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APS Transporte Urbano Final bruna

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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
CAMPUS - VARGAS
Bruna Soares Reis
Danilo José dos Santos
Fernanda Fernandes Silva
Jannipher Thaise Pereira
Samuel Cesario da Silva 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
Descrição do Transporte Urbano
Novembro/ 2014
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
CAMPUS - VARGAS
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
Descrição do Transporte Urbano
10º semestre de Engenharia Civil
NOME(S):					R.A.:	
Bruna Soares Reis			 	A670BC3
Danilo José dos Santos		 	A602305
Fernanda Fernandes Silva		 	A690JD0
Jannipher Thaise Pereira		 	A707GH1
Samuel Cesario da Silva 8143161
Novembro/ 2014
SUMÁRIO 
1.	INTRODUÇÃO	1
2.	OBJETIVO	1
3.	CONCEITO	2
3.1.	História	2
3.2.	Tipos de transporte	2
3.2.1.	Rodoviários	3
3.2.2.	Ferroviário	4
3.2.3.	Hidroviário	5
3.2.4.	Aéreo	6
3.3.	Transporte urbano	7
3.3.1.	Ônibus	8
3.3.2.	Bonde	8
3.3.3.	Metrô	9
3.3.4.	Trem	10
3.3.5.	Balsa	11
3.3.6.	VLT (Veículo leve sobre trilhos) ou Metrô Leve ou Metropolitano de superfície	12
3.3.7.	TAV (Trem de Alta Velocidade)	12
4.	ESTUDO DE CASO	14
4.1.	Historico de Ribeirão Preto	14
4.1.1.	Histórico da linha ferroviária	15
4.1.2.	A estação	15
4.2.	Diagnóstico atual	17
4.3.	Transportes no município	18
4.3.1.	Rodovias	18
4.3.2.	Aeroporto	19
4.3.3.	Transpote urbano coletivo	20
5.	ANÁLISE DE RESULTADOS	26
6.	CONCLUSÃO	29
BIBLIOGRAFIA	30
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Distribuição da malha rodoviária no Brasil.	4
Figura 2: Distribuição de linhas de ferro no Brasil.	5
Figura 3: Transporte hidroviário no Brasil.	6
Figura 4: DIstribuição de linhas aéreas no Brasil.	7
Figura 5: Ônibus de Campinas.	8
Figura 6: Bonde de Curitiba.	9
Figura 7: Metrô de São Paulo.	10
Figura 8: Trem Rio de Janeiro.	10
Figura 9: Balsa de Santos.	11
Figura 10: Novo VLT (Light rail) de Brasília.	12
Figura 11: TAV na Itália.	13
Figura 12: Projeto de Ramos de Azevedo.	15
Figura 13: : Estação e parte do pátio de Ribeirão Preto, entre os anos de 1900 e 1905.	16
Figura 14: Fachada da estação (1930).	16
Figura 15: Antiga Estação Cia Mogiana, 1963.	16
Figura 16: Terminal rodoviário atual.	17
Figura 17: Automóveis integrantes da frota Transcorp.	20
Figura 18: Placa Informativa com itinenários das linhas.	21
Figura 19: Validador eletrônico.	23
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1: Evolução da Tarifa de Ribeirão Preto.	22
Tabela 2: Dados coletados dia 25/11/2014.	26
Tabela 3: Dados coletados dia 26/11/2014.	27
INTRODUÇÃO
Com o passar do tempo as cidades foram evoluindo e atraindo cada vez mais pessoas. Houve grande migração do campo para a cidade, motivo que desencadeou crescimento desornado das cidades e prejudicou o desenvolvimento da infraestrutura para suportar a demanda da população.
A o grande volume de veículos nas metrópolis do Brasil, como por exemplo, São Paulo e Rio de Janeiro, é um problema cada vez mais dificil de solucionar em um curto espaço de tempo. Os noticiarios reportam os recordes de congestionamento em São Paulo praticamente todos os dias.
O transporte coletivo atualmente, não dá conta da demanda, no horário de pico estão sempre lotados e não há conforto, todos esses fatores fazem com que percam a atratividade. A renda da população influência nos deslocamentos, assim pessoas com baixa renda, que moram longe do centro, utilizam o transporte coletivo por ser mais barato e com isso precisam pegar mais ônibus para chegar ao trabalho.
A falta de acessibilidade no transporte público (baixa oferta na periferia, más condições dos veículos, tarifas altas, entre outros) é uma das causas da opção pelos automóveis na classe média e nos setores de melhor renda, outra causa é o tempo de viagem. A melhoria do transporte público é a questão-chave para ser solucionado o problema, juntamente com outros fatores como a redução do tempo gasto pelas pessoas em sua locomoção diária.
OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é relatar como funciona o transporte urbano na cidade de Ribeirão Preto/ SP, demonstrar e explicar os tipos de transporte existente e quais os tipos são utilizados, analisar a rotina da cidade, estimar as demandas e tarifas.
CONCEITO 
A infraestrutura de transporte compreende redes de transporte rodoviário, ferroviário, fluvial, aéreo entre outros. Existe a necessidade de unir os vários tipos de transporte, fazendo com que mobilidade urbana que nada mais é do que a condição em que se realizam os deslocamentos de pessoas e cargas seja eficiente. 
História 
Os primeiros meios de transporte humanos foram a caminhada e a natação e com a Revolução Industrial, no século XIX, houve um grande explosão na descoberta de novas tecnologias, na área de transporte, por exemplo, a máquina a vapor, seguida de perto por sua aplicação no transporte ferroviário.
Com o desenvolvimento do motor a combustão e do automóvel na virada do século XIX, o transporte rodoviário tornou-se mais viável, e em 1906, o brasileiro Alberto Santos Dumont exibiu o primeiro avião, e após a Primeira Guerra Mundial, este se tornaria uma forma mais rápida de transportar pessoas e mercadorias por longas distâncias. 
Após a Segunda Guerra Mundial, o automóvel e o avião ganharam mais participação no transporte. As viagens aéreas internacionais tornaram-se acessíveis nos anos 60, com a comercialização do motor a jato. Junto com o desenvolvimento dos automóveis e das auto-estradas, isto causou um declínio nos transportes ferroviários e hidroviários. Após a introdução do Shinkansen em 1964, trens de alta velocidade na Ásia e Europa começaram a tomar passageiros de rotas de longa distância das companhias aéreas.
Tipos de transporte
No Brasil existem quatro tipos de transporte: rodoviários, ferroviários, hidroviário e aeroviário.
Rodoviários
Os transportes rodoviários podem ser interestaduais, internacionais, semiurbanos e urbanos. No Brasil existe uma rede de 1. 751. 868 km de estradas e rodovias nacionais por onde passam 56% de todas as cargas movimentadas no território brasileiro. Infelizmente as condições das estradas não são em sua totalidade adequadas. Segundo pesquisa CNT de rodovias (Realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e pelo Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest Senat), a pesquisa compreende o levantamento das condições de toda a malha federal pavimentada e, nas malhas estaduais, dos trechos mais relevantes para o transporte de cargas e de passageiros), 73,9% das rodovias estão classificadas como péssima, ruim ou regular e apenas 26,1% estão classificadas como boa ou ótima. As rodovias do país que se encontram em boas condições, geralmente, foram concedidas à iniciativa privada, assim, embora apresentem boa qualidade, estão sujeitas a pedágios.
O estado de São Paulo é onde se encontra as melhores rodovias, 
As más condições de transporte são fatores determinantes pelo encarecimento das mercadorias brasileiras, isso faz que a competitividade entre mercadorias nacionais e importadas diminua.
Figura 1: Distribuição da malha rodoviária no Brasil.
Fonte: (http://transportes.gov.br)
Ferroviário
Estudos divulgados pela Confederação Nacional de Transportes em 2011, sobre transportes ferroviários, indica que as ferrovias são mais recomendadas (por suas características técnicas e econômicas) para o transporte de grandes volumes de cargas em longas distâncias. Durante os anos da República Velha, a expansão das ferrovias sofreu um disparate no Brasil, chegando a 29.000 km saindo dos então 9.538 km existentes no fim do império. O Sistema Ferroviário Brasileiro totaliza 30.129 km de extensão (1.121 km eletrificados), espalhados por 22 estados brasileiros, inclusive o Distrito Federal. A maior expansão se deu no estado de São Paulo, onde chegou a ter 18 ferrovias sendo as maiores, Estação Ferroviária de Sorocabana com 2.074 km, a Cia. Mogiana com 1.954 km, a  Estação Ferroviária Noroeste do Brasil com 1.539 km e a Cia. Paulistade Estradas de Ferro com 1.536 km, além da São Paulo Railway que tinha uma ligação com o porto de Santos. Juntas, elas permitiram o crescimento do estado tanto no setor industrial quanto agrícola.
Figura 2: Distribuição de linhas de ferro no Brasil.
Fonte: (http://transportes.gov.br)
Hidroviário
O transporte hidroviário no Brasil é regulado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) e é dividido em duas modalidades: fluvial e marítima.
