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Nota de Aula D. Penal

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NOTAS DE AULA 
VERSÃO PRELIMINAR 
 
Sabei escutar, e podeis ter a certeza de 
que o silêncio produz, muitas vezes, o 
mesmo efeito que a ciência. Napoleão 
Bonaparte 
O silêncio é um amigo que nunca trai. Confúcio 
A palavra é prata, o silêncio é ouro. Provérbio chinês 
Quando um burro fala, os outros abaixam as orelhas. Prov. Português 
 
SUMÁRIO 
 
21/10/2011
DIREITO PENAL I 
Prof. Dr. Renato Patrício Teixeira 
04/08/2011 ..... 1 
DIREITO PENAL ......................................................................... 1 
1 Bibliografia .............................................................................. 1 
2 Conceito de Direito Penal ...................................................... 1 
3 Características ........................................................................ 1 
3.1 Caráter público ............................................................................ 1 
3.2 Finalidade preventiva ................................................................... 1 
3.3 Avaliação e mediação .................................................................. 1 
3.4 Ciência Cultural............................................................................ 1 
3.5 Ciência normativa ........................................................................ 1 
3.6 Caráter finalista ............................................................................ 1 
3.7 Sancionador................................................................................. 1 
4. Direito Penal Positivo ............................................................ 1 
5 Direito Penal Subjetivo ........................................................... 1 
6 Direito Penal X Legislação Penal ........................................... 1 
05/08/2011 ..... 2 
FONTES DO DIREITO PENAL ................................................... 2 
1 Fonte de Produção ................................................................. 2 
2 Fonte de Cognição ou conhecimento ................................... 2 
2.1 Fontes Imediatas do Direito Penal ................................................ 2 
2.2 Fontes Mediatas do Direito Penal ................................................. 2 
2.2.1 Costumes ..........................................................................................2 
2.2.2 Princípios gerais do Direito ...............................................................2 
2.2.3 Jurisprudência ...................................................................................2 
2.2.4 Doutrina .............................................................................................2 
NORMA PENAL .......................................................................... 3 
1 Norma Jurídica Penal Mandamental ...................................... 3 
2 Norma jurídica penal proibitiva ............................................. 3 
3 Teoria de Binding ................................................................... 3 
4. Classificação Das Normas Penais ........................................ 3 
4.1 Normas Penais Incriminadoras (NPI) ........................................... 3 
4.2 Normas Penais não Incriminadoras (NPNI) .................................. 3 
4.2.1 NPNI Permissivas .............................................................................3 
4.2.1.1 NPNI Permissivas Justificantes ......................................................... 3 
4.2.1.2 NPNI Permissivas Exculpantes ......................................................... 3 
4.2.2 NPNI Explicativas..............................................................................3 
4.2.3 NPNI Complementares .....................................................................3 
4.3 Preceito Primário (PP) x Preceito Secundário (PS) ....................... 4 
4.3.1 Preceito primário (PP) .......................................................................4 
4.3.2 Preceito secundário (PS) ................................................................. 4 
4.4 Normas Penais em branco (NPB) ................................................ 4 
4.4.1 NPB Homogênea ............................................................................. 4 
4.4.2 NPB Heterogênea ............................................................................ 4 
CAPÍTULO II – DOS CRIMES ..................................................... 4 
4.5 Normas penais incompletas ou imperfeitas .................................. 5 
4.6 Anomia ........................................................................................ 6 
4.7 Antinomia .................................................................................... 6 
4.7.1 Critério Cronológico - Antinomia ...................................................... 6 
4.7.2 Critério Hierárquico .......................................................................... 6 
4.7.3 Critério da Especialidade ................................................................. 6 
11/08/2011 ..... 7 
CONCURSO/CONFLITO APARENTE DAS NORMAS ............... 7 
1 Especialidade .......................................................................... 7 
2 Subsidiariedade ...................................................................... 7 
2.1 Subsidiariedade Expressa ........................................................... 7 
2.2 Subsidiariedade Tácita ................................................................ 7 
3. Consunção ............................................................................. 8 
4. Alternatividade ....................................................................... 8 
5 Cumulatividade ....................................................................... 8 
12/08/2011 ..... 9 
INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL ............................................ 9 
1 Interpretação quanto ao sujeito (IQS) ................................... 9 
1.1 IQS Autêntica .............................................................................. 9 
1.2 IQS Doutrinária ............................................................................ 9 
1.3 IQS Judicial ................................................................................. 9 
2 Interpretação quanto aos meios empregados (IQME) .......... 9 
2.1 IQME Literal (gramatical) ............................................................. 9 
2.2 IQME Teleológica ........................................................................ 9 
2.3 IQME Sistemática ........................................................................ 9 
3 Interpretação quanto aos resultados obtidos (IQRO)......... 10 
3.1 IQRO Declaratória ..................................................................... 10 
3.2 IQRO Restritiva ......................................................................... 10 
3.3 IQRO Extensiva ......................................................................... 10 
4 Interpretação Analógica ....................................................... 10 
4.1 Analogia .................................................................................... 10 
18/08/2011 ... 11 
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL ........................................... 11 
SUMÁRIO – DIREITO PENAL I 
 
