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Legislação Previdenciária 2016 1.0 Seguridade Social (arts.194 a 203 da CF) 1.1 Conceito: “a seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. (art.194 da CF) 2.0 Objetivos: (art.194, parágrafo único, CF) I - universalidade da cobertura e do atendimento; • A proteção da seguridade social deve abranger todos os riscos sociais; • Todos devem estar cobertos pela proteção social. II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; • As prestações devem ser fornecidas a quem realmente necessitar, desde que se enquadre nas situações que a lei definir. IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; V - equidade na forma de participação no custeio; • Leva-se em consideração a capacidade de cada contribuinte. VI - diversidade da base de financiamento; VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) Seguridade Social (arts.194 a 203 da CF) A. Saúde (arts.196 a 200 da CF) B. Assistência Social (arts. 203 e 204 da CF) C. Previdência Social (arts.201 e 202 da CF) A) Saúde (arts. 196 a 200 da CF) • É direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. • Independe de filiação e de contribuição; • Independe da condição financeira do beneficiário • Lei 8.080, de 19.09.1990, dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providencias; • Execução dos serviços de saúde: Sistema Único de Saúde – SUS, vinculado ao Ministério da Saúde. B) Assistência Social (arts. 203 e 204 da CF) • A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social (art. 203 da CF) • Objetivos: • I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; • II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; • III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; • IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; • V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. (Lei 8.742, de 07 de dezembro de 1993) Benefício Assistencial - BPC • V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. (Lei 8.742, de 07 de dezembro de 1993) • O Benefício da Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social (BPC/LOAS) é a garantia de um salário mínimo mensal ao idoso acima de 65 anos ou ao cidadão com deficiência física, mental, intelectual ou sensorial de longo prazo, que o impossibilite de participar de forma plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas. • Não é benefício previdenciário; • Concessão e administração são realizadas pelo próprio INSS – princípio da eficiência administrativa; • Principais requisitos: • Para o idoso: idade superior a 65 anos, para homem ou mulher; • Para a pessoa com deficiência: ser pessoa com deficiência física, mental, intelectual ou sensorial que impossibilite o titular de participar de forma plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas que não possuam tal impedimento; • Possuir renda familiar de até 1/4 do salário mínimo em vigor, por pessoa do grupo familiar (incluindo o próprio requerente). Esta renda é avaliada considerando o salário do beneficiário, do esposo(a) ou companheiro(a), dos pais, da madrasta ou do padrasto, dos irmãos solteiros, dos filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que residam na mesma casa.; • Possuir nacionalidade brasileira; • Possuir residência fixa no país; • Não estar recebendo benefícios da Previdência Social. • Termo final: • Quando a pessoa com deficiência exercer atividade remunerada; • Superadas as condições que deram origem ao beneficio; • Constada irregularidade na concessão ou utilização; • Data da morte do beneficiário ou a morte presumida, declarada pelo juiz; • Em caso de ausência do beneficiário, declarada judicialmente. http://www.mtps.gov.br/servicos-do-ministerio/servicos-da-previdencia/beneficios-assistenciais-e-de-legislacao- especifica/beneficio-assistencial-ao-idoso-e-a-pessoa-com-deficiencia-bpc-loas Questões C. Previdência Social (arts.201 e 202 da CF) 2.0 CONCEITO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL: é o “seguro” do trabalhador brasileiro, pois lhe garante reposição de renda para seu sustento e de sua família, por ocasião de sua inatividade, em casos de doença, acidente, gravidez, prisão, morte e velhice. 2.1 FONTES DO DIREITO PREVIDENCIÁRIO • 2.1.1 CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88 • Título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais • Capítulo II – Dos Direitos Sociais (Art.6º, caput): “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015) • Título VIII – Da Ordem Social • Capítulo II – Da Seguridade Social (arts. 193 a 204): “seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”. • 2.1.2 Lei 8.212/91: Dispõe sobre a organização da seguridade social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências. • 2.1.3 Lei 8.213/91: Dispõe sobre os planos de benefícios da previdência social e dá outras providências. • 2.1.4 Decreto nº 3.048/99: aprova o regulamento da previdência social e dá outras providências. 