Transporte marítimo
O responde por quase 75% do comércio internacional do Brasil, por isso, é considerado o mais importante. O transporte marítimo é de vital importância para o Brasil em suas relações comerciais É responsável pela maior parte das trocas comerciais internacionais do Brasil, transportando todo tipo de mercadoria, inclusive commodities agrominerais, veículos, máquinas, e equipamentos de ponta. 
Transporte fluvial 
Mais econômico e sustentável, no entanto é o menos utilizado no Brasil. Há regiões, entretanto, que dependem quase que exclusivamente desta modalidade, como é o caso da Amazônia, onde as distâncias são grandes e as estradas ou ferrovias inexistem. A navegação fluvial no Brasil está numa posição inferior em relação aos outros sistemas de transportes. Muitos rios do Brasil são de planalto, por exemplo, apresentando-se encachoeirados, portanto, dificultam a navegação.
Figura 3: Transporte hidroviário no Brasil.
Fonte: (http://transportes.gov.br)
Aéreo 
O Brasil tem 34 aeroportos internacionais e 2.464 aeroportos regionais totalizando cerca de 2.498 aeroportos, incluindo as áreas de desembarque. Além dos aviões e helicópteros, mais utilizados no Brasil, podem ser considerados transportes aeroviários os que são feitos por meio de planadores, balões e dirigíveis. A utilização do transporte de cargas pelo ar também tem se sobressaído. O transporte aéreo foi o que mais contribuiu para a redução da distância-tempo, ao percorrer rapidamente distâncias longas. Rápido, cómodo e seguro o avião superou outros meios de transporte de passageiros a médias a longas distâncias.
Figura 4: DIstribuição de linhas aéreas no Brasil.
Fonte: (http://portalbrasil.net)
Transporte urbano
Os transportes públicos numa cidade providenciam o deslocamento de pessoas de um ponto a outro na área dessa cidade. A grande maioria das áreas urbanas de médio e grande porte possui algum tipo de transporte público urbano. O seu fornecimento adequado, em países como Portugal e Brasil, é, geralmente, de responsabilidade municipal, embora o município possa conceder licenças, às vezes acompanhadas de subsídios, a companhias particulares.
O transporte público urbano é parte essencial de uma cidade. Idealmente devem constituir o meio de locomoção primário em uma cidade, garantindo o direito de ir e vir de seus cidadãos. Além disso, ao utilizar o transporte público o cidadão contribiu para a diminuição da poluição do ar e sonora, do consumo de combustíveis fontes não-renováveis e para a melhoria da qualidade de vida urbana, uma vez que menos carros são utilizados para a locomoção de pessoas. Diz-se também de sistema em que uma pessoa (ou grupo) aluga um ônibus para determinado passeio, excursão e "lota-o" de pessoas, colegas para participarem desta viagem, passeio.
Ônibus
Os ônibus (autocarro em Portugal) são práticos e eficientes em rotas de curta e média distância, sendo frequentemente o meio de transporte mais utilizado no transporte público, por constituir uma opção econômica. A maior vantagem do ônibus é sua flexibilidade. As companhias de transporte procuram estabelecer uma rota baseada num número aproximado de passageiros na área a ser tomada. Uma vez estabelecida a rota, são construídos os pontos de ônibus ao longo dessa rota.
Porém, dada a sua baixa capacidade de passageiros, ônibus não são eficientes em rotas de maior uso. Ônibus, em rotas altamente usadas, causam muita poluição, devido ao maior número de ônibus necessários para o transporte eficiente de passageiros nesta dada rota. Neste caso, é considerada a substituição da linha de ônibus por outra linha usando bondes ou mesmo um metrô.
Figura 5: Ônibus de Campinas.
Fonte: (http://onibusbrasil.com)
Bonde
Os bondinhos (eléctrico em Portugal) são veículos que se movimentam sobre trilhos construídos no solo, e são alimentados por eletricidade, via cabos de eletricidade instalados ao longo da rota. Podem transportar mais passageiros do que um ônibus não-articulado e não poluem diretamente o meio ambiente.
Porém, devido à impossibilidade de locomoção lateral, podem causar problemas de trânsito em ruas cujo tráfego é pesado, especialmente porque a linha de bonde é instalada geralmente no centro da rua. Quando o deslocamento de passageiros é feito numa via pública comum, sempre que o bonde para nas suas paradas (paragens, em Portugal) semelhantes às de ônibus (ao invés de uma estação à parte), todos os veículos que o seguem são forçados a parar, até que o deslocamento de passageiros dentro e fora do bonde tenha terminado. Para a resolução deste problema, a construção de uma via pública exclusiva para bondes pode ser considerada.
Figura 6: Bonde de Curitiba.
