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EXERCICIOS COMENTADOS DE DIREITO CIVIL CONTRATOS

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CURSO ON-LINE - DIREITO CIVIL EM EXERCÍCIOS 
PROFESSORA CHRISTIANNE GARCEZ
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9. Teoria geral dos contratos. Espécies de contratos. 
Contratos do Código Civil.
(AGU-2ªCategoria 1998) 
01. A ‘exceptio non rite adimpleti contractus’ é a cláusula 
resolutiva 
A) tácita relativa ao inadimplemento parcial da prestação, que 
constitui objeto do contrato bilateral 
B) tácita que somente se prende a contrato unilateral 
C) tácita aplicada no caso de inadimplemento total da obrigação, 
incumbindo a prova ao contratante que não a cumpriu 
D) tácita aplicada em caso de inadimplemento total do contrato 
unilateral
E) expressa que se prende a contrato bilateral 
COMENTÁRIOS:
A cláusula ‘exceptio non adimpleti contractus’, também conhecida 
como exceção de contrato não cumprido, é uma condição resolutiva 
tácita, presente em todos os contratos bilaterais, e disposta no 
Código Civil, art. 476, da seguinte forma: “nos contratos bilaterais, 
nenhum dos contratantes, antes de cumprida sua obrigação, pode 
exigir o implemento da do outro”. Contratos bilaterais, por seu turno, 
são aqueles em que os contratantes assumem obrigações recíprocas 
(compra e venda, troca, locação, etc.). Assim, aquele que não 
satisfez a sua própria prestação, não pode exigir que o outro 
contraente preste a dele. Essa regra só cede quando ficar previsto 
entre as partes que as prestações são sucessivas, ou seja, que 
alguém terá que cumprir primeiro com a sua prestação. Caso 
contrário, se forem simultâneas, a parte só pode alegar o 
descumprimento das obrigações contratuais pela outra se já houver 
cumprido a sua própria prestação. Ainda nessa mesma esteira, existe 
a cláusula ‘exceptio non rite adimpleti contractus’, que se prende ao 
cumprimento parcial ou defeituoso da prestação, caso em que 
cabível a exceção pela outra parte, de que o contrato foi parcialmente 
cumprido.
Como apenas se refere aos contratos bilaterais, que envolvem 
obrigações recíprocas, incorreta está a alternativa “B” e “D”. 
Essa cláusula está implícita, não precisando figurar expressamente 
para ter aplicação. Portanto, incorreta a alternativa “E”.
A exceptio non adimpleti contractus refere-se ao descumprimento 
total da prestação, portanto incorreta a alternativa “C”, enquanto que 
a exceptio non rite adimpleti contractus prende-se ao decumprimento 
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parcial ou defeituoso da prestação, tornando correta a alternativa 
“A”.
(AGU-2ªCategoria 1998)
02. O contrato de custódia de ações ou valores mobiliários, 
identificáveis por número, não havendo estipulação de que o 
depositário os pode consumir, é um depósito 
A) irregular 
B) legal 
C) judicial 
D) miserável 
E) regular 
COMENTÁRIOS:
Pelo contrário de depósito, o depositário recebe um objeto móvel, 
para guardar, até que o depositante o reclame (art. 627). Consiste na 
guarda de coisa alheia, e não dá ao depositário o direito de usá-la. 
Pode ser voluntário ou necessário (obrigatório). Este último 
subdivide-se em legal e miserável. O depósito voluntário é aquele 
que resulta de acordo de vontades entre as partes contratantes. 
Necessário é o que independe de acordo de vontades. É legal quando 
se manifesta em desempenho de uma obrigação legal, e miserável o 
que se efetua em virtude de uma situação de calamidade pública. 
Pode ser, ainda, regular ou ordinário, que recai sobre coisa infungível 
(aquela que não pode ser substituída por outra de igual gênero, 
qualidade e quantidade), e irregular, quando envolve bens fungíveis 
(que podem ser substituídos por outro de igual gênero, qualidade e 
quantidade). 
Como não foi previsto na hipótese formulada na questão de que o 
bem poderia ser substituído por outro, o depósito previsto é regular. 
Correta, pois, a alternativa “E”.
(AGU-2ªCategoria 1998)
03. Quando os próprios segurados atuam, concomitantemente, 
como seguradores e segurados, de tal forma que a 
responsabilidade pelo risco será compartilhada por todos os 
segurados, respondendo cada um pelo dano sofrido por 
qualquer deles, ter-se-á o seguro 
A) de ramos elementares 
B) de capital deferido 
C) mútuo 
D) misto 
E) a prêmio 
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COMENTÁRIOS:
Pelo Contrato de seguro, uma das partes – segurador – se obriga a 
garantir um interesse legítimo de outra – segurada – relativo a 
pessoa ou coisa, contra riscos predeterminados (art. 757). Sua 
principal característica é o risco, que é transferido ao segurador, 
mediante recebimento de um prêmio, obrigando-se a pagar ao 
segurado quantia estipulada caso o sinistro venha a ocorrer. 
Diz-se mútuo o seguro quando várias pessoas se unem para assumir 
os riscos inerentes às suas vidas ou aos seus bens, partilhando entre 
si os eventuais prejuízos. Portanto, correta a alternativa “C”. 
(Anal.ass.jur/SE/2001)
03. O comodato é um contrato real porque: 
A) a coisa infungível emprestada pode ser bem móvel ou imóvel. 
B) só se completará com a tradição do objeto, de modo que o 
comodatário passe a ter posse direta, ficando o comodante com a 
indireta.
C) o objeto não pode ser cedido pelo comodatário, sob o mesmo 
título, a terceiro, por traduzir um favorecimento pessoal. 
D) é uma cessão sem contraprestação, onerando um dos 
contratantes, proporcionando ao outro uma vantagem. 
E) coloca uma só das partes na posição de devedor, ficando a outra 
na de credor. 
COMENTÁRIOS:
Dentre as várias classificações que comportam os contratos, está a 
que os divide em consensuais e reais. Consensuais são os que se 
aperfeiçoam com o consentimento, com o acordo de vontades, 
independentemente da entrega do bem, tornando-se perfeito e 
acabado com o consentimento das partes. Reais, ao revés, são os 
que exigem, para o seu aperfeiçoamento, a entrega da coisa. É o 
caso do contrato de comodato, que tem por objeto a entrega de uma 
coisa para ser usada e depois restituída, perfazendo-se com a 
tradição do objeto (art. 579). Assim, correta a alternativa “B”. 
(Analista Jud./1ªReg./2003) 
04. É correto afirmar que: 
A) a aceitação do mandato deve ser expressa; 
B) quando o mandato contiver a cláusula de irrevogabilidade e o 
mandante o revogar, pagará perdas e danos; 
C) é vedado ao mandatário reter a coisa de que tenha a posse em 
virtude do mandato; 
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D) o mandato presume-se oneroso, quando não houver estipulação 
em contrário; 
E) o mandatário poderá compensar os prejuízos a que deu causa com 
os proveitos que, por outro lado, tenha granjeado ao seu constituinte. 
COMENTÁRIOS:
Pelo contrato de mandato, alguém (mandatário) recebe de outrem 
(mandante) poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar 
interesses (art. 653). 
De acordo com o art. 656, o mandato pode ser expresso ou tácito, 
verbal ou escrito. Portanto, incorreta a alternativa “A”.
Regra geral, presume-se gratuito, quando não houver sido estipulada 
retribuição (art. 658). Incorreta a alternativa “E”.
Se foi estabelecido o vínculo contratual onerosamente (mediante 
retribuição), o mandatário pode reter o bem objeto da operação que 
lhe foi cometida, até ser pago do que lhe for devido em virtude do 
mandato (art. 664). Incorreta, portanto, a alternativa “C”.
O mandatário não pode compensar os prejuízos a que deu causa com 
os proveitos que o seu constituinte tenha auferido (art. 699). 
Incorreta, portanto, a alternativa “E”. 
O mandato, regra geral, pode ser revogado, extinguindo-se o vínculo 
contratual. Mas pode ser estabelecido com cláusula de 
irrevogabilidade. Em assim se fazendo, o mandante pagará as perdas 
e danos (art. 683). Destarte, correta a alternativa“B”. 
(Analista Jud./1ªReg./2003) 
05. Leia atentamente as assertivas abaixo. 
I - É lícita a compra e venda entre cônjuges, com relação a bens 
excluídos da comunhão. 
II - Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma 
autoriza a rejeição de todas. 
III - É nula a troca de valores desiguais entre ascendentes e 
descendentes, sem consentimento dos outros descendentes. 
IV - O comodatário não poderá jamais recobrar do comodante as 
despesas feitas com o uso e gozo da coisa emprestada. 
V - Os atos praticados por quem não tenha mandato, ou o tenha sem 
poderes suficientes, são ineficazes em relação àquele em cujo nome 
foram praticados, salvo se este os ratificar. 
Sobre as assertivas acima, pode-se afirmar que estão corretas: 
A) I, III e V; 
B) III, IV e V; 
C) II, III e V; 
D) I, IV e V; 
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E) I, II e III. 
COMENTÁRIOS:
O art. 499 contém permissão para a compra e venda entre cônjuges, 
desde que, pelo regime de bens que adotaram, se refiram a coisas 
excluídas da comunhão. Correto o item I. 
Caso sejam vendidas coisas conjuntamente, o fato de uma delas 
apresentar defeito oculto não autoriza o comprador rejeitar as demais 
(art. 503). Incorreto o item II. 
Segundo o que preleciona o art. 533, II, é anulável, e não nula, a 
troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes, sem o 
consentimento dos outros descendentes e do cônjuge do alienante. 
Assim, incorreto o item III. 
O comodato é o empréstimo gratuito de coisas infungíveis para uso 
do comodatário. É de sua natureza a gratuidade, sob pena de 
desnaturar-se, e se transformar em locação. Como conseqüência 
lógica, o art. 584 prevê que o comodatário não poderá recobrar do 
comodante as despesas feitas com o uso e gozo da coisa emprestada. 