2.2 Princípios e objetivos da previdência social art.2º da Lei 8.213/91) • I - universalidade de participação nos planos previdenciários; • II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; ex: proibição de adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria no RGPS • III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios; • IV - cálculo dos benefícios considerando-se os salários-de-contribuição corrigidos monetariamente; • V - irredutibilidade do valor dos benefícios de forma a preservar-lhes o poder aquisitivo; • VI - valor da renda mensal dos benefícios substitutos do salário-de-contribuição ou do rendimento do trabalho do segurado não inferior ao do salário mínimo; • VII - previdência complementar facultativa, custeada por contribuição adicional; • VIII - caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a participação do governo e da comunidade, em especial de trabalhadores em atividade, empregadores e aposentados. 2.3 Organização, características e cobertura Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá,nos termos da lei, a: I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; (lei n° 7.998/90) não tem vinculação previdenciária; incumbência do Ministério do Trabalho. IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º. § 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. 2.4 Regime da Previdência Social Previdência Social Regime Básico Caráter obrigatório Regime Geral (RGPS) – art.201/CF Regime próprio dos servidores públicos civis (RPPS) - art.40/CF Regime próprio dos servidores públicos militares – art. 42/CF Regime Complementar (art.202, CF) Caráter facultativo Previdência Aberta Previdência Fechada 2.4.1 Regime previdenciário do ponto de vista financeiro Do ponto de vista financeiro Capitalização Técnicas financeiras de seguro e poupança individual coletiva Repartição simples solidariedade 2.5 Regime Geral da Previdência Social - RGPS 2.5.1 Conceito: é o regime básico de previdência social, sendo de aplicação compulsória a todos aqueles que exercem algum tipo de atividade remunerada, exceto se esta atividade já gera filiação a determinado regime próprio. A Previdência Social é o seguro social para a pessoa que contribui. É uma instituição pública que tem como objetivo reconhecer e conceder direitos aos seus segurados. A renda transferida pela Previdência Social é utilizada para substituir a renda do trabalhador contribuinte, quando ele perde a capacidade de trabalho, seja pela doença, invalidez, idade avançada, morte e desemprego involuntário, ou mesmo a maternidade e a reclusão. Sua missão é garantir proteção ao trabalhador e sua família, por meio de sistema público de política previdenciária solidária, inclusiva e sustentável, com o objetivo de promover o bem-estar social e tem como visão ser reconhecida como patrimônio do trabalhador e sua família, pela sustentabilidade dos regimes previdenciários e pela excelência na gestão, cobertura e atendimento. (http://www.previdencia.gov.br/a- previdencia/) 2.5 Regime Geral da Previdência Social - RGPS INSS autarquia federal Personalidade jurídica de direito público Ministério do Trabalho e da Previdência Social 2.5.2 Quanto às prestações previdenciárias, podem ser divididas em: benefícios e serviços. Prestações Previdenciárias Benefícios Previdenciários Serviços Prestações Previdenciárias Segurados Dependentes Segurados e dependentes a) aposentadoria por invalidez; b) aposentadoria por idade; c) aposentadoria por tempo de contribuição; d) aposentadoria especial; e) auxílio-doença; f) salário-família; g) salário-maternidade; e h) auxílio-acidente; a) pensão por morte; e b) auxílio-reclusão; reabilitação profissional. 2.6 Beneficiários da Previdência Social (art. 10 do PBPS) 2.6.1 Beneficiários da Previdência Social são sujeitos ativos da relação jurídica cujo objeto seja o recebimento de prestação de natureza previdenciária, ou seja, pessoas naturais que fazem jus ao recebimento das prestações previdenciárias, no caso de serem atingida por algum risco social, bem como, idade avançada, nos termos da lei. Relação jurídica com a previdência social dos segurados # relação jurídica dos dependentes. a)Beneficiários a.1)segurados obrigatórios facultativos a.2)dependentes 2.6.1.a) Segurados: obrigatórios e facultativos Conceito: “segurados são pessoas físicas que contribuem para o regime previdenciário e, por isso, têm direito a prestações – benefícios ou serviços – de natureza previdenciária”. (Marisa Ferreira dos Santos) 2.6.2 Aquisição da qualidade de segurado: filiação e inscrição 2.6.2.1 A inscrição de segurado é o ato pelo qual o segurado é cadastrado no Regime Geral da Previdência Social, mediante comprovação dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis a sua caracterização. Filiação Filiação Automático, com o registro em CTPS - Empregados Inscrição Ato Formal - contribuinte individual e facultativo Filiado: é todo cidadão que se relaciona com a Previdência Social na qualidade de segurado obrigatório (Contribuinte Individual e Empregado Doméstico) ou facultativo, mediante contribuição. Não filiado: é todo cidadão que se relaciona com a Previdência Social na condição de dependente, representante legal, procurador ou componente do grupo familiar do BPC LOAS. Principais requisitos para inscrição • O primeiro requisito para conseguir fazer a sua inscrição na previdência social é não possuir outra