Fonte: (http://historiaearquitetura.blogspot.com.br/)
Metrô
Metrô é um meio de transporte urbano que circula sobre trilhos (carris), transportando passageiros.  Atualmente, a maior rede do mundo é o Metropolitano de Xangai (567 km). No Brasil a primeira linha de metropolitano foi inaugurada apenas em 1974, em São Paulo, tem a maior rede de  metrô do Brasil com (74,3 km), seguido pelo Metrô de Recife com (44,2 km), Metrô de Porto Alegre com (43,4 km), Metrô de Brasília (42,4 km), Metrô do Rio de Janeiro (40,9 km), Metrô de Belo Horizonte (28,2 km), Metrô de Fortaleza (24,4 Km) e, enfim, Metrô de Salvador (6,6 km). Existe três tipos de metro: superficie, elevado e subterrâneo.
Figura 7: Metrô de São Paulo.
Fonte: (http://blogpontodeonibus.wordpress.com)
Trem
O trem é um tipo de transporte público inter-urbano, mais usado para o transporte de passageiros em massa, cobrindo uma rota entre dois pontos bem afastados, sendo, geralmente, de responsabilidade nacional. 
Às vezes são de responsabilidade regional, quando são usadas como meio de transporte de passageiros numa grande cidade, ou entre diferentes cidades localizadas próximas uma da outra. Geralmente, aos passageiros usando trens inter-urbanos não é concedido o direito de transferimento para outros meios de transporte público de uma dada cidade sem antes pagar taxa integral para o uso de tal transporte.
Figura 8: Trem Rio de Janeiro.
Fonte: (http://blogpontodeonibus.wordpress.com)
Balsa
As balsas (também conhecidas como ferrys) cobrem certos trechos entre dois pontos separados por um corpo de água, que não possuem acesso entre si por meio de pontes e/ou túneis, ou quando tais conexões estão muito afastadas de certas rotas de interesse.
Figura 9: Balsa de Santos.
Fonte: (https://santosturismo.wordpress.com)
VLT (Veículo leve sobre trilhos) ou Metrô Leve ou Metropolitano de superfície
Pode ser comparado com trem/comboio urbano e suburbano de passageiros, cujo equipamento e infraestrutura são tipicamente mais “leves” que a usada normalmente em sistemas metropolitanos ou ferroviários de longo curso. O primeiro sistema de veículos leve sobre trilhos nos pais foi o VLT de Campinas (atualmente desativado) que operou efetivamente entres os anos de 1990 e 1995.
A vantagem sistemas de light rail são que geralmente são mais baratos de construir que, por exemplo, os de metropolitano ou do tradicional trem suburbano ou comboio suburbano. Além disso, têm maior flexibilidade em curvas fechadas. Os carros elétricos tradicionais e os veículos de light rail são usados em várias cidades pelo mundo, pois estes permitem transportar um maior número de pessoas que qualquer autocarro.
Figura 10: Novo VLT (Light rail) de Brasília.
Fonte: (http://pt.wikipedia.org)
TAV (Trem de Alta Velocidade)
Tipicamente, oscomboios de alta velocidade viajam a velocidades de cruzeiro entre os 250 km/h e os 300 km/h. O país ainda não possui TAV, contudo esta nos planos do governo Federal há algum tempo.
Figura 11: TAV na Itália.
Fonte: (http://viatrolebus.com.br)
ESTUDO DE CASO
Historico de Ribeirão Preto
O municipio foi fundado em 19 de junho de 1856 (158 anos) em que até o século XIX a região era povoada exclusivamente pelos índios Caiapós, porém com o passar do tempo o lugar passou a ser dominado pelas fazendas de forasteiros. A região recebia muitos mineiros, que saíam de suas terras já esgotadas para a mineração e procuravam pastagens para a criação de gado. Muitos também vinham do Vale do Paraíba, em decorrência da Crise do Café, trazendo sementes dos cafezais que aos poucos passaram a fazer parte de uma parcela relevante da economia regional.
As indústrias apareceram na década de 1910, com a instalação da Companhia Cervejaria Paulista. Por ter sido sede da Companhia Antarctica Paulista e por ter uma das mais famosas choperias do Brasil, a Choperia Pinguim, Ribeirão Preto foi conhecida também como a "Capital do Chope" assim como já foi denominada "Capital do Café".  A Crise de 1929 foi uma das responsáveis para essa quebra da cafeicultura.  Na década de 40 começam a chegar as rodovias e melhorias estruturais.
A primeira ferrovia a chegar a Ribeirão Preto pertencia à chamada Cia. Mogiana de Estradas de Ferro, sendo que a estação ferroviária foi inaugurada a 23 de novembro de 1883. Em 1970 passou a fazer parte da Ferrovia Paulista S.A., continuando a funcionar até 1976, quando os trilhos da ferrovia foram transferidos. Em 1º de junho de 1966, foi inaugurada a nova estação ferroviária da cidade, que hoje pertence à Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), recebendo passageiros até agosto de 1997, quando estes trens foram suprimidos.
