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Introdução ao Estudo do Direito ProfºAna Lucia Anotações: Gustavo Baleroni Venosa,Silvio de Salvo.Introdução ao Estudo do Direito.Sp.Ed.Atlas Cutter v447i Diniz,Maria helena.Compêndio de Introdução à Ciência do Direito.S.p Ed.Saraiva Cutter D595c Nunes,Luis Antônio Rizzato.Manual de Introdução ao Estudo do Direito Ed.Saraiva Cutter n972m Reale,Miguel Lições Preliminares De Direito Sp.Ed.Saraiva Cutter R288l Nader,Paulo.Introdução ao Estudo do Direito Rj.Ed.Forense Cutter Ni35i Ferraz Jr.,Tercio Sampaio.Introdução ao Estudo do Direito Sp.Ed. Atlas Cutter F369i Montoto.Andre Tranco.Introdução à ciência do Direito Ed. R.t Cutter M798i Direito: O direito é um fenômeno histórico. Toda e qualquer relação jurídica somente pode ser desnudada completamente com o conhecimento da historia. A historia é o laboratório do jurista. O estudo, do passado nós dá respostas para o presente e aponta caminhos. Em que pesem imensos avanços tecnológicos e o mundo que se descortina neste século xxI, o homem na sua essência é o mesmo. O direito reflete a experiência da história. Os arcabouços jurídicos ,da mais simples à mais complexa lei, sempre nascem de uma base histórica. Dai a necessidade de ter ideias de que é impossível ao jurista conhecer todas as questões e particularidades de um ordenamento jurídico, mas é essencial que domine os fundamentos. O que é Direito? O direito como ciência, busca o estudo e a compreensão das normas postas pelo estado ou pela natureza do homem. O direito não se limita a apresentar e classificar regras, mas tem como objeto analisar e estabelecer princípios para os fenômenos sociais, tais como os negócios jurídicos a propriedade, casamento, petição etc. Temos assim uma díade a ser analisada. 1)O direito posto pelo estado, ou seja o ordenamento jurídico ou direito positivo,a configurar portanto, o positivismo. 2)A norma que se sobreleva e obriga independentemente de qualquer lei imposta, o idealismo, cuja maior manifestação é o chamado direito natural, o jusnaturalismo. Entende-se existir um direito muito mais amplo e sobreposto às leis elaboradas pelo homem, um direito que se aplica independentemente da norma, um direito inerante à natureza humana. Aula 2: Direito Objetivo e Direito Subjetivo: 1°Objetivo:constituído em um conjunto de regras destinadas a reger um grupo social, cujo respeito é garantido pelo estado(norma agendi) dai se relaciona com o direito positivo. Subjetivo: Prerrogativas ou faculdades inerentes aos ser humanos, às pessoas, para fazer valer seus “direitos’’, no nível judicial ou extrajudicial. O direito subjetivo é aquele que adere à pessoa, à possibilidade de direito, ou seja, adere a personalidade. O direito subjetivo se traduz por uma “facultas agendi’’, faculdade de agir. A faculdade de agir hasteia-se na base atribuída pelo direito objetivo. A Natureza Valores e culturas: Ao observador existem 3 aspectos muito claros da realidade: 1°A realidade da Natureza: as leis da natureza são a lei de ser ou seja o homem no seu estado natural. 2°Na realidade dos valores: O ser humano atribui determinadas significações, qualidade aos fatos e as coisas conhecidas .Tudo que nos afeta possui um valor ex: Trabalho, segurança, religião etc. as normas éticas valem-se de valores para estabelecer comportamentos ou condutas humanas aceitáveis. 3°A realidade da culta: o mundo ou realidade da cultura formam o universo das relações humanas. À a medida que a natureza se mostra insuficiente para suprir suas necessidades, o homem parte para a ação sobre ela, constroem abrigos, armas, usam roupas etc., Para adequassem ao meio e tornar a sua existência possível .O homem sente necessidade de regras para ordenar sua convivência, assim o direito pertence ao mundo da cultura. As leis da Natureza= Ser É o dever-se para a ciência jurídica As normas jurídicas não são atos no sentido do dever ser. Mas as normas jurídicas ganham o sentido desse ato. Esse ato de vontade não é propriamente jurídico mas um ato do mundo do ser, objeto das ciências que estuda tal ato(sociologia).O jurídico destina-se a interpretar a esfera do dever ser. Para Miguel Reale na norma estar no dever ser e o ser esta para norma. Diferença entre Instituição e Instituto Jurídico: Instituto Jurídico Instituições Primárias: Família: Sucessão- casamento-filiação-divórcio Propriedade: Reforma agraria- Posse Estado: Judiciário Instituições secundárias: Igreja, Sindicato, Universidade, Congresso. Instituição pelos quais se exercem controles sociais e se satisfazem necessidades e desejos em sociedade. Ou seja, conjunto de normas que representam normas específicas que se organizam como um corpo social para certas finalidades pode ter caráter jurídico, religioso, econômico. As instituições pode ser