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1 Papa Concursos – Grupo de Estudos TRT Brasil 2016 – Processo do Trabalho – Aula 02 – (19.06.2016) 2. PROCESSO JUDICIÁRIO DO TRABALHO: PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO TRABALHISTA (APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO CPC) ÍTULO X DO PROCESSO JUDICIÁRIO DO TRABALHO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 763 - O processo da Justiça do Trabalho, no que concerne aos dissídios individuais e coletivos e à aplicação de penalidades, reger-se-á, em todo o território nacional, pelas normas estabelecidas neste Título. Art. 764 - Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação. § 1º - Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais do Trabalho empregarão sempre os seus bons ofícios e persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos. § 2º - Não havendo acordo, o juízo conciliatório converter-se-á obrigatoriamente em arbitral, proferindo decisão na forma prescrita neste Título. § 3º - É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, ainda mesmo depois de encerrado o juízo conciliatório. Art. 765 - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas. Art. 766 - Nos dissídios sobre estipulação de salários, serão estabelecidas condições que, assegurando justos salários aos trabalhadores, permitam também justa retribuição às empresas interessadas. Art. 767 - A compensação, ou retenção, só poderá ser argüida como matéria de defesa Art. 768 - Terá preferência em todas as fases processuais o dissídio cuja decisão tiver de ser executada perante o Juízo da falência. Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. 1) Princípio dispositivo ou da demanda. O poder de provocar o Estado-Juiz foi entregue à própria parte interessada, ou seja, àquela que se sentisse atingida pelo comportamento alheio. Ou seja, o Juiz somente atua mediante provocação. Vejamos: CPC 1973 Art. 2o Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais. Novo CPC Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte. 2 Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado. Encontramos algumas exceções a este princípio no Direito Processual do Trabalho: CLT Reclamação trabalhista instaurada por ofício oriundo da DRT Art. 36 - Recusando-se a emprêsa fazer às anotações a que se refere o art. 29 ou a devolver a Carteira de Trabalho e Previdência Social recebida, poderá o empregado comparecer, pessoalmente ou intermédio de seu sindicato perante a Delegacia Regional ou órgão autorizado, para apresentar reclamação. Art. 39 - Verificando-se que as alegações feitas pelo reclamado versam sôbre a não existência de relação de emprêgo ou sendo impossível verificar essa condição pelos meios administrativos, será o processo encaminhado a Justiça do Trabalho ficando, nesse caso, sobrestado o julgamento do auto de infração que houver sido lavrado. Execução promovida ex officio pelo Juiz Art. 878 - A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou Presidente ou Tribunal competente, nos termos do artigo anterior. 2) Princípio inquisitivo ou do impulso oficial. Após o ajuizamento da ação, o juiz assume o dever de prestar a jurisdição de acordo com os poderes que o ordenamento jurídico lhe confere. Vejamos: CPC 1973 Art. 262. O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial. Novo CPC Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. CLT Art. 765 - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas. Art. 852-D. O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas, considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como para apreciá-las e dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica. 3) Princípio da impugnação especificada. CPC 1973 Art. 302. Cabe também ao réu manifestar-se precisamente sobre os fatos narrados na petição inicial. Presumem-se verdadeiros os fatos não impugnados, salvo: I - se não for admissível, a seu respeito, a confissão; II - se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público que a lei considerar da substância do ato; 3 III - se estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. Parágrafo único. Esta regra, quanto ao ônus da impugnação especificada dos fatos, não se aplica ao advogado dativo, ao curador especial e ao órgão do Ministério Público. Novo CPC Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se: I - não for admissível, a seu respeito, a confissão; II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato; III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial. 4) Princípio da instrumentalidade ou finalidade. O processo não é um fim em si mesmo. Ou seja, quando a lei prescrever ao ato determinada forma, sem cominar nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. Encontrado nos arts. 154 e 244 do CPC. CPC 1973 Art. 154. Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, Ihe preencham a finalidade essencial. Art. 244. Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, Ihe alcançar a finalidade. Novo CPC Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. Na CLT: CLT Art. 794 - Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes. 5) Princípio da proteção processual. Aplicável tanto no âmbito do Direito do Trabalho como no do Direito Processual do Trabalho. Tendo em vista que o processo busca realizar o Direito Material, não se poderia pensar na ausência de aplicação deste princípio na seara processual. Partes ausentes na audiência: CLT 4 Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não- comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato. Depósito recursal exigível apenas do empregador: CLT Art. 899 § 1º Sendo a condenação de valor até 10 (dez) vêzes o salário-mínimo regional, nos dissídios individuais, só será admitido o recurso inclusive o extraordinário,mediante prévio depósito da respectiva importância. Transitada em julgado a decisão recorrida, ordenar-se-á o levantamento imediato da importância de depósito, em favor da parte vencedora, por simples despacho do juiz. (Redação dada pela Lei nº 5.442, 24.5.1968) § 4º - O depósito de que trata o § 1º far-se-á na conta vinculada do empregado a que se refere o art. 2º da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966, aplicando-se-lhe os preceitos dessa Lei observado, quanto ao respectivo levantamento, o disposto no § 1º. (Redação dada pela Lei nº 5.442, 24.5.1968) 6) Princípio da subsidiariedade. Traduz a possibilidade de aplicação do direito processual comum no direito processual do trabalho. CLT Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. Art. 889 - Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal. 7) Princípio da estabilidade da lide. Este princípio informa que se o autor já propôs sua demanda e deduziu os seus pedidos, e se o réu já foi citado para sobre eles se pronunciar, não poderá mais o autor modificar sua pretensão sem anuência do réu e, depois de ultrapassado o momento da defesa, nem mesmo com o consentimento de ambas as partes isso será possível. Novo CPC Art. 108. No curso do processo, somente é lícita a sucessão voluntária das partes nos casos expressos em lei. (critério subjetivo de estabilização da demanda) Art. 329. O autor poderá: (critério objetivo de estabilização da demanda) I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu; II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar. Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir. 8) Princípio da perpetuatio jurisdictionis (perpetuação da jurisdição). 5 Este princípio informa que a competência é fixada no momento em que a ação é proposta, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente. CPC 1973 Art. 87. Determina-se a competência no momento em que a ação é proposta. São irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em razão da matéria ou da hierarquia. Novo CPC Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta. 9) Princípio da boa-fé ou lealdade processual. Também chamado de princípio da probidade, está consignado no CPC: CPC 1973 Art. 14. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo: II - proceder com lealdade e boa-fé; Novo CPC Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé. Portanto, este princípio possui por escopo impor aos litigantes uma conduta moral, ética e de respeito mútuo, que possa ensejar o curso natural do processo e levá-lo à consecução de seus objetivos: a prestação jurisdicional, a paz social e a justa composição da lide. 10) Princípio da conciliação. CLT Art. 764 - Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação. Art. 831 - A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação. 11) Principio da busca da verdade real. Também conhecido como primazia da realidade. 12) Princípio da eventualidade. Consiste na noção de que as partes (autor e réu) devem alegar de uma só vez (em um único evento) todos os meios de ataque e defesa como medida de prevenção, para o caso de, se não der resultado o primeiro, ser examinado o segundo, e assim sucessivamente, sob pena de preclusão. CPC 1973 Art. 300. Compete ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito, com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir. 6 Novo CPC Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir. 13) Princípio da inafastabilidade da jurisdição. CRFB/88 Art. 5º. XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; 14) Princípio da normatização coletiva. A Justiça do Trabalho brasileira é a única que pode exercer o chamado poder normativo, que consiste no poder de criar normas e condições gerais e abstratas, proferindo sentença normativa com eficácia ultra partes (além das partes), cujos efeitos irradiarão para os contratos individuais dos trabalhadores integrantes da categoria profissional representada pelo sindicato que ajuizou o dissídio coletivo. Vejamos o texto da Constituição Federal: Art. 114. § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. 