Assim, correto o item IV. 
Para que os atos praticados por quem não tenha mandato sejam 
validados, a lei civil exige a ratificação (confirmação) do mandante, 
que deve ser expressa, ou resultar de ato inequívoco, retroagindo à 
data do ato (art. 662 e parágrafo único). Correto o item V. 
Com efeito, correta é a alternativa “D”. 
(AnalistaJudiciário/5º Reg.TRT/06/2003)
06. Comprei uma máquina. Quando recebida, notei ter defeito 
oculto que reduzia sensivelmente a produção, diminuindo, em 
conseqüência, o seu valor. O vendedor conhecia o defeito e 
ofereceu-me um abatimento no preço, em valor superior à 
diminuição da capacidade da máquina. Nesse caso, 
A) se quiser, posso aceitar o oferecimento de abatimento no preço, 
mas estou impedido de enjeitar a coisa. 
B) sou obrigado a aceitar a oferta de abatimento, que cobre, 
superiormente, a menor capacidade da máquina. 
C) posso enjeitar a coisa viciada e recuperar o que paguei, mas não 
tenho direito a perdas e danos. 
D) posso enjeitar a coisa viciada e recuperar o que paguei, com 
perdas e danos. 
E) a decadência do direito de enjeitar ou de aceitar o abatimento 
oferecido ocorre no prazo de noventa dias. 
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COMENTÁRIOS:
Vícios redibitórios ou são defeitos ocultos em coisa recebida em 
virtude de contrato comutativo, que a tornam imprópria ao uso a que 
se destina, ou lhe diminuam o valor, podendo ser enjeitada pelo 
adquirente (art. 441), ou ficar com ela e reclamar o abatimento no 
preço (art. 442). Comutativos, por seu turno, são contratos onerosos 
de prestações certas e determinadas, que geralmente se equivalem 
(a prestação de uma e a contraprestação da outra são normalmente 
equivalentes). Portanto, não incidem sobre os contratos gratuitos. 
Defeitos ocultos, por outro lado, são aqueles vícios não detectáveis a 
primeira vista, num simples exame exterior, só sendo conhecidos 
posteriormente.
Ainda que o vendedor não tivesse conhecimento do defeito, não se 
exime da responsabilidade, tendo que restituir valor recebido mais as 
despesas do contrato (art. 443, 2ª parte). Se conhecia, restituirá o 
que recebeu, acrescido de perdas e danos (art. 444, 1ª parte). 
Assim, incorreta a alternativa “C” e correta a “D”. 
Como se vê, o comprador tem duas opções, a seu critério: rejeitar a 
coisa ou ficar com ela e pleitear abatimento do preço. Portanto, 
incorretas as alternativas “A” e “B”. 
O comprador decai de seu direito, em se tratando de coisa móvel, no 
prazo de 30 dias, e em 1 ano, se imóvel. Assim, incorreta a 
alternativa “E”.
(AnalistaJudiciário/5º Reg.TRT/06/2003) 
07. Recebi mandato para prática de certo negócio. Estando 
pendente um dos atos e havendo perigo na demora de sua 
prática, tomei conhecimento da morte do mandante.Nesse 
caso,
A) cessa minha responsabilidade com a morte, devendo o espólio do 
outorgante prosseguir no negócio ou renovar o mandato. 
B) está extinto o mandato pela ocorrência da morte. 
C) a conclusão do negócio depende de urgente autorização judicial. 
D) a morte solve o mandato, assim como o negócio já começado e as 
partes retornam ao status quo ante. 
E) devo concluir o negócio já começado. 
COMENTÁRIOS:
O CC é claro, no art. 674, que, embora ciente da morte, interdição ou 
mudança de estado do mandante, o mandatário é obrigado a concluir 
o negócio já começado, se houver perigo na demora. Assim, correta a 
alternativa “E”.
(AnalistaJudiciário/CE/2003)
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08. A emptio rei speratae: 
A) é venda aleatória de coisa existente sujeita a risco de 
deterioração.
B) é alienação de coisa existente sujeita a risco de perda. 
C) é contrato aleatório em que o adquirente, na alienação de coisa 
futura, assume o risco quanto à maior ou menor quantidade da coisa, 
sendo devido o preço ao alienante, desde que este não tenha culpa, 
mesmo que o objeto venha a existir em quantidade mínima. 
D) é contrato aleatório em que um dos contratantes, na alienação de 
coisa futura, toma a si o risco relativo à existência da coisa, 
ajustando um preço, que será devido integralmente, mesmo que 
nada se produza, sem que haja culpa do alienante. 
E) é venda aleatória de coisa existente que, na efetivação do 
contrato, não mais existia. 
COMENTÁRIOS:
São contratos aleatórios aqueles que se caracterizam pela incerteza 
(risco) para ambas as partes, sobre as vantagens e sacrifícios que 
dele podem advir. São aqueles em que o prejuízo ou o lucro 
dependem de fato futuro imprevisível. Mas mesmo em alguns 
contratos comutativos pode existir o risco, daí serem chamados de 
contratos acidentalmente aleatórios. Estes comportam duas espécies: 
a) venda de coisa futuras; b) venda de coisas existentes mas sujeitas 
a risco. No caso da venda de coisas futuras, o risco pode se tratar da 
própria existência da coisa, quando é chamado ‘emptio spei’ (venda
da esperança). Se disser respeito à quantidade maior ou menor da 
coisa esperada, chama-se ‘emptio rei esperatae’. Nesta última 
situação, o adquirente, segundo o art. 459, assume o risco de virem 
a existir em qualquer quantidade, tendo o alienante direito a todo o 
preço, se de sua parte não houver concorrido culpa, ainda que a coisa 
venha a existir em quantidade menor que a esperada. Assim, correta 
a alternativa “C”.
No caso da ‘emptio spei’, segundo o art. 458, terá o outro contratante 
direito integralmente ao que foi ajustado, desde que da sua parte não 
tenha havido dolo ou culpa, ainda que a coisa não venha a existir. A 
questão “D” só está errada porque a questão pede o conceito de 
‘emptio rei esperatae’, e não de ‘emptio spei’. 
(AnalistaJudiciário/CE/2003)
09. Se o electus era insolvente, fato esse desconhecido, no 
momento de sua indicação: 
A) o contrato com pessoa a declarar não irradiará qualquer efeito. 
B) o contrato com pessoa a declararsó vinculará stipulans e 
promittens.
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C) liberado estará o indicante. 
D) a cláusula pro amico eligendo terá efeito ex tunc e o nomeado 
será tido como contratante originário. 
E) ter-se-á a eficácia do contrato com pessoa a declarar, se o 
indicado aceitar sua nomeação, caso em que ficará adstrito à 
prestação obrigacional. 
COMENTÁRIOS:
O contrato com pessoa a declarar é previsto no art. 467, em que uma 
das partes contratantes, no momento da conclusão do contrato, 
reserva-se ao direito de indicar um terceiro – electus - que deve 
adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes. Essa 
cláusula é denominada ‘pro amico eligendo’.
A eleição do terceiro, contudo, não será válida, tendo eficácia 
somente entre os contratantes originários, se “a pessoa nomeada era 
insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no momento da indicação” 
(art. 470, II). Assim, correta a alternativa “B”, pois o contrato só terá 
validade entre o promitente e o estipulante. Não se trata de ineficácia 
do contrato firmado originariamente entre estas partes, que 
continuará válido quanto a elas. Incorreta a alternativa “A”, portanto. 
Também não é o caso de liberação do estipulante, pois este continua 
vinculado ao contrato originariamente firmado com a outra parte, 
posto que incorreta está a alternativa “C”. 
O eleito – electus – será tido como contratante originário apenas se a 
sua nomeação for válida. Como ele era insolvente, não tendo 
validade a sua nomeação, permanecem as partes originárias. 
Incorreta a alternativa “D”.
Ainda que o indicado aceite a sua nomeação, se era insolvente, esta 
nomeação não terá validade. Incorreta a alternativa “E”.
(Analista Jud. 4º Reg. 2004)
10. A respeito da fiança no Direito Civil brasileiro, é certo que: 
A) não pode ser de valor inferior ao da obrigação principal. 
B) pode ser dada verbalmente. 
C) admite interpretação extensiva. 
D) não pode ter como objeto dívidas futuras. 
E) pode ser estipulada sem consentimento do devedor. 
COMENTÁRIOS:
Pelo contrato de fiança, uma pessoa – fiador – garante satisfazer ao 
credor uma obrigação contraída pelo devedor – afiançado – caso este 
não a cumpra. Caso o devedor não pague, o fiador se compromete 
com o seu patrimônio ao adimplemento da obrigação por este 
contraída perante o credor (art. 818) 
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Só pode ser dada por escrito, e não se admite interpretação 
extensiva (art. 819). Portanto, incorretas as alternativas “B” e “C”. 
Pode ter por objeto dívidas futuras, segundo o art. 821. Por isso, 
incorreta a alternativa “D”.
Pode ser de valor inferior ao da obrigação principal (art. 823), 
tornando incorreta a alternativa “A”, e o art. 820 possibilita que seja 
dada independentemente do consentimento do devedor. Correta, com 
efeito, a alternativa “E”.
(Analista Judiciário 4ºReg./TRT/01) 
11. É INCORRETO afirmar que o depósito 
A) voluntário é essencialmente oneroso. 
B) é um contrato pelo qual o depositário recebe um bem móvel para 
guardar até que o depositante o reclame. 
C) que se faz em desempenho de obrigação legal recebe o nome de 
necessário. 
D) voluntário provar-se-á por escrito, mas só vale contra terceiros se 
registrado.
E) necessário não se presume gratuito. 
