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Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 RESUMO FINAL – SAÚDE DO IDOSO – ATM 2018/2: 1) AULA DE INTRODUÇÃO (09/03/2016): Geriatria Estudo do envelhecimento humano (país em desenvolvimento idade de 60 anos, países desenvolvidos = 65a). Envelhecimento populacional mudanças de perfil de doenças, necessidade de adaptação do sistema de saúde e preparação adequada de profissionais. Importante – Diferenciar patologia de envelhecimento. Situação atual = Falta de preparo do sist de saúde para a atual situação de envelhecimento da pop. Objetivo da geriatria = minimização do impacto do envelhecimento pop sobre o sist de saúde promover compressão da morbidade (promoção de saúde). Acreditava-se que o final da vida era caract por: desestabilidade física + incompetência mental + rejeição familiar + solidão. Curso natural/ envelhecimento Acúmulo de alterações deletérias e suas manifs externas que ocorrem ao passar do tempo. Falência da manutenção da homeostase (sob condições de estresse fisiológico). Associado a uma menor viabilidade e a um aum na vulnerabilidade do indivíduo. Grande variabilidade: principal caract do envelhecimento. Caracts jovens e alteradas de forma irregular e individual idosos = pop na qual algumas caracts jovens continuam, outras alteram-se de modo irregular e individual. Senescência - perda na função dos órgãos por envelhecimento. Por que envelhecemos? Caracts herdadas = base para habilidades de acomodação da espécie ao meio o meio se modifica com o tempo espécies têm maior chane de sobreviver quando composta por membros que possuam grande variabilidade maior probabilidade de que alguns membros mantenha homeostase em face de alts ambientais (componente genético favorável). Se todos os membros fossem geneticamente iguais teriam a mesma chance de sobreviver ou não. Doença: resultado particular de falência na manutenção de estrutura anatômica ou fisiológica expressão de falhas sistêmicas em pontos fracos da estrut anatômica e fisiológica do organism. Envelhecimento e doenca acúmulo de dcas crônicas, sequelas de episódios prévios de dça. A avaliação tradicional deriva da apresentação de dças em jovens todos os sintomas são derivados de uma doença! *PORÉM, uma única dça não justifica queixas, e nem sempre a maior queixa corresponde à dça mais séria! Padrão de apresentação em idosos: Apresentação ATÍPICA Dça pode ser SILENCIOSA Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 Sintomatologia/ apresentação TARDIA Dça pode causar CRISE SOCIAL Dças hospitalização/ institucionalização. Sinalizadores/ Padrão de apresentação as dças do idoso costumam apresentar-se através dos GIGANTES DA GERIATRIA (7): 1. Imobilidade 2. Instabilidade 3. Incontinência 4. Insuf cognitiva 5. Iatrogenia 6. Incapacidade de comunicação 7. Insuf familiar Saúde = não é a ausência de dça, mas o conjunto de bem-estar físico, psic, funcional e social. Rotina no atendimento = gigantes da geriatria (7is) + garantia do estado funcional autonomia e independência + compressão de morbidade + promoção de saúde uso da AGA! Autonomia = decidir. Capacidade de gerir a própria vida e de tomar decisões. Independência = sem ajuda. Capacidade de realizar atividades cotidianas sem auxílio. 2) AULA DE AGA (16/03/2016): Avaliacao Geriatrica Ampla: Anamnese específica do idoso – abordagem de possíveis fatores genéticos (hx familiar), determinação do estilo de vida, vacinas, utilização de instrumentos específicos (7is – gigantes da geriatria) elaboração de plano de ação que busque envelhecimento saudável (bem sucedido) – processo individualizado. A realização da AGA permite: Id de problemas pertinentes – dx. Verificar resposta a ttos – evolução. Avaliar condições do idoso para realizar ou receber det ações – estadiamento. Auxilia no estabelecimento de prognóstico. Conjunto de escalas criado na déc de 30 pela médica Marjory Warren. 1936 - pcts crônicos, imobilizados, negligenciados, sem dx médico apropriado, não encaminhados para reabilitação. Prognostico internações prolongadas. Pactes vivos pelos cuidados da enfermagem e resolução das situações agudas. Incapacidade por falta de dx adequado e reabilitação. Após implemenação da AGA + reabilitação maioria dos pctes deixou de ter imobilidade e muitos receberam alta. Conclusão todo idoso deveria receber uma AGA; AGA é sempre multidimensional; frequentemente interdisciplinar (objetivo de determinar as deficiências, incapacidades e desvantagens do pcte idoso); planejamento do cuidado e acompanhamento a longo prazo. Características: ≠ da anamnese/exame clínico padrão. Foco = enfatiza a avaliação da capacidade funcional e da qualidade de vida. Avalia parâmetros psicológicos e sociais – escala/testes, vários métodos de avaliação em uma avaliação única e compacta = meio prático criado por geriatras com o objetivo de “ver o idoso como um todo” . AGA sempre resulta em uma intervenção - reabilitação, aconselhamento, internação. Aplicada em diferentes locais - hospital, Conceito: instrumento formado por conjunto de escalas, testes ou perguntas, previamente validados, que objetiva atender melhor o idoso. Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 instituição de longa permanência, pronto socorro, ambulatório. (adaptada à situação do paciente). Benefícios e utilidades: Nível individual: Completa exame físico padrão Det grau e extensão da inacapacidade Id risco de declínio funcional Permite avaliar riscos (desnutrição, imobilidade,...) Guia para escolha de medidas preventivas, tto (farmacoterapia, fisio, terapia ocupacional, psicoterapia) Id iatrogenias Estabelece parâmetros para acompanhamento do pcte Orientação para mudanças e adapts no ambiente Indica melhor lugar para cuidados Nível populacional: Medida precisa em estudos clínicos onde se avalia a capacidade funcional e qualidade de vida Permite investimento em saúde, qualidade de vida e bem-estar Serve para planejamento de ações e políticas de saúde Id pop de risco Estrutura: Caracts do envelhecimento variabilidade Perfil de saúde do idoso predomínio de dças crônicas Envelhecimento fisiológico X cronológico Síndromes geriátricas (7is): Imobilidade, Iatrogenia, Incontinência urinária, Insuf familiar, Incapacidade de comunicação, Instabilidade postural, Insuf cognitiva Capacidade funcional = parâmetro de saúde Saúde: OMS – domínios em que dano/lesao causam disfunção Deficiência: anomalia, perda da estrut corporal, aparência ou fção de órgão/sistema. Desvantagem: restrições/perdas sociais e/ou ocupacionais. Incapacidade restrição ou perda da habilidade. Exemplo: dano ou lesão no Alzheimer (anamnese/exame clínico tradicional) diagnóstico tradicional. Deficiência ou perda cognitiva e incapacidades (executar atividades de vida diária) melhor avaliados por AGA – que avalia grau da incapacidade ocasionada pela deficiência cognitiva e proposição de medidas comportamentais. Autonomia capacidade cognitiva preservada e sem estados de depressão/ alterações de humor (afetam o poder de decisão). Independência capacidade de mobilidade e comunicação. Cognicao – humor – mobilidade – comunicação (capacidades interligadas) planejamento para melhoria da qualidade de vida. Avaliação funcional: Peculiaridades: Fenômeno do iceberg = problemas médicos id são apenas uma parcela dos Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 transtornos existentes, muitos permanecem submersos, ocultos e não diagnosticados. OBS: costumam passar despercebidos ou ser inadequadamente tratados os sinais e sintomas de depressão, incont urinária, hipotensão ortostática, outros. Uma única condição pode ter ampla correspondência diagnostica: Tontura vertigem, instab post, cerúmen, desidrat, neuropatia, efeito colat a meds. Falta de energia anemia, depressão, hipotireoidismo, ICC em pcte sedentário. Anorexia depressão, alts do paladar, dist gástricos, intoxicação digitálica, dists metab. Contemplação do velho doente: No consultório: Acompanhado /sozinho? Locomoção/velocidade de marcha Vestuário/ cabelos Calcados Odor Unhas Postura (cabisbaixo, sinal da cabeça) Sacola de exames. No leito: Odor de urina Eritema em região inguinal Úlcera de decúbito Resíduos de fezes no vestuário Equimoses e hematomas Edema sacral (icc) Hipoacusia Alimentos e medicamentos vencidos. Cuidados na abordagem: Profissionais jovens x pctes velhos, hipoacusia/ presbiacusia, otimismo/ segurança, hx clínica demanda mais tempo e é mais complexa, pluripatologia, aguardar respostas (dificuldades de compreensão e articulação das palavras), condução da anamnese/ interrogatório sobre diversos aparelhos, checar lista de meds prescritos e não prescritos, caso perceba alteração na cognição, ouvir outras fontes sem ferir o vínculo profissional-paciente. Exame físico: desidratação/ anemia, pescoço (tireoide, pulsos, sopros, cicatrizes, gânglios), tórax (dim expans, aum cifose), CV (B hipofoneticas, SS + em 60% dos idosos), efeito jaleco branco, hipotensão postural, pseudo-hipertensão (sintomas de hipotensão ou sinal de osler+), abdome (flácido, sensiblidade dim, aneurisma), ostearticular (mobilidade, crepitações, edema), toque retal. 