15) Principio do Devido Processo Legal. Possui duas acepções. Formal: é a garantia concedida à parte processual para utilizar-se da plenitude dos meios jurídicos existentes, tendo como decorrência a paridade de armas, contraditório, ampla defesa, dentre outras garantias e direitos processuais. Material: é o instituto por meio do qual se controla o arbítrio do Legislativo e a discricionariedade dos atos do Poder Público, ou seja, é por seu intermédio que se procede ao exame da razoabilidade e da racionalidade das normas jurídicas e dos atos do Poder Público em geral. Este princípio está expressamente previsto na CF/88: “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal” (Art. 5º, LIV). Há princípios que decorrem do devido processo legal. Vejamos: 15.1) Princípio do Juiz Natural: previsto na CF/88 no art. 5º, LIII – “ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente”. Significa dizer que as pessoas devem ser julgadas por órgãos judiciais criados previamente e com competência prevista em lei para julgar casos em geral e não um processo em particular.Ainda, o juiz ou tribunal competente deve ter as garantias que protegem a magistratura judicial em geral (inamovibilidade, vitaliciedade e irredutibilidade de vencimentos). Ressalte-se que, com essas garantias, o juiz pode julgar com independência, sem recear pressões indevidas do próprio Poder Judiciário ou de fontes externas. As garantias dos juízes, portanto, servem antes como proteção da sociedade do que deles próprios. 15.2) Princípio do Promotor Natural: implícito no texto constitucional, significa que é vedada a substituição de um membro originalmente designado para um processo por outro membro. Também decorre desse princípio a impossibilidade de retirada arbitrária de um membro do MP de um determinado processo. 7 15.3) Princípiodo duplo grau de jurisdição: é a possibilidade de reexame de uma decisão jurisdicional. Para a doutrina majoritária, este princípio não possui assento constitucional. Ainda: é possível um julgamento sem a observância deste princípio, como nas causas de competência originária do STF. 16) Princípio da oralidade. Este princípio se materializa através dos quatro princípios abaixo: 16.1) Imediatidade ou imediação: o juiz da causa está obrigado ao contato direto com as partes e a sua prova (testemunhal, pericial), com a própria coisa litigiosa ou com terceiros, para que possa esclarecer os fatos e buscar seu livre convencimento. É bastante utilizado no processo do trabalho, o que se pode verificar a partir do art. 820, CLT. Vejamos: CLT Art. 820 - As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser reinquiridas, por seu intermédio, a requerimento dos vogais, das partes, seus representantes ou advogados. No CPC de 1973, ele pode ser encontrado no art. 342: CPC Art. 342. O juiz pode, de ofício, em qualquer estado do processo, determinar o comparecimento pessoal das partes, a fim de interrogá-las sobre os fatos da causa. No CPC atual está presente nos seguintes dispositivos: Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: VIII - determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso; Art. 481. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse à decisão da causa. 16.2) Identidade física do juiz: previsto no art. 132 CPC revogado (1973), segundo o qual o juiz que presidiu e concluiu a instrução probatória deve julgá-lo, pois está em melhores condições de decidir. Até então, entendia-se que era aplicável no Processo do Trabalho, visto que a súmula 136/TST foi cancelada! Entretanto, vejamos o entendimento explanado por Renato Saraiva: “Entretanto, cumpre ressaltar que o princípio da identidade física do juiz não tem aplicação desde que o atual CPC entrou em vigor, já que a redação do art. 132 do antigo CPC mão foi repetida neste diploma processual, logo deixou de ser aplicável ao Processo do Trabalho”. Quanto ao Bezerra Leite, cuidado! Ele não se posiciona quanto à aplicação (ou não) do princípio em tela na primeira instância. Entretanto, afirma que “Nos Tribunais, no entanto, o princípio da identidade física é aplicável ao relator e, se houver, ao revisor do processo, uma vez que a simples distribuição do recurso (ou da ação) já vincula esses órgãos julgadores nos tribunais”, 16.3) Concentração: traduz-se na ideia de que os atos processuais se concentram em uma só audiência, que será contínua. Aconselha a proximidade dos atos processuais, suprimindo fases e formalidades inúteis. CLT 8 Art. 849 - A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a primeira desimpedida, independentemente de nova notificação. Art. 852-C. