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1 Professor: Rodrigo Dorneles Tortorella FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO DO MACHO (Bovino) UNIÃO DE ENSINO DO SUDOESTE DO PARANÁ FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA DISCIPLINA: FISIOLOGIA VETERINÁRIA ENTENDER A FISIOLOGIA PARA OTIMIZAR A UTILIZAÇÃO DE BIOTECNOLOGIAS • Relação macho/fêmea e sua repercussão na produção de bezerros –Vacas: produzem 1 bezerro/ano –Touros: produzem 25 a 50 bezerros/ano • Estima-se que 5% dos touros sejam estéreis e que 30% sejam sub-férteis • Na IA a repercussão é muito maior IMPORTÂNCIA DO REPRODUTOR MACHO I • Qual o melhor instrumento para avaliação da capacidade reprodutiva? –Prenhez, parição, EXAME ANDROLÓGICO! • Quando aplicar o exame andrológico? • Quais os itens que compõem este exame? • O que é necessário saber para melhor entendimento do exame andrológico? IMPORTÂNCIA DO REPRODUTOR MACHO II OBJETIVOS • Apresentar as particularidades morfológicas reprodutivas dos machos • Caracterizar os principais eventos fisiológicos reprodutivos dos machos • Como subsídio para avaliação andrológica e aplicação das biotécnicas reprodutivas – Aumento de indivíduos COMPOSIÇÃO DO SISTEMA GENITAL MASCULINO • BOLSA ESCROTAL • TESTÍCULOS • EPIDÍDÍDIMOS • CANAL DEFERENTE (cordão espermático) • GLÂNDULAS ANEXAS • URETRA • PÊNIS • PREPÚCIO “Integrado ao eixo hipotálamo-hipofisário” 2 BOVINOS BOVINOS BOVINOS Fonte: Drost M (1980) OVINOS Tamanho testicular Processo uretral Flexura sigmóide OVINOS Fonte: Smith, MC (2006) CAPRINOS Fonte: Smith, MC (2006) 3 GARANHÕES Pênis vascular Processo uretral Testículos oblíquos GARANHÕES Fonte: Drost M (1980) GARANHÕES Fonte: Asbury, AC (1988) Divertículo suburetral. CACHAÇOS Glândulas acessórias muito grandes Grande volume de ejaculado Glande espiralada Divertículo prepucial “S” peniano pré-escrotal CACHAÇOS CACHAÇOS Diagrama da cavidade prepucial Fonte: Evans, LE (2009) 4 PÊNIS BOVINOS X EQUINOS http://tarwi.lamolina.edu.pe/~emellisho/reproduccion/Pract01.pdf PÊNIS E PREPÚCIO • Células germinativas primordiais – migram do mesênquima para a crista genital, estrutura transitória que origina a eminência genital, gônadas indiferenciadas • Gene do cromossomo Y (sexo genético) – Promove o desenvolvimento da gônada masculina e suprime da feminina – Há formação dos túbulos seminíferos, células Leydig, testosterona • A testosterona testicular promoverá – Inibição dos ductos de Müller e desenvolvimento dos ductos de Wolf, promovendo a formação do epidídimo/conduto deferente e glândulas acessórias • Seio urogenital e mesênquima circundante originarão a genitália externa DIFERENCIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DOS ÓRGÃOS GENITAIS MASCULINOS DIFERENCIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DOS ÓRGÃOS GENITAIS MASCULINOS DIFERENCIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DOS ÓRGÃOS GENITAIS MASCULINOS DIFERENCIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DOS ÓRGÃOS GENITAIS MASCULINOS Fonte: Senger, 2003 5 DIFERENCIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DOS ÓRGÃOS GENITAIS MASCULINOS DIFERENCIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DOS ÓRGÃOS GENITAIS MASCULINOS DESCENSO TESTICULAR • Gônadas migram, do abdome através do canal inguinal, localizando-se na bolsa escrotal dentro da túnica vaginal (peritônio) • Transtornos no descenso – criptorquidismo, hérnias e hidrocele DESCENSO TESTICULAR Fonte: Senger, 2003 DESCENSO TESTICULAR Fonte: Senger, 2003 DESCENSO TESTICULAR Fonte: Senger, 2003 6 TERMORREGULAÇÃO ESCROTAL • Mecanismos (4ºC abaixo da temperatura corporal) – túnica dartos (muscular/área exposição) – cremaster (interno e externo) – plexo pampiniforme (vascular) – receptores escrotais – gordura subcutânea – glândulas sudoríparas TERMORREGULAÇÃO ESCROTAL Fonte: Senger, 2003 TERMORREGULAÇÃO ESCROTAL Fonte: Arquivo Pessoal TERMORREGULAÇÃO ESCROTAL Fonte: Machado Júnior et a., 2009 TERMORREGULAÇÃO ESCROTAL CORDÃO ESPERMÁTICO 7 TERMORREGULAÇÃO ESCROTAL Fonte: Cody et al., 1999 TERMORREGULAÇÃO ESCROTAL Fonte: Senger, 2003 CONTROLE HORMONAL DA REPRODUÇÃO Ação hormonal • Interação hormônio - receptor • Hormônio esteróide – receptor nuclear • Hormônio protéico - receptor membrana plasmática Controle hormonal da reprodução Ação hormonal • Autócrina Hormônio é produzido e age na mesma célula • Parácrina Hormônio é produzido por células vizinhas • Endócrina Hormônio é produzido por células distantes Precisa ser transportado pelo sangue HORMÔNIOS • São substâncias químicas sintetizadas por uma glândula – Ação específica – Tecido Alvo – Transportado pelo sangue – Pequenas quantidades – Podem ser quimicamente modificados 8 HORMÔNIOS PROTEICOS • Solúveis em água • Facilmente transportáveis pelo sangue • Sintetizados por um precursor • Não de ligam a proteínas • Meia vida curta • Receptores de membrana • isoformas ESTERÓIDES • Pouco solúveis em H2O • Ligam –se a proteínas para serem transportados • Sintetizados por várias enzimas • Meia vida longa • Receptores na célula SNC Eixo Hipotalâmico – Hipofisário – Gônadas Gametogênese Esteroidogênese Transporte Gametas Comportamento Sexual Cópula NEUROENDOCRINOLOGIA SNC Hipotálamo e Hipófise controla síntese e liberação das gonadotrofinas GONADOTROFINAS FSH e LH controlam síntese e secreção esteróides gonadais Andrógeno e Estrógeno NEUROENDOCRINOLOGIA Eixo H - H - G Hipotálamo Hipófise Testículo GnRH FSHLH Células Sértoli ABP Inibina Células Leydig Testosterona + + + + -+ / - + / - Células de Sertoli Hipotálamo Hipófise Células de Leydig GnRH FSHLH+ + + Inibina - Testosterona - Proteina Ligadora de Andrógenos (ABP) Estrogênio Espermatogênese Efeitos Biológicos TESTÍCULOS 1) Função Endócrina – Produção de Testosterona 2) Função Exócrina – Espermatogênese 9 TESTÍCULOS MEDIASTINO RETE TESTIS TOURO ESTRUTURA TESTICULAR – Túbulos seminíferos • Células de Sertoli • Linhagem espermatogênica – Compartimentos • Vascular • Intersticial • Membrana Basal • Adluminal – Espaço intersticial • Células de Leydig ESTRUTURA TESTICULAR ESTRUTURA TESTICULAR 10 CÉLULAS DE LEYDIG • LH – Formação do AMPc e ativação de proteínas quinases – Colesterol livre a partir das gotas lipídicas citoplasmáticas – Enzimas mitocondriais • Pregnolona – Retículo endoplasmático liso • Testosterona FUNÇÕES DA TESTOTERONA • Nos fetos – Desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos – Crescimento dos testículos, pênis e escroto – Desenvolvimento de glândulas acessórias e ductos – Descida dos testículos • Nos adultos – Sustenta a ação do FSH sobre a espermatogênese – Desenvolvimento de caracteres sexuais secundários – Libido e padrões comportamentais – Secreção das glândulas anexas – Retenção de nitrogênio e desenvolvimento muscular – Crescimento dos ossos e retenção de cálcio FUNÇÕES DA TESTOTERONA FUNÇÕES DA TESTOTERONA FUNÇÕES DA TESTOTERONA FUNÇÕES DA TESTOTERONA 11 FUNÇÕES DA TESTOTERONA CÉLULAS DE SERTOLI • Controlam desenvolvimento das células da linhagem germinativa, função nutritiva e reguladora • Atividade hormonal controlada pelo FSH • Convertem testosterona em estrógenos • A função dos estrógenos na espermatogênese ainda está sendo estudada CÉLULAS DE SERTOLI • Convertem testosterona em dehidrotestosterona, muito mais potente que a testosterona • Síntese de ABP (proteína ligadora de andrógenos) e inibina (reguladora da secreção de FSH) • Fagocitose de restos celulares • Barreira Hemato-testicular – Proteção e controle do metabolismo dos espermatozóides FUNÇÃO SECRETORADAS CÉLULAS DE SÉRTOLI Esteróides convertem T DHT T