COMENTÁRIOS:
O contrato de depósito é aquele em que uma pessoa – depositante – 
entrega uma coisa móvel a outra – depositário – para que esta a 
guarde, para depois lhe ser restituída. Não permite a utilização, mas 
tão somente a guarda. Assim, correta a alternativa “B”. 
O depósito necessário pode ser legal ou miserável. Aquele é o que se 
faz no desempenho de obrigação legal; este, o que se faz em virtude 
de uma situação de calamidade pública. Assim. Pode-se dizer que o 
depósito legal é espécie de depósito necessário. Correta a alternativa 
“C”.
O depósito voluntário, que é aquele decorrente de acordo de 
vontades, presume-se, a princípio, gratuito, de maneira que a 
alternativa incorreta, a ser assinalada, é a “A”. 
O depósito necessário, fugindo a regra geral, não se presume 
gratuito, segundo a dicção do art. 651. Correta a alternativa “E”.
De acordo com o que preleciona o art. 646, o depósito voluntário 
provar-se-á por escrito, valendo entre as partes. O registro é 
indispensável para que tenha validade contra terceiros, para que 
estes tenham conhecimento. Correta a alternativa “D”.
(Anal.Jud./TJ/DF/Ativ.Processual/06/2003) (ADAPTADA) 
12. Com referência à teoria dos contratos e ao contrato de 
compra e venda, assinale a opção correta. 
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A) A venda de ascendentes a descendentes, sem consentimento dos 
demais herdeiros, é um ato jurídico nulo, prescrevendo o direito de 
ação em vinte anos, contados da celebração do contrato. 
B) Para que produza seus efeitos, a venda por amostra é 
condicionada à satisfação ou à manifestação de agrado por parte do 
comprador. Em caso de desconformidade, o comprador pode pedir a 
resolução do contrato cumulada com perdas e danos ou a diminuição 
do preço. 
C) Em princípio, vendedor e comprador têm de ser capazes para 
acordarem no objeto e no preço. Assim, os incapazes, legalmente 
representados, podem validamente adquirir bens móveis ou imóveis. 
D) Na compra e venda de imóveis, na modalidade ad mensuram (por 
extensão), o comprador não tem direito à complementação da área 
ou à redução do preço, ao contrário do que ocorre na modalidade de 
compra e venda ad corpus (coisa certa). 
COMENTÁRIOS:
Não é nula, e sim anulável, a venda de ascendentes a descendentes, 
sem consentimento dos demais herdeiros, prescrevendo o direito de 
ação em vinte anos, contados da celebração do contrato, segundo a 
Súmula 494 do STF. Incorreta a alternativa “A”. 
A venda mediante amostra está prevista no art. 484, que prevê que 
“se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos ou modelos, 
entender-se-á que o vendedor assegura ter a coisa as qualidades que 
a elas correspondem”. Deve-se entender amostra como parâmetro, 
paradigma, modelo. Se a mercadoria não for igual à amostra, o 
comprador pode enjeitá-la. Difere da venda ad gustum ou a contento, 
em que o aperfeiçoamento do negócio depende exclusivamente do 
gosto do comprador. Assim, a alternativa “B” refere-se à venda a 
contento, e não à venda mediante amostra, estando, via de 
conseqüência, incorreta.
A validade dos negócios jurídicos reclama, além de outros requisitos, 
a capacidade das partes, de modo que, a princípio, os incapazes não 
podem praticar validamente negócios jurídicos. Os absolutamente 
incapazes podem praticar, por meio de seus representantes legais, 
sendo, neste caso, o negócio jurídico praticado pelo representante, 
válido. Os relativamente incapazes, para a realização de negócios 
jurídicos, precisam ser assistidos. Como a incapacidade supre-se pela 
representação ou pela assistência, o negócio jurídico praticado pelo 
representante ou assistente é válido. Correta a alternativa “C”.
Venda ad mensuram é aquela venda aplicável aos imóveis, em que o 
preço é estipulado com base nas dimensões do imóvel. Se se verifica, 
posteriormente, que a área não corresponde às dimensões dadas, o 
comprador tem direito de exigir sua complementação, ou, não sendo 
isso possível, o de pleitear a resolução do contrato ou abatimento 
proporcional do preço (art. 500). Já na venda ad corpus, segundo o 
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art. 500, § 3º, o imóvel é vendido como coisa certa e determinada, 
tendo sido a referência às dimensões meramente enunciativa, não 
tendo nenhuma relevânciana fixação do preço a área declarada, 
quando não haverá complementação de área. Assim, incorreta a 
alternativa “D”.
(Anal.Jud/TRE/PI/ÁreaJudiciária/05/2002)
13. Lucas, tendo muita afeição por sua afilhada Jeuza, que 
está grávida de seu marido, pretende doar, hoje mesmo, 
alguns bens ao filho dela que vai nascer. Nesse caso, a 
doação:
A) só será possível após o nascimento com vida, quando começa a 
personalidade civil. 
B) tem plena validade, mas precisa ser aceita pelos pais. 
C) independe de aceitação, visto que, em razão das circunstâncias 
especiais, a lei a dispensa. 
D) é impossível e, se feita, será considerada nula de pleno direito. 
E) equivale a uma promessa de doação e terá que ser ratificada após 
o nascimento. 
COMENTÁRIOS:
O contrato de doação é aquele em que o doador, por liberalidade, 
transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. 
Nascituro é aquele já concebido, que está para nascer. Não possui 
personalidade, mas a lei resguarda os eventuais direitos que venha a 
receber caso nasça com vida. Assim, pode ser contemplado com 
doação, submetendo-se este negócio jurídico a uma condição 
suspensiva, qual seja, o nascimento com vida.
A lei civil, no art. 542, permite a doação feita a nascituro, 
condicionando-a, contudo, à aceitação pelo seu representante legal. 
Esta doação condiciona-se ao nascimento com vida, equivalendo, 
portanto, a uma promessa de doação. Com efeito, correta a 
alternativa “E”.
14. Assinale a alternativa correta. 
A) A fiança é um negócio jurídico entre credor e fiador, podendo 
ocorrer até mesmo contra a vontade do devedor. 
B) O benefício da ordem no contrato de fiança só pode ser utilizado 
pelo fiador se estiver expresso no contrato, do contrário não terá o 
fiador direito a este benefício. 
C) O contrato excepcionalmente poderá ser unilateral em sua 
formação, tal qual ocorre na doação pura, quando é totalmente 
dispensável que o donatário aceite ou não o bem doado. 
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D) A procuração em causa própria pode ser revogada e se extingue 
com a morte do mandante. 
E) O Código Civil na formação do contrato não adotou a teoria da 
Expedição.
COMENTÁRIOS:
A fiança é o contrato pelo qual uma pessoa – fiador – obriga-se a 
pagar ao credor uma obrigação assumida pelo devedor deste – 
afiançado – caso este não cumpra. Segundo previsão expressa 
contida no art. 820, a fiança pode ser dada sem consentimento do 
devedor. Assim, correta a alternativa “A”. 
É característica do contrato de fiança a sua subsidiariedade, pois o 
fiador só pode ser acionado quando o devedor não cumpre a sua 
obrigação. É o chamado benefício de ordem, em que primeiro o 
credor tem que acionar o devedor para o pagamento. Se este não 
cumprir a obrigação, o fiador pode ser acionado. Por isso, a dicção do 
art. 818: “... uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação 
assumida pelo devedor, caso este não a cumpra”. Incorreta a 
alternativa “B”.
Sob o aspecto de sua formação, todo contrato é bilateral, porque 
depende do acordo de duas ou mais vontades. Quando se classifica 
um contrato em unilateral ou bilateral é quanto aos seus efeitos. Sob 
esse aspecto, unilateral é o contrato que cria obrigação para apenas 
uma das partes; bilateral é o que gera obrigações recíprocas para 
ambos os contratantes. Assim, a doação pura é um contrato 
unilateral, quanto aos seus efeitos, mas quanto à formação todo e 
qualquer contrato é bilateral. Incorreta, portanto, a alternativa “C”. 
Embora, regra geral, o mandato seja revogável, sendo uma das 
causas extintivas, existem algumas espécies de mandato 
irrevogáveis, como é o caso do mandato em causa própria, que, 
como prevê o art. 685, a sua revogação não terá eficácia, nem se 
extinguirá pela morte de qualquer das partes. Assim, incorreta a 
alternativa “D”.
Os contratos aperfeiçoam-se com a aceitação. Quando entabulado 
entre contratantes presentes, reputam-se concluídos no momento em 
que o aceitante manifesta a sua concordância com a proposta. 
Quando feito entre pessoas ausentes (por correspondência ou por 
meio de intermediário), existem várias teorias que procuram explicar 
o momento em que o contrato se reputa aperfeiçoado. Pela teoria da 
informação (ou da cognição) é o da chegada da resposta ao 
conhecimento do proponente, que toma conhecimento do teor da 
aceitação. A teoria da declaração (ou da agnição) subdivide-se em 
três: da declaração propriamente dita, para quem o contrato se 
aperfeiçoa no momento em que é redigida a aceitação; da expedição, 
segundo a qual não basta a redação da resposta, sendo necessária a 
sua expedição; a da recepção, que exige, além de ser escrita e 
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expedida, que a resposta tenha sido entregue ao destinatário. O 
Código Civil acolheu expressamente a teoria da expedição, no art. 
434, ao dispor que os contratos entre ausentes reputam-se perfeitos 
desde o momento em que a aceitação é expedida, embora existam 
exceções a esta regra. Assim, incorreta a alternativa “E”.
15. Assinale a alternativa correta. 
A) Os ascendentes não podem vender aos descendentes, sem o 
consentimento dos demais, e se os descendentes forem casados em 
regime de comunhão universal de bens é imprescindível o 
consentimento dos cônjuges destes descendentes. 
B) O prazo para a propositura da ação que realizou a venda de 
ascendente para descendente, sem anuência dos demais 
descendentes, é de 20 anos, conforme Súmula 494 do STF. 
