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mota mr musculação e ginastica laboral

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1
Artigo de Revisão 
Pós-Graduação em Musculação e Treinamento de Força - Universidade Gama Filho - UGF 
 
 
Musculação e Ginástica Laboral na Melhoria da Saúde e Qualidade de Vida 
Márcio R. Mota 
José Antônio Lamonier 
Ronaldo Guerra 
José Américo 
Paulo Henrique 
 
 
Brasília – DF 
 
 
Introdução 
 
Este trabalho de caráter informativo pretende mostrar os benefícios dos exercícios com 
pesos, mais conhecido como musculação e ginástica laboral na prevenção da Doença 
Osteomuscular Relacionada ao Trabalho (DORT), do qual não se restringe somente aos conceitos 
outrora utilizados os quais se limitavam atividades de alongamento e correção da postura, hoje se 
questiona, sobretudo, a aplicação de métodos de treinamento com pesos juntamente com a 
ginástica laboral, proporcionado resultados mais abrangentes. 
A musculação é um método efetivo para o desenvolvimento músculo-esquelético, sua 
prescrição é voltada para o desenvolvimento da aptidão física, favorecimento da saúde e 
prevenção e reabilitação de lesões ortopédica. A importância do treinamento de força deve-se ao 
fato de que este é um componente integral na compreensão de um programa de saúde, promovido 
pela maioria das organizações de saúde, como: American College of Sports Medicine, American 
Heart Association, Centers for Disease Control and Prevention e US Surgeon General’s Office. 
Um guia para a população esportiva foi publicado em uma revista recentemente, e abordou 
os seguintes pontos: na média adulta o programa de treinamento de força volta-se para iniciantes, 
pesquisas recentes indicam, que no programa de treinamento simples recomendam-se treinos de 
pelo menos duas vezes por semana. Acima deste, o programa de treinamento múltiplo, o qual 
consome menos tempo e é mais eficiente, pois promove maiores benefícios para a saúde e a 
aptidão física. O objetivo deste programa é desenvolver e manter uma quantidade significativa de 
massa muscular, endurance e níveis de força contribuindo para toda a aptidão física e saúde, e 
não para otimizar força, potência e hipertrofia. Incorporado pela prescrição do exercício o 
treinamento causará aumento e efetividade na prevenção da saúde, (Feigenbaum, 1997). 
Para condições fisiológicas e de saúde ideais, é essencial ter uma função músculo-
esquelético sadia. Embora seja verdade, poucas pessoas morrem em decorrência da falta de força 
muscular e da falta de flexibilidade. Um número significativo de indivíduos – que se não fossem por 
 2
isto seriam considerados sadios -, sofrem de problemas lombares crônicos e de redução 
concomitante em seus níveis metabólicos basal e de repouso. Freqüentemente, a ingestão 
alimentar não se reduz na mesma proporção em que o gasto metabólico diminui, resultando daí 
um aumento dos depósitos de gordura. Finalmente, na ausência de um estímulo apropriado, os 
ossos perdem força, em conseqüência da perda da matriz óssea e dos sais minerais. A 
osteoporose e as fraturas de quadril e vértebras freqüentemente resultam deste processo 
degenerativo, (Pollock, 1993). 
Vários trabalhos recentes têm documentado importantes benefícios do treinamento com 
pesos para a reabilitação e profilaxia de incapacidade física em pessoas idosas (Ades et al, 1996; 
Dupler & Cortes, 1993; Fiatarone et al, 1990; Fiatarone et al, 1990; Frontera et al, 1988; Heislen et 
al, 1994; Judge et al, 1994; McCartney et al, 1993; Menkes, et al, 1993; Meredith et al, 1992; Pyca 
et al, 1994; Thompson, 1994). A análise destes trabalhos levanta uma questão de alta relevância 
para a medicina esportiva: até que ponto as restrições que habitualmente se fazem com relação ao 
trabalho com pesos para objetivos de aptidão e qualidade de vida estão bem fundamentadas? 
Com o objetivo de orientar o raciocínio, faremos inicialmente algumas considerações conceituais, e 
em seguida analisaremos os benefícios do aumento de massa muscular e particularidades 
fisiológicas do treinamento de força (Santarém, 1999). 
Musculação significa estritamente aumento de massa muscular. Como este objetivo é mais 
facilmente obtido por meio dos exercícios resistidos, o termo costuma ser utilizado para designar o 
próprio treinamento com pesos. Neste sentido, a musculação pode ter muitas aplicações: 
preparação de atletas e esportistas em geral (que invariavelmente necessitam de massa 
muscular), modelagem do corpo tanto do homem quanto da mulher, reabilitação, e 
desenvolvimento de aptidão física. A competição em musculação caracteriza o culturismo 
(fisiculturismo em espanhol e body-building em inglês), uma modalidade desportiva solidamente 
estruturada internacionalmente (Santarém, 1999). 
