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Carboidratos e Glicobiologia Prof. Ms. Pedro Henrique Ferreira Marçal Carboidratos e Glicobiologia • Biomoléculas mais abundantes na face da terra – Cada ano, a fotossíntese converte mais de 100 bilhões de toneladas de CO2 e H2O em celulose e outros produtos vegetais; • Certos carboidratos (açucar comum e amido) são a base da dieta na maior parte do mundo e a oxidação dos carboidratos é a principal via metabólica fornecedora de energia na maioria das células não fotossintéMcas; • Polímeros insolúveis de carboidratos funcionam tanto como elementos estruturais quanto de proteção nas paredes celulares bacterianas e vegetais e nos tecidos conjunMvos de animais. • Outros polímeros agem como lubrificantes das arMculações esqueléMcas e parMcipam do reconhecimento e coesão entre as células. • Polímeros mais complexos de carboidratos, ligados covalentemente a proteínas ou lipídios, agem como sinais que determinam a localização intracelular ou o desMno metabólico destas moléculas hibridas, denominadas glicoconjugados. Carboidratos e Glicobiologia OBJETIVO: APRESENTAR AS PRINCIPAIS CLASSES DE CARBOIDRATOS E GLICOCONJUGADOS E FORNECER ALGUNS EXEMPLOS DE SEUS VARIADOS PAPÉIS ESTRUTURAIS E FUNCIONAIS. • São poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas; • Muitos carboidratos, mas não todos, têm formulas empíricas (CH2O)n; alguns também contêm nitrogênio, fósforo e enxofre; Carboidratos e Glicobiologia • São dividos em três classes principais (de acordo com o seu tamanho): Monossacarídeos Oligossacarídeos Polissacarídeos A palavra sacarídeo é derivada do grego sakcharon, que significa açucar. Carboidratos e Glicobiologia Monossacarídeos: • Açucares simples, consistem de uma única molécula de poliidroxialdeído ou cetona. • O mais abundante na natureza é o açucar com 6 átomos de carbono na molécula (D-‐glicose) ou dextrose. Os monossacarídios com mais de quatro carbonos tendem a ter estruturas cíclicas; Carboidratos e Glicobiologia Oligossacarídios • Compostos por cadeias curtas de unidades monossacarídicas, ou resíduos, unidos entre si por ligações caracterísMcas, chamadas ligações glicosídicas. Dissacarídios (oligossacarídios) • Formados por duas unidades de monossacarídios; • A sacarose (açucar de cana) – representante mais Ypico dessa classe. Composta de dois monossacarídios, cada um com 6 átomos de carbono (D-‐glicose e D-‐frutose). Todos os monossacarídios e dissacarídios comuns têm nomes que terminam com o sufixo “ose”. Carboidratos e Glicobiologia • Nas células, a maioria dos oligossacarídios com três ou mais unidades não ocorrem como enMdades livres, mas são unidos a moléculas de não-‐açucares (lipídios ou proteínas), formando glicoconjugados; • Polissacarídios • Polímeros com mais de 20 unidades de monossacarídios e podem ter cadeias contendo centenas ou milhares de unidades monossacarídicas. Alguns, como a celulose, têm cadeias ramificadas. Glicogênio e Celulose consistem de unidades repeMMvas de D-‐glicose, mas eles diferem entre si no Mpo de ligação glicosídica e consequentemente têm propriedades e funções biológicas diferentes. Carboidratos e Glicobiologia • Os monossacarídios são os carboidratos mais simples e, quimicamente, são aldeídos ou cetonas contendo um ou mais grupos hidroxila na molécula; • Monossacarídios: Compostos incolores, sólidos cristalinos, naturalmente solúveis em água, porém insolúveis nos solventes apolares. A maior parte deles tem sabor doce; Monossacarídios e Dissacarídios • O esqueleto molecular dos monossacarídios comuns é consMtuido por uma cadeia carbônica não-‐ramificada na qual todos os átomos de carbono estão unidos entre si por ligações covalentes simples. • Na forma de cadeia aberta, um dos átomos de carbono é unido por uma ligação dupla a um átomo de oxigênio para formar um grupo carbonila, cada uma dos outros átomos de carbono tem um grupo hidroxila. Aldoses e Cetoses • Se o grupo carbonila está em uma das extremidades da cadeia carbônica (isto é, em um grupo aldeído), o monossacarídio é uma aldose; • Se o grupo carbonila está em qualquer outra posição (em um grupo cetona), o monossacarídio é uma cetose; • Os monossacarídios mais simples são as duas trioses com três átomos de carbono: o gliceraldeído, uma aldotriose, e a diidroxiacetono, uma cetotriose. Aldoses e Cetoses Aldoses e Cetoses Monossocarídeos Representativos TRIOSES HEXOSES PENTOSES • Todos os monossacarídeos, com exceção da diidroxiacetona contém um ou mais átomos de carbono assimétricos (quirais) e, portanto ocorrem em formas isoméricas opMcamente aMvas (Isomeria Op\ca); Aldoses e Cetoses • Uma molécula com n centros quirais pode ter 2n estereoisômeros; • O gliceraldeído possui 1 centro quiral, portanto 21=2 estereoisômeros; • As aldohexoses, com 4 centros quirais,possuem 24=16 estereoisômeros; Aldoses e Cetoses • Para açúcares com mais de um centro quiral, D ou L referem-‐ se ao C* assimétrico mais distante do grupo ceto ou ldeído. • A maioria dos açúcares de o c o r