 
ii 
1 Principio da Intervenção Mínima (PIM)................................ 11 
2 Principio da Lesividade (PL) ................................................ 11 
3 Principio da Adequação Social (PAS) ................................. 11 
4 Principio da Fragmentariedade (PF) .................................... 11 
5 Principio da Insignificância (PI) ........................................... 11 
6 Principio da Individualização da Pena (PIP) ....................... 12 
6.1 PIP em Abstrata (individualização legislativa) ............................. 12 
6.2 PIP em Concreta (individualização judicial) ................................ 12 
6.3 PIP na Execução....................................................................... 12 
7 Principio da Proporcionalidade (PP) ................................... 12 
8 Principio da Responsabilidade Pessoal ou 
Pessoalidade (PRPP)............................................................... 12 
8.1 PRPP caráter personalíssimo da Pena ....................................... 12 
9 Principio da Limitação das Penas ou Humanidade 
(PLPH) ...................................................................................... 12 
19/08/2011 ... 13 
10 Princípio da Culpabilidade (PC) ......................................... 13 
10.1 PC Elemento do conceito de crime ........................................... 13 
10.2 PC Medidora de pena .............................................................. 13 
10.3 PC Impedidora de responsabilidade penal objetiva .................. 13 
11 Princípio da Legalidade (PL) .............................................. 13 
11.1 PL Formal ................................................................................ 13 
11.2 PL Material............................................................................... 13 
LEI PENAL NO TEMPO ............................................................ 14 
1 Lei Penal................................................................................ 14 
2 Regra Padrão ........................................................................ 14 
2.1 Princípio da irretroatividade da lei penal ..................................... 14 
3 Exceções ............................................................................... 14 
3.1 Princípio da Retroatividade da lei mais benigna ......................... 14 
3.2 Princípio da Ultratividade da lei mais benigna............................. 14 
3.3 Princípio Abolitio Criminus (abolição do crime) ........................... 14 
3.4 Princípio Novatio Legis (nova lei) incriminadora ......................... 15 
3.5 “Novatio Legis in Pejus” ............................................................. 15 
3.6 Lei Intermediária ........................................................................ 15 
3.7 Leis Excepcionais ...................................................................... 15 
3.8 Leis Temporais .......................................................................... 15 
4 Tempo do Crime ................................................................... 15 
4.1 Teorias da atividade – ação ou omissão ..................................... 15 
4.2 Teorias do Resultado ................................................................. 15 
4.3 Teorias da Ubiquidade ............................................................... 15 
25/08/2011 ... 16 
LEI PENAL NO ESPAÇO ......................................................... 16 
1 Limites territoriais ................................................................ 16 
2 Princípios das extraterritorialidade ..................................... 16 
2.1 Princípio Real, defesa, proteção ................................................. 16 
2.2 Princípio da Nacionalidade ou personalidade. ............................ 16 
2.3 Princípio da Universalidade ou cosmopolita ............................... 17 
2.4 Princípio da Representação ou bandeira .................................... 17 
2.4.1 Subsidiário ..................................................................................... 17 
2.4.2 Deficiência legislativa ..................................................................... 17 
2.4.3 Efetivo ou real ................................................................................ 17 
2.4.4 Extensão ........................................................................................ 17 
2.5 Lugar do crime ........................................................................... 17 
2.5.1 Teorias ........................................................................................... 17 
2.5.1.1. Ação, Omissão ou Atividade ........................................................... 17 
2.5.1.2 Resultado ......................................................................................... 17 
2.5.1.3. Intenção .......................................................................................... 17 
2.5.1.4 Ubiquidade ....................................................................................... 17 
3 Extraterritorialidade .............................................................. 18 
3.1 Extraterritorialidade Incondicionada............................................ 18 
3.2 Extraterritorialidade Condicionada .............................................. 18 
3.2.1 Universalidade ............................................................................... 18 
3.2.2 Personalidade ................................................................................ 18 
3.2.3 Bandeira ......................................................................................... 18 
26/08/2011 ... 18 
4 Imunidades ........................................................................... 18 
4.1 Imunidade diplomática ............................................................... 18 
4.2 Imunidade parlamentar .............................................................. 19 
4.2.1 Imunidade Substantiva, absoluta, material .................................... 19 
4.2.2 Imunidade Processual, Formal ou Relativa ................................... 19 
01/09/2011 ... 19 
5 Extradição ............................................................................. 19 
5.1 Tipos de extradição ................................................................... 20 
5.1.1 Extradição Ativa/Passiva ................................................................ 20 
5.1.2 Voluntária/Imposta ......................................................................... 20 
5.1.3 Reextradição .................................................................................. 20 
5.2 Requisitos ................................................................................. 20 
5.2.1 Requer exame prévio STF ............................................................. 20 
5.2.2 Requer tratado ou convenções ...................................................... 20 
5.2.3 Requer sentença condenatória final .............................................. 20 
5.2.4 Requer ser estrangeiro .................................................................. 20 
5.2.5 Requer dupla tipicidade ................................................................. 20 
5.2.6 Requer pena privativa de liberdade > 1 ano .................................. 21 
5.2.7 Requer que não seja crime político ou de opinião......................... 21 
5.2.8 Requer inexistência de processado no Brasil ................................ 21 
5.2.9 Requer não submissão a tribunal de exceção ............................... 21 
5.2.10 Requer não estar extinta a punibilidade ...................................... 21 
5.2.11 Requer que não seja refugiado pelas leis brasileiras .................. 21 
5.2.12 O Brasil ser incompetente para o julgamento .............................. 21 
6. Pena cumprida no estrangeiro ............................................ 21 
6.1 Compensação ........................................................................... 21 
6.2 Atenuação ................................................................................. 21 
02/09/2011 ... 21 
7. Eficácia da sentença penal estrangeira .............................. 21 
7.1 Decorre da soberania ................................................................ 22 
8 Contagem de prazo............................................................... 22 
8.1 Inclui dia do ato que enseja o fato .............................................. 22 
8.2 Prazos não se interrompem ....................................................... 22 
8.3 Calendário comum.....................................................................22 
9 Frações não computáveis da pena ...................................... 22 
10. Legislação especial ........................................................... 22 
08/09/2011 ... 23 
TEORIA GERAL DO DELITO ................................................... 23 
1 Elementos do delito .............................................................. 23 
1.1 Ação .......................................................................................... 23 
1.2 Tipicidade .................................................................................. 23 
1.3 Antijuricidade/Ilicitude ................................................................ 23 
1.4 Culpabilidade ............................................................................. 23 
2 Conceito clássico/causal de delito (CC) .............................. 23 
2.1 Movimento corporal – resultado naturalístico (CC) ..................... 23 
2.2 Aspecto objetivo (CC) ................................................................ 23 
2.3 Positivismo científico (CC) ......................................................... 23 
3 Conceito Neoclássico de Delito (CNC) ................................ 23 
3.1 Ação (CNC) ............................................................................... 23 
3.2 Tipicidade (CNC) ....................................................................... 23 
3.3 Antijuricidade (CNC) .................................................................. 23 
3.4 Culpabilidade(CNC) ................................................................... 23 
4 Conceito Finalista de Delito (CF) ......................................... 24 
4.1 Ação (CF) .................................................................................. 24 
4.2 Separação entre a vontade e o seu conteúdo (CF) .................... 24 
4.3 Eliminar separação entre aspectos objetivos e subjetivos 
(CF)................................................................................................. 24 
4.4 Comportamento - dolo ou culpa na ação (CF) ............................ 24 
4.5 Elementos normativos e subjetivos (CF) .................................... 24 
4.6 Culpabilidade meramente normativa (CF) .................................. 24 
5 Conceito Analítico do Crime (CF) ........................................ 24 
5.1 Crime # Contravenção ............................................................... 24 
5.2 Punibilidade como consequência do crime ................................. 24 
09/09/2011 ... 25 
6 Classificação das Infrações Penais ..................................... 25 
6.1 Tripartida x Bipartida .................................................................. 25 
6.1.1 Tripartida ........................................................................................ 25 
6.1.2 Bipartida ......................................................................................... 25 
SUMÁRIO – DIREITO PENAL I 
 