3) INSUFICIÊNCIA FAMILIAR (23/03/2016): Insuficiencia familiar: BR envelhecimento pop. Acelerado – adaptação do sist de saúde BR terá que ocorrer em período menor do que o ocorrido em países desenvolvidos. É necessária a elaboração de políticas em saúde realistas – avaliações e ttos necessários são muito caros. Direcionamento de recursos disponíveis relação custo-benefício adequada. Idoso do ponto de vista fisiológico perda das funções. Modificar foco de atenção de situações agudas (com ttos episódicos) para esforços contínuos e multidimensionados. Abordagem do idoso avaliação de suas capacidades, problemas médicos, psicológicos, funcionais, sociais. Família = base/raiz da estrutura social (responsável pela maior parte do cuidado ao idoso). Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 Avaliação familiar = componente crítico da abordagem do pcte idoso (envolvimento/capacidade de suporte). Interação idoso-família diminuição de custos em saúde e investimento maior em qualidade de vida. Hospital deve ser destinado ao tto de situações agudas – comum abandono das famílias quando idoso recebe alta com perda das capacidades funcionais habituais previas a internação. Durante a internação devem ser avaliadas as condições familiares para alta hospitalar Encaminhamento ao serviço social quando necessário. Perfil da família: Expectativa do idoso = família ampliada cuidado de doentes – responsabilidade da família, fonte de valorização afetiva e social. Mudança – família nuclear difícil assistência do idoso (síndrome do filho único, maus-tratos); maior chance de institucionalização; institucionalização X domicílio? Qual seria a melhor opção? Família preparada para envelhecimento dos membros? Perfil do idoso: Riqueza biográfica/ pobreza biológica, envelhecemos como vivemos, menor capacidade adaptativa (melhor que permaneça sempre na mesma casa, não fazendo mudanças frequentes), difícil aceitação de mudanças, maior dep do amb familiar, família significa intimidade e abertura. Avaliação Familiar: Determinar a capacidade de atuação da família na estruturação de atenção à saúde do idoso. Buscar permanência do paciente em casa, evitar institucionalização desnecessária. Avaliar e proporcionar suporte aos cuidadores (ser cuidador é considerado fator de risco para outras doenças). Abordar aspectos de segurança e avaliar possibilidade de maus tratos/abuso. Abordagem Momento a sós com pcte – garantia de privacidade. Entrevista com outros – verificação de informações, determinação de pcte-válvula de escape (cuidador que não promove o melhor cuidado). Entrevista com todos e observação de interação e infs contraditórias. Cuidador formal (observar o uso correto das medicações, abuso do uso de sedativos, etc) X informal. Novo encontro à sós com pcte – foco de atenção no pcte, reavaliação de infs, esclarecimento de interações. Avaliação do cuidador A abordagem do cuidador é o meio mais eficiente para evitar institucionalização e prevenir a presença de abuso. A maioria das famílias pode dar suporte a crises médicas rápidas, já dças crônicas debilitantes geram deseq familiar. Cuidador = pessoa que assiste ou presta serviçoes ao idoso quando necessário. Cuidador possui risco aum para dças físicas, mentais e secund ao estresse. 95% cuidadores informais (familiares, amigos sem formação profissional de saúde, mulheres). Fontes de estresse do cuidador: Comportamental - perambulação, insônia, esconder coisas, sexualidade, resist ao cuidado, raiva. Capac funcional: dep nas atividades de Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 vida diária, déficit cognitivo Modif de vida: emprego, conflitos familiares. Estresse do cuidador: escala específica - Zarit reduzida. ≥ 22 pontos indica sobrecarga. Dças ocupacionais - transtornos psiq, dças osteomusc. Atitudes preventivas. Organização de folgas. Avaliação da segurança em casa: observação de condições de vida e moradia (visita domiciliar). Importante para dx correto de algumas síndromes geriátricas. Busca melhoria da qualidade de vida por meio da adoção de estratégias adaptativas. Guia de avaliação de segurança: Estrutura básica (chão intacto, sups sólidas, banheiro funcional, ar fresco); controle de temperatura (ventiladores, ar condicionado, bolsas de água quente adequadas), nutrição (alimentos estocados, álcool, conds cozinha, insetos), prevenção de incêndio, prevenção de crimes (fechaduras, socorro próximo), prevenção de auto-injuria (armas, facas, ferramentas). Manejo de medicações. Controle de perambulação. Abuso: síndrome de violência familiar. Observar a presença de indicadores de abuso. Físico (dor ou injuria) – mau uso de meds, higiene pobre, necessidades medicas não atendidas, presença de lesões. Psicológico (desconforto emocional ou psíquico) – humilhação, manipulação. Negligência (incapacidade do cuidador de atender às necessidades do idoso – intencionalou não) – isolamento, supervisão inadequada, abandono. Exploração material – aprop ou contratos mal manejados, bloq a props ou contratos, roubo, extorsão. Entrevista separada - questionar ao idoso. Manejo: procurar proporcionar ao idoso melhor função e qualidade de vida. Ajudar família e paciente sobre cuidados necessários - problemas médicos, estado funcional, recursos disponíveis e preferências.Uso de estratégias – suporte social, oportunidade para falar de sentimentos, planos alterntivos. Medidas alternativas/ intermediárias – centros-dia, hospitais dia - buscando o máximo de contato do idoso com a família. Quando institucionalização é inevitável manter um amb familiar, objetos pessoais, de decoração, e liberdade de horários para a visita. Para adaptar a casa --> Normas ABNT para acessibilidade. 4) IATROGENIAS (30/03/2016): Qualquer agravo à saúde que resulta de um procedimento dx ou intervenção terapêutica que não seja ocorrência natural da doença. Iatrakós – relativo ao médico e à medicina, refere-se a todo malefício provocado ao pcte decorrente do seu tto, seja ele medicamentoso ou no âmbito das relações humanas. 58% dos idosos hospitalizados sofrem no mínimo 1 complicação iatrogênica. 50% são reversíveis. Maior risco – por ter menor reserva homeostática, polifarmácia, comorbidades. Exemplos: complicações de proceds dx ou Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 terapêuticos, infecção hospitalar, dist hidroeletro, úlceras por pressão, etc. Diretamente relacionadas à qualidade da avaliação medica – determinante de iatrogenia mais potencialmente reversível. Identificar e manejar condições preveníveis. Cálculos DCE – Creatinina – ajuste de ATBs. Homem: Clearence de Creatinina = [((140-Idade) x Peso(kg)) / (Creatinina Sérica x 72)] Mulher: Clearence de Creatinina = [((140-Idade) x Peso(kg)) / (Creatinina Sérica x 72)] x 0,85 Iatrogenia em idosos: fruto de atitudes preconceituosas em relação à velhice e ao idoso (ser inútil, excluído socialmente); iatrogenia do cuidado (negligência, maus- tratos, quedas, contenções físicas, úlceras de decúbito, delirium, infecs hospitalares e complicações perioperatórias); iatrogenia dos medicamentos (doses inadequadas, metab diferenciado, apresentações atípicas das dças, multiplicidade de patologias, uso concomitante de inúmeros medicamentos – interações nocivas). Cuidados paliativos – objetiva dar conforto ao pcte, em vez de prolongar-lhe a vida a qualquer custo. Quedas: idosos que já caíram anteriormente têm 4-20x maior chance de sofrer fratura – sempre abordar o assunto durante a anamnese! Prevenção da iatrogenia: 1) delirium – emergência geriátrica. Causas mais comuns = infecs, dist metabólicos e hidreletrolíticos, uso inadequado de drogas, privações sensoriais – visão, audição, mudanças ambientais. Avaliação do estado mental, evitar interrupção de sono, mudanças de quarto, drogas que induzam delirium. Sua presença é sinal de mau prognóstico – internação mais longa, aum morbimortalidade, custos hosp. 2) trato urinário – evitar cateteres, repouso prolongado, drogas anticolinérgicas e alfa adrenérgicos não esquecer de prescrever retirada da sonda. 3) estado funcional – preservar estado funcional desde a admissão, AVDs, manter o paciente deambulando. 4) quedas – grades protetoras nos leitos, bloqueio de acesso a escadas e uso de pisos antiderrapantes, boa iluminação, corrimões, barras de segurança em banheiros. Contenções vêm sendo questionadas, pois estão relacionadas a maior risco de úlceras de decúbito, aum do tempo de internação, maior risco de infecs e maior mortalidade (grande estresse emocional). Evitar uso continua de medicamentos contra insônia - manter uso se necessário. 