C) Se um bem imóvel em estado de indivisão e que esteja locado, 
possuir como proprietário mais de uma pessoa, e se uma delas quiser 
vender sua parte, a preferência na aquisição será do locatário e não 
do condômino. 
D) O pai não poderá fazer doação a um de seus filhos e não doar a 
outro, mesmo que isto pudesse implicar em adiantamento da 
legítima.
E) A promessa de compra e venda só tem valor jurídico entre os 
contratantes se este contrato preliminar for registrado no cartório de 
títulos e documentos. 
COMENTÁRIOS:
De fato, é anulável a venda de ascendentes a descendentes sem o 
consentimento dos demais (art. 496). Contudo, a lei não exige 
aquiscência dos cônjuges dos descendentes, mas sim do cônjuge do 
alienante (vendedor). Para este, dispensa-se o seu consentimento se 
forem casados pelo regime da separação obrigatória (art. 496, 
parágrafo único). Incorreta a alternativa “A”.
A Súmula 494 do STF prevê o prazo de 20 anos para se intentar ação 
anulatória de venda de ascendente a descendente sem 
consentimento dos demais descendentes. Correta a alternativa “B”.
O art. 504 prevê o direito de preferência do condômino, em caso de 
venda da parte de co-condômino, em relação a estranhos. Portanto, 
incorreta a alternativa “C”.
A lei civil, no art. 544, permite a doação de ascendente a 
descendentes, sendo que esta doação considera-se como antecipação 
da herança. Incorreta a alternativa “D”.
Contrato preliminar é o que tem por objeto a celebração futura de um 
contrato definitivo. No caso da compra e venda, é também chamado 
promessa ou compromisso de compra e venda, este quando for 
irretratável e irrevogável. No caso de um contrato de compra e venda 
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de imóveis, este deve ser feito por escritura pública, com registro no 
Cartório de Imóveis, mas o art. 462 permite que o contrato 
preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos 
essenciais ao contrato definitivo. O próprio STJ permite a propositura 
de ação adjucatória mesmo não estando registrado o compromisso de 
compra e venda. Incorreta, com efeito, a alternativa “E”. 
(AssessorJurídico/PI/02/2002)
16. EnsinaOrlando Gomes que "para justificar as exceções 
que a equidade impõe ao princípio da intangibilidade do 
conteúdo dos contratos, a doutrina, inicialmente, faz ressurgir 
antiga proposição do Direito canônico, a chamada cláusula 
‘rebus sic stantibus’ e, em seguida, adotou a construção 
teórica conhecida por teoria da imprevisão". Interpretando 
essa colocação do renomado jurista, conclui-se que 
A) o Juiz só pode promover a revisão das cláusulas contratuais, se 
argüida a exceção do contrato não cumprido. 
B) o princípio da autonomia da vontade não vigora atualmente, 
sendo que em qualquer situação o Juiz pode rever as cláusulas 
contratuais.
C) o princípio da intangibilidade veda a revisão dos contratos pelo 
Juiz, ressalvando-se, todavia, as hipóteses abarcadas pela teoria da 
imprevisão ou com fundamento na cláusula rebus sic stantibus. 
D) a impossibilidade de revisão dos contratos pelo Juiz se funda no 
princípio da relatividade, só derrogado pela teoria da imprevisão ou 
pela cláusula rebus sic stantibus. 
E) não mais vigoram os princípios da autonomia da vontade e da 
força obrigatória dos contratos, que foram substituídos pelas regras 
da obrigação natural. 
COMENTÁRIOS:
Um dos princípios em torno do qual gravita a teoria contratual é o do 
‘pacta sunt servanda’, ou da obrigatoriedade dos contratos, ou da 
intangibilidade, que representa a força vinculante dos contratos, que 
devem ser cumpridos.
Contudo, relativizando-se esse princípio, existe também a cláusula 
‘rebus sic stantibus’, ou princípio da revisão dos contratos, que tem 
por fundamento na teoria da imprevisão, e consiste em se presumir, 
nos contratos comutativos, a existência implícita de uma cláusula que 
permite a revisão judicial dos contratos, em ocorrendo situações 
imprevistas e imprevisíveis que alterem a situação das partes 
contratantes. Assim, o art. 478 permite a parte requerer ao juiz a 
revisão ou resolução do contrato. Assim, correta a alternativa “C”. 
A exceção de contrato não cumprido é cláusula implícita nos 
contratos bilaterais, que prevê que nenhuma das partes, antes de 
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adimplir a sua obrigação, pode exigir da outra o cumprimento da 
prestação desta. Permite a revisão judicial do contrato, quando uma 
das partes contratantes cumpriu a sua parte, mas a outra inadimpliu, 
mas não é a única forma de revisão judicial, pois existe também a 
com base na cláusula rebus sic stantibus. Incorreta, pois, a 
alternativa “A”.
A pedra angular da teoria contratual é o princípio da autonomia da 
vontade, que ainda vigora no ordenamento jurídico, contudo de 
forma mitigada. Significa liberdade de contratar. Ademais, não é 
qualquer situação que permite a revisão judicial do contrato, senão 
aquelas previstas em lei, como a exceptio non adimpleti contractus e
a cláusula rebus sic stantibus. Incorreta a alternativa “B”. 
A impossibilidade, a princípio, de revisão contratual, deve-se ao 
princípio da obrigatoriedade (pacta sunt servanda), mas não é 
absoluta, admitindo-se a revisão judicial em alguns casos. O princípio 
da relatividade prevê que o contrato, a princípio, só produz efeitos 
em relação às partes, não afetando terceiros. Incorreta a alternativa 
“D”.
Considerando-se que são ainda vigentes os princípios da autonomia 
da vontade e da intangibilidade dos contratos, como princípios gerais, 
incorreta está a alternativa “E”. 
(Def. Pública MA/03) 
17. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a 
prestação de uma das partes se tornar excessivamente 
onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de 
acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, 
A) por se tratar de direito potestativo da parte prejudicada, a 
resolução não poderá ser evitada, ainda que o réu na ação de 
resolução ofereça modificar eqüitativamente as condições do 
contrato.
B) os efeitos de sua resolução judicial retroagirão à data da citação. 
C) o Juiz só poderá acolher o pedido de resolução se houver 
concordância do réu, para não ferir o princípio da autonomia da 
vontade.
D) a resolução judicial só será admissível se o autor comprovar que 
já cumpriu pelo menos 40% (quarenta por cento) de sua obrigação. 
E) a resolução judicial só produzirá efeitos a partir do trânsito em 
julgado da sentença. 
COMENTÁRIOS:
Contratos de execução diferida são aqueles que devem ser cumpridos 
em um só ato, mas em um momento futuro. De execução continuada 
ou de trato sucessivo são os que se cumprem por meios de atos 
reiterados. A eles se aplica a cláusula ‘rebus sic stantibus’, que
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permite a revisão judicial em virtude de acontecimentos 
extraordinários e imprevisíveis, catalogado no CC/2002, no art. 478, 
como resolução por onerosidade excessiva.
Este artigo é claro ao dispor que a parte pode pleitear a resolução 
contratual, que pode ser evitada, se o réu se oferecer a modificar 
equitativamente as condições do contrato (art. 479). Assim, incorreta 
a alternativa “A”.
Na parte final do art. 478, prevê-se que ”os efeitos da sentença que a 
decretar retroagirão à data da citação”. Assim, correta a alternativa 
“B” e incorreta a alternativa “E”.
Não existe previsão no Código Civil de que o acolhimento depende da 
aquiescência do réu, nem de que o autor só pode pleiteá-la se já tiver 
cumprido 40% do contrato. Incorretas as alternativas “C” e “D”.
(DP/MG/Dezembro/2001) 
18. Juarez doou R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) ao seu 
melhor amigo impondo ao mesmo a obrigação de construir 
uma creche. Essa doação é classificada como: 
A) pura. 
B) condicional. 
C) modal. 
D) remuneratória. 
E) meritória. 
COMENTÁRIOS:
São algumas espécies de doação: a) pura e simples, quando o doador 
não impõe nenhuma restrição ou encargo ao beneficiário; b) 
condicional, quando submetida a uma condição suspensiva ou 
resolutiva; c) remuneratória, quando feita em retribuição a serviços 
prestados, cujo pagamento não pode ser exigido do donatário; d) 
meritória ou contemplativa, quando o doador menciona 
expressamente o motivo da liberalidade; e) modal ou onerosa ou com 
encargo, em que o doador impõe ao donatário uma incumbência, um 
ônus, um dever. Assim, a alternativa correta é a letra “C”.
(Mag. Trab. 14ºReg./2004) 
19. ACERCA DA EXTINÇÃO DOS CONTRATOS, É CORRETO 
AFIRMAR QUE: 
I - A cláusula resolutiva tácita opera de pleno direito, independente 
de interpelação judicial; 
II - Não tem validade jurídica o distrato verbal de contrato escrito; 
III - Os efeitos da sentença que decretar a resolução do contrato, por 
onerosidade excessiva, retroagem à data de celebração do negócio; 
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IV - A resilição unilateral do contrato independe de permissão legal 
expressa ou implícita; 
A) Somente as proposições I e III são verdadeiras;
B) Somente as proposições II e IV são verdadeiras; 
C) Somente as proposições I e IV são verdadeiras; 
D) Todas as proposições são verdadeiras; 
E) Todas as proposições são falsas. 
COMENTÁRIOS:
A cláusula resolutiva expressa se opera de pleno direito, mas a tácita 
depende de interpelação (art. 474). Incorreto o item I. 
O art. 472 prevê que o distrato se faz pela mesma forma exigida para 
o contrato. Distrato pode ser compreendido como a extinção do 
contrato por acordo entre as partes. Deve-se entender, contudo, que 
o distrato deve obedecer a mesma forma que o contrato a ser 
desfeito quando este tiver forma especial. Quando a forma for livre, 
pode o distrato por escrito ser feito verbalmente. Assim, incorreto o 
item II.
