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TRABALHO DE DIREITO CIVIL DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO

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http://prazerjuridico.wix.com/prazerjuridico
UNIVERSIDADE PAULISTA
TRABALHO DE DIREITO CIVIL
PROFESSORA CLAUDIA LOUREIRO
Flavio de Araujo RA: C493JJ-7
Ericles Silva Moura RA: C57296-9
Janaina Conceição Mota da Silva RA: C535CG-6
Iolanda Ferreira da Souza RA: C51DID-5
São Paulo
TRABALHO DE DIREITO CIVIL
ANALISE O CASO ABAIXO E RESPONDA AS QUESTÕES PROPOSTAS
Uma cidade do interior de São Paulo foi atingida por uma catástrofe natural, uma enchente, que a destruiu completamente. Para dar andamento à reconstrução, prestadores de serviços exigem condições e valores exorbitantes. Nesse caso, responda:
Há defeito do negócio jurídico?
Defina-o;
Explique seus requisitos;
Explique suas consequências jurídicas.
As questões do referido trabalho nos instigam a uma série de reflexões da forma que, uma leva a outra reflexão, e desta forma o peso de se fazer um trabalho acaba pela infinidade de coisas que podemos descobrir e aprender, ao fazer uma pesquisa mesmo que muito pequena, no sentido de quantitativo, mas de grande qualidade quando bem observada e utilizada.
Devido as aulas e entre matérias, bibliografias sugeridas, trabalhos e conversas acadêmicas, o texto colocado nos remete imediatamente ao livro, Justiça, o que é fazer a coisa certa de Michael J. Sandel, que em seu capitulo primeiro nos coloca a mesma reflexão, o mesmo caso, com as suas peculiaridades e em um país desenvolvido e muito diferente do nosso, da nossa cultura e de nossa sociedade de uma forma geral, e isto não é ruim, isso nos dá a oportunidade de ponderar muitos aspectos relevantes.
O mundo é capitalista, e ele é muito cruel em várias de suas facetas, mas é necessário sem dúvida alguma esse capitalismo. Digo isto por que as análises serão feitas dentro deste universo, livre comercio, mão invisível, lei da oferta e procura, termos de um mundo onde o capital supera princípios inerentes a todos os seres humanos, como a dignidade da pessoa humana, transforma o ser humano em um animal irracional.
Queremos analisar as questões propostas no trabalho olhando para dois lados, dois polos diferentes, mas que deveriam convergir em algum momento, o jurídico normativo, as leis e a observância de um princípio fundamental que ainda não abarca totalmente o ordenamento jurídico nem as relações interpessoais, não só no Brasil, mas ainda em muitos países, o princípio fundamental da dignidade da pessoa humana. Claro que houve muitas mudanças e avanços, estudamos nestes dias o texto base do ministro Luís Roberto Barroso, do qual usaremos aqui com toda certeza.
Em relação a dignidade da pessoa humana, concordamos em gênero, número e grau com o texto do ministro, quando ele cita que é preciso registrar a importância assumida nos planos doméstico, internacional e no discurso transnacional, determinar o seu modo de aplicação, direito fundamental absoluto ou princípio jurídico apenas, mostrar que a dignidade da pessoa humana não uma ideia vaga inconsistente e estabelecer critérios para sua aplicação de modo que sirva para nortear todo o processo jurídico como lei, que deva ser cumprido nas decisões.
E achamos que devemos “lutar” ainda mais para que a dignidade da pessoa humana seja realmente um princípio norteador das normas jurídicas e das decisões de processos de qualquer Estado, porém, queríamos dizer que a dignidade da pessoa não deve somente no campo jurídico sofrer mudanças, queremos fora também deste contexto, o que concordamos ser muito mais difícil, ou seja, na vida das pessoas, no dia a dia das relações, será que as pessoas respeitam este princípio tão importante? Acho que não!
No âmbito e contexto jurídico e normativo ele é muito mais apreciado do que nas relações humanas, muito mais conhecido e divulgado. Achamos que o amor e respeito ao princípio da dignidade deve partir das pessoas, nas relações cotidianas, deve ser praticado todos os dias, diariamente, desta forma, sua força quanto norma jurídica seria outra, seria forte, seria até mesmo uma clausula pétrea, seria imexível, está é uma boa reflexão com certeza.