5) Estado nutricional – avaliar má nutrição, iniciar suporte nutricional precoce, não iniciar restrições dietéticas para mal nutridos. 6) Hábito intestinal – minimizar repouso prolongado, prevenir desidratação, evitar fármacos que contribuem para constipação, evitar uso desnecessário e prolong de ATB. Em pacientes já constipados não prescrever dieta rica em fibras – provoca fecaloma. 7) Depressão – identificar tratar pctes deprimidos, tratar o pcte com dignidade e atentar para sua aparência e humor. Evitar meds que exacerbam sintomas depressivos e encorajar visitas. 8) Cuidados da pele - úlceras por pressão, Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 como limpar a pele. Aprox 5% dos pctes hospitalizados adquirem úceras por pressão durante a internação (idosos diabéticos têm 3x mais risco de adquirirem escaras). 9) Cx –realizar pré-op, procurar agendar cx para o primeiro horário e evitar jejum prolongado e longos períodos deitado, evitar cx quando equipe for menor no pós op. Cx de urgência em geriatria – mortalidade de 21% (eletivas = 1,9%) retardo na indicação cirúrgica = iatrogenia. 10) atenção médica - coord do cuidado por um único médico, participação do médico do pcte no cuidado, garantir comunicação entre equipe. Lavagem de mãos, uso racional de atbs, vacinação. 11) polimedicação - uso de 2 ou mais drogas por 240 dias/ano. 12) perda de punção venosa – pode ser evitada com a colocação de talas nas mãos, uso de gelcos em vez de scalps, troca periódica de veias para evitar aparecimento de flebites (dor déficit cognitivo e agitação). 13) infecções nosocomiais – principalm resp, urinarias e de pele. ILPs fragilidade dos residentes, superlotação. Mudanças fisiológicas do envelhecimento: 1) absorção: olho seco, xeroftalmia, tempo de esvaziamento gástrico aumentado, dim da acidez gástrica. 2) Aos 70 anos houve perda de 40% da função renal. 3) síndrome de fragilidade – mais complicações iatrogênicas, mais vulneráveis. Aum de quedas, risco de institucionalização e aum de mortalidade. Princípios em fármaco-geriatria – trabalho em equipe, revise prescrição, cuidado com polifarmaco e uso de fitoterápicos. Reações adversas são 7x mais comuns em pacientes idosos. Fatores de risco para reação adversa: Mais de 5 medicações/ dia 2 ou + comorbidades História prévia de reação adversa Demência Insuf renal Idade avançada > 85 anos Múltiplos prescritores Use a menor dose possível, prefira dose oral e evite subtratamentos. Absorção intramuscular é muito errática e há perda de massa muscular no envelhecimento – dói muito mais. Evitar subtratamentos – por exemplo IECA na insuf cardíaca (dose plena). BR não pode mais vender atb sem receita 66% dos atbs eram vendidos sem receita medica. Nos EUA uso inadeq de meds está entre as 10 principais causas de mortalidade. Idosos 23% da renda comprometida por meds. Investigar má aderência – custos, efeitos colaterais, complexidade da receita, letra do médico, número de medicações. Critérios de Beers: Ferramenta de uso para clínico geral, não é feito exclusivamente para geriatras. Lista de aconselhamento para melhor prescrição do idoso – com medicamentos potencialmente danosos para o idoso, mas não é lista de proibições, por vezes não há outra alternativa e tais medicamentos devem ser usados. Anticolinérgicos – aum risco de xeroftalmia, constipação, hipotensão postural, retenção urinaria. Histamínicos de primeirageração – Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 aum risco pra quedas, muito sedativos. Antiparkinsonianos – iMAOs (antigos) – riscos de interações com alimentos – queijos, muito mal tolerados. Antiespasmódicos – tendem a constipar, como buscopam – constipa mais e promove translocação bacteriana. Antitrombóticos – antiagregante plaquetário ticlopidina – já em desuso. Alternativas melhores = AAS, clopridrogel. Antimicrobianos – nitrofurantoina – potencial de toxicidade pulmonar, principalmente os que tiverem comprometimento de função renal. Principalmente se Cr > 60. Alfabloqueadores – alfa1 de ação central – doxasozina – pode descompensar insuf cardíaca e pode dar hipotensão postural, usado como anti-prostático apenas. Antiarrítmicos – amiodarona – antiarrítmico mais prescrito – provoca efeitos colaterais de hipotensão, bradicardia, todo antiarrítmico pode dar arritmia, prolongamento de QT, torsades de pointes, aum glicemia, constipação, flebite. 90% dos pacientes possuem depósito corneano (encaminhar para oftalmo), toxicidade pulm – fibrose irreversível pulmonar, disfunção tireoideana (hiper ou hipo – monitorar TSH), toxicidade hepática em 30%, dispneia, cor azulada na pele, fotossensibilidade. Digoxicina – cuidar função renal, aum mortalidade, ainda usada em insuf card com fração de ejeção baixa, mas meio comprimido para paciente idoso ou dias alternados, acelera muito perda da função renal. Espironolactona – cuidar potássio – acima de 5,5 já é considerado contra indicação. Estudos de HYVER – Hypertension in the very elderly: AAS na prevenção secundária. AAS na prevenção primaria – individualizar risco – alto risco beneficia, risco baixo balancear sangramentos. Fibrilação e anticoagulação – maioria dos idosos tem indicação de anticoagulação – preferencialmente varfarina (antagonistas vit K). RNI > OU = a 2 em pctes com FA dim AVC, mas tb a severidade do AVC e a mortalidade pelo AVC. Manter RNI entre 2-3. Novos anticoag orais 2009 (dabigatran) – na dose 110mg (mais baixa) < risco sangramento e eficaz como varfarina. Sem necessidade de monitorar TP/RNI. Menos interações medicamentosas. Ainda muito caros – BR ainda usam-se cumarínicos. Sistema nervoso central – antidepressivos tricíclicos aum risco de arritmia, efeitos colinérgicos. Cardiopatas isquêmicos não podem usar tricíclicos, QT longo não usar tbm. Antipsicóticos – típicos e atípicos aum similar e dose-dependente no risco de morte súbita. O efeito absoluto dos antipsicóticos na mortalidade de pacientes idosos com demência foi maior do que previamente reportado e dose-dependente. Por vezes, pode-se utilizar ISRS Citalopram ao invés de antipsicóticos. Benzodiazepínicos de meia vida longa – diazepam, flurazepam, clonazepam – aum risco de quedas e sedação – não suspender abruptamente (crise de abstinência). Reposição hormonal – riscos Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 tromboembólicos e CA de mama. Metoclopramida – plasil: constipação. Entre morfina e meperidina (opioides) – escolher morfina. Duas dão náuseas, vômitos e constipação, mas meperidina é mais tóxica. Testosterona deve ser prescrito na síndrome hipogonádica – riscos de hiperplasia prostática, câncer de próstata, policitemia, síndrome da apneia do sono, risco cardiovascular(?) ainda em discussão. Hormônio da tireoide – teriparatide – aum densidade óssea coluna e fêmur, dim risco de fratura vertebral, uso máximo de 2 anos. Cálcio para todos? Não, é ideal que esteja na dieta – Ingerir diariamente 1,2g cálcio e 800 ui vit D, tomar sol. Bifosfonato – usar pelo menos 2 anos - EV – não dim fratura de quadril. Efeitos Colaterais – febre, mialgia, piora fção renal, risco de osteonecrose (mandibular e femoral) com aum dose, Bifosfonato pode aum sangramento. Reposição hormonal pode aum efeitos tromboembólicos. Analgésicos e Relaxantes musc – sonolência, aum risco para quedas, delirium. AINEs aum risco de úlceras gástricas, sangramentos em geral, insuf renal, hepatotoxicidade, infarto, aum PA AVC. STOP & START: Complementar critérios de Beers. STOP: Diurético de alça só para tirar edema periférico, usa meia-elástica, manda deambular. Aum risco de hipotensão, hipocalemia, dist eletrolítico. Cuidar o risco de crise de gota com tiazídico. Evite AAS para tratar tontura – investigue a causa da tontura. Tricíclicos – risco de glaucoma (todas as anticolinérgicas exacerbam glaucoma). AINES – controle da PA, risco de insuf renal e descompensação de insuf cardíaca. Omeprazol sem indicação – mais de 8 semanas de tto são necessárias? Uso crônico de omeprazol deficiência de B12 demência. Risco de TVE com reposição hormonal. Neurolépticos – risco de quedas. START: Anticoagulante oral em desfibrilados crônicos AAS prevenção 1ª e 2ªaria Estatina para alto risco e prevenção 2ªaria iECA pctes DM para proteger rim e reverter microalbuminuria HAS deve ser tratada Tratar idosos asmáticos B2 de longa + cort inalat, DPOC com indicação O2 domiciliar Não economizar Levodopa em dx de Parkinson (droga mais efetiva para melhora de sintomas, vai perdendo efeito, mas se prognostico de expectativa de vida é curto, não vale a pena economizar, pode ser usada como teste terapêutico, se funciona é Parkinson). Antidepressivo – sempre ttar, impacto da qualidade de vida, prevenção de suicídio. Bloq bomba de prótons – cuidar uso prolongado, mas deve ser usado quando necessario. Fibras – melhora da funcao