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Caderno Metodologico Educação Alimentar e Nutricional

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Caderno Metodológico 
 
 
 
Educação Alimentar e Nutricional: 
o direito humano a alimentação 
adequada e o fortalecimento de 
vínculos familiares e 
comunitários 
 
Caderno Metodológico 
 Educação Alimentar e Nutricional: o direito humano a alimentação adequada e o 
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários 
 
2 
 
Sumário 
Introdução ..................................................................................................................................... 5 
1. Como abordar educação alimentar e nutricional nos serviços socioassistenciais? .................. 7 
2. Ciclos de vida Educação Alimentar Nutricional ......................................................................... 9 
2.1. Crianças de zero a seis anos ................................................................................................... 9 
Atividade 1: Amamentação ....................................................................................................... 9 
Atividade 2: Vantagens do leite materno para a proteção da criança e da mãe .................... 12 
Atividade 3: Oficina culinária para as mães ............................................................................ 15 
Atividade 4: Alimentação saudável e gostosa para crianças de 01 a 02 anos ........................ 19 
Atividade 5: Semáforo da alimentação para famílias de crianças de 01 a 02 anos ................ 21 
Atividade 6: Descobrindo os alimentos por meio dos sentidos I ............................................ 23 
Atividade 7: Descobrindo os alimentos por meio dos sentidos II ........................................... 25 
Atividade 8: Prevenindo insegurança alimentar e nutricional ................................................ 26 
Atividade 9: De onde vêm os alimentos? ................................................................................ 28 
Atividade 10: Refeições saudáveis .......................................................................................... 30 
Atividade 11: O caminho dos alimentos até chegar à nossa mesa ......................................... 32 
Atividade 12: Jogo de memória saboroso ............................................................................... 34 
Atividade 13: Semáforo Saudável ........................................................................................... 36 
Atividade 14: Jogo de cartas da energia ................................................................................. 39 
2.2. EAN para adolescentes ......................................................................................................... 42 
Atividade 1: O que vem a sua cabeça?? .................................................................................. 42 
Atividade 2: Reflexão e debate sobre os Direitos Humanos, incluindo à alimentação .......... 44 
Atividade 3: Hábitos alimentares saudáveis durante o dia ..................................................... 46 
Atividade 4: Adolescente promovendo a alimentação saudável na família e comunidade ... 48 
Atividade 5: Transtornos alimentares ..................................................................................... 50 
Atividade 6: Da produção à mesa ........................................................................................... 52 
Atividade 7: Prevenindo a obesidade ..................................................................................... 54 
Atividade 8: “Mitos e Verdades” ............................................................................................. 55 
2.3. EAN na fase adulta ............................................................................................................... 57 
Atividade 1: Os passos para uma alimentação saudável ........................................................ 57 
Atividade 2: Cesto saudável .................................................................................................... 59 
Atividade 3: Prato saudável .................................................................................................... 62 
Atividade 4: Sinal vermelho ao excesso de peso .................................................................... 64 
 
Caderno Metodológico 
 Educação Alimentar e Nutricional: o direito humano a alimentação adequada e o 
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários 
 
3 
 
Atividade 5: Desvendando os rótulos dos alimentos .............................................................. 65 
2.4. EAN para pessoas idosas ...................................................................................................... 66 
Atividade 1: Oficinas com alimentos: estimulando olfato ...................................................... 66 
Atividade 2: Oficinas com alimentos: estimulando os sabores............................................... 67 
Atividade 3: Resgate de receitas locais ................................................................................... 68 
Atividade 4: Dez passos para a alimentação saudável ............................................................ 69 
Atividade 5: Piquenique saudável ........................................................................................... 71 
2.5 Sugestão de atividades intergeracionais ............................................................................... 73 
Atividade 1: Alimentação das crianças com saúde e sem doenças ........................................ 73 
Atividade 2: Prevenindo deficiências nutricionais na família ................................................. 75 
Atividade 3: Descobrindo os alimentos por meio dos sentidos .............................................. 76 
2.6. Sugestão de filmes e documentários: .................................................................................. 77 
3. Monitoramento e Avaliação da atividade ............................................................................... 78 
4. Referências bibliográficas ....................................................................................................... 80 
 
 
Caderno Metodológico 
 Educação Alimentar e Nutricional: o direito humano a alimentação adequada e o 
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários 
 
4 
 
Apresentação 
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome apresenta o Caderno 
Metodológico - Educação Alimentar e Nutricional: o direito humano a alimentação 
adequada e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários como um 
complemento do Caderno Teórico - Educação Alimentar e Nutricional: o direito 
humano a alimentação adequada e o fortalecimento de vínculos familiares e 
comunitários. 
O primeiro Caderno tem por objetivo subsidiar de maneira teórica o tema da Educação 
Alimentar e Nutricional – EAN no trabalho social realizado pelos técnicos e ou orientadores 
sociais nos serviços socioassistenciais da proteção social básica. O segundo Caderno, aqui 
apresentado, propõe algumas atividades de Educação Alimentar e Nutricional para a 
abordagem dessa temática no trabalho social realizado com famílias, tanto em grupos 
intergeracionais como em grupos específicos. 
A presente publicação subsidia e orienta os profissionais dos serviços socioassistenciais 
no que se refere à abordagem prática da Educação Alimentar e Nutricional no trabalho social 
junto às famílias. Mas, atenção! As atividades de EAN apresentadas a seguir não devem ser 
vistas como única possibilidade de trabalho. Poderão ser adaptadas, alteradas ou expandidas, 
conforme a realidade do território, sempre buscando como fim a promoção da alimentação 
adequada e saudável. 
Denise Ratmann Arruda Colin Maya Takagi 
Secretária Nacional de Assistência Social Secretária Nacional de Segurança 
Alimentar e NutricionalCaderno Metodológico 
 Educação Alimentar e Nutricional: o direito humano a alimentação adequada e o 
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários 
 
5 
 
Introdução 
As famílias em situação de vulnerabilidade social estão mais propícias a vivenciarem situações 
de insegurança alimentar e nutricional, sendo que a mesma pode se apresentar de maneira 
contraditória com a coexistência da desnutrição e de obesidade no mesmo território ou em 
um mesmo domicílio. 
Desta forma, o tema da Educação Alimentar e Nutricional - EAN inserido no trabalho social 
junto às famílias, especialmente no Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – 
PAIF e no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos - SCFV, tem como objetivo 
fortalecer o resgate da cultura alimentar local, a garantia de direitos, especialmente o direito a 
alimentação e ainda o empoderamento e a autonomia das famílias sobre a alimentação 
adequada e saudável. 
A abordagem da EAN necessita de um planejamento prévio da atividade, que pode ser 
realizado pelo técnico da proteção social básica em conjunto com o Coordenador do Centro de 
Referência de Assistência Social - CRAS. 
A atuação desse Coordenador é fundamental para a realização da EAN no trabalho social com 
as famílias, principalmente no que se refere à promoção da intersetorialidade das ações e a 
formação de parcerias no território, as quais são muitas vezes necessárias à realização de 
algumas das atividades propostas neste caderno - além de outras atividades que podem ser 
propostas pelos técnicos ou pelas famílias. 
Assim, a EAN pode ser abordada por meio de diferentes formas e metodologias, como: 
dinâmicas, oficinas de culinária, atividades culturais e esportivas, entre outras. Vale salientar 
que a EAN abrange desde a produção, o abastecimento até o consumo e descarte de 
alimentos, priorizando-se sempre os modos de produção e consumo sustentável e 
responsável, além de abranger o comportamento e o consumo alimentar, a valorização do 
consumo de alimentos tradicionais e a produção para o auto consumo (hortas domésticas e 
comunitárias). Além disso, a EAN deve considerar aspectos relacionados ao território, ao 
ambiente e à pessoa, as experiências vividas ao longo do tempo, os fatores pessoais, a 
estrutura social, o contexto alimentar, os aspectos sensoriais, a rotina e a vida social dos 
usuários dos serviços. 
As atividades práticas apresentadas neste Caderno sugerem assuntos sobre: a importância da 
alimentação de qualidade; os benefícios da alimentação saudável; a importância dos alimentos 
e seus nutrientes no desenvolvimento da criança, do adolescente, do adulto e da pessoa idosa; 
os cuidados necessários no manuseio dos alimentos; o respeito/resgate da cultura alimentar 
 
Caderno Metodológico 
 Educação Alimentar e Nutricional: o direito humano a alimentação adequada e o 
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários 
 
6 
 
regional; a atenção aos modos de produção e o cultivo agroecológico e orgânico; a 
necessidade de estimular o consumo responsável; além de outras temáticas. 
Cabe destacar que o profissional pode ampliar o seu embasamento teórico sobre Educação 
Alimentar e Nutricional acessando o Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional 
para as Politicas Públicas. Este documento sugere um campo comum de reflexão e orientação 
da prática de EAN para a atuação nas políticas públicas, contemplando os diversos setores 
vinculados ao processo de produção, distribuição, abastecimento e consumo de alimentos. 
Além deste documento é importante que os técnicos, coordenadores e gestores se apropriem 
dos conhecimentos teóricos abordados no Caderno Teórico - Educação Alimentar e 
Nutricional: o direito humano a alimentação adequada e o fortalecimento de vínculos 
familiares. 
 
