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QUESTÕES PARA BRINCAR DIREITO PENAL E PROCESSO PENAL

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OAB XIX EXAME DE ORDEM 
Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
1 
 
QUESTÕES PARA BRINCAR – XIX EXAME DE ORDEM 
DIREITO PENAL E PROCESSO PENAL 
 
CASOS PRÁTICOS 
 
01. Diego, delegado de polícia e pai de família, soube, através de sua filha, que 
Luzia, diretora do colégio Santo Antônio, localizado na cidade de Rio de 
Janeiro/RJ, castigava severamente seus alunos, sob o argumento de que estaria 
educando-os. Disseram-lhe ainda que quando algum deles fazia qualquer coisa 
que não a agradava, ela levava para a sala da diretoria e mandava que escrevesse 
por centenas de vezes no quadro “nunca mais vou desobedecer a Luzia”, 
proibindo de beber água, se alimentar ou ir ao banheiro até término do horário 
escolar, quando muitos saíam de lá passando mal. Tal informação lhe deixou 
muito preocupado, pois é a escola em que estudava sua filha Manoela, bem como 
os filhos de vários amigos, não suportando a ideia de que nada de mal lhes 
acontecesse. Como não havia prova alguma de tais alegações, elaborou um plano 
para desmascarar Luzia. Combinou com João, 15 anos de idade, colega de sala 
da sua filha, que provocasse raiva na diretora até que ela o levasse à diretoria para 
castigá-lo, quando então, Manoela o avisaria por mensagem que era na hora de 
agir e ele, que já estaria aguardando na porta do colégio, entraria no local com 
mais policiais e a prenderia em flagrante pelo crime de maus-tratos, antes que 
pudesse concluir o castigo. Tudo ocorreu como o previsto e assim foi feito! Logo 
que Luzia começou a passar suas determinações ao garoto, o delegado adentrou 
a sala e lhe deu voz de prisão. Vários pais de estudantes procuraram para 
agradecer, chamando-o inclusive de “herói”. Chegando à delegacia, após a 
lavratura do auto de prisão em flagrante, Luzia tentou explicar que só levou João 
para a diretoria porque queria lhe dar uma advertência pelo mau comportamento, 
sendo esta uma norma do colégio. Pediu ainda para se comunicar com seu 
advogado, sendo o seu pedido negado por Diego, que disse que não acreditava 
em sua estória e a deixou incomunicável por três dias, sem também comunicar o 
fato a nenhuma outra autoridade. Também não cumpriu com qualquer outra 
formalidade, para que ela pudesse sentir na pele o mal que causava aos alunos. 
Com base na situação hipotética acima, na qualidade de advogado contratado por 
Luzia e considerando que ela ainda se encontra presa em flagrante, redija a peça 
cabível, privativa de advogado, pertinente a defesa da diretora. 
 
*Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
*Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
*Tese 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
 
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OAB XIX EXAME DE ORDEM 
Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
2 
 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
02. No dia 06 de junho de 2014, na saída da Choperia “Pede Mais Um” em 
Curitiba/PR, Carolina, grávida de 07 meses, foi atacada fisicamente por Jéssica, 
ofendendo esta a sua integridade corporal, após descobrir que o pai do filho 
daquela era o seu namorado em decorrência de uma traição. Após tomar 
satisfações, desferiu-lhe vários socos e puxões de cabelo, momento em que 
Carolina começou a sentir as dores do parto e teve que ir às pressas para o 
hospital, antecipando o nascimento de seu filho, que passa bem. O fato ocorreu 
na presença de Janaina e Gabriela, que foram ouvidas na delegacia e confirmaram 
o ocorrido. Após a conclusão das investigações, com o inquérito devidamente 
instruído, inclusive com os devidos exames periciais, o delegado remeteu os 
autos ao Ministério Público e, embora estivesse provada a materialidade do delito 
e houvesse indícios da autoria de Jéssica, o órgão há mais de 40 dias se mantém 
inerte. Na qualidade de advogado contratado por Carolina, que está inconformada 
com a situação, redija a peça processual cabível, a fim de que sejam tomadas as 
devidas providências judiciais em desfavor da indiciada. 
 
*Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
*Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
*Tese 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
 
03. Em 04/03/2015, Márcia, esteticista, comprou um aparelho redutor de celulites 
de Tiago, vendedor, por R$1.500,00, ficando acordado que o valor seria 
depositado na conta dele em até 60 (sessenta) dias após a venda. Cinco dias após 
a data combinada, haja vista não ter sido efetuado nenhum depósito do valor, 
Tiago compareceu à clínica de Marcia para cobrá-la, porém, ela informou que 
ainda não possuía o dinheiro, pedindo que ele voltasse após 15 dias. Novamente 
no dia do pagamento, o vendedor ao chegar na clínica, foi informado pela 
esteticista que ela ainda não o pagaria naquele dia, pois ela não tinha dinheiro, 
garantindo que depositaria o valor em uma semana. Na data esperada, Tiago 
conferiu sua conta bancária e constatou que por mais uma vez não havia sido 
depositado dinheiro algum, quando, inconformado com o prejuízo, decidiu não 
 
 
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Direito Penal 
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procurar as vias judiciais e resolver ele mesmo a questão. Voltou então à clínica, 
localizada no bairro do Butantã, em São Paulo, procurou o aparelho não pago e o 
levou consigo, em um horário que apenas Amanda e Camile estavam presentes, 
funcionárias de Márcia, que não tiveram coragem de tentar impedi-lo. Quando 
retornou ao seu local de trabalho, a esteticista soube do ocorrido e, indignada 
com a conduta do vendedor de levar o aparelho que havia adquirido e que, 
portanto, era de sua propriedade, procurou você como advogado para que fossem 
tomadas as medidas judiciais cabíveis no intuito de responsabilizar Tiago 
criminalmente pela conduta. Com base somente nas informações de que dispõe 
e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, 
privativa de advogado, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes. 
 
*Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
*Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
*Tese 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
 
04. Gerson da Abadia foi denunciado pelo Ministério Público pelo crime de tráfico 
de drogas, previsto no art. 33 da Lei 11.343/2006, por ter sido capturadotransportando 5 kg de cocaína de Goiás para Minas Gerais. Na denúncia, o 
Ministério Público limitou-se a descrever genericamente os fatos, informando 
apenas que ele foi capturado transportando drogas. O juiz da 1ª Vara Criminal 
Federal da Seção Judiciária de Goiás, entendendo que a denúncia preenchia 
todos os requisitos, notificou o denunciado para se manifestar. Como advogado 
de Gerson, apresente a peça cabível, excetuando-se a possibilidade de Habeas 
Corpus, adotando todas as teses jurídicas cabíveis para garantir a defesa do seu 
cliente. 
 
*Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
*Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
 
 
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*Tese 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
 
05. Fernando, primário, pai de Igor, de 03 (três) anos, comprou um simulacro de 
arma de fogo para seu filho idêntico a uma arma de verdade. Estavam na praça 
brincando com o referido objeto quando o policial Renato, passou e o prendeu em 
flagrante, levando-o para a delegacia, afirmando que ele estava cometendo o 
delito do art. 16 do Estatuto do Desarmamento, tendo Fernando o acompanhado 
amigavelmente, informado que o artefato era de brinquedo e se colocado à 
disposição para esclarecimentos. Após todos os procedimentos de praxe, ao ser 
comunicado da prisão, o juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Goiânia/GO, 
entendeu por bem converter, de ofício, a prisão em flagrante em temporária, por 
considerar imprescindível para as investigações. A defesa impetrou Habeas 
Corpus perante o Tribunal de Justiça do estado de Goiás, requerendo o 
trancamento do inquérito policial e o relaxamento da prisão imposta, tendo o 
tribunal denegado a ordem em votação não unanime, sendo que os 
desembargadores vencedores mantiveram os mesmos fundamentos do juiz da 1ª 
Vara Criminal. Com base nas informações acima, como advogado de Fernando, 
adote as providencias judiciais cabíveis. 
 
*Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
*Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
*Tese 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
 
06. Ivan chegou ao estacionamento de seu prédio, quando se deparou com Taísa 
apontando uma arma para sua vizinha Letícia, dizendo que iria matá-la. Sem 
pensar duas vezes, pegou uma barra de ferro que estava jogada no canto do local 
em que estava, desferindo um golpe letal na cabeça de Taísa. O Ministério Público 
então o denunciou por homicídio simples, conforme previsão no art. 121, caput 
 
 
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do Código Penal. O juiz competente recebeu a denúncia e mandou citar o réu para 
que apresentasse defesa, encerrando-se o prazo sem que ele apresentasse. Ainda 
sem resposta à acusação, o magistrado decidiu por bem dar continuidade ao 
processo, entendendo que a peça era desnecessária, visto que não considerava 
ser caso de absolvição sumária. Na audiência de instrução e julgamento, Letícia 
foi ouvida como única testemunha, afirmando que se não fosse a atitude de Ivan, 
ela certamente teria morrido nas mãos de Taísa. O réu em seu depoimento afirmou 
que somente teve essa atitude porque não visualizou nenhuma outra maneira de 
salvar a vida de sua vizinha. As filmagens do estacionamento, que haviam sido 
requeridas pelo Ministério Público como prova, sendo este pedido deferido pelo 
juiz, demonstravam Taísa já a ponto de atirar em Letícia, quando Ivan atingiu-lhe 
em um golpe letal com a barra de ferro, corroborando com os depoimentos. Ao 
final da instrução probatória, as alegações finais foram realizadas de maneira oral, 
tendo o representante do Ministério Público se manifestado pela pronúncia da ré, 
nos mesmos termos da denúncia, tendo a defesa requerido a absolvição sumária 
do agente. O juiz proferiu decisão de pronúncia contra o réu, colocando em seu 
fundamento que as provas existentes não deixavam nenhuma dúvida de que Ivan 
era o culpado pela morte de Taísa e que ele só a matou dessa forma porque ela 
era mulher, aproveitando-se de sua força masculina, de modo que merece ser 
punido. A defesa foi intimada da referida decisão em 22/01/2016, sexta feira. Com 
base apenas nas informações acima expostas e naquelas que podem ser inferidas 
do caso concreto, na condição de advogado de Ivan, elabore o recurso cabível, 
datando-o no último dia de prazo para sua interposição. 
 
*Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
*Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
*Tese 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
 
07. No dia 23/01/2015, Felipe estava bebendo com os amigos e a namorada no bar 
“Só Chego Amanhã”, quando, em um momento em que já estava completamente 
alcoolizado, foi até Lucas, também presente no local, e iniciou uma discussão, 
dizendo que ele estava encarando a sua namorada. Lucas tentou evitar a briga, 
mas Felipe não quis saber de conversa. Pegou uma garrafa de vodka e quebrou-
a com toda a sua força na cabeça de Lucas, levando-o a óbito. O Ministério Público 
denunciou Felipe pela prática do crime descrito no art. 121, § 2º do Código Penal, 
qual seja, homicídio qualificado por motivo fútil, visto que o delito ocorreu 
 
 
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simplesmente por ter achado que Lucas estava encarando sua namorada, como 
afirmou o denunciado. Citado, o réu apresentou defesa e foi designada a 
audiência de instrução. Durante os debates, o Ministério Público pediu a 
pronúncia do acusado nos termos da denúncia e a defesa pediu a absolvição 
sumária, com base no art. 415, IV do Código de Processo Penal, tendo em vista 
que o agente estava completamente embriagado e fazia jus à isenção de pena do 
art. 28 do Código Penal, sendo inteiramente incapaz de autodeterminar-se de 
acordo com esse entendimento. Ao final, o juiz competente proferiu sentença 
absolutória em favor do réu, acolhendo sua tese de defesa. Tendo sido intimado 
o Ministério Público da decisão, o prazo transcorreu in albis sem a manifestação 
do Parquet. Débora, mãe de Lucas, inconformada com a absolvição daquele que 
matou seu filho, desejandohabilitar-se como assistente de acusação, procura 
você como advogado para garantir que a justiça seja feita. Com base apenas nos 
fatos expostos e excetuando-se a possibilidade de Habeas Corpus, interponha o 
recurso cabível, alegando todas as teses que entender pertinentes para satisfazer 
os interesses de sua cliente. 
 
*Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
*Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
*Tese 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
 
08. Miriam, após ser regularmente processada e julgada, foi condenada a pena de 
12 anos em regime inicialmente fechado, pela prática do crime de tráfico de 
entorpecentes, cometido em 05 de agosto de 2006. Havia sido presa em flagrante, 
tendo sido a prisão convertida legalmente em preventiva, mantendo-se até 04 de 
outubro de 2006. A sentença condenatória transitou em julgado e Miriam iniciou 
o cumprimento de pena em 25 de janeiro de 2007. Em 29 de novembro de 2008, 
diante de atestado de boa conduta emitido pelo diretor do estabelecimento, a 
defesa requereu progressão de regime, sendo o pedido indeferido pelo juízo 
competente, fundamentando que ela ainda não havia cumprido o tempo 
necessário para tal benefício, que de acordo com o art. 2°, §2º da Lei 8.072/90, que 
seria 2/5 da pena. Considerando que você, advogado de Miriam, foi intimado 
dessa decisão em 23 de março de 2015 e com base apenas nas informações acima 
expostas, redija a peça cabível, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes 
a atender os interesses de sua cliente. 
 
 
 
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*Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
*Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
*Tese 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
 
09. Gilberto foi condenado a 8 anos de pena privativa de liberdade, pela prática do 
delito de tortura, tipificado no art. 1º, §1º da lei 9.455/97, pois supostamente, em 
10/05/2009, constrangeu Kelly com o emprego de violência, causando-lhe 
sofrimento físico e mental em razão de discriminação religiosa. A denúncia foi 
recebida em 12/05/2010. Após todo o tramite regular do processo, feita a devida 
instrução, com a acusação pedindo a condenação nos termos da denúncia e a 
defesa pedindo absolvição por negativa de autoria o magistrado entendeu por 
bem condenar Gilberto. A sentença penal condenatória transitou em julgado em 
10/11/2010, devido a não interposição de recurso pelas partes. O condenado 
iniciou o cumprimento de pena e agora pediu a namorada que te procurasse 
informando que, licitamente, conseguiram provas de que realmente não havia 
sido ele o autor do crime, que são as filmagens que comprovam que ele estava na 
loja da operadora “Vivo” no momento do fato narrado pela denúncia, resolvendo 
um problema em sua linha telefônica, tendo passado o dia todo lá. Com base nas 
informações acima, como advogado de Gilberto, redija a peça processual cabível, 
excetuando-se a possibilidade de Habeas Corpus, apresentando todas as teses 
jurídicas pertinentes. 
 
*Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
*Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
*Tese 
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_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
 
 
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10. Eduardo, jogador de futebol, foi denunciado pelo crime de furto, descrito no 
art. 155, caput do Código Penal, pois segundo a denúncia, durante o intervalo de 
um jogo, subtraiu o smartphone de outro jogador no vestuário. Todavia, após o 
trâmite regular do processo, ficou esclarecido na audiência de instrução e 
julgamento que Eduardo apenas pegou o celular do colega porque pensava que 
era o seu, tendo em vista que os aparelhos são idênticos, incorrendo em erro de 
tipo. Na sentença, o magistrado fez a análise dos fatos e acolheu expressamente 
a tese do acusado, qual seja, de erro de tipo, informando que, por consequência, 
o fato típico é excluído, ou seja, não há crime, vez que se trata de erro de tipo 
essencial escusável. Porém, concluiu a sentença dizendo “Por todo o exposto, 
condeno o réu a pena de 2 anos de reclusão, em regime inicial aberto, a ser 
substituída por pena restritiva de direitos, vez que preenchidos os requisitos, nos 
moldes do art. 44 do Código Penal”. A defesa foi intimada da sentença em 18 de 
abril de 2016 (segunda-feira). Como advogado de Eduardo, redija a peça 
processual cabível, excetuando-se a possibilidade de Habeas Corpus, no intuito 
de sanar o possível vício da sentença do juiz. 
 