dividas em primarias(família, estado e propriedade) e as instituições secundarias(igreja, sindicatos, congresso) Institutos jurídicos apresenta menor grau de extensão são uma unidade autônoma do direito com suas próprias normas regulamentadoras. Fato Social, Valor e norma: Teoria tridimensional de Miguel Reale. -Não se concebe a idéia de Direito com vínculo no Direito Natural, estes não podem ser visto com o Direito Normativo. No entanto, é fundamental que se compreenda o direito como realidade cultural. Ser=Natural Dever-ser=cultura. Porque a cultura é o mundo construído pelo Homem. Atribui no qual se traduz em Fato social Valor norma Assim, Fruto ao qual foi atribuido Norma Fato social Valor Obs: Em determinado momentos em que a sociedade se encontra, o fato social está em desalinho com a norma. Obs: A teoria de Miguel Reale se difere da teoria de Hans Kelsen. Miguel Reale transcede os limites juspositivistas, ou seja, entende o normativismo avaliando o culturalismo. Leva em conta os fatos, abarca algumas questões para definir a sua teoria, tais como: 1)O mundo do Ser= Realidade social 2)O mundo do dever-ser= Modabidade social almejada A visão tridimensional busca o equilíbrio entre o fato, valor e norma. Valores se desenvolvem nas relações humanas, históricas, na evolução da sociedade. ‘’Se desenvolvem de relações históricas concretas, mas não se esgotam numa identidade de origem e fins como a própria realidade social, pois são inexauríveis’’ Fatos compõem o direito como realidade compreendida, devendo ter seus valores analisados. Assim, ao fato social se atribui um valor ao qual se traduz uma norma. Norma não resultam da mera vontade do legislador a um processo de formação a partir da união de um complexo de valores com um complexo fático O legislador tem que entender os anseios da sociedade. Matéria 2°Bimestre. Fontes do Direito: Origem. Motivação das manifestações do Direito Meios pelos quais o Direito se manifesta em um ordenamento jurídico. Fontes Formais: São os instrumentos ou formas pelos quais o Direito se manifesta perante a sociedade. Ex: lei e costume. São os meios de expressão do Direito, introduzem no ordenamento novas normas jurídicas. Fontes Materiais: São as instituições ou grupos sociais que possuem capacidade de editar normas. Ex: Congresso Nacional, a Assembleia Legislativa, o poder executivo.Assim, fonte é o meio pelos quais o Direito se manifesta, emitida através de uma autoridade. Para Miguel Reale são 4 as fontes do poder: 1°processo legislativo expressão de poder do Estado 2°jurisdição 3°usos e costumes 4°fonte negocial As fontes formais do Direito ou imediatas(diretas):Lei e costume. As fontes materiais do Direito ou mediato: Doutrina, jurisprudência, analogia, princípios gerais do Direito e a equidade. Fontes primárias: Possuem vigor criativo para criar a regra, tem potencialidade suficiente para gerar a regra jurídica. Fontes secundárias: Auxiliam na criação da regra jurídica. Art. 4° da LINDB Art. 8° da CLT Sistema Romano-Germânico Sistema Comoló LINDB 4°- CLT 8° Para que se converta em fonte de Direito dois requisitos são imprescindíveis ao costume:1°Origem objetiva ou material, corpus: ou seja o uso continuado, a exterioridade. 2°Origem subjetiva ou imaterial, o Animus, a consciência coletiva de obrigatoriedade da pratica. Usos: Também traduz por uma pratica social reiterada. Não atinge o status de costume porque apresenta apenas o aspecto material, o corpus faltando o aspecto subjetivo, o Animus, a consciência da obrigatoriedade. Art° 113 C.C Jurisprudência: Conjunto de decisões dos tribunais. A jurisprudência pode ser vista sob um sentido amplo, como a coletânea de decisões proferidas por juízes e tribunais sobre determinada matéria, podendo agasalhar decisões contraditórias. Em bora a jurisprudência seja fonte subsidiaria, seu papel é fundamental na produção do Direito. Doutrina: Base dos conhecimentos jurídicos dos profissionais de Direito. A doutrina atua diretamente sobre as mentes dos operadores jurídicos por meio de construções teóricas que atuam sobre a legislação e a jurisprudência Analogia: O ideal seria o ordenamento jurídico preencher todos os acontecimentos, todos os fatos sociais. Para o uso da analogia, é necessário que exista lacuna na lei, semelhança com a relação não prevista pelo legislador. Princípios gerais do Direito: É uma regra de convivência o interprete investiga o pensamento mais elevado da cultura jurídica universal buscando orientação geral do pensamento jurídico são princípios que servem de fundamento informa o direito positivo de cada povo princípios são norteadores do direito. A invocação desses princípios pelo julgador perante a lacuna da lei ou mesmo na sua interpretação constitui ideal da mais elevada justiça Equidade: É a forma de manifestação