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DIETAS HOSPITALARES
NUTRIÇÃO APLICADA À ENFERMAGEM
DIETOTERAPIA
Terapia /tratamento através da dieta
Objetivo: Contribuir para promover,recuperar ou melhorar a saúde do paciente tornando-o apto à suas atividades.
			A dieta evolui gradualmente para uma dieta normal a 	medida que o estado clínico e nutricional do paciente melhoram.
DIETAS HOSPITALARES
São as dietas elaboradas considerando-se o estado nutricional e fisiológico das pessoas em situações hospitalares. Devem estar adequadas ao estado clínico do paciente, além de proporcionar melhoria na sua qualidade de vida.
DIETAS HOSPITALARES
A padronização das dietas tem como objetivo manter um atendimento nutricional seguro, eficiente ao paciente, as dietas podem ser classificadas em três grupos, dietas de rotina, modificadas, especiais. Assim facilitando o trabalho na produção e distribuição de refeições.
Modificações da Dieta
Modificações segundo critérios químicos, físicos e organolépticos.
 Características físico-químicas que modificam a dieta:
Temperatura
 Volume
 Conteúdo de resíduos
 Teor de purinas
 Teor de macronutrientes
 Teor de sódio
 Consistência
Modificações da dieta
1.Quimicamente: Nutrientes ou energia (mudança de sabor)
Hiper: muito Normo: normal
Hipo: pouco A: sem
Exemplos:
Hiperproteica/Normoproteica/Hipoproteica
Hipercalórica/ Normocalórica/ Hipocalórica
Hipersódica/ Normosódica/ Hiposódica/Assódica
Modificações da dieta
2.Fisicamente: temperatura e consistência.
Os extremos de temperatura diminuem a sensibilidade gustativa. As temperaturas extremas atenuam ou amortizam a sensibilidade dos órgãos gustativos e alimentos quentes têm um maior potencial de saciedade, enquanto os frios retardam. Assim, a peristalse é acelerada pelos alimentos quentes e retardada pelos frios.
3. Consistência: Normal /Branda /Pastosa /Liquida completa /Líquida
Modificações da dieta
4. Conteúdo de resíduos: Quantidade e qualidade das fibras nos alimentos. 
Em casos em que se deseja proporcionar repouso gastrintestinal, a dieta poderá ser:
Isenta de resíduos; Com poucos resíduos (sem frutas, verduras e leguminosas ou frutas e/ou verduras em forma de purê);
Com resíduos brandos (cereais triturados, verduras e frutas cozidas, frutas em compotas ou sem casca).
Quando se deseja estimular o trânsito intestinal:
Rica em resíduos (vegetais folhosos, frutas cruas e com casca, cereais integrais).
DIETA NORMAL/ LIVRE/ROTINA
Dieta que atende as leis da nutrição: lei da harmonia, adequação, qualidade e quantidade dos alimentos.
Não necessitam de restrições ou modificações em sua composição;
Quantidades adequadas de nutrientes no intuito de suprir os requerimentos do organismo;
Podem sofrer modificações quanto à consistência, possibilitando melhor adaptação em períodos de maior dificuldade na aceitação alimentar ou em fases de transição relativamente curtas (ex: nos períodos pós-operatórios).
Indicação e objetivo
A dieta geral é indicada para as pessoas que não necessitam de modificações dietoterápicas específicas.
Seu objetivo é o de fornecer uma quantidade suficiente de proteínas, calorias e outros nutrientes.
DIETA LÍQUIDA
Objetivo: fornecer líquidos e eletrólitos via oral para prevenir a desidratação, minimizar o trabalho do trato gastrintestinal e a presença de resíduos no cólon. 