Aumento da massa muscular é a adaptação morfológica mais evidente induzida pelos 
exercícios com pesos. Força é a adaptação funcional que sempre acompanha os níveis de massa 
muscular. Para entendermos melhor a importância da força muscular na vida diária das pessoas, o 
idoso é o modelo ideal. Freqüentemente o idoso é um sedentário de longa data, que perdeu 
aptidão física geral, acentuadamente massa muscular e força. Sabe-se que flexibilidade e força 
diminuídas são as maiores limitações para as atividades da vida diária (Fiatarone et al, 1994; 
Fiatarone et al, 1990; Guralnick et al, 1995). Agachar e levantar, subir e descer escadas, levantar 
objetos muitas vezes pesados, banhar-se e vestir-se são exemplos de atividades do cotidiano 
muito prejudicadas do ponto de vista biomecânico pela diminuição da força e da flexibilidade. Evitar 
quedas nas situações de desequilíbrios do corpo é outra função importante da força e da 
flexibilidade, aspecto fundamental para a integridade física dos idosos (Fiatarone et al, 1994; 
Fiatarone et al, 1990; Guralnick et al, 1995). Estudos longitudinais demonstraram que idosos aptos 
para a vida diária mas com baixos níveis de força muscular, evoluem rapidamente para a inaptidão, 
 3
com alto índice de quedas e suas conseqüências muitas vezes fatais (Guralnick et al, 1995). O 
treinamento com pesos é a maneira mais eficiente para aumentar a força muscular e a densidade 
óssea. A flexibilidade aumenta dentro dos limites de amplitude que eventuais processos 
degenerativos possam permitir (Dupler & Cortes, 1993; Frontera et al, 1988; Gettman, et al, 1978; 
Heislen et al, 1994; Karlson et al, 1993; Menks et al, 1993; Meredith et al, 1992; Pyca et al, 1994; 
Rians et al, 1987; Sitta et al, 1994; Smith & Rutherford, 1993; Stone, 1988; Thompson, 1994; 
Webb, 1990; Wilmore et al, 1978). A sobrecarga tensional dos exercícios com pesos estimula a 
síntese de proteína contrátil no músculo, o aporte de matriz calcificada no osso e a proliferação do 
tecido conjuntivo do endomísio, aumentando assim as propriedades visco-elásticas do músculo 
(Sitta et al, 1994; Stone, 1988; Vandemburg, 1987) (Santarém, 1999). 
Um aspecto apenas recentemente documentado é a importância da força para a 
manutenção da homeostase hemodinâmica na vida diária. Verificou-se que idosos com pouca 
força muscular apresentavam aumentos acentuados e perigosos de freqüência cardíaca e pressão 
arterial na realização de atividades como subir escadas e levantar janelas. Esta situação foi 
revertida apenas com o aumento da força muscular induzido pelo treinamento com pesos 
(McCartney et al, 1993). A explicação é que a homeostase é afetada na razão direta da 
intensidade dos esforços, e o grau de intensidade é dado basicamente pelo percentual de 
capacidade contrátil disponível que está sendo utilizado (Chwalbinska-Moneta et al, 1989; 
Marcinick et al, 1991). Intensidade do esforço é portanto um conceito relativo, e para pessoas com 
pouca força muscular, atividades comuns na vida diária podem ser grandes esforços. Situações do 
cotidiano observadaspor todos ilustram este mecanismo fisiológico: pessoas fortes carregam 
objetos pesados conversando normalmente, enquanto que pessoas mais fracas fazem a mesma 
tarefa com grande dificuldade e evidente dispnéia. O treinamento com pesos desenvolve não 
apenas a força muscular e a flexibilidade, mas a capacidade de prolongar esforços, tanto de alta 
quanto de baixa intensidade, apesar de não aumentar a capacidade aeróbia das pessoas (Ades et 
al, 1996; Dudley, 1988; Dupler & Cortes, 1993; Frontera et al, 1994; Hickson et al, 1988; Marcinik 
et al, 1991; Thompson, L.V., 1994; Wilmore et al, 1978). O tipo de aptidão física desenvolvido pela 
musculação é particularmente útil para o trabalho braçal, doméstico ou não, que envolve esforços 
basicamente anaeróbios. Prolongar esforços de média intensidade, como correr, pedalar ou nadar 
longas distâncias (o que exigiria grande capacidade aeróbia) não faz normalmente parte da vida 
diária das pessoas. Caminhar é um esforço suave, exceto para pessoas muito debilitadas, não 
exigindo portanto grande capacidade aeróbia para ser prolongado (Santarém, 1999). 