inscrição em programas do governo, como PIS/PASEP e NIS. • Se a condição for filiado: • Ter no mínimo 16 anos de idade • Informar uma das categorias de segurado (Contribuinte Individual, Facultativo, Empregado Doméstico ou Segurado Especial) bem como a atividade exercida (conforme lista disponibilizada). Mesmo que seja na condição de Facultativo, o cidadão deverá informar o campo atividade, como por exemplo, “dona-de-casa”; • Se a condição for não filiado: • Não existe idade mínima • deverá ser informada uma categoria dentre as opções de dependente (para fins de recebimento de benefício),representante legal, procurador ou componente de grupo familiar para benefícios do tipo BPC – LOAS; Guia da Previdência Social A Guia da Previdência Social (GPS) é o documento hábil para o recolhimento das contribuições sociais a ser utilizada pela empresa, contribuinte individual, facultativo, segurado especial e empregador doméstico, este último para contribuições referentes às competências 09/2015 e anteriores. Para obrigações referentes às competências 10/2015 e posteriores, foi instituído o regime unificado de pagamento de tributos, de contribuições e dos demais encargos do empregador doméstico (Simples Doméstico), cujo recolhimento é realizado por meio do Documento de Arrecadação do eSocial (DAE) a ser gerado no Portal do eSocial. http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/pagamentos-e- parcelamentos/emissao-e-pagamento-de-darf-das-gps-e-dae/gps-guia-da-previdencia- social-orientacoes-1/gps-guia-da-previdencia-social-orientacoes (03.04.2016) Guia da Previdência Social Prazo de Recolhimento Empresa ou Equiparada Até o dia 20 (vinte) do mês seguinte àquele a que as contribuições se referirem, ou até o dia útil imediatamente anterior, quando não houver expediente bancário na data do vencimento. A contribuição dos cooperados arrecadada pela cooperativa de trabalho - código 2127 - também deve ser recolhida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao de competência a que se referir, ou até o dia útil imediatamente anterior, se não houver expediente bancário na data do vencimento. Contribuintes Pessoa Física (contribuinte individual, facultativo e segurado especial) Dia 15 do mês seguinte àquele a que as contribuições se referirem, prorrogando- se o vencimento para o dia útil subseqüente quando não houver expediente bancário na data do vencimento. Contribuinte Pessoa Física (empregador doméstico). Dia 7 do mês seguinte àquele a que as contribuições se referirem, antecipando- se o vencimento para o dia útil imediatamente anterior, quando não houver expediente bancário na data do vencimento. Informações extraídas, em 03.04.2016, do site: http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/pagamentos-e- parcelamentos/emissao-e-pagamento-de-darf-das-gps-e-dae/gps-guia-da-previdencia-social-orientacoes-1/numero-de-vias-e- prazo-de-recolhimento 2.6.1.a.1) Segurados obrigatóriosart.11 do PBPS e art. 12 do PCSS Conceito: “todos os que exercem atividade remunerada, de natureza urbana ou rural, com ou sem vínculo empregatício: empregado, empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial. 1.0) Empregado que exerce mais de uma atividade remunerada, de forma concomitante, sujeita ao Regime Geral de Previdência Social, será obrigatoriamente inscrito em relação a cada uma delas?. 2.0) O aposentado que voltar a exercer atividade abrangida pelo RGPS, será segurado obrigatório em relação a essa atividade? 3.0) O servidor público abrangido pelo RPPS estará sujeito também ao RGPS, como segurado obrigatório? Categorias de segurados obrigatórios I - como empregado: a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado; b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, por prazo não superior a três meses, prorrogável, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço de outras empresas, na forma da legislação própria; c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado no exterior, em sucursal ou agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País; d) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior com maioria do capital votante pertencente a empresa constituída sob as leis brasileiras, que tenha sede e administração no País e cujo controle efetivo esteja em caráter permanente sob a titularidade direta ou indireta de pessoas físicas domiciliadas e residentes no País ou de entidade de direito público interno; e) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular; f) o brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, em organismos oficiais internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se amparado por regime próprio de previdência social; g) o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, em repartições governamentais brasileiras, lá domiciliado e contratado, inclusive o auxiliar local de que tratam os arts. 56 e 57 da Lei no 11.440, de 29 de dezembro de 2006, este desde que, em razão de proibição legal, não possa filiar-se ao sistema previdenciário local; (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008). h) o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo com a Lei no 11.788, de 25 de setembro