Atualmente, o municipio conta com uma população aproximada 658.059 mil habitantes (IBGE, 2014) e esta começando a sofrer com o congestionamento em horário de pico e lotações no transporte coletivo, visto que a mobilidade urbana é seu maior problema.
Histórico da linha ferroviária
A linha-tronco da Mogiana teve o primeiro trecho inaugurado em 1875, tendo chegado até o seu ponto final em 1886, na altura da estação de entroncamento, que somente foi aberta ali em 1900. Foram feitas as modificações mais significativas, que tiraram velhas estações da linha e colocaram novas versões nos trechos retificados. A partir de 1971 a linha passou a ser parte da Fepasa. No final de 1997, os trens de passageiros deixaram de circular pela linha.
A estação
Depois de esperarem alguns anos pelos trilhos da Companhia Paulista, a estação de Ribeirão Preto foi inaugurada na linha da Mogiana, com alguma frustração por parte da população da cidade, em 1883, com um prédio provisório.
Em outubro de 1884, foi construído o novo prédio, no lugar definitivo, para a estação, que teria sido inaugurado em 1885, e que passou a ser uma das mais importantes da Mogiana. Em 1914, foi concluído e entregue à companhia, pelo famoso arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo, o projeto da nova estação.
Figura 12: Projeto de Ramos de Azevedo.
Fonte: Publicação revista "O Malho" em 1917.
Figura 13: : Estação e parte do pátio de Ribeirão Preto, entre os anos de 1900 e 1905.
Fonte: Cartão postal.
Figura 14: Fachada da estação (1930).
Fonte: Arquivo histórico de Ribeirão Preto, publicada no jornal A Cidade de 8/11/2006.
Figura 15: Antiga Estação Cia Mogiana, 1963.
Fonte: (http://estacoesferroviarias.com.br/)
Com as ferrovias em crise e o aumento das rodovias construiu o Terminal Rodoviário de Ribeirão Preto, inaugurado em 1976 (38 anos) como o maior e mais moderno terminal rodoviário do interior do Brasil encontra-se na Avenida Jerônimo Gonçalves, no Centro da Cidade.
A contínua expansão da área urbana no Município de Ribeirão Preto e a descentralização dos locais de atividades de maior interesse da população têm provocado novas e crescentes necessidades de deslocamento das pessoas, nas mais diferentes distâncias e direções dentro da cidade, por isso, foi criado em o novo terminal rodoviário em 2009.
Figura 16: Terminal rodoviário atual.
Fonte: (rodoviariaonline.com.br)
Diagnóstico atual
Ribeirão Preto conta com uma rede de transporte centrado unicamente em ônibus e com frota de veículos que passou de 450 mil registrados no Departamento Nacional de trânsito. 
O plano de mobilidade urbana tem como meta qualificar a circulação e o transporte urbano, proporcionando os deslocamentos na cidade e atendendo às distintas necessidades da população, através de prioridade ao transporte coletivo, aos pedestres e às bicicletas, redução das distâncias a percorrer e dos tempos de viagem.
Transportes no município
A empresa que administra o terminal é Socicam e a Empresa de Trânsito e Transporte Urbano (TRANSERP), instituída em 1980, é responsável pelo controle e manutenção do trânsito do município, desde a fiscalização das vias públicas e comportamento de motoristas e pedestres até a elaboração de projetos de engenharia de tráfego, pavimentação, construção de obras viárias e gerenciamento de serviços tais como os de táxis, alternativos, ônibus, fretados e escolares.
Rodovias
O município é um dos maiores entroncamentos rodoviários do Estado de São Paulo, passando diversas rodovias. Algumas das mais importantes para o município são:
SP-255 - Rodovia Antônio Machado Sant'Anna - Araraquara / São Carlos;
SP-291 - Rodovia Mario Donega - Dumont / Pradópolis;
SP-322 - Rodovia Attilio Balbo e Rodovia Armando Salles de Oliveira - Sertãozinho;
SP-328 - Rodovia Alexandre Balbo - Anel Viário Norte;
SP-328 - Rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira - Anel Viário Sul;
SP-330 - Rodovia Anhanguera - sentido norte: Brasília - Triângulo Mineiro / sentido sul: São Paulo-Campinas;
SP-333 - Rodovia Abrão Assed - Cajuru;
SP-334 - Rodovia Cândido Portinari - Batatais / Franca.
