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Dermato Dermatomicoses

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Scheila Maria 
2016 
1 
 
DERMATO - DERMATOMICOSES 
 
 Conceito: são doenças causadas por fungos. 
 Classificação dos fungos: eucarióticos (leveduras) ou multinucleados (fungos 
filamentosos). São heterotróficos e nutrem-se de matéria orgânica morta (saprofíticos) 
ou viva (parasitários). 
 Leveduras  candidíase [As leveduras são de grande importância para a clínica, porque 
são responsáveis pela candidíase] 
 Dermatomicoses superficiais 
o Ceratofitoses (pele) – atinge so a parte morta e nao causa reações. 
o Dermatofitoses (pele, unha e cabelo) 
o Candidíase (pele, unha e mucosas) 
 Dermatomicoses profundas 
o Subcutâneas 
o Sistêmicas 
[CERATOFITOSES] 
 São micoses essencialmente superficiais na qual os fungos são comensais e se 
alimentam da camada córnea sem causar reações de hipersensibilidade. 
 
1. Pitiríase Versicolor 
 
 “Pano branco”. 
 Causada pelos fungos: Malassezia furfur, Ptirosporum ovale ou Pitirosporum orbiculare. 
 Não existe relação com sexo, raça, idade. É mais comum em climas quentes e úmidos. 
 Lesões: manchas bem delimitadas e descamativas que podem se apresentar 
hipocrômicas, hipercrômicas, amareladas e até avermelhadas. As les~poes tem 
preferência por áreas de maior concentração de glândulas sebáceas. 
 Ocorre descamação leve = furfurácea. 
 Sinal de Zileri: ocorre quando a pele é esticada e ocorre a descamação 
 Sinal da unha: ocorre quando o estímulo da unha sobre a lesão estimula a descamação. 
 Fisiopatologia: O distúrbio da coloração da pele se dá pela quebra da barreira física 
e/ou inibição da tirosinase {enzima que estimula a coloração da pele} e/ou lesão do 
melanócito. 
 Diagnóstico: 
o Luz de Wood; 
o Pesquisa direta com a raspagem do material e uso de KOH a 10% ou com o teste 
da fita durex para avaliação em laboratório; 
o Histopatológico. 
 Diagnóstico diferencial: 
o Eczemátide (apresentação da dermatite atópica, são lesões não delimitadas); 
 
 
 
Scheila Maria 
2016 
2 
 
o Hipocromia solar (exposição repetida ao sol) 
o Hanseníase indeterminada (há perda de sensibilidade e não há descamação); 
o Hipomelanose macular progressiva (o tratamento é feito quando há insucesso no 
tratamento da pitiríase); 
o Nevus e vitiligo 
 
 Tratamento tópico: 
o Banho 
o Sabonetes derivados enxofre (ação fungistatica diminuindo a proliferação do 
fungo)/salicílicos 
o Antimicóticos tópicos (cetoconazol/isoconazol ) 
 
 Tratamento oral: 
Derivados imidazólicos [são hepatotóxicos] 
o Cetoconazol 200mg/dia por até 30 dias – ja existe certa resistencia 
o Itraconazol 100mg/dia por até 15 dias - é mais eficaz, porem se usa menos por 
ser mais caro 
o Fluconazol 150 mg por semana por 4 semanas * 
*Obs: Usado em aideticos por ser mais potente. Droga de escolha para micose em 
imunodeprimidos, nao deve ser usasdo aleatoriamente para evitar resistencia. 
2. Tinea Nigra (Tinha negra) 
 
 Causada pelo Phaeoannellomyces werneckii. 
 Mais comum em crianças, sexo feminino, regiões tropicais ou sub. 
 Lesão: mancha escurecida, delimitada, na região palmo-plantar (mais palmo que 
plantar), de caráter único ou várias coalescentes. 
 Tratamento: antimicóticos tópicos ou seratolíticos (salicilatos) 
 
3. Tricomicose nodosa (Piedra) 
 
 Piedra nigra: causada pela Piedraia hortai. Lesão com nódulos duros, pretos, em pouca 
quantidade e aderentes aos pelos, em várias áreas pilosas. 
 Piedra branca: causada pelo Trichosporum beigelii. Lesão com pequenos nódulos 
brancos, macios e aderentes aos pelos do couro cabeludo, axilas e área pubiana. 
Comprometem a pele correspondente, causando eritema. {DD com escabiose} 
 Tratamento: formol a 2%, shampoos imidazólicos, e itraconazol VO 100 mg {nos casos 
extra cutâneos} 
 