 
iii 
6.2 Doloso x Culposo x Preterdoloso ............................................... 25 
6.2.1 Doloso ............................................................................................ 25 
6.2.2 Culposo .......................................................................................... 25 
6.2.3 Preterdoloso ................................................................................... 25 
6.3 Comissivo x Omissivo Próprio x Comissivo por Omissão ............ 25 
6.3.1 Comissivo ....................................................................................... 25 
6.3.2 Omissivo próprio ............................................................................ 25 
6.3.3 Comissivo por Omissão OU Omissivo Impróprio .......................... 25 
6.4 Instantâneo x Permanente ......................................................... 25 
6.4.1 Instantâneo .................................................................................... 25 
6.4.2 Permanente .................................................................................... 25 
6.5 Dano x Perigo ............................................................................ 26 
6.5.1 Dano ............................................................................................... 26 
6.5.2 Perigo ............................................................................................. 26 
6.6 Material ou de resultado x Formal x Mera conduta ..................... 26 
6.6.1 Crime Material ou de resultado ...................................................... 26 
6.6.2 Formal ............................................................................................ 26 
6.6.3 Mera conduta ................................................................................. 26 
6.7. Unissubjetivo x Plurissubjetivo .................................................. 26 
6.7.1 Unissubjetivo .................................................................................. 26 
6.7.2 Plurissubjetivo ................................................................................ 26 
6.8 Unissubsistente x Plurissubsistente ............................................ 27 
6.8.1 Unissubsistente .............................................................................. 27 
6.8.2 Plurissubsistente ............................................................................ 27 
6.9. Comum x Próprio x Mão própria ................................................ 27 
6.9.1 Comum ........................................................................................... 27 
6.9.2 Próprio ............................................................................................ 27 
6.9.3 Mão própria .................................................................................... 27 
6.10 Ação única x Múltipla x Dupla subjetividade ............................. 27 
6.10.1 Ação única ................................................................................... 27 
6.10.2 Múltipla ......................................................................................... 27 
6.10.3 Dupla subjetividade ...................................................................... 27 
15/09/2011 ... 28 
CONDUTA ................................................................................ 28 
1 Função de elemento básica ................................................. 28 
2 Função de elemento de união .............................................. 28 
3 Função limitadora ................................................................. 28 
4 Ação/omissão ....................................................................... 28 
5 Fases da conduta ................................................................. 28 
5.1 Interna ....................................................................................... 28 
5.1.1 Representação mental ................................................................... 28 
5.1.2 Escolha dos meios ......................................................................... 28 
5.1.3 Efeitos concomitantes .................................................................... 28 
5.2 Externa ...................................................................................... 28 
6 O resultado naturalístico ...................................................... 28 
7 Teorias da Ação .................................................................... 28 
7.1 Teoria Causal da Conduta – Naturalista ..................................... 28 
7.2 Teoria Final da Conduta – Finalista ............................................ 28 
7.3 Teoria Social da Conduta ........................................................... 28 
16/09/2011 ... 28 
PROVA INDIVIDUAL – 30 PONTOS ......................................... 28 
22/09/2011 ... 29 
8. Ausência de ação e omissão .............................................. 29 
8.1 Não se pune vontade .................................................................29 
8.2 Hipóteses de ausência de ação .................................................. 29 
8.2.1 Coação física irresistível ................................................................ 29 
8.2.2 Movimentos reflexos ...................................................................... 29 
8.2.3 Estados de inconsciência .............................................................. 29 
8.3 Sujeitos da Ação ........................................................................ 29 
8.3.1 Sujeito Ativo ................................................................................... 29 
8.3.2 Sujeito Passivo ............................................................................... 29 
8.3.3 Pessoa Jurídica como Sujeito Passivo .......................................... 29 
8.4 Omissão .................................................................................... 30 
8.4.1 Infração a Normas Imperativas ...................................................... 30 
