DE QUALIDADE DA MATÉRIA-PRIMA Classificação do leite LEITE TIPO A Padrões físico-químicos e micro para oLeite Cru Refrigerado tipo A Integral Classificação do leite LEITE PASTEURIZADO TIPO A Padrões físico-químicos para o Leite Pasteurizado Tipo A Integral Classificação do leite LEITE PASTEURIZADO TIPO A n = numero de amostras C = número de aceitação m = número mínimo de microrganismos M = número máximo de microrganismos Padrões microbiológicos para o Leite Pasteurizado Tipo A Integral Classificação do leite LEITE PASTEURIZADO TIPO A •Expedição e transporte - leite pasteurizado Tipo A: • Realizado sob temperatura de 4oC. • Veículos com carrocerias - isolamento térmico e refrigeradas. •Não é permitido a utilização de aditivos. 19/2/2013 5 Classificação do leite LEITE CRU REFRIGERADO •Produto refrigerado, transportado em carrotanque isotérmico da propriedade rural para a indústria onde será processado. •Mantido nas temperaturas: •Máxima 7ºC na propriedade rural. •Acondicionado em tanque comunitário ou individual. • Tanque comunitário – Adiciona leite de vários produtores. – Caso não exista resfriador na propriedade: • Leite pode ser colocado em latões. • Permanecer em local fresco, limpo e sombreado. • Após a ordenha os latões devem ser levados ao resfriador comunitário. • Chegar antes de 2 horas após a ordenha. • Tanque individual – Leite de apenas um produtor. Classificação do leite LEITE CRU REFRIGERADO • Importância da refrigeração do leite: – diminui a multiplicação microbiana. – não elimina os microrganismos. – leite ordenhado deve ser imediatamente resfriado. Classificação do leite LEITE CRU REFRIGERADO Classificação do leite LEITE CRU REFRIGERADO • Tanque de expansão comunitário: – Temperatura do leite - 7 °C. – Atingir temperatura no máximo - 3 horas após ter sido colocado no resfriador. • Tanques de expansão - capacidade de 250 a 10.000 litros. • Possuem uma paleta que agita o leite. • Temperatura deve chegar a 4oC em no máximo 3h após a ordenha. Classificação do leite LEITE CRU REFRIGERADO 19/2/2013 6 • É permitido o uso de tanques de imersão – Temperatura do leite - 7 °C.– No máximo - 3 horas após a ordenha. Classificação do leite LEITE CRU REFRIGERADO • Tanque de imersão – Latões devem ser higienizados logo após a entrega do leite com utilização de detergentes. Classificação do leite LEITE CRU REFRIGERADO • Tanques de resfriamento devem ficar: – local coberto, – arejado, – pavimentado, – com instalação elétrica, – água de boa qualidade – ponto crítico no processo de obtenção do leite. – fácil acesso ao carro tanque. • Leite deve ser filtrado (aço inoxidável) para reter possíveis sujeiras existentes. Classificação do leite LEITE CRU REFRIGERADO • Devem ser seguidos as Condições Higiênico-Sanitárias Gerais para a Obtenção da Matéria-Prima: – Lavar as tetas do animal com água. – Secar com toalha descartável. – Descartar primeiros jatos de leite em caneca de fundo escuro e observar o aspecto. • Presença de grumos, pus, amarelado ou aquoso, é sinal de mastite clínica. • Neste caso, separar e descartar o leite da teta afetada. Classificação do leite LEITE CRU REFRIGERADO Classificação do leite LEITE CRU REFRIGERADO – Após a ordenha fazer desinfecção dos tetos com solução de iodo glicerinado. – Manter o animal de pé após a ordenha. Classificação do leite LEITE CRU REFRIGERADO 19/2/2013 7 Classificação do leite LEITE CRU REFRIGERADO Após a ordenha desinfetar as tetas do anima com solução clorada. Padrões físico-químicos para o Leite Cru Refrigerado Classificação do leite LEITE CRU REFRIGERADO Padrões microbiológicos para o Leite Cru Refrigerado • Limpeza do equipamento de ordenha e do resfriador: – Devem ser feitos logo após a utilização. Classificação do leite LEITE CRU REFRIGERADO • Higienização - Duas etapas: – Limpeza - remoção de matéria orgânica. • Detergentes e água. • Remoção com ajuda de espátulas, escovas