Indicação: preparo e pós-operatório de cirurgias do trato gastrintestinal, após período de alimentação por via intravenosa, durante infecções graves e diarréia aguda, antes ou depois de procedimentos de diagnóstico, e como primeiro passo na alimentação por via oral. Deve haver precaução com o uso dessa dieta naqueles pacientes apresentando disfagia com risco de broncoaspiração. É indicada a progressão para uma dieta mais adequada logo que tolerada pelo paciente.
CARACTERÍSTICA: dieta altamente restritiva e nutricionalmente inadequada em todos os nutrientes. Não deve ser utilizada por mais que três dias, pois fornece uma quantidade limitada de quilocalorias, provenientes principalmente de carboidratos. Inclui alimentos que são translúcidos, com baixa quantidade de resíduos e que são ou se transformam em líquidos à temperatura corporal.
ALIMENTOS INDICADOS
Água, infusos adocicados com açúcar e dextrosol e bebidas carbonatadas; caldos de legumes coados; sucos de frutas coados; geléia de mocotó, gelatina, sorvetes a base de frutas coadas (sem leite).
RECOMENDAÇÕES 
- Podem ser utilizados: gelatina de todos os sabores, açúcar, sal, mel e bebidas como o café e o chá. 
- Os alimentos com altas concentrações de açúcares simples, eletrólitos e aminoácidos são hiperosmolares e podem promover sintomas gastrintestinais, como a diarréia. Portanto, esses merecem cautela na inclusão. 
- No caso de não haver condições de progressão da dieta, é recomendado a introdução de suplementos industrializados contendo baixa quantidade de resíduos , para melhorar o aporte nutricional
DIETA LÍQUIDA COMPLETA
OBJETIVO: fornecer uma dieta oral que seja bem tolerada por pacientes que não podem ingerir alimentos sólidos. 
INDICAÇÃO : após cirurgias de cabeças e pescoços, em doenças agudas e para aqueles pacientes incapaz de tolerar alimentos sólidos ou com dificuldade de mastigação e deglutição. Deve haver precaução com uso dessa dieta naqueles com risco de brocoaspiração . É preferencialmente, uma dieta de transição, e a progressão para alimentos sólidos deve ser completada tão rápido quanto possível. Inclui pacientes não diabéticos e diabéticos
CARACTERÍSTICAS: 
contém alimentos na forma líquida ou que se liquefazem à temperatura corporal. É nutricionalmente inadequada. Permite adição de leite e derivados, ovos e cereais refinados.
ALIMENTOS INDICADOS: Cereais refinados e cozidos, farinha de aveia, creme de arroz, milho e trigo. Caldos e sucos coados, sopas liquidificadas. Leite integral e desnatado, bebidas lácteas, iogurte líquido, suplementos comerciais à base de leite, queijo cottage, tofu, requeijão cremoso e outros queijos macios, pudim, flan, manjar. Ovos, aves, peixe, carne de gado acrescida à sopas liquidificadas
RECOMENDAÇÕES
- Essa dieta não é recomendada por tempo prolongado pelo fato de ser nutricionalmente inadequada. A progressão para uma dieta sólida deve ocorrer assim que possível. 
- No caso de não haver condições de progressão, ou com a necessidade de ajustes na própria dieta, os suplementos industrializados com baixa quantidade de resíduos, as fórmulas completas quimicamente definidas ou os módulos de nutrientes devem ser utilizados para melhorar a adequação nutricional. 
- Os pacientes com a mandíbula imobilizada podem necessitar de uso de seringa ou canudo para facilitar a alimentação. 
- Podem ser utilizados gelatina de todos os sabores, açúcar, sal, mel, margarina, manteiga, geléias em pedaços, sorvetes cremosos e bebidas como o café e o chá
DIETA PASTOSA
Objetivo: fornecer uma dieta que possa ser mastigada e deglutida com pouco ou nenhum esforço. 
Indicação: pacientes com dificuldades na mastigação ou deglutição devido à inflamação, danos neurológicos, distúrbios neuromotores, retardo mental severo, doença esofágica, alterações anatômicas da boca ou esôfago, e uso de prótese dentária. Não é indicada àqueles com risco de broncoaspiração.