Segundo a clara dicção do art. 478, os efeitos da sentença que 
decretar a resolução do contratopor onerosidade excessiva 
retroagirão à data da citação. Incorreto o item III. 
A resilição unilateral, que é a feita por apenas uma das partes, só é 
admitida nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o 
permita (art. 473). Incorreto o item IV. 
Estando todos os itens falsos, correta a alternativa “E”.
(Mag. Trab. PR/2001)
20. EM RELAÇÃO AOS CONTRATOS DE COMODATO E MÚTUO, É 
CORRETO DIZER: 
A) que comodato é o empréstimo de coisa imóvel. O mútuo é 
empréstimo de coisa móvel. 
B) O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. O 
mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. 
C) mútuo não transfere o domínio da coisa emprestada ao mutuário. 
D) O comodato é o empréstimo de coisa móvel. O mútuo o 
empréstimo de coisa imóvel. 
E) As letras "c" e "d" estão corretas. 
COMENTÁRIOS:
O contrato de empréstimo comporta duas espécies: comodato e 
mútuo. Em ambos, o objeto é a entrega de uma coisa, para ser usada 
e depois devolvida. O comodato é o empréstimo para uso, ou seja, de 
coisas infungíveis, portanto, devendo ser restituído a mesma coisa 
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emprestada. e é gratuito. O mútuo é o empréstimo para consumo, 
por isso recai sobre bens consumíveis ou fungíveis. Atinge tanto bens 
móveis como imóveis. Assim, incorretas as alternativas “A”, “D” e 
correta a “B”.
Como no mútuo a coisa é fungível ou consumível, com a entrega do 
bem, transfere-se a propriedade da coisa emprestada para o 
mutuário, que deve devolver coisa igual, em gênero, quantidade e 
qualidade. No comodato, como a coisa é infungível, deve ser 
devolvida a mesma coisa emprestada. Assim, incorreta a alternativa 
“C”.
(Mag. Trab. PR/2001)
21. EM RELAÇÃO À PROCURAÇÃO, É CORRETA A SEGUINTE 
AFIRMAÇÃO:
A) na procuração para o foro em geral está inserido o poder de 
transigir.
B) A procuração para o foro em geral não confere os poderes para 
atos que os exijam especiais. 
C) a procuração para o foro em geral confere os poderes para atos 
que os exijam especiais. 
D) As alternativas "a" e "c" estão corretas. 
E) As alternativas "a" e "b" estão erradas. 
COMENTÁRIOS:
Pelo contrato de mandato, uma pessoa (mandante) transfere a 
outrem (mandatário) poderes para, em seu nome, praticar atos ou 
administrar interesses. A procuração, por seu turno, é o instrumento 
do mandato. Dentre as classificações das procurações, encontram-se 
a divisão em procuração em termos gerais (ou com poderes 
gerais), em que o mandatário pode praticar todos os atos necessários 
à defesa do mandante, mas que sofre uma restrição, porque só 
confere poderes de administração ordinária e com poderes 
especiais, pela qual se outorgam poderes que exorbitam da 
administração ordinária. Segundo o art. 661, § 1º do Código Civil, 
para alienar, hipotecar, transigir, ou praticar outros atos especiais é 
necessária a procuração com poderes especiais e expressos. Assim, 
correta a alternativa “B”.
(Mag. Trab. PR/2001)
22. EM RELAÇÃO À FIANÇA, É CORRETO AFIRMAR QUE: 
A) a fiança dar-se-á por escrito e não admite interpretação 
extensiva. 
B) De acordo com o novo ordenamento constitucional, a fiança de 
pessoas casadas não exige a outorga uxória. 
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C) Por todos os meios de prova se pode demonstrar a existência do 
contrato de fiança. 
D) Corretas as alternativas "b" e "c". 
E) Corretas as alternativas "a", "b" e "c". 
COMENTÁRIOS:
Segundo o que preleciona o art. 819 do CC, a fiança será dada por 
escrito e não admite interpretação extensiva. Destarte, correta a 
alternativa “A”.
De acordo com o art. 1647, III do Diploma Civil, o cônjuge casado 
não pode prestar fiança sem o consentimento do outro, exceto se 
casados pelo regime da separação absoluta. Assim incorreta a 
alternativa “B”.
Como a fiança tem que ser dada por escrito, não são todos os meios 
de prova cabíveis à prova de sua existência. Incorreta a alternativa 
“C”.
Como somente está correta a alternativa “A”, restam prejudicadas as 
alternativas “D” e “E”.
(Pmag/Trab.20ºReg.2004)
23. A liberdade de contratar, segundo preceito expresso na lei 
civil, será exercida em razão e nos limites da função social do 
contrato PORQUE o código civil vigente traz uma maior 
preocupação com a dignidade da pessoa humana, quando 
visualiza o contrato como instrumento de integração do 
homem na sociedade. 
A) as duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira; 
B) as duas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira; 
C) se a primeira é verdadeira e a segunda é falsa; 
D) a primeira é falsa e a segunda é verdadeira; 
E) as duas são falsas. 
COMENTÁRIOS:
Atualmente, a teoria contratual alicerça-se no princípio da autonomia 
da vontade, que preconiza a liberdade de contratar. Contudo, o 
CC/2002 realçou o caráter social dos contratos, na medida em que 
são veículos propulsores da circulação de riquezas e dos negócios. 
Por isso, o legislador civil foi explícito ao afirmar, no art. 421, que a 
liberdade de contratar condiciona-se ao exercício em razão e nos 
limites da função social do contrato. A primeira assertiva, portanto, é 
verdadeira.
Como dito, o legislador civil realçou a função social dos contratos, 
considerando a sua imprescindibilidade para a vida social moderna. 
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Em última análise, a função social está ligada à dignidade humana. 
Correta a segunda assertiva. 
Assim, correta a alternativa “A”.
(Pmag/Trab.20ºReg.2004)
24. Para que se possa, sob o fundamento na teoria da 
imprevisão, atingir o contrato, é necessário que ocorram os 
seguintes requisitos de apuração certa, exceto: 
A) vigência de um contrato de execução diferida ou continuada; 
B) alteração radical das condições econômicas objetivas no momento 
da execução, em confronto com o ambiente objetivo no da 
celebração; 
C) onerosidade excessiva para um dos contratantes e benefício 
exagerado para o outro; 
D) imprevisibilidade da modificação; 
E) a ordinariedade com que acontece o fato causador do 
enriquecimento sem causa.
COMENTÁRIOS:
Sob o título “resolução por onerosidade excessiva”, o art. 478 dispõe 
que: “Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a 
prestação se uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com 
extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos 
extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução 
do contrato...”. O dispositivo baseia-se na teoria da imprevisão. 
Assim, da dicção legal, depreende-se que a alternativa “A” está 
correta.
Para que haja a possibilidade de revisão judicial do contrato, deve 
haver uma alteração no status quo inicial das partes contratantes, 
por acontecimentos ulteriores imprevisíveis. Destarte, corretas as 
alternativas “B”, “C” e “D”.
Como é condição sine qua non para o reconhecimento do direito a 
revisão a extraordinariedade e a imprevisibilidade, incorreta é a 
alternativa “E”, que deve ser assinalada.
(Magistratura Estadual/SC/2003) 
25. Em tema de DOAÇÃO, consideradas as disposições do 
Código Civil em vigor, é correto afirmar-se que: 
A) É válida a estipulação, pelo doador, de que os bens doados 
revertam ao patrimônio de terceiro, sobrevivendo ele ao donatário. 
B) De regra, a doação em comum a mais de uma pessoa entende-se 
distribuída entre elas por igual, entretanto, se os donatários forem 
marido e mulher a doação subsistirá na sua totalidade, para o 
cônjuge sobrevivo, na hipótese de morte de um deles. 
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C) O doador pode renunciar antecipadamente ao direito de revogar a 
doação por ingratidãodo donatário. 
D) A doação não pode ser revogada, no caso de calúnia praticada 
contra o doador pelo donatário, se este é descendente do doador. 
E) No caso de homicídio doloso, praticado pelo donatário contra o 
doador, o direito à revogação pode ser exercido pelos herdeiros do 
donatário, ainda que o doador houver externado, de forma válida, o 
seu perdão. 
COMENTÁRIOS:
A doação pode ser feita com cláusula de reversão, em que o doador 
estabelece o retorno dos bens doados ao seu patrimônio, na hipótese 
de morte do donatário (art. 547). Contudo, o parágrafo único do 
mesmo dispositivo torna defesa a reversão em favor de terceiro. 
Incorreta, pois, a alternativa “A”. 
A doação feita em conjunto a mais de uma pessoa presume-se 
distribuída entre elas igualmente (art. 551), salvo disposição 
contrária. Complementa o parágrafo único que se a doação for feita a 
marido e mulher, em caso de morte de um deles, subsistirá a doação 
por inteiro para o cônjuge sobrevivente. É o chamado direito de 
acrescer. Assim, correta a alternativa “B”.
A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário, nos casos 
previstos no art. 557. Contudo, a lei civil proíbe a renúncia 
antecipada ao direito de revogação (art. 556). Incorreta a alternativa 
“C”.
A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário. Os casos de 
ingratidão encontram-se previstos no art. 557. Dentre as hipóteses, o 
inc. III prevê o de injúria grave ou calúnia. Em complementação, o 
art. 558 estabelece que pode ocorrer também a revogação quando o 
doador ofendido for o cônjuge, ascendente, descendente, ainda que 
adotivo, ou irmão do doador. Assim, incorreta a alternativa “D”.
O art. 561 prevê expressamente que, em caso de homicídio doloso do 
doador, a ação caberá aos seus herdeiros, salvo se este tiver 
perdoado o ofensor. Com efeito, incorreta a alternativa “E”.