Caderno Metodológico 
 Educação Alimentar e Nutricional: o direito humano a alimentação adequada e o 
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários 
 
7 
 
1. Como abordar educação alimentar e nutricional nos serviços 
socioassistenciais? 
As abordagens educativas e pedagógicas adotadas para tratar a Educação Alimentar e 
Nutricional - EAN devem privilegiar os processos ativos, que incorporem os conhecimentos e 
práticas populares, contextualizados na realidade dos indivíduos, de suas famílias e seus 
grupos possibilitando a integração permanente entre a teoria e a prática. O caráter 
permanente indica que a EAN precisa estar presente ao longo do curso da vida respondendo 
às diferentes demandas que o indivíduo apresente: desde a 
formação dos hábitos alimentares na primeira infância à 
organização da sua alimentação fora de casa na adolescência e na 
idade adulta, bem como adequar às necessidades da pessoa idosa 
ou de uma pessoa com deficiência (BRASIL, 2012). 
As atividades propostas neste Caderno podem ser desenvolvidas a partir desta 
idéia/concepção, promovendo assim o empoderamento das famílias, a maior participação dos 
indivíduos, a valorização do saber popular, o compartilhamento dos saberes, a construção de 
parcerias e associação de conhecimento e informações entre as famílias no território. 
Desta forma a abordagem da EAN no trabalho social pode 
ultrapassar as barreiras de ser apenas um processo de 
comunicação e de informação! 
Evidencia-se que as atividades de EAN devem ser elaboradas de forma a contemplar os 
objetivos do trabalho social e da promoção da alimentação saudável. Para tanto, o 
planejamento da abordagem da EAN no serviço socioassistencial compõe a realização do 
diagnóstico do território, enfocando-se os aspectos relacionados ao ciclo do alimento e as 
especificidades culturais, sociais, e econômicas locais. A partir deste diagnóstico podem ser 
definidos os temas prioritários para abordagem na EAN, com vistas à realização do Direito 
Humano a Alimentação Adequada- DHAA na perspectiva da Segurança Alimentar e Nutricional 
- SAN. 
Assim, o objetivo global da EAN é de promoção da alimentação saudável, mas cada temática 
abordada pelo serviço terá seus objetivos específicos. Esses objetivos específicos da EAN, por 
sua vez, serão o ponto de partida para o planejamento das atividades práticas a serem 
desenvolvidas com as famílias. Ou seja, a promoção da alimentação saudável será alcançada 
com base em uma determinada atividade, a qual irá focar, em um determinado momento, em 
uma temática específica, com sua metodologia especifica para alcançar os objetivos da 
A sigla EAN será utilizada 
ao longo do caderno 
como referencia à 
Educação Alimentar e 
Nutricional. 
 
Caderno Metodológico 
 Educação Alimentar e Nutricional: o direito humano a alimentação adequada e o 
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários 
 
8 
 
atividade num dado grupo. Por exemplo: construção de hortas suspensas por jovens com 
objetivo de fomentar a produção de alimentos para o auto consumo. 
Com base nisso, as ações propostas nesse Caderno buscam evidenciar o uso de abordagens e 
recursos educacionais problematizadores e ativos que favoreçam o diálogo com as famílias 
para a promoção da alimentação saudável e adequada. Essas abordagens também devem 
valorizar os elementos da cultura alimentar do território. 
SUGESTÃO 
Sugestão de trabalho para todos os grupos – é importante iniciar a abordagem da 
EAN fazendo uma apresentação do grupo (pode ser uma dinâmica, brincadeira ou atividade), 
assim o técnico conhece o perfil e as principais necessidades e interesses das famílias. 
A abordagem da EAN pode ser realizada da maneira que a equipe de referência do serviço 
considerar mais adequada, com base no prévio planejamento e no objetivo do serviço 
socioassistencial em que a EAN esta inserida. Paratanto, podem ser elaboradas ilustrações 
(cartazes, recursos multimídias, entre outros), atividades lúdicas com crianças (teatro, visitas a 
feiras), debate com as famílias, atividades de lazer com crianças, adolescentes, adultos e 
pessoas idosas. 
Trata-se da EAN dentro do serviço, PAIF ou SCFV, assim a temática da alimentação saudável é 
inserida na oficina ou no grupo, sendo que a realização da ação será de acordo com a 
abordagem já em andamento do serviço, ou seja, a maneira que a equipe técnica conduz o 
serviço deve ser mantida, sensibilizando os participantes e sua família, conduzindo a atividade 
da forma que mais se adeque a realidade. 
Apesar das atividades serem planejadas de acordo com os interesses e as necessidades de 
cada faixa etária, é interessante que sejam também desenvolvidas de maneira intergeracional, 
ou seja, todos os membros da família podem participar da mesma atividade em algum 
momento do trabalho social. Por exemplo, a preparação de material ilustrativo para promoção 
da alimentação saudável pode ser realizada com adolescentes (netos, sobrinhos) junto as 
pessoas idosas e adultos (pais, tios, primos). Dessa forma promove-se a integração e convívio 
familiar facilitando o relacionamento, as trocas de vivências intergeracionais e o 
fortalecimento de vínculo familiar. 
 
 
Caderno Metodológico 
 Educação Alimentar e Nutricional: o direito humano a alimentação adequada e o 
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários 
 
9 
 
 
2. Ciclos de vida Educação Alimentar Nutricional 
2.1. Crianças de zero a seis anos 
Atividade 1: Amamentação 
 Objetivos: 
 Incentivar a amamentação exclusiva de bebês até o 6º mês de vida na forma de 
apoio à mãe; 
 Apoiar às mulheres para que elas tenham possibilidade de amamentar e cuidar 
de seus bebês; 
 Garantir o direito do bebê a alimentação e a da mãe de amamentar seu filho; 
 Estimular a troca de experiências com as demais participantes; 
 Fortalecer o vínculo familiar. 
Participantes: 
 Mulheres e seus bebês de até seis meses; 
 Responsáveis por bebês de até seis meses; 
 Gestantes. 
Podem participar desta atividade: os pais e/ou os familiares do bebê, limitando 
o número de familiares participantes da atividade de acordo com o local onde for 
realizado o grupo. 
Materiais necessários: 
 Papel madeira ou papel cartolina; 
 Canetas hidrocores coloridas ou canetões coloridos; 
 Cadeiras em número suficiente; 
 Sala com paredes ou lousas para colar os cartazes. 
Metodologia: 
É fundamental acolher bem e com carinho as mães que passam por 
dificuldades para que se sintam aceitas, compreendidas e estimuladas a continuar 
alimentando com carinho seus filhos e filhas. 
Após o acolhimento do grupo, fazer o levantamento das dificuldades 
enfrentadas pelas mamães durante a fase da amamentação ou dificuldades cotidianas 
na família para que se estabeleça uma rotina de amamentar o bebê. 
 
Caderno Metodológico 
 Educação Alimentar e Nutricional: o direito humano a alimentação adequada e o 
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários 
 
10 
 
Caso algumas mães apresentem dificuldades para amamentação, cabe fazer 
uma tabela em papel madeira ou cartolina, para escrever sugestões de soluções para 
esse problema, partindo da troca de experiências entre o grupo. Este momento pode 
estimular o fortalecimento dos vínculos entre mãe e pai. O pai ou responsável pelo 
bebê podem destacar as possibilidades de resolução das dificuldades da família, 
expondo suas contribuições no âmbito do cotidiano familiar. 
Antes de inserir o tema amamentação, vale fazer uma abordagem entre as 
mães para saber a opinião delas sobre amamentação e sobre como se dá a relação do 
vínculo afetivo entre mãe e bebê. Com essa pesquisa é possível fazer um diagnóstico 
sobre as condições da amamentação, de sua frequência e caso não esteja 
amamentando, quais os motivos. Com base nessas informações será possível 
contextualizar sobre direito à amamentação do bebê e a alimentação da mulher, 
sendo que o grupo auxiliara na resolubilidade das necessidades encontradas. 
Sugestão: 
Sugere-se que, de acordo com a demanda do grupo, seja realizado contato com 
os profissionais da rede de atenção básica de saúde (ou outra rede) e que o grupo 
possa receber um enfermeiro, por exemplo, para auxiliar as mães na técnica de 
amamentação, entre outras. Assim, é possível atender aos objetivos do trabalho social, 
como o fortalecimento vínculos familiares, e a garantia do aleitamento materno no 
que se refere à educação alimentar e nutricional. 
De acordo com as dificuldades apresentadas pelas famílias, a equipe técnica 
pode referenciar estas a rede de saúde. Essa rede irá orientar sobre as especificidades 
do ato de amamentar ou sobre necessidades nutricionais da alimentação da mulher. 
Temática específica: 
O quadro abaixo é uma sugestão de temas ou itens que podem ser abordados 
em um grupo. 
 
Caderno Metodológico 
 Educação Alimentar e Nutricional: o direito humano a alimentação adequada e o 
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários 
 
11 
 
Quadro 1. Temas para trabalhar com gestantes e mães que amamentam. 
 