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o titular. 16.4) Irrecorribilidade das decisões interlocutórias: As decisões proferidas no curso do processo (decisões interlocutórias, as quais não se confundem com a decisão final – sentença) são irrecorríveis logo quando proferidas, sendo apenas permitida a sua análise quando do recurso da decisão definitiva. CLT Art. 893 § 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva. 17) Princípio da motivação das decisões. Possui fundamento no art. 93, IX, CF/88: Art. 93. IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; Neste sentido, sob pena de nulidade, as decisões judiciais devem ser fundamentadas. 18) Princípio do Jus Postulandi. Consagrado no art. 791 CLT e limitado pela Súmula nº 425/TST. Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. SUM-425 JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. 19) Princípio da extrapetição. Conforme ensina Renato Saraiva, “O princípio da extrapetição permite que o juiz, nos casos expressamente previstos em lei, condene o réu em pedidos não contidos na petição inicial, ou seja, autoriza o julgador a conceder mais do que o pleiteado, ou mesmo vantagem diversa da que foi requerida. O art. 293 do CPC, por exemplo, permite que o juiz determine que sobre a condenação da parcela principal incida juros e correção monetária, mesmo que no rol de pedidos não conste tal requerimento”. 20) Princípio da non reformatio in pejus. 9 Significa que, no julgamento de um recurso, a instância superior não pode prolatar decisão que piore o resultado meritório da demanda para quem recorreu. Entretanto, Carlos Henrique Bezerra Leite faz importante observação, ao informar que “... o princípio em tela não tem o condão de alcançar aquelas questões de ordem pública, conhecíveis de ofício em qualquer tempo e grau de jurisdição (CPC 1973, arts. 267, §3º, e 516)”. 21) Princípio da preclusão. Vejamos os ensinamentos de Carlos Henrique Bezerra Leite: “O princípio da preclusão decorre do princípio dispositivo e com a própria logicidade do processo, que é o ‘andar para frente’, sem retornos a etapas ou momentos processuais já ultrapassados. (...) No âmbito do Direito Processual do Trabalho, o princípio encontra-se implícito no art. 795 da CLT, que diz: “As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos”. (...) A doutrina adota a seguinte classificação para a preclusão: 1 – Consumativa: é a que ocorre com a própria prática do ato processual, isto é, uma vez praticado o ato, não poderá a parte fazê-lo novamente (exemplo: interposição tempestiva do recurso ordinário impede que outro recurso ordinário seja interposto contra a mesma decisão). 2 – Temporal: é a mais conhecida. Opera-se a preclusão temporal quando a parte não pratica um ato processual no prazo legalmente previsto, ou quando o pratica serodiamente (exemplo: perda do prazo para interposição de recuso). 3 – Lógica: é a perda da prática de um ato, por estar em contradição com os atos anteriores, ofendendo a lógica do comportamento das partes. A preclusão lógica, portanto, ocorre quando a parte pratica um ato incompatível com o já praticado (exemplos: CLT, art. 806, que veda à “parte interessada suscitar conflitos de jurisdição quando já houver oposto na causa exceção de incompetência”, ou seja, se a parte interessada excepcionou a incompetência, implica preclusão lógica para sua pretensão posterior de suscitar o conflito decompetência; em vez de recorrer da sentença, a parte simplesmente cumpre o comando nela prescrito, este ato implica preclusão lógica do direito de recorrer”. 4 – Ordinatória: é a perda da possibilidade de praticar o ato (ou exercer faculdade) se precedido do exercício irregular da mesma possibilidade. Em outros termos, a validade de um ato posterior depende da prática de um ato anterior (exemplos: não podem ser recebidos embargos do devedor antes de garantido o juízo pela penhora, não será conhecido o recurso se não houve o pagamento das custas). 5 – Máxima: é a coisa julgada. 6 – Pro Judicato: o art. 836 da CLT veda ao juiz conhecer de questões já decididas, salvo nas hipóteses dos embargos de declaração e de ação rescisória. Eis um exemplo de preclusão pro judicato, que retira do magistrado o poder de revogar ou modificar decisão prolatada e publicada, impondo-lhe a observância do devido processo legal, dando estabilidade ao ordenamento jurídico. Outro exemplo é extraído do juízo de admissibilidade do Recurso de Revista, que é feito pelo órgão a quo e pelo ad quem. O pronunciamento do primeiro não gera preclusão pro judicato para o segundo, que tem o poder-dever de 10 proceder a novo exame dos requisitos de admissibilidade do recurso independentemente de provocação da parte contrária. 