de 2008; (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008). i) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; j) o servidor do Estado, Distrito Federal ou Município, bem como o das respectivas autarquias e fundações, ocupante de cargo efetivo, desde que, nessa qualidade, não esteja amparado por regime próprio de previdência social; l) o servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como pelas respectivas autarquias e fundações, por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do art. 37 da Constituição Federal; m) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante de emprego público; o) o escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de registro a partir de 21 de novembro de 1994, bem como aquele que optou pelo Regime Geral de Previdência Social, em conformidade com a Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994; e p) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social; (Redação dada pelo Decreto nº 5.545, de 2005) q) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; (Incluída pelo Decreto nº 3.265, de 1999)) r) o trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física, na forma do art. 14-A da Lei no 5.889, de 8 de junho de 1973, para o exercício de atividades de natureza temporária por prazo não superior a dois meses dentro do período de um ano; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). Categorias de segurados obrigatórios II - como empregado doméstico - aquele que presta serviço de natureza contínua, mediante remuneração, a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos; V - como contribuinte individual: a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área, contínua ou descontínua, superior a quatro módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a quatro módulos fiscais ou atividade pesqueira ou extrativista, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 8o e 23 deste artigo; (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008). b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo -, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua; (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa; (Redação dada pelo Decreto nº 4.079, de 2002) d) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) e) o titular de firma individual urbana ou rural; (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) f) o diretor não empregado e o membro de conselho de administração na sociedade anônima; (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) g) todos os sócios, nas sociedades em nome coletivo e de capital e indústria; (Incluída pelo Decreto nº 3.265, de 1999) h) o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho e o administrador não empregado na sociedade por cotas de responsabilidade limitada, urbana ou rural; (Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de 2003) i) o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração; (Incluída pelo Decreto nº 3.265, de 1999) j) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego; (Incluída pelo Decreto nº 3.265, de 1999) l) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não; (Incluída pelo Decreto nº 3.265, de 1999) m) o aposentado de qualquer regime previdenciário nomeado magistrado classista temporário da Justiça do Trabalho, na forma dos incisos II do § 1º do art. 111 ou III do art. 115 ou do parágrafo único do art. 116 da Constituição Federal, ou nomeado magistrado da Justiça Eleitoral, na forma dos incisos II do art. 119 ou III do § 1º do art. 120 da Constituição Federal; (Incluídapelo Decreto nº 3.265, de 1999) n) o cooperado de cooperativa de produção que, nesta condição, presta serviço à sociedade cooperativa mediante remuneração ajustada ao trabalho executado; e (Incluída pelo Decreto nº 4.032, de 2001) p) o Micro Empreendedor Individual - MEI de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, que opte pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). Categorias de segurados obrigatórios VI - como trabalhador avulso: aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão-de-obra, nos termos da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, ou do sindicato da categoria, assim considerados: a) o trabalhador que exerce atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto de carga, vigilância de embarcação e bloco; b) o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério; c) o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navios); d) o amarrador de embarcação; e) o ensacador de café, cacau, sal e similares; f) o trabalhador na indústria de extração de sal; g) o carregador de bagagem em porto; h) o prático de barra em porto; i) o guindasteiro; e j) o classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias em portos; e Categorias de segurados obrigatórios VII - como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de: (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008). a) produtor, seja ele proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade: (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). 1. agropecuária em área contínua ou não de até quatro módulos fiscais; ou (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). 