r ê n c i a n a t u r a l s ã o isômeros D. • Açúcares D e L são as imagens especulares um do outro. Aldoses e Cetoses O H O H C C H – C – OH HO – C – H HO – C – H H – C – OH H – C – OH HO – C – H H – C – OH HO – C – H CH2OH CH2OH D-glucose L-glucose Aldoses e Cetoses Epímeros: são isômeros que diferem na posição de apenas uma hidroxila. * * * * * São carbonos assimétricos, por tanto, esta molécula tem 16 isômeros Série das Aldoses Série das Cetoses • Em solução aquosa, todos os monossacarídeos com quatro ou mais átomos de carbono ocorrem como estruturas cíclicas (em anel), nas quais o grupo carbonil está formando uma ligação covalente com o oxigênio de um grupo hidroxil presente na cadeia; • Aneis de 6 átomos de carbono são chamados de anel piranosídico; • Aneis de 5 átomos de carbono são chamados de anel furanosídico. Aldoses e Cetoses -‐ Ciclização Aldoses e Cetoses -‐ Ciclização 2/3 1/3 • Formação das duas formas cíclicas da D-‐ glicose • Aldeído do C-‐1 com OH do C-‐5 forma a ligação Hemiacetal e produz dois Estereoisômeros: anômero α e β • Alfa -‐-‐> Quando ela fica para baixo do plano do anel • Beta -‐-‐> Quando ela fica para cima do plano do anel Aldoses e Cetoses Aldoses e Cetoses -‐ Ciclização 2 3 4 5 CH2OH 6 OH OH OH α-D-frutofuranose CH2OH 1 β-D-frutofuranose OH CH2OH 1 2 3 4 5 CH2OH 6 OH OH • Os dissacarídeos consistem de dois monossacarídeos unidos covalentemente por uma ligação O-‐glicosídica, a qual é formada quando um grupo hidroxil de um açucar reage com o carbono anomérico (carbono da carbonila) de outro; Dissacarídeos • Na descrição de d issacar ídeos ou polissacarídeos, a extremidade de uma c ade i a c om um carbono anomérico livre é chamada de e x t r e m i d a d e redutora; Dissacarídeos Lactose:presente no leite D-galactosidase ou lactase intestinal: comum a ausência em africanos e orientais: Intolerância à lactose Sacarose: Formado somente por plantas Trealose: Fonte de armazenamento de energia presente na hemolinfa de insetos • A maioria dos carboidratos encontrados na natureza ocorre como polissacarídeos, polímeros de médio a alto peso molecular; • São também chamados de glicanos e diferem uns dos outros na idenMdade das unidades de monossacarídeos repeMdas, no comprimento das cadeias, nos Mpos de ligações unindo as unidades e no grau de ramificação; Polissacarídeos Os homopolissacarídeos contêm somente uma ú n i c a e s p é c i e monomérica; Os heteropolissacarídeos contêm dois ou mais Mpos diferentes. Polissacarídeos • Os polissacarídeos de armazenamento mais importantes são o amido (células vegetais) e o glicogênio (células animais); • Ambos ocorrem intracelularmente em grande agrupamentos ou grânulos; • As moléculas de amido e glicogênio são altamente hidratadas, pois possuem muitos grupos hidroxil expostos e disponíveis para formarem ligações de hidrogênio com a água; • A maioria das células vegetais possui a capacidade de sinteMzar o amido, e o seu armazenamento é abundante em tubérculos (batata) e sementes. Polissacarídeos de armazenamento • O amido contém dois Mpos de polímeros de glicose, amilose e amilopecMna. Polissacarídeos de armazenamento • A amilose consiste de cadeias longas, não ramificadas, de resíduos de D-‐glicose, conectadas por ligações (α 1 4); • A amilopecMna é altamente ramificada. As ligações glicosídicas que unem os resíduos de glicose sucessivos nas cadeias de amilopecMna são (α 1 4) ; nos pontos de ramificação (que ocorrem a cada 24 a 30 resíduos) são ligações (α 1 6). Polissacarídeos de armazenamento • O Glicogêno é o principal polissacarídeo de armazenamento das células animais; • Como a amilopecMna, o glicogênio é um polímero de subunidades de glicose ligadas por ligações (α 1 4), com ligações (α 1 6), nas ramificações; • O glicogênio porém é mais ramificado extensivamente (em média 8 a 12 resíduos) e mais compacto do que o amido; Polissacarídeos de armazenamento • É e s p e c i a l m e n t e abundante no ogado, onde pode conMtuir até 7% do peso líquido; ele também está presente no musculo esqueléMco. • É o carboidrato mais abundante na natureza; • Possui função estrutural na célula vegetal, como um componente importante da parede celular; • Semelhante ao amido e ao glicogênio em composição, a celulose também é um polímero de glicose,mas formada por ligações Mpo β (1,4). Este Mpo de ligação glicosídica confere á molécula uma estrutura espacial muito linear, que forma fibras insolúveis em água e não digeríveis pelo ser humano. Polissacarídeos de armazenamento • É o carboidrato mais abundante na natureza; • Possui função estrutural na célula vegetal, como um componente importante da parede celular; • Semelhante ao amido e ao glicogênio em composição, a celulose também é um polímero de glicose, mas formada por ligações Mpo β (1,4). Este Mpo de ligação glicosídica confere á molécula uma estrutura espacial muito linear, que forma fibras insolúveis em água e não digeríveis pelo ser humano. Polissacarídeos de armazenamento
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