ou esponjas. – Sanitização - reduz os microrganismos ainda presentes na superfície. • Meia hora antes do seu uso. • Enxágüe utensílios e superfícies de equipamentos. • Aguarde 15 minutos. Classificação do leite LEITE CRU REFRIGERADO • O leite após a ordenha deve ser filtrado: – Filtro aço inox. • Devem ser coletas amostras dos tanques de refrigeração para análises: – Motorista – pode ser a pessoa responsável e treinada para coleta das amostras. – Deve receber treinamento sobre higiene e análises preliminares do leite. – Agitar o leite antes da retirada da amostra, – Determinar à temperatura, – Realizar análise sensorial, – Transferir amostras para frascos isotérmico para análises microbiológicas e físico-químicas. Classificação do leite LEITE CRU REFRIGERADO 19/2/2013 8 • Tanques comunitários - amostras individuais de cada produtor devem ser coletadas. – Responsável pelo recebimento do leite na propriedade deverá coletar as amostras. • Essas amostras de leite refrigerado - coletado no local de refrigeração. Classificação do leite LEITE CRU REFRIGERADO • Transferência do leite do tanque de refrigeração para o caminhão tanque - realizada em circuito fechado. • Leite refrigerado pode ser recebido a qualquer hora de comum acordo com a empresa. • Caminhão possui: – Caixa isotérmica. – Curvatura adequada que permita fácil higienização. Classificação do leite LEITE CRU REFRIGERADO Classificação do leite LEITE CRU REFRIGERADO • Caminhões - limpeza e sanitização após cada descarregamento. – Limpeza externa deve ser feita antes do descarregamento. – Limpeza interna deve ser feita logo após a sua descarga: • Sistema CIP (“CLean in Place”) que consiste: – Enxágue com água 40-50oC. – Lavagem com detergente alcalino (NaOH 1,8%) a 60oC. – Enxágue com água a temperatura ambiente. – Sanitização utilizando hipoclorito de sódio a 200 ppm. Classificação do leite LEITE CRU REFRIGERADO • Tempo entre ordenha e recebimento na indústria deve ser máximo de 48h. – Período ideal - tempo não superior a 24h. Classificação do leite LEITE CRU REFRIGERADO • Leite recebido em caminhão tanque. Classificação do leite LEITE CRU REFRIGERADO 19/2/2013 9 • Admite-se o transporte do leite em latões a temperatura ambiente, desde que: – Indústria aceite trabalhar com essa matéria- prima. – Matéria-prima atinja os padrões de qualidade fixadas. – O leite seja entregue até no máximo até 2h (duas horas) após a ordenha. – Indústria realize todas as análises exigidas para leite de conjunto. Classificação do leite LEITE CRU REFRIGERADO Classificação do leite LEITE PASTEURIZADO •Leite fluido elaborado a partir do Leite Cru Refrigerado na propriedade rural - transportado a granel até a indústria. •Classificado – teor de gordura: •Leite Pasteurizado Integral, •Leite Pasteurizado Semidesnatado, •Leite Pasteurizado Desnatado. Classificação do leite LEITE PASTEURIZADO •Tratamento térmico: •Pasteurização rápida - 72 a 75º C /15 a 20s. •Pasteurização lenta – 65º C / 30 min. - permitida para laticínios de pequeno porte – baixa temperatura/longo tempo. •Envase em circuito fechado. •Não é permitido a pasteurização lenta do leite previamente envasado. Classificação do leite LEITE PASTEURIZADO • Transporte do leite pasteurizado - realizado a temperatura de 4oC. – Conduzido em veículos – Carrocerias com isolamento térmico e refrigerado. • Não é permitido a utilização de aditivos. Classificação do leite LEITE PASTEURIZADO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA DO ABASTECIMENTO E DA REFORMA AGRÁRIA. PORTARIA Nº 146 DE 07 DE MARÇO DE 1996. Aprovar os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade dos Produtos Lácteos 19/2/2013 10 PORTARIA Nº 146, DE 07 DE MARÇO DE 1996 REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE QUEIJOS REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE MANTEIGA. REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE CREME DE LEITE PORTARIA Nº 146, DE 07 DE MARÇO DE 1996 REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE LEITE UHT. REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE LEITE EM PÓ. REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE DOCE DE LEITE REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE LEITES FERMENTADOS. REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE BEBIDAS LÁCTEAS. Regulamento técnico de identidade e qualidade dos queijos • Queijo – produto fresco ou maturado que se obtém por separação do soro do leite coagulados pela ação do coalho, enzimas específicas ou bactérias específicas. • Queijo fresco – pronto para o consumo logo após a sua fabricação. • Queijo maturado – sofreu trocas bioquímicas necessárias dependendo da variedade do queijo. Requisitos Microbiológicos dos Queijos Queijo Minas frescal (46% < umidade < 55%) n = numero de amostras C = número de aceitação m = número mínimo de microrganismos M = número máximo de microrganismos Requisitos Microbiológicos dos Queijos •Para avaliação - microrganismos patogênicos - c=0 •Ex: Salmonella e Listeria. •Estafilococos e coliformes são utilizados valores de m e M •Microrganismos que não representam grandes riscos a saúde. Regulamento técnico de identidade e qualidade para creme de leite •Creme pasteurizado - submetido pasteurização. •aproximadamente 85oC. •vida de prateleira 3 semanas •Creme esterilizado – submetido esterilização. •Conservação a temperatura ambiente. •Creme UHT – submetido a tratamento - ultra alta temperatura. •Creme processado assepticamente. 19/2/2013 11 • Legislação permite variação no teor de gordura. Requisitos físico-químicos Regulamento técnico de identidade e qualidade para creme de leite • Creme esterilizado e creme UHT – Podem conter espessantes e/ou estabilizantes. Regulamento técnico de identidade para creme de leite• CLASSIFICAÇÃO: – Manteiga Extra. – Manteiga de Primeira Qualidade. Regulamento técnico de identidade e qualidade para manteiga • DENOMINADA DE VENDA: – Manteiga" ou "manteiga salgada" ou "manteiga com sal“. – “Manteiga sem sal“. – "Extra" ou de "Primeira Qualidade“. Regulamento técnico de identidade e qualidade para manteiga Requisitos físico-químicos Regulamento técnico de identidade e qualidade para manteiga • Parâmetro – acidez está limitado. • Evita o processamento a partir de matéria-prima com qualidade comprometida. • Manteiga da terra ou manteiga de garrafa - produto gorduroso nos estados líquido e pastoso, obtido a partir do creme de leite, pela eliminação quase total da água, mediante processo tecnologicamente adequado. Regulamento técnico de identidade e qualidade para manteiga da terra Instrução Normativa no 30/2001. 19/2/2013 12 PROCESSO DE ELABORAÇÃO • Obtida a partir do aquecimento do creme de leite. • Temperaturas entre 110 e 120ºC. • Sob agitação. • Completa fusão e quase total eliminação da água. • Ponto final de aquecimento: – precipitação da fase de SNG sob forma densa e opaca. – constitui a borra. – adquire coloração parda (café). Regulamento técnico de identidade e qualidade para manteiga da terra Instrução Normativa no 30/2001. • Fase sobrenadante - oleosa e líquida. • Separada por decantação em temperatura ambiente. • Filtrada e envasada. Regulamento técnico de identidade e qualidade para manteiga da terra Instrução Normativa no 30/2001. • Produto típico do nordeste brasileiro. • Surgiu provavelmente para preservar o produto gorduroso. • Estável sem refrigeração – o que não ocorre com a manteiga. • Sua produção é artesanal no nordeste: – Separação natural da “nata do leite”. – Aquecimento a alta temperatura. – Separação do óleo. – Envasado em garrafas. • Produção deve seguir condições de higiene estabelecidas. Regulamento técnico de identidade e qualidade para manteiga da terra Instrução Normativa no 30/2001.
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