de justiça que tem o condão de atenuar, amenizar, dignificar a regra justiça. A equidade é antes de mais nada uma opção filosófica para a qual cada aplicador do direito dará uma valoração própria. Hermenêutica: É a técnica de interpretação em sentido técnico, é a denominação da teoria cientifica da interpretação, aquela que tem por objetivo o estudo e a sistematização dos métodos e processos aplicáveis para determinar o sentido da norma. A hermenêutica representa a teoria a interpretação a pratica do estudo do direito, ela estabelece critérios e técnicas de interpretação. Os métodos de interpretação: Interpretação gramatical: esse método busca identificar o significado das palavras utilizidas pelo legislador tentando entender o que ele quis ordenar por intermédio da lei. O método gramatical o inicio da interpretação. Antes de qualquer estudo e reflexão devemos entender o sentido das palavras ex. licença maternidade e paternidade. O significado gramatical dos termos legais funciona como limite da interpretação Interpretação sistemática ou logica: objetiva integrar e harmonizar as normas jurídicas considerando-as como conjunto. Para melhor o mandamento legislativo, devemos analisar a norma dentro do contexto da regulamentação legal levando em consideração as relações logicas e hierárquicas entre as normas. Interpretação histórica: esse método parte da interpretação das palavras empregadas no texto da norma busca a vontade do legislador histórico ou seja as intenções que ele tinha quando estabeleceu determinado regulamento. A interpretação histórica baseia- se em 1°lugar no estudo das discussões parlamentares na época da elaboração da lei, dos anteprojetos de leis e da exposição dos motivos que em muitos casos acompanha as leis e procura explicar suas finalidades. Moral e Direito. Qual a relação entre direito e moral imprescindível conhecer o que é moral em seguida analisar as suas relações com o direito em latim moral significa ‘’mones’’ comportamento, costumes. Conjunto de convicções de pessoas de um grupo ou de uma sociedade inteira sobre o bem e o mal. Para alguns moral e sinônimo de ética. Os especialista diferenciam pois entendem que a ética indica o dever de obediência as normas socialmente impostas- ética social, ética profissional. E amoral indica o dever de obediência a mandamentos que decorre da consciência de cada individuo(juízo de valor). A moral é uma regra de conduta que tem duas funções básicas: 1°orienta o comportamento do individuo na vida cotidiana. 2°é um critério de avaliação da conduta humana. (Conduta é aprovada ou reprovada conforme sua correspondência com os imperativos morais) Isso indica que a moral funciona como um dever ser em relação a atuação das pessoas. Fontes do Direito: leis e outras fontes: românica/germânica- common low Sistema Romanista: A lei é o centro do Direito. Essa tradição preponderou definitivamente após a revolução francesa, quando a lei passou a ser considerada única expressão do direito. As outras fontes costumes e jurisprudência, subordinam-se as leis, de forma mais ou menos acentuadas. É nesse sistemas, a posição enfatizada da lei reforçada pela presença da codificação. Para o jurista de formação românica todo o raciocínio jurídico terá sempre em mira o código. Romano/germânico- Lei, costumes, analogia, jurisprudência, princípios gerais do direito, equidade, usos. *O juiz analisa a lei, analogia, costumes e PGD Common Low: A lei é vista apenas como uma das várias fontes. Seu papel não sobrepõe as demais modalidades, como o costume e a jurisprudência, fenômeno marcante desse sistema é o fato de a lei e o direito da origem. Jurisprudêncial convivem juntas como dois sistemas dentro de um ordenamento. Biccaria- Do direito e das penas. Em nosso sistem o advogado e juiz seguem a lei escrita e subsidiariamente a jurisprudência, no common low o caminho é inverso : 1°os ‘’cases’’ e apartir da constatação de um 1°conceito vai-se a lei escrita. Direito e Justiça: Justiça: O operador jurídico deve cumprir uma tarefa publica: Direcionar o direito a justiça. ‘’Sem Advogado não se faz justiça’’. Dizer que o direito deve ser justo, perde o conteúdo normativo quando o justo modifica-se constantemente o sistema jurídico não é um sistema perfeito então aquele que quer que a justiça seja feita não se contentara em aplicar estrita e cegamente as regras que decorrem do sistema normativo. A justiça como virtude fica acima do direito pois se projeta dentro da sociedade. Sob esse aspecto, a noção de justiça é muito mais ampla que a de Direito. Conceito: A justiça é, pois um valor da conduta humana, por justo, esperamos que outrem com quem nos relacionamos assim entenda, pois de outra maneira não se alcança o equilíbrio social.
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