A empresa responsável pela concessão das rodovias do entorno da cidade é a Autovias. Deu início às suas atividades em 1º de setembro de 1998 e, como objeto do contrato, realiza a exploração do Lote 10, do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo, com a validade do documento programada para 20 anos, prazo este que se encerrará em 31 de Agosto de 2018. O contrato de concessão da Autovias prevê investimentos de R$ 916,5 milhões em obras e recursos operacionais durante os 20 anos de vigência. 
Trecho administrado:
Via Anhanguera (SP-330) – 131,2 km; 
Rodovia Attílio Balbo (SP-322) – 9,7 km;
Rodovia Armando de Salles Oliveira (SP-322) – 54,9 km;
Anel Viário Sul de Ribeirão Preto (SP-322 – Rodovia Prefeito Antonio Duarte Nogueira) – 18,3 km;
Anel Viário Norte de Ribeirão Preto (SP-328 – Rodovia Alexandre Balbo) – 13,9 km;
Avenida Bandeirantes (SP-325/SP-322) – 8,6 km.
Aeroporto
O aeroporto Doutor Leite Lopes foi inaugurado no dia 2 de abril de 1939 e sua primeira ampliação da pista do Leite Lopes foi realizada na década de 1940. Para isso, foram utilizadas terras particulares que como nunca foram pagas e deram origem a um processo judicial que é considerado hoje um processo sem solução mais antigo do país.
Em 1996, o aeroporto Leite Lopes passou por reforma e ampliação que contou com a cooperação da Prefeitura de Ribeirão Preto, do Ministério da Aeronáutica e do DAESP (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo). A pista de pouso foi ampliada de 1.800 para 2.100 m e a de taxiamento foi de 730 para 2.100 m. Com o novo pátio de estacionamento, com 27.600 m², pode receber simultaneamente oito aeronaves Fokker F-100 (jato de porte médio, com capacidade para 108 passageiros) ou Boeing B-737. E entre os períodos 28 de Julho de 2008 e 21 de Julho de 2010, foram realizadas obras de ampliação e reforma do terminal de passageiros.
Transpote urbano coletivo
A Prefeitura Municipal e a TRANSERP, atentas a demanda crescente, especialmente em relação ao transportecoletivo, repensaram a organização física e funcional desse serviço de interesse público visando oferecer a seus usuários maior mobilidade e acessibilidade, de maneira racional e econômica.
Para tanto, idealizou-se a Rede Integrada do Transporte Municipal por Ônibus – RITMO, objeto da Concorrência Pública realizada em 2011, da qual saiu vencedor do Consórcio PróUrbano, constituído pelas empresas Rápido D’Oeste, Turb, Transcorp e Sertran, tornando-se, assim, concessionário dos serviços do novo sistema de transporte coletivo.
Esse contrato estabelece para o Consórcio obrigações que vão além da aquisição, operação e manutenção das frotas de ônibus e micro-ônibus (Figura 17), ou seja, exige também investimentos na construção de dois terminais e cinco estações na região central da cidade, bem como de oito estações de integração nos bairros, além da instalação, nos pontos de parada, de 500 novos abrigos e de 2.800 totens com mapas informativos das linhas (Figura 18).
Figura 17: Automóveis integrantes da frota Transcorp.
Fonte: (http://ribeiraopreto.sp.gov.br)
Figura 18: Placa Informativa com itinenários das linhas.
Fonte: Arquivo pessoal.
Tarifa
A rede RITMO permite integração tarifária, com tarifa única, nas viagens realizadas mediante combinação de até três linhas de ônibus, desde que pertençam a grupos distintos e os transbordos (conexões) ocorram dentro do prazo de 120 minutos, a contar do primeiro embarque.
Assim, o usuário dessa rede, para se deslocar a um determinado ponto de interesse situado fora da área central e não servido diretamente por linha de ônibus que atenda o bairro onde ele se encontra, poderá fazê-lo, sem adicional tarifário, utilizando-se dessa linha em conexão com uma ou outras duas habilitadas para a integração tarifária, ou seja, pertencentes a grupos distintos.
Existem quatro categorias de transporte por meio de ônibus:
Vale-transporte: fornecido pelo empregador aos seus funcionários, conforme determina a legislação trabalhista; 
Empresarial: destinado às empresas que necessitam do transporte coletivo urbano para a locomoção dos seus representantes em serviço externo;
Cidadão: destinado àquelas pessoas que não têm o direito ao Vale-transporte ou à isenção ou redução tarifária; ou
Estudante: concedido aos estudantes que têm direito a 50% de desconto no valor da tarifa, conforme estabelece a legislação municipal em vigor.