8.4.2 Omissivos Próprios ........................................................................ 30 
8.4.3 Omissivos Impróprios/Comissivo por Omissão ............................. 30 
8.5 Situações Incomuns .................................................................. 30 
23/09/2011 ... 31 
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE/NEXO DE CAUSALIDADE ..... 31 
1 Teoria da Equivalência das Condições ou Conditio 
Sine Qua Non ........................................................................... 31 
1.1 Limite da Causalidade aferida pelo vínculo subjetivo .................. 31 
1.2 Limite Concausas ...................................................................... 31 
1.2.1 Causas Absolutamente Independentes a conduta analisada ....... 31 
1.2.1.1 Causas Absolutamente Independentes a conduta analisada - 
Preexistente ................................................................................................. 31 
1.2.1.2 Causas Absolutamente Independentes a conduta analisada - 
Concomitante ............................................................................................... 31 
1.2.1.3 Causas Absolutamente Independentes a conduta analisada – 
Superveniente .............................................................................................. 32 
1.2.2 Causas Relativamente independente ............................................ 32 
1.2.2.1 Causas Relativamente independente - Preexistente ...................... 32 
1.2.2.2 Causas Relativamente independente - Concomitante .................... 32 
1.2.2.3 Causas Relativamente independente - Superveniente ................... 32 
29/09/2011 ... 33 
TIPO PENAL ............................................................................. 33 
1 Fases do Tipo Penal ............................................................. 33 
1.1 Independência ........................................................................... 33 
1.2 “Ratio Cognoscendi” .................................................................. 33 
1.3 “Ratio essendi” .......................................................................... 33 
1.4 Defensiva .................................................................................. 33 
1.4 Finalismo ................................................................................... 33 
2 Tipo Penal ............................................................................. 33 
2.1 Função Limitadora do Tipo Penal............................................... 33 
2.2 Função Individualizadora do Tipo Penal ..................................... 33 
2.3 Ausência do Tipo Penal ............................................................. 33 
2.4 Injusto penal .............................................................................. 33 
2.5 Outras Funções do Tipo Penal ................................................... 33 
2.5.1 Função Indiciária da Antijuricidade ................................................ 33 
2.5.2 Função Garantia – Reserva Legal ................................................. 33 
2.5.3 Função Diferenciadora do Erro ...................................................... 33 
2.5.4. Função Identificadora do Bem Jurídico Protegido ........................ 33 
3 Modelo Abstrato e o Comportamento Realizado ................ 33 
3.1 Adequação ................................................................................ 33 
3.1.1 Adequação Imediata ...................................................................... 33 
3.1.2 Adequação Mediata ....................................................................... 33 
4 Elementos Constitutivos/Estruturais do Tipo Penal .......... 34 
4.1 Elementos Objetivos Descritivos ................................................ 34 
4.2. Elementos Normativos – Atividade Valorativa ........................... 34 
4.2.1 Elemento indicativo de Antijuricidade ............................................ 34 
4.2.2 Elemento indicativo de Mera Valoração ........................................ 34 
4.2 Elementos Objetivos – Campo Psíquico .................................... 34 
4.2.1 Elemento Subjetivo Geral .............................................................. 34 
4.2.2 elemento Subjetivo Especial .......................................................... 34 
30/09/2011 ... 34 
5. Tipicidade Formal/Legal ...................................................... 34 
6. Tipicidade Conglobante ...................................................... 35 
6.1 Exige Conduta Antinormativa do agente .................................... 35 
6.2 Exige Tipicidade Material ........................................................... 35 
7 Tipo Penal Básico e Derivado .............................................. 35 
7.1 Tipo Penal Básico ...................................................................... 35 
7.2 Tipo Penal Derivado .................................................................. 35 
8 Tipo Penal Normal e Anormal .............................................. 35 
8.1 Tipo Penal Normal ..................................................................... 35 
8.2 Tipo Penal Anormal ................................................................... 35 
8.2.1 Tipo Penal Anormal Normativo ...................................................... 35 
8.2.2 Tipo Penal Anormal Subjetivo ........................................................ 35 
9 Tipo Penal Fechado e Aberto ............................................... 35 
9.1 Tipo Penal Fechado ................................................................... 35 
9.2 Tipo Penal Aberto ...................................................................... 35 
10 Tipo Penal Congruente e Incongruente ............................. 35 
10.1 Tipo Penal Congruente ............................................................ 35 
10.2 Tipo Penal Incongruente .......................................................... 36 
SUMÁRIO – DIREITO PENAL I 
 
