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resumo geriatria ufsm 2016

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Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
RESUMO FINAL – SAÚDE DO IDOSO – 
ATM 2018/2: 
 
1) AULA DE INTRODUÇÃO (09/03/2016): 
Geriatria  Estudo do envelhecimento 
humano (país em desenvolvimento idade 
de 60 anos, países desenvolvidos = 65a). 
 
Envelhecimento populacional  mudanças 
de perfil de doenças, necessidade de 
adaptação do sistema de saúde e 
preparação adequada de profissionais. 
 
Importante – Diferenciar patologia de 
envelhecimento. 
 
Situação atual = Falta de preparo do sist de 
saúde para a atual situação de 
envelhecimento da pop. 
 
Objetivo da geriatria = minimização do 
impacto do envelhecimento pop sobre o 
sist de saúde  promover compressão da 
morbidade (promoção de saúde). 
 
Acreditava-se que o final da vida era caract 
por: desestabilidade física + incompetência 
mental + rejeição familiar + solidão. 
 
Curso natural/ envelhecimento  Acúmulo 
de alterações deletérias e suas manifs 
externas que ocorrem ao passar do tempo. 
Falência da manutenção da homeostase 
(sob condições de estresse fisiológico). 
Associado a uma menor viabilidade e a um 
aum na vulnerabilidade do indivíduo. 
 
Grande variabilidade: principal caract do 
envelhecimento. 
Caracts jovens e alteradas de forma 
irregular e individual  idosos = pop na 
qual algumas caracts jovens continuam, 
outras alteram-se de modo irregular e 
individual. 
 
Senescência - perda na função dos órgãos 
por envelhecimento. 
 
 
Por que envelhecemos? Caracts herdadas = 
base para habilidades de acomodação da 
espécie ao meio  o meio se modifica com 
o tempo  espécies têm maior chane de 
sobreviver quando composta por membros 
que possuam grande variabilidade  
maior probabilidade de que alguns 
membros mantenha homeostase em face 
de alts ambientais (componente genético 
favorável). 
 
Se todos os membros fossem 
geneticamente iguais  teriam a mesma 
chance de sobreviver ou não. 
 
Doença: resultado particular de falência na 
manutenção de estrutura anatômica ou 
fisiológica  expressão de falhas 
sistêmicas em pontos fracos da estrut 
anatômica e fisiológica do organism. 
 
Envelhecimento e doenca  acúmulo de 
dcas crônicas, sequelas de episódios 
prévios de dça. 
A avaliação tradicional deriva da 
apresentação de dças em jovens  todos 
os sintomas são derivados de uma doença! 
*PORÉM, uma única dça não justifica 
queixas, e nem sempre a maior queixa 
corresponde à dça mais séria! 
 
Padrão de apresentação em idosos: 
Apresentação ATÍPICA 
Dça pode ser SILENCIOSA 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
Sintomatologia/ 
apresentação 
TARDIA 
Dça pode causar CRISE SOCIAL 
 
Dças  hospitalização/ institucionalização. 
 
Sinalizadores/ Padrão de apresentação  
as dças do idoso costumam apresentar-se 
através dos GIGANTES DA GERIATRIA (7): 
1. Imobilidade 
2. Instabilidade 
3. Incontinência 
4. Insuf cognitiva 
5. Iatrogenia 
6. Incapacidade de comunicação 
7. Insuf familiar 
 
Saúde = não é a ausência de dça, mas o 
conjunto de bem-estar físico, psic, 
funcional e social. 
Rotina no atendimento = gigantes da 
geriatria (7is) + garantia do estado 
funcional  autonomia e independência + 
compressão de morbidade + promoção de 
saúde  uso da AGA! 
 
Autonomia = decidir. Capacidade de gerir a 
própria vida e de tomar decisões. 
Independência = sem ajuda. Capacidade de 
realizar atividades cotidianas sem auxílio. 
 
2) AULA DE AGA (16/03/2016): 
Avaliacao Geriatrica Ampla: 
Anamnese específica do idoso – 
abordagem de possíveis fatores genéticos 
(hx familiar), determinação do estilo de 
vida, vacinas, utilização de instrumentos 
específicos (7is – gigantes da geriatria)  
elaboração de plano de ação que busque 
envelhecimento saudável (bem sucedido) – 
processo individualizado. 
 
A realização da AGA permite: 
Id de problemas pertinentes – dx. 
Verificar resposta a ttos – evolução. 
Avaliar condições do idoso para realizar ou 
receber det ações – estadiamento. 
Auxilia no estabelecimento de prognóstico. 
 
 
 
 
 
 Conjunto de escalas criado na déc de 30 
pela médica Marjory Warren. 1936 - pcts 
crônicos, imobilizados, negligenciados, 
sem dx médico apropriado, não 
encaminhados para reabilitação. 
Prognostico  internações prolongadas. 
Pactes vivos pelos cuidados da 
enfermagem e resolução das situações 
agudas. 
Incapacidade por falta de dx adequado e 
reabilitação. 
Após implemenação da AGA + reabilitação 
 maioria dos pctes deixou de ter 
imobilidade e muitos receberam alta. 
Conclusão  
 todo idoso deveria receber uma AGA; 
 AGA é sempre multidimensional; 
frequentemente interdisciplinar 
(objetivo de determinar as deficiências, 
incapacidades e desvantagens do pcte 
idoso); 
 planejamento do cuidado e 
acompanhamento a longo prazo. 
 
Características: ≠ da anamnese/exame 
clínico padrão. 
Foco = enfatiza a avaliação da capacidade 
funcional e da qualidade de vida. 
Avalia parâmetros psicológicos e sociais – 
escala/testes, vários métodos de avaliação 
em uma avaliação única e compacta = meio 
prático criado por geriatras com o objetivo 
de “ver o idoso como um todo” . 
 
AGA sempre resulta em uma intervenção - 
reabilitação, aconselhamento, internação. 
 
Aplicada em diferentes locais - hospital, 
Conceito: instrumento formado por conjunto 
de escalas, testes ou perguntas, previamente 
validados, que objetiva atender melhor o 
idoso. 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
instituição de longa permanência, pronto 
socorro, ambulatório. (adaptada à situação 
do paciente). 
Benefícios e utilidades: 
Nível individual: 
 Completa exame físico padrão 
 Det grau e extensão da inacapacidade 
 Id risco de declínio funcional 
 Permite avaliar riscos (desnutrição, 
imobilidade,...) 
 Guia para escolha de medidas 
preventivas, tto (farmacoterapia, fisio, 
terapia ocupacional, psicoterapia) 
 Id iatrogenias 
 Estabelece parâmetros para 
acompanhamento do pcte 
 Orientação para mudanças e adapts no 
ambiente 
 Indica melhor lugar para cuidados 
 
Nível populacional: 
 Medida precisa em estudos clínicos 
onde se avalia a capacidade funcional e 
qualidade de vida 
 Permite investimento em saúde, 
qualidade de vida e bem-estar 
 Serve para planejamento de ações e 
políticas de saúde 
 Id pop de risco 
 
Estrutura: 
Caracts do envelhecimento  variabilidade 
Perfil de saúde do idoso  predomínio de 
dças crônicas 
Envelhecimento fisiológico X cronológico 
Síndromes geriátricas (7is): Imobilidade, 
Iatrogenia, Incontinência urinária, Insuf 
familiar, Incapacidade de comunicação, 
Instabilidade postural, Insuf cognitiva 
Capacidade funcional = parâmetro de saúde 
 
Saúde: 
OMS – domínios em que dano/lesao 
causam disfunção  
 Deficiência: anomalia, perda da estrut 
corporal, aparência ou fção de 
órgão/sistema. 
 Desvantagem: restrições/perdas sociais 
e/ou ocupacionais. 
 Incapacidade  restrição ou perda da 
habilidade. 
 
Exemplo: dano ou lesão no Alzheimer 
(anamnese/exame clínico tradicional)  
diagnóstico tradicional. 
Deficiência ou perda cognitiva e 
incapacidades (executar atividades de vida 
diária)  melhor avaliados por AGA – que 
avalia grau da incapacidade ocasionada 
pela deficiência cognitiva e proposição de 
medidas comportamentais. 
 
Autonomia  capacidade cognitiva 
preservada e sem estados de depressão/ 
alterações de humor (afetam o poder de 
decisão). 
Independência capacidade de 
mobilidade e comunicação. 
 Cognicao – humor – mobilidade – 
comunicação (capacidades interligadas)  
planejamento para melhoria da qualidade 
de vida. 
 
Avaliação funcional: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Peculiaridades: 
Fenômeno do iceberg = problemas 
médicos id são apenas uma parcela dos 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
transtornos existentes, muitos 
permanecem submersos, ocultos e não 
diagnosticados. 
OBS: costumam passar despercebidos ou 
ser inadequadamente tratados os sinais e 
sintomas de  depressão, incont urinária, 
hipotensão ortostática, outros. 
 
Uma única condição pode ter ampla 
correspondência diagnostica: 
 Tontura  vertigem, instab post, 
cerúmen, desidrat, neuropatia, efeito 
colat a meds. 
 Falta de energia  anemia, depressão, 
hipotireoidismo, ICC em pcte 
sedentário. 
 Anorexia  depressão, alts do paladar, 
dist gástricos, intoxicação digitálica, 
dists metab. 
 
Contemplação do velho doente: 
 No consultório: 
Acompanhado /sozinho? 
Locomoção/velocidade de marcha 
Vestuário/ cabelos 
Calcados 
Odor 
Unhas 
Postura (cabisbaixo, sinal da cabeça) 
Sacola de exames. 
 
 No leito: 
Odor de urina 
Eritema em região inguinal 
Úlcera de decúbito 
Resíduos de fezes no vestuário 
Equimoses e hematomas 
Edema sacral (icc) 
Hipoacusia 
Alimentos e medicamentos vencidos. 
 
 Cuidados na abordagem: 
Profissionais jovens x pctes velhos, 
hipoacusia/ presbiacusia, otimismo/ 
segurança, hx clínica demanda mais tempo 
e é mais complexa, pluripatologia, 
aguardar respostas (dificuldades de 
compreensão e articulação das palavras), 
condução da anamnese/ interrogatório 
sobre diversos aparelhos, checar lista de 
meds prescritos e não prescritos, caso 
perceba alteração na cognição, ouvir 
outras fontes sem ferir o vínculo 
profissional-paciente. 
 