Na área do treinamento desportivo também estão surgindo novos conhecimentos relativos 
à importância da força muscular, mesmo para atletas de resistência como corredores e ciclistas de 
longa distância. O aumento da capacidade contrátil de atletas de resistência se acompanha do 
aumento do limiar de lactato, parâmetro indicativo da diminuição da intensidade relativa dos 
esforços (Marcinik et al, 1991). Estão documentados aumentos entre 10 e 20 % no desempenho 
de ciclistas e corredores em provas de longa duração, apenas com a introdução do treinamento de 
 4
força, e sem aumentos do VO2 máximo (Hickson et al, 1988). Uma hipótese para explicar esse fato 
é que a capacidade contrátil aumentada nas fibras vermelhas permitiria que maior quantidade de 
trabalho fosse realizado aerobiamente, antes que as fibras brancas fossem recrutadas (Santarém, 
1999). 
No que diz respeito à segurança dos exercícios com pesos, vários aspectos anteriormente 
controvertidos estão sendo esclarecidos por recentes trabalhos. Os exercícios utilizados no 
treinamento para musculação são isotônicos. Quando os exercícios são realizados até a exaustão, 
surgem fases isométricas. Os esforços isométricos não possuem efeitos nocivos para pessoas 
saudáveis, mas induzem sobrecargas que devem ser evitadas em situações de doenças ou 
despreparo físico. Evitar cargas que levem à esforço isométrico é o cuidado básico no treinamento 
com pesos em situações especiais de saúde. Da mesma maneira, correr, nadar ou pedalar em 
velocidades altas podem levar à sobrecargas indesejáveis em alguns casos. No treinamento com 
pesos, o controle que se pode ter sobre fatores como a carga, a amplitude, a velocidade, a 
duração e a freqüência dos exercícios é total, permitindo que os esforços sejam adaptado às 
condições físicas de cada praticante. Esta plasticidade das características do treinamento com 
pesos são particularmente úteis para os exercícios de pessoas debilitadas. Exemplificando, as 
cargas podem ser graduadas para valores tão baixos que, comparativamente, o suporte do peso 
do corpo para caminhar induz maior sobrecarga ao organismo. No caso de pessoas acometidas 
por processos degenerativos articulares, exercícios de pequena amplitude com cargas razoáveis 
são terapêuticos, ao contrário dos exercícios sem carga e com grande amplitude, que podem 
traumatizar os tecidos. Estudos transversais com levantadores de peso olímpicos demonstraram 
incidência de artrose de coluna igual à da população geral, mas com uma diferença fundamental: 
os atletas tinham muito menos sintomas (Fitzgerald & McLatchie, 1990). Estes resultados 
confirmam o relevante componente genético da artrose, e a importância de músculos fortes para a 
profilaxia eficiente dos sintomas dolorosos. Com relação aos traumas, deve ser esclarecido que o 
índice de lesões no treinamento bem orientado é muito baixo, provavelmente devido à ausência de 
movimentos bruscos e choques, e mínimo risco de quedas. Lesões ocorrem com maior freqüência 
no treinamento sem orientação ou em movimentos com cargas máximas (Mazur & Risser, 1993; 
Mundt et al, 1993; Rians et al, 1987; Risser, 1990; Sewall & Micheli, 1986; Webb, 1990). Ainda 
abordando o sistema músculo-esquelético, é de fundamental importância realçar o fato de que 
todos os trabalhos que pudemos levantar e que estudaram o treinamento com pesos em 
adolescentes e crianças pré-púberes, não documentaram qualquer efeito nocivo ao crescimento 
ósseo ou à integridade articular (Rians et al, 1987; Risser, 1990; Servedio et al, 1985; Sewall & 
Micheli, 1986; Webb, 1990) (Santarém, 1999). 