OBS: As atividades de EAN podem ser direcionadas também as gestantes! 
Sugestão de objetivos: possibilitar o enriquecimento dos conhecimentos sobre as 
temáticas que envolvem a gestação e os cuidados com a alimentação da mulher e do 
bebê, a importância do aleitamento materno, trabalhar o lado emocional da gestante 
especialmente a autoestima, as mudanças no corpo, os cuidados com o bebê, bem 
como os direitos e deveres. 
Dicas para a mãe: 
- Caso aconteça dor ou rachadura no peito durante a amamentação, é importante passar o 
leite materno que cicatriza e previne o aumento do incômodo. 
- Durante a gestação e no período da amamentação é importante ter uma alimentação de 
qualidade, equilibrada e saudável. 
- Os componentes dos alimentos que a mãe come são transferidos para o leite. 
- Quanto mais o bebê mama, mais leite se produz. 
- Para não prejudicar o desenvolvimento do bebê, tenha atenção em comer alimentos ricos 
em nutrientes importantes: vitamina A, vitamina C, em ferro, iodo e cálcio. Realize uma 
alimentação colorida e tenha todos os nutrientes necessários ao seu bebê! 
- Procurar uma posição confortável para a mãe e o bebê. 
- Não existe leite fraco! 
Amamentar é um ato instintivo de amor! 
 
Caderno Metodológico 
 Educação Alimentar e Nutricional: o direito humano a alimentação adequada e o 
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários 
 
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Atividade 2: Vantagens do leite materno para a proteção da criança e 
da mãe 
 Objetivos: 
 Incentivar a amamentação exclusiva de bebês até o 6º mês de vida como forma 
de promover a saúde e a alimentação saudável da mãe e do bebê; 
 Garantir o direito do bebê a alimentação e da mãe de amamentar seu filho; 
 Fortalecimento de vínculos sociais e familiares. 
Participantes: 
 Mulheres com bebês até o sexto mês ou responsáveis por bebês de até seis 
(seis) meses e gestantes. 
Materiais necessários: 
 Papel ofício; 
 Canetas coloridas; 
 Papel cartola ou cartolina para a transcrição do caça palavras em um painel; 
 Utilizar o chão ou parede da sala para expor o material. 
Metodologia: 
Para a exposição do tema específico, o profissional pode realizar da maneira 
que melhor se adaptar a realidade local das famílias. 
Para a realização da atividade será necessária à transcrição do caça palavras em 
um painel de papel no chão ou na parede da sala (realizado anterior à atividade do 
grupo). 
Primeiramente fazer uma conversa com o grupo sobre os benefícios do leitematerno para bebê e para as mães. Pode ser na forma de conversa ou exposição em 
cartazes na forma de discussão entre os participantes. Aqui pode combinar com um 
profissional da saúde para auxiliar neste dia, ou para passar algumas informações mais 
específicas a respeito da amamentação, bem com verificar as necessidades locais 
deste público. 
A realização do caça palavras, como forma de incentivo, o profissional pode 
premiar a mãe que encontrar a primeira palavra, ou ainda, a mãe que explicar --em 
seu entendimento-- sobre uma das palavras encontradas. Assim por diante. Sugerimos 
que o grupo seja dividido em dois para facilitar a atividade e a premiação. 
 
Caderno Metodológico 
 Educação Alimentar e Nutricional: o direito humano a alimentação adequada e o 
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários 
 
13 
 
A equipe técnica pode fazer a leitura do quadro inicial de acordo com as frases 
separadas e repetir aos participantes as palavras (grifadas) que devem ser encontradas 
no caça palavras. Ao final de cada linha, pode ser contabilizado o numero de palavras 
encontradas por cada grupo. Ao final da atividade o técnico pode estimular o dialogo 
sobre a temática. 
Temática específica: 
Para promover a saúde e a alimentação saudável da mãe e do bebê, bem como 
incentivar o aleitamento materno, poderá ser utilizado o quadro descrito abaixo como 
forma de discussão no grupo e o diagrama do caça palavras que comtempla as 
palavras que estão grifadas no quadro abaixo. 
 
Quadro 2. Quadro para a leitura aos participantes da atividade de caça palavras 
 
Muita gente sabe que o LEITE MATERNO é fonte de saúde e INTELIGÊNCIA 
para o bebê. 
O que poucos conhecem são as vantagens da amamentação para as MÃES. 
Hoje está comprovada as vantagens da amamentação na prevenção de CÂNCER DE 
ÚTERO, OVÁRIOS e MAMAS. 
Amamentar também evita ANEMIA PÓS-PARTO, além de ajudar o CORPO a 
voltar ao que era antes da gestação. 
Sim, a amamentação colabora para a PERDA do PESO que foi ganho durante a 
gravidez. 
Sem falar na ECONOMIA que é uma VANTAGEM para a família. Pense bem, 
AMAMENTAR é ou não uma ótima escolha? 
 
 
É importante não deixar as PALAVRAS visíveis antes de iniciar a atividade, para 
que os participantes não encontrem as palavras no caça palavras previamente ao início 
do grupo. O diagrama da figura abaixo contêm as palavras em destaque do texto 
explicito no quadro 2. 
 
Caderno Metodológico 
 Educação Alimentar e Nutricional: o direito humano a alimentação adequada e o 
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários 
 
14 
 
Figura 1. Diagrama de caça palavras. 
Z Y X S Y T O U V O S P E R D E R P E S O I Z Y Z X 
Z H M L X C V A N T A G E M A X K E M M Z P P I Z C 
R A P D M B A Z J Y Z X C R M F E I F I Z H N G F O 
Y I N T E L I G E N C I A Q I F L P M Z Y J M F C R 
M I W K L X Y W H L L A X H N B S P H E Z W E L S P 
L E I T E X K X U I X L X I E M K Y Z H I L O G E O 
P H M S X L A L L E H N M K X U T C R O E Y I D Z Y 
G K A K P K H S E Q K A L S P I L J V Q J H B Y G J 
M A T R B L K G M F W A M A M E N T A R K P L I L G 
B K E S K S A C A H F O Y J B P G M X L C P S F E L 
M R R J R S K E E W R M S H A K A N E M I A G H S C 
P B N A A R R J S J I D Y J Z P P O S P A R T O W E 
M M O K R P A C R H M B B S S O P B Q H G P C M E J 
G B R C H P R B P D K H R P K A Q Q Y H E H F D M A 
C A N C E R D E U T E R O O V A R I O E M A M A S E 
S A B W P P Q C C P R M D B B D H H K B K G H C E F 
P K P B M R P E C O N O M I A E H Q H G X B L O H K 
R R J O M O M A B P B K B W D B C P H E H B C B W C 
O H K A B H M R R F P B P M L B H B Y X D W O R F H 
R P Y H P H B P C P O K P G B M B G M S F X W L J C 
 
 
 
Caderno Metodológico 
 Educação Alimentar e Nutricional: o direito humano a alimentação adequada e o 
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários 
 
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Atividade 3: Oficina culinária para as mães 
Objetivos: 
 Incentivar a alimentação complementar saudável para bebês após o 6º mês de 
vida; 
 Estimular o preparo de alimentos no domicílio; 
 Desestimular a utilização de alimentos industrializados na alimentação 
complementar dos bebês (caso isso seja percebido); 
 Favorecer o resgate e/ou promoção da cultura alimentar local; 
 Garantir o direito a alimentação adequada e saudável; 
 Incentivar as famílias no enfrentamento das barreiras individuais no que tange 
ao preparo da alimentação dos filhos; 
 Fortalecimento de vínculos sociais e familiares. 
Participantes: 
 Mulheres ou responsáveis por bebês com mais de seis meses até um ano; 
 Mulheres ou responsáveis por bebês com menos de seis meses e mais de cinco 
meses que apresentam interesse em obter informações sobre alimentação 
complementar, mas que somente irão oferecer a alimentação ao bebê após o 
sexto mês. 
Materiais necessários: 
 Alimentos que compõem a receita elencada; 
 Os materiais necessários para a técnica culinária são utensílios e equipamentos 
de cozinha; 
 Estimula-se que esta técnica contemple para cada participante um conjunto de 
uniforme (touca, luva descartável e avental ou jaleco). 
Cabe destacar que o CRAS somente irá realizar esta atividade se tiver uma 
cozinha em sua estrutura física ou se a copa do CRAS comporte essa atividade. 
Metodologia: 
A culinária contempla a preparação de alimentos como uma das maneiras de 
promover a alimentação complementar saudável. Nestas atividades devem-se priorizar 
as receitas regionais e os alimentos que compõem o hábito alimentar local. 
 