 
iv 
11. Tipo Complexo ................................................................... 36 
06/10/2011 ... 36 
12 Elementares do Tipo Penal ................................................ 36 
12.1 Elementar Absoluta .................................................................. 36 
12.2 Elementar Relativa ................................................................... 36 
13 Elementos Específicos dos Tipos Penais ......................... 36 
13.1 Elemento Específico – Uninuclear ............................................ 36 
13.2 Elemento Específico – Plurinuclear .......................................... 36 
13.3. Elemento Específico – Sujeito Ativo ........................................ 36 
13.4. Elemento Específico – Sujeito Passivo .................................... 36 
13.5. Elemento Específico – Objeto Material .................................... 36 
13.6. Elemento Específico – Objeto Jurídico ....................................36 
TIPO DOLOSO ......................................................................... 37 
1 Teorias .................................................................................. 37 
1.1 Teoria da Vontade ..................................................................... 37 
1.2 Teoria do Assentimento ............................................................. 37 
1.3 Teoria da Representação (teoria rejeitada)................................. 37 
1.4 Teoria da probabilidade (teoria rejeitada) ................................... 37 
2. Espécies de Dolo ................................................................. 37 
2.1 Dolo Direto ................................................................................. 37 
2.2 Dolo Indireto .............................................................................. 37 
2.3 Dolo Eventual ............................................................................ 37 
3 Característica do dolo .......................................................... 38 
3.1 Abrangência dos elementos objetivos do tipo ............................. 38 
3.2 Atual em relação a ação ............................................................. 38 
3.3 Possibilidade de influenciar o resultado ...................................... 38 
07/10/2011 ... 38 
4 Dolo Geral ............................................................................. 38 
5 Dolo Genérico ....................................................................... 38 
6 Dolo Específico ..................................................................... 38 
6.1 Delitos de Intenção .................................................................... 38 
6.2 Delitos de Tendência ................................................................. 38 
TIPO CULPOSO ....................................................................... 39 
1 Requisitos de um Crime Culposo ........................................ 39 
1.1 Conduta Humana voluntária ....................................................... 39 
1.2 Inobservância do dever de um Cuidado Objetivo ........................ 39 
1.3 Resultado Lesivo Indesejado ..................................................... 39 
1.4 Nexo de causalidade .................................................................. 39 
1.5 Previsibilidade ............................................................................ 39 
1.6 Tipicidade .................................................................................. 39 
13/10/2011 ... 39 
2 Vias do Crime Culposo......................................................... 39 
2.1 Imprudência ............................................................................... 39 
2.2 Negligência ................................................................................ 39 
2.3 Imperícia .................................................................................... 40 
3 Crime Culposo – Tipo Aberto .............................................. 40 
4 Culpa Inconsciente ............................................................... 40 
5 Culpa Consciente ................................................................. 40 
6 Dolo Eventual x Culpa Consciente ...................................... 40 
7 Culpa imprópria .................................................................... 40 
8 Compensação de Culpa ....................................................... 40 
9 Concorrência de Culpas....................................................... 40 
10. Agravação pelo Resultado ................................................ 40 
14/10/2011 ... 41 
CRIME CONSUMADO .............................................................. 41 
1 Diferente de crime exaurido ................................................. 41 
2 Consumação de crimes........................................................ 41 
2.1 Crimes Materiais ........................................................................ 41 
2.2 Crimes Formais.......................................................................... 41 
2.3 Crimes de Mera Conduta ........................................................... 41 
2.4. Delitos Habituais ....................................................................... 41 
2.5. Crimes Permanentes ................................................................ 41 
2.6 Omissivos (Próprios/Impróprios) ................................................ 41 
CRIMES TENTADOS - TENTATIVA ......................................... 41 
1 “Iter Criminis” – Itinerário do Crime .................................... 41 
1.1 Fase Interna .............................................................................. 41 
1.1.1 Fase Interna – da Cogitação .......................................................... 41 
1.2 Fase Externa ............................................................................. 41 
1.2.1 Fase Externa - da Preparação ....................................................... 41 
1.2.3 Fase Externa - da Execução .......................................................... 42 
1.2.4 Consumação .................................................................................. 42 
2 Critérios de diferenciação entre atos preparatórios e 
executórios .............................................................................. 42 
2.1 Critério Material ......................................................................... 42 
2.2 Critério Formal ........................................................................... 42 
3. A Tentativa não é Tipo Penal Autônomo ............................ 42 
4. Elementos da Tentativa ....................................................... 42 
4.1 Início da execução ..................................................................... 42 
4.1.1 Teoria Objetiva ............................................................................... 42 
4.2 Não consumação por circunstância alheias à Vontade ............... 42 
4.3 Dolo Total .................................................................................. 42 
5 Espécies de Tentativa .......................................................... 42 
5.1 Tentativa Imperfeita ................................................................... 42 
5.2 Tentativa Perfeita ...................................................................... 42 
6 Punibilidade da Tentativa ..................................................... 42 
6.1 Teoria Subjetiva (NA-CPB) ........................................................ 42 
6.2 Teoria Objetiva .......................................................................... 42 
7 Infrações que Não Admitem Tentativa ................................ 42 
7.1 Culposos ................................................................................... 42 
7.2 Preterdolosos ............................................................................ 42 
7.3 Omissivo Próprio ....................................................................... 43 
7.4 Unissubsistentes ....................................................................... 43 
7.5 Atentado .................................................................................... 43 
7.6 Contravenções Penais ............................................................... 43 
20/10/2011 ... 43 
8 Desistência Voluntária ......................................................... 43 
9 Arrependimento Eficaz ......................................................... 43 
10 Tentativa Branca ................................................................. 43 
11 Natureza Jurídica da Desistência Voluntária e do 
Arrependimento Eficaz ............................................................ 43 
11.1. Extinção da Punibilidade ......................................................... 43 
11.2. Exclusão da Adequação Típica ............................................... 43 
CRIME IMPOSSÍVEL OU TENTATIVA INIDÔNIA..................... 43 
1 Ineficácia Absoluta do Meio Empregado ............................. 43 
1.1 Meio Inadequado para Produzir o Resultado.............................. 43 
1.2 Deve ser Inteiramente Ineficaz ................................................... 44 
2 Absoluta Impropriedade do Objeto ..................................... 44 
3 Punibilidade – Terias: ........................................................... 44 
3.1 Teoria Subjetiva (NA-CPB) ........................................................ 44 
3.2 Teoria Objetiva .......................................................................... 44 
3.2 Teoria Sintomática (NA-CPB) .................................................... 44 
CRIME PUTATIVO .................................................................... 44 
ARREPENDIMENTO POSTERIOR ........................................... 44 
1 Pressupostos: ....................................................................... 44 
21/10/2011 ... 45 
ERRO DE TIPO ......................................................................... 45 
1 Erro de Tipo – Art. 20 §§ e caput ......................................... 45 
2 Descriminantes Putativas .................................................... 45 
3 Erro recai sobre Situação de Fato (Fática) .......................... 46 
4 Teorias da Culpabilidade – Art. 20, 1º.................................. 46 
4.1 Erro Permissivo ......................................................................... 46 
4.1.1 Erro Permissivo – Extremada (NA-CPB) ....................................... 46 
4.1.2 Erro Permissivo – Limitado ............................................................ 46 
5 Agente Provocador - Art. 20, 2º............................................ 46 
NOTAS DE AULAS – DIREITO PENAL I CONCEITO DE DIREITO PENAL 
 