22) Princípio da vedação da decisão surpresa. IN 39 TST Art. 4° Aplicam-se ao Processo do Trabalho as normas do CPC que regulam o princípio do contraditório, em especial os artigos 9º e 10, no que vedam a decisão surpresa. § 1º Entende-se por “decisão surpresa” a que, no julgamento final do mérito da causa, em qualquer grau de jurisdição, aplicar fundamento jurídico ou embasar-se em fato não submetido à audiência prévia de uma ou de ambas as partes. § 2º Não se considera “decisão surpresa” a que, à luz do ordenamento jurídico nacional e dos princípios que informam o Direito Processual do Trabalho, as partes tinham obrigação de prever, concernente às condições da ação, aos pressupostos de admissibilidade de recurso e aos pressupostos processuais, salvo disposição legal expressa em contrário. Bezerra Leite defende a aplicação deste princípio! 23) Princípio da primazia da decisão de mérito. Segundo Bezerra Leite, “(...) somente em situações excepcionais e quando não for possível a correção de vícios ou irregularidades o juiz, depois de conceder oportunidade às partes, poderá extinguir o processo sem resolução do mérito”. 24) Princípio da observância da ordem cronológica de conclusão de processos. Novo CPC Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) § 1o A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanentemente à disposição para consulta pública em cartório e na rede mundial de computadores. § 2o Estão excluídos da regra do caput: I - as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de improcedência liminar do pedido; II - o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em julgamento de casos repetitivos; III - o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resolução de demandas repetitivas; IV - as decisões proferidas com base nos arts. 485 e 932; V - o julgamento de embargos de declaração; VI - o julgamento de agravo interno; VII - as preferências legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça; VIII - os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham competência penal; IX - a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão fundamentada. 11 § 3o Após elaboração de lista própria, respeitar-se-á a ordem cronológica das conclusões entre as preferências legais. § 4o Após a inclusão do processo na lista de que trata o § 1o, o requerimento formulado pela parte não altera a ordem cronológica para a decisão, exceto quando implicar a reabertura da instrução ou a conversão do julgamento em diligência. § 5o Decidido o requerimento previsto no § 4o, o processo retornará à mesma posição em que anteriormente se encontrava na lista. § 6o Ocupará o primeiro lugar na lista prevista no § 1o ou, conforme o caso, no § 3o, o processo que: I - tiver sua sentença ou acórdão anulado, salvo quando houver necessidade de realização de diligência ou de complementação da instrução; II - se enquadrar na hipótese do art. 1.040, inciso II. 25) Princípio da simplicidade das formas. QUESTÕES DE CONCURSOS 01 - (FCC_TRT08_2016_TJAA) Assinale a opção correta a respeito dos princípios gerais do processo trabalhista. (A) Dado o princípio da oralidade aplicável ao processo laboral, o juiz deverá propor a conciliação antes da abertura da audiência. (B) O devido processo legal é princípio aplicável ao processo trabalhista e garante a celeridade no andamento do processo. (C) Configura hipótese de aplicação do princípio da proteção no processo do trabalho a regra de que o não comparecimento do reclamante à audiência importa no arquivamento da reclamação. (D) Caracteriza o princípio da simplificação de procedimentos a norma que permite aos empregadores reclamar pessoalmente perante a justiça do trabalho e acompanhar as suas reclamações durante todo o processo, inclusive interpor recursos no Tribunal Superior do Trabalho (TST), independentemente de advogado. (E) Decorre do princípio da adstrição ou congruência, aplicável ao processo do trabalho, o fato de o juiz poder determinar o pagamento de indenização a empregado estável que tiver pedido apenas reintegração, se houver incompatibilidade de retorno ao serviço. 02 - (FCC_TRT14_2016_AJAJ) Em relação aos princípios gerais do processo trabalhista, não havendo norma trabalhista para a prática de determinado ato processual (A) aplica-se subsidiariamente a Lei de Execuções Fiscais seja qual for a fase processual. (B) a Consolidação das Leis do Trabalho não prevê nenhuma norma específica sobre o tema, cabendo ao magistrado escolher a norma processual que melhor se aplica ao caso. (C) será aplicado o Código de Processo Civil para solucionar o caso, exceto nas fases recursal e de execução, pois nessas fases se aplica a Lei de Execuções Fiscais. (D) nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto quando houver incompatibilidade com as normas do processo judiciário do trabalho. (E) poderá ser aplicado de forma supletiva o direito processual comum, seja qual for a fase processual, bastando apenas que haja omissão da norma trabalhista. 