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Formação de profissionais nutricionistas no contexto político social

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Esp. Cláudia Cantelli Daud Bordin
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A formação de profissionais nutricionistas no contexto político social
Profª Me Vanessa Roriz
Esp. Cláudia Cantelli Daud Bordin
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“Para que formar nutricionistas?”
“Qual a razão social dessa formação?”
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Esp. Cláudia Cantelli Daud Bordin
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Primeira atuação do nutricionista
Divisão técnica do trabalho em saúde  surgiram novos profissionais na área, entre eles, o nutricionista
Os primeiros passos do nutricionista giraram em torno da prática hospitalar 
Trabalho complementar ao ato médico  Subordinação frente aos profissionais da medicina
Prática do nutricionista = prática nos hospitais (área clínica)
Sem promoção da saúde ou prevenção: prática individual, curativa e hospitalar
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Primeiro curso de formação
O primeiro curso de formação de “dietistas” na América Latina, surgiu na Argentina, em 1926, quando o professor Pedro Escudero criou a Escola Municipal de Dietistas, que conquistou o nível universitário em 1939
No Brasil, a origem da profissão ocorreu na região Sudeste, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro
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Termo dietista
No Brasil, este conceito e o termo Dietista foi rejeitado. 
Designava um técnico de nível médio ou auxiliar de Nutrição. 
Esta decisão ficou oficializada internacionalmente, em 1966.
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Política social brasileira: extremamente marcada pelo assistencialismo
Cuidado com a alimentação do trabalhador: instrumento de alívio de tensões sociais e manipulação das classes subalternas
Assumir a alimentação do trabalhador = atender aos interesses e necessidades das empresas privadas
Reprodução da estrutura econômica capitalista, porém camuflada com uma ideologia paternalista: alimentação oferecida ao trabalhador aparentava caráter de prêmio  possibilidade de aumentar a “mais valia”
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Tomada do poder e instauração de uma nova ordem política de base ditatorial:
Nesse período a profissão era tida como exclusivamente feminina: “novo campo profissional e de magníficas oportunidades aberto às moças deste país” 
A profissão era vista como “jovem e promissora”: preocupação com o problema alimentar e nutricional da população 
Educação alimentar = ferramenta necessária para “libertar a sociedade humana da doença e da fome”
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Esp. Cláudia Cantelli Daud Bordin
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Década de 70: preocupação em buscar definição para uma profissão com visibilidade social baixa, carecendo de identidade própria tanto para a sociedade, quanto para a própria categoria profissional
1977: acreditava-se que o número limitado de profissionais capacitados em Nutrição era um dos fatores responsáveis pela desnutrição
Pressuposto de que a solução dos problemas nutricionais dependia da formação e capacitação de pessoal especializado em quantidade e qualidade adequadas
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Esp. Cláudia Cantelli Daud Bordin
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1981: Com o Diagnóstico Nacional dos Cursos de Nutrição, surgiram críticas à formação acadêmica do nutricionista  crescente distanciamento entre formação e prática
“Descompasso entre a teoria e a prática”
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Esp. Cláudia Cantelli Daud Bordin
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Outra crítica detectada: um “hiato entre o biológico e o social”
Apesar de já se encontrarem referências à “visão social”, a análise do currículo demonstrava o predomínio de disciplinas das áreas “Ciências Básicas” e “Multidisciplinar” e a baixa proporção das disciplinas relativas à compreensão do social, como “Educação, Ciências socioeconômicas e Saúde Pública
Possível explicação: deficiência de análise crítica da realidade da formação, da prática profissional e da totalidade social
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1989: Objeto de trabalho do nutricionista ficou mais nítido: “o alimento e/ou a alimentação em sua relação com o homem”
1991: objeto de estudo foi complementado “a saúde do homem, tendo como seu eixo de formação o homem e o alimento no seu contexto social”
1996: enfatizou as atividades preventivas e de fomento à saúde nos serviços de Saúde Pública, a administração de Serviços de Alimentação e o tratamento dietético dos enfermos
O perfil profissional real é aquele que vem sendo construído no decorrer do tempo, através da interação entre a formação acadêmica, o mercado de trabalho e a atuação do profissional
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Esp. Cláudia Cantelli Daud Bordin
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Recuperar e formar um profissional que atuasse na transformação da sociedade 
Ajustar o currículo às oportunidades oferecidas pelo mercado de trabalho: atender aos interesses da classe dominante
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De modo geral, qual era o objetivo (foco) das diretrizes curriculares para o curso de Nutrição?
Esp. Cláudia Cantelli Daud Bordin
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Formação acadêmica de manutenção e reprodução das relações sociais vigentes = atender aos interesses da classe dominante
Tendência de enfoque na formação técnica = tecnicismo
Apesar do discurso de formar um profissional “com desenvolvimento amplo da percepção crítica da realidade”, não foram preconizadas estratégias para a consecução desse objetivo
Embate entre o técnico e o político
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Esp. Cláudia Cantelli Daud Bordin
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Apenas através do trabalho individual não seria possível solucionar problemas dependentes do encaminhamento e da vontade política
Jogou-se para o nível individual, aquilo que é histórico, fruto de relações concretas da produção capitalista. E, assim, de antemão, a batalha estava perdida
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Esp. Cláudia Cantelli Daud Bordin
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Breve histórico
1939 - Criação do primeiro curso de Nutrição, na Universidade de São Paulo
1949 - Criação da Associação Brasileira de Nutricionistas (ABN). Esta entidade deu origem à Federação Brasileira de Nutrição (FEBRAN)
1950/1975 - Ampliação do número de cursos, de nutricionistas e de áreas de atuação; Regulamentação da profissão
1976/1984 - Instituição do 2º Programa Nacional de Alimentação e Nutrição
1980 - Criação do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) e dos Conselhos Regionais de Nutricionistas (CRN)
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Esp. Cláudia Cantelli Daud Bordin
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1982 - Criação da “Comissão Permanente de Ensino da Federação Brasileira de Nutrição (FEBRAN)”, durante o IX Congresso Brasileiro de Nutricionistas e VI CONBRAN, em Brasília, com a incumbência da elaboração de um projeto nacional de investigação sobre o perfil profissional do nutricionista
1985/2000 - Intensificação da mobilização e politização da categoria. Substituição da Federação Brasileira de Nutrição (FEBRAN) por Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN)
1986 - I Encontro Nacional de Entidades de Nutricionistas (I ENEN). Com temas relacionados ao perfil profissional, ao mercado de trabalho, piso salarial e jornada de trabalho
1991 - Estabelecidas as áreas de atuação do nutricionista, pela Lei nº 8.234. 2005 - Resolução CFN nº 380, estabelece as áreas de atuação
2005 - I Congresso Nacional do Sistema CFN/CRN. 2007 - II Congresso Nacional do Sistema CFN/CRN e comemoração dos 40 anos de regulamentação da profissão
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Esp. Cláudia Cantelli Daud Bordin
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REFERÊNCIA
REVISITANDO OS ESTUDOS E EVENTOS SOBRE A FORMAÇÃO DO NUTRICIONISTA NO BRASIL
Nilce Maria da Silva Campos Costa
Rev. Nutr., Campinas, 12(1): 5-19, jan./abr., 1999
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Esp. Cláudia Cantelli Daud Bordin
Subordinação técnica e econômica
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