(Magistratura/PR/1998) 
26. De acordo com disposições do Código Civil, sobre 
comodato, mútuo, fiança e mandato, assinale a alternativa 
correta:
A) o mandatário pode compensar os prejuízos a que deu causa com 
os proveitos, que, por outro lado, tenha granjeado ao seu 
constituinte.
B) o comodatário pode recobrar do comodante as despesas feitas 
com o uso e gozo da coisa emprestada. 
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C) se não houver convenção expressa em contrário, o prazo do 
mútuo de dinheiro será de trinta dias, pelo menos, até prova em 
contrário. 
D) a fiança não pode ser estipulada sem consentimento do devedor. 
COMENTÁRIOS:
O CC proíbe expressamente a compensação dos prejuízos a que o 
mandatário deu causa com o que eventualmente tenha recebido o 
mandante, no art. 669. Incorreta a alternativa “A”.
Como o comodato é um negócio jurídico gratuito, o art. 584 proíbe 
que o comodatário cobre do comodante as despesas feitas com o uso 
e gozo da coisa emprestada, por ser da natureza da liberalidade o 
uso pelo comodatário. Incorreta, pois, a alternativa “B”.
Segundo o art. 592, II, não havendo estipulação em contrário, o 
prazo do mútuo em dinheiro é de trinta dias. Correta, com efeito, a 
alternativa “C”.
A fiança pode ser estipulada sem consentimento do devedor ou até 
mesmo contra a sua vontade (art. 820). Incorreta a alternativa “D”.
(Mag. Est. DF/2003)
Assinale a alternativa correta:
27. Predomina na jurisprudência o entendimento de que, no 
transporte desinteressado, feito por amizade ou cortesia, o 
transportador:
A) será civilmente responsável por danos causados ao transportado 
somente quando incorrer em dolo ou culpa grave; 
B) não é civilmente responsável por danos causados ao transportado; 
C) será civilmente responsável por danos causados ao transportado 
quando incorrer em culpa; 
D) será objetivamente responsável por danos causados ao 
transportado, salvo motivo de força maior. 
COMENTÁRIOS:
Pelo contrato de transporte, uma pessoa se obriga, mediante 
retribuição, a transportar, de um lugar para outro, coisas ou 
pessoas (art. 730). É da natureza dessa espécie contratual a 
onerosidade. A Súmula 145 do Superior Tribunal de Justiça firmou 
entendimento de que “no transporte desinteressado, de simples 
cortesia, o transportador só será civilmente responsável por danos 
causados ao transportado quando incorrer em dolo ou culpa grave”. 
Assim, correta a alternativa “A”.
(OAB/AL/2004)
28. É anulável o contrato de:
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A) compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das 
partes a fixação do preço. 
B) doação, quando houver a doação de todos os bens sem reserva de 
parte ou renda suficiente para a subsistência do doador. 
C) compra e venda quando feito pelos curadores dos bens confiados 
à sua guarda ou administração. 
D) troca ou permuta, quando houver troca de valores desiguais entre 
ascendentes e descendentes, sem consentimento dos outros 
descendentes e do cônjuge do alienante. 
COMENTÁRIOS:
Segundo o art. 489 do CC, é nula a compra e venda, quando se 
deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação do preço. É a 
chamada cláusula potestativa, que não é causa de anulabilidade, e 
sim de nulidade. Incorreta, portanto, a alternativa “A”. 
Igualmente nula é a doação de todos os bens do devedor, sem 
reserva da bens suficientes à sua manutenção e sobrevivência (art. 
548). Incorreta também a alternativa “B”. 
Pelo que dispõe o art. 497, é nula a compra de bens pelos curadores 
de bens confiados à sua guarda ou administração. Incorreta a 
alternativa “C”.
É causa de anulabilidade a troca de valores desiguais entre 
ascendentes e descendentes sem consentimento dos outros 
descendentes e do cônjuge do alienante (art. 533, II). Assim, correta 
a alternativa “D”.
(OAB/CE/13/03/2005)
29. No contrato: 
A) de depósito, o depósito necessário não se presume gratuito. 
B) de empreitada, a obrigação do empreiteiro de fornecer os 
materiais se presume. 
C) de mandato, o mandato deve ser escrito. 
D) mútuo, o empréstimo será de coisas não fungíveis. 
COMENTÁRIOS:
É da natureza do contrato de depósito a sua gratuidade. Contudo, 
excepcionando tal regra, dispõe o art. 651 que o depósito necessário 
não se presume gratuito. Correta a alternativa “A”.
Pelo contrato de empreitada, o empreiteiro se obriga a realizar 
determinada obra, pessoalmente ou através de terceiros, mediante 
remuneração a ser paga pela outra parte – dono da obra – de acordo 
com instruções desta e sem vínculo de subordinação. Pode envolver 
também a obrigação de fornecer materiais, mas esta obrigação, 
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segundo o art. 610, § 1º, não se presume. Incorreta a alternativa 
“C”.
O mandato pode ser expresso ou tácito, verbal ou escrito (art. 656), 
Incorreta a alternativa “C”.
Mútuo é espécie de empréstimo de coisas fungíveis (art. 586). 
Incorreta a alternativa “D”.
30. Sobre o contrato de seguro, marque a alternativa 
CORRETA: 
A) prêmio é o que o segurado recebe quando ocorre o sinistro. 
B) no seguro de coisas, a apólice pode ser ao portador. 
C) seguro de vida em grupo é aquele em que o segurado estipula em 
favor de uma coletividade. 
D) se o segurado fizer declaração inexata, na aceitação de proposta 
de seguro, ele pagará uma multa equivalente a duas vezes o valor do 
bem segurado. 
COMENTÁRIOS:
Pelo contrato de seguro, o segurador obriga-se a garantir interesse 
legítimo da outra – segurado – relativo a coisa ou pessoa, contra 
riscos predeterminados, mediante pagamento de prêmio efetuado por 
esta. Prêmio é, portanto, a retribuição paga pelo segurado. Ocorrido 
o sinistro, o segurado tem direito à indenização prevista no contrato. 
Incorreta a alternativa “A”.
O seguro pode compreenderpessoas ou coisas. A apólice é o 
instrumento do seguro, sendo que o art. 760, parágrafo único proíbe 
que no seguro de pessoas a apólice seja ao portador. Assim, como 
não há proibição quanto ao seguro de coisas, correta está a 
alternativa “B”.
O seguro de vida em grupo é aquele feito por pessoa física ou jurídica 
em proveito de grupo ou categoria a ela vinculada (art. 801). Assim, 
incorreta a alternativa “C”.
O fato de prestar o segurado declaração inexata, impõe a este a 
sanção de perda da garantia, além da obrigação de pagar o prêmio. 
Se não resultar de má-fé do segurado, o segurador pode resolver o 
contrato ou cobrar a diferença do prêmio (art. 766 e parágrafo 
único). Incorreta a alternativa “D”.
31. No que diz respeito à doação e à compra e venda é 
CORRETO afirmar que: 
A) é permitida, na compra e venda, a fixação do preço por um 
terceiro designado pelos contratantes. 
B) a escritura pública é sempre requisito essencial da compra e 
venda.
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C) a doação modal pode ser celebrada verbalmente. 
D) é nula e não anulável a doação do cônjuge adúltero ao seu 
cúmplice.
COMENTÁRIOS:
Na compra e venda, são defesas as cláusulas potestativas, ou seja, 
aquelas que sujeitam a fixação do preço ao puro arbítrio de uma das 
partes, sob pena de nulidade (art. 489). Exceção a essa regra é a que 
permite que a fixação do preço seja cometida a um terceiro 
designado pelas partes contratantes (art. 485). Assim, correta a 
alternativa “A”.
Pelo art. 1227, a escritura pública é essencial à validade dos negócios 
jurídicos referentes a bens imóveis. Quanto aos móveis, não há tal 
exigência. Incorreta a alternativa “B”.
A doação modal ou onerosa ou com encargo é aquela em que o 
doador impõe um dever, um ônus, uma obrigação ao donatário. A 
doação só pode ser feita por escritura pública ou instrumento 
particular (art. 541). A única exceção diz respeito à possibilidade de 
doação verbal de bens móveis de pequeno valor (art. 541, parágrafo 
único). Incorreta a alternativa “C”.
Segundo o art. 550, é anulável a doação feita pelo cônjuge adúltero 
ao seu cúmplice. Incorreta a alternativa “D”. 
35. Sobre a extinção dos contratos é CORRETO afirmar que: 
A) a resilição unilateral opera-se, em regra, mediante retenção da 
prestação pela parte que não mais deseja o contrato. 
B) a cláusula resolutiva tácita independe de interpelação judicial, 
operando-se de pleno direito. 
C) a exceção do contrato não cumprido cabe tanto nos contratos 
bilaterais quanto nos unilaterais. 
D) no caso de resolução por onerosidade excessiva, os efeitos da 
sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
COMENTÁRIOS:
O art. 473 prevê que a resilição unilateral (feita por uma das partes) 
opera-se mediante denúncia notificada à outra parte. Assim, incorreta 
a alternativa “A”.
A cláusula resolutiva expressa se opera de pleno direito; a tácita, 
depende de interpelação judicial (art. 474). Incorreta a alternativa 
“B”.
A exceção de contrato não cumprido (art. 476) só é cabível nos 
contratos bilaterais. Incorreta, com efeito, a alternativa “C”. 
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Segundo disposição expressa contida no art. 478, os efeitos da 
sentença que decretar a resolução do contrato por onerosidade 
excessiva retroagem à data da citação. Correta a alternativa “D”.
(OAB-MG-2002)
36. Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma regra 
aplicável às doações. 
A) A doação do cônjuge adúltero ao seu cúmplice é anulável. 
B) A doação dos pais aos filhos importa adiantamento da legítima. 
C) A doação poderá conter cláusula de retorno do bem ao doador, se 
este sobreviver ao donatário. 
D) A doação verbal não é admissível no direito brasileiro, devendo 
sempre se fazer por escritura pública ou instrumento particular. 