*Peça 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
*Competência 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
*Tese 
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_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
* Pedido 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
 
QUESTÕES DISSERTATIVAS 
 
01. Considere as duas situações hipotéticas seguintes: 1) Luan, sem animus 
necandi, mas também sem se importar com o que sua conduta ocasionaria, entrou 
em um bar atirando a esmo, de modo que atingiu uma pessoa, que veio a óbito. 2) 
Davi, atirador de facas de um circo há 20 anos, nunca tendo errado uma só mira, 
durante um espetáculo, por uma fatalidade, atinge uma das facas no peito de Ruth, 
sua assistente de palco, vindo a mesma a falecer. Com base nas situações 
apresentadas, responda qual dos agentes agiu com culpa consciente e qual deles 
agiu com dolo eventual, diferenciando os dois institutos. 
 
 
 
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02. Danilo, analista de sistemas, primário e de bons antecedentes, foi denunciado 
pelo Ministério Público por tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/06), pois, 
segundo a denúncia, transportava em seu carro 500g de cocaína. Citado, o réu 
apresentou resposta no prazo legal. Após o trâmite regular do processo e ao fim 
da fase de instrução, o magistrado proferiu sentença condenatória pelo crime em 
questão, reconhecendo, diante das características do réu e do fato, o privilégio do 
§4º do artigo supramencionado, reduzindo a pena em dois terços, condenando-o 
à pena de reclusão de 1 ano e 8 meses. Apesar da pena ser inferior a 4 anos e 
preencher os outros requisitos do art. 44 do Código Penal, que permite a 
substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, o 
magistrado fundamentou que isso não poderia ser adotado no caso do réu, tendo 
justificado sua decisão na expressa vedação que consta do art. 44 da Lei de 
Drogas. Ademais, fixou regime inicialmente fechado, por ser crime equiparado a 
hediondo, com base no art. 2º, §1º da Lei 8.072/90. Com base apenas nas 
informações apresentadas, responda. 
A) qual o recurso cabível para impugnar a sentença em questão? 
B) o que pode ser alegado em favor de Danilo? 
 
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03. Em 10/05/2010, Bartolomeu, então com 68 anos, praticou o crime de vilipêndio 
a cadáver, previsto no art. 212 do Código Penal, sendo prevista para tal conduta 
a pena de detenção de um a três anos, e multa. A instauração do inquérito deu-se 
no mesmo dia, tendo sido a denúncia oferecida em 11/05/2014 e recebida em 
15/05/2014. Citado, Bartolomeu procura você como advogado. 
A) qual a peça processual que deve ser apresentada? 
B) o que deve ser alegado em favor de Bartolomeu? 
 
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04. Guilherme, 25 anos. Juntamente com Tiago, 26 anos, foram denunciados pelo 
crime de associação criminosa em concurso formal com o delito de corrupção de 
menor, por, segundo a denúncia, terem induzido Emerson, 15 anos, a com eles 
praticar o crime de roubo. Em sede de resposta à acusação, no que tange ao delito 
de associação criminosa, alegaram que este não estava configurado, haja vista 
um dos integrantes ser menor de 18 anos não cometer crime, apenas ato 
infracional, não entrando na contagem. Quanto ao delito de corrupção de 
menores, a defesa argumentou que este não pode figurar em concurso formal com 
o crime de associação criminosa, haja vista que ofende o princípio da 
especialidade e da vedação ao bis in idem. Ademais, informaram que os réus não 
haviam efetivamente corrompido o menor, sendo que Emerson já havia praticado 
vários atos infracionais análogos a crimes, inclusive de roubo, devendo-se 
absolve-los com base no art. 397, III do Código de Processo Penal. Levando em 
consideração as informações prestadas, bem como o entendimento dos tribunais 
superiores sobre o assunto, assiste razão a tese de defesa apresentada pelos 
réus? Justifique. 
 
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05. João Lucas, 45 anos, estava cuidando do jardim de sua casa, quando então foi 
abordado por policiais que traziam consigo um mandado de prisão em seu 
desfavor. No intuito de se opor ao cumprimento do mandado, soltou o seu 
cachorro pit bull extremamente feroz da coleira e ameaçou abrir o portão para que 
o animal saísse, caso os agentes não fossem embora de lá. Entretanto, após muita 
dificuldade o mandado foi cumprido. Diante das informações prestadas, 
responda. 
A) nesta situação apresentada, João Lucas cometeu algum crime? Em caso 
afirmativo, tipifique a conduta praticada pelo agente. 
B) caso os policiais tivessem cumprido sem nenhum problema a ordem de prisão, 
mas ao chegar à delegacia João Lucas tivesse tentado evadir-se do 
estabelecimento prisional usando de violência contra um carcereiro, seria 
possível a tipificação em relação a esta nova conduta praticada? 
 