Caderno Metodológico 
 Educação Alimentar e Nutricional: o direito humano a alimentação adequada e o 
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários 
 
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Em um primeiro momento pode-se resgatar as receitas costumeiras com as 
mães ou com as famílias socializando com o grupo. Em segundo, será realizada a 
oficina de preparação das receitas como forma de aprendizado e interação social. 
A equipe técnica também pode propor receitas para realização na atividade. 
Além disso, anterior ao início da atividade, é necessário verificar se os alimentos que 
compõem a receita estão disponíveis no local antes de iniciar o preparo da mesma 
com as famílias. 
A equipe do CRAS irá orientar a preparação da receita com o grupo, 
incentivando a utilização de papas caseiras como forma de alimentar o bebê mesmo 
em famílias que possuem pouco tempo para o preparo de alimentos. 
As mães podem contribuir com outras receitas de sopas e papas gostosas que 
já experimentaram com seus bebês ou que sejam receitas tradicionais de família. 
A receita pode ser fixada em um local da sala e antes do grupo e o técnico 
pode, de forma agradável, informar o nome da receita e os itens que irão ser usados, 
ela pode estar fixada e escrita em papel pardo, em letra bastão de forma que as 
famílias já tenham contato com a escrita previamente. 
Pode-se contextualizar a forma de servir o alimento ao filho como forma de 
fortalecer vínculos e na preparação pode estimular o fortalecimento de vínculos 
sociais. As receitas preparadas podem fazer parte de um caderno de receitas da 
família. 
Sugestão: 
No contexto da culinária podem-se atingir diversos objetivos, de acordo com a 
atividade previamente planejada. Além da atividade exposta, pode ser incentivado o 
contexto das boas praticas de higiene no preparo do alimento e a importância desta 
higiene para os bebês e as crianças. 
É necessário reforçar que algumas crianças aceitarão volumes maiores ou 
menores por refeição, sendo importante observar e respeitar os sinais de fome e 
saciedade da criança. 
Caso CRAS não tenha cozinha, possuindo apenas uma copa, sem equipamentos 
e utensíliosnecessários para a realização da culinária, o órgão gestor pode articular 
junto a outras redes para a utilização da cozinha na realização da culinária. Esta 
 
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articulação pode ser realizada junto à rede socioassistencial, cozinha comunitária, 
restaurante popular, ou alguma sociedade civil que tenha cozinha. 
Temática específica: 
O quadro abaixo é uma sugestão de temas ou itens que podem ser abordados em uma 
atividade. 
Quadro 3. Tipo de alimento a ser oferecido conforme a faixa etária do bebê. 
IDADE TIPO DE ALIMENTO 
Até completar 6 meses Aleitamento materno exclusivo 
Ao completar 6 meses Leite Materno, papa de fruta, papa salgada 
Ao completar 7 meses Segunda papa salgada 
Ao completar 8 meses Gradativamente passar para a alimentação da família 
Ao completar 12 meses Comida da família 
Fonte: BRASIL, 2009; BRASIL, 2010a. 
 
Quadro 4. Recomendações quanto à preparação de sopas e papas para bebês. 
 
 Recomendações para a sopa e papa salgada: 
a) Cozinhar todos os alimentos, para deixá-los macios. 
b) Amassar com garfo, não liquidificar e não passar na peneira. 
c) A papa deve ficar consistente, em forma de purê grosso. 
d) A primeira papa salgada pode ser oferecida no almoço ao: 
Completar 6 meses e 
Quando o bebê completar 7 meses, conforme a aceitação, introduzir a segunda papa salgada 
no jantar. 
 
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O quadro 5 apresenta uma referência de preparações que podem ser utilizadas 
na culinária de acordo com a região do país. Sugerimos que a equipe técnica busque 
mais informação e receitas no livro Receitas Regionais para crianças de 06 a 24 meses 
(BRASIL, 2010b). 
 
Quadro 5. Sugestão de alimentos a serem utilizados nas receitas da atividade proposta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Região norte 
- Açaí com farinha de tapioca e peixe 
desfiado 
- Peixe com alfavaca e papa de batata 
com pupunha 
- Arroz e feijão com tucumã e frango 
desfiado 
- Carne desfiada com maxixe e 
mandioca 
Região Nordeste 
- Baião de dois (arroz e feijão) com 
carne moída e bredo 
- Arroz com vinagreira e feijão com 
peixe desfiado 
- Purê de jerimum com inhame e 
frango desfiado (escondidinho) ou 
com carne desfiada 
- Feijão fradinho com mandioquinha 
e frango desfiado 
Região Centro oeste 
- galinhada com cenoura e salsinha 
- Mojica (mandioca, peixe e 
temperos) 
- Quibebe de abóbora, frango 
desfiado e arroz com feijão 
- mandioca, peixe e temperos 
Região Sudeste 
- Angu com quiabo, frango e feijão 
- Tutu de feijão com ora pro nóbis e 
frango 
- Arroz colorido (ovo, cenoura e 
abobrinha) 
- Bamba de canjiquinha e peito de 
frango 
Região Sul 
- Sopa de lentilha com carne bovina e espinafre 
- arroz com carne moída, temperos e repolho 
- Purê de batata baroa (mandioquinha), arroz com feijão e frango desfiado 
- arroz, lentilha e tomate 
 
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Atividade 4: Alimentação saudável e gostosa para crianças de 01 a 02 
anos 
Objetivos: 
 Incentivar a alimentação saudável para crianças entre um e dois anos; 
 Empoderar as famílias sobre a responsabilidade em relação à alimentação dos 
filhos; 
 Troca de vivências e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários; 
Participantes: 
 Mulheres ou responsáveis pelas crianças de 01 a 02 anos; 
 As crianças podem participar junto às famílias. 
Materiais necessários: 
 Dispor dos 10 passos para a alimentação de crianças menores de 02 anos do 
Guia Alimentar para menores de 02 anos elaborado pelo Ministério da Saúde 
na forma de cartazes (escrita ou desenho); 
 Parede para afixar os cartazes; 
 Além disso, é necessário materiais de consumo como cartolina, papel kraft, 
canetas coloridas, durex, etc. 
Metodologia: 
Para esta atividade é necessário representar os 10 passos para a alimentação 
de crianças menores de 02 anos na forma de cartazes e afixar na parede. Também 
pode imprimir ou passar para uma cartolina os dez passos para que o grupo faça 
desenhos relacionados a cada passo. 
A equipe pode discutir com as famílias sobre cada um dos passos, estimulando 
que cada família perceba se a alimentação da criança esta mais ou menos saudável. 
De acordo com a realidade do grupo, esta atividade pode ser contemplando os 10 
passos em vários encontros e com diferentes metodologias. 
Na atividade sugerida pode-se estimular a família a perceber as vivências da 
criança em relação à alimentação saudável, construindo em conjunto formas de 
enfrentar o consumo de alimentos não saudáveis pelas crianças e por toda família. 
 
 
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20 
 
Sugestão: 
Nesta atividade pode contemplar mulheres ou responsáveis por crianças de 
zero até dois anos para que estas já discutam junto aos grupos sobre a alimentação 
dos bebês que chegarão à fase de 01 a 02 anos. 
Temática específica: 
O quadro abaixo relaciona na primeira coluna os passos para alimentação de 
menores de dois anos de idade. 
Quadro 6. Os dez passos da alimentação saudável para crianças brasileiras menores de 
dois anos e a representação gráfica em figuras. 
Guia Alimentar elaborado pelo Ministério da Saúde com os 10 passos para a 
alimentação de crianças menores de 02 anos 
Dez passos Figuras representativas 
Passo 1 - Dar somente leite materno até os 6 meses, sem 
oferecer água, chás ou qualquer outro alimento; 
Passo 2 - Ao completar 6 meses, introduzir de forma lenta e 
gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os 
dois anos de idade ou mais; 
Passo 3 - Ao completar 6 meses, dar alimentos 
complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, 
frutas e legumes) três vezes ao dia, se a criança estiver em 
aleitamento materno; 
Passo 4 - A alimentação complementar deve ser oferecida de 
acordo com os horários de refeição da família, em intervalos 
regulares e de forma a respeitar o apetite da criança; 
Passo 5 - A alimentação complementar deve ser espessa 
desde o início e oferecida de colher; iniciar com a 
consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, 
aumentar a consistência até chegar à alimentação da 
família; 
Passo 6 - Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. 
Uma alimentação variada é uma alimentação colorida; 
Passo 7 - Estimular o consumo diário de frutas, verduras e 
legumes nas refeições; 
Passo 8 - Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, 
refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas, nos 
primeiros anos de vida. Usar sal com moderação; 
Passo 9 - Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos 
alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação 
adequados; 
Passo 10 - Estimular a criança doente e convalescente a se 
alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus 
alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação. 
P1.Figura de um bebê + mãe 
amamentando = mamadeira 
de água com uma barra de 
proibição; 
P2 e P3. bebê maior + mãe 
amamentando + alimentos 
variados (cereais, tubérculos, 
carnes, leguminosas, frutas e 
legumes) 
P 4. Alimentos e relógio e 
família 
P5. Mostrar papa salgada + 
liquidificador com tarja de 
proibido 
P6 e P7.Vários alimentos 
coloridos 
P8. açúcar, café, enlatados, 
frituras, refrigerantes, balas, 
salgadinhos e outras 
guloseimas com tarja de 
proibidos 
P 9. Figura de lavar as mãos 
P10. bebê doente com 
alimentos frutas, verduras, 
legumes???? 
 
Fonte: BRASIL, 2010a; BRASIL, 2002. 
 