E ABP regulada pelo FSH, transporta andrógenos, se liga a T e DHT, mantém altos níveis no testículo, transporta andrógenos para o epidídimo Fluido que preenche o lúmen dos túbulos e várias proteínas presentes no fluido. Fluido carrega os sptz dos túbulos para o rete testis e depois para o epidídimo BARREIRA HEMATO-TESTICULAR • Permite a criação de um meio ambiente adluminal em que é controlado o metabolismo espermático. Os íons potássio são importantes para manutenção dos espermatozóides em estado de quiescência • O espermatozóides não são reconhecidos pelos mecanismos gerais de defesa do organismo 12 BARREIRA HEMATOTESTICULAR BARREIRA HEMATO-TESTICULAR CONTROLE NEURO-ENDÓCRINO • LH – Estimula a produção de testosterona • FSH – Promove síntese de ABP (Células de Sertoli) – Promove início da atividade dos túbulos seminíferos (espermatogênese) *FSH – proliferação *Testosterona – maturação EPIDÍDIMO EPIDÍDIMO • Estrutura alongada justaposta ao testículo • Rede enovelada de túbulos – Touro – 36 metros • Composto de 3 partes – Cabeça – pólo cranial do testículo – Corpo – repousa ao longo do testículo – Cauda – pólo caudal • contém cerca de 75% dos espermatozóides epididimários EPIDÍDIMO • Aquisição da capacidade fecundante do espermatozóide • Dependência de Testosterona (DHT) – Túbulo seminífero 5 a 50x maior concentração do que no sangue 13 EPIDÍDIMO - FUNÇÕES • Reabsorção de líquidos e solutos • Maturação espermática – Capacidade fertilizante – Motilidade progressiva – Morfologia – Metabolismo • Estocagem de espermatozóides • Reabsorção de formas anormais • O transporte espermático ocorre por contrações e pelos movimentos ciliares TRANSPORTE ESPERMÁTICO NO EPIDÍDIMO • Sptz imóveis no líquido tubular – Cílios e contrações rítmicas Duração da passagem do espermatozóide pelo epidídimo (dias) Espécie Cabeça * Corpo * Cauda Total Touro 2 2 10 14 Garanhão 1 1,5 6 7,5 a 10 Carneiro 1 3 8 13 Varrão 3 2 4 a 9 9 a 14 Rato 3 3 5 11 Homem 1 a 2,5 0,5 5 1 a 12 * Não se altera pela freqüência de ejaculações (na cauda até mais de 3 semanas) LÍQUIDO EPIDIDIMÁRIO • Redução de volume – Absorção de água aumenta concentração de sptz • Meio diferente do plasma – Pressão osmótica elevada (400mOsmol) imobilização e sobrevivência; – Queda no pH (7,3 a 6,5); redução Cl- , HCO3 - e Na+; aumento de K+ e HPO4 - ; secreção de substâncias favoráveis ao metabolismo ou à imobilidade • Síntese de proteínas específicas – Fixadas a regiões específicas (cabeça ou flagelo) AQUISIÇÃO DA CAPACIDADE DE SE FIXAR À ZP • Proteínas de fixação presentes ao final da espermiogênese, encontram-se bloqueadas Ex: galactosiltransferase + N-acetil-glicosamina (ZP3) • Aquisição progressiva da capacidade (cabeça x cauda) Capacidade de fecundar e assegurar desenvolvimento normal na maioria das espécies Região do epidídimo Poder fecundante Cabeça distal <1% Corpo mediano 5 a 10% Corpo distal 25 a 30% Cauda proximal >50% Cauda distal >75% Ejaculado 75 a 90% GLÂNDULAS ANEXAS Fonte: Larsen, RE (1980) 14 GLÂNDULAS ANEXAS GLÂNDULAS ANEXAS Equino Equino Bovino Suíno Cão ampola próstata bulbo- uretral vesícula seminal • Porção liquida do sêmen. • Constituinte: eletrólitos, frutose, ácido ascórbico, enzimas e vitaminas. Plasma Seminal GLÂNDULAS ANEXAS • Glândulas vesiculares (ausentes em carnívoros) – Frutose e Prostaglandinas (+ que a próstata) * Roedores – Glândulas vesiculares tampão vaginal (coagulação de proteínas prostáticas) • Próstata – Zn++ (bactericida) e outros íons – Ácido cítrico, fosforilcolina, enzimas proteolíticas, e fosfatases • Bulbo-uretrais (Glândulas de Cowper) – Suínos – Sialomucina coagulação do ejaculado GLÂNDULAS ANEXAS ESPERMATOGÊNESE • Inicia-se à puberdade e ocorre em todos os túbulos seminíferos durante toda a vida sexual. • Puberdade: Idade em que o animal se