O sistema cardiovascular reage às sobrecargas de treinamento impostas pelos exercícios 
resistidos de maneira fisiológica (Crawford & Maron, 1992; Fleck, 1988). O coração de pessoas 
treinadas com pesos por muitos anos é absolutamente normal e saudável (Crawford & Maron, 
1992; Effron, 1989; Fleck, 1988; MacFarlane et al, 1991; Menapace et al, 1982), além de ser 
 5
melhor adaptado para situações de esforços isométricos de alta intensidade, comparativamente 
com o coração de pessoas treinadas apenas aerobiamente (Ben-Ari et al, 1993). Tais esforços são 
relativamente freqüentes na vida diária de todas as pessoas, ao contrário dos esforços 
prolongados de média intensidade. A hipertrofia do miocárdio não se acompanha de redução das 
câmaras cardíacas, tal como ocorre na doença hipertensiva crônica (Crawford & Maron, 1992; 
Fleck, 1988). Em nosso levantamento bibliográfico não encontramos qualquer referência à 
aumento da pressão arterial em repouso. Ao contrário, existem citações de redução deste 
parâmetro com o treinamento (Hagberg et al, 1984; Webb, 1990). Os aumentos da pressão arterial 
em treinamento ficam dentro dos limites de segurança, mesmo com sobrecarga tensional em torno 
de 80 % da máxima, desde que se evitem as contrações isométricas e a apnéia (Effron, 1989; 
Ghilarducci et al, 1989; Kelemen, 1989; Sale et al, 1994; Webb, 1990). Mesmo em treinamento 
intenso, a freqüência cardíaca não costuma ultrapassar 70 % da freqüência cardíaca máxima, o 
que leva a um duplo produto de baixo risco cardíaco (Effron, 1989; Ghilarducci et al, 1989; 
Kelemen, 1989). A relação oferta / demanda de oxigênio para o miocárdio é mais favorável nos 
exercícios com pesos do que nos exercícios aeróbios de média intensidade. Pessoas que 
apresentaram arritmias e sinais de isquemia no teste ergométrico em esteira suportaram 
treinamento com pesos com 80 % de carga máxima, sem qualquer sinal de sofrimento do 
miocárdio (Ghilarducci et al, 1989). A fórmula sangüínea se altera favoravelmente com relação aos 
fatores de risco para doença ateromatosa, tal como ocorre com o treinamento aeróbio (Cardoso et 
al, 1994; Hurley, 1989; Hurley et al, 1984; Yki-Jarvinen et al, 1984; Giada et al, 1996) (Santarém, 
1999). 
A redução de gordura corporal é estimulada tanto pelos exercícios aeróbios quanto pelos 
anaeróbios como o ginástica com pesos (Broeder et al, 1992; Brown & Wilmore, 1974; Fahey & 
Brown, 1973; Gettman et al, 1978; Gettman & Pollock, 1981; Mayhew & Gross, 1974; Misner, et al, 
1974; Wilmore, 1974; Wilmore et al, 1978). Os livros clássicos de fisiologia do exercício 
apresentam as características da mobilização de gordura induzida pela atividade física. Quaisquer 
que sejam os substratos energéticos utilizados durante a atividade, a sua reposição será priorizada 
na realimentação subsequente os exercícios. Havendo excesso ou falta de ingestão calórica, 
haverá, respectivamente, aumento ou redução na quantidade de reserva energética (tecido 
adiposo). O metabolismo basal volta aos níveis de repouso minutosapós os exercícios aeróbios 
mas permanece ativado durante várias horas após os exercícios anaeróbios (Gaesser & Brooks, 
1984). Pode-se dizer que os ácidos graxos são mobilizados durante os esforços aeróbios e após 
os esforços anaeróbios. Qualquer tipo de exercício é útil para a redução da gordura corporal por 
gastar calorias e por dificultar a redução do metabolismo basal durante dietas hipocalóricas. 
Considerando-se que cerca de 2/3 do gasto calórico diário corresponde à taxa metabólica basal, 
admite-se que a elevação do metabolismo produzido pelo aumento da massa magra seja uma 
vantagem importante dos exercícios resistidos no sentido de facilitar a mobilização de gordura em 
 6
repouso (Bossealer et al, 1994; Broeder et al, 1992; Melby et al, 1993; Evans, 1996) (Santarém, 
1999). 
Distúrbios posturais e doenças pulmonares crônicas são algumas situações onde os 
aumentos de força e elasticidade muscular que acompanham a hipertrofia podem justificar a 
utilização de exercícios com pesos. Nos casos de diabetes, atividade física em geral é útil não 
apenas em função da captação de glicose insulino-independente durante os exercícios, mas 
também devido ao aumento da sensibilidade insulínica nos músculos. Os exercícios com pesos 
parecem ser particularmente úteis devido ao aumento da massa muscular, o que leva à uma maior 
quantidade de tecido captador de glicose, mesmo em repouso (Pollock & Wilmore, 1993; Yki-
Jarvinen et al, 1984) (Santarém, 1999). 
Um aspecto que pode confundir as pessoas é a existência de trabalhos documentando 
problemas de saúde em atletas de força. No entanto, o fator etiológico destes problemas 
invariavelmente são as drogas, principalmente os esteróides anabolizantes, e não o treinamento 
com pesos. Problemas como a interrupção do crescimento dos adolescentes, hipertensão arterial, 
hipertrofia concêntrica do miocárdio, dislipidemias, alterações hormonais, distúrbios 
comportamentais, e outros, são todos reconhecidamente produzidos pelo abuso de drogas por 
atletas de diversas modalidades esportivas. 
Diante dos atuais conhecimentos, defendemos o ponto de vista de que o treinamento com 
pesos deve ser considerado a forma ideal e padrão de preparação física para todas as pessoas. 
Pelas suas qualidades, atende com segurança e eficiência às necessidades de condicionamento 
físico mesmo das pessoas mais debilitadas. Na medida em que a condição física geral for 
melhorando, serão atingidos níveis de aptidão compatíveis com diferentes atividades, dentre elas 
as diversas modalidades esportivas, com suas abordagens específicas de treinamento. 