03 - (FCC_TRT09_2015_AJAA) Segundo as normas processuais, em um reclamação trabalhista a reclamada deverá alegar toda a matéria de defesa na contestação, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir (art. 300 do Código de Processo Civil). Trata-se especificamente do Princípio: (A) da estabilidade da lide. (B) da eventualidade. (C) da instrumentalidade (D) inquisitivo. 12 (E) da economia processual. 4. ATOS, TERMOS E PRAZOS PROCESSUAIS CAPÍTULO II DO PROCESSO EM GERAL SEÇÃO I DOS ATOS, TERMOS E PRAZOS PROCESSUAIS Art. 770 - Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizar- se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. Parágrafo único - A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, mediante autorização expressa do juiz ou presidente. Art. 771 - Os atos e termos processuais poderão ser escritos a tinta, datilografados ou a carimbo. Art. 772 - Os atos e termos processuais, que devam ser assinados pelas partesinteressadas, quando estas, por motivo justificado, não possam fazê-lo, serão firmados a rogo, na presença de 2 (duas) testemunhas, sempre que não houver procurador legalmente constituído. Art. 773 - Os termos relativos ao movimento dos processos constarão de simples notas, datadas e rubricadas pelos secretários ou escrivães. (Vide Leis nºs 409, de 1943 e 6.563, de 1978) Art. 774 - Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título contam-se, conforme o caso, a partir da data em que for feita pessoalmente, ou recebida a notificação, daquela em que for publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da Justiça do Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na sede da Junta, Juízo ou Tribunal. (Redação dada pela Lei nº 2.244, de 23.6.1954) Parágrafo único - Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser encontrado o destinatário ou no de recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de responsabilidade do servidor, a devolvê-la, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal de origem. (Incluído pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946) Art. 775 - Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovada. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946) Parágrafo único - Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou dia feriado, terminarão no primeiro dia útil seguinte.(Redação dada pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946) Art. 776 - O vencimento dos prazos será certificado nos processos pelos escrivães ou secretários. (Vide Leis nºs 409, de 1943 e 6.563, de 1978) Art. 777 - Os requerimentos e documentos apresentados, os atos e termos processuais, as petições ou razões de recursos e quaisquer outros papéis referentes aos feitos formarão os autos dos processos, os quais ficarão sob a responsabilidade dos escrivães ou secretários. ( Vide Leis nº 409, de 9, de 1943 e 6.563, de 1978) Art. 778 - Os autos dos processos da Justiça do Trabalho, não poderão sair dos cartórios ou secretarias, salvo se solicitados por advogados regularmente constituído por qualquer das partes, ou quando tiverem de ser remetidos aos órgãos competentes, em caso de recurso ou requisição. (Redação dada pela Lei nº 6.598, de 1º.12.1978) Art. 779 - As partes, ou seus procuradores, poderão consultar, com ampla liberdade, os processos nos cartórios ou secretarias. Art. 780 - Os documentos juntos aos autos poderão ser desentranhados somente depois de findo o processo, ficando traslado. 13 Art. 781 - As partes poderão requerer certidões dos processos em curso ou arquivados, as quais serão lavradas pelos escrivães ou secretários. (Vide Leis nºs 409, de 1943 e 6.563, de 1978) Parágrafo único - As certidões dos processos que correrem em segredo de justiça dependerão de despacho do juiz ou presidente. Art. 782 - São isentos de selo as reclamações, representações, requerimentos. atos e processos relativos à Justiça do Trabalho. Classificação dos prazos processuais: 1) Quanto à origem da fixação: a. Legais. b. Judiciais. c. Convencionais. 2) Quanto à natureza: a. Dilatórios. b. Peremptórios. 