[DERMATOFITOSES] 
 
 
 
Scheila Maria 
2016 
3 
 
 Fungos que necessitam da queratina para sobreviver (parasita), causando reação de 
hipersensibilidade celular específica {devido à profundidade da contaminação} 
 Dermatófitos (microsporum, trichophytum e Epidermophytun ). 
 Atingem pele , cabelo e unhas. 
 Nao há diferença em relação a sexo/ idade/ raça/ clima. 
 Tipos: tinea capitis, barbae, corporis, pedis (pé de atleta), manus, inguinalis, 
onicomicosis . 
 Tinea capitis: atinge cabelo e couro cabeludo com lesões eritematoescamosas. 
o Ocorre geralmente em crianças, porque adultos eliminam sebo, o que dificulta a 
colonização. 
o São dois tipos: tonsurante {tradicional ou inflamatória} ou favosa. 
o Tonsurante tradicional: pelos quebradiços, pele descamativa, sem cicatriz, 
regressão espontânea. A lesão pode ser única e grande (microspórica) ou várias 
menores (tricofítica). Após tratado não deixa cicatriz. {DD com sífilis – alopecia 
em clareira} 
o Tonsurante inflamatória: cursa com placa inflamatória, dolorosa, pústulas, 
que pode ter microabscessos, de causa geo/zoofílica. É causada pelo K. celsi. 
o Favosa: é causada pela T. schoenleinii, e cursa com microendemias, com várias 
lesões pequenas, confluentes, com formação de crosta bem aderida, que não sai 
com facilidade (e ao contrário da dermatite seborreica, tem mau cheiro e há 
crosta ao invés de escama). Pode levar a alopecia cicatricial. 
 Tinea barbae (tinha da barba): É mais rara no Brail e pode ser inflamatória, circinada 
ou sicosiforme. 
 Tinea corporis (da pele glaba): é causada pela T. rubrum, T. mentagrophytes e M. canis. 
Existem em três formas: 
o Vesiculosa – com lesões vesiculosas que crescem uma ao lado da outra até se 
fundir e então se rompem formando crosta. Evolução centrífuga; 
o Numular (ou anular) – com lesões eritemoescamosas e pápulas e de 
crescimento centrífugo (parte externa mais ativa). 
o Placas – não há regressão central, possui grande extensão e cursam com 
prurido. 
 Tinea pedis e tinea da mão: são semelhantes, porém a do pé é mais frequente. Podem 
ser de três tipos: 
o Intertriginosa (pé de atleta) – fissuras e maceração nas pregas interdigitais, 
pode estar associado a bactéria ou cândida; 
o Descamativa – lesões descamativas, pouco pruriginosas. Há comprometimento 
das unhas, e está associada à onicomicose 
o Vesiculosa – que tem sua forma aguda associada à bactéria, pruriginosa. 
 Tinea cruris: lesão eritematoescamosa marginada que atinge as regiões inguinal 
(principalmente), perineal, nádegas e abdome, muito pruriginosa, acomete mais 
homens e é causada por T. rubrum, T. mentagrophytes. 
 Onicomicose: ocorre nas unhas e, em 99% dos casos, é causada pelo trichophytum e 
epidermophyton. Deve-se obrigatoriamente diferenciar da psoríase, com exame 
Scheila Maria 
2016 
4 
 
micológico direto da unha. Geralmente a lesão começa pela parte distal da unha, porque 
na matriz ungueal estão presentes as células de defesa. No entanto, pode acometer 
qualquer parte da unha. As lesões são destrutivas e esfarinhentas, crônicas e de cor 
branco amarelada. 
 Dermatófitide ou IDE: é uma reação alérgica causada pela disseminação 
hematogênica de antígenos de dermatófitos, com lesão desabitada, foco a distância e 
que desaparece após o tto do foco. Quadros agudos ou subagudos, de morfologia 
variada, com tendência a simetria e a recidivas em um portador de dermatofitoses. 
 Diagnósticos diferenciais: psoríase plantar ou vulgar, dermatite seborreica, eczema 
numular, eczema de contato, alopecia areata, entre outros. 
 Tratamento: 
o TÓPICO: isoconazol, 1%, cetoconazol 1% em duas aplicações diárias. 
o SISTÊMICO: 
a. Griseofulvina – 500mg dia por 40 dias – mais eficaz. 
b. Cetoconazol – 200 mg dia por 30 dias – pra tinha é fraco 
c. Itraconazol– 100mg dia por 15 dias – é mais caro 
d. Fluconazol – 150 mg por semana por 4 semanas 
e. Terbinafina – 250 mg dia por 30 dias 
 