Características: normal em todos os nutrientes. Os alimentos estão na forma de purê ou amassados, exceto se naturalmente macios. Na forma pastosa ou abrandada pela cocção .
ALIMENTOS INDICADOS:
Todos que possam ser transformados em purê. Mingaus de amido de milho, aveia, creme de arroz e outros. leites e derivados, carnes,peixes e aves na forma de purê , ovo mexido mole ou pochê, frutas (cozidas, purê ou sucos), sopas, arroz papa, sorvete, doce em pasta, pudins, gelatina.
RECOMENDAÇÕES: -É mais atraente e melhor tolerado quando os alimentos são transformados na consistência pastosa em itens separados, em vez de todos misturados juntos
- O leite, os molhos,a margarina, manteiga, mel ou açúcar podem ser adicionados aosalimentos sólidos e líquidos, para aumentar o aporte calórico. 
- O baixo teor de fibras pode resultar em constipação intestinal (Chás laxativos e as fibras devem ser incluídas gradativamente à dieta, de acordo com a tolerância do paciente).
DIETA BRANDA
Objetivo: fornecer uma dieta contendo o mínimo possível de fibras que não foram abrandadas pela cocção, e uma quantidade moderada de resíduos.
Indicação: utilizada como transição entre uma dieta líquida e uma normal. Utilizada no pré-cirúrgico, em enfermidades do esôfago e para aqueles com dificuldades na mastigação ou deglutição, com uso de próteses Dentárias, e presença de gastrite ou úlcera péptica. 
Características: normal em todos os nutrientes e isenta de alimentos flatulentos. 
, 
ALIMENTOS INDICADOS
saladas cozidas,carnes (cozidas, assadas ou grelhadas),ovo cozido ou quente, frutas (sucos, cozidas, ou maduras sem casca), cereais não integrais.
RECOMENDAÇÕES - Preferencialmente, cozinhar as hortaliças em fogo brando e com sal adicionado. 
- Evitar café, álcool, condimentos, pimenta, catchup, maionese, mostarda, refrigerantes, água com gás, sucos artificiais e extratos de carne. 
- O baixo teor de fibras pode resultar em obstipação intestinal. Pode ser utilizado o suco de ameixas pretas em conserva liquidificadas e os chás laxativos - As fibras devem ser incluídas gradativamente à dieta, de acordo com a tolerância do paciente
DIETAS ESPECIAIS
DIABETES: A dieta é a base do tratamento desta patologia, quer como medida exclusiva ou conciliado ao tratamento medicamentoso. É uma dieta onde há a restrição de carboidratos simples e a introdução de carboidratos complexos, auxiliando no controle glicêmico.
CARACTERÍSTICAS DA DIETA:
- Hipocalórica, hipoglicídica, normoprotéica e normolipídica;
- Controlar o nível de glicemia do paciente, evitando crises de hipoglicemia ou hiperglicemia.
DIETA HIPOSSÓDICA
Prescrita primariamente para a prevenção ou controle de edemas e hipertensão ou hipernatremia.
É indicada para pacientes renais, cardíacos, que apresentam hipertensão, com ou sem edema.
CARACTERÍSTICAS DA DIETA
- Dependendo da severidade da doença, a restrição de sódio será determinada podendo variar entre restrição leve de sódio até 1000 mg de sódio diário;
- Não são permitidos alimentos enlatados, industrializados ou embutidos;
- A dieta é preparada sem o acréscimo de sal (apenas com temperos naturais), sendo encaminhado, no almoço e jantar, um sache de sal (1g) para acréscimo.
DIETA ASSÓDICA
Dieta assódica é a dieta sem nenhuma adição de sódio.
É indicada para pacientes com problemas renais ou hepáticos, principalmente nos casos mais avançados da doença.
