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Propedêutica Clínica – Exame Semiológico do Aparelho Urinário e Genital Masculino Exame Semiótico do Sistema Urinário Anatomia Composto por Rins, ureteres, bexiga e uretra. Anamnese – O que é importante perguntar? Tá bebendo água? Quantas vezes urina por dia? Quantidade de urina? Dificuldade de urinar? Coloração da urina? Frequência, volume, histórico de doenças pré existentes e sinais relacionados a outros órgãos. Animal, por exemplo, tem aumento de próstata que comprime a uretra e impede a passagem da urina. Tem acesso à plantas tóxicas? Plantas tóxicas podem causar hematúria por conta de sua ingestão. Felinos têm pré disposição a ter obstrução da uretra por tampões, o que impede a passagem de urina, causando retenção. Raças de cães como Lhasa apso e Shih Tzu têm pré disposição a apresentar displasia renal. Idade: Inconcitnência urinária associada a cadelas jovens – ureter ectópico ou adulta – hormonal. Incontinência Urinária. Retenção Urinária. É importante saber qual o ambiente que o animal vive, tem acesso. Locais alagadiços podem ser pré disponentes a leptospirose. Exame Clínico Específico Inspeção Palpação RIM – Cão O rim direito é mais cranial e o esquerdo é mais caudal. O esquerdo é mais fácil de ser avaliado, o direito normalmente fica sob o gradil costal. No bovino palpa-se o rim esquerdo do lado direito por conta do rúmen. Possuem formato de grão de feijão e unilobulares. Palpação com mão em formato de oração, palpando com as pontas dos dedos. RIM - BOVINO O rim é multilobulado. Direito retroperitoneal/impressão no fígado. RIM – EQUINO Rim direito é retroperitoneal, e mais cranial que o esquerdo, impressão no fígado. Unilobulares. Na Palpação Ambos estão palpáveis? Estão na localização certa? Estão com tamanho normal ou tem algum alteração? (neoplasia, policístico). Qual o formato? Consistência? Sensibilidade? URETERES Canal que faz ligação entre rim e bexiga para passagem da urina. Processos obstrutivos (neoplasias, urólitos) Rupturas Radiografia contrastada permite melhor avaliação em pequenos Megaureter (grandes – palpação retal) Ureterite BEXIGA Palpação externa: Cães Palpação Interna: Grandes (Difícil – Vazia) Posição Grau Distensão Espessamento Parede Sensibilidade Palpação bexiga em cães: quadrante abdominal caudal (lisa-pera). Hipogástrica medial. Difícil palpação em obesos/vazia. Pode palpar por baixo ou lateralmente. Como exame complementar pode-se fazer uma USG para avaliação da bexiga. URETRA Canal que liga a bexiga ao meio externo para eliminação da urina. Em machos é mais fácil avaliar a uretra através da sondagem, na fêmea é mais difícil encontrar o orifício uretral pois tem que passar o espetro. Palpação/Inspeção Machos – Arco isquiático até o ósteo peniano (cães). Fêmeas – COLETA DE URINA Micção espontânea Em bovinos, pode-se estimular através de massagem do prepúcio (limpo). Cistocentese Cateterização Urinária – Macho (Sonda). Expor o pênis do animal e utilizar a sonda adequada. Puxar com a seringa. Coleta de urina em equinos. Coleta de urina em éguas. *Vacas têm divertículo suburetral, que pode ser um problema para a passagem de sonda. Exame Semiótico do Aparelho Genital Masculino Anamnese (Rebanho/Individual) Estado Sanitário - Tem determinadas doenças que provocam alterações no sistema reprodutor. É importante saber se o rebanho está vacinado contra determinadas doenças. Manejo do rebanho/Animal. (Estábulos/Cosanguinidade). Alimentação (gossipol-algodão-infertilidade). Fertilidade (Doenças Infecciosas) – Incapacidade couendi (incapacidade de copular) e generandi (incapacidade de gerar, infertilidade). Mudanças ambientais? Tratador? Anamnese (Reprodutor) Lesões, medicações (dexametasona – pode causar infertilidade por degeneração testicular). Reprodutor comprado? Certificado? Pode cobrir? Nº de fêmeas que ele cobre? Ereção e Penetração? Libido Comportamento