Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fundac¸a˜o Centro de Cieˆncias e Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro AP1 – Geometria Anal´ıtica II – 2016/1 Nome: Matr´ıcula: Po´lo: Data: Atenc¸a˜o! • Identifique a Prova, colocando Nome, Matr´ıcula, • O desenvolvimento das questo˜es pode ser a la´pis. No entanto, Polo e Data; as respostas devera˜o estar necessariamente a` caneta; • E´ expressamente proibido o uso de calculadora; • E´ expressamente proibido o uso de corretivo nas respostas. • Devolver a prova e a folha de respostas ao res- ponsa´vel; Questa˜o 1 (2,5 pontos): O plano Πm conte´m o eixo x e o ponto Pm = (0, 4,m). (a) [1 pt] Determine, em func¸a˜o de m, a equac¸a˜o de Πm. (b) [1,5 pt] Determine m para que Πm seja tangente a` esfera de equac¸a˜o x 2 + (y − 5)2 + z2 = 9. SOLUC¸A˜O (a) O plano Πm conte´m o eixo x, isto e´, a reta (x, y, z) = (0, 0, 0) + t · (1, 0, 0), t ∈ R. Assim, o vetor ~u = (1, 0, 0) e´ paralelo ao plano. Ale´m disso, como o plano conte´m o eixo x, contera´ o ponto (0, 0, 0) e, como conte´m o ponto (0, 4,m), contera´ o vetor ~v = (0 − 0, 4 − 0,m − 0) = (0, 4,m). Assim, um vetor normal ~n ao plano pode ser obtido fazendo-se ~n = ~u× ~v = (1, 0, 0)× (0, 4,m) = ∣∣∣∣∣∣ ~e1 ~e2 ~e3 1 0 0 0 4 m ∣∣∣∣∣∣ = (0,−m, 4). Assim, a equac¸a˜o do plano sera´ da forma Πm : 0x−my + 4z = d. Como (0, 0, 0) ∈ Πm, temos 0 · 0−m · 0 + 4 · 0 = d ∴ d = 0. Assim, Πm : −my + 4z = 0. Outra soluc¸a˜o: Como o eixo x esta´ contido no plano, os pontos (0, 0, 0) e (1, 0, 0) pertencem a o plano. Ale´m disso, sabemos que (0, 4,m) tambe´m pertence. Substituindo estes pontos em uma equac¸a˜o “gene´rica” de plano ax + by + cz = d, teremos a · 0 + b · 0 + c · 0 = d ∴ d = 0, a · 1 + b · 0 + c · 0 = d ∴ a = d ∴ a = 0, a · 0 + b · 4 + c ·m = d ∴ 4b = −mc ∴ b = −mc 4 . Assim, temos Πm : −mc 4 y + cz = 0. Fazendo c = 4, para evitar denominadores, temos Πm : −my+4z = 0. Note que podemos escolher um valor de c, pois todas as equac¸o˜es da forma −mc4 y + cz = 0 sa˜o equivalentes (desde que c 6= 0, obviamente). (b) Queremos que o plano Πm : −my+ 4z = 0 seja tangente a` esfera de centro (0, 5, 0) e raio 3, o que ocorrera´ se, e so´ se, d(Πm, (0, 5, 0)) = 3. Mas isto equivale a | −m · 5 + 4 · 0|√ 0 + m2 + 42 = 3, ou ainda | − 5m| = 3 √ m2 + 16. A equac¸a˜o equivale a (−5m)2 = 9(m2 + 16), ou ainda 25m2 = 9m2 + 9 · 16⇔ 16m2 = 9 · 16⇔ m2 = 9⇔ m = ±3. Questa˜o 2 (2,5 pontos): Determine uma parametrizac¸a˜o da reta passando pela origem e paralela, simultaneamente, aos planos Π e Γ de equac¸o˜es Π : x + y − z = 6, Γ : 2x + y + z = 4. SOLUC¸A˜O Uma reta sera´ paralela aos planos Π e Γ simultaneamente se seu vetor direc¸a˜o ~v for paralelo aos planos. Isto equivale a dizer que ~v e´ ortogonal aos vetores (1, 1,−1) e (2, 1, 1), normais aos planos. Assim, podemos fazer ~v = (1, 1,−1)× (2, 1, 1) = ∣∣∣∣∣∣ ~e1 ~e2 ~e3 1 1 −1 2 1 1 ∣∣∣∣∣∣ = (2,−3,−1). Como a reta passa pela origem, ela pode ser parametrizada por (x, y, z) = (0, 0, 0) + t · (2,−3,−1), t ∈ R. Questa˜o 3 (2 pontos): Considere a superf´ıcie cil´ındrica S de diretriz C : { x2 + y2 + 4y = 0 z = 0 e geratrizes paralelas a (0, 1, 4). (a) [1,5 pt] Determine a equac¸a˜o cartesiana de S. (b) [1 pt] Esboce S. SOLUC¸A˜O 2 (a) Um ponto (x, y, z) pertencera´ a` superf´ıcie cil´ındrica S, de diretriz C e geratrizes paralelas ao vetor (0, 1, 4) se, e somente se, estiver em uma reta que passa por um ponto (x0, y0, z0) de C e e´ paralela ao vetor (0, 1, 4). Ou seja, se (x, y, z) = (x0, y0, z0) + s(0, 1, 4), s ∈ R. Repare que, como (x0, y0, z0) ∈ C, temos z0 = 0, logo, reescrevendo a expressa˜o acima (x, y, z) = (x0, y0 + s, 4s), s ∈ R. Isto nos da´ x = x0, y = y0 + s, z = 4s. Isolando x0, y0, e s, temos x0 = x, y0 = y − s, s = z 4 , e, substituindo s = z4 , temos x0 = x, y0 = y − z 4 . Mas, como (x0, y0, z0) ∈ C, temos x20 + y20 + 4y0 = 0, logo x2 + ( y − z 4 )2 + 4 ( y − z 4 ) = 0, que e´ a equac¸a˜o cartesiana da superf´ıcie cil´ındrica S. A equac¸a˜o pode ser simplificada para x2 + y2 − yz 2 + z2 16 + 4y − z = 0. (b) Completando quadrados na primeira equac¸a˜o da curva C, temos x2 + (y + 2)2 = 4, o que nos mostra que a superf´ıcie e´ obtida “arrastando-se” um c´ırculo de raio 2, contido no plano 3 z = 0, ao longo da direc¸a˜o dada pelo vetor (0, 1, 4). Com isso, temos um esboc¸o de S: Questa˜o 4 (3 pontos): Considere a superf´ıcie S de equac¸a˜o S : 2x2 + 2z2 − 4x + y = 0. (a) [2 pt] Esboce e classifique a equac¸a˜o. (b) [1 pt] Para que valores de k o plano y = k e´ tangente a` superf´ıcie S? SOLUC¸A˜O (a) Podemos escrever, completando quadrados, S : 2x2 + 2z2 − 4x + y = 0 m S : 2(x2 − 2x) + 2z2 + y = 0 4 m S : 2(x2 − 2x + 1− 1) + 2z2 + y = 0 m S : 2(x2 − 2x + 1) + 2z2 + y − 2 = 0 m S : 2(x− 1)2 + 2z2 + y − 2 = 0 m S : y − 2 = −2(x− 1)2 − 2z2. Assim, S representa um paraboloide el´ıptico de ve´rtice (1, 2, 0) e concavidade na direc¸a˜o de y negativo, que esta´ esboc¸ado abaixo: (b) Para k > 2, na˜o ha´ intersec¸a˜o entre o plano y = k e o paraboloide. Isto pode ser visto pelo gra´fico (veja abaixo) ou verificando, na equac¸a˜o cartesiana de S, que y − 2 = −2(x− 1)2 − 2z2 ≤ 0 ∴ y ≤ 2. Para k < 2, a intersec¸a˜o do plano y = k dara´ c´ırculos da forma k − 2 = −2(x− 1)2 − 2z2 ⇔ (x− 1)2 + z2 = 2− k 2 , o que tambe´m pode ser verificado atrave´s do gra´fico (veja abaixo). A u´nica forma de a intersec¸a˜o do plano y = k com o paraboloide resultar em um ponto, isto e´, de o plano ser tangente ao paraboloide, e´ termos k = 2, o que dara´ o plano y = 2. Repare que a equac¸a˜o 2− 2 = −2(x− 1)2 − 2z2, 5 que equivale a (x− 1)2 + z2 = 0, tem como soluc¸a˜o x = 1, y = 2, z = 0. 6
Compartilhar