intestinal. Ttar osteoporose – Bifosfonato, Ca, vit D, Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 DMARD – disease modifying antirheumatic drugs. Ginkgo biloba x memória x avc e ait --> não tem comprovações científicas. Único uso comprovado – labirintite. Não repor vitaminas para quem não é desnutrido. Considere uso de ttos não farmacológicos: acumputura, terapia ocupacional, atividade física regular, etc. 5) PLANEJAMENTO DE CUIDADOS (06/04/2016): Visão geriátrica – tentar atender pcte no dia-a-dia na lógica de promover a saúde. Saúde não só como ausência de doença, mas bem-estar físico, mental, social e funcional. Promoção de saúde = prevenção/ compressão de morbidades + evitar iatrogenias. Mais barato prevenir intervenções graves – planos de saúde na busca ativa de pacientes – manutenção da saúde do paciente idoso. Gerenciamento do pcte crônico. Capacidade Funcional: Autonomia = capacidade de tomada de decisão e execução do pretendido. Independência = capacidade física, mental e social para realizar atividades requeridas para a vida diária (comuns AVDs ou instrumentais AIVDS). Utilizada como norteadora para escolha de ttos e tomada de decisões. Montar plano em ordem de prioridade. Plano de cuidados em geriatria SENECULTURA (patologias crônicas compensadas e boa capacidade funcional – há benefícios em fazer screening de doenças?, cuidado preventivo – plano de cuidados individualizado). Entender o quanto o envelhecimento incidiu sobre o individuo/patologias pregressas – plano de cuidados que não sejam fúteis. Avaliaçãoda predisposição do pct a ter doenças, quais já estão instaladas, rastreio para diagnósticos precoces – exames para detectar patologias tratáveis. Patologias que podem ser detectadas em fase sintomática ou assintomática – o quanto patologias estão atrapalhando atividades diárias (capacidade funcional – dia-a-dia comprometido pelas patologias) – proximidade ou não do óbito (qual o foco principal?) o Fase inicial – ações preventivas e procedimentos promocionais plano que promova manutenção da saúde. PREVENÇÃO = Cuidados antecipató- rios – medidas capazes de reduzir a predisp às dças ou atrasar início das dças e suas complicações (melhorar qualidade de vida, limitar impacto das incapacidades e aum esperança de vida). Prevenção Primária! Prevenção – cuidados antecipados. Promoção da saúde Alimentação saudável, ativ física, sanitarismo, lazer, cultura, evitar fumo álcool e drogas, Proteção específica HAS, imunização (tétano, gripe, antipneumococica), dislipidemia, antiagreg Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 desenv personalidade, moradia adeq, conds agradáveis de trabalho. plaquet, uso de alimentos específicos (vits, minerais e hormônios), suspensão do tabagismo alcoolismo e drogas, saúde ocupacional, higiene, proteção X substs carcinogênicas, aconselhamento genético, uso de preservativo, controle de vetores. o Fase sintomática – ações curativas e/ou paliativas saber explicar medidas para que condutas sejam seguidas, orientar paciente quanto a necessidade de fazer atividades físicas/mudanças na alimentação. Prevenção secundária: Rastreamento Dx e tto precoce das dças no estágio pré- clínico. Marcadores biológicos Limitação da invalidez Dx precoce e tto imediato para limitar as complicações da dça (incapacidades). o Fase de incapacidade – ações de reabilitação. Fisiatra trabalha manejo com medicações – para retomada da capacidade funcional. Prevenção terciária: Reabilitação Tecnologia assistiva Prevenção quaternária: Detecção de ind em risco de tto excessivo proteção X intervenções médicas inpropriadas e sugerir alternativas – evitar risco de adoecimento iatrogênico. EVITAR IATROGENIA Excesso de rastreamentos e propedeudica complementar/ Abuso de medicalização de fatores de risco. Primum non nocere Plano de acordo com a expectativa de vida do pcte: - Se a sobrevida > 5 anos glicada de 7 - Se sobrevida < 5 anos glicada entre 8-9 Exemplos: Dcs CV: Presença de fatores de risco, dieta, manejo de HAS, pedido de ECG, AAS, estatina inibidores da ECA? DM: mod estilo de vida, teste glicemia, totg ≥ 45 anos ou com fatores de risco, uso inib ECA, AAS, estatinas Neoplasias: Colo do útero em > 60 anos até 10 anos com 3 cp negativos. Mama – 50-74 anos, em > 70 anos com boa saúde. Cólon – pesquisa de sangue oculto nas fezes anual 50-75 anos. Próstata – questionável, 50-75anos, se sobrevida de 10 anos. PSA é questionável em pctes que não tem sintomas clínicos=ls. Osteoporose: DMO em > 60 anos na mulher e >70 anos no homem, antes e se tiver fatores de risco (risco de quedas, frax model). DST (aids) Acidentes: doméstico, trânsito. Necessidade de exames e abordagem diferente: Idoso robusto e Idoso frágil (vem ao consultório por motivo x, se resolvido, oferece-se todo o pacote de prevenção). Frágil de alta complexidade e Idoso em fase final e vida – nenhuma abordagem intervenção – medidas para aliviar desconforto, promover bem estar. Desafios: o saúde x dça, o situação instalada ou riscos, o capacidade funcional, o dça aguda X crônica X crônica agudizada Plano de prioridades – baseado na avaliação geriátrica ampla, adequado a ambiente/tempo (hosp, amb, domicilio). Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 Fisiológico X agudo X crônico: Senescência Dça Evento agudo Resultado Renal Nefropatia diabética Desidratação, droga nefrotóxica Uremia Cerebral Alzheimer Sínd infec ou metab Confusão mental Pulmonar DPOC Infec pulm Insuf resp Além de combinar patologia com medicamentos, deve-se considerar o todo, nº de medicamentos viável para o indivíduo consumir, tempo de jejum, etc. Tomada de decisão: o Perguntar ao pcte seu objetivo principal. o Revisão completa do plano ou enfoque em um aspecto específico. o Quais são as condições de intervenções atuais? o Qual seria a aderência e conforto do plano atual? o Preferências do pcte o Evidências relevantes que suportem a terapêutica instalada buscando resultados importantes? o Considerar o prognóstico. o Considerar interações entre meds e condições. o Benefícios X malefícios dos componentes do plano. o Decisão conjunta sobre intervenções e ttos. o Revisar decisões periodicamente – benefícios, aplicabilidade. 6) DÉFICIT COGNITIVO (13/04/2016): Que tipo de queixa cognitiva? o Declínio do envelhecimento normal o Percepção exacerbada de lapsos (envelhecimento) – esquecimentos menores (esquecer a chave, etc) o Esquecimentos maiores o Esquecimentos agudos – doenças sistêmicas ou uso de medicamentos o Depressão e outras dças psiq. o Transtorno cognitivo leve o Demência realmente investigar. Demência – processo neuropato que causa declínio significativo de funções cognitivas levando o indivíduo à perda de sua indep funcional diagnóstico é clínico. Demências Corticais – afetam mais memória e Subcorticais – afetam mais executivo e marcha. Etiologia: neurodegenerativa (Alzheimer), vascular, infecciosa, trauma (boxeadores), alcoólica, reversível (pseudodemências – déficits cognitivos associados a outros quadros clínicos, por ex def de B12), neoplasia. Epidemiologia: 1. Alzheimer e vascular – 80-90% das demências do mundo 2. Vascular isolada – 30% em países em desenvolvimento X < 10% em países desenvolvidos *America latina tem maior prevalência em demência ajustada para idade no mundo (muito em função da demência vascular)– estimativa de que aum 4x até 2040 motivos? Baixa escolaridade e risco CV. Lancet 2011 BR – depressão 5-10% dos adultos, demência prevalência aumenta exponencialmente com a idade. 65-69 anos = 1,2% > 75 anos = entre 5,1-8,8% A partir dos 85 anos = 1/3 dos ind apresentarão quadro demencial. > 95anos = 54,88% Maior fator de risco isolado = Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 envelhecimento (continum do envelhecimento?). O aumento é exponencial independente da idade, sempre aumenta (não há platô). Fatores de risco modificáveis = baixa escolaridade, HAS, DM, Dislipidemia, síndrome metab, obesidade na meia idade, sedentarismo a partir da meia-idade, tabagismo. Ponto de corte para obesidade em idosos não é 25, é 27 (por isso obesidade na meia idade entre os fatores de risco). o Demências mais comuns em idosos – (em ordem) 1. demência Alzheimer, 2. vascular, 3. mista, 4. por corpúsculos de lewy, 5. demência da dça de Parkinson, 6. frontotemporal (+ freq ser vista em adultos jovens). Parkinson + corpúsculos de lewy 3a mais comum. Acredita-se que sejam mesma dça dentro de espectro – depósitos de corpúsculos de lewy – única diferença é pela clínica – com clínica de Parkinson, e corpúsculos de lewy costumam iniciar quadro com disfunçãoneurológica importante. Corpúsculos de lewy pega córtex e núcleos da base concomitantemente. Microscopica e neuropatologicamente são muito parecidas, a diferença é clínica. Parkinsonismos – sintomatologia motora. Demência frontotemporal – ocorre em idades mais precoces