COMENTÁRIOS:
A doação do cônjuge adúltero ao seu cônjuge é anulável (art. 550). 
Correta a alternativa “A”.
A doação de ascendentes a descendentes importa adiantamento do 
que lhes cabe por herança (art. 544). Correta a alternativa “B”. 
A doação pode ser feita com cláusula de reversão, em que o doador 
prevê o retorno dos bens doados ao seu patrimônio em caso de 
morte do donatário (art. 547). Correta a alternativa “C”.
A doação, em regra, é feita por escritura pública ou instrumento 
particular (art. 541). Mas o parágrafo único excepciona essa regra ao 
permitir a doação verbal de bens móveis de pequeno valor. Assim, 
incorreta a alternativa “D”, que deve ser assinalada. 
(OAB/MG/Agosto/00)
37. Sobre o contrato de fiança é CORRETO afirmar que: 
A) é valida a fiança estipulada verbalmente, desde que provado por 
duas testemunhas; 
B) as dívidas futuras podem ser objeto de fiança, mas o fiador, neste 
caso, não será demandado senão depois que fizer certa e liquida a 
obrigação do principal devedor; 
C) a fiança pode ser de valor superior ao da obrigação principal, 
desde que haja consentimento do credor.
D) é vedado ao fiador exonerar-se da fiança que tiver assinado sem 
limitação de tempo, mesmo que fique obrigado por todos os efeitos 
de fiança, anteriores à exoneração.
COMENTÁRIOS:
A fiança dar-se-á por escrito (art. 819). Incorreta a alternativa “A”. 
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Segundo o art. 821, as dívidas futuras poderão ser objeto de fiança, 
mas o fiador, nesse caso, não será demandado senão quando a dívida
do devedor se tornar líquida e certa. Correta a alternativa “B”. 
A fiança pode exceder o valor da dívida (art. 823), mas a lei civil não 
prevê a necessidade de consentimento do credor. Incorreta a 
alternativa “C”.
O fiador pode exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação 
de tempo, sempre que lhe convier, ficando obrigado por todos os 
feitos da fiança, durante sessenta dias após a notificação do credor 
(art. 835). Incorreta a alternativa “D”. 
(OAB/MT/2005)
38. Analise as seguintes assertivas e depois responda: 
I - na permuta, salvo disposição contratual em contrário, ficarão as 
despesas de registro e escritura a cargo do adquirente, e a cargo do 
alienante as da tradição; 
II - na compra e venda não é possível que o preço seja fixado por 
taxa de mercado ou de bolsa, pois este deve ser certo e determinado 
no momento da avença. 
Assinale, agora, a alternativa correta: 
A) as duas assertivas estão corretas; 
B) as duas assertivas estão incorretas; 
C) a primeira assertiva está correta e a segunda está incorreta; 
D) a primeira assertiva está incorreta e a segunda está correta. 
COMENTÁRIOS:
Diferentemente do que ocorre com a compra e venda, na troca, salvo 
disposição contrária, as despesas com o instrumento serão repartidas 
igualmente entre os contratantes (art. 533, I). Incorreto o item I.
O art. 486 permite expressamente que a fixação do preço seja fixada 
pelas partes pela taxa de mercado ou de bolsa, em certo e 
determinado dia e lugar. Incorreto o item II. 
Assim, correta a alternativa “B”.
(OAB/RN/01/2003)
39. Dentre as afirmações a seguir, estão corretas: 
I - A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da 
função social do contrato. 
II - Nos contratos de adesão, são válidas as cláusulas que estipulem 
a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do 
negócio.
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III - Observadas as normas gerais previstas no Código Civil, é lícito 
as partes estipular contratos atípicos. 
A) I e II 
B) I e III 
C) II e III 
D) Nenhuma das alternativas.
COMENTÁRIOS:
Atualmente, ainda vigora o princípio da autonomia da vontade, que 
preconiza a ampla liberdadede contratar. Contudo, esse princípio 
contratual possui limitações na função social do contrato (art. 421). 
Correto o item I. 
São nulas as cláusulas no contrato de adesão que prevejam renúncia 
antecipadas de direitos do aderente. Incorreto o item II. 
Segundo o art. 425, é lícito às partes formular contratos atípicos, ou 
seja, não previstos expressamente no Código Civil, desde que se 
observem as normas gerais da teoria contratual (art. 425). Correto, 
pois, o item III. 
Com efeito, correta a alternativa “B”.
(OAB/SC/2003)
40. Assinale a alternativa INCORRETA, quanto às 
características da apólice, em relação ao contrato de seguro 
de pessoas. 
A) Conterão o limite da garantia. 
B) Podem ser à ordem. 
C) Serão nominativas. 
D) Podem ser ao portador. 
COMENTÁRIOS:
A apólice, que é o instrumento do seguro, pode ser nominativa, à 
ordem ou ao portador (art. 758 e 760). Deve conter os riscos 
assumidos, o início e fim de sua validade, o limite da garantia e o 
prêmio devido e, quando for o caso, o nome do segurado e do 
beneficiário (art. 760). Corretas as alternativas “A”, “B” e “C”. 
Contudo, o parágrafo único do art. 760 proíbe que, no seguro de 
pessoas, a apólice seja ao portador, ou seja, que não se indique o 
beneficiário.
41. O prazo para revogar doação por ingratidão é 
A) decadencial de um ano, contado do conhecimento do fato pelo 
próprio doador. 
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B) prescricional de 4 anos, contado da ciência do fato. 
C) decadencial de 2 anos, a partir da data da prática dos atos 
ofensivos. 
D) prescricional de 5 anos, contado do dia em que o doador soube da 
ingratidão. 
COMENTÁRIOS:
A doação pode ser revogada pelo doador em virtude da ingratidão do 
beneficiário. O prazo para a revogação, segundo o art. 559, é 
decadencial de 01 ano, contados do conhecimento do doador do fato 
e de ter sido o donatário o seu autor. Correta a alternativa “A”.
42. O depósito de bagagem dos hóspedes nas hospedarias 
onde estiverem é modalidade de depósito 
A) irregular. 
B) convencional. 
C) necessário. 
D) voluntário. 
COMENTÁRIOS:
O depósito convencional ou voluntário é aquele que resulta do acordo 
de vontades. Regular é aquele que recai sobre coisa infungível e 
irregular o que incide sobre bens fungíveis. Necessário é o que 
independe de vontade das partes, e subdivide-se em legal, quando 
feito em desempenho de obrigação legal, ou miserável, que se efetua 
em virtude de uma situação de calamidade pública. 
O art. 647 prevê os casos de depósito necessário, e o art. 649 
equipara ao depósito necessário o das bagagens dos viajantes ou 
hóspedes nas hospedarias onde estiverem. Assim, correta a 
alternativa “C”.
(OAB/SP/117º/02)
43. O comodato é classificado entre os contratos reais porque 
A) se perfaz no momento em que o bem é entregue. 
B) implica a transferência de direitos reais sobre determinado bem. 
C) seu objeto compreende a entrega de determinado bem. 
D) não se resolve em perdas e danos, no caso de inadimplemento. 
COMENTÁRIOS:
É característica peculiar ao contrato de comodato o fato de ser este 
um contrato real. É real o contrato quando o seu aperfeiçoamento se 
dá com a tradição (entrega) do bem. Por isso, o art. 579 preleciona 
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que o comodato “perfaz-se com a tradição do objeto”. Correta, com 
efeito, a alternativa “A”.
(Procurador/BB/Nacional/2002) 
44. A doação de um bem feita por A a B, com o dever de este 
continuar a viver em companhia de uma pessoa doente, é 
considerada:
A) remuneratória 
B) onerosa 
C) conjuntiva 
D) condicional 
E) sob a forma de subvenção periódica.
COMENTÁRIOS:
Doação remuneratória é aquela feita em retribuição a serviços 
prestados pelo donatário, não podendo este exigir o seu pagamento. 
Conjuntiva é aquela feita em comum a mais de uma pessoa. 
Condicional é a que se submete à condição suspensiva. 
Sob a forma de subvenção periódica é a doação sob a forma de 
pensão, cujo pagamento termina com a morte do doador, não 
podendo ultrapassar a vida do donatário.
Onerosa, modal, com encargo é a doação em que o doador impõe ao 
donatário uma incumbência, um dever, uma obrigação, como 
contraprestação à liberalidade. Assim, correta a alternativa “B”.
COMENTÁRIOS:
(MP- Procurador Fed. 2003) 
45. Assinale a alternativa correta: 
A) se o contrato contém a cláusula solve et repete não pode ser 
argüida a exceptio non adimpleti contractus; 
B) se a coisa objeto de contrato de compra e venda, já em poder do 
adquirente, vier a perecer em razão de vício oculto e preexistente, 
aplica-se a regra res perit domino; 
C) o exercício do direito de prelação está sujeito a prazo 
prescricional;
D) é solene o contrato para o qual a lei exige a prova por escrito. 
COMENTÁRIOS:
Exceptio non adimpleti contractus, ou exceção de contrato não 
cumprido, é cláusula implícita nos contratos bilaterais, prevista no 
art. 476, que prevê que nenhuma das partes, antes de cumprida a 
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sua prestação, pode exigir o implemento da da outra parte. Aquele 
que não cumpriu a sua obrigação, portanto, não pode alegar a 
exceção. Presume-se, pois, que as obrigações devem ser cumpridas 
simultaneamente. Contudo, se foi previsto no contrato que um dos 
contratantes deve cumprir a sua prestação, mesmo diante do 
descumprimento da outra (cláusula solve et repete), não poderá ele 
alegar a exceção de contrato não cumprido. Correta a alternativa “A”.