Exame físico: desidratação/ anemia, 
pescoço (tireoide, pulsos, sopros, 
cicatrizes, gânglios), tórax (dim expans, 
aum cifose), CV (B hipofoneticas, SS + em 
60% dos idosos), efeito jaleco branco, 
hipotensão postural, pseudo-hipertensão 
(sintomas de hipotensão ou sinal de 
osler+), abdome (flácido, sensiblidade dim, 
aneurisma), ostearticular (mobilidade, 
crepitações, edema), toque retal. 
 
3) INSUFICIÊNCIA FAMILIAR (23/03/2016): 
Insuficiencia familiar: 
BR  envelhecimento pop. Acelerado – 
adaptação do sist de saúde BR terá que 
ocorrer em período menor do que o 
ocorrido em países desenvolvidos. 
É necessária a elaboração de políticas em 
saúde realistas – avaliações e ttos 
necessários são muito caros. 
 
Direcionamento de recursos disponíveis  
relação custo-benefício adequada. 
Idoso do ponto de vista fisiológico  
perda das funções. 
Modificar foco de atenção de situações 
agudas (com ttos episódicos) para esforços 
contínuos e multidimensionados. 
Abordagem do idoso  avaliação de suas 
capacidades, problemas médicos, 
psicológicos, funcionais, sociais. 
 
Família = base/raiz da estrutura social 
(responsável pela maior parte do cuidado 
ao idoso). 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
 Avaliação familiar = componente 
crítico da abordagem do pcte idoso 
(envolvimento/capacidade de 
suporte). 
 Interação idoso-família  
diminuição de custos em saúde e 
investimento maior em qualidade 
de vida. 
 
Hospital deve ser destinado ao tto de 
situações agudas – comum abandono das 
famílias quando idoso recebe alta com 
perda das capacidades funcionais habituais 
previas a internação. 
 
 Durante a internação devem ser 
avaliadas as condições familiares para alta 
hospitalar  Encaminhamento ao serviço 
social quando necessário. 
 
Perfil da família: 
Expectativa do idoso = família ampliada  
cuidado de doentes – responsabilidade da 
família, fonte de valorização afetiva e 
social. 
Mudança – família nuclear  difícil 
assistência do idoso (síndrome do filho 
único, maus-tratos); maior chance de 
institucionalização; institucionalização X 
domicílio? Qual seria a melhor opção? 
Família preparada para envelhecimento 
dos membros? 
 
Perfil do idoso: 
Riqueza biográfica/ pobreza biológica, 
envelhecemos como vivemos, menor 
capacidade adaptativa (melhor que 
permaneça sempre na mesma casa, não 
fazendo mudanças frequentes), difícil 
aceitação de mudanças, maior dep do amb 
familiar, família significa intimidade e 
abertura. 
 
Avaliação Familiar: 
Determinar a capacidade de atuação da 
família na estruturação de atenção à saúde 
do idoso. Buscar permanência do paciente 
em casa, evitar institucionalização 
desnecessária. 
Avaliar e proporcionar suporte aos 
cuidadores (ser cuidador é considerado 
fator de risco para outras doenças). 
Abordar aspectos de segurança e avaliar 
possibilidade de maus tratos/abuso. 
 
Abordagem  Momento a sós com pcte – 
garantia de privacidade. 
Entrevista com outros – verificação de 
informações, determinação de pcte-válvula 
de escape (cuidador que não promove o 
melhor cuidado). 
Entrevista com todos e observação de 
interação e infs contraditórias. 
Cuidador formal (observar o uso correto 
das medicações, abuso do uso de 
sedativos, etc) X informal. 
Novo encontro à sós com pcte – foco de 
atenção no pcte, reavaliação de infs, 
esclarecimento de interações. 
 
Avaliação do cuidador  A abordagem do 
cuidador é o meio mais eficiente para 
evitar institucionalização e prevenir a 
presença de abuso. 
A maioria das famílias pode dar suporte a 
crises médicas rápidas, já dças crônicas 
debilitantes geram deseq familiar. 
Cuidador = pessoa que assiste ou presta 
serviçoes ao idoso quando necessário. 
Cuidador possui risco aum para dças 
físicas, mentais e secund ao estresse. 
95% cuidadores informais (familiares, 
amigos sem formação profissional de 
saúde, mulheres). 
 
Fontes de estresse do cuidador: 
 Comportamental - perambulação, 
insônia, esconder coisas, sexualidade, 
resist ao cuidado, raiva. 
 Capac funcional: dep nas atividades de 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
vida diária, déficit cognitivo 
 Modif de vida: emprego, conflitos 
familiares. 
 
Estresse do cuidador: escala específica - 
Zarit reduzida. ≥ 22 pontos indica 
sobrecarga. Dças ocupacionais - 
transtornos psiq, dças osteomusc. Atitudes 
preventivas. Organização de folgas. 
 
Avaliação da segurança em casa: 
observação de condições de vida e moradia 
(visita domiciliar). Importante para dx 
correto de algumas síndromes geriátricas. 
Busca melhoria da qualidade de vida por 
meio da adoção de estratégias adaptativas. 
 
Guia de avaliação de segurança: 
Estrutura básica (chão intacto, sups sólidas, 
banheiro funcional, ar fresco); controle de 
temperatura (ventiladores, ar 
condicionado, bolsas de água quente 
adequadas), nutrição (alimentos estocados, 
álcool, conds cozinha, insetos), prevenção 
de incêndio, prevenção de crimes 
(fechaduras, socorro próximo), prevenção 
de auto-injuria (armas, facas, ferramentas). 
 Manejo de medicações. 
 Controle de perambulação. 
 
Abuso: síndrome de violência familiar. 
Observar a presença de indicadores de 
abuso. 
 Físico (dor ou injuria) – mau uso de 
meds, higiene pobre, necessidades 
medicas não atendidas, presença 
de lesões. 
 Psicológico (desconforto emocional 
ou psíquico) – humilhação, 
manipulação. 
 Negligência (incapacidade do 
cuidador de atender às 
necessidades do idoso – 
intencionalou não) – isolamento, 
supervisão inadequada, abandono. 
 Exploração material – aprop ou 
contratos mal manejados, bloq a 
props ou contratos, roubo, 
extorsão. 
Entrevista separada - questionar ao idoso. 
 
Manejo: procurar proporcionar ao idoso 
melhor função e qualidade de vida. Ajudar 
família e paciente sobre cuidados 
necessários - problemas médicos, estado 
funcional, recursos disponíveis e 
preferências.Uso de estratégias – suporte 
social, oportunidade para falar de 
sentimentos, planos alterntivos. 
 
Medidas alternativas/ intermediárias – 
centros-dia, hospitais dia - buscando o 
máximo de contato do idoso com a família. 
 
Quando institucionalização é inevitável  
manter um amb familiar, objetos pessoais, 
de decoração, e liberdade de horários para 
a visita. 
 
Para adaptar a casa --> Normas ABNT para 
acessibilidade. 
 
4) IATROGENIAS (30/03/2016): 
Qualquer agravo à saúde que resulta de 
um procedimento dx ou intervenção 
terapêutica que não seja ocorrência 
natural da doença. 
 Iatrakós – relativo ao médico e à 
medicina, refere-se a todo malefício 
provocado ao pcte decorrente do seu tto, 
seja ele medicamentoso ou no âmbito das 
relações humanas. 
 
 58% dos idosos hospitalizados sofrem 
no mínimo 1 complicação iatrogênica. 
50% são reversíveis. Maior risco – por 
ter menor reserva homeostática, 
polifarmácia, comorbidades. 
 
Exemplos: complicações de proceds dx ou 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
terapêuticos, infecção hospitalar, dist 
hidroeletro, úlceras por pressão, etc. 
 
 Diretamente relacionadas à 
qualidade da avaliação medica – 
determinante de iatrogenia mais 
potencialmente reversível. 
 Identificar e manejar condições 
preveníveis. 
 Cálculos DCE – Creatinina – ajuste 
de ATBs. 
Homem: Clearence de Creatinina = [((140-Idade) x 
Peso(kg)) / (Creatinina Sérica x 72)] 
Mulher: Clearence de Creatinina = [((140-Idade) x Peso(kg)) 
/ (Creatinina Sérica x 72)] x 0,85 
 
Iatrogenia em idosos: fruto de atitudes 
preconceituosas em relação à velhice e ao 
idoso (ser inútil, excluído socialmente); 
iatrogenia do cuidado (negligência, maus-
tratos, quedas, contenções físicas, úlceras 
de decúbito, delirium, infecs hospitalares e 
complicações perioperatórias); iatrogenia 
dos medicamentos (doses inadequadas, 
metab diferenciado, apresentações atípicas 
das dças, multiplicidade de patologias, uso 
concomitante de inúmeros medicamentos 
– interações nocivas). 
 
Cuidados paliativos – objetiva dar conforto 
ao pcte, em vez de prolongar-lhe a vida a 
qualquer custo. 
 
 Quedas: idosos que já caíram 
anteriormente têm 4-20x maior chance de 
sofrer fratura – sempre abordar o assunto 
durante a anamnese! 
 
 Prevenção da iatrogenia: 
1) delirium – emergência geriátrica. Causas 
mais comuns = infecs, dist metabólicos e 
hidreletrolíticos, uso inadequado de 
drogas, privações sensoriais – visão, 
audição, mudanças ambientais. Avaliação 
do estado mental, evitar interrupção de 
sono, mudanças de quarto, drogas que 
induzam delirium. Sua presença é sinal de 
mau prognóstico – internação mais longa, 
aum morbimortalidade, custos hosp. 
2) trato urinário – evitar cateteres, 
repouso prolongado, drogas 
anticolinérgicas e alfa adrenérgicos  não 
esquecer de prescrever retirada da sonda. 
3) estado funcional – preservar estado 
funcional desde a admissão, AVDs, manter 
o paciente deambulando. 
4) quedas – grades protetoras nos leitos, 
bloqueio de acesso a escadas e uso de 
pisos antiderrapantes, boa iluminação, 
corrimões, barras de segurança em 
banheiros. Contenções vêm sendo 
questionadas, pois estão relacionadas a 
maior risco de úlceras de decúbito, aum do 
tempo de internação, maior risco de infecs 
e maior mortalidade (grande estresse 
emocional). 
 
 Evitar uso continua de 
medicamentos contra insônia - manter uso 
se necessário. 
 