 
1 
04/08/2011 
DIREITO PENAL 
1 Bibliografia 
César Roberto Bittencourt – 
Tratado de Direito Penal – Vol. 1 
– Ed. Saraiva 
Luiz Régis Prado – Curso de 
Direito Penal Brasileiro – Ed. RT. 
Vol. 1 
Rogério Greco – Curso de 
Direito Penal – Ed. Impetrus . 
Vol. 1 
 
2 Conceito de Direito Penal 
Conjunto de normas jurídicas que tem por objetivo a determinação 
de infrações de natureza penal e as sanções correspondentes, 
regulando ainda o poder punitivo do Estado. 
O Código Penal brasileiro teve a redação original na década de 40. 
A primeira razão para a sua existência é a proteção, tutela dos bens 
jurídicos – valores que são importantes para a convivência em 
sociedade. O Estado democrático de direito somente poderá 
interferir na vida do cidadão, se este infringir a lei. O Estado não 
pode atuar da forma que achar melhor. 
- Proteger os bens jurídicos 
- Condutas vedadas 
- Quais sanções são aplicáveis 
- Regula/disciplina o poder punitivo do estado. 
 
3 Características 
3.1 Caráter público 
Somente o Estado detém o direito/poder de punir. 
 
3.2 Finalidade preventiva 
Busca evitar que o cidadão se afaste da norma jurídica penal, 
estabelecendo normas proibitivas/mandamentais e sanções. 
 
3.3 Avaliação e mediação 
Avaliação e mediação em escala de valores da vida em sociedade. 
O direito penal atua apenas diante dos valores que a sociedade 
elegeu como mais importantes. Os demais são de responsabilidade 
dos outros ramos do direito. 
 
 
3.4 Ciência Cultural 
O Direito penal é ciência cultural e não natural, pois advém do 
convívio social. As regras são vinculadas a cultura e por isso são 
passíveis de mudança. As ciências naturais nascem com o indivíduo 
 
3.5 Ciência normativa 
Estabelece preceitos legais (regras pré-estabelecidas), sem perder 
de vista, o estudo da gênese do crime. 
 
3.6 Caráter finalista 
Visa a proteção/preservação dos bens jurídicos. 
 
3.7 Sancionador 
Não cria bens jurídicos, mas acrescenta a tutela penal aos já 
existentes. 
 
4. Direito Penal Positivo 
São normas postas pelo poder público. Regras existentes. 
 
5 Direito Penal Subjetivo 
Reflete-se no direito de punir do estado. 
 
6 Direito Penal X Legislação Penal 
DIREITO PENAL Comum/Especial ≠ LEGISLAÇÃO PENAL 
Comum/Especial 
• Direito Penal Comum - Aplicado por órgãos não especializados. 
o Direito Penal Especial - Aplicado por órgãos especializados 
(Direito Penal Militar ...). 
 
• Legislação Penal Comum - Integra/condensa o código penal. 
o Legislação Penal Especial - As leis que estão fora do Código 
Penal. (Crimes contra a criança e adolescente ...) 
FONTES DO DIREITO PENAL NOTAS DE AULAS – DIREITO PENAL I 
 
 
2 
 
05/08/2011 
FONTES DO DIREITO PENAL 
(De onde se origina) 
1 Fonte de Produção 
De onde emanam. É o Estado. Somente a união, o poder público, 
pode legislar no Direito Penal. 
 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 
DE 1988 – CRF/1988 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, 
marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; 
 
2 Fonte de Cognição ou conhecimento 
Como se manifesta a vontade jurídica, 
É a Lei (produzida pelo Estado). 
A lei é única fonte de cognição do Direito - para punir tem que existir 
lei imanada do Estado. 
 