de monta (cão doença vertebral, traumas psíquicos). Solto? Estabulado? Doenças anteriores? Locomotor? Monta correta? Exame dos Órgãos Genitais Externos Inspeção Palpação Bolsa escrotal – Palpação Assimetria (Formação pregas) Mobilidade Músculo Cremaster Pelagem e pele (cor, odor, temperatura, edema, prurido, aumento de volume, infestação parasitária, sensibilidade). Testículo Função de síntese de espermatozoides e testosterona. Bovino (tamanho é documento). Quanto maior o testículo, melhor reprodutor ele vai ser. Pode-se medir a circunferência com fita ou através do balde milimetrado com água, o quanto deslocar com água, vai ter uma relação com o diâmetro. Equino até dois anos é considerada normal a não descida dos testículos. Após esse período, caso não desçam, aí sim o animal pode ser considerado critorquida. A consistência é de um bíceps firme. Mobilidade normal. Aumento de temperatura pode indicar orquite. Degeneração testicular pode ocorrer por conta do calor ou excesso de parasitas. Epidídimo Tem cabeça, corpo e cauda. Na cauda dele ficam 80% dos espermatozoides maduros, qualquer alteração nele mata os espermatozoides. Avalia-se através da Inspeção e Palpação o tamanho, forma, consistência, mobilidade, temperatura, sensibilidade. Epididimite – inflamação do epidídimo. Cordão Espermático Onde passa vasos, plexo pampiniforme, artéria, ducto. Inspeção e Palpação. Avalia-se tamanho, simetria, consistência, mobilidade, temperatura, sensibilidade. Funiculite de castração – abertura por conta de uma inflamação onde sai secreção após uma castração. Torção do cordão espermático que tem necrose e hemorragia. Prepúcio Avalia-se a posição normal de 45º, não pode ser muito mais do que isso senão, com o aumento da idade, pode encostar no chão e causar lesões (Acropostite). Exame externo do Prepúcio: Pele fina, elástica e móvel. Tecido subcutâneo: cor, temperatura, edema, prurido, hematoma próximo testículo (pênis-monta), infestações parasitas/micótica, cálculos. Pênis Inspeção e Palpação Exposição do pênis – Excitar o animal (animal cio), manualmente ou tranquilizantes, eletroejaculador, massagem retal. Quando o pênis tiver exposto, avalia-se: Mucosa – Rosa-pálida a rosa. Corrimento ... Particularidades Cão – Osso peniano. Suíno – Pênis espiralado. Equino – Processo uretral. Felino – Espículos de roseira. Bovinos – S peniano dificulta a exposição do pênis. Exame Interno – Glândulas Acessórias Vesículas seminais/Glândulas vesiculares Próstata Glândulas bulbouretrais Cão só tem a próstata entre as três. Palpação próstata – Palpação retal combinada com palpação abdominal caudal. Avalia-se tamanho, forma, consistência, posição e sensibilidade. Hiperplasia prostática – Cães. Exames Complementares Coleta de sêmen, USG, Swab no prepúcio/pênis, exame de sangue, termografia testicular. Exploração Semiótica do Aparelho Genital Feminino e Glândula Mamária Genitália Feminina Vulva (exame externo) Vagina (Palpação/Vaginoscópio) Cérvix Útero (cadelas:abdominal) Tubas uterinas (ovidutos) Ovários Identificação do Paciente Idade: Maturidade sexual (raças menores – 10 meses. Maiores – 18-24 meses) Raça (Cio): Geralmente Basenji (1/ano). Animais de pelo longo – difícil observar cio. Anamnese Rebanho/Família Sistema de criação e produção Alimentação (ração, suplementação) Intervalo de partos Índice de Fertilidade Abortamentos? Importante! Doenças prévias. Manejo sanitário rebanho. Fertilidade dos machos. Anamnese Individual Datas cio/cruzamento/partos Corrimentos? Doenças reprodutivas? Tratamento hormonal Fertilidade Aborto Exame externo Inspeção – Pode avaliar setem corrimento, edema, condição corporal do animal, conformação perineal pélvica (importante nas éguas pois se tiver com angulação não desejável as fezes podem cair na vagina e causar infecção ou pneumovagina – entrada de ar). Prolapso de útero. Pseudo hermafrodita. Freemartinism: Gestação gemelar de macho e