5) Estado nutricional – avaliar má nutrição, 
iniciar suporte nutricional precoce, não 
iniciar restrições dietéticas para mal 
nutridos. 
6) Hábito intestinal – minimizar repouso 
prolongado, prevenir desidratação, evitar 
fármacos que contribuem para 
constipação, evitar uso desnecessário e 
prolong de ATB. Em pacientes já 
constipados não prescrever dieta rica em 
fibras – provoca fecaloma. 
7) Depressão – identificar tratar pctes 
deprimidos, tratar o pcte com dignidade e 
atentar para sua aparência e humor. Evitar 
meds que exacerbam sintomas depressivos 
e encorajar visitas. 
8) Cuidados da pele - úlceras por pressão, 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
como limpar a pele. Aprox 5% dos pctes 
hospitalizados adquirem úceras por 
pressão durante a internação (idosos 
diabéticos têm 3x mais risco de adquirirem 
escaras). 
9) Cx –realizar pré-op, procurar agendar cx 
para o primeiro horário e evitar jejum 
prolongado e longos períodos deitado, 
evitar cx quando equipe for menor no pós 
op. Cx de urgência em geriatria – 
mortalidade de 21% (eletivas = 1,9%)  
retardo na indicação cirúrgica = iatrogenia. 
10) atenção médica - coord do cuidado por 
um único médico, participação do médico 
do pcte no cuidado, garantir comunicação 
entre equipe. Lavagem de mãos, uso 
racional de atbs, vacinação. 
11) polimedicação - uso de 2 ou mais 
drogas por 240 dias/ano. 
12) perda de punção venosa – pode ser 
evitada com a colocação de talas nas mãos, 
uso de gelcos em vez de scalps, troca 
periódica de veias para evitar 
aparecimento de flebites (dor  déficit 
cognitivo e agitação). 
13) infecções nosocomiais – principalm 
resp, urinarias e de pele. ILPs  fragilidade 
dos residentes, superlotação. 
 
Mudanças fisiológicas do envelhecimento: 
1) absorção: olho seco, xeroftalmia, tempo 
de esvaziamento gástrico aumentado, dim 
da acidez gástrica. 
 
2) Aos 70 anos houve perda de 40% da 
função renal. 
 
3) síndrome de fragilidade – mais 
complicações iatrogênicas, mais 
vulneráveis. Aum de quedas, risco de 
institucionalização e aum de mortalidade. 
 
Princípios em fármaco-geriatria – trabalho 
em equipe, revise prescrição, cuidado com 
polifarmaco e uso de fitoterápicos. 
 
Reações adversas são 7x mais comuns em 
pacientes idosos. 
 
Fatores de risco para reação adversa: 
Mais de 5 medicações/ dia 
2 ou + comorbidades 
História prévia de reação adversa 
Demência 
Insuf renal 
Idade avançada > 85 anos 
Múltiplos prescritores 
 
 Use a menor dose possível, prefira dose 
oral e evite subtratamentos. 
Absorção intramuscular é muito errática e 
há perda de massa muscular no 
envelhecimento – dói muito mais. 
Evitar subtratamentos – por exemplo IECA 
na insuf cardíaca (dose plena). 
 
BR não pode mais vender atb sem receita 
 66% dos atbs eram vendidos sem 
receita medica. 
Nos EUA uso inadeq de meds está entre as 
10 principais causas de mortalidade. 
Idosos 23% da renda comprometida por 
meds. 
 
Investigar má aderência – custos, efeitos 
colaterais, complexidade da receita, letra 
do médico, número de medicações. 
 
 Critérios de Beers: 
 Ferramenta de uso para clínico 
geral, não é feito exclusivamente para 
geriatras. Lista de aconselhamento para 
melhor prescrição do idoso – com 
medicamentos potencialmente danosos 
para o idoso, mas não é lista de proibições, 
por vezes não há outra alternativa e tais 
medicamentos devem ser usados. 
 Anticolinérgicos – aum risco de 
xeroftalmia, constipação, hipotensão 
postural, retenção urinaria. 
 Histamínicos de primeirageração – 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
aum risco pra quedas, muito sedativos. 
 Antiparkinsonianos – iMAOs (antigos) 
– riscos de interações com alimentos – 
queijos, muito mal tolerados. 
 Antiespasmódicos – tendem a 
constipar, como buscopam – constipa 
mais e promove translocação 
bacteriana. 
 Antitrombóticos – antiagregante 
plaquetário ticlopidina – já em desuso. 
Alternativas melhores = AAS, 
clopridrogel. 
 Antimicrobianos – nitrofurantoina – 
potencial de toxicidade pulmonar, 
principalmente os que tiverem 
comprometimento de função renal. 
Principalmente se Cr > 60. 
 Alfabloqueadores – alfa1 de ação 
central – doxasozina – pode 
descompensar insuf cardíaca e pode 
dar hipotensão postural, usado como 
anti-prostático apenas. 
 Antiarrítmicos – amiodarona – 
antiarrítmico mais prescrito – provoca 
efeitos colaterais de hipotensão, 
bradicardia, todo antiarrítmico pode 
dar arritmia, prolongamento de QT, 
torsades de pointes, aum glicemia, 
constipação, flebite.  90% dos 
pacientes possuem depósito corneano 
(encaminhar para oftalmo), toxicidade 
pulm – fibrose irreversível pulmonar, 
disfunção tireoideana (hiper ou hipo – 
monitorar TSH), toxicidade hepática 
em 30%, dispneia, cor azulada na pele, 
fotossensibilidade. 
 Digoxicina – cuidar função renal, aum 
mortalidade, ainda usada em insuf card 
com fração de ejeção baixa, mas meio 
comprimido para paciente idoso ou 
dias alternados, acelera muito perda 
da função renal. 
 Espironolactona – cuidar potássio – 
acima de 5,5 já é considerado contra 
indicação. 
 
 
 
Estudos de HYVER – Hypertension in the 
very elderly: 
AAS na prevenção secundária. 
AAS na prevenção primaria – individualizar 
risco – alto risco beneficia, risco baixo 
balancear sangramentos. 
Fibrilação e anticoagulação – maioria dos 
idosos tem indicação de anticoagulação – 
preferencialmente varfarina (antagonistas 
vit K). 
 
RNI > OU = a 2 em pctes com FA dim AVC, 
mas tb a severidade do AVC e a 
mortalidade pelo AVC. 
Manter RNI entre 2-3. 
Novos anticoag orais 2009 (dabigatran) – 
na dose 110mg (mais baixa) < risco 
sangramento e eficaz como varfarina. Sem 
necessidade de monitorar TP/RNI. Menos 
interações medicamentosas. Ainda muito 
caros – BR ainda usam-se cumarínicos. 
 
 Sistema nervoso central – 
antidepressivos tricíclicos aum risco de 
arritmia, efeitos colinérgicos. 
Cardiopatas isquêmicos não podem 
usar tricíclicos, QT longo não usar tbm. 
 Antipsicóticos – típicos e atípicos aum 
similar e dose-dependente no risco de 
morte súbita. O efeito absoluto dos 
antipsicóticos na mortalidade de 
pacientes idosos com demência foi 
maior do que previamente reportado e 
dose-dependente. Por vezes, pode-se 
utilizar ISRS Citalopram ao invés de 
antipsicóticos. 
 Benzodiazepínicos de meia vida longa 
– diazepam, flurazepam, clonazepam – 
aum risco de quedas e sedação – não 
suspender abruptamente (crise de 
abstinência). 
 Reposição hormonal – riscos 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
tromboembólicos e CA de mama. 
 Metoclopramida – plasil: constipação. 
 Entre morfina e meperidina (opioides) 
– escolher morfina. Duas dão náuseas, 
vômitos e constipação, mas 
meperidina é mais tóxica. 
 Testosterona deve ser prescrito na 
síndrome hipogonádica – riscos de 
hiperplasia prostática, câncer de 
próstata, policitemia, síndrome da 
apneia do sono, risco cardiovascular(?) 
ainda em discussão. 
 Hormônio da tireoide – teriparatide – 
aum densidade óssea coluna e fêmur, 
dim risco de fratura vertebral, uso 
máximo de 2 anos. 
 
 Cálcio para todos? Não, é ideal que 
esteja na dieta – Ingerir diariamente 1,2g 
cálcio e 800 ui vit D, tomar sol. 
 
 Bifosfonato – usar pelo menos 2 anos - 
EV – não dim fratura de quadril. Efeitos 
Colaterais – febre, mialgia, piora fção 
renal, risco de osteonecrose 
(mandibular e femoral) com aum dose, 
Bifosfonato pode aum sangramento. 
 Reposição hormonal pode aum efeitos 
tromboembólicos. 
 Analgésicos e Relaxantes musc – 
sonolência, aum risco para quedas, 
delirium. AINEs aum risco de úlceras 
gástricas, sangramentos em geral, insuf 
renal, hepatotoxicidade, infarto, aum 
PA  AVC. 
 
STOP & START: 
Complementar critérios de Beers. 
 
STOP: 
 Diurético de alça só para tirar edema 
periférico, usa meia-elástica, manda 
deambular. Aum risco de hipotensão, 
hipocalemia, dist eletrolítico. 
 Cuidar o risco de crise de gota com 
tiazídico. 
 Evite AAS para tratar tontura – 
investigue a causa da tontura. 
 Tricíclicos – risco de glaucoma (todas 
as anticolinérgicas exacerbam 
glaucoma). 
 AINES – controle da PA, risco de insuf 
renal e descompensação de insuf 
cardíaca. 
 Omeprazol sem indicação – mais de 8 
semanas de tto são necessárias? Uso 
crônico de omeprazol  deficiência de 
B12  demência. 
 Risco de TVE com reposição hormonal. 
 Neurolépticos – risco de quedas. 
 
START: 
 Anticoagulante oral em desfibrilados 
crônicos 
 AAS prevenção 1ª e 2ªaria 
 Estatina para alto risco e prevenção 
2ªaria iECA pctes DM para proteger rim 
e reverter microalbuminuria 
 HAS deve ser tratada 
 Tratar idosos asmáticos  B2 de longa 
+ cort inalat, 
 DPOC com indicação  O2 domiciliar 
 Não economizar Levodopa em dx de 
Parkinson (droga mais efetiva para 
melhora de sintomas, vai perdendo 
efeito, mas se prognostico de 
expectativa de vida é curto, não vale a 
pena economizar, pode ser usada 
como teste terapêutico, se funciona é 
Parkinson). 
 Antidepressivo – sempre ttar, impacto 
da qualidade de vida, prevenção de 
suicídio. 
 Bloq bomba de prótons – cuidar uso 
prolongado, mas deve ser usado 
quando necessario. 
 Fibras – melhora da funcao intestinal. 
 Ttar osteoporose – Bifosfonato, Ca, vit 
D, 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
 DMARD – disease modifying 
antirheumatic drugs. 
 