2.1 Fontes Imediatas do Direito Penal 
Leis 
 
Doutrinariamente: Os legisladores apresentam outras fontes que 
eventualmente podem ser usadas para criar as leis. 
 
2.2 Fontes Mediatas do Direito Penal 
Um pouco mais distantes que as imediatas. 
 
2.2.1 Costumes 
Práticas que se repetem na sociedade independente da lei, mas que 
não podem contrapor-se às leis existentes. 
 
DECRETO-LEI Nº 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942. 
Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro 
Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo 
com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. 
... 
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como 
quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, 
quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os 
bons costumes. 
 
2.2.2 Princípios gerais do Direito 
Consciência ética e regras do bem comum - regras que não estão 
explícitas, mas podem ser extraídas da lei. Pequenas ofensas aos 
bens jurídicos. Adotado pelos praticantes do direito mínimo. 
Exemplo: Crimes de bagatela (furto de uma caixa de fósforos – 
mulher manobrando esbarra em pedestre) a rigor foi um furto/lesão 
corporal leve, mas não causou consequências que justifique a 
atuação estatal. 
 
2.2.3 Jurisprudência 
Decisões que servem de exemplo, semelhante, para guiar a solução 
de um caso. 
 
2.2.4 Doutrina 
Ensinamentos dos juristas, cientistas que atuam em determinada 
área. 
NOTAS DE AULAS – DIREITO PENAL I NORMA PENAL 
 
 
3 
 
NORMA PENAL 
Espécie do gênero norma jurídica (execução garantida por 
sanção institucionalizada). 
A norma faz-se proceder pela valoração (algo importante, 
cultuado pela sociedade), mas esta só se torna norma com a 
imperatividade. 
Norma jurídica penal possui preceito jurídico em forma de 
mandado ou proibição e não se confunde com a lei. 
 
1 Norma Jurídica Penal Mandamental 
Exige que exerça/ordena um comportamento. 
 
Omissão de socorro 
Art. 135. Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo 
sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à 
pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente 
perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade 
pública: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
 
Omissão de notificação de doença 
Art. 269. Deixar o médico de denunciar à autoridade pública 
doença cuja notificação é compulsória: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
 
2 Norma jurídicapenal proibitiva 
Proíbe uma ação - não se comporte de determinada maneira. 
(Proíbe matar) 
Homicídio simples 
Art. 121. Matar alguém: 
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
 
A norma é o pressuposto lógico da lei, esta é o revestimento formal 
daquela. 
NORMA - é o conteúdo da Lei: “É proibido matar” (alma) 
LEI - é o que se visualiza: Matar alguém" (corpo) 
Lei é a fonte do Direito positivo; modo de exteriorização da norma. 
 
3 Teoria de Binding 
(Cientista jurídico) 
Lei: caráter descritivo (só descreve a conduta) 
Norma: caráter proibitivo 
O criminoso não infringe a lei, mas a norma que nela está contida - 
na verdade, ele age como está na lei “matar alguém”. Mas ao 
infringir a norma, ele está também infringindo a lei, pois a 
norma é o conteúdo da lei. 
 
4. Classificação Das Normas Penais 
4.1 Normas Penais Incriminadoras (NPI) 
Estabelecem condutas que se praticadas geram penalidade. 
Se praticadas, haverá penas. 
 
4.2 Normas Penais não Incriminadoras (NPNI) 
4.2.1 NPNI Permissivas 
Autorizam um comportamento 
 
4.2.1.1 NPNI Permissivas Justificantes 
Normas que justificam um comportamento típico que a priori não 
seria permitido. 
Exemplo: matar alguém em legítima defesa) 
 
4.2.1.2 NPNI Permissivas Exculpantes 
Afasta a reprobabilidade da conduta. Exemplo: menor que mata é 
imputável. 
 
4.2.2 NPNI Explicativas 
Explicam um conceito utilizado no ordenamento jurídico. 
Exemplo: crimes do funcionário público. O que é funcionário público 
para o direito penal? O que é casa para o direito penal? 
Peculato 
Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou 
qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a 
posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou 
alheio: 
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
 
Violação do sigilo de proposta de concorrência 
Art. 326. Devassar o sigilo de proposta de concorrência pública, 
ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo: 
Pena - Detenção, de três meses a um ano, e multa. 
 
Art. 150. § 4º A expressão "casa" compreende: 
I - qualquer compartimento habitado; 
II - aposento ocupado de habitação coletiva; 
III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce 
profissão ou atividade. 
 
4.2.3 NPNI Complementares 
Estabelecem diretrizes, caminhos, auxiliam para aplicar a lei. 
Fixação da pena 
Art. 59. O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à 
conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às 
circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao 
comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja 
necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: 
NORMA PENAL NOTAS DE AULAS – DIREITO PENAL I 
 
 
4 
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas; 
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; 
III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de 
liberdade; 
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por 
outra espécie de pena, se cabível. 
 