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Atividade 5: Semáforo da alimentação para famílias de crianças de 01 a 
02 anos 
Objetivos: 
 Incentivar a alimentação saudável para crianças entre um e dois anos; 
 Ampliar o conhecimento e empoderamento das famílias sobre a alimentação 
de seus filhos; 
 Incentivar o consumo de alimentos saudáveis pelas crianças e suas família. 
Participantes: 
 Mulheres ou responsáveis pelas crianças de um a dois anos; 
 As crianças podem participar junto às famílias. 
Materiais necessários: 
 Materiais como cartolina, papel kraft, canetas coloridas, durex ou cola, etc.; 
 Figuras de alimentos: sugerimos encartes de supermercados e feiras. 
Metodologia: 
Para trabalhar em grupo os alimentos com as famílias sugerimos o quadro 
representativo abaixo. Previamente a equipe técnica deve expor três cartazes em uma 
mesa ou uma parede. Após deve fazer um circulo em cada cartaz, destes, um na cor 
verde, outro na cor amarela e o ultimo na cor vermelha, onde serão colados os 
alimentos (quadro 7). 
Inicialmente o técnico irá acolher as famílias e após explicar a atividade da 
seguinte forma: primeiros os participantes irão recortar os alimentos que os filhos 
consumiram no ultimo dia/ na ultima semana ou ainda os alimentos que os pequenos 
mais se interessam ou que mais ingerem durante o dia. Em seguida o técnico explicar o 
motivo do semáforo: cada alimento recortado e apresentado pelo participante será 
colocado no circulo de acordo com a quantidade em que o filho ingeriu mais ou 
menos. Após feito isso, a equipe técnica orienta sobre os alimentos que não esta 
sendo oferecido na medida certa ao filho, sempre explicando que a família pode 
aumentar ou diminuir a quantidade e nunca dizendo qual quantidade deve ser ingerida 
(pois a quantidade correta devera ser orientada pela rede de saúde). 
Cabe destacar que nesta parte técnico deve conduzir de forma que a família 
não se constranja ou se exclua pela exposição da alimentação da família. Assim, cada 
participante irá ser questionado se os alimentos oferecidos ao filho são saudáveis ou 
 
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não e a partir da resposta desta deve ser colocado no circulo que a família entende 
que o alimento deve estar. Após a representação de cada família a equipe vai 
explicando cada alimento e em qual circulo o alimento deve ficar. Assim, o sinal verde 
representa os alimentos que devem ser mais oferecidos à criança; o sinal amarelo, os 
alimentos que devem ser oferecidos em quantidade moderada e o sinal vermelho são 
alimentos não necessários na alimentação da criança. 
Temática específica: 
É necessário reforçar que algumas crianças aceitarão volumes maiores ou 
menores por refeição, sendo importante observar e respeitar os sinais de fome e 
saciedade da criança. 
Quadro 7. Referências para uma alimentação saudável e adequada para crianças de 
um até dois anos. 
GRUPO 
RECOMENDAÇÕES 
DIÁRIAS PARA 
CRIANÇAS 01 a 02 
anos* 
UTILIZAR NA ATIVIDADE DE EAN 
QUANTIDADE 
NECESSÁRIA À 
CRIANCA 
SINAL DE 
REPRESENTAÇÃO DA 
QUANTIDADE 
Cereais, pães e tubérculos 
(massas, arroz, pães, biscoitos, 
babatas, aipim, etc.). 
05 porções Maior quantidade 
 
Verduras e legumes 
(beterraba, cenoura, alface, 
abobora, jerimum, etc.). 
03 porções Media quantidade 
 
Frutas 
(banana, laranja, açaí, 
tangerina, abacaxi, manga, 
kiwi, etc.). 
04 porções Maior quantidade 
 
Leguminosas 
(ervilha, feijões, lentilha, fava, 
etc.). 
02 porções Pequena quantidade 
 
Leites e produtos lácteos 
(queijos, iogurtes, nata, 
coalhada, etc.). 
03 porções Media quantidade 
 
Carnes, miúdos e ovos 
(peixe, frango, bovinos, 
sardinha, ovos, etc.). 
02 porções Pequena quantidade 
 
Óleos e gorduras 
(azeites, margarina, banha, 
etc.). 
02 porções Pequena quantidade 
 
Açúcares e doces 
(biscoito recheado, balas, 
chocolates, sorvetes, etc.). 
nenhuma Não é necessário 
 
*Estas informações não precisam ser apresentadas para as famílias nas atividades dos serviços socioassistenciais. Caso o 
profissional perceba que a família tenha a necessidade de obter um melhor entendimento sobre o porcionamento dos alimentos 
oferecidos as crianças, o técnico irá encaminhar a família para a rede de saúde ou ainda realizar uma atividade conjunta com um 
profissional que tenha as competências necessárias para a realização dessa tarefa na rede de saúde do território. 
 
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Atividade 6: Descobrindo os alimentos por meio dos sentidos I 
Objetivos: 
 Promover o consumo de frutas entre as crianças pequenas; 
 Incentivar a alimentação saudável para crianças entre 02 e 03 anos com a 
apresentação saborosa e de novas texturas das frutas; 
 Incentivar a variedade do consumo alimentar das crianças, dentro das 
realidades familiares; 
Participantes: 
 Crianças de 02 a 03 anos. 
Materiais necessários: 
 Um tipo de fruta ou no máximo dois em quantidade suficiente para o grupo; 
 Utensílios e materiais de cozinha para a correta higienização, bem como a 
correta preparação (descascar, cortar); 
 Folhas para impressão da tabela de quantidade. 
OBS: Esta atividade também pode ser utilizada para estimular o consumo de outros 
alimentos como verduras. 
Metodologia: 
Fazer uma oficina de degustação de diversos tipos de frutas da época e da 
região para que as crianças sintam os sabores azedos e doces como laranja, banana, 
mexerica e outras frutas. 
Previamente, selecione a fruta que irá oferecer a criança ou grupo de crianças, 
faça a sua higienização da seguinte forma: deixe de molho as frutas com casca por 15 
minutos em água clorada (1 litro de água com 1 colher de água sanitária sem perfume) 
e após retire e enxague em água corrente. Após retire as cascas e sementes. Corte, em 
diferentes formatos, algumas das frutas e mantenha algumas sem cortar. 
Sente junto ao grupo, em um local tranquilo e sem muito barulho. Ofereça a 
fruta para que cada uma das crianças sintam a textura, o cheiro e o gosto da fruta. Não 
adicione açúcar nas frutas oferecidas. Mesmo que a criança rejeite, isso não deve ser 
tachado como se ela não gostasse da fruta oferecida, mas sim como a primeira 
experimentação dentre as outras sete que devem ser feitas para que a criança se 
habitue ao sabor do alimento, no caso a fruta. Repita o procedimento com todas as 
 
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crianças dos grupos. A sugestão é que esta atividade também possa ser realizada junto 
à família. 
Após o trabalho com o grupo de crianças, marque um “x” no quadro 8 na 
primeira coluna referindo que a criança fez a sua primeira experimentação da fruta. 
Após a finalização do grupo incentive a mãe a continuar oferecendo a fruta 
para a criança e marcando número de vezes que ofereceu determinado alimento. 
Explique a mãe ou responsável pelacriança qual fruta que foi oferecida e a finalidade 
da tabela. 
Somente após a nona vez que a criança rejeitar que ai sim deve ser devido à 
reprovação desta fruta pela criança. 
Temática específica: 
Abaixo sugerimos algumas frutas, mas o técnico deve priorizar a utilização de 
frutas da região. 
 
 
Quadro 8. Use a tabela abaixo para marcar o número de vezes que você ofereceu cada 
alimento a sua criança. 
ALIMENTOS 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9.º 10º 
Banana 
Maçã 
Pera 
Caju 
Ameixa 
Laranja 
Goiaba 
Mexerica 
Mamão 
Manga 
 
 
Fr
u
ta
s 
Banana, maçã, perâ, caju, ameixa, laranja, 
goiaba, mexerica, mamão, manga 
 
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Atividade 7: Descobrindo os alimentos por meio dos sentidos II 
Objetivos: 
 Incentivar a alimentação saudável para crianças entre 04 e 06 anos; 
 Descobrir os alimentos, os sabores e os cheiros da alimentação saudável; 
 Estimular o potencial e a disciplina das equipes; 
 Estimula a autoestima, o companheirismo e o trabalho em equipe com as 
crianças. 
Participantes: 
 Crianças de 04 a 06 anos. 
Materiais necessários: 
 Faixa de tecido ou TNT para vendar os olhos dos pequenos. 
 Seis tipos de fruta em quantidade suficiente para o grupo; 
 Utensílios e materiais de cozinha para a correta higienização, bem como a 
correta preparação (descascar, cortar). 
Metodologia: 
Previamente, selecione a fruta que irá oferecer a criança ou grupo de crianças, 
faça a sua higienização da seguinte forma: deixe de molho as frutas com casca por 15 
minutos em água clorada (1 litro de água com 1 colher de água sanitária sem perfume) 
e após retire e enxague em água corrente. Após retire as cascas e sementes. Corte as 
frutas em diferentes formatos. 
A atividade consiste em vendar os olhos das crianças e colocar algum alimento 
em sua boca para que elas tentem identificá-lo por meio do sabor. Participam seis 
crianças de cada equipe, sendo chamada uma por vez. A prova é realizada com seis 
alimentos diferentes ou menos. Exemplos de alimentos que podem ser utilizados na 
prova: verduras, legumes, pães, etc. ou de acordo com a cultura do local. 
Será necessária a divisão em grupos para que ao final tenha um dos grupos 
como vencedor. 
 