Falamos sobre isso porque pensamos em uma situação oposta ao problema apresentado, se em um caso grave de necessidade eles cobram preços exorbitantes, em outros casos também, como nos espetáculos, jogos olímpicos, copa do mundo entre outros, basta ter alguma atividade que isso acontece, para se ter uma ideia, quando fui fazer um concurso tinha pessoas vendendo canetas de marca bem barata a preços exorbitantes como R$ 10,00, pensamos que este princípio não faz parte dessas relações nem no pior momento e nem nos bons momentos, pois se as pessoas não sabem ou não conhecem o valor da dignidade da pessoa humana pouco importa o livre comercio, a lei da oferta e procura.
Estamos falando isso porque não queremos cair no obvio, no senso comum, de forma alguma, mas receio que a resposta final as questões serão do pensamento comum, este é o pensamento de 95% das pessoas, queremos fugir dos modelos prontos de respostas, subjetivas e abstratas e o que a maioria acha sem achar nada.
No caso do livro de Michael J. Sandel, diz que um furacão, Charley varreu e destruiu a Florida ceifando a vida de 22 pessoas e que isso levou os fornecedores de todo tipo de material, ferramentas, abrigo, água, enfim, uma infinidade de coisas, a cobrar absurdos por essas coisas e serviços e isto virou uma grande discussão.
Uma das manchetes de um grande jornal americano, o US Today dizia, depois da tempestade vem os abutres.
Claro que obviamente é errado as pessoas contabilizarem as custas e dificuldades dos outros é muito claro isso.
Na Florida tem uma lei contra preços abusivos, o gabinete do procurador geral recebeu muitas reclamações, alguns ganharam ações judiciais contra algumas empresas que cobravam preços absurdos em seus produtos.
Quando foi exigido o cumprimento da lei os economistas argumentaram que era um equívoco pois nos tempos antigos, medieval por exemplo, as trocas eram justas, por um preço justo, mas nas sociedades capitalistas de mercado, os preços são fixados de acordo com a oferta e a procura, mas espere ai! E a dignidade da pessoa humana?
Em um momento do texto no livro ele coloca que estas questões não dizem respeito apenas à maneira como os indivíduos devem tratar uns aos outros, mas dizem também a respeito como a lei deve ser e como a sociedade deve se organizar, são questões sobre justiça, elemento contido dentro do princípio da dignidade humana.
Para finalizar está reflexão, busco de novo um trecho do livro que ilustra muito bem o que estamos querendo dizer.
Em tempos de dificuldade uma boa sociedade se mantém unida. Em vez de fazer pressão para obter mais vantagens as pessoas deveriam tentar ajudar-se mutuamente, uma sociedade na qual os vizinhos são explorados para obtenção de lucros financeiros em tempos de crise, não é uma sociedade boa.
Pergunta-se, o que falta?
A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana, (Franz Kafka).
No problema proposto existe sim um defeito ou defeitos nos negócios jurídicos e esse defeito é o estado de perigo e a coação.
A coação é uma ameaça injusta exercida sobre um indivíduo para força-lo contra sua vontade a praticar um ato ou celebrar um negócio jurídico. No estado de perigo uma pessoa tem obrigação excessivamente onerosa para salvar-se ou para salvar uma pessoa de sua família. A coação é um meio para alcançar o estado de perigo.
As pessoas estão sendo coagidas moralmente pela sua situação devido a necessidade das pessoas, pois é sabido dos fornecedores esta situação de perigo que oneram excessivamente as mercadorias essenciais para a reconstrução de suas vidas e de suas famílias.
Tudo se encaixa, pois, o dano é grande, com destruição de suas casas e bens, é um dano atual e com certeza é uma grande ameaça a seus bens e família. Nestes casos todos os contratos precisam de revisão ou serem anulados, como na Florida onde alguns fornecedores foram obrigados a indenizar os consumidores.
Como disse no início,preciso concluir utilizando um pouco daquilo que é comum, opinião da maioria, dizendo que está situação é ilegal realmente sob o olhar da dignidade da pessoa humana, mas que em sociedades como a americana torna-se algo não tão ilegal assim, onde o capitalismo e seus princípios são fortes que fazem que situações não se alterem, ou dificilmente se alterem.
Referências bibliográficas:
Sandel. Michael J. Justiça, o que é fazer a coisa certa, 6º edição, Rio de Janeiro, editora Civilização Brasileira, 2012
Texto do ministro, Luís Roberto barroso, A Dignidade da Pessoa Humana no Direito Constitucional Contemporâneo, Natureza Jurídica, Conteúdos Mínimos e Critérios de aplicação 
http://prazerjuridico.wix.com/prazerjuridico

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