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06. Josefa, primária, 67 anos, adquiriu de João, seu vizinho, um aparelho de DVD 
(média de R$200,00 nas lojas) por R$ 30,00. Posteriormente veio a conhecimento 
do Ministério Público que o objeto havia sido subtraído da casa de Pedro por João, 
mediante violência e grave ameaça às pessoas que lá estavam, fato pelo qual João 
já havia sido denunciado por roubo, hoje com a sentença condenatória já 
transitada em julgado, tendo o réu informado o destino do objeto durante a 
instrução. Sabendo que Josefa havia adquirido o bem, apesar da desproporção 
entre o preço do produto e o valor adquirido, o Ministério Público pretende 
denunciá-la. 
A) qual o crime pode ser imputado a Josefa pela conduta praticada? 
B) caso venha a ser denunciada, o que poderá ser alegado em seu favor? 
 
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07. Tales, ao chegar no fórum da cidade de Itapipoca – CE,indignado, por 
questões ligadas a futebol, com o seu vizinho Mateus, analista judiciário lotado 
naquela repartição, objetivando atingir a honra social do mesmo, comentou com 
a colega de trabalho deste, aproveitando-se do fato de que ele não estava 
presente, que considerava Mateus um imprestável e fofoqueiro. Considerando a 
situação apresentada, responda. 
A) qual o delito praticado por Tales? 
B) se ao invés de chamar Mateus de imprestável para sua colega de trabalho, Tales 
tivesse dito tal coisa pessoalmente ao analista judiciário durante o atendimento, 
o delito seria o mesmo? 
C) qual a natureza da ação penal cabível no caso concreto e de quem seria a 
legitimidade para seu exercício? 
 
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08. Danilo foi denunciado por furto simples, pois, segundo a denúncia, havia 
furtado a carteira de Jeferson enquanto este passeava pela rua 25 de março. A 
 
 
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denúncia foi recebida e, após a citação, o réu apresentou defesa no prazo legal. 
Durante a audiência de instrução, verificou-se que depois de ter subtraído a 
carteira, a vítima percebeu e tentou reagir, tendo Danilo utilizado de violência e 
grave ameaça para permanecer com a coisa. Diante exclusivamente das 
informações narradas, pergunta-se: 
A) qual foi o crime efetivamente praticado por Danilo? 
B) diante da necessidade de alteração do fato em razão da prova colhida durante 
o processo, poderá o juiz realizá-la de ofício? Em caso positivo, justifique. Em 
caso negativo, que procedimento deve ser adotado pelo magistrado? 
 
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09. Tião praticou o delito de furto de coisa comum, previsto no art. 156 do Código 
Penal, tendo sido beneficiado pela homologação de transação penal na audiência 
preliminar no Juizado Especial Criminal, ficando acordado que este prestaria 
serviços à comunidade por 5 sábados durante 1 hora por dia. Como consequência 
da medida, a infração não importará em reincidência nem constará na folha de 
antecedentes do agente. Caso descumprido o acordo de transação, mesmo após 
homologado, pode o Ministério Público vir a oferecer denúncia contra Tião pelo 
delito supracitado? 
 
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10. Luís foi denunciado pelo crime de moeda falsa perante a Justiça Federal, por 
supostamente ter tentado pagar a caixa do supermercado com notas falsificadas, 
sendo demonstrado durante as investigações que ele mesmo as fabricou. 
Segundo a denúncia, a falsificação era tão grosseira que a funcionária do caixa 
do supermercado começou a rir, dizendo que aquela nota não enganava ninguém, 
avisando imediatamente a polícia. A denúncia foi recebida e Luís foi citado dia 
04/01/2016. 
A) que peça de defesa deve ser apresentada e qual o último dia para sua 
interposição, considerando que o réu foi citado em 04/01/2016 (segunda feira)? 
B) que tese defensiva pode ser suscitada para que o réu seja absolvido 
sumariamente? 
 