normalmente, clínica mais fácil de dx. Como abordar pcte com suspeita de demência? Queixa de demência confirmada pelo familiar, valorizar informações prestadas pelo cuidador! Instalação aguda X crônica aguda – descartar depressão ou delirium (estado confusional agudo – CAM confusion assessment method – para confirmar delirium – confusão mental aguda de causa orgânica – mudança de medicação ou situação ameaçadora a vida como IAM, embolia, etc – investigar com exame físico completo): 1. Início agudo e curso flutuante, 2. Déficit de atenção, distração, 3. Pensamento desorganizado, 4. Alteração do nível de consciência [para dx pelo menos 1+2+ acomp ou não de (3 ou 4)]. Não existe apenas delirium hiperativo, tbm existe hipoativo ou misto. Mais comum no idoso é o hipoativo. Importância de fechar dx de delirium = confusão mental aguda de causa orgânica (IAM, AVC, para-efeito de novos medicamentos, hipóxia, FA aguda, etc). *Delirium = “psicose da UTI”. Ocorre mais em pcte frágil, alts da temperatura, desidratação, dor, desorientação sensorial, déficit cognitivo prévio, HIV – pctes mais graves, de pior prognóstico! Maior prevalência delirium – hospital, uti e emergências. OBS: Usa-se haldol para tto do delirium hiperativo – hipoativo apenas busca causa, sem necessidade de tto psiq. Não é agudo? Pensar em depressão quadro de déficit cognitivo assoc a depressão. Benigno relacionado ao envelhecimento (esquecimentos menores) reavaliar em 6 meses. Esquecimentos maiores perder-se em locais conhecidos, esquecer fogão ligado, Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 esquecer nome de filhos – esquecimentos maiores devem ser melhor avaliados. Triagem de Humor GDS (Geriatric Depression Scale) 15/5 desenvolvida para a pop geriátrica. Se 6 ou + pontos na GDS 15 Presença de sintomas depressivos. Pode ser usada na investigação do pcte com déficit cognitivo para avaliar se pcte tem sintomas depressivos (investigar se esquecimentos estão relacionados a quadros depressivos). Boa sensibilidade, em torno de 80%. Especificidade, não tão alta, em torno de 75% (mas é rastreio de sintomas, não é dx). Idoso – pode ter depressão sem tristeza – anedonia – perda de interesse nas atividades! Se não é dça aguda, descartei delirium, depressão e esquecimento menor, pcte apresentando esquecimentos maiores: Déficit cognitivo deve ser confirmado pela anamnese (bem abrangente – quando começou a ficar diferente? Perguntar se tem prejuízo na funcionalidade – demência ou declínio cognitivo leve). Exame neurocognitivo completo: avaliar marcha (apraxia? Apraxia de marcha precocemente em quadro demencial afasta DA – a favor de dça vascular), avaliar sintomas de Parkinson (rigidez simétrica- assimétrica, tremor, bradicinesia, anosmia – perda do olfato), rigidez de MMII e MMSS, simétrica, ausência de resp a levodopa – falha após 2-3 semanas indica baixa probabilidade de parkinsonismo, testagem neurocognitiva breve. Aplicar minimental e teste do relógio quando começou a ficar tudo diferente? prejuízo das AVDs pelo déficit cognitivo, evento desencadeante, sequência do surgimento das alts. Ponto de corte em pctes gaúchos altera a escala pelo nível de escolaridade – um pouco maior. Pontos de corte: 18 analfabetos e 27 se tiver mais escolaridade. Minimental tem falhas – visão espacial – teste do relógio. Circulo desenhado ou não complementa o minimental. Minimental tbm não é bom para avaliar memorização – maior número de animais em 1 min (lista de palavras do cerad). 30 palavras (10 palavras em 3 repetições) pontuação < ou = a 13 significa 83% de chance de ter déficit cognitivo. Procurar sempre realizar minimental + teste do relógio + lista de memorização do cerad (testes se complementam). Outros: Clinical Dementia Rating (CDR). Obrigatório quando for solicitar medicações pela secretaria de saúde (minimental + exame de imagem + labs + CDR + GDS). Testagem neuropsicológica completa para casos muito selecionados. Exames complementares básicos para descartar causas reversíveis – glicemia de jejum, creatinina, TP (encefalopatia hepatica), TSH (hiper e hipotireoidismo pode dar deficit cognitivo), vit b12, ác fólico (anemia megaloblastica), VDRL, FTA- ABS (promiscuidade = mais que dois parceiros/ano, neurossífilis), sódio (hiponatremia – principalmente usuários de drogas como diuréticos e carbamazepinas – antidepressivos e antipsicoticos tbm) e anti-HIV, neurossífilis. Eletrólitos – Na, K, Ca, Cl, Mg. o Transtorno-neurocognitivo leve Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 MCI (mild cognitive impairment – Novos critérios DSM 5) – NÃO INTERFERE NAS ATIVIDADES DE VIDA DIARIA (NÃO pode ser considerado síndrome demencial). - Critérios: Déficit cognitivo que não é causado por delirium; não é bem explicado por outra doença psiquiátrica (depressão ou esquizofrenia). Declínio cognitivo modesto em relação às condições prévias em um ou mais domínios – atenção, aprendizagem, memória, linguagem, percepção motora, função executiva, cognição social (de acordo com o próprio pcte, acompanhante ou médico que fazia acompanhamento) – déficits que não interferem nas capacidades de vida diária SEM PREJUÍZO NAS AVDs – se tem prejuízo não é transtorno neurocognitivo leve, é quadro demencial. Com prejuízo de funcionalidade = dx sindrômico de demências. 1. Alzheimer – prejuízo da memória e de uma das funções cognitivas (Afasia, apraxia, agnosia, perturbação do func executivo – planejamento sequenciamento abstração). Prejuízo capac funcional. Início gradual e declínio cognitivo contínuo, progressivo (característica de dça neurodegenerativa). Déficits cognitivos que não se explicam por outras conds. Dx na ausência de delirium. Hierarquia das ativ de vida diária. Pegar táxi, cuidar de dinheiro, fazer compras, usar telefone, cozinhar, cuidar da casa (primeiro se perdem as aivds, depois perdem-se as básicas – tomar banha, transferência cadeira-cama, higiene pessoal). Síndrome demencial: predomina déficit de memória ou orientação espacial curso lentamente progressivo e sem alteração precoce da marcha = provável dça de Alzheimer exame de imagem – tomografia ou ressonância (não precisa de contraste). SUS = TC simples, sem contraste. RNM é padrão-ouro. Faz tomo para rastrear injuria vascular – presença de injuria vascular = DEMÊNCIA MISTA OU DEMÊNCIA VASCULAR. Quadro clínico não fecha com DA, tem alts de marcha no início – provável que não seja Alzheimer, é demência, mas não Alzheimer pura – pensar em dx diferenciais! Demência não Alzheimer (cuidar como iniciou o quadro clínico!) dça frontotemporal (alts de comportamento, desinibição, alt linguagem), Parkinsonismo rígido hipocinético (Parkinson), dça de corpúsculos de lewy (alucinações visuais). Frontotemporal dementia in elderly individuals – arch neurol 2013 – quadro diferente com mais déficit de memória e menos de linguagem,por isso confunde com Alzheimer. Ilusões e alucinações – típico de demência por corpúsculos de lewy, mais comum nas fases de moderada pra grave; tb pode ser vista em demência vascular. Na DA = fase pré-clínica prolongada – deposição de Beta Amiloide com limiar detectável no PIB-PET pode ser detectável 17 anos antes de ter clínica, 4,2 anos antes de ter atrofia hipocampal e 3,3 anos antes de ter alteração de memória. Drogas – nenhuma efetiva, não mudam curso natural. Anticolinesterágicos Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 (rivastigmina – mais prescrito no BR, dabutamina, donepezil é o mais recomendado na literatura) e glutamatérgicos (memantinas – moderada a grave, não para Alzheimer inicial, para moderado a grave – usada em assoc com anticolinesterásicos, não em monoterapia). Citalopram? 