2. de seringueiro ou extrativista vegetal na coleta e extração, de modo sustentável, de recursos naturais renováveis, e faça dessas atividades o principal meio de vida; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida; e (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de dezesseis anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas “a” e “b” deste inciso, que, comprovadamente, tenham participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). 2.6.1.a.2) Segurados facultativos É segurado facultativo o maior de dezesseis anos de idade que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, desde que não esteja exercendo atividade remunerada que o enquadre como segurado obrigatório da previdência social. Podem filiar-se facultativamente, entre outros: I - a dona-de-casa; II - o síndico de condomínio, quando não remunerado; III - o estudante; IV - o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior; V - aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social; VI - o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, quando não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; VII - o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa de acordo com a Lei nº 6.494, de 1977; VIII - o bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de especialização, pós-graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; IX - o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; (Redação dada pelo Decreto nº 7.054, de 2009) X - o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdenciário de país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional; e (Redação dada pelo Decreto nº 7.054, de 2009) XI - o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condição, preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria. (Incluído pelo Decreto nº 7.054, de 2009) É vedada a filiação ao Regime Geral da Previdência Social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência social, salvo na hipótese de afastamento sem vencimento e desde que não permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime. (art.201,§ 5º da CF e art.11, §3º do RPS) 2.6.1.a.3) Das Contribuições (art.11 do RPS) Tabela para Empregado, Empregado Doméstico e Trabalhador Avulso Salário de Contribuição (R$) Alíquota (%) Até R$ 1.556,94 8 De R$ 1.556,95 a R$ 2.594,92 9 De R$ 2.594,93 até R$ 5.189,82 11 http://www.mtps.gov.br/servicos-do-ministerio/servicos-da-previdencia/mais- procurados/calculo-de-guia-da-previdencia-social-carne/tabela-de-contribuicao-mensal Tabela para Contribuinte Individual e Facultativo Salário de Contribuição (R$) Alíquota (%) Valor R$ 880,00 5% (não dá direito a Aposentadoria por Tempo de Contribuição e Certidão de Tempo de Contribuição)* R$ 44,00 R$ 880,00 11% (não dá direito a Aposentadoria por Tempo de Contribuição e Certidão de Tempo de Contribuição)** R$ 96,80 R$ 880,00 até R$ 5.189,82 20 Entre R$ 176,00 (salário- mínimo) e R$ 1037,96 (teto) *Alíquota exclusiva do Microempreendedor Individual e do Facultativo de Baixa Renda; **Alíquota exclusiva do Plano Simplificado de Previdência; Os valores das tabelas foram extraídos da Portaria Interministerial MTPS/MF Nº 1, de 08 de janeiro de 2016 e terão aplicação sobre as remunerações a partir de 1º de janeiro de 2016. Se houver necessidade, consulte a Tabela de contribuição mensal – anos anteriores. FACULTATIVO DE BAIXA RENDA O que é? Facultativo de baixa renda é uma opção de contribuição ao INSS com a utilização de código de pagamento exclusivo para a alíquota reduzida ao valor de 5%. Ele foi implementado a partir da publicação da Lei 12.470/2011. A quem se aplica? Todo cidadão que não exerça atividade remunerada, não possua renda própria, pertença a família de baixa renda e esteja inscrito no sistema Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – CadÚnico, poderá pagar o INSS na condição de Facultativo de baixa renda. Quais os requisitos? 1) não exercer atividade remunerada e se dedicar exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, podendo ser homem ou mulher; 2) não possuir renda própria, que envolveria todo e qualquer rendimento (alugueis, pensões alimentícias, pensões previdenciárias etc.); 3) pertencer a família de baixa renda. De acordo com a lei, a soma da renda de todos os membros da família que vivem sob o mesmo teto, não poderá ser superior a 2 (dois) salários mínimos para que seja considerada família de baixa renda; 4) estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – CadÚnico, com situação atualizada nos últimos 2 anos. Este sistema é operacionalizado pelo Serviço Social dos municípios. 2.6.2 Dos Beneficiários - Dependentes (art 16 da Lei 8.213/91) DEPENDENTES 1ª classe 2ª classe 3ª classe I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave II - os pais III - o irmão não emancipado,de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave • A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes. • O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. • Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal. • A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada.
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