Ginkgo biloba x memória x avc e ait --> não 
tem comprovações científicas. Único uso 
comprovado – labirintite. 
Não repor vitaminas para quem não é 
desnutrido. 
Considere uso de ttos não farmacológicos: 
acumputura, terapia ocupacional, atividade 
física regular, etc. 
 
5) PLANEJAMENTO DE CUIDADOS 
(06/04/2016): 
 Visão geriátrica – tentar atender 
pcte no dia-a-dia na lógica de promover a 
saúde. Saúde não só como ausência de 
doença, mas bem-estar físico, mental, 
social e funcional. Promoção de saúde = 
prevenção/ compressão de morbidades + 
evitar iatrogenias. 
 
 Mais barato prevenir intervenções 
graves – planos de saúde na busca ativa de 
pacientes – manutenção da saúde do 
paciente idoso. Gerenciamento do pcte 
crônico. 
Capacidade Funcional: 
 Autonomia = capacidade de 
tomada de decisão e execução do 
pretendido. 
 Independência = capacidade física, 
mental e social para realizar 
atividades requeridas para a vida 
diária (comuns AVDs ou 
instrumentais AIVDS). 
 Utilizada como norteadora para escolha 
de ttos e tomada de decisões. 
 Montar plano em ordem de 
prioridade. 
Plano de cuidados em geriatria  
SENECULTURA (patologias crônicas 
compensadas e boa capacidade funcional – 
há benefícios em fazer screening de 
doenças?, cuidado preventivo – plano de 
cuidados individualizado). 
 Entender o quanto o 
envelhecimento incidiu sobre o 
individuo/patologias pregressas – plano de 
cuidados que não sejam fúteis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Avaliaçãoda predisposição do pct a 
ter doenças, quais já estão instaladas, 
rastreio para diagnósticos precoces – 
exames para detectar patologias tratáveis. 
Patologias que podem ser detectadas em 
fase sintomática ou assintomática – o 
quanto patologias estão atrapalhando 
atividades diárias (capacidade funcional – 
dia-a-dia comprometido pelas patologias) – 
proximidade ou não do óbito (qual o foco 
principal?) 
o Fase inicial – ações preventivas e 
procedimentos promocionais  plano 
que promova manutenção da saúde. 
PREVENÇÃO = Cuidados antecipató-
rios – medidas capazes de reduzir a 
predisp às dças ou atrasar início das 
dças e suas complicações (melhorar 
qualidade de vida, limitar impacto das 
incapacidades e aum esperança de 
vida). Prevenção Primária! 
Prevenção – cuidados antecipados. 
Promoção da saúde 
Alimentação saudável, 
ativ física, sanitarismo, 
lazer, cultura, evitar 
fumo álcool e drogas, 
Proteção específica 
HAS, imunização 
(tétano, gripe, 
antipneumococica), 
dislipidemia, antiagreg 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
desenv personalidade, 
moradia adeq, conds 
agradáveis de trabalho. 
plaquet, uso de 
alimentos específicos 
(vits, minerais e 
hormônios), suspensão 
do tabagismo 
alcoolismo e drogas, 
saúde ocupacional, 
higiene, proteção X 
substs carcinogênicas, 
aconselhamento 
genético, uso de 
preservativo, controle 
de vetores. 
 
o Fase sintomática – ações curativas 
e/ou paliativas  saber explicar 
medidas para que condutas sejam 
seguidas, orientar paciente quanto a 
necessidade de fazer atividades 
físicas/mudanças na alimentação. 
Prevenção secundária: 
Rastreamento 
Dx e tto precoce das 
dças no estágio pré-
clínico. 
Marcadores biológicos 
Limitação da 
invalidez 
Dx precoce e tto 
imediato para limitar as 
complicações da dça 
(incapacidades). 
 
o Fase de incapacidade – ações de 
reabilitação. 
Fisiatra trabalha manejo com 
medicações – para retomada da 
capacidade funcional. 
Prevenção terciária: 
Reabilitação 
Tecnologia assistiva 
 
Prevenção quaternária: 
Detecção de ind em risco de tto excessivo  
proteção X intervenções médicas inpropriadas e 
sugerir alternativas – evitar risco de adoecimento 
iatrogênico. 
EVITAR IATROGENIA 
Excesso de rastreamentos e propedeudica 
complementar/ Abuso de medicalização de fatores 
de risco. 
Primum non nocere 
 
 Plano de acordo com a expectativa de 
vida do pcte: 
- Se a sobrevida > 5 anos  glicada de 7 
- Se sobrevida < 5 anos  glicada entre 8-9 
 
Exemplos: 
 Dcs CV: Presença de fatores de 
risco, dieta, manejo de HAS, pedido de 
ECG, AAS, estatina inibidores da ECA? 
 DM: mod estilo de vida, teste 
glicemia, totg ≥ 45 anos ou com fatores de 
risco, uso inib ECA, AAS, estatinas 
 Neoplasias: 
 Colo do útero em > 60 anos até 10 
anos com 3 cp negativos. 
 Mama – 50-74 anos, em > 70 anos com 
boa saúde. 
 Cólon – pesquisa de sangue oculto nas 
fezes anual 50-75 anos. 
 Próstata – questionável, 50-75anos, se 
sobrevida de 10 anos. PSA é 
questionável em pctes que não tem 
sintomas clínicos=ls. 
 Osteoporose: DMO em > 60 anos na 
mulher e >70 anos no homem, antes e 
se tiver fatores de risco (risco de 
quedas, frax model). 
 DST (aids) 
 Acidentes: doméstico, trânsito. 
 
Necessidade de exames e abordagem 
diferente: 
 Idoso robusto e Idoso frágil (vem 
ao consultório por motivo x, se resolvido, 
oferece-se todo o pacote de prevenção). 
 Frágil de alta complexidade e 
Idoso em fase final e vida – nenhuma 
abordagem intervenção – medidas para 
aliviar desconforto, promover bem estar. 
Desafios: 
o saúde x dça, 
o situação instalada ou riscos, 
o capacidade funcional, 
o dça aguda X crônica X crônica 
agudizada 
 
Plano de prioridades – baseado na 
avaliação geriátrica ampla, adequado a 
ambiente/tempo (hosp, amb, domicilio). 
 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
 
 
 
Fisiológico X agudo X crônico: 
Senescência Dça Evento 
agudo 
Resultado 
Renal Nefropatia 
diabética 
Desidratação, 
droga 
nefrotóxica 
Uremia 
Cerebral Alzheimer Sínd infec ou 
metab 
Confusão 
mental 
Pulmonar DPOC Infec pulm Insuf resp 
 
Além de combinar patologia com 
medicamentos, deve-se considerar o todo, 
nº de medicamentos viável para o 
indivíduo consumir, tempo de jejum, etc. 
 
Tomada de decisão: 
o Perguntar ao pcte seu objetivo 
principal. 
o Revisão completa do plano ou enfoque 
em um aspecto específico. 
o Quais são as condições de intervenções 
atuais? 
o Qual seria a aderência e conforto do 
plano atual? 
o Preferências do pcte 
o Evidências relevantes que suportem a 
terapêutica instalada buscando 
resultados importantes? 
o Considerar o prognóstico. 
o Considerar interações entre meds e 
condições. 
o Benefícios X malefícios dos 
componentes do plano. 
o Decisão conjunta sobre intervenções e 
ttos. 
o Revisar decisões periodicamente – 
benefícios, aplicabilidade. 
 
6) DÉFICIT COGNITIVO (13/04/2016): 
Que tipo de queixa cognitiva? 
o Declínio do envelhecimento normal 
o Percepção exacerbada de lapsos 
(envelhecimento) – esquecimentos 
menores (esquecer a chave, etc) 
o Esquecimentos maiores 
o Esquecimentos agudos – doenças 
sistêmicas ou uso de medicamentos 
o Depressão e outras dças psiq. 
o Transtorno cognitivo leve 
o Demência realmente  investigar. 
 
Demência – processo neuropato que causa 
declínio significativo de funções cognitivas 
levando o indivíduo à perda de sua indep 
funcional  diagnóstico é clínico. 
 
 Demências Corticais – afetam mais 
memória e Subcorticais – afetam mais 
executivo e marcha. 
 Etiologia: neurodegenerativa 
(Alzheimer), vascular, infecciosa, trauma 
(boxeadores), alcoólica, reversível 
(pseudodemências – déficits cognitivos 
associados a outros quadros clínicos, por 
ex def de B12), neoplasia. 
 
Epidemiologia: 
1. Alzheimer e vascular – 80-90% das 
demências do mundo 
2. Vascular isolada – 30% em países em 
desenvolvimento X < 10% em países 
desenvolvidos 
 
*America latina tem maior prevalência em 
demência ajustada para idade no mundo 
(muito em função da demência vascular)–
estimativa de que aum 4x até 2040  
motivos? Baixa escolaridade e risco CV. 
 
Lancet 2011 BR – depressão 5-10% dos 
adultos, demência prevalência aumenta 
exponencialmente com a idade. 
65-69 anos = 1,2% 
> 75 anos = entre 5,1-8,8% 
A partir dos 85 anos = 1/3 dos ind 
apresentarão quadro demencial. 
> 95anos = 54,88% 
 
Maior fator de risco isolado = 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
envelhecimento (continum do 
envelhecimento?). O aumento é 
exponencial independente da idade, 
sempre aumenta (não há platô). 
 
 Fatores de risco modificáveis = baixa 
escolaridade, HAS, DM, Dislipidemia, 
síndrome metab, obesidade na meia idade, 
sedentarismo a partir da meia-idade, 
tabagismo. 
 
Ponto de corte para obesidade em idosos 
não é 25, é 27 (por isso obesidade na meia 
idade entre os fatores de risco). 
 
o Demências mais comuns em idosos – 
(em ordem) 
1. demência Alzheimer, 
2. vascular, 
3. mista, 
4. por corpúsculos de lewy, 
5. demência da dça de Parkinson, 
6. frontotemporal (+ freq ser vista em 
adultos jovens). 
 
Parkinson + corpúsculos de lewy  3a mais 
comum. Acredita-se que sejam mesma dça 
dentro de espectro – depósitos de 
corpúsculos de lewy – única diferença é 
pela clínica – com clínica de Parkinson, e 
corpúsculos de lewy costumam iniciar 
quadro com disfunçãoneurológica 
importante. Corpúsculos de lewy pega 
córtex e núcleos da base 
concomitantemente. Microscopica e 
neuropatologicamente são muito 
parecidas, a diferença é clínica. 
Parkinsonismos – sintomatologia motora. 
 
Demência frontotemporal – ocorre em 
idades mais precoces normalmente, clínica 
mais fácil de dx. 
 