As demais categorias do cartão NOSSO, quais sejam Sênior, Especial, Especial com Acompanhante e Estudante Gratuito, garantem isenção tarifária aos seus respectivos titulares, independentemente das condições defi nidas para a integração tarifária.
A evolução da tarifa está descrita na Tabela 1.
Tabela 1: Evolução da Tarifa de Ribeirão Preto.
Fonte: (http://ribeiraopreto.sp.gov.br/)
Bilhetagem eletrônica
Em todos os ônibus estão instalados validadores junto às roletas. Os validadores são equipamentos que vão conferir armazenar e transmitir os dados sobre o pagamento da tarifa de todos os usuários que embarcarem nos ônibus utilizando o Cartão NOSSO ou pagando a passagem em dinheiro. Com a implantação da Bilhetagem Eletrônica todos os passageiros gratuitos e pagantes passam pela roleta. 
     Cada validador, colocado junto à roleta, recebe as informações através de um leitor automático. Para que isso ocorra, basta que os usuários aproximem o Cartão eletrônico inteligente, do botão central do validador. Esta simples ação vai verificar os dados do cartão, liberar a roleta e promover a transmissão automática de todos os dados que já foram verificados e armazenados.
Figura 19: Validador eletrônico.
Fonte: (http://ritmoribeirao.com.br)
Frota
Na operação da rede RITMO são atualmente utilizados 20 ônibus tipo padron, 303 ônibus convencionais e 24 micro-ônibus, totalizando 347 veículos, todos plenamente acessíveis, dotados de plataforma elevatória para embarque e desembarque de pessoas com mobilidade reduzida, especialmente usuários de cadeiras de rodas.
Esses ônibus possuem três painéis luminosos, um na sua dianteira, que identifica o grupo (letra) e o código numérico da linha em operação, seguido de sua denominação ou destino; outro, na face traseira, que reproduz as duas primeiras informações expostas na dianteira; um terceiro painel, na lateral do veículo, junto à sua porta de embarque, que mostra, em sequência, as principais vias componentes do itinerário da linha, além dos locais de maior interesse por ela atendidos.
Os ônibus tipo padron (azul e branco) contam com duas catracas para facilitar e agilizar o embarque nas linhas que possuem grande demanda de passageiros e atendem muitos bairros da cidade. A catraca da direita (próxima ao motorista), destina-se aos passageiros em geral, especialmente aos que dependem da atuação do motorista, tais como os portadores dos cartões Estudante, Sênior ou Especial, além dos pagantes em dinheiro. A catraca da esquerda (próxima à porta), é para uso exclusivo daqueles passageiros que portam os cartões Vale-transporte, Empresarial ou Cidadão.
CittaMobi
Foi lançado um aplicativo para smartphones feito para melhorar a vida do cidadão, a maioria dos passageiros tem celulares e com esse aplicativio o usuário tem informações em tempo real dos horários dos ônibus. 
Mapeamento
Tudo começa com o processo de mapeamento dos pontos de parada de ônibus de uma cidade. Porém, a disposição de pontos de parada é extremamente dinâmica, e estes frequentemente mudam de lugar. Por essa razão alguns pontos podem parecer fora de lugar, se repetir, ou não aparecer.
Cadastros
Utilizando como base os pontos de parada mapeados, é necessario criar cadastros das linhas da cidade, quais empresas operam estas linhas, quais veículos estão em cada linha, e quais os horários programados de passagem dos veículos.
Monitoramento
Depois de tudo estar devidamente cadastrado, são instalados nos ônibus pequenos transmissores, de modo que sua posição captada por GPS possa ser enviada constantemente por sinal de celular - utilizando a tecnologia GPRS - para os nossos servidores.
Base de Dados
As informações dos veículos são recebidas por nossos servidores e armazenadas por uma grande base de dados, e a partir desse momento ficam disponíveis para serem posteriormente utilizadas.
Cálculos
Com base nas informações disponíveis, são executados inúmeros cálculos considerando trânsito, posição dos veículos, linhas cadastradas, e outras variáves, para gerar as previsões de chegada/saída dos veículos em cada ponto mapeado.
Previsões
Finalmente as previsões ficam disponíveis para você visualizar no CittaMobi.
Alterações
Quando ocorrem alterações de pontos de parada, linhas, veículos e horários, a base de dados é atualizada e as previsões são recalculadas. Infelizmente, dado a frequencia em que essas alterações ocorrem no dia-a-dia, essas informações podem ficar desatualizadas por algum período se por algum motivo elas não forem enviadas para o CittaMobi, com isso gerando previsões imprecisas.