torna sexualmente capaz de se reproduzir • “NÃO CONFUNDIR COM APTIDÃO Á REPRODUÇÃO” • Emissão de gametas – Manifestar seqüências completas de comportamento sexual • Etapas – Mitose – Meiose – Diferenciação • O suprimento de células germinais é renovado ESPERMATOGÊNESE 15 ESPERMATOGÊNESE Espermatócito Primário Espermatócito Secundário Meiose I Meiose II Meiose Espermatogonia Tipo B ESPERMATOGÊNESE Espermatogonia Repouso Espermatogonia Tipo A Espermatogonia Intermediária Mitose Espermatocitogênese Espermiogênese Espermátide ESPERMATOGÊNESE (48 a 62 dias) • Espermatogônia até espermatócito primário: 15 dias • Espermatócito primário até secundário: 15-17 dias • Espermatócito secundário até espermátide: horas • Espermátide até espermatozóide: 22-23 dias • Transporte no epidídimo: 8 a 14 dias ESPERMIOGÊNESE • Transformação das espermátides em espermatozóides (dura 22 a 23 dias) – formação de cauda, permitindo movimentos no genital feminino – desenvolvimento das mitocôndrias: energia para movimentação – desenvolvimento do acrossoma: penetração do ovócito – há perda de citoplasma: gota citoplasmática – inicia nos túbulos seminíferos e conclui-se no epidídimo Aparelho de Golgi Mitocôndria Núcleo Núcleo Acrossomo Citoplasma Resídual Núcleo Acrossomo Espermiação Bainha Mitocondrial ESPERMIOGÊNESE 16 ESPERMIAÇÃO • Liberação das espermátides em forma de espermatozóides na luz dos túbulos seminíferos. ESTRUTURA DA CÉLULA ESPERMÁTICA CÉLULA ESPERMÁTICA • Cabeça: massa de DNA condensada = cromatina (Protaminas ao invés de Histonas) Duas regiões: acrossomal e pós-acrossomal • Recoberta por membranas plasmáticas, acrossomal interna/externa, nuclear interna/externa • Acrossomal: membranas contendo enzimas como hialuronidase e acrosina • Na região pós-acrossomal ocorre a ligação deste com o óvulo CÉLULA ESPERMÁTICA • Cauda: dividida em 4 porções – pescoço ou colo, peça intermediária, principal e final. • A peça intermediária é onde está a hélice mitocondrial, que supre a energia em forma de ATP, para que ocorra a motilidade. • A peça principal e a final não apresentam mitocôndrias ACROSSOMO (Hialuronidase e Acrosina) 17 PEÇA INTERMEDIÁRIA (9 microtúbulos duplos com um par central) ESTRUTURA DA CÉLULA ESPERMÁTICA CICLO ESPERMATOGÊNICO • A espermatogênese é iniciada no mesmo ponto do epitélio seminífero a intervalos regulares • É o tempo que uma associação celular leva para passar pelos 12 estágios • Refere-se a uma série de modificações numa determinada área do epitélio seminífero • Em bovinos o ciclo dura em média 13,5 dias Ciclo do epitélio seminífero: Início periódico da espermatogênese (a intervalos regulares) Espécie Ciclo do epitélio seminífero (dias) Duração da espermatogênese (dias) Touro 13,5 54 Varrão 8,6 34,1 Carneiro 10,4 49 Cão 13,6 54,4 Rato 13,3 53,2 Homem 16 74 Duração do ciclo do epitélio seminífero e da espermatogênese ONDA ESPERMATOGÊNICA • A espermatogênese realiza-se em áreas determinadas longitudinalmente ao longo dos túbulos seminíferos • Todas as espermatogônias, dentro de uma certa porção dos túbulos seminíferos estão programadas para dividirem-se ao mesmo tempo, em fases de I a XII adjacentes • A onda se refere a sucessivos estágios organizados em ordem decrescente ao longo dos túbulos • Isto permite o suprimento constante de espermatozóides maduros 18 ONDA ESPERMATOGÊNICA PRODUÇÃO TESTICULAR E RESERVA DE ESPERMATOZÓIDES Espécie Prod/dia/g test (106) Reserva extragonadal(109) N sptz/ Ejaculado (106)cabeça corpo cauda deferente Total Touro 12 19 4,7 38 7,6 69 6000 Garanhão 16 9,6 11 50 7,5 77 7000 Carneiro 21 23 11 126 - >165 4000 Varrão 23 36 51 104 - >185 15000 Rato 23 0,26 0,45 - >0,7 58 Homem 5 - - - - - 200 TESTÍCULO E EPIDÍDIMO CAPACITAÇÃO • Trato genital feminino • Ocorre na JUT, istmo e ampola • Perda gradativa