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Atividade 8: Prevenindo insegurança alimentar e nutricional 
Objetivos: 
 Incentivar a alimentação saudável para crianças entre 04 e 06 anos; 
 Prevenir deficiências nutricionais e excesso de peso nas crianças; 
 Estimular o potencial e a disciplina das equipes; 
 Estimula a autoestima, o companheirismo e o trabalho em equipe com as 
crianças. 
Participantes: 
 Crianças de 04 a 06 anos. 
Materiais necessários: 
 Local para as crianças desenharem (mesa); 
 Dois cartazes grandes para os desenhos, canetas coloridas. 
Metodologia: 
Distribuir a turma em dois grupos para fazer seus cartazes, um sobre o menino 
não saudável (com excesso de peso) e outro menino saudável. Para facilitar o 
entendimento pode-se iniciar a atividade contando uma historinha sobre dois meninos 
diferentes entre eles. O técnico enfatiza na historia de dois meninos que são amigos, 
um que come muitos alimentos não saudáveis (salgadinhos, balas, refrigerantes, 
doces, etc.) em frente à televisão e o outro menino que adora frutas e verduras e, 
além disso, brinca na rua (corre, nada, joga futebol, etc.). O técnico irá adequar a 
historinha com a realidade local para que o grupo se identifique. 
O técnico estimula a criatividade das crianças, perguntando o que o grupo acha 
que vai acontecer com cada um dos meninos no final da historia. Ao final, cada grupo 
expõe seu desenho ao grande grupo explicando o que fazer na situação escolhida. 
O técnico auxilia nas explicações ao grande grupo estimulando que o menino 
com excesso de peso deve acompanhar seu amigo nas brincadeiras diárias e 
“copiando” sua maneira de se alimentar para viver saudável e feliz. 
Temática específica: 
Você pode expor as seguintes perguntas para que as crianças façam os 
desenhos: 
 
 
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GRUPO DO MENINO SAUDÁVEL: 
Como é uma (aparência) criança saudável? 
O que ele fez (comeu ou deixou de comer) para ficar assim? 
GRUPO DO MENINO NÃO SAUDÁVEL: 
Como é uma (aparência) criança com obesidade ou excesso de peso? 
O que ele fez (comeu ou deixou de comer) para ficar assim? 
O que ele deve fazer para ficar saudável? 
 
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Atividade 9: De onde vêm os alimentos? 
Objetivos: 
 Incentivar a alimentação saudável para crianças entre 04 e 06 anos; 
 Estimular o interesse pela a descoberta de onde vêm os alimentos, de onde são 
produzidos os alimentos; 
 Refletir sobre o consumo de alimentos produzidos na região; 
 Aprofundar o conhecimento sobre a origem do alimento escolhido (feijão); 
 Estimular a consciência da sustentabilidade nas crianças; 
 Incentivar a responsabilidade de cada participante. 
Participantes: 
 Crianças de 04 a 06 anos. 
Materiais necessários: 
 Algodão; 
 2 grãos de feijões por criança; 
 Água; 
 Copo descartável ou vasilha pequena: sugere-se que a criança traga de casa 
uma lata que iria para o lixo ou um pote que não tem mais necessidade em 
casa; 
 Tapete ou local confortável para as crianças sentarem e realizem a atividade. 
Metodologia: 
Acolha as crianças e distribua o grupo em um grande circulo, acomodando 
estes sentados. Separe previamente os materiais que serão usados na atividade. 
Ao iniciar a atividade incentive a participação d grupo perguntando: Vocês 
sabem de onde vêm nossos alimentos? Alguém plantou algum alimento ou ajudou 
alguém plantar? 
Leia o procedimento descrito na figura juntamente com as crianças. A seguir 
cada participante irá plantar o seu feijão. Cada criança ficara responsável pelo seu 
potinho. Os feijões poderão ser levados para casa ou deixar no local onde é realizado o 
serviço, conforme combinado previamente. 
 
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É importante ressaltar que: o feijão deve receber água diariamente; Deve ficar 
em um local com luz, mas não diretamente no sol; A criança deve observar as mudanças todos 
os dias em seu feijão para depois contar no próximo grupo. 
O técnico deve relacionar o algodão, a terra e o feijão aos alimentos. Além do 
feijão, podem ser plantadas no algodão todas as sementes que possuem casa, a saber: 
girassol, soja, arroz com casca, milho, caqui, frutas cítricas. 
Temática específica: 
Figura 2. Procedimento para plantar o feijão no algodão. 
 
 
• 1º PASSO: Colocar água no algodão até ficar úmido, 
depois coloque em um copo plástico forrando o fundo 
como se fosse uma cama para as sementes. 
Segestão: Desenho de um 
copinho transparente e o 
algodão no fundo. 
• 2º PASSO: Coloque os feijões de modo que tenha um 
lugar para que as sementes possamter iluminação. 
Sugestão: Desenho de um 
copinho trasnparente, com 
algodão no fundo e o feijão. 
• 3º PASSO: Molhe um pouco algodão com água toda vez 
que estiver seco. 
Sugestão: Desenho de um 
copinho trasnparente, com 
algodão no fundo, a 
sementinha já com uma folha e 
uma gota de água caindo no 
algodão. 
 
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Atividade 10: Refeições saudáveis 
Objetivos: 
 Incentivar a alimentação saudável para crianças entre 06 e 10 anos; 
 Estimular o interesse pela a descoberta de onde vêm os alimentos, de onde são 
produzidos os alimentos; 
 Refletir sobre o consumo de alimentos produzidos na região; 
 Estimular a consciência da sustentabilidade nas crianças; 
 Refletir sobre as necessidades locais de oferta de alimentos; 
 Despertar o interesse das crianças para o cultivo de horta e conhecimento do 
processo de germinação. 
Participantes: 
 Crianças entre 06 e 10 anos. 
Materiais necessários: 
 Folhas de oficio; 
 Papel kraft em tamanho grande; 
 Canetas coloridas e lápis de cor em quantidade suficiente ao grupo; 
 Figuras de alimentos. 
Metodologia: 
Cada participante irá elaborar um quadro, em papel tamanho A-3 (metade de 
uma cartolina) para levar pra casa e fixar na cozinha. O quadro irá conter a 
representação das refeições diárias, com sugestões de alimentos em variedade para 
cada refeição (café da manhã, lanche, almoço, lanche, jantar), de acordo com a 
imagem a ser trabalhada a seguir. Utilizar imagens de revistas e desenhos coloridos. 
É importante que o técnico, busque com antecedência as imagens de alimentos 
de acordo com os hábitos alimentares de sua região, para que durante o trabalho do 
grupo os recursos necessários estejam disponíveis aos participantes e assim não 
prejudique o bom desempenho da atividade. 
Em uma folha, cada participante irá representar com desenhos ou figuras o que 
consome em suas refeições diárias. Depois, em grupos de quatro ou cinco, fazer 
conjuntos com os alimentos mais frequentes, para depois, no grupo todo, fazer um 
grande painel, colando as páginas dos grupos. Analisar a qualidade das refeições, 
 
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31 
 
propor mudanças na alimentação diária e fazer uma reflexão sobre desperdício de 
alimentos em suas casas, caso haja. Depois de debatida a reflexão inserir os alimentos 
que faltam para uma alimentação equilibrada, em outro conjunto e em cores 
diferente. 
Temática especifica: 
Antes de chegar ao prato, várias etapas exercem influência na qualidade do que 
comemos. A figura abaixo representa o caminho dos alimentos. 
Figura 3. O caminho dos alimentos da produção à mesa. 
 
 
http://www.dgs.pt/upload/membro.id/ficheiros/i005536.pdf 
 
 
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Atividade 11: O caminho dos alimentos até chegar à nossa mesa 
Objetivos: 
 Incentivar a alimentação saudável para crianças entre 06 e 10 anos; 
 Estimular o interesse pela a descoberta de onde vêm os alimentos, de onde são 
produzidos os alimentos; 
 Refletir sobre o consumo de alimentos produzidos na região; 
 Estimular a consciência da sustentabilidade nas crianças; 
 Despertar o interesse das crianças para o cultivo de horta e conhecimento do 
processo de germinação; 
 Dar oportunidade aos participantes de aprender a cultivar plantas utilizadas 
como alimentos; 
 Conscientizar da importância de estar saboreando um alimento saudável e 
nutritivo. 
Participantes: 
 Crianças entre 06 e 10 anos. 
Materiais necessários: 
 01 garrafa pet de 2 litros; 
 01 tampa de caixa de 12 ovos; 
 Tesoura sem ponta; 
 Terra adubada; 
 Mudas ou sementes de acordo com a disponibilidade da região (hortelã, 
manjericão, salsa, cebolinha, alface, pimenta, etc.). 
Metodologia: 
Acolher o grupo e propor a confecção de modelos de horta com garrafas pet. 
Providenciar com antecedência o material necessário. Seguir o procedimento de como 
fazer a horta de acordo com a figura. 
Sugere-se que a horta seja plantada no início das atividades do grupo para que 
durante a continuação do grupo, as crianças possam acompanhar o crescimento dos 
alimentos. Com este estímulo o técnico pode incentivar as crianças e suas famílias a 
prepararem hortas na residência ou ainda levar à discussão a comunidade. 
 