[CANDIDÍASE] 
 A manifestação da candidíase pode ser cutânea, cutâneo-sistêmica ou sistêmica, e é 
causada por uma levedura, a Candida albicans. Quando sistêmica, acomete TGI, pele e 
genitais. Ocorre principalmente quando há desequilíbrio do SI (imunodeprimidos). 
 Quadro clínico inclui: candidíase oral, vulvovaginal, balanoprepucial, intertriginosa, 
perionix e mucocutânea. 
 Candidíase oral: Acomete geralmente pacientes HIV+, RN e idosos. Se manifesta como 
pequenos pontos circulares esbranquiçados com eritema periférico, que podem se unir 
formando placas cremosas na região oral. Pode ocorrer em RNs após amamentação sem 
limpeza da boca. 
OBS: Perlèche ou queilite angular: lesões fissuradas no canto da boca, muito 
comuns na modificação da arquitetura da boca por prótese, por isso frequente 
em idosos. Em geral, há associação bacteriana. 
 Vulvovaginite: é comum na gravidez, DM, pacientes com uso de ACO, uso prolongado 
de ATB e duchas. Nesses casos, pode ocorrer leucorreia e placas esbranquiçadas ou 
eritematosas múltiplas. Pode-se fazer o diagnóstico diferencial com a tinea, com a 
diferença de que na candidíase existem lesões satélites. 
 Balanoprepucial: ocorrem placas eritematoerosivas, recobertas ou não por secreção 
esbranquiçada, úmidas, pruriginosas. É transmitida sexualmente, mas pode se 
desenvolver em pacientes predispostos (DM, imunossupressão por corticoides, fimose, 
falta de higiene, obesidade), mesmo sem terem tido contato sexual. 
Scheila Maria 
2016 
5 
 
 Intertrigiana: acomete regiões de dobras, com lesões eritematosas, fissurais, úmidas, 
erosões, secreções, lesões satélite, prurido e ardor. 
 Perionix ou paroníquea: cursa com eritema e edema ao redor da matriz ungueal, com 
presença de dor e pus. Evolui com descolamento e distrofia da unha. Pode ocorrer em 
pctes que fazem a retirada da cutícula ou por dermatite de contato a sabão ou 
detergentes. 
 Tratamento: 
o TÓPICO = ATB (nistatina), azóis (cetoconazol, miconazol, isoconazol); 
o SISTÊMICO = Cetoconazol 10 dias, Itraconazol 4 dias e Fluconazol dose única. 
o Droga de escolha = itraconazol (4 dias) e deve-se tratar os parceiros sexuais. 
 
[DERMATOMICOSES PROFUNDAS SUBCUTÂNEAS] 
 Esporotricose: Causada por Sporothrix schencki (saprófito com reservatório natural no 
solo, vegetais, madeira. A inoculação no homem pode ser através de traumatismos ou 
mordeduras de animais). Atinge primariamente a pele (lesão inicial = cancro de 
inoculação) e eventualmente mucosas e órgãos internos. As lesões são nódulos ou 
gomas que ulceram e se multiplicam seguindo o trajeto linfático. Compromete tecido 
linfático, com formação de goma que evolui para fístula, liberando secreção para a pele. 
Tratamento com iodeto potássio 2g dia ou itraconazol 200mg dia por 30 dias. DD: 
leishmaniose e outras micoses. 
 Cromomicose: Lesões espessas e vegetantes ou verrucosas. Geralmente no MMII pois a 
penetração do fungo se dá por traumatismo. Pode evoluir causando impotência 
funcional da região afetada, linfedema, elefantíase ou carcinoma. Trata-se com 
itraconazol 200mg dia por 30 dias. 
 Outras dermatomicoses subcutâneas são: feo-hifomicose, doença de Jorge Lobo, 
micetoma, zigomicose. 
[DERMATOMICOSES PROFUNDAS SISTÊMICAS] 
 As mais comuns são: paracoccidioidomicose, histoplasmose, criptococose.

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