Não é permitida nenhuma adição de sal na dieta oferecida;
Não são permitidos alimentos enlatados, industrializados ou embutidos;
A dieta é preparada sem o acréscimo de sal (apenas com temperos naturais).
DIETA HIPOPROTÉICA
Dieta restrita em proteínas, a fim de diminuir o trabalho renal e hepático, dependendo do grau de evolução da doença.
Indicada para pacientes com problemas renais ou hepáticos.
Dieta normocalórica, hiperglicídica, hipoprotéica e normolipídica;
Restringir a quantidade de PAVB (proteína de alto valor biológico) nas refeições.
DIETA HIPERPROTÉICA E HIPERCALÓRICA
Composta por nutrientes necessários ao organismo para sua manutenção, reparação, processos vitais, crescimento e desenvolvimento. Acrescida de um aporte de calorias e proteínas.
Dieta indicada para paciente que necessitam de reposição de proteínas e calorias, devido a perda de massa corpórea, hipercatabolismo, queimaduras ou pacientes que estejam com o estado imunológico diminuído.
Hipercalórica, hiperglicídica, hiperprotéica e normolipídica;
Aumento da oferta de alimentos fontes de proteínas, principalmente as PAVB (proteína de alto valor biológico).
Rica em potássio: Dieta contendo alimentos fontes de potássio. A carência de potássio é comum em pós-operatórios, má nutrição, equilíbrio nitrogenado prolongado, perdas gastrintestinais e alcalose metabólica. Também em casos de insuficiência cardíaca, o teor de potássio no miocárdio se esgota, e com a recuperação ocorre repleção de potássio.
Pobre em potássio: Dieta com teores reduzidos de potássio. Este tipo de dieta pode ser administrada em casos, por exemplo, de doenças renais onde a acidose metabólica é comum. Nesse caso, no estágio final da doença renal, reduz-se a reabsorção de bicarbonato em consequência de hipercalemia entre outros excessos.
Exercícios
1. Um paciente foi internado com diarréia crônica. Assinale a opção correta quanto à dietoterapia nessa situação hipotética.
Deve-se aumentar o consumo de alimentos integrais e água. 
Deve-se dar preferência a dieta pastosa.
Deve-se aumentar a ingestão de vegetais crus, que são ricos em vitaminas e minerais.
Indica-se dieta branda.
2. Considere o seguinte cardápio de almoço servido em uma unidade hospitalar. 
salada: tomate, alface e palmito molho + vinagrete 
guarnição: quibebe de abóbora 
carne: frango grelhado 
acompanhamento: arroz com brócolis, feijão preto 
suco: acerola 
sobremesa: gelatina de morango 
Assinale a opção correta acerca dessa dieta hospitalar. 
A salada e o molho do cardápio podem ser componentes da dieta branda. 
O cardápio apresentado pode ser servido para pacientes em pré-operatório 
Pode ser servido no Pré-preparo para exames 
Pode ser servido no pós-operatório de cirurgia do joelho.
3. Qual dieta é indicada para um paciente internado com Ca na boca ? Explique. Quais alimentos devem constituir a dieta prescrita?
REFERÊNCIAS
AUGUSTO, A. L. P. et al. Terapia Nutricional. São Paulo: Editora Atheneu, 2005. 
DIAS et al. Dietas orais hospitalares. In: WAITZBERG, D. L. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 4ªed. São Paulo: Editora Atheneu. V. 1. Cap.36. p.649-663, 2009.
ISOSAKI, M. CARDOSO, E. OLIVEIRA, A. De. Manual de dietoterapia e avaliação nutricional: Serviço de Nutrição e dietética do Instituto do Coração- HCFMUSP, 2ª ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2009. 
MARTINS, C. et al. Manual de dietas hospitalares. Nutro Clinica, 2001. MELO, M. F. De. Manual de dietas. 3ª ed. Belo Horizonte: Coperativa Editora e de Cultura Médica, 1985.

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