Os chamados exercícios resistidos, ou exercícios contra-resistência, geralmente são 
realizados com pesos, embora existam outras formas de oferecer resistência à contração 
muscular. Musculação é o termo mais utilizado para designar o treinamento com pesos, fazendo 
referência ao seu efeito mais evidente, que é o aumento da massa muscular. Assim sendo, 
musculação não é uma modalidade esportiva, mas uma forma de treinamento físico. Os exercícios 
com pesos constituem a base do treinamento do culturismo (musculação de competição) e dos 
levantamentos de peso (básico e olímpico), além de participarem da preparação de atletas de 
diversas outras modalidades. Pelas suas qualidades, a musculação passou a ocupar lugar de 
destaque nas academias, onde o objetivo é a preparação física das pessoas, independentemente 
de objetivos atléticos. Além de induzir o aumento da massa muscular, os exercícios com pesos 
estimulam a redução da gordura corporal e o aumento de massa óssea, levando à mudanças 
extremamente favoráveis na composição corporal. Homens e mulheres de todas as idades podem 
mudar favoravelmente a forma do corpo com a ajuda do treinamento com pesos. Do ponto de vista 
funcional, os exercícios com pesos desenvolvem importantes qualidades de aptidão, constituindo 
uma das mais completas formas de preparação física. Uma das características mais marcantes 
 7
dos exercícios com pesos é a facilidade com que podem ser adaptados à condição física 
individual, possibilitando até mesmo o treinamento de pessoas extremamente debilitadas. Pela 
ausência de movimentos rápidos e desacelerações, os exercícios com pesos apresentam também 
baixo risco de lesões traumáticas. Por todas as suas qualidades, e pela documentação da sua 
segurança geral, o treinamento com pesos ocupa hoje lugar de destaque em reabilitação geriátrica 
e em terapêutica por exercícios (Santarém, 1999). 
O volume dos músculos das pessoas é determinado pelas suas condições genéticas e 
pelas características da atividade física à qual foi submetido. Algumas pessoas apresentam boa 
massa muscular, mesmo com estilo de vida sedentário, o que se explica por um código genético 
favorável. No entanto, com o avançar da idade, mesmo essas pessoas irão perdendo massa 
muscular por falta de exercícios. Qualquer exercício estimula algum aumento de massa muscular, 
embora os exercícios resistidos sejam os mais eficientes nesse sentido. Os exercícios com pesos 
também produzem resultados variáveis em pessoas diferentes. As pessoas que reagem melhor, 
aumentando rapidamente a massa muscular, parecem possuir maior número de fibras nos 
músculos esqueléticos ao nascimento. Diferenças metabólicas também podem ter influência no 
potencial para massa muscular, mas este aspecto ainda não está bem esclarecido. O efeito do 
treinamento é estimular a hipertrofia ou seja, o aumento de volume das fibras musculares. Tanto as 
fibras musculares brancas (do tipo II ou glicolíticas ou rápidas) quanto as vermelhas (do tipo I ou 
oxidativas ou lentas) apresentam hipertrofia. As fibras brancas são maiores do que as vermelhas, 
tanto nos sedentários quanto nos atletas. Algumas evidências sugerem que o treinamento com 
pesos grandes e baixas repetições (menos de 5) estimulam mais as fibras brancas, e que o 
treinamento com repetições mais altas (acima de 5) estimulam a hipertrofia de ambos os tipos de 
fibras. O treinamento com pesos apresenta dois tipos de sobrecargas, úteis para a hipertrofia: 
sobrecarga tensional e sobrecarga metabólica, esta do tipo energética anaeróbia. A sobrecarga 
tensional é o grau de tensão que ocorre no músculo durante a contração, e é proporcional à 
resistência oposta ao movimento. Quanto maior o peso, maior a sobrecarga tensional. A 
sobrecarga metabólica é a solicitação acentuada dos processos de produção de energia, e nos 
exercícios com pesos é dada pelas repetições mais altas e pelos intervalos curtos entre as séries. 