Como abordar pcte com suspeita de 
demência? 
Queixa de demência confirmada pelo 
familiar, valorizar informações prestadas 
pelo cuidador! 
 Instalação aguda X crônica  
aguda – descartar depressão ou delirium 
(estado confusional agudo – CAM 
confusion assessment method – para 
confirmar delirium – confusão mental 
aguda de causa orgânica – mudança de 
medicação ou situação ameaçadora a vida 
como IAM, embolia, etc – investigar com 
exame físico completo): 
1. Início agudo e curso flutuante, 
2. Déficit de atenção, distração, 
3. Pensamento desorganizado, 
4. Alteração do nível de consciência 
[para dx pelo menos 1+2+ acomp ou não 
de (3 ou 4)]. 
 Não existe apenas delirium 
hiperativo, tbm existe hipoativo ou misto. 
Mais comum no idoso é o hipoativo. 
Importância de fechar dx de delirium = 
confusão mental aguda de causa orgânica 
(IAM, AVC, para-efeito de novos 
medicamentos, hipóxia, FA aguda, etc). 
*Delirium = “psicose da UTI”. 
Ocorre mais em pcte frágil, alts da 
temperatura, desidratação, dor, 
desorientação sensorial, déficit cognitivo 
prévio, HIV – pctes mais graves, de pior 
prognóstico! 
Maior prevalência delirium – hospital, uti e 
emergências. 
OBS: Usa-se haldol para tto do delirium 
hiperativo – hipoativo apenas busca causa, 
sem necessidade de tto psiq. 
 
Não é agudo? Pensar em depressão  
quadro de déficit cognitivo assoc a 
depressão. 
Benigno  relacionado ao envelhecimento 
(esquecimentos menores) reavaliar em 6 
meses. 
Esquecimentos maiores  perder-se em 
locais conhecidos, esquecer fogão ligado, 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
esquecer nome de filhos – esquecimentos 
maiores devem ser melhor avaliados. 
 
Triagem de Humor  GDS (Geriatric 
Depression Scale) 15/5  desenvolvida 
para a pop geriátrica. 
 
Se 6 ou + pontos na GDS 15  Presença de 
sintomas depressivos. 
Pode ser usada na investigação do pcte 
com déficit cognitivo para avaliar se pcte 
tem sintomas depressivos (investigar se 
esquecimentos estão relacionados a 
quadros depressivos). 
Boa sensibilidade, em torno de 80%. 
Especificidade, não tão alta, em torno de 
75% (mas é rastreio de sintomas, não é dx). 
 
Idoso – pode ter depressão sem tristeza – 
anedonia – perda de interesse nas 
atividades! 
 
 Se não é dça aguda, descartei delirium, 
depressão e esquecimento menor, pcte 
apresentando esquecimentos maiores: 
 Déficit cognitivo deve ser 
confirmado pela anamnese (bem 
abrangente – quando começou a ficar 
diferente? Perguntar se tem prejuízo na 
funcionalidade – demência ou declínio 
cognitivo leve). 
Exame neurocognitivo completo: avaliar 
marcha (apraxia? Apraxia de marcha 
precocemente em quadro demencial afasta 
DA – a favor de dça vascular), avaliar 
sintomas de Parkinson (rigidez simétrica-
assimétrica, tremor, bradicinesia, anosmia 
– perda do olfato), rigidez de MMII e 
MMSS, simétrica, ausência de resp a 
levodopa – falha após 2-3 semanas indica 
baixa probabilidade de parkinsonismo, 
testagem neurocognitiva breve. 
 
Aplicar minimental e teste do relógio  
quando começou a ficar tudo diferente? 
prejuízo das AVDs pelo déficit cognitivo, 
evento desencadeante, sequência do 
surgimento das alts. 
 Ponto de corte em pctes gaúchos 
altera a escala pelo nível de escolaridade – 
um pouco maior. Pontos de corte: 18 
analfabetos e 27 se tiver mais escolaridade. 
 
Minimental tem falhas – visão espacial – 
teste do relógio. Circulo desenhado ou 
não  complementa o minimental. 
Minimental tbm não é bom para avaliar 
memorização – maior número de animais 
em 1 min (lista de palavras do cerad). 
30 palavras (10 palavras em 3 repetições) 
 pontuação < ou = a 13 significa 83% de 
chance de ter déficit cognitivo. 
Procurar sempre realizar minimental + 
teste do relógio + lista de memorização do 
cerad (testes se complementam). 
 
Outros: Clinical Dementia Rating (CDR). 
Obrigatório quando for solicitar 
medicações pela secretaria de saúde 
(minimental + exame de imagem + labs + 
CDR + GDS). 
 
Testagem neuropsicológica completa para 
casos muito selecionados. 
 
Exames complementares básicos para 
descartar causas reversíveis – glicemia de 
jejum, creatinina, TP (encefalopatia 
hepatica), TSH (hiper e hipotireoidismo 
pode dar deficit cognitivo), vit b12, ác 
fólico (anemia megaloblastica), VDRL, FTA-
ABS (promiscuidade = mais que dois 
parceiros/ano, neurossífilis), sódio 
(hiponatremia – principalmente usuários 
de drogas como diuréticos e 
carbamazepinas – antidepressivos e 
antipsicoticos tbm) e anti-HIV, neurossífilis. 
Eletrólitos – Na, K, Ca, Cl, Mg. 
 
o Transtorno-neurocognitivo leve  
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
MCI (mild cognitive impairment – 
Novos critérios DSM 5) – NÃO 
INTERFERE NAS ATIVIDADES DE VIDA 
DIARIA (NÃO pode ser considerado 
síndrome demencial). 
 - Critérios: Déficit cognitivo que 
não é causado por delirium; não é bem 
explicado por outra doença psiquiátrica 
(depressão ou esquizofrenia). 
 Declínio cognitivo modesto em 
relação às condições prévias em um ou 
mais domínios – atenção, aprendizagem, 
memória, linguagem, percepção motora, 
função executiva, cognição social (de 
acordo com o próprio pcte, acompanhante 
ou médico que fazia acompanhamento) – 
déficits que não interferem nas 
capacidades de vida diária  SEM 
PREJUÍZO NAS AVDs – se tem prejuízo não 
é transtorno neurocognitivo leve, é quadro 
demencial. 
 
Com prejuízo de funcionalidade = dx 
sindrômico de demências. 
1. Alzheimer – prejuízo da memória e de 
uma das funções cognitivas (Afasia, 
apraxia, agnosia, perturbação do func 
executivo – planejamento sequenciamento 
abstração). 
Prejuízo capac funcional. 
Início gradual e declínio cognitivo 
contínuo, progressivo (característica de 
dça neurodegenerativa). 
Déficits cognitivos que não se explicam por 
outras conds. 
Dx na ausência de delirium. 
 Hierarquia das ativ de vida diária. 
 Pegar táxi, cuidar de dinheiro, fazer 
compras, usar telefone, cozinhar, cuidar da 
casa (primeiro se perdem as aivds, depois 
perdem-se as básicas – tomar banha, 
transferência cadeira-cama, higiene 
pessoal). 
 
 Síndrome demencial: predomina 
déficit de memória ou orientação espacial 
curso lentamente progressivo e sem 
alteração precoce da marcha = provável 
dça de Alzheimer  exame de imagem – 
tomografia ou ressonância (não precisa de 
contraste). 
SUS = TC simples, sem contraste. RNM é 
padrão-ouro. 
Faz tomo para rastrear injuria vascular – 
presença de injuria vascular = DEMÊNCIA 
MISTA OU DEMÊNCIA VASCULAR. 
 
 Quadro clínico não fecha com DA, 
tem alts de marcha no início – provável 
que não seja Alzheimer, é demência, mas 
não Alzheimer pura – pensar em dx 
diferenciais! 
 
 Demência não Alzheimer (cuidar como 
iniciou o quadro clínico!)  dça 
frontotemporal (alts de comportamento, 
desinibição, alt linguagem), Parkinsonismo 
rígido hipocinético (Parkinson), dça de 
corpúsculos de lewy (alucinações visuais). 
 
Frontotemporal dementia in elderly 
individuals – arch neurol 2013 – quadro 
diferente com mais déficit de memória e 
menos de linguagem,por isso confunde 
com Alzheimer. 
 
Ilusões e alucinações – típico de demência 
por corpúsculos de lewy, mais comum nas 
fases de moderada pra grave; tb pode ser 
vista em demência vascular. 
 
Na DA = fase pré-clínica prolongada – 
deposição de Beta Amiloide com limiar 
detectável no PIB-PET pode ser detectável 
17 anos antes de ter clínica, 4,2 anos antes 
de ter atrofia hipocampal e 3,3 anos antes 
de ter alteração de memória. 
 
Drogas – nenhuma efetiva, não mudam 
curso natural. Anticolinesterágicos 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
(rivastigmina – mais prescrito no BR, 
dabutamina, donepezil é o mais 
recomendado na literatura) e 
glutamatérgicos (memantinas – moderada 
a grave, não para Alzheimer inicial, para 
moderado a grave – usada em assoc com 
anticolinesterásicos, não em monoterapia). 
Citalopram? 30mg Estudos em andamento. 
Evitar anti-psicóticos. 
 
Transt neurocognitivo leve – não há droga 
específica, alguns evoluem para Alzheimer 
outros não – dicas de manejo – manejo de 
fatores de risco evitando hipotensão em 
hipertesos e hipoglicemia e diabéticos, etc. 
 
Orientações comportamentais: 
Não fumar 
Exercitar mente 
Evitar traumas cranianos 
Ttar DM – sem provocar hipoglicemia. 
Ttar HAS – sem provocar hipotensão. 
Praticar atividade física diária 
 
Considerações sobre exames – RNM é o 
“carro chefe” – limitações da imagem 
estrutural: não define histologia, atrofia é 
inespecífica, vieses de atenção 
(discordância entre radiologistas – muito 
operador dependente), não avalia função. 
 
Cafeína melhora cognição? Evita diabetes? 
Estudos em andamento. 
 
Avaliar pensando em qualidade de vida – 
rastreio/tto vai melhorar qualidade de 
vida? 
 
7) INSTABILIDADE POSTURAL E RISCO DE 
QUEDAS (20/04/2016): 
Equilíbrio corporal (e postura)  parte 
vestibular cerebral + sistema visual bom + 
sistema proprioceptivo. 
 