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11. A Polícia Federal recebeu denúncias que Jandir estava cometendo o delito de 
descaminho, iludindo o pagamento de imposto devido pela entrada de 
mercadorias no país. Sem autorização judicial, o delegado interceptou os 
telefones do suspeito, descobrindo que as denúncias eram verídicas. Em face das 
informações obtidas, organizaram uma “blitz” na estrada em que o suspeito 
passaria e conseguiram pegá-lo, apreendendo com o mesmo todas as provas da 
prática delituosa. Foi apurado que o valor do tributo suprimido totalizou R$ 
15.000,00 (quinze mil reais). O Juiz, ao receber a denúncia, ordenou que fossem 
desentranhados dos autos todos os documentos referentes às informações 
obtidas através da interceptação, haja vista que são ilegais, nos termos do art. 
157 do Código de Processo Penal. Todavia, aceitou as provas obtidas através da 
blitz, por considerar uma operação legítima. Após, o réu foi citado para oferecer 
defesa. De acordo com as informações acima expostas e o entendimento do 
Supremo Tribunal Federal sobre o assunto, aponte quais teses podem ser 
alegadas por Jandir em sede de resposta a acusação. 
 
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12. Tadeu, grande empresário, reincidente específico, foi denunciado pela prática 
do delito de tráfico de influência, previsto no art. 332 do Código Penal. Durante a 
instrução, após a notícia de que o réu planejava deixar o país e ir para uma casa 
que possuía no exterior, entendendo provável que isso realmente ocorresse, o 
juiz decretou de ofício, a prisão temporária de Tadeu. Considerando o caso 
hipotético apresentado, responda. 
A) a decretação de prisão temporária no caso em tela foi correta? Justifique. 
B) seria cabível outra modalidade de prisão? 
 
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13. Luciano foi denunciado por tentativa de homicídio porque, segundo a 
denúncia, tentou matar Rute, uma ex namorada que lhe traiu. Ao fim da primeira 
fase dos procedimentosdo júri, Luciano foi pronunciado nos termos da denúncia. 
 
 
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Na sessão em plenário, Luciano informou que jamais tiraria a vida da pessoa que 
mais amou, relatando que queria apenas fazer com que Rute lhe explicasse o 
motivo da traição. Tendo em vista que procurou a moça amigavelmente e esta 
recusou-se a falar com ele, pegou-a pelo braço fortemente e a arrastou para uma 
casa abandonada que havia perto do local em que a encontrou, privando-a de sua 
liberdade por cerca de 05 horas. Após aproximadas 04 horas, Rute tentou evadir-
se do lugar, quando Luciano, no intuito de impedi-la, a empurrou, provocando 
lesão corporal de natureza leve na ex namorada, conforme os laudos periciais 
anexos aos autos, afirmando ainda que, em momento algum, agiu com animus 
necandi ou fez ameaça de morte à moça, liberando-a posteriormente. A partir da 
situação apresentada, responda. 
A) qual(is) foi(ram) o(s) delito(s) efetivamente praticado(s) por Luciano? 
B) caso ocorra a desclassificação da tentativa de homicídio para o(s) delito(s) 
apresentado(s) na resposta anterior, a quem competirá julgá-los? 
 
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14. Alexandre, condenado pela prática do delito de contrabando com sentença já 
transitada em julgado, foi denunciado pelo crime de lavagem de dinheiro, por ter 
dissimulado a origem dos valores obtidos com a infração anterior. Diante da 
existência de fortes indícios da efetiva prática do crime ora denunciado, o juiz, de 
ofício, decretou o sequestro de bens e valores do acusado, que se enquadravam 
como proveitos do crime de contrabando. Contudo, o magistrado entendeu que 
era desnecessária a oitiva do representante do Ministério Público. 
A decisão do magistrado está integralmente correta? Justifique. 
 