Até o momento da tradição (entrega), os riscos pela perda ou 
deterioração da coisa correm por conta do vendedor, pois este ainda 
é dono do bem. É a regra do res perit domino (a coisa perece para o 
dono), Após a entrega, os riscos passam a correr para o adquirente, 
que já é proprietário do bem. Contudo, essa regra é excepcionada 
pela teoria dos vícios redibitórios, pois o alienante responde pelos 
vícios ocultos da coisa alienada. Incorreta a alternativa “B”.
O direito de prelação ou de preferência ou de preempção é dividido 
em legal (previsto em lei), como os casos do condômino na aquisição 
de parte indivisa e do inquilino em relação ao imóvel locado, e 
convencional, quando estabelecido por acordo de vontades, 
consistente esta na obrigação do comprador de oferecer o bem ao 
vendedor, quando for vende-lo ou dar em pagamento, antes de 
oferece-lo a terceiro. Quando estabelecida convencionalmente, a lei 
prevê o prazo de 180 dias, se a coisa for móvel, ou dois anos, se for 
imóvel (art. 513, parágrafo único). Tal prazo é decadencial. Incorreta 
a alternativa “C”.
Contratos formais ou solenes são aqueles para os quais a lei exige 
uma formalidade especial para a sua realização, ou seja, devem 
obedecer a uma forma prevista em lei, sob pena de invalidade. 
Assim, incorreta a alternativa “D”. 
(Procuradoria/SP/12/05/2002) (ADAPTADA) 
46. No contrato de compra e venda 
A) um dos contraentes se obriga a transferir a posse de coisa certa. 
B) depois de formado o vínculo, mesmo ainda não tendo ocorrido a 
tradição, os riscos da coisa correm por conta do comprador. 
C) salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas da escritura a 
cargo do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição. 
D) de coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma 
autoriza a rejeição de todas. 
COMENTÁRIOS:
O Código Civil prevê expressamente a possibilidade da venda de coisa 
incerta (art. 243), que é aquela em que o objeto é determinado 
apenas quanto ao gênero e quantidade, sendo individualizado no 
momento do cumprimento da obrigação. Assim, a compra e venda 
pode referir-se a coisa certa ou incerta. 
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Os riscos pela perda ou deterioração da coisa, enquanto não houver a 
tradição (entrega do bem) correm por conta do vendedor. Incorreta a 
alternativa “B”.
Segundo o art. 490, salvo estipulação diversa, correrão a cargo do 
comprador as despesas com a escritura, e a cargo do vendedor, as da 
tradição. Correta a alternativa “C”.
Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma delas 
não autoriza a rejeição das demais que não apresentem tal vício (art. 
503). Incorreta a alternativa “D”. 
(Tabelião e Registrador/RJ/1998) 
47. Tratando-se a doação de contrato subordinado a forma 
especial, que deve ser celebrado por escritura pública ou 
instrumento particular, podemos afirmar que: 
A) não se admite a chamada doação manual ou verbal no direito 
brasileiro; 
B) a doação manual ou verbal só é admitida quando versar sobre 
bens móveis e de pequeno valor, desde que ocorra a tradição 
imediata;
C) a doação manual ou verbal só é admitida quando versar sobre 
bens fungíveis; 
D) a doação manual ou verbal só é admitida quando versar sobre 
bens móveis, independente do valor, desde que ocorra a tradição 
imediata;
E) a doação manual ou verbal só é admitida quando versar sobre 
bens móveis ou de pequeno valor, se lhe seguir a tradição 
incontinenti. 
COMENTÁRIOS:
Em regra, a doação deve ser feita por escritura pública ou 
instrumento particular (art. 541, caput). Exceção é o caso da doação 
manual, que pode ser feita verbalmente, quando tiver por objeto bem 
móvel de pequeno valor (art. 541, parágrafo único). Assim, correta 
está a alternativa “B”. 
QUESTÕES APRESENTADAS 
(AGU-2ªCategoria 1998) 
01. A ‘exceptio non rite adimpleti contractus’ é a cláusula 
resolutiva 
A) tácita relativa ao inadimplemento parcial da prestação, que 
constitui objeto do contrato bilateral 
B) tácita que somente se prende a contrato unilateral 
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C) tácita aplicada no caso de inadimplemento total da obrigação, 
incumbindo a prova ao contratante que não a cumpriu 
D) tácita aplicada em caso de inadimplemento total do contrato 
unilateral
E) expressa que se prende a contrato bilateral 
(AGU-2ªCategoria 1998)
02. O contrato de custódia de ações ou valores mobiliários, 
identificáveis por número, não havendo estipulação de que o 
depositário os pode consumir, é um depósito 
A) irregular 
B) legal 
C) judicial 
D) miserável 
E) regular 
(AGU-2ªCategoria 1998)
03. Quando os próprios segurados atuam, concomitantemente, 
como seguradores e segurados, de tal forma que a 
responsabilidade pelo risco será compartilhada por todos os 
segurados, respondendo cada um pelo dano sofrido por 
qualquer deles, ter-se-á o seguro 
A) de ramos elementares 
B) de capital deferido 
C) mútuo 
D) misto 
E) a prêmio 
(Anal.ass.jur/SE/2001)
03. O comodato é um contrato real porque: 
A) a coisa infungível emprestada pode ser bem móvel ou imóvel. 
B) só se completará com a tradição do objeto, de modo que o 
comodatário passe a ter posse direta, ficando o comodante com a 
indireta.
C) o objeto não pode ser cedido pelo comodatário, sob o mesmo 
título, a terceiro, por traduzir um favorecimento pessoal. 
D) é uma cessão sem contraprestação, onerando um dos 
contratantes, proporcionando ao outro uma vantagem. 
E) coloca uma só das partes na posição de devedor, ficando a outra 
na de credor. 
(Analista Jud./1ªReg./2003) 
04. É correto afirmar que: 
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A) a aceitação do mandato deve ser expressa; 
B) quando o mandato contiver a cláusula de irrevogabilidade e o 
mandante o revogar, pagará perdas e danos; 
C) é vedado ao mandatário reter a coisa de que tenha a posse em 
virtude do mandato; 
D) o mandato presume-se oneroso, quando não houver estipulação 
em contrário; 
(Analista Jud./1ªReg./2003) 
05. Leia atentamente as assertivas abaixo. 
I - É lícita a compra e venda entre cônjuges, com relação a bens 
excluídos da comunhão. 
II - Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma 
autoriza a rejeição de todas. 
III - É nula a troca de valores desiguais entre ascendentes e 
descendentes, sem consentimento dos outros descendentes. 
IV - O comodatário não poderá jamais recobrar do comodante as 
despesas feitas com o uso e gozo da coisa emprestada. 
V - Os atos praticados por quem não tenha mandato, ou o tenha sem 
poderes suficientes, são ineficazes em relação àquele em cujo nome 
foram praticados, salvo se este os ratificar. 
Sobre as assertivas acima, pode-se afirmar que estão corretas: 
A) I, III e V; 
B) III, IV e V; 
C) II, III e V; 
D) I, IV e V; 
E) I, II e III. 
(AnalistaJudiciário/5º Reg.TRT/06/2003)
06. Comprei uma máquina. Quando recebida, notei ter defeito 
oculto que reduzia sensivelmente a produção, diminuindo, em 
conseqüência, o seu valor. O vendedor conhecia o defeito e 
ofereceu-me um abatimento no preço, em valor superior à 
diminuição da capacidade da máquina. Nesse caso, 
A) se quiser, posso aceitar o oferecimento de abatimento no preço, 
mas estou impedido de enjeitar a coisa. 
B) sou obrigado a aceitar a oferta de abatimento, que cobre, 
superiormente, a menor capacidade da máquina. 
C) posso enjeitar a coisa viciada e recuperar o que paguei, mas não 
tenho direito a perdas e danos. 
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D) posso enjeitar a coisa viciada e recuperar o que paguei, com 
perdas e danos. 
E) a decadência do direito de enjeitar ou de aceitar o abatimento 
oferecido ocorre no prazo de noventa dias. 
(AnalistaJudiciário/5º Reg.TRT/06/2003) 
07. Recebi mandato para prática de certo negócio. Estando 
pendente um dos atos e havendo perigo na demora de sua 
prática, tomei conhecimento da morte do mandante.Nesse 
caso,
A) cessa minha responsabilidade com a morte, devendo o espólio do 
outorgante prosseguir no negócio ou renovar o mandato. 
B) está extinto o mandato pela ocorrência da morte. 
C) a conclusão do negócio depende de urgente autorização judicial. 
D) a morte solve o mandato, assim como o negócio já começado e as 
partes retornam ao status quo ante. 
E) devo concluir o negócio já começado. 
(AnalistaJudiciário/CE/2003)
08. A emptio rei speratae: 
A) é venda aleatória de coisa existente sujeita a risco de 
deterioração.
B) é alienação de coisa existente sujeita a risco de perda. 
C) é contrato aleatório em que o adquirente, na alienação de coisa 
futura, assume o risco quanto à maior ou menor quantidade da coisa, 
sendo devido o preço ao alienante, desde que este não tenha culpa, 
mesmo que o objeto venha a existir em quantidade mínima. 
D) é contrato aleatório em que um dos contratantes, na alienação de 
coisa futura, toma a si o risco relativo à existência da coisa, 
ajustando um preço, que será devido integralmente, mesmo que 
nada se produza, sem que haja culpa do alienante. 
E) é venda aleatória de coisa existente que, na efetivação do 
contrato, não mais existia. 
(AnalistaJudiciário/CE/2003)
09. Se o electus era insolvente, fato esse desconhecido, no 
momento de sua indicação: 
A) o contrato com pessoa a declarar não irradiará qualquer efeito. 
B) o contrato com pessoa a declarar só vinculará stipulans e 
promittens.
C) liberado estará o indicante. 
D) a cláusula pro amico eligendo terá efeito ex tunc e o nomeado 
será tido como contratante originário. 
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E) ter-se-á a eficácia do contrato com pessoa a declarar, se o 
indicado aceitar sua nomeação, caso em que ficará adstrito

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