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 Educação Alimentar e Nutricional: o direito humano a alimentação adequada e o 
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários 
 
33 
 
Alguns links com ideias para cultivo de horta caseira e imagens com diferentes 
instalações são apresentados na página 25 do caderno teórico. 
Nesta atividade a equipe técnica deve incentivar o grupo a refletir sobre a 
necessidade de cuidado com o alimento, a origem dos alimentos estimulando o 
interesse do grupo na preparação de hortas também em casa. 
 
Figura 4. Metodologia de preparação de hortas em garrafas pet. 
 Deite a garrafa de plástico e corte no retângulo na parte superior; 
 Faça furinhos na base da garrafa; 
 Coloque a terra adubada dentro da garrafa; 
 Deite a garrafa sobre a tampa da caixa de ovos. Essa irá absorver a água que 
escorrer da garrafa; 
 Agora é hora de plantar! Enterre as sementinhas ou plante as mudas cobrindo 
bem as raízes ou as sementes na terra; 
 Agora esta pronta a horta; 
 É importante regar pelo menos uma vez ao dia e deixar em um local bem 
arejado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Atividade 12: Jogo de memória saboroso 
Objetivos: 
 Incentivar a alimentação saudável para crianças entre 06 e 08 anos de forma 
lúdica; 
 Incentivar o reconhecimento dos alimentos e a identidade cultural local; 
 Desenvolver a atenção, a percepção visual e a memória, identificar 
semelhanças e diferenças entre os alimentos. 
 Desenvolver a curiosidade, o raciocínio e o pensamento; 
 Estimular o aprendizado de regras e trabalho em conjunto e a integração social 
dos participantes. 
Participantes: 
 Crianças entre 06 e 08 anos. 
Materiais necessários: 
 Impressão colorida; 
 Folhas de oficio; 
 Tesoura; 
 Papel cartão. 
Metodologia: 
Previamente imprimir a figura 5 em duas páginas e após colar no papel cartão 
para que o jogo da memoria fique firme para a brincadeira. Sugere-se também que o 
jogo pode ser construído em cartas maiores e com outros tipos de alimentos 
(guloseimas, leite e derivados, carnes e ovos, etc.). 
Dependendo do grupo, o técnico pode deixar recortadas as figuras do jogo da 
memoria ou pode deixar para as crianças fazerem esta atividade. Após o recorte das 
figuras de acordo com o pontilhado, misture as figuras com a face virada para baixo e 
coloque-as lado a lado. Comece o jogo embaralhando as peças e escolhendo um 
participante para iniciar. Organizar as peças, com os desenhos virados para baixo, em fileiras 
com a mesma quantidade. Cada participante levanta duas peças de modo que os outros 
possam visualizar. Sendo que cada participante terá direito a jogar uma vez e após 
deixar o próximo jogar. Caso as figuras sejam iguais, separe do lado e pegue 
novamente mais duasfiguras. Caso as figuras não sejam iguais, coloque-as de volta no 
 
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fortalecimento de vínculos familiares e comunitários 
 
35 
 
mesmo lugar e passe para o próximo jogador. Quando não consegue levantar peças iguais 
o jogador deve colocá-las na posição original A criança que tiver mais figuras iguais é a 
vencedora. 
Figura 5. Representação gráfica do jogo da memoria (Frente e Verso). 
 
 
 
 
 
Legume 
ou verdura 
 
Fruta 
 
Legume 
ou verdura 
 
 
Legume 
ou verdura 
 
Fruta 
 
Legume 
ou verdura 
 
Fruta 
 
Legume 
ou verdura 
 
Legume 
ou verdura 
 
Fruta 
 
Fruta 
 
Fruta 
 
Fruta 
 
Legume 
ou verdura 
 
Legume 
ou verdura 
 
Legume 
ou verdura 
 
Cereal ou 
tubérculo 
 
Cereal ou 
tubérculo 
 
Fruta 
 
Legume 
ou verdura 
 
 
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36 
 
Atividade 13: Semáforo Saudável 
Objetivos: 
 Incentivar a alimentação saudável para crianças entre 04 e 06 anos; 
 Prevenir deficiências nutricionais e excesso de peso nas crianças; 
 Estimular o potencial e a disciplina das equipes; 
 Estimular a autoestima, companheirismo e o trabalho em equipe com as 
crianças. 
Participantes: 
 Crianças de 04 a 06 anos. 
Materiais necessários: 
 1 folha de papel pardo; 
 1 folha de papel vermelho; 
 1 folha de papel amarelo; 
 1 folha de papel verde; 
 Diversas figuras de alimentos; 
 Ambiente aberto ou fechado que possua uma parede de boa visibilidade para 
afixar cartazes e uma mesa baixa para apoiar os alimentos. 
Metodologia: 
Recortar as folhas coloridas em forma de círculo e colá-las na folha de papel 
pardo montando um mural em forma de semáforo de trânsito onde, ao lado, serão 
dispostos os alimentos (conforme a figura 6). 
Figura 6. Representação do semáforo e da distribuição dos alimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Adaptado de 
SEGOV, 2010. 
 
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37 
 
Após o início da oficina, divida as crianças em duas equipes. O profissional irá 
explicar sobre os alimentos mais importantes para a saúde em contraposição aos 
alimentos menos importantes (que fazem mal para saúde), dando alguns exemplos e 
deixando o grupo interagir. 
É fundamental explicar que os círculos verdes representam os alimentos que 
deveriam ser ingeridos em maior quantidade, os círculos amarelos são os alimentos 
ingeridos com moderação e os círculos vermelhos, os alimentos que devem ser 
ingeridos com cuidado. O quadro 9 apresenta os alimentos de acordo com as cores do 
semáforo. 
As figuras dos alimentos deverão ser distribuídas em uma mesa. A seguir, todos 
serão convidados a afixá-las no semáforo conforme esquema abaixo: 
• Vermelho → sinal de perigo, alimentos que podem trazer malefícios a saúde; 
• Amarelo → sinal de alerta, alimentos que devem ser consumidos com 
moderação; 
• Verde → sinal livre, alimentos que trazem benefícios à saúde. 
Em seguida as crianças terão tempo para preencher corretamente o semáforo 
com as três cores: verde, amarela e vermelha. 
Os alimentos do grupo dos pães, massas, cereais e tubérculos e o grupo das 
verduras e frutas devem ficar na parte verde do semáforo; as carnes, ovos, leites e 
derivados na parte amarela do semáforo; os açúcares e gorduras devem ficar na parte 
vermelha do semáforo. 
Quando todas as figuras estiverem afixadas no cartaz o profissional deve 
destacar aquelas que foram posicionadas adequadamente e redistribuir as outras que 
foram colocadas em lugares errados. 
Conte o numero de acertos e erros que cada equipe obteve ao final da oficina, 
premiando a equipe vencedora. 
Temática específica: 
A equipe técnica expõe sobre os alimentos importantes para a alimentação 
saudável e após de acordo com o quadro explicativo abaixo: 
 
 
 
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38 
 
Quadro 9. Semáforo da alimentação de crianças entre 04 e 06 anos. 
GRUPO 
 
ALIMENTOS EXPOSTOS NO 
CARTAZ 
QUANTIDADE 
NECESSÁRIA À 
CRIANCA 
SINAL DE 
REPRESENTAÇÃO 
DA QUANTIDADE 
Cereais, pães e 
tubérculos 
Aipim, pães, batatas, arroz, 
biscoitos, milho, etc. 
Maior quantidade 
 
Verduras e 
legumes 
Todos os vegetais: 
abobora, cenoura, alface, 
etc. 
Media quantidade 
Frutas 
Banana, maçã, abacaxi, 
etc. 
Maior quantidade 
Leguminosas 
Feijões, lentilha, ervilha, 
fava, soja, etc. 
Pequena 
quantidade 
 
Leites e 
produtos 
lácteos 
Leites, iogurtes, queijos, 
mingaus de leite, etc. Media quantidade 
Carnes, miúdos 
e ovos 
Carnes, ovos, frango, 
suíno, peixe, etc. 
Pequena 
quantidade 
 
Óleos e 
gorduras 
Alimentos fritos, carnes 
gordas, hambúrgueres e 
empanados, mortadelas, 
banha de porco, 
salgadinhos e chips, 
margarinas, sorvetes, 
batata frita, pele de 
frango, caldos de carnes, 
etc. 
Pequena 
quantidade 
 
Açúcares e 
doces 
Biscoito recheado, balas, 
pirulitos, chocolates, 
bolos, sorvetes, 
refrigerante, etc. 
Não é necessário 
. Fonte: Adaptado de SEGOV, 2010. 
 
