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INSTITUTO FEDERAL DO ESPIRITO SANTO - IFES COORDENAÇÃO DO CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA BRENDA MERCIER DA SILVA Prática n° III (11/05/2016), Grupo (G1): DETERMINAÇÃO DE ACIDEZ EM ALIMENTOS Disciplina: Análise de Alimentos Professor: José Augusto Brunoro Costa VILA VELHA MAIO – 2016 INTRODUÇÃO A acidez em alimentos pode ser estimada facilmente através da titulação de amostras devidamente preparadas com soluções de hidróxido de sódio padronizadas. Para a determinação titulométrica da acidez existem dois métodos básicos: Acidez total titulável e acidez volátil. Os resultados são sempre expressos em termos do ácido predominante no alimento que está sendo analisado. Acidez total titulável é o que faremos cujo, o procedimento usual de determinação consiste na titulação de uma alíquota da amostra por uma base forte de concentração conhecida. O final da titulação é determinado por um indicador ou pelo uso de um pHmetro. O indicador mais recomendado é a fenolftaleína. Algumas vezes, o uso de indicadores é inconveniente, devido à presença de pigmentos, principalmente antocianinas. Estes pigmentos mudam de cor com a alteração do pH. Neste caso, a melhor opção é o uso do pHmetro. Quando se faz uso do pHmetro, o ponto é entre pH 8 e 10, dependendo do ácido predominante no material em análise. A acidez total é determinada em diversos alimentos, tais como refrigerantes, sucos, vinhos, farinhas, leite, creme, iogurtes etc. E nesta prática, faremos o procedimento para a determinação da acidez titulável do suco (néctar) de uva. OBJETIVOS Determinar a porcentagem de ácidos do suco (néctar) de uva, delValle light, através da titulação com uma base forte. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 1. MATERIAIS E REAGENTES Suco (néctar) de uva delValle light; Pipeta volumétrica de 10 mL; Erlenmeyer; Béquer ; Bureta de 25 mL; NaOH 0,01 M e 0,1 M; Água destilada Proveta de 50 mL Fenolftaleína 2. PROCEDIMENTO Pipetou-se 10 mL de suco de uva, e o diluiu em 50 mL de água destilada. Encheu-se a bureta com solução de NaOH 0,01 M padronizado e fez-se a titulação com o auxilio da fenolftaleína para notar o ponto de equivalência. Notou-se que houve um gasto muito grande de solução na primeira titulação, então prosseguimos usando NaOH 0,1 M padronizado. Fez-se os cálculos da porcentagem dos ácidos na amostra. RESULTADOS E DISCUSSÕES Como o ácido em questão e a base reagem estequiometricamente, podemos aplicar o princípio da equivalência, ou seja: Número de equivalentes de ácido = Número de equivalentes da base, ou também podemos usar uma equação já descrita com essa teoria. Os sucos são provenientes de frutos diferentes, logo, cada tipo tem seu próprio ácido predominante, no suco de uva seu ácido predominante é o tartárico, mas também pode-se usar o acido cítrico em néctares. Com base nisso calculamos o índice de acidez de duas formas, usando o ácido cítrico e o tartárico. Ácido cítrico Valores do ponto de viragem: V1,V2 e V3 foram gastos 4,8 mL de NaOH 0,1 M (não foi tirado uma média, todas as três titulações deram 4,8 mL). Equação do ácido cítrico com NaOH: C6H8O7 + 3NaOH → 3H2O + C6H5O7Na3 Relação molar – 1 mol de ácido = 3 mols de base Massa molar do ácido = 192 g/mol Cálculo C=n/v 0,1=n/4,8 n=4,8x10 -4 /3 n=1,6x10 -4 mol de ácido 192g -------- 1 mol de ácido X -------- 1,6x10 -4 mol de ácido x= 0,03072g 0,03072 ------- 10 mL X ------- 100 mL x= 0,31% (m/v - g/100mL) A porcentagem de ácido cítrico obtida foi de 0,31% (g/100mL). Ácido tartárico Ácido tart.=(Vb)x(CNaOH)( )x100 (1000)x(Vam) Onde: Vb – volume da base em mL de solução de NaOH usada CNaOH – concentração do NaOH usado Vam – volume em mL da amostra titulada Valores do ponto de viragem: V1,V2 e V3 foram gastos 4,8 mL de NaOH 0,1 M (não foi tirado uma média, todas as três titulações deram 4,8 mL). Equação do ácido tartárico com NaOH: C2H4O2(COOH)2 + 2NaOH → C2H4(COONa)2+2H2O Relação molar – 1 mol de ácido = 2 mols de base Massa molar do ácido = 150,09 g/mol Cálculo Ácido tart.= (4,8)x(0,1)( )x100 (1000)x(10) Ácido tart.= 3602,16 = 0,36% (m/v - g/100mL) 10000 A porcentagem de ácido tartárico obtida foi de 0,36% (g/100mL). CONCLUSÃO O suco (néctar) de uva analisado encontra-se dentro dos padrões estabelecidos pela legislação brasileira em vigor, pois nela é permitido até 0,4% (g/100 mL) de ácido tartárico em suco de uva e néctar de uva, e o nosso suco obteve 0,36% (g/100 mL) de ácido tartárico. E de ácido cítrico ela obteve 0,31% (g/100 mL) sendo o quantum satis como “limite/padrão”, isto é, a quantidade necessária para obter o efeito tecnológico desejado desde que não altere a identidade e a genuinidade do produto, estando assim aprovado em ambas as analises. REFERÊNCIAS 1. Roteiro de analise de alimentos – Acidez em alimentos – prática 3 2. http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/1cac3e004edacb17a9e8ab8a610f4177/R DC+N+08++2013+Aditivos+frutas+e+vegetais.pdf?MOD=AJPERES
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