ANÁLISE DE RESULTADOS
Foi escolhido o ponto de parada de ônibus 1467 situado na Avenida Dr. José Cesário Monteiro da Silva onde passam 4 linhas de ônibus, para coletada de dados durante um hora por dois dias.
B/J – 351 – Bonfim – Lapa;
B/J – 315 – Bonfim – Campos Eliseos;
I-104 – Jardim Canadá;
R – 15 – Colina Verde.
Tabela 2: Dados coletados dia 25/11/2014.
Tabela 3: Dados coletados dia 26/11/2014.
Preço do Diesel: R$ 2,549
Posto Petrobrás. BR Mania. Posto Catedral.
Endereço: Rua Florêncio de Abreu, 580 
Pneu: R$ 800,00 
Recapagem: R$ 220,00
Salários (base Julho 2011)
Motorista: R$ 1.316,52
Cobrador: R$ 724,00
Fiscal: R$ 1.196,63
Chassi: R$ 180.000,00 
Carroceria: R$ 280.000,00
Beneficio Total mensal: R$ 633.859,19
Salario Diretoria: R$ 300.000,00
Seguro Resp. Civil da frota: R$ 589.900,00
Seguro Obrigatório: R$ 300.000,00
Total passageiros: 3.390.809
 = 1.130.269 não pagam tarifa . x = 100%
Quilometragem/ mês: 2.365.534,00
Gerou uma Tarifa deR$ 3,1921.
CONCLUSÃO
Relativa a espera média de ônibus não é tão grande de 6 a 8 minutos, mas por exemplo se o passageiro for pegar a linha R-15 – Colina Verde, terá que esperar no máximo 30 minutos, não prevendo possiveis atrasos. 
Com relação ao tempo médio de parada não chega a 1 minuto, relativamente baixo, mas se pensarmos que isso é só em um ponto de parada, multiplicado por todos os pontos de parada diários, o ônibus peder muito tempo nas paradas, e é relativo a quantidade de pessoas que tem para desembarcar e embarcar no mesmo ponto de parada.
 Quanto a Planilha de Tarifa sabemos que quanto mais a prefeitura disponibilisa beneficios para parte da população ter isenção da tarifa de ônibus, único transporte coletivo publico o restante da população terá que arcar com esse gasto, mesmo o habitante que não utiliza o transporte coletivo paga a parcela de quem tem o desconto total ou parcial da tarifa, como ? Pagando impostos, sendo que parte do imposto recolhido pelo municipio é destiado a subsidiar a diferença entre a arrecadação e os gastos totais, pois a concessionária não ficara com prejuizo.
Para quem utiliza o transporte todo dia, mais de uma vez ao dia um aumento de 0,20 por cada viagem pode aumento maior que 30% no custo total com transporte.
Ribeirão Preto sofre com mobilidade urbana por ter o ônibus como único meio de transporte coletivo, e a cada ano a demanda cresce e os ônibus ficam cada vez mais lotados, o que faz com que os usuários optem em trocar o ônibus por automóvel ou motocicleta, bicicleta e/ou até viagens a pé, mas que também não é muito sugerida pelo grande número de assaltos e furtos. Mas com o investimento que já foi aprovado vai melhorar as lotações nos horários de pico, adicionando novas linhas, priorizando o tempo de viagem.
BIBLIOGRAFIA
Prefeitura de Ribeirão Preto. Dados gerais. Disponível em: < http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br>. Acesso em: 2 de novembro de 2014.
IBGE – Instituto brasileiro de geografia e estatística. Cidades. Disponível em: <http://cidades.ibge.gov.br>. Acesso em: 2 de novembro de 2014.
Folha Uol. País vive ambiente propício para conseguir reduzir o funil de trânsito, dizem especialistas. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 13 de novembro de 2014.
Guia Ritmo. Disponível em: < http://www.ritmoribeirao.com.br/>. Acesso em: 15 de novembro de 2014.
Metrô São Paulo. Disponível em: < http://www.metro.sp.gov.br/>. Acesso em: 13 de novembro de 2014.
UOL. Trânsito: Problemas atingem grandes cidades. Disponível em: < http://educacao.uol.com.br>. Acesso em: 13 de novembro de 2014.
Estações ferroviárias no Brasil. Disponível em: <http://www.estacoesferroviarias.com.br >. Acesso em: 13 de novembro de 2014.
GLOBO. Mobilidade urbana. Disponível em: <http://educacao.globo.com>. Acesso em: 13 de novembro de 2014.
Arteris. Autovias. Disponível em: < http://www.autovias.com.br>. Acesso em: 14 de novembro de 2014.
Governo de transportes. Biblioteca virtual. Disponível em: <http://www.transportes.gov.br>. Acesso em: 14 de novembro de 2014.

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