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Modelo Resposta a Acusação

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EXCELENTÍSSIMO (a) SENHOR (a) DOUTOR (a) JUIZ (a) DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CRICIÚMA-SC
Autos n°: 0000001/2015
JOAQUIM GUSMÃO, já qualificado nos autos em epígrafe, que lhe move a Justiça Pública, por seu Advogado que esta subscreve, CÁSSIO RAMOS PEREIRA, brasileiro, solteiro, com registro na OAB N° 73299, endereço profissional na Av. Centenário n° 10, Centro, Município de Criciúma-SC, (procuração inclusa), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no Art. 396 e 396-A, do CPP, apresentar RESPOSTA Á ACUSAÇÃO, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
No dia 10/08/2015 o Ministério Público da comarca de Criciúma-SC, ofereceu denúncia contra Joaquim Gusmão, por ter oferecido dinheiro a policiais que o prenderam, a conduta foi qualificada por corrupção ativa, previsto no Art. 333 do CP. 
O denunciado foi devidamente citado para oferecer resposta á acusação, e apresentar todos os tipos de provas previstas em direito em sua defesa, que o faz nestes termos.
DO DIREITO
Ora, Excelência, os fatos atribuídos ao denunciado não correspondem com a verdade, vez que o denunciado não cometeu nenhum ato ilícito para que fosse preso pelos policias, não havia mandado de prisão e tampouco houve flagrante delito. 
O fato verdadeiro é que os policiais agiram com abuso de autoridade, conforme prevê o Art. 4°, alínea a, da Lei 4898/65:
“Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:
a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder;”
Não havia nenhum ato de ofício a ser executado, por mais que houvesse o oferecimento de dinheiro por parte do denunciado, os policias não estavam realizando um procedimento legal, o denunciado não poderia retardar ou prejudicar o ato da autoridade, uma vez que este ato foi ilegal. Por tanto a conduta do denunciado não se enquadra ao crime pelo qual está sendo acusado, conforme exposto no Art. 333 do CP:
“Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:”
Ainda, não se pode falar em conduta criminosa, pois o denunciado não praticou nenhum tipo de crime, não ocorrendo flagrante delito, pois o fato narrado na denúncia, não corresponde a nenhuma situação das quais prevê o Art. 302 do CP para que houvesse o flagrante.
O ato praticado pelos policiais é inconstitucional, é direito garantido á todo cidadão que não seja preso da forma em que fora realizado a sua prisão, conforme Art. 5°, inciso LXI da CF/88:
 “LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei.”
Na doutrina também é claro o entendimento que para que a conduta seja tipificada como crime deve haver o oferecimento de vantagem indevida, de forma concreta, com seriedade, deve existir um proposta para influenciar o funcionário público, vejamos:
“A corrupção ativa, do extraneus, que oferece, promete ou entrega a vantagem indevida configura o crime previsto no art. 333 do Código Penal (FABBRINI, R. N.; MIRABETE, J. F. Manual de Direito Penal. 25ª. ed. São Paulo: Atlas, 2011.P. 284). 
Além do mais, existem julgados onde o não oferecimento de vantagem indevida, excluem a materialidade delituosa da conduta.
“PENAL. CORRUPÇÃO ATIVA. ARTIGO 333 DO CP. DELITO NÃO CARACTERIZADO. O delito de corrupção ativa caracteriza-se com o oferecimento ou promessa de vantagem a funcionário público, cujo dolo consiste na intenção de realizar alguma dessas condutas, com o fim específico de o funcionário praticar, omitir-se ou retardar ato de ofício, sendo esse o elemento subjetivo do tipo. Não se configura a infração prevista no art. 333 do Estatuto Repressivo se a oferta de vantagem ao funcionário não é concreta e revestida de seriedade, não sendo suficiente a solicitação do réu, dirigida genericamente ao policial, para que desse "um jeito de liberá-lo".(TRF-4 - ENUL: 63282720064047003 PR 0006328-27.2006.404.7003, Relator: ARTUR CÉSAR DE SOUZA, Data de Julgamento: 17/02/2011, QUARTA SEÇÃO, Data de Publicação: D.E. 11/03/2011)”
Neste mesmo sentido;
“CORRUPÇÃO ATIVA. TIPICIDADE. OFERECER OU PROMETER VANTAGEM INDEVIDA. CONDUTA DE DAR. ATÍPICA. Para que haja tipicidade formal no crime de corrupção ativa, o agente deve praticar a conduta de oferecer vantagem indevida ou prometer vantagem indevida a funcionário público para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício, sendo atípica a conduta de "dar" a benesse após solicitação deste.(TJ-RO - APL: 00067681720148220501 RO 0006768-17.2014.822.0501, Relator: Desembargador Hiram Souza Marques, Data de Julgamento: 11/06/2015, 1ª Câmara Criminal, Data de Publicação: Processo publicado no Diário Oficial em 23/06/2015.)”
Destarte, é evidente que a conduta adotada pelo denunciado não se qualifica como crime, se faz mister a sua absolvição sumária, uma vez que não pode ser responsabilizado por um crime que não cometeu.
DOS PEDIDOS.
Ante o exposto, requer:
1. A absolvição sumária do acusado nos termos do Artigo 397, inciso III, do CPP.
2. Caso vossa excelência não absolva sumariamente o denunciado, requer a produção de todas as provas permitidas em direito, em especial a testemunhal, cujo rol segue adiante, devendo as testemunhas ser intimadas para audiência a ser designada por vossa excelência.
Nesses termos, pede deferimento.
Criciúma, 15 de Agosto de 2015.
____________________________
CASSIO RAMOS PEREIRA
OAB 73299
ROL DE DOCUMENTOS
1- Procuração
ROL DE TESTEMUNHAS
1 - João, (QUALIFICAÇÃO) (ENDEREÇO)
2 - Maria, (QUALIFICAÇÃO) (ENDEREÇO)

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