do plasma seminal (bloqueio) – In vivo - Local subseqüente à deposição do sêmen – In vitro – centrifugação ou swim up • Alterações membranárias – Perda e deslocamento de proteínas – Composição lipídica (perda de colesterol) CAPACITAÇÃO • Alterações de mobilidade – Alt. membranárias Maior permeabilidade ao Ca++ ativação adenilatociclase + AMPc fosforilação -tubulina Hipermotilidade *Invertebrados: substância liberada pelo ovócito Maior permeabilidade ao Ca++ • Alterações metabólicas – Maior atividade respiratória (+ substrato energético) – Potencial de membrana (- K+) RELAÇÃO COM A CAPACIDADE FECUNDANTE Perda de Proteínas Funcionalidade dos sítios de fixação específicos Mobilidade dos lipídeos Receptores acessíveis à proteínas da ZP Redistribuição das Ptns e alt da composição de lipídeos Ruptura do acrossoma Hipermotilidade Penetração da ZP Modificações da MB pós-acrossomal Fusão com a MB plasmática do ovócito (após reação acrossomal) 19 CAPACITAÇÃO ESPERMÁTICA • Espermatozóides ejaculados não têm capacidade fecundante • Sinais de capacitação – Hiperatividade espermática (+ AMPc) – Perda e deslocamento de proteínas – Modificação da composição lipídica, perda colesterol – Maior permeabilidade ao Ca++ • Inicia no muco cervical e se completa no momento da ovulação • Há perda do plasma seminal próximo ao local de deposição do sêmen Como as secreções uterinas e tubáricas asseguram a capacitação e sobrevida dos SPTZ? • Baixo pH (6,0) • Atividade proteolítica e glicosídea • Atividade esterol-sulfatase > presença de albumina e lipoproteínas > retirada do colesterol • Na fase lútea a alta relação colesterol/ fosfolipídios dificulta a capacitação Como garantir a sobrevivência espermática no genital feminino? • K+ elevado • Depósito de proteínas na cabeça dos sptz • Elevado teor de glicina que os sptz metabolizam e mantém sua atividade respiratória no meio pobre em glicose • Contato com células epiteliais tubáricas REAÇÃO DO ACROSSOMA • Torna os sptz capazes de penetrarem na ZP • A ZP é rodeada de glicoproteínas (ZP1,2,3) • Consiste na formação de múltiplas zonas de fusão entre a membrana externa do acrossoma e a membrana plasmática permitindo a liberação do conteúdo acrossomático e exposição dos receptores necessários a ligação com a ZP REAÇÃO DO ACROSSOMA • Ao ser incorporado, o espermatozóide ativa o ovócito que completa a meiose e libera substâncias (reação cortical) que vão modificar a ZP impedindo a entrada de outros espermatozóide, evitando a polispermia • Aproximação e fusão dos pró-núcleos com formação de um núcleo diplóide que dará origem ao novo indivíduo 20 FERTILIZAÇÃO FERTILIZAÇÃO 24 horas 4 horas 12 horas 8 horas REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BÁSICAS CUNNINGHAM, J. G. Tratado de Fisiologia Veterinária. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004, 579p. GONÇALVES, P.B.D.; FIGUEIREDO, J.R.; FREITAS, V.J.F. Bioténicas Aplicadas a Reprodução Animal. 2.ed. São Paulo: Roca, 2008, 395p. GUYTON, A. C. Tratado de fisiologia médica. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002, 758p. HAFEZ, E.S.E.; HAFEZ, B. Reprodução Animal. 7.ed. São Paulo: Manole, 2004, 513p. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BÁSICAS KNOBIL, E.; NEILL, J. The physiology of reproduction. New York: Raven Press, 3.ed. Volume 2, 2006, 3.230p. OLIVEIRA, M.E.F.; TEIXEIRA, P.P.M.; VICENTE, W.R.R. Biotécnicas Reprodutivas em Ovinos e Caprinos. São Paulo: MedVet, 2013, 305p. REECE, W. O. Dukes - Fisiologia dos Animais Domésticos. 12.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006, 926p. SENGER, P.L. Pathways to Pregnancy and Parturition. 2.ed. Washington: Current Conceptions, 2003, 373p. 21 OBRIGADO !!! e-mail: rodrigodtortorella@gmail.com
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