3) Quanto aos destinatários: a. Próprios. b. Impróprios. SUM-1 PRAZO JUDICIAL (mantida) – Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-feira imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá no dia útil que se seguir. SUM-170 SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. CUSTAS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Os privilégios e isenções no foro da Justiça do Trabalho não abrangem as sociedades de economia mista, ainda que gozassem desses benefícios anteriormente ao Decreto-Lei nº 779, de 21.08.1969 (ex-Prejulgado nº 50). SUM-262 PRAZO JUDICIAL. NOTIFICAÇÃO OU INTIMAÇÃO EM SÁBADO. RECESSO FORENSE (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 209 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente. (ex-Súmula nº 262 - Res. 10/1986, DJ 31.10.1986) II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho (art. 177, § 1º, do RITST) suspendem os prazos recursais. (ex-OJ nº 209 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) OJ-SDI1-192 EMBARGOS DECLARATÓRIOS. PRAZO EM DOBRO. PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO. DECRETO-LEI Nº 779/69 (inserida em 08.11.2000) É em dobro o prazo para a interposição de embargos declaratórios por pessoa jurídica de direito público. OJ-SDI1-310 LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO. ART. 191 DO CPC. INAPLICÁVEL AO PROCESSO DO TRA-BALHO (DJ 11.08.2003) A regra contida no art. 191 do CPC é inaplicável ao processo do trabalho, em decorrência da sua incompatibilidade com o princípio da celeridade inerente ao processo trabalhista. OBS: o art. 191 CPC 1973 corresponde ao art. 229 do novo CPC. Veja: Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento. § 1o Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles. § 2o Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos. 14 QUESTÕES DE CONCURSOS 01 - (CESPE_TRT08_2016_TJAA) No que concerne aos atos, termos e prazos processuais na justiça do trabalho, assinale a opção correta. (A) As certidões dos processos que correrem em segredo de justiça deverão ser lavradas pelos escrivães ou chefes de secretaria, independentemente de despacho do juiz da vara. (B) A comunicação processual dirigida à autoridade judiciária de outro tribunal no território nacional é feita mediante carta rogatória. (C) A justiça do trabalho prevê a intimação como forma de comunicação dos atos processuais. (D) As empresas públicas e as sociedades de economia mista têm o prazo de vinte dias, contados a partir da data da intimação inicial, para comparecer à audiência inicial de conciliação para apresentação da defesa (E) Caso o interessado seja notificado no sábado, o início do prazo dar-se-á no primeiro dia útil imediato, devendo a contagem do prazo iniciar-se no dia subsequente. 02 - (FCC_TRT14_2016_TJAA) Em uma ação que tramita na Justiça do Trabalho em que o reclamante empregado postula o pagamento de indenização por danos materiais em face da reclamada empregadora, é correto afirmar: (A) Os atos processuais serão públicos não comportando nenhuma exceção em razão do interesse social. (B) Os prazos para realização dos atos contam-se com inclusão do dia do começo e do vencimento, ficando suspensos nos finais de semana. (C) Os prazos processuais que se vencerem na sexta-feira, terminarão na segunda-feira da semana seguinte. (D) As audiências serão públicas e realizar-se-ão nos dias úteis, somente no horário compreendido entre as 11 e 19 horas, não podendo ultrapassar 2 horas seguidas. (E) A penhora na fase de execução da sentença poderá ser realizada em domingo ou feriado, mediante expressa autorização judicial. 03 - (FCC_TRT14_2016_AJAJ) Sobre os atos processuais relativos ao processo do trabalho no rito ordinário é correto afirmar: (A) Serão públicos, salvo quando o contrário determinar o interessesocial, e serão realizados, nos dias úteis das 6 às 20 horas, exceto a penhora, que pode ser realizada em domingo ou feriado, mediante autorização judicial expressa. (B) A penhora poderá ser realizada em qualquer dia e horário independente de autorização expressa do juiz por se tratar de ato de execução e para atender ao princípio da eficácia. (C) Serão sempre públicos, realizados somente nos dias úteis, no horário das 6 às 21 horas, exceto a penhora que poderá ocorrer das 5 às 23 horas. (D) Serão públicos, salvo em caso de segredo de justiça assim determinado pelo Ministério Púbico do Trabalho, apenas em dias úteis, no horário das 8 às 19 horas. (E) Serão sempre públicos, não havendo segredo de justiça em processo trabalhista, nos dias úteis, das 11 às 19 horas, exceto as penhoras que podem ocorrer das 8 às 20 horas. 04 - (FCC_TRT23_2016_AJAJ) Os prazos processuais previstos no Processo Judiciário do Trabalho contam-se (A) a partir do dia imediatamente seguinte à data em que foi feita a notificação. (B) 48 horas após a data em que foi feita a publicação do edital no jornal oficial. (C) 10 dias após a data em que foi feita a publicação do edital na sede da Vara ou Tribunal. (D) 48 horas após a data em que foi recebida a notificação por oficial de justiça. (D) com a exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.
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