Mobilidade  fats extrínsecos (ambientais) 
e intrínsecos. 
o Intrínsecos – sist fisiológicos principais, 
condicionamento Cardiorrespiratório – 
postura e marcha  função cardíaca, 
função resp, função neuro, função 
endócrino-metabólica  teste de 
caminhada de 6 minutos. Escala de 
avaliação de cansaço. 
o Equilíbrio/locomoção – levantar e 
andar 3 metros quantitativo e 
qualitativo – teste de Romberg – 
equilíbrio unipodálico. 
o Mobilidade – get up and go test – 
levantar sem auxílio das mãos e andar 
3 metros, retornar e sentar sem o 
auxílio das mãos  < 10s normal, < 20s 
provável ausência de distúrbio da 
marcha (senescência), > ou = 20s 
presença de distúrbio da marcha – 
muito além da senescência, deve ser 
investigada. 
 
o Avaliação quantitativa da marcha  
Estudos relacionam velocidade da 
marcha com fragilidade, morbimorta-
lidade, triagem de sarcopenia, 
prognóstico. 
o Avaliação qualitativa da marcha  hx 
de 2 ou + quedas no último ano, 
avaliação qualitativa da marcha. Se 
tem hx de 2 ou + quedas – revisar 
drogas em uso e fatores ambientais  
se marcha anormal – TU no SNC? 
Demencia com apraxia de marcha? 
Parkinsonismo? Ataxia cerebelar? 
Fatores osteomusculares? 
 
o Instabilidade postural – timed up and 
go test > ou = 20s + 2 ou mais quedas 
no ultimo ano  marcha anormal, 
avaliar causas ambientais, avaliar 
problemas clínicos (drogas)  nível 
sensório motor sup ou nível sensório 
motor médio ou nível sensório motor 
inferior  programação, controle e 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
execução das resps posturais. 
 
Quedas: síndrome geriátrica, problema de 
saúde publica. 30% dos idosos caem ao 
menos 1x/ano, quanto mais idoso, maior 
chance de cair. Mulheres caem mais? 
Acredita-se que relacionado ao nº de 
mulheres idosas ser > nº homens idosos, 
procuram mais assistência médica. 
Mulheres vivem em média 5-6 anos mais 
que homens (fator estrógeno protetor). 
 
Hospitalização – 20% caem ao longo da 
internação. 
ILP – 11,5 quedas ao ano/leito (idosos mais 
frágeis, mais riscos, mais comorbidades, 
idades mais avançadas  mais quedas) 
anexar ao prontuário – risco de quedas. 
 Quedas promovem restrição de 
atividades do idoso em cerca de 20% 
se comparadas com outra condição de 
saúde (DM, HAS, etc), restrição pode 
durar meses por diminuição da 
capacidade física ou medo de cair, 
lesões, fraturas, incapacidade e perda 
de autonomia, síndrome de 
imobilidade até institucionalização e 
óbito – complicações por ficar 
acamado. 
Fratura de colo de fêmur: 1% das quedas 
resulta nessa fratura. Valor da internação = 
média 24 mil reais! 
Fratura vertebral – rx de coluna ainda é 
padrão ouro – 70-85% são indolores  
investigar lombalgia crônica e 
encolhimentos (ex 4cm de um ano para o 
outro)  dor crônica, complicação resp, 
constipação crônica. 
Padrão outro para investigação  Rx! 
 
Hx de fratura após trauma mínimo em 
pessoas com mais de 50 anos é o maior 
fator de risco para fratura. 
 
Fatores de risco para fraturas de quadril: 
 ****Hx previa de fratura após trauma 
mínimo a partir dos 50 anos****; 
 Hx familiar de fratura de quadril; 
 Tabagistas; 
 Corticoterapia > 3 meses; 
 Abuso de álcool; 
 Hipogonadismo (testosterona baixa). 
 
 Primeiros 3 fatores estão presentes no 
FRAX. 
 
Maioria das fraturas ocorre em pctes com 
DMO normal  não esperar densitometria 
péssima para pensar em tratar, por isso 
realizar o FRAX que avalia risco de fratura 
em 10 anos – preconiza tto de osteopênicos 
tbm, não só de osteoporóticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fatores de risco para fraturas em idosos: 
o idade > 80 anos, 
o sexo fem, 
o hx de marcha instável, 
o hx de alterações do estado mental 
polifarmácia. 
 
Causas: ***ambientais*** (30-50%), 
distúrbios de marcha, tontura, hipotensão 
ortostática (uso de diuréticos, etc), síncope 
(+ de 70% são por causa cardiológica), drop 
attack (queda sem perda da consciência, 
como em epilepsia), outras, desconhecida 
(em 5% dos casos). 
As causas – geralmente são multifatoriais - 
envelhecimento (visual, auditivo, musc, 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
osteoarticular), doenças crônicas (avc, 
parkinson, demência, arritmias, 
hipotensão ortostática, OA, incontinência 
urinaria, desidratação – idosos geralmente 
não sentem sede), fatores extrínsecos 
(polifarmácia, calçados inadequados, piso 
escorregadio, pouca iluminação, ausência 
de corrimões, obstáculos, colocar traves 
em gavetas e objetos na altura das mãos). 
 
Sinal premonitório  apresentação 
comum de dças em pessoas idosas 
(infecções, SNC, etc). 
 
Avaliação das quedas: 
 Anamnese – quando onde e o que 
estava fazendo quando caiu, presença 
sintomas premonitórios. 
Hx de doenças – meds em uso, consumo de 
álcool, dieta, atividade física e conds 
moradias, depressão (pcte deprimido tem 
mais fraturas). 
 Exame clínico – neuro, musc-ósseo... 
avaliação CV, depressão. 
 Exames complementares – hemograma, 
eletrólitos, EQU, urocultura, ECG, TSH, B12 
(não é rotina, mas entra na avaliação para 
pesquisar neuropatia), holter (ECG de 
longa duração), TCcrânio (se houver 
alteração em exame neurológico). 
 
Medo de cair e síndrome pós-queda = 
quem tem medo de cair, cai mais (mesmo 
nos pctes que têm baixo risco fisiológico 
para quedas). 
 
 Abordagem multidisciplinar. 
 Quedas? Get up and go? Alterações de 
marcha? Alts equilíbrio  não? Avaliação 
de rotina. 
 Se tiver alts em marcha e maisde duas 
quedas no último ano  realizar anamnese 
abrangente, exame clínico, riscos para 
queda (meds em uso, acuidade visual, dça 
neuro, força muscular, arritmias, PA em 2 
posições diferentes, avaliar MMII – tirar 
meias e calçados para avaliar 
deformidades), avaliar riscos ambientais. 
 Incentivar exercícios físicos, troca de 
óculos, cxs de catarata, tratar arritmias e 
alts ortopédicas, cuidar ambiente (visita 
domiciliar), incentivar dança (aerobico + 
equilíbrio + força), caminhadas. 
Suplementação de vitamina D? Pcte com 
alto risco para quedas? Não estaria errado 
usar dose de manutenção, mesmo em pcte 
sem alts na densitometria, mas com alto 
risco de quedas segundo estudos  
controverso, outros defendem que seja 
reposto apenas em pctes com deficiência. 
 
8) IMOBILIDADE (27/04/2016): 
Idosos fragilizados: 
o Pessoas > 65 anos 
o Dependentes p/ AVDs 
o Institucionalizados ou não 
o Incapazes de se movimentar 
o Submetidos à polifarmácia 
o Com alts lab. 
 
 Síndrome de imobilidade: 
 Conjunto de sinais e sintomas 
caracterizados pela supressão dos 
movimentos de uma ou mais articulações – 
complexo que impede a mudança postural 
 conjunto de alterações que repercutem 
negativamente sobre o organismo, tendo 
origem na imobilidade. 
 
 2 critérios maiores + 2 menores. 
 Maiores: déficit cognitivo 
moderado a grave e múltiplas contraturas. 
Dismobilidade = veloc de marcha ≤ a 0,6 m/s. 
 Menores: dupla incontinência, 
disfagia, afasia, úlceras de pressão. 
 
 Nem todo paciente confinado ao leito 
sofre de síndrome de imobilidade. 
 1860 – repouso no leito foi 
reconhecido como medida terapêutica. 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
 
Fatores precipitantes: podem estar 
relacionados com – dor, incontinência, 
força muscular, rigidez articular, 
afetividade, cognição, órgãos dos sentidos, 
equilíbrio, medicamentos, idoso frágil, > 75 
anos. 
 
o Causas: 25-50% dos idosos perdem 
indep física, ficam confinados ao leito 
após tto hosp prolongado. Gravidade 
da deficiência ou grau do declínio 
funcional determinam o nível de 
incapacidade, que pode chegar à 
Síndrome da Imobilidade. 
o Características do pcte com SI: alta 
complexidade (necessidade de ser 
assistido por equipe multidisciplinas); 
alto custo; mortalidade aprox 40%; 
Causa mortis = falência de múltiplos 
órgãos (específica: pneumonia, TEP, 
septicemia). 
 Sistema tegumentar: ↓ de 20-30% 
na espessura da epiderme por dim da 
prod de céls epiteliais; ↓nº, tamanho e 
secreção da gl sudorípara; ↓tecido de 
sustentação; desidratação da derme e 
↓vascularização. Pele menos elástica e 
mais friável. 
Complicações = umidade, porta de 
entrada para infecs, cuidado especial 
com diabéticos. Medidas preventivas: 
higiene, nutrição, sol, evitar tecidos 
sintéticos, temp amb, controle 
glicemia, não usar colchões de sup 
plástica. Xerose (prurido, prevenção 
evitando uso de sabões, banhos 
quentes e demorados e fazendo uso de 
hidratante diariamente). Laceração 
(princ em MMSS e MMII – cuidar na 
manipulação do pcte). Dermatite 
amoniacal (contato com urina), 
equimoses (fragilidade capilar). 
 
Úlceras de decúbito: 10-20% dos 
idosos acamados – desecadeante = 
compressão por tempo > 2h sobre área 
tecidual restrita, prod pressão e 
colabamento dos vasos sang. Surge em 
poucas horas, mas requer meses para 
cicatrizar  chance de mortalidade em 
4 meses = 50%! Prevenção – proteção 
para proeminências ósseas, mudança 
de posicionamento no leito, corrigir 
desnutrição. Complicadores – má 
higiene, anemia, obesidade, sedação 
excessiva, dça cardioresp, hipoalbum, 
predisposição individual, colchão 
inadeq, dças crônicas, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Articulação contraturada: menor 
fluidez do líq sinovial (↓mobilidade, 
↓efeito de bomba) e prolif do tec 
conectivo fibroso e gorduroso – 
aderência entre superfícies intra-
articulares. Prevenção – movimento 
ativo e passivo da art e posicionamento 
no leito. 
 