30mg Estudos em andamento. Evitar anti-psicóticos. Transt neurocognitivo leve – não há droga específica, alguns evoluem para Alzheimer outros não – dicas de manejo – manejo de fatores de risco evitando hipotensão em hipertesos e hipoglicemia e diabéticos, etc. Orientações comportamentais: Não fumar Exercitar mente Evitar traumas cranianos Ttar DM – sem provocar hipoglicemia. Ttar HAS – sem provocar hipotensão. Praticar atividade física diária Considerações sobre exames – RNM é o “carro chefe” – limitações da imagem estrutural: não define histologia, atrofia é inespecífica, vieses de atenção (discordância entre radiologistas – muito operador dependente), não avalia função. Cafeína melhora cognição? Evita diabetes? Estudos em andamento. Avaliar pensando em qualidade de vida – rastreio/tto vai melhorar qualidade de vida? 7) INSTABILIDADE POSTURAL E RISCO DE QUEDAS (20/04/2016): Equilíbrio corporal (e postura) parte vestibular cerebral + sistema visual bom + sistema proprioceptivo. Mobilidade fats extrínsecos (ambientais) e intrínsecos. o Intrínsecos – sist fisiológicos principais, condicionamento Cardiorrespiratório – postura e marcha função cardíaca, função resp, função neuro, função endócrino-metabólica teste de caminhada de 6 minutos. Escala de avaliação de cansaço. o Equilíbrio/locomoção – levantar e andar 3 metros quantitativo e qualitativo – teste de Romberg – equilíbrio unipodálico. o Mobilidade – get up and go test – levantar sem auxílio das mãos e andar 3 metros, retornar e sentar sem o auxílio das mãos < 10s normal, < 20s provável ausência de distúrbio da marcha (senescência), > ou = 20s presença de distúrbio da marcha – muito além da senescência, deve ser investigada. o Avaliação quantitativa da marcha Estudos relacionam velocidade da marcha com fragilidade, morbimorta- lidade, triagem de sarcopenia, prognóstico. o Avaliação qualitativa da marcha hx de 2 ou + quedas no último ano, avaliação qualitativa da marcha. Se tem hx de 2 ou + quedas – revisar drogas em uso e fatores ambientais se marcha anormal – TU no SNC? Demencia com apraxia de marcha? Parkinsonismo? Ataxia cerebelar? Fatores osteomusculares? o Instabilidade postural – timed up and go test > ou = 20s + 2 ou mais quedas no ultimo ano marcha anormal, avaliar causas ambientais, avaliar problemas clínicos (drogas) nível sensório motor sup ou nível sensório motor médio ou nível sensório motor inferior programação, controle e Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 execução das resps posturais. Quedas: síndrome geriátrica, problema de saúde publica. 30% dos idosos caem ao menos 1x/ano, quanto mais idoso, maior chance de cair. Mulheres caem mais? Acredita-se que relacionado ao nº de mulheres idosas ser > nº homens idosos, procuram mais assistência médica. Mulheres vivem em média 5-6 anos mais que homens (fator estrógeno protetor). Hospitalização – 20% caem ao longo da internação. ILP – 11,5 quedas ao ano/leito (idosos mais frágeis, mais riscos, mais comorbidades, idades mais avançadas mais quedas) anexar ao prontuário – risco de quedas. Quedas promovem restrição de atividades do idoso em cerca de 20% se comparadas com outra condição de saúde (DM, HAS, etc), restrição pode durar meses por diminuição da capacidade física ou medo de cair, lesões, fraturas, incapacidade e perda de autonomia, síndrome de imobilidade até institucionalização e óbito – complicações por ficar acamado. Fratura de colo de fêmur: 1% das quedas resulta nessa fratura. Valor da internação = média 24 mil reais! Fratura vertebral – rx de coluna ainda é padrão ouro – 70-85% são indolores investigar lombalgia crônica e encolhimentos (ex 4cm de um ano para o outro) dor crônica, complicação resp, constipação crônica. Padrão outro para investigação Rx! Hx de fratura após trauma mínimo em pessoas com mais de 50 anos é o maior fator de risco para fratura. Fatores de risco para fraturas de quadril: ****Hx previa de fratura após trauma mínimo a partir dos 50 anos****; Hx familiar de fratura de quadril; Tabagistas; Corticoterapia > 3 meses; Abuso de álcool; Hipogonadismo (testosterona baixa). Primeiros 3 fatores estão presentes no FRAX. Maioria das fraturas ocorre em pctes com DMO normal não esperar densitometria péssima para pensar em tratar, por isso realizar o FRAX que avalia risco de fratura em 10 anos – preconiza tto de osteopênicos tbm, não só de osteoporóticos. Fatores de risco para fraturas em idosos: o idade > 80 anos, o sexo fem, o hx de marcha instável, o hx de alterações do estado mental polifarmácia. Causas: ***ambientais*** (30-50%), distúrbios de marcha, tontura, hipotensão ortostática (uso de diuréticos, etc), síncope (+ de 70% são por causa cardiológica), drop attack (queda sem perda da consciência, como em epilepsia), outras, desconhecida (em 5% dos casos). As causas – geralmente são multifatoriais - envelhecimento (visual, auditivo, musc, Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 osteoarticular), doenças crônicas (avc, parkinson, demência, arritmias, hipotensão ortostática, OA, incontinência urinaria, desidratação – idosos geralmente não sentem sede), fatores extrínsecos (polifarmácia, calçados inadequados, piso escorregadio, pouca iluminação, ausência de corrimões, obstáculos, colocar traves em gavetas e objetos na altura das mãos). Sinal premonitório apresentação comum de dças em pessoas idosas (infecções, SNC, etc). Avaliação das quedas: Anamnese – quando onde e o que estava fazendo quando caiu, presença sintomas premonitórios. Hx de doenças – meds em uso, consumo de álcool, dieta, atividade física e conds moradias, depressão (pcte deprimido tem mais fraturas). Exame clínico – neuro, musc-ósseo... avaliação CV, depressão. Exames complementares – hemograma, eletrólitos, EQU, urocultura, ECG, TSH, B12 (não é rotina, mas entra na avaliação para pesquisar neuropatia), holter (ECG de longa duração), TCcrânio (se houver alteração em exame neurológico). Medo de cair e síndrome pós-queda = quem tem medo de cair, cai mais (mesmo nos pctes que têm baixo risco fisiológico para quedas). Abordagem multidisciplinar. Quedas? Get up and go? Alterações de marcha? Alts equilíbrio não? Avaliação de rotina. Se tiver alts em marcha e maisde duas quedas no último ano realizar anamnese abrangente, exame clínico, riscos para queda (meds em uso, acuidade visual, dça neuro, força muscular, arritmias, PA em 2 posições diferentes, avaliar MMII – tirar meias e calçados para avaliar deformidades), avaliar riscos ambientais. Incentivar exercícios físicos, troca de óculos, cxs de catarata, tratar arritmias e alts ortopédicas, cuidar ambiente (visita domiciliar), incentivar dança (aerobico + equilíbrio + força), caminhadas. Suplementação de vitamina D? Pcte com alto risco para quedas? Não estaria errado usar dose de manutenção, mesmo em pcte sem alts na densitometria, mas com alto risco de quedas segundo estudos controverso, outros defendem que seja reposto apenas em pctes com deficiência. 8) IMOBILIDADE (27/04/2016): Idosos fragilizados: o Pessoas > 65 anos o Dependentes p/ AVDs o Institucionalizados ou não o Incapazes de se movimentar o Submetidos à polifarmácia o Com alts lab. Síndrome de imobilidade: Conjunto de sinais e sintomas caracterizados pela supressão dos movimentos de uma ou mais articulações – complexo que impede a mudança postural conjunto de alterações que repercutem negativamente sobre o organismo, tendo origem na imobilidade. 2 critérios maiores + 2 menores. Maiores: déficit cognitivo moderado a grave e múltiplas contraturas. Dismobilidade = veloc de marcha ≤ a 0,6 m/s. Menores: dupla incontinência, disfagia, afasia, úlceras de pressão. Nem todo paciente confinado ao leito sofre de síndrome de imobilidade. 1860 – repouso no leito foi reconhecido como medida terapêutica. Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 Fatores precipitantes: podem estar relacionados com – dor, incontinência, força muscular, rigidez articular, afetividade, cognição, órgãos dos sentidos, equilíbrio, medicamentos, idoso frágil, > 75 anos. o Causas: 25-50% dos idosos perdem indep física, ficam confinados ao leito após tto hosp prolongado. Gravidade da deficiência ou grau do declínio funcional determinam o nível de incapacidade, que pode chegar à Síndrome da Imobilidade. o Características do pcte com SI: alta complexidade (necessidade de ser assistido por equipe multidisciplinas); alto custo; mortalidade aprox 40%; Causa mortis = falência de múltiplos órgãos (específica: pneumonia, TEP, septicemia). Sistema tegumentar: ↓ de 20-30% na espessura da epiderme por dim da prod de céls epiteliais; ↓nº, tamanho e secreção da gl sudorípara; ↓tecido de sustentação; desidratação da derme e ↓vascularização. Pele menos elástica e mais friável. Complicações = umidade, porta de entrada para infecs, cuidado especial com diabéticos. Medidas preventivas: higiene, nutrição, sol, evitar tecidos sintéticos, temp amb, controle glicemia, não usar colchões de sup plástica. Xerose (prurido, prevenção evitando uso de sabões, banhos quentes e demorados e fazendo uso de hidratante diariamente). Laceração (princ em MMSS e MMII – cuidar na manipulação do pcte). Dermatite amoniacal (contato com urina), equimoses (fragilidade capilar). Úlceras de decúbito: 10-20% dos idosos acamados – desecadeante = compressão por tempo > 2h sobre área tecidual restrita, prod pressão e colabamento dos vasos sang. Surge em poucas horas, mas requer meses para cicatrizar chance de mortalidade em 4 meses = 50%! Prevenção – proteção para proeminências ósseas, mudança de posicionamento no leito, corrigir desnutrição. Complicadores – má higiene, anemia, obesidade, sedação excessiva, dça cardioresp, hipoalbum, predisposição individual, colchão inadeq, dças crônicas, etc. Articulação contraturada: menor fluidez do líq sinovial (↓mobilidade, ↓efeito de bomba) e prolif do tec conectivo fibroso e gorduroso – aderência entre superfícies intra- articulares. Prevenção – movimento ativo e passivo da art e posicionamento no leito. Osteoporose: imobilidade intensa e rápida