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15. Juan, confiante em suas habilidades como motorista, dirigia seu carro em alta 
velocidade rumo a Taguatinga, quando, por uma fatalidade, atropelou Mônica, que 
veio a óbito imediatamente, sendo denunciado pela pratica de homicídio simples, 
nos termos do art. 121, caput do Código Penal. Recebida a denúncia, apresentada 
a defesa e após a instrução, o magistrado entendeu por bem pronunciar o réu pelo 
crime em questão. 
A) qual o recurso cabível contra a decisão? 
B) considerando exclusivamente os dados apresentados na questão, o que 
poderá ser alegado em favor do acusado no referido recurso? 
 
 
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16. Carlos Eduardo, conhecido no bairro em que mora por ser o braço direito de 
Beto, o chefe do tráfico, foi preso em flagrante portando em seu carro 5 kg de 
cocaína, 10 kg de maconha e 50 comprimidos de ecstasy no Rio Grande do Sul 
(RS). Preso em flagrante, afirmou no momento da lavratura do auto, na presença 
de seu advogado, que seu objetivo era transportar a droga até Mato Grosso do 
Sul (MS). Informou ainda que isso fazia parte de uma operação de Beto, dando 
informações verossímeis a respeito da localização de Beto e sobre onde ele 
guardava a droga, colaborando voluntariamente com as investigações. Com base 
nas informações expostas, responda. 
A) de quem é a competência para processamento e julgamento do crime narrado? 
B) qual tese de defesa pode ser alegada em favor de Carlos Eduardo, visando a 
redução de sua pena? 
 
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17. Flavia, primária, foi denunciada pela prática do delito descrito no art. 122 do 
Código Penal, tendo em vista que ao se deparar com Armando no último andar do 
shopping ameaçando cometer suicídio, o instigou a se jogar, dizendo que a vida 
dele não valia nada mesmo e que faria um favor ao mundo caso morresse. Por 
fim, Armando realmente decidiu dar cabo à própria vida, se jogando de lá e vindo 
a óbito no mesmo instante. Pronunciada e posteriormente condenada em plenário 
do Tribunal do Júri, o juiz proferiu a sentença condenatória, fixando a pena em 3 
anos e 6 meses de reclusão, a serem cumpridos sob regime inicialmente fechado, 
nos moldes do art. 2º, §1º da Lei 8.072/90, tendo em vista a hediondez do delito 
praticado, por se tratar de crime doloso contra a vida. Com base nas informações 
expostas, pode se dizer que, no tocante ao regime fixado, foi correta a sentença 
do magistrado? 
 
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18. Heitor, 6 anos de idade, portador da Síndrome de Asperger, acompanhado de 
seu representante legal, dirigiu-se à Escola Infantil Criança Feliz, no intuito de 
matricular-se no quadro de alunos, oportunidade a qual teve sua matrícula 
sumariamente negada por Tereza, diretora da referida instituição de ensino, em 
evidente razão de seu desenvolvimento incompleto ou retardado. À luz da 
legislação vigente, Tereza cometeu algum crime? Justifique a sua resposta. 
 
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_____________________________________________________________________19 - Airton, dono de uma empresa renomada de perfumes, negou emprego a 
Marcos, sob o argumento de que não contrata pessoas da religião X. Diante 
exclusivamente da informação citada, pergunta-se: 
A) qual o crime praticado por Airton? 
B) se, em outra ocasião, Airton chamasse Marcos, integrante da religião X de 
safado, no intuito de ofender a sua honra, a conduta caracterizaria o mesmo crime 
da pergunta anterior? Justifique suas respostas de acordo com os dispositivos 
legais pertinentes ao caso. 
 
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20. Benedito, 67 anos, ao sair para fazer sua caminhada de todas as tardes, passou 
por uma calçada em que haviam derramado um líquido escorregadio, o que 
ocasionou a sua queda e lhe fez fraturar a perna direita. Mauro, que passava pela 
rua no momento, foi abordado por Benedito, que lhe pediu ajuda, para que ao 
menos ligasse para pedir socorro à autoridade pública competente. Mauro, 
podendo agir e com seu celular na mão, informou que não o ajudaria, nem faria 
ligação alguma, dizendo que não tinha nada a ver com a queda de Benedito. 
Considerando a situação hipotética apresentada, responda. 
A) qual o crime praticado por Mauro? 
B) qual o tipo de ação penal prevista para o crime praticado? 
Responda às indagações com a respectiva fundamentação legal. 
 
 
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