Estas sobrecargas ocorrem sempre juntas, embora seja possivel enfatizar uma ou outra. Pesos 
grandes e consequentemente baixas repetições, enfatizam a sobrecarga tensional, enquanto que 
pesos não tão grandes, que permitem mais repetições, enfatizam a sobrecarga metabólica. A 
sobrecarga tensional estimula o aumento das miofibrilas, e este é o principal mecanismo da 
hipertrofia muscular. A sobrecarga metabólica estimula o aumento da rêde proteica estrutural, das 
mitocôndrias, e também o acúmulo de glicogênio e água dentro da célula. O glicogênio pode 
triplicar a sua quantidade, e cada grama dessa substância carrega consigo quase três gramas de 
água. O resultado do acúmulo de glicogênio e água é o aumento da consistência do músculo, que 
se torna mais firme à palpação. Outro efeito da sobrecarga metabólica é a maior vascularização 
dos músculos. Todos esses efeitos ocorrem tanto nas fibras brancas quanto nas vermelhas. A 
 8
associação de sobrecargas que parece ser mais eficiente para o aumento de massa muscular 
utiliza repetições em torno de 10, e intervalos entre séries de 1 à 2 minutos. Repetições mais altas 
e/ou intervalos mais curtos costumam ser utilizadas para intumescer evascularizar os músculos, 
geralmente associadas à dietas para definição, para efeito de campeonatos ou apresentações. O 
grau de sobrecarga tensional ou seja, a quantidade de peso a ser utilizada, costuma ser 
determinada experimentalmente em cada sessão: utilizam-se pesos leves nas primeiras séries 
para aquecimento, e nas últimas séries do exercício escolhe-se um peso que permita a realização 
das repetições planejadas com dificuldade. O método de determinação de carga máxima para uma 
repetição (1 RM) costuma ser utilizado como parâmetro de avaliação do desempenho em trabalhos 
científicos. Em nível de treinamento, técnicos experientes em musculação não utilizam o teste de 1 
RM. Mesmo com os estímulos adequados, a hipertrofia muscular poderá não ocorrer caso não haja 
completa recuperação do organismo entre as sessões de treinamento. As programações mais 
eficientes em induzir o aumento de massa muscular caracterizam-se por serem curtas, e por 
incluírem pelo menos dois dias de descanso total do organismo em cada semana. O uso de 
anabolizantes permite que o treinamento seja mais exaustivo, mas não garante que os resultados 
sejam muito diferentes do treinamento sem drogas bem orientado. Geralmente os anabolizantes só 
fazem grande diferença quando a pessoa treina excessivamente. Embora não se possa negar que 
os anabolizantes favoreçam a musculação, essas substâncias não mudam o potencial genético, e 
portanto não são "formadoras de campeões" como popularmente se imagina. Além disto, colocam 
os usuários em grupos de risco estatístico para várias doenças graves (Santarém, 1999). 
Entende-se por "boa qualidade de vida" a condição das pessoas não se sentirem limitadas 
para tarefas que desejam realizar por falta de condição física. Evidentemente uma pessoa que 
tenha bem desenvolvidas todas as qualidades de aptidão estará preparada para qualquer tipo de 
esforço. O sedentarismo é a cauda mais freqüente de má condição física, dominando todas as 
qualidades de aptidão. Considerando-se os esforços mais comuns na vida diária e no trabalho 
braçal, a diminuição de força e flexibilidade são as mais prejudiciais para a qualidade de vida. A 
condição aeróbia acima da média, que seria importante para prolongar esforços de baixa 
intensidade, não é condição necessária para a realização das tarefas da vida diária, e da grande 
maioria das formas de trabalho braçal. Quando uma pessoa debilitada apresenta dispnéia e 
taquicardia frente à pequenos esforços, estamos diante de um efeito da falta de força muscular. 
Explicando melhor: a quebra da homeostase nos exercícios é proporcional à intensidade do 
esforço, ou seja, quanto maior a intensidade do esforço, maior a repercussão hemodinâmica. A 
intensidade do esforço é um conceito relativo, e que depende do percentual de capacidade 
contrátil que está sendo utilizado. Assim sendo, uma tarefa qualquer será de baixa intensidade 
para uma pessoa forte e de alta intensidade para uma pessoa enfraquecida. Pessoas fortes 
utilizam menor percentual de capacidade contrátil do que pessoas debilitadas, para as mesmas 
tarefas. Ao aumentar a força muscular portanto, consegue-se diminuir a intensidade dos esforços 
em geral. No caso de uma pessoa com boa força muscular, na vida diária e no trabalho braçal, a 
 9
homeostase somente será afetada na medida em que houver necessidade de prolongar os 
esforços, o que exige resistência. Nestas situações, o tipo de resistência necessária e a anaeróbia. 
Estes recentes conhecimentos de fisiologia do exercício explicam porque os exercícios com pesos 
são tão eficientes em reabilitação geriátrica. O aumento da força e da flexibilidade devolve 
rapidamente qualidade de vida aos idosos e, mais do que isto, auxilia na prevenção de quedas, 
com conseqüente diminuição da mortalidade. Além disto, a adaptabilidade dos exercícios com 
pesos à pessoas com qualquer condição física, e o baixo índice de lesões, contribuem para a 
escolha preferencial desses exercícios para pessoas idosas e debilitadas (Przysiezny, 2000). 