fêmea em bovino. A fêmea quando nascer vai nascer com sinais de macho, com pêlos, infértil. Essa gestação não é desejável. Hiperplasia vaginal, prolapso de vagina. Pseudogestação. Genitália Externa Vulva Clítoris Vestíbulo vaginal/Vagina VULVA Para avaliação abre-se os lábios vulvares para avaliação da mucosa, etc. Inspeção Posição (Éguas – angulação) Mucosa vulvar Tamanho Simetria dos lábios Zearalenona: micotoxina – milho – estrógeno. Essa toxina presente no milho faz com que o animal comece a apresentar sintomatologia de cio. Corrimento translúcido – Cio. VESTÍBULO VAGINAL/VAGINA Espéculo vaginal para avaliação mais precisa. Lábios e vulva são separados. Vaginoscópio Espéculo vaginal e lanterna Umidade (seca, úmida, acúmulo de líquido) Mucosa vaginal Ferimentos, tumores Coleta de material Swab Espéculo Polanski – Éguas. Espéculo tubular – Vacas. Pode-se usar o Polanski também. Palpação Cadelas: digital (dorso cranial) Estenose. CERVIX Repousa no assoalho da pelve. Éguas é mais difícil a palpação. Na vaca tem anéis cervicais. Palpação/Vaginoscopia (Só entrada). Palpação, avalia-se: Tamanho: Alargamento (inflamação/aborto) Amolecimento, edema, encurtamento, alongamento? ÚTERO Transporte espermatozoide odo ponto de ejaculação até fertilização no oviduto, regulação CL, gestação. Palpação, avalia-se: Tamanho, simetria, consistência e contratilidade, motilidade, conteúdos útero. Geralmente quando o animal está no estro ele fica mais esticado e consegue-se palpar melhor os ovários. Os conteúdos que pode-se observar: Pus, gás urina. Feto vivo, morto, macerado, mumificado, enfisematoso. Quantidade? Consistência (mole, firme). TUBA UTERINA/OVIDUTO Canal de liga útero até ovário. Na palpação, avalia-se: Consistência (duros, espessados e com nódulos). OVÁRIO Palpação, avalia-se: Toda superfície. Aderida ao corno uterino: ligamento uterovariano. Massa firme, arredondada. Folículo. Corpo lúteo. Tamanho, que vai variar de espécie para espécie. Inflamação do ovário se chama: oovarite (pesquisar, prova!). Exames complementares: cultura e swabs vaginais, citologia de esfregaço vaginal (ciclo estral), endoscopia vaginal (mucosa vaginal, vestíbulo e vulva), dosagem hormonal, biópsia e USG. Mamário Anamnese Produção leiteira. Doença prévia úbere. Tipo de estabulação. Técnicas de ordenha/higiene Neoplasias Vacias para esterilização Agalactasia (ausência de leite) Galactoestase (acúmulo anormal de leit nos ductos). Inspeção Glândulas Tamanho, localização, formato. Observa-se todos os lados (cada quarto/tetos). Ver se há presença de escoriações, úlceras, lesões. Coloração, neoplasias, secreções. Formato do Úbere – 4 tetos de tamanhos iguais é o formato ideal. Um formato mais abdominal, mais longo, pendentes, em degrau são formatos não ideais. Modificação do Formato dos Tetos. Assimetria do Úbere. Aumento de Volume. Mastite: aumento de volume, alteração de cor. Gangrena. Teste de gordê(?) para avaliação de edema. Tetas supranumerárias: não é bom. Pele do Úbere Avalia-se: Temperatura, sensibilidade, endurecimento, elasticidade, crostas, feridas, abcessos. Palpação Úbere/Tetos Palpação do úbere e de cada teto individualmente. Avalia-se: consistência e elasticidade do parênquima, sensibilidade, temperatura, linfonodos que normalmente ficam aumentados quando há neoplasias. Palpação dos tetos/cisternas Palpação da cisterna da glândula; Palpação da cisterna do teto; Palpação do canal do teto; Palpação indireta (fístulas lácteas) Palpação indireta do teto: Sondas para verificar se é teto acessório oi fístula. Sondas se encontram? Fístula. Não se encontram? Teto acessório. Canal do Teto Edema Lesão Neoplasia Sensibilidade Ligamento Suspensório Fica no meio do úbere, sustenta o úbere. Avaliar se há ruptura. Exames Complementares Teste Califórnia mastite, contagem de células somáticas, cultura bacteriológica, termografia.
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