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39 
 
Atividade 14: Jogo de cartas da energia 
Objetivos: 
 Conhecer os alimentos saudáveis e não saudáveis do grupo dos cereais; 
 Estimular uma alimentação saudável; 
 Identificar a capacidade critica das crianças e dos adolescentes; 
 Incentivar o trabalho em equipe. 
Participantes: 
 Crianças de 8 a 11 anos; 
 Adolescentes de até 15 anos. 
Materiais necessários: 
 Figuras de alimentos do grupo dos cereais e tubérculos (pães, batatas, arroz, 
massa, biscoitos salgados, fubá, cuscuz, tapioca, etc.); 
 Cartolina branca; 
 Perguntas sobre o conteúdo a ser trabalhado, no caso os alimentos do grupo 
dos cereais. 
Metodologia: 
Previamente a equipe técnica ira confeccionar o jogo de cartas da seguinte 
forma: recorte a cartolina branca em retângulos de 12x8cm. Em um verso coloque um 
grande ponto de interrogação e no outro uma pergunta ou um desafio sobre os 
alimentos, no caso especifico do dia, os cereais. 
Após a colhida do grupo, serão apresentadas as cartas, contendo as figuras dos 
alimentos, aos participantes ressaltando a importância dos cereais como fonte de 
energia. O técnico deve estimular a participação do grupo, interagindo e criando 
expectativas sobre o jogo que será realizado com o grupo. Nesse início, o técnico pode 
incentivar o consumo dos cereais integrais em detrimento dos cereais refinados e 
buscar desfazer o mito de que os cereais promovem o ganho de peso. Além disso, o 
técnico pode estimular a reflexão sobre a monotonia alimentar em relação ao 
consumo de cereais, a qual acontece em algumas regiões, incentivando a maior 
diversidade de consumo destes alimentos. 
Para reforçar o conteúdo e dinamizar a atividade divida os participantes em 
duas equipes, para fazer o jogo das cartas. Cada integrante da equipe escolhe uma 
 
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carta, alternando as equipes. As cartas poderão conter uma pergunta, uma mímica a 
ser realizada e adivinhada pela equipe ou ganho ou perda de pontuação direta. As 
cartas com perguntas, quando acertadas, valem um ponto e as mímicas, quando 
adivinhadas valem dois. O ganho ou perda direta de pontos variava de 2 a 5 pontos. A 
equipe que ao final obtiver maior pontuação é a campeã. 
 
Quadro 10. Sugestões de conteúdo do grupo dos cereais para incluir nas cartas. 
Tipo de 
atividade 
Conteúdo da carta Pontuação 
Pergunta 
1) Antes de realizarmos qualquer atividade física, devemos 
consumir: 
a) cereais b) legumes c) frutas 
1 ponto 
Pergunta 
2) Pertence ao grupo dos cereais: 
a) Feijão b) Arroz c) Carne 
1 ponto 
Pergunta 
3) Os alimentos do grupo dos cereais devem ser: 
a) alimentos menos consumidos ao dia 
b) alimentos não consumidos todos os dias 
c) alimentos mais consumidos ao dia 
1 ponto 
Pergunta 
4) Qual tipo de bolo não pertence aos cereais? 
a) bolo de fubá b) bolo de cenoura c) bolo de aniversário 
1 ponto 
Pergunta 
5) Pertence ao grupo dos cereais: 
a) cenoura b) beterraba c) mandioca 
1 ponto 
Pergunta 
6) Não pertence ao grupo dos cereais: 
a) batata cozida b) batata frita c) batata assada 
1 ponto 
Pergunta 
7) Qual tipo de pó NÃO é considerado cereal? 
a) fubá b) farinha de trigo c) açúcar 
1 ponto 
Mimica 8) Imite alguém comendo macarrão. 2 pontos 
Charada 
9) O que é que nasce a soco e morre a facada? Dica: está na 
base da Pirâmide dos Alimentos. 
2 pontos 
Charada 
10) Qual é o alimento de oito letras que se tirarmos quatro, 
ainda ficam oito? 
Dica: Se tiver recheio, está no grupo dos açúcares. 
2 pontos 
Charada 11) Qual o cereal preferido do vampiro? 2 pontos 
Pergunta 12) Comer pão integral deve ser feito por todas as pessoas? 2 pontos 
Charada 
13) Ele é magro pra chuchu, tem dentes mas nunca come e 
mesmo sem ter dinheiro, dá comida a quem tem fome? 
2 pontos 
Respostas: 1) A; 2) B; 3) C; 4) C; 5) C; 6) B; 7) C; 9) Pão; 10) Biscoito; 11) Aveia; 12) Sim; 13) Garfo. 
 
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Figura 7. Modelo de cartas. 
SURPRESA! 
Perca 1 ponto! 
PERGUNTA 
(vale 1 ponto) 
 
Os cereais são alimentos 
que: 
a) dão energia 
b) engordam muito 
c) constroem os músculos 
 
 
 
 
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42 
 
2.2. EAN para adolescentes 
Atividade 1: O que vem a sua cabeça?? 
Objetivos: 
 Incentivar a alimentação saudável entre os adolescentes; 
 Estimular a autoestima, o empoderamento, e protagonismo dos adolescentes; 
 Valorizar as experiências e as vivencias dos adolescentes no que tange a 
alimentação saudável; 
 Aprofundar a discussão sobre a percepção critica dos adolescentes a cerca da 
alimentação na realidade social e cultural do território; 
Participantes: 
 Adolescentes entre 12 e 18 anos de idade. 
Materiais necessários: 
 Música Comida do Titãs (Arnaldo Antunes e Marcelo Frommer); 
 Som para reproduzir a musica; 
 Cadeiras; 
 Caso tenha interesse em que os adolescentes fiquem com a letra pode 
reproduzir a letra em papel oficio. 
Metodologia: 
Após a apresentação dos participantes, o técnico organiza os adolescentes em 
um circulo para escutar a musica. O profissional pode auxiliar na escuta da música e na 
realização do grupo focal1. 
A equipe organiza o grupo em um círculo e pede que cada participante pense 
em um alimento que gosta e que tem uma qualidade semelhante em si mesmo. Após 
pode colocar a musica para o grupo escutar. Logo mais a equipe orienta o grupo em 
suas discussões e pede ao final para que cada desenhe ou escreva algo que em um 
papel oficio para ser fixado na parede da sala. 
Nesse grupo o profissional pode instigar os adolescentes a responder algumas 
questões cotidianas da vida, do consumo alimentar dele e da família, bem como do 
mesmo inserido na sociedade. 
 
1
 Grupo focal: A essência desse grupo consiste na interação entre os participantes e o pesquisador, que 
objetiva colher dados a partir da discussão focada em tópicos específicos e diretivos (IERVOLINO; 
PELICIONI, 2001). 
 
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43 
 
 
Discutir: O que vem em sua cabeça?? 
Ler algum trecho da música faz você pensar 
em algo importante para sua vida? O que 
mais é necessário para que você leve a vida 
numa boa? 
 
 
Bebida é água! 
Comida é pasto! 
Você tem sede de que? 
Você tem fome de que?... 
A gente não quer só comida 
A gente quer comida 
Diversão e arte 
A gente não quer só comida 
A gente quer saída 
Para qualquer parte... 
A gente não quer só comida 
A gente quer bebida 
Diversão, balé 
A gente não quer só comida 
A gente quer a vida 
Como a vida quer... 
Bebida é água! 
Comida é pasto! 
Você tem sede de que? 
Você tem fome de que?... 
A gente não quer só comer 
A gente quer comer 
E quer fazer amor 
A gente não quer só comer 
A gente quer prazer 
Prá aliviar a dor... 
A gente não quer 
Só dinheiro 
A gente quer dinheiro 
E felicidade 
A gente não quer 
Só dinheiro 
A gente quer inteiro 
E não pela metade... 
Bebida é água! 
Comida é pasto! 
Você tem sede de que? 
Você tem fome de que? 
A gente não quer só 
comida 
A gente quer comida 
Diversão e arte 
A gente não quer só 
comida 
A gente quer saída 
Para qualquer parte... 
A gente não quer só 
comida 
A gente quer bebida 
Diversão, balé 
 
A gente não quer só comida 
A gente quer a vida 
Como a vida quer... 
A gente não quer só comer 
A gente quer comer 
E quer fazer amor 
A gente não quer só comer 
A gente quer prazer 
Prá aliviar a dor... 
A gente não quer 
Só dinheiro 
A gente quer dinheiro 
E felicidade 
A gente não quer 
Só dinheiro 
A gente quer inteiro 
E não pela metade... 
Diversão e arte 
Para qualquer parte 
Diversão, balé 
Como a vida quer 
Desejo, necessidade, vontade 
Necessidade, desejo, eh! 
Necessidade, vontade, eh! 
Necessidade... 
Bebida é água 
Comida é pasto 
Você tem sede de que? 
Você tem fome de que? 
 
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44 
 
Atividade 2: Reflexão e debate sobre os Direitos Humanos, incluindo à 
alimentação 
Objetivos: 
 Incentivar a alimentação saudável e o fortalecimento de vínculos sociais entre 
os adolescentes com base na reflexão dos adolescentes e do coletivo; 
 Fazer adolescente refletir sobre as necessidades alimentares locais, bem como 
a o habito alimentar regional; 
 Reconhecer os fatores de insegurança alimentar e nutricional no contexto da 
família e da sociedade; 
 Empoderar os adolescentes sobre o direito humano a alimentação adequada 
por meio da participação cidadã. 
Participantes: 
 Adolescentes entre 12 e 18 anos. 
Materiais necessários: 
 Folhas de oficio, canetas. 
Metodologia: 
Os participantes irão escrever em tarjetas quais atividades gostam de fazer nos 
momentos de lazer, em casa, com amigos, nos finais de semana, etc. 
Depois, com as tarjetas na mão, será promovido um debate sobre o que mais 
traz alegria para suas vidas. Em grupos, elaborar um desenho para representar o que 
eles

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