As doenças ocupacionais não são recentes. No Brasil, o fenômeno chega na década de 
1980, quando começam a ser descritos os primeiros casos de LER em digitadores. As estatísticas 
demonstram um crescimento no número de casos de DORT, tendo como vítimas, além dos 
digitadores, bancários, telefonistas, operadores de caixa registradoras, operários das linhas de 
montagem nas fábricas, auxiliares de enfermagem e muitos outros, com maior ou menor 
acometimento. O que antes parecia ser uma doença isolada, causada por susceptibilidade do 
trabalhador que é exposto aos riscos, começou a se identificar como epidemia, pois facilita a 
condição de estabelecer o nexo causal do fato. A linguagem empregada quando se aborda o tema 
LER/DORT, ainda é bastante confusa e de terminologia variada na literatura sobre o assunto. É 
fundamental que se perceba que a LER/DORT não é uma doença ou uma entidade nosológica, 
pois, representam um conjunto heterogêneo de afecções do sistema músculo esquelético que 
estão relacionadas ao ambiente de trabalho. Porém, o novo termo Distúrbios Osteomusculares 
Relacionados com o Trabalho ainda não é satisfatório, pois, as afecções ósseas e ocupacionais 
são quase todas exclusivas dos acidentes de trabalho e o termo também exclui os distúrbios 
ligamentares e as neuropatias compressivas periféricas Mais apropriado poderia ser Distúrbios 
Ocupacionais Relacionados ao Trabalho. A incidência maior é no sexo feminino justificada por 
questões hormonais, pela dupla jornada de trabalho, pela falta de preparo muscular para 
determinadas tarefas e também por ter aumentado o número de mulheres no mercado de trabalho. 
Algumas situações propiciam esta alta incidência das DORTs, destacando-se a mecanização do 
trabalho, a organização do trabalho, a fragmentação das tarefas, a maior especialização e a maior 
repetição. Também fatores psicossociais como trabalho monótono, trabalho pesado e inconsciente, 
pressão pelo tempo, baixo suporte social e fatores psicológicos individuais, contribuem para gerar 
as DORTs. Portanto, considera-se como DORT, qualquer distúrbio que seguramente esteja 
relacionado ao trabalho, independente do segmente afetado, sendo que a etiologia deste conjunto 
de afecções é complexa e abrange vários fatores multifatoriais (Przysiezny, 2000). 
As lombalgias representam a principal enfermidade da sociedade moderna. Em 1974, as 
companhias de seguros registraram mais pedidos por problemas lombares do que por outra 
causa. Kraus e Raab demonstraram que mais de 80% das lombalgias são secundárias à 
deficiência muscular. Além disso, não há pesquisa longitudinal de 2 a 8 anos, envolvendo 233 
pacientes com queixas de dor lombossacra. Participantes de um programa de fortalecimento 
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muscular e flexibilidade, 82% assinalaram uma boa resposta, 15,5% uma razoável, enquanto 
apenas 2,5% relataram respostas negativas ao programa de exercícios. Atualmente, é fato 
claramente reconhecido que na vigência de comprometimentos da força muscular e da 
flexibilidade, podem se desenvolver distúrbios músculos-esqueléticos graves que resultam em dor 
e desconforto consideráveis, além de perdas na renda familiar, a incapacidade crescente e a 
aposentadoria prematura, (Pollock, 1993). 
Pollock, afirma que a prescrição de exercícios deve incluir um programa de treinamento 
equilibrado, o qual englobe atividades que permitam o desenvolvimento e a manutenção da força e 
do endurance muscular, assim como a flexibilidade e um treinamento aeróbico. Acredita-se que 
este tipo de esquema de treinamento satisfaça melhor os interesses e as necessidades da 
população adulta. Como uma forma de treinamento adicional ou alternativo ao esquema 
previamente descrito, propõe-seuma série de exercícios calistênicos, de alongamento e com 
pesos, para a maioria dos principais grupos musculares. 
Os exercícios de alongamento devem ser incluídos como parte de uma rotina regular e 
podem ser incorporados aos períodos de aquecimento e volta à calma. Podem relacionar-se 
algumas vantagens associadas à realização de exercícios de alongamento ao final da sessão (fase 
de recuperação), enquanto o corpo ainda se encontra aquecido e mais maleável. 
No mundo capitalista, muito dos benefícios relacionados a uma vida sadia do trabalhador 
estão ligados, a pequenas coisas como planos de saúde, convênios dentários, programas de 
atividades físicas voltadas à empresa e salários entre outros, melhorando sobremaneira a 
qualidade de vida dos empregados, comprovando a eficiência e a eficácia na produtividade e bem 
estar dos mesmos, se enquadrando dentro da filosofia que “trabalhador que trabalha contente, 
rende mais”. 