Osteoporose: imobilidade  intensa e 
rápida perda de massa óssea (0,9% de 
massa óssea total/semana até o 6º 
mês)  aum calciúria e DMO. Perda 
óssea: 30% por aum reabsorção do 
osso trabecular e 70% por dim 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
formação óssea. Prevenção – atividade 
muscular e sustentação do peso 
corporal – dieta rica em Ca e exp ao 
sol. 
 
Sistema muscular: degeneração e alt 
da estrutura e da fção do sistema 
neuromusc – atrofia mais acentuada 
nas coxas e eliminação urinaria de N  
perda da forca do musc imobilizado. 
Prevenção por mobilização. 
 
TVP: estase + estado de hipercoag + 
lesão epitélio vasc (tríade de Virchow) 
 SI gera estase venosa profunda 
(comum comorbidades – AVC, neos, 
ICC, IAM, fraturas, infecções). 
Exame clínico criterioso dos MMII = 
aum sub diâmetro de MMII, palidez, 
hipotermia, empastamento. Dx mais 
preciso  venografia e ecodoppler de 
MMII. Prevenção: movimentação freq, 
HBPM em casos de IAM, ICC, fraturas... 
 
Embolia pulmonar: 20% das causas de 
morte em pcte acamado. Embolos 
originados de veias ilíacas, femorais, 
panturrilhas. 
 Quadro clínico inespecífico ou 
silencioso  dor pleurítica, dispneia, 
tosse, taquicardia, cianose, 
broncoespasmo, hipotensão, sudorese, 
febre, choque, escarro, hemoptise. 
 Exames: RX tórax, ECG, gaso, cintilo 
de ventilação e perfusão. 
 Prevenção: mov freq, HBPM em 
casos de IAM, ICC, fraturas... 
 Tto: infusão heparina e anticoag 
orais. 
 
Isquemia arterial aguda dos MMII: 
obstrução ateromatosa da artéria por 
obstrução ateromatosa da artéria 
(idade avançada, DM, dislipidemia, 
HAS, tabagismo) ou por embolia (FA, 
IAM, aneurismas de aorta). 
Quadro clínico súbito: palidez do 
membro e cianose, dor intensa, 
hipotermia, ausência de pulso e 
gangrena. 
 
Hipotensão postural: ↓ > 20 mmHg em 
PAS e > 10 mmHg em posição 
ortostática (presente em 20-30% dos 
idosos). Síndrome de imobilidade  
posição supina prolong dim sensib 
barorrecepts + alts fisio da idade 
avançada (rigidez da paredes art e resp 
dim dos recepts adrenérgicos)  má 
perfusão do SNC (síncope e perda da 
consciência). Fatores complicadores = 
desidratação, ICC, síndrome Shy-
Drager, desnutrição, DM, Parkinson, 
drogas (diuréticos, antidepre, antipsic, 
antihipertensivos, antiparkinsonianos). 
Prevenção = cabeceira elevada, sentar 
a beira da cama antes da trasnferencia, 
hidratação e evitar drogas 
complicadoras. 
 
Incontinência Urinária: demencia 
avançada, dificuldade de comunicação, 
não deambulam, ITU crônica, fármacos 
e fragilidade. Facilita aparecimento de 
lesões dermato e dificulta higiene. 
Bexigoma – hipertrofia prostática, 
fecaloma, uso diuréticos de alça 
anticoli. Delirum! 
ITU – infecção + comum no idoso 
institucionalizado (40% no idoso 
mobilizado e 20% no independente). 
Agentes + comuns = Bastonetes Gram 
negativos – E. coli, Klebsiella sp, 
Proteus sp, Enterobacter sp e 
Pseudomonas sp. Predisponentes = 
incont urinaria, fraldas geriátricas, 
obstrução uretral, baixa ingestão de 
líqs, internação hosp, pouca IgA na 
parede vesical, hipoestrogenismo, dim 
capacidade renal para acidificar urina e 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
manter osmolaridade, sonda vesical de 
demora. Quadeo clínico: prostração, 
desidratação, confusão e septicemia. 
Exames – Urocultura e USG pélvica. 
 
Desnutrição e desidratação: 14%dos 
idosos > 80 anos da comunidade e > 
90% dos institucionalizados. Causas = 
demencia avançada, sequela de AVC, 
disfagia, uso de sonda, anorexia, perda 
do olfato, visão, paladar, problemas 
odonto, gastroparesia, diarreia, 
constipação, fecaloma, má-absorção 
intestinal, aum catabolismo, falta de 
pessoal para preparar/oferecer 
alimento. Acomp anemia, osteoporose, 
fraqueza, infecs graves. Prevenção = 
ingesta calórica diária de 1800-2000 
kcal; 0,8-1g ptn/kg/dia; 30 ml de 
líqs/kg/dia. Sondas nasogastricas e 
nasoentericas, gastrostomia. 
 
Constipação: elim fezes endurecidas < 
3x/semana e volume < habitual. Causas 
– disfunção anorretal, < sensação de 
plenitude retal ou desejo de evacuar, 
transito intestinal mais lento, uso de 
anticolinérgicos, baixa ingestão de líqs 
e fibras, pcte no leito no momento de 
evacuar, constrangimento local, 
depressão, fraqueza musc abdominal, 
sais de Al, imob no leito. Desconforto 
abd, anorexia, vômitos e agitação 
psicomotora. Complicações = 
obstrução intest, vólvulo do sigmoide, 
retenção urinaria e bexigoma. Exame 
abd e toque retal. Fecaloma – clister 
glicerinado a 20% + toque retal. 
Diarreia paradoxal ou espuriosa – elim 
de muco retal misturado às fezes 
dando a falsa impressão de diarreia. 
Prevenção = dietas com resíduos ou 
fibras, hidrat oral, posicionamento do 
pcte na cadeira higiênica ou vaso 
sanitário e privacidade. 
 
Disfagia: perda capacidade de 
trabalhar o alim dentro da cavidade 
oral e impulsiona-lo com a língua para 
a orofaringe e prod o reflexo volunt 
para deglutição. Complicações – 
caquexia e pneumonia aspirativa. 
Prevenção = Fonoaudiologia, SNE e 
gastrostomia. 
 
Pneumonia: principal causa de morte 
em idosos acamados! Reflexo da tosse 
é 6x < que em adulto jovem. Diafragma 
na posição supina comprime as bases 
pulm e impede expansão. 
Predisponentes = DPOC, 
bronquiectasia, sequela de TB, fibrose 
pulmonar, cifose, uso de corticoides, 
DM, ICC, disfagia, RGE. 
Pneumonia hipostática = no pcte 
acamado existe acúmulo de líq na base 
dos pulmões  serve de meio de 
cultura para bacts. 
Sintomatologia atípica e polimórfica = 
confusão mental, desidratação, 
hipotensão, obnubilacao (leucocitose 
nem sempre presente e hemocultura 
positiva em 10% dos casos. 
Estertores e crepitação basal = comuns 
nos idosos acamados (estase 
pulmonar). 
Strepto pneumoniae (comunitária); 
Haemophilus influenzae (DPOC); Gram 
negativos em institucionalizados ou 
reinternados (legionela pneumophila, 
pseudômonas, proteus, klebsiela). 
Staphylo resistente a meticilina em 
portadores de ulceras de decúbito com 
necrose. Tto = atb + fisio resp. 
 
Consequências de imobilidade: redução de 
massa musc, força musc, massa óssea, 
amplitude de movs articulares, úlceras de 
pressão, capacidade max de trabalho card, 
hipotensão post., constipação, 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
incontinência, resist insulínica, aum risco 
de tromboses, alt cognitivas, afetivas, 
percepção, prejuízo coordenação. 
 
Manejo: exercício, reabilitação, estímulo a 
atividades físicas, evitar uso de contenção 
mecânica ou química. 
Ulceras por pressao: área de lesão de pele, 
tecidos subjacentes ou ambos, decorrente 
de pressão extrínseca sobre superfície 
corporal e persiste mesmo após removida 
a pressão sobre o local. Sinônimos – 
úlceras de decúbito ou escaras. 
Prevalência 3-11% em pctes hospitalizados. 
ILPI - 2,4% ate 70% (media 10%) 
Risco aum com tempo de 
institucionalização. Impacto em 
morbimortalidade. 
Fisiopato: pressão extrínseca sobre a pele 
excede a pressão média de enchimento 
capilar – redução fluxo sang e oxigenação 
tecidual. Estim prolong + fricção + 
cisalhamento = hipoxia, acidose, 
hemorragia intersticial, prod tóxicos, 
necrose, deposito de fibrina. 
Ocorre princ em locais de extremidades 
ósseas. 
1-2h são suficientes para gerar úlceras por 
pressão. 
 Fases de ferida – inflamatória 
(vasoconstrição 5-10min)  
proliferativa (fibroblastos 2-3 dias – 
fibrina 15 dias ativ fibroblasto 
desaparece tecido granulação)  
Cicatrização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Grau I – eritema em pele integra. 
Grau II – perda tecidual – derme, 
epiderme, ou ambas, bolhas crostas e 
ulceras. 
Grau III – acomete tecido subcutâneo 
podendo atingir fáscia musc. 
Grau IV - lesão atravessa fáscia musc. 
Se necrose – ulcera de grau indeterminada 
(só se classifica após debridamento). 
 
 Complicações – infecs locais e 
sistêmicas, abscessos, fistulas, 
osteomielite, miíase, CA sobre úlcera 
crônica, comprometimento psic do 
pcte. 
 Prevenção – identificar indiv de risco, 
manter integridade da pele, proteger 
tecidos contra forca mecânica, equipe 
multiprof. 
 
9) INCAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO 
(04/05/2016): 
 Problemas de comunicação: causa 
importante de redução de interação social 
- Incapacidade de comunicação: 1/5 (um 
quinto dos idosos); Menor capacidade 
funcional; Menor independência e 
autonomia. 
 
- Interdição: paciente não tem mais 
permissão de realizar atividades de cunho 
civil. Com papel do médico, responsável 
encaminha papelada para interdição. 
 
 Causa de isolamento social e familiar. 
- Idosos têm dificuldade de perceber, 
aceitar e tratar a incapacidade de 
comunicação. 
 