perda de massa óssea (0,9% de massa óssea total/semana até o 6º mês) aum calciúria e DMO. Perda óssea: 30% por aum reabsorção do osso trabecular e 70% por dim Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 formação óssea. Prevenção – atividade muscular e sustentação do peso corporal – dieta rica em Ca e exp ao sol. Sistema muscular: degeneração e alt da estrutura e da fção do sistema neuromusc – atrofia mais acentuada nas coxas e eliminação urinaria de N perda da forca do musc imobilizado. Prevenção por mobilização. TVP: estase + estado de hipercoag + lesão epitélio vasc (tríade de Virchow) SI gera estase venosa profunda (comum comorbidades – AVC, neos, ICC, IAM, fraturas, infecções). Exame clínico criterioso dos MMII = aum sub diâmetro de MMII, palidez, hipotermia, empastamento. Dx mais preciso venografia e ecodoppler de MMII. Prevenção: movimentação freq, HBPM em casos de IAM, ICC, fraturas... Embolia pulmonar: 20% das causas de morte em pcte acamado. Embolos originados de veias ilíacas, femorais, panturrilhas. Quadro clínico inespecífico ou silencioso dor pleurítica, dispneia, tosse, taquicardia, cianose, broncoespasmo, hipotensão, sudorese, febre, choque, escarro, hemoptise. Exames: RX tórax, ECG, gaso, cintilo de ventilação e perfusão. Prevenção: mov freq, HBPM em casos de IAM, ICC, fraturas... Tto: infusão heparina e anticoag orais. Isquemia arterial aguda dos MMII: obstrução ateromatosa da artéria por obstrução ateromatosa da artéria (idade avançada, DM, dislipidemia, HAS, tabagismo) ou por embolia (FA, IAM, aneurismas de aorta). Quadro clínico súbito: palidez do membro e cianose, dor intensa, hipotermia, ausência de pulso e gangrena. Hipotensão postural: ↓ > 20 mmHg em PAS e > 10 mmHg em posição ortostática (presente em 20-30% dos idosos). Síndrome de imobilidade posição supina prolong dim sensib barorrecepts + alts fisio da idade avançada (rigidez da paredes art e resp dim dos recepts adrenérgicos) má perfusão do SNC (síncope e perda da consciência). Fatores complicadores = desidratação, ICC, síndrome Shy- Drager, desnutrição, DM, Parkinson, drogas (diuréticos, antidepre, antipsic, antihipertensivos, antiparkinsonianos). Prevenção = cabeceira elevada, sentar a beira da cama antes da trasnferencia, hidratação e evitar drogas complicadoras. Incontinência Urinária: demencia avançada, dificuldade de comunicação, não deambulam, ITU crônica, fármacos e fragilidade. Facilita aparecimento de lesões dermato e dificulta higiene. Bexigoma – hipertrofia prostática, fecaloma, uso diuréticos de alça anticoli. Delirum! ITU – infecção + comum no idoso institucionalizado (40% no idoso mobilizado e 20% no independente). Agentes + comuns = Bastonetes Gram negativos – E. coli, Klebsiella sp, Proteus sp, Enterobacter sp e Pseudomonas sp. Predisponentes = incont urinaria, fraldas geriátricas, obstrução uretral, baixa ingestão de líqs, internação hosp, pouca IgA na parede vesical, hipoestrogenismo, dim capacidade renal para acidificar urina e Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 manter osmolaridade, sonda vesical de demora. Quadeo clínico: prostração, desidratação, confusão e septicemia. Exames – Urocultura e USG pélvica. Desnutrição e desidratação: 14%dos idosos > 80 anos da comunidade e > 90% dos institucionalizados. Causas = demencia avançada, sequela de AVC, disfagia, uso de sonda, anorexia, perda do olfato, visão, paladar, problemas odonto, gastroparesia, diarreia, constipação, fecaloma, má-absorção intestinal, aum catabolismo, falta de pessoal para preparar/oferecer alimento. Acomp anemia, osteoporose, fraqueza, infecs graves. Prevenção = ingesta calórica diária de 1800-2000 kcal; 0,8-1g ptn/kg/dia; 30 ml de líqs/kg/dia. Sondas nasogastricas e nasoentericas, gastrostomia. Constipação: elim fezes endurecidas < 3x/semana e volume < habitual. Causas – disfunção anorretal, < sensação de plenitude retal ou desejo de evacuar, transito intestinal mais lento, uso de anticolinérgicos, baixa ingestão de líqs e fibras, pcte no leito no momento de evacuar, constrangimento local, depressão, fraqueza musc abdominal, sais de Al, imob no leito. Desconforto abd, anorexia, vômitos e agitação psicomotora. Complicações = obstrução intest, vólvulo do sigmoide, retenção urinaria e bexigoma. Exame abd e toque retal. Fecaloma – clister glicerinado a 20% + toque retal. Diarreia paradoxal ou espuriosa – elim de muco retal misturado às fezes dando a falsa impressão de diarreia. Prevenção = dietas com resíduos ou fibras, hidrat oral, posicionamento do pcte na cadeira higiênica ou vaso sanitário e privacidade. Disfagia: perda capacidade de trabalhar o alim dentro da cavidade oral e impulsiona-lo com a língua para a orofaringe e prod o reflexo volunt para deglutição. Complicações – caquexia e pneumonia aspirativa. Prevenção = Fonoaudiologia, SNE e gastrostomia. Pneumonia: principal causa de morte em idosos acamados! Reflexo da tosse é 6x < que em adulto jovem. Diafragma na posição supina comprime as bases pulm e impede expansão. Predisponentes = DPOC, bronquiectasia, sequela de TB, fibrose pulmonar, cifose, uso de corticoides, DM, ICC, disfagia, RGE. Pneumonia hipostática = no pcte acamado existe acúmulo de líq na base dos pulmões serve de meio de cultura para bacts. Sintomatologia atípica e polimórfica = confusão mental, desidratação, hipotensão, obnubilacao (leucocitose nem sempre presente e hemocultura positiva em 10% dos casos. Estertores e crepitação basal = comuns nos idosos acamados (estase pulmonar). Strepto pneumoniae (comunitária); Haemophilus influenzae (DPOC); Gram negativos em institucionalizados ou reinternados (legionela pneumophila, pseudômonas, proteus, klebsiela). Staphylo resistente a meticilina em portadores de ulceras de decúbito com necrose. Tto = atb + fisio resp. Consequências de imobilidade: redução de massa musc, força musc, massa óssea, amplitude de movs articulares, úlceras de pressão, capacidade max de trabalho card, hipotensão post., constipação, Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 incontinência, resist insulínica, aum risco de tromboses, alt cognitivas, afetivas, percepção, prejuízo coordenação. Manejo: exercício, reabilitação, estímulo a atividades físicas, evitar uso de contenção mecânica ou química. Ulceras por pressao: área de lesão de pele, tecidos subjacentes ou ambos, decorrente de pressão extrínseca sobre superfície corporal e persiste mesmo após removida a pressão sobre o local. Sinônimos – úlceras de decúbito ou escaras. Prevalência 3-11% em pctes hospitalizados. ILPI - 2,4% ate 70% (media 10%) Risco aum com tempo de institucionalização. Impacto em morbimortalidade. Fisiopato: pressão extrínseca sobre a pele excede a pressão média de enchimento capilar – redução fluxo sang e oxigenação tecidual. Estim prolong + fricção + cisalhamento = hipoxia, acidose, hemorragia intersticial, prod tóxicos, necrose, deposito de fibrina. Ocorre princ em locais de extremidades ósseas. 1-2h são suficientes para gerar úlceras por pressão. Fases de ferida – inflamatória (vasoconstrição 5-10min) proliferativa (fibroblastos 2-3 dias – fibrina 15 dias ativ fibroblasto desaparece tecido granulação) Cicatrização. Grau I – eritema em pele integra. Grau II – perda tecidual – derme, epiderme, ou ambas, bolhas crostas e ulceras. Grau III – acomete tecido subcutâneo podendo atingir fáscia musc. Grau IV - lesão atravessa fáscia musc. Se necrose – ulcera de grau indeterminada (só se classifica após debridamento). Complicações – infecs locais e sistêmicas, abscessos, fistulas, osteomielite, miíase, CA sobre úlcera crônica, comprometimento psic do pcte. Prevenção – identificar indiv de risco, manter integridade da pele, proteger tecidos contra forca mecânica, equipe multiprof. 9) INCAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO (04/05/2016): Problemas de comunicação: causa importante de redução de interação social - Incapacidade de comunicação: 1/5 (um quinto dos idosos); Menor capacidade funcional; Menor independência e autonomia. - Interdição: paciente não tem mais permissão de realizar atividades de cunho civil. Com papel do médico, responsável encaminha papelada para interdição. Causa de isolamento social e familiar. - Idosos têm dificuldade de perceber, aceitar e tratar a incapacidade de comunicação. - Busca ativa – buscar a incapacidade de comunicação. - Hipótese diagnóstica – cogitar se a incapacidade de comunicação está inclusa no quadro clínico do paciente. Ex: paciente falando errado no Mini-mental por não ouvir direito. Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 - Erros diagnósticos - Iatrogenia Comunicação - Expressa pela fala ou escrita - Também manifesta pela comunicação não-verbal – expressões faciais, corporais, posturas, jeito de tocar, silêncio em uma conversa... ele consegue se comunicar por escrita, gestos, etc? - Deve-se revisar a função compensatória (ex: tentativa de se comunicar por outros sentidos) - Revisar comunicação verbal e não-verbal do paciente - Para a conduta terapêutica é essenial a capacidade de comunicação e obtenção de informações. - Revisar fala, visão, audição (função compensatória). - Revisar comunicação verbal e não-verbal. Comunicação - Pode ser tanto incapacidade de comunicação do paciente quanto do profissional - Deve-se avaliar a necessidade de auxílio do familiar/cuidador para conseguir informações e solicitar que um acompanhante compareça às consultas - Não se deve subestimar o paciente! Linguagem - Tipo de linguagem usada com os idosos, forma como se conversa e se explica - Individualizar o contexto e características de cada idoso - Comum o idoso apresentar alguma dificuldade na comunicação verbal - Grande capacidade na compreensão da comunicação não-verbal – a expressão facial que fizermos será compreendida! - Atenção para alterações neurológicas: - Fazer avaliação cognitiva – praxias, agnosias, afasias... Cuidados - Não mudar de assunto de forma brusca - Falar utilizando gestos ou objetos - Estimular a manutenção de atividades sociais, profissionais e cotidianas - Mostrar quanto é importante a participação em assuntos familiares - Familiares devem estimular linguagem verbal e não-verbal, auxiliando no processo de comunicação - Evitar patologias decorrentes do isolamento social/depressão Comunicação não-verbal - Tudo que pessoa sente, pensa e expressa por sua movimentação corporal, gestos e postura - Complementa e/ou substitui a comunicação verbal - Distância de uma pessoaé também uma forma de comunicação não-verbal, que reflete que idoso não está à vontade - Toque é uma forma de sinalização não- verbal – duração do contato, região tocada, intensidade e frequência do toque. Audição - Deficiência gera no idoso um dos mais incapacitantes distúrbios de comunicação - Impede desempenho integral na sociedade - Normalmente é acompanhado por diminuição na compreensão da fala - Afastar causas comuns (tampão de cerume) - Fazer encaminhamentos adequados - Importante para diagnóstico diferencial Cuidados - Falar de forma clara e pausada - Evitar ambientes ruidosos e situações constrangedoras - Aumentar tom de voz quando idoso não está escutando - Repetir o que tem que ser dito até que ele possa ouvir e compreender Fala - Alterações da voz fazem parte do processo normal do envelhecimento - Dificuldade na distinção daquilo que é normal do que é doença - Suspeição e encaminhamentos adequa- dos Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 - Medidas preventivas: - Tomar bastante água - Articular bem palavras - Evitar gritar ou falar com esforço - Evitar álcool e tabaco - Evitar bebidas muito quentes - Manter uma alimentação saudável - Fazer atividades que estimulem a voz Visão - Faz parte da avaliação da capacidade de comunicação do paciente - Avaliar sempre - Estimular correção - Fazer rastreamento - Encaminhamento adequado Revisar: - Medo de cair = patologia estabelecida! - Sulfonilureias – muito comum causarem hipoglicemia! - Todo anti-hipertensivo tem potencial de gerar hipotensão ortostática - Diuréticos e beta-bloqueadores – muita relação com hipotensão ortostática! IECA talvez fosse melhor. - Pensar em outra medicação para HBP que não doxazosina – relacionada com hipotensão ortostática - Massa palpável em hipogástrio – pensar em bexigoma! Pedir US, passar sonda, etc. - Pensar em hidrocefalia de pressão normal - Abordagens não-farmacológicas para hipotensão ortostática: elevar cabeceira, não levantar subitamente, uso de meias elásticas. 10) INCONTINÊNCIA URINÁRIA (11/05/2016): Prevalência aum com idade, mais freq em mulheres, 30% dos idosos da comunidade e 50-80% dos internados em ILPs. Definição de incontinência urinária = perda de urina em quantidade frequentes de modo que cause problemas sociais e psíquicos. Impacto na qualidade de vida – provocano isolamento, depressão. Complicações – eczemas, úlceras por pressão, infecção urinária, sepse, quedas, fraturas. Síndrome multifatorial É necessário para continência: função efetiva do TGU, armazenamento, esvaziamento, mobilidade adequada, capacidade neurológica (boa capacidade cognitiva) e psicológica (pcte depressivo pode urinar na cama, falta de vontade de se levantar) preservadas, barreiras iatrogênicas ambientais ausentes (mobilidade, meds que impedem mobilidade com facilidade). Continência e envelhecimento – capacidade vesical, idoso tem mais contrações não inibidas mais freq, resíduo pós-miccional aum, pressão de fechamento e tamanho uretral diminuem em mulheres, próstata aum, noctúria (mudança do padrão de excreção de fluidos). Classificação: Agudas X crônicas. Agudas incontinência urinaria transitória (ocorre com o início de uma dça aguda ou uma nova medicação e se resolve com tto de causa subjacente). D I U R A M I D D delirium I ITU U uretrites e vaginites atróficas R restrição mobilidade A aum débito urinário (ex: pcte congesto por ICC descompensada) M meds I impactação fecal D distúrbios psíquicos Crônicas: o Classificação cirúrgica: - De esforço = perda involuntária de urina Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 pela uretra através de esforço. - Bexiga hiperativa = síndrome clínica com urgência miccional. - Mista o Classificação de insuf crônica clínica: - Urgência – por aum das contrações vesicais não inibidas, hiperatividade do detrusor (instabilidade ou hiperreflexia), etiologia – dças do SNC (demência, Parkinson, lesões medulares, hidrocefalia de pressão normal), condições próprias do trato genito-urinário (fatores que irritam a bexiga – cálculos, divertículos, fecaloma, HPB). - Extravasamento/ transbordamento – detrusor hipoativo, obstrução anatômica ou funcional da via de saída (jato fraco, nocturia). Dificuldade miccional, noctúria, HPB, tumores, estenose de uretra, retocele, cistocele, impactação fecal, atonia vesical (lesão medular, efeito medicamentoso, neuropatia). - Esforço: pós-menopausa 35%, homens 1 ano pós-prostatectomia radical 5%. Fraqueza da musc do assoalho pélvico, insuf esfincteriana. Múltiplos partos, cx abd prévia, obesidade, deficiência de estro- gênio,uretrite, drogas simpaticomiméticas, dças neurológicas, RTx com lesão do períneo, prostatectomia – lesão nervosa. Pode ser temporária ou permanente. - Funcional (“falsa incontinência”): sem problemas anatômicos ou fisiológicos – pcte sem capacidade de responder à função vesical normal. Barreiras mecânicas, pcte psicótico, demenciado, depressivo, fator ambiental como contenção, imobilidade, drogas (diuréticos, álcool, sedativos, hipnóticos, anticolinérgicos). ILPs pcte continente, mas de fralda pq tem poucos funcionários para levá-lo ao banheiro = iatrogenia dependência funcional provocada (aum morbimor- talidade, aum infecções, dim dependência). Dx aguda: D I U R A M I D Dx crônica: Avaliação clínica, Avaliar severidade, Impacto na qualidade de vida, Melhora X cura, Diário miccional, Sintomas urinários (início, duração, freq, padrão, volume, urgência, dificuldade, disúria, tenesmo, dor, hematúria, desconforto suprapúbico, aum pressão intra abd, hábito intestinal), Distúrbios neurológicos, Comorbidades, Avaliação funcional ambiental, Pesagem do absorvente (pad test 24h) < 200g/ 200-400g, > 400g = incontinência grave. Medicamentos diuréticos, anticolinérgicos, antidepressivos, sedativos (principalmente os tricíclicos, que tem efeito anticolinpergico), hipnóticos, antagonista alfa- adrenérgico, analgésico, narcótico, antipsicótico. Todas as drogas com efeitos anticolinérgico e sedativos. Exame físico – abdominal, retal, genital, neurológico, outros, pulmonar (crepitantes – achados de ICC descompensada). Avaliar tônus de esfíncter anal (para ver se a incontinência é só urinária ou trata-se de dupla incontinência). Sempre inspecionar períneo (avaliar presença de prolapsos – obstrução da via urinária). Exames complementares – EQU, urocul- tura, eletrólitos e ureia, creatinina, volume residual (sondagem US). Monitorar função renal – distúrbio hidroeletrolítico. Teste para incontinência por esforço Teste de valsalva. Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 Cistoscopia – não é rotina, feita por especialista, pcte que tem dor, e suspeita de neoplasia hematúria estéril (hematúria sem leucocitose). Estudo hemodinâmico – mais de exceção – tipo de incontinência – planejamento cx, falha no tto conservador. Encaminhar a especialista se: falha tto, hematúria persistente, infecções recor- rentes, retenção urinaria, incapacidade cateterizar e cx TGU ou rtx recente. TRATAMENTO: Síndrome multifatorial tto comportamental, farmacológico e cx. 1. Para todos os tipos – terapia comportamental (envolve desde o treinamento do cuidador, controle de ingestão de fluidos, intervalo
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