Após a revolução industrial, e com o advento da tecnologia, a natureza do trabalho mudou 
e favoreceu ao indivíduo desfrutar de conforto e facilidades para executar suas tarefas, levando-o a 
uma vida sedentária e ocasionando posturas inadequadas e movimentos repetitivos. Considerando 
que o homem passa parte de sua vida ativa envolvido com o trabalho, torna-se imprescindível que 
se desenvolvam iniciativas para anular os aspectos negativos do desempenho inadequado das 
atividades laborais. 
A Ginástica Laboral é a prática de atividades físicas realizada pelos trabalhadores de forma 
voluntária e coletiva, dentro do próprio local de trabalho durante sua jornada diária, é executada 
por meio de exercícios que podem apresentar características preparatórias, compensatórias e 
relaxantes, proporcionando ao indivíduo uma maior harmonia, na execução de suas funções em 
seu ambiente de trabalho, através de umas atuações participativas, conscientes e integradas, com 
conseqüente melhora de sua qualidade de vida, (Polito & Bergamschi, 2002). 
Em sua jornada o indivíduo apresenta um dispêndio energético físico, emocional e mental, 
em maior ou menor intensidade, acarretando um débito orgânico. Com a aplicação do programa de 
ginástica na empresa, o trabalhador aprende sobre o seu corpo e os cuidados com o mesmo, 
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despertando uma consciência corporal que o leva à prática de atividades físicas extra locais de 
trabalho (academias, clubes, parques, etc), e em conseqüência a diminuição de fatores de risco 
como: tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e obesidade, (Polito & Bergamschi, 2002). 
A diminuição de acidentes de trabalho e doenças profissionais como a fadiga, movimentos 
inadequados e a má postura, são aspectos que estarão intimamente ligados a variadas causas de 
acidentes de trabalho que geralmente ocorrem nas primeiras horas da jornada de trabalho, quando 
a maioria dos trabalhadores não se encontra totalmente desperto, e nas últimas horas, quando há 
diminuição da concentração e do reflexo em conseqüência da fadiga. 
Os casos de afastamento por licença médica que refletem na relação 
produção/produtividade, são em sua maioria acarretados pela Doença Osteomuscular Relacionada 
ao Trabalho (DORT), as lombalgias, torcicolos e os aspectos ergonômicos incorretos. 
A ginástica laboral colabora para a diminuição de todos esses fatores negativos, ao 
despertar o trabalhador, a partir da quebra da rotina, prepara a musculatura para as ações 
habituais do trabalho, ativa a circulação sangüínea, aumentando a oxigenação do cérebro 
favorecendo a retomada da atenção e concentração no trabalho, (Polito & Bergamschi, 2002). 
Com o incentivo à integração proporcionada pela prática da atividade física, o grupo de 
trabalhadores desenvolve um grande espírito de equipe e disciplina, e individualmente proporciona 
a quebra da timidez, elevação da auto-estima, favorecendo ainda na diminuição do absenteísmo e 
a estimulação do sentido de liderança. 
Numa proposta tradicional, a ginástica laboral caracteriza-se por ter particularidades que 
devem ser adaptadas às condições no tocante ao espaço e ambiente de trabalho, tais como: 
· A atividade deve ser realizada diariamente ou no mínimo três vezes por 
semana para uma melhor adaptação do indivíduo; 
· A duração varia de 8 a 15 minutos, com as séries sendo dirigidas pelos 
monitores, divididos por setores da empresa. 
Cabe ressaltar, no entanto, que numa proposta atual, há empresas que dispõem de 
espaços específicos para a prática de atividades físicas (academia), desenvolvendo trabalhos mais 
abrangentes tais como: força, resistência aeróbica e RML, etc. (Polito & Bergamschi, 2002). 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
1. FEIGENBAUM, Matthew S., e POLLOCK Michael L., The Physician and Sportsmedicine, 
 Vol 25 nº 2, fev, 1997. 
 
2. POLLOCK, Michael L e WILMORE, J ack H., Exercícios na Saúde e na Doença, 2a edição, 
 Medsi, 1993. Pg 197, 428. 
 
3. MEC/SEED, Esporte e Lazer na Empresa – Brasília, 1990. 
 
4. POLITO, Eliane e BERGAMSASCHI, Elaine Cristina, Ginástica Laboral teoria e prática – 
Sprint, 2002. 
 
5. SCHIMITZ, João Carlos – Ginástica Laboral Compensatória, Rio de Janeiro, Comunidade 
 Esportiva II (16): 2-3, SET/OUT, 1981. 
 
6. KUNTZLEMAN – Comunicação Pessoal, 1985. 
 
7. PRZYSIEZNY, Wilson Luiz – Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho, 
Florianópolis – SC, Programa de pós-graduação em Engenharia de Produção e Sistemas - 
Ergonomia da Universidade Federal de Santa Catarina, 2000. 
 
8. SANTARÉM, JM. O Exercício: São Paulo. Editora Atheneu, 1999.

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