- Busca ativa – buscar a incapacidade de 
comunicação. 
- Hipótese diagnóstica – cogitar se a 
incapacidade de comunicação está inclusa 
no quadro clínico do paciente. Ex: paciente 
falando errado no Mini-mental por não 
ouvir direito. 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
- Erros diagnósticos 
- Iatrogenia 
 
Comunicação 
- Expressa pela fala ou escrita 
- Também manifesta pela comunicação 
não-verbal – expressões faciais, corporais, 
posturas, jeito de tocar, silêncio em uma 
conversa... ele consegue se comunicar por 
escrita, gestos, etc? 
- Deve-se revisar a função compensatória 
(ex: tentativa de se comunicar por outros 
sentidos) 
- Revisar comunicação verbal e não-verbal 
do paciente 
- Para a conduta terapêutica é essenial a 
capacidade de comunicação e obtenção de 
informações. 
- Revisar fala, visão, audição (função 
compensatória). 
- Revisar comunicação verbal e não-verbal. 
 
Comunicação 
- Pode ser tanto incapacidade de 
comunicação do paciente quanto do 
profissional 
- Deve-se avaliar a necessidade de auxílio 
do familiar/cuidador para conseguir 
informações e solicitar que um 
acompanhante compareça às consultas 
- Não se deve subestimar o paciente! 
 
Linguagem 
- Tipo de linguagem usada com os idosos, 
forma como se conversa e se explica 
 - Individualizar o contexto e 
características de cada idoso 
 - Comum o idoso apresentar 
alguma dificuldade na comunicação verbal 
 - Grande capacidade na 
compreensão da comunicação não-verbal 
– a expressão facial que fizermos será 
compreendida! 
 - Atenção para alterações 
neurológicas: 
 - Fazer avaliação cognitiva – 
praxias, agnosias, afasias... 
 
Cuidados 
- Não mudar de assunto de forma brusca 
 - Falar utilizando gestos ou objetos 
- Estimular a manutenção de atividades 
sociais, profissionais e cotidianas 
- Mostrar quanto é importante a 
participação em assuntos familiares 
- Familiares devem estimular linguagem 
verbal e não-verbal, auxiliando no processo 
de comunicação 
 - Evitar patologias decorrentes do 
isolamento social/depressão 
 
Comunicação não-verbal 
- Tudo que pessoa sente, pensa e expressa 
por sua movimentação corporal, gestos e 
postura 
- Complementa e/ou substitui a 
comunicação verbal 
- Distância de uma pessoaé também uma 
forma de comunicação não-verbal, que 
reflete que idoso não está à vontade 
- Toque é uma forma de sinalização não-
verbal – duração do contato, região 
tocada, intensidade e frequência do toque. 
 
Audição 
- Deficiência gera no idoso um dos mais 
incapacitantes distúrbios de comunicação 
- Impede desempenho integral na 
sociedade 
- Normalmente é acompanhado por 
diminuição na compreensão da fala 
- Afastar causas comuns (tampão de 
cerume) 
- Fazer encaminhamentos adequados 
- Importante para diagnóstico diferencial 
 
Cuidados 
- Falar de forma clara e pausada 
- Evitar ambientes ruidosos e situações 
constrangedoras 
- Aumentar tom de voz quando idoso não 
está escutando 
- Repetir o que tem que ser dito até que 
ele possa ouvir e compreender 
 
Fala 
- Alterações da voz fazem parte do 
processo normal do envelhecimento 
- Dificuldade na distinção daquilo que é 
normal do que é doença 
- Suspeição e encaminhamentos adequa-
dos 
 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
- Medidas preventivas: 
 - Tomar bastante água 
 - Articular bem palavras 
 - Evitar gritar ou falar com esforço 
 - Evitar álcool e tabaco 
 - Evitar bebidas muito quentes 
 - Manter uma alimentação 
saudável 
 - Fazer atividades que estimulem a 
voz 
 
Visão 
- Faz parte da avaliação da capacidade de 
comunicação do paciente 
- Avaliar sempre 
- Estimular correção 
- Fazer rastreamento 
- Encaminhamento adequado 
 
Revisar: 
- Medo de cair = patologia estabelecida! 
- Sulfonilureias – muito comum causarem 
hipoglicemia! 
- Todo anti-hipertensivo tem potencial de 
gerar hipotensão ortostática 
- Diuréticos e beta-bloqueadores – muita 
relação com hipotensão ortostática! IECA 
talvez fosse melhor. 
- Pensar em outra medicação para HBP que 
não doxazosina – relacionada com 
hipotensão ortostática 
- Massa palpável em hipogástrio – pensar 
em bexigoma! Pedir US, passar sonda, etc. 
- Pensar em hidrocefalia de pressão normal 
- Abordagens não-farmacológicas para 
hipotensão ortostática: elevar cabeceira, 
não levantar subitamente, uso de meias 
elásticas. 
 
10) INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
(11/05/2016): 
 Prevalência aum com idade, mais freq 
em mulheres, 30% dos idosos da 
comunidade e 50-80% dos internados em 
ILPs. 
 
Definição de incontinência urinária = 
perda de urina em quantidade frequentes 
de modo que cause problemas sociais e 
psíquicos. 
Impacto na qualidade de vida – provocano 
isolamento, depressão. 
 
 Complicações – eczemas, úlceras 
por pressão, infecção urinária, sepse, 
quedas, fraturas. 
Síndrome multifatorial 
É necessário para continência: função 
efetiva do TGU, armazenamento, 
esvaziamento, mobilidade adequada, 
capacidade neurológica (boa capacidade 
cognitiva) e psicológica (pcte depressivo 
pode urinar na cama, falta de vontade de 
se levantar) preservadas, barreiras 
iatrogênicas ambientais ausentes 
(mobilidade, meds que impedem 
mobilidade com facilidade). 
 
Continência e envelhecimento – 
capacidade vesical, idoso tem mais 
contrações não inibidas mais freq, resíduo 
pós-miccional aum, pressão de fechamento 
e tamanho uretral diminuem em mulheres, 
próstata aum, noctúria (mudança do 
padrão de excreção de fluidos). 
 
Classificação: Agudas X crônicas. 
Agudas  incontinência urinaria 
transitória (ocorre com o início de uma dça 
aguda ou uma nova medicação e se resolve 
com tto de causa subjacente). 
D I U R A M I D 
D  delirium 
I  ITU 
U  uretrites e vaginites atróficas 
R  restrição mobilidade 
A  aum débito urinário (ex: pcte 
congesto por ICC descompensada) 
M  meds 
I  impactação fecal 
D  distúrbios psíquicos 
 
Crônicas: 
o Classificação cirúrgica: 
- De esforço = perda involuntária de urina 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
pela uretra através de esforço. 
- Bexiga hiperativa = síndrome clínica com 
urgência miccional. 
- Mista 
 
o Classificação de insuf crônica clínica: 
- Urgência – por aum das contrações 
vesicais não inibidas, hiperatividade do 
detrusor (instabilidade ou hiperreflexia), 
etiologia – dças do SNC (demência, 
Parkinson, lesões medulares, hidrocefalia 
de pressão normal), condições próprias do 
trato genito-urinário (fatores que irritam a 
bexiga – cálculos, divertículos, fecaloma, 
HPB). 
- Extravasamento/ transbordamento – 
detrusor hipoativo, obstrução anatômica 
ou funcional da via de saída (jato fraco, 
nocturia). Dificuldade miccional, noctúria, 
HPB, tumores, estenose de uretra, 
retocele, cistocele, impactação fecal, 
atonia vesical (lesão medular, efeito 
medicamentoso, neuropatia). 
- Esforço: pós-menopausa 35%, homens 1 
ano pós-prostatectomia radical 5%. 
Fraqueza da musc do assoalho pélvico, 
insuf esfincteriana. Múltiplos partos, cx abd 
prévia, obesidade, deficiência de estro-
gênio,uretrite, drogas simpaticomiméticas, 
dças neurológicas, RTx com lesão do 
períneo, prostatectomia – lesão nervosa. 
Pode ser temporária ou permanente. 
- Funcional (“falsa incontinência”): sem 
problemas anatômicos ou fisiológicos – 
pcte sem capacidade de responder à 
função vesical normal. Barreiras mecânicas, 
pcte psicótico, demenciado, depressivo, 
fator ambiental como contenção, 
imobilidade, drogas (diuréticos, álcool, 
sedativos, hipnóticos, anticolinérgicos). 
ILPs  pcte continente, mas de fralda pq 
tem poucos funcionários para levá-lo ao 
banheiro = iatrogenia  dependência 
funcional provocada (aum morbimor-
talidade, aum infecções, dim dependência). 
Dx aguda: D I U R A M I D 
 
Dx crônica: 
 Avaliação clínica, 
 Avaliar severidade, 
 Impacto na qualidade de vida, 
 Melhora X cura, 
 Diário miccional, 
 Sintomas urinários (início, duração, 
freq, padrão, volume, urgência, 
dificuldade, disúria, tenesmo, dor, 
hematúria, desconforto suprapúbico, 
aum pressão intra abd, hábito 
intestinal), 
 Distúrbios neurológicos, 
 Comorbidades, 
 Avaliação funcional ambiental, 
 Pesagem do absorvente (pad test 24h) 
 < 200g/ 200-400g, > 400g = 
incontinência grave. 
 Medicamentos  diuréticos, 
anticolinérgicos, antidepressivos, 
sedativos (principalmente os tricíclicos, 
que tem efeito anticolinpergico), 
hipnóticos, antagonista alfa-
adrenérgico, analgésico, narcótico, 
antipsicótico. Todas as drogas com 
efeitos anticolinérgico e sedativos. 
 
Exame físico – abdominal, retal, genital, 
neurológico, outros, pulmonar (crepitantes 
– achados de ICC descompensada). Avaliar 
tônus de esfíncter anal (para ver se a 
incontinência é só urinária ou trata-se de 
dupla incontinência). Sempre inspecionar 
períneo (avaliar presença de prolapsos – 
obstrução da via urinária). 
 
Exames complementares – EQU, urocul-
tura, eletrólitos e ureia, creatinina, volume 
residual (sondagem US). Monitorar função 
renal – distúrbio hidroeletrolítico. Teste 
para incontinência por esforço  Teste de 
valsalva. 
Vanessa Braga Machado – ATM 2018/2 
 
Cistoscopia – não é rotina, feita por 
especialista, pcte que tem dor, e suspeita 
de neoplasia  hematúria estéril 
(hematúria sem leucocitose). 
Estudo hemodinâmico – mais de exceção – 
tipo de incontinência – planejamento cx, 
falha no tto conservador. 
 
Encaminhar a especialista se: falha tto, 
hematúria persistente, infecções recor-
rentes, retenção urinaria, incapacidade 
cateterizar e cx TGU ou rtx recente. 
 
TRATAMENTO: 
Síndrome multifatorial  tto 
comportamental, farmacológico e cx. 
1. Para todos os tipos – terapia 
comportamental (envolve desde o 
treinamento do cuidador, controle de 
ingestão de fluidos, intervalo

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