4.3 Preceito Primário (PP) x Preceito Secundário (PS) 
Homicídio simples 
Art. 121. Matar alguém: (Preceito Primário) 
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. (Preceito Secundário) 
 
4.3.1 Preceito primário (PP) 
Prepositivo legal, conduta descrita como proibitiva ou mandamental 
(matar alguém). 
O Preceito primário será sempre uma norma emanada do Estado 
(União). A norma que complementa o preceito primário não tem que 
ser, necessariamente, emanado da união (Direito Penal). 
 
4.3.2 Preceito secundário (PS) 
Pena atribuída ao sujeito. 
 
4.4 Normas Penais em branco (NPB) 
Requerem complemento do preceito primário em outro texto legal. 
4.4.1 NPB Homogênea 
Mesma fonte de produção. Ambas efetivamente são originárias do 
processo legislativo da união – Congresso Nacional. 
Ambas não nascidas da mesma fonte: o preceito primário e o seu 
complemente. 
 
TÍTULO VII - DOS CRIMES CONTRA A FAMÍLIA 
CAPÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA O CASAMENTO 
Bigamia 
Art. 235. Contrair alguém, sendo casado, novo casamento: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos. 
§ 1º Aquele que, não sendo casado, contrai casamento com 
pessoa casada, conhecendo essa circunstância, é punido com 
reclusão ou detenção, de um a três anos. 
§ 2º Anulado por qualquer motivo o primeiro casamento, ou o 
outro por motivo que não a bigamia, considera-se inexistente o 
crime. 
Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento 
Art. 236. Contrair casamento, induzindo em erro essencial o 
outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja 
casamento anterior: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do 
contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de 
transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou 
impedimento, anule o casamento. 
 
Complemento do Preceito Primário do Art. 236: 
COMPLEMENTO NO CÓDICO CIVIL 
CAPÍTULO III - Dos Impedimentos 
Art. 1.521. Não podem casar: 
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco 
natural ou civil; 
II - os afins em linha reta; 
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado 
com quem o foi do adotante; 
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até 
o terceiro grau inclusive; 
V - o adotado com o filho do adotante; 
VI - as pessoas casadas; 
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou 
tentativa de homicídio contra o seu consorte. 
Art. 1.522. Os impedimentos podem ser opostos, até o momento 
da celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz. 
Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver 
conhecimento da existência de algum impedimento, será 
obrigado a declará-lo. 
 
4.4.2 NPB Heterogênea 
Fontes distintas – onde a norma penal em branco e a complementar 
têm fontes diferentes. 
Exemplo: União e portaria (pode ser editada por qualquer 
repartição pública para disciplinar, desde que seja legal e seguindo 
a hierarquia); União e Anvisa. 
A lei 11.343/2006 traz 18 maneiras – tráfico ilícito de entorpecentes. 
Mas o que é considerado entorpecente? 
Nesse casso a lista a ser consultada é a da ANVISA. Não precisa 
ter como fonte exatamente a União. 
LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006. 
Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre 
Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso 
indevido, atenção e reinserção social de usuários e 
dependentes de drogas; estabelece normas para repressão 
à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; 
define crimes e dá outras providências. 
CAPÍTULO II – DOS CRIMES 
Art. 33. Importar (1), exportar (2), remeter (3), preparar (4), 
produzir (5), fabricar (6), adquirir (7), vender (8), expor à 
venda (9), oferecer (10), ter em depósito (11), transportar 
(12), trazer consigo (13), guardar (14), prescrever (15), 
ministrar (16), entregar a consumo (17) ou fornecer drogas 
(18), ainda que gratuitamente, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar: (Preceito 
Primário) 
... 
Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1o 
desta Lei, até que seja atualizada a terminologia da lista 
mencionada no preceito, denominam-se drogas substâncias 
NOTAS DE AULAS – DIREITO PENAL I NORMA PENAL 
 
 
5 
entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob controle 
especial, da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998. 
 
Complemento do Preceito Primário do Art. 33 do CC! 
PORTARIA Nº 344, de 12 de maio de 1998. Agência Nacional 
de Vigilância Sanitária. Secretaria de Vigilância Sanitária. 
Ministério da Saúde. 
Art. 1º Para os efeitos deste Regulamento Técnico e para a sua 
adequada aplicação, são adotadas as seguintes definições:... 
Droga - Substância ou matéria-prima que tenha finalidade 
medicamentosa ou sanitária. 
Entorpecente - Substância que pode determinar dependência 
física ou psíquica relacionada, como tal, nas listas aprovadas 
pela Convenção Única sobre Entorpecentes, reproduzidas nos 
anexos deste Regulamento Técnico. 
 
4.5 Normas penais incompletas ou imperfeitas 
A sanção (preceito secundário) é conhecida noutro texto da lei, ou 
em outra lei emanada pela União. 
Quando se exige o complemento do preceito secundário (sanção) 
em outro dispositivo legal. Sendo a sanção penal a ser aplicada 
prerrogativa da União, ambas terão, obrigatoriamente, a mesma 
fonte de produção (Congresso Nacional). 
 
LEI Nº 2.889, DE 1 DE OUTUBRO DE 1956. 
Define e pune o crime de genocídio. 
Art. 1º Quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, 
grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal: 
a) matar membros do grupo; 
... 
Será punido: 
Com as penas do art. 121, § 2º, do Código Penal, no caso da 
letra a; 
... 
 
Complemento do Preceito Secundário (sanção) do Art. 1º da 
Lei 2.889/1956: 
Art. 121. Matar alguém: 
... 
Homicídio qualificado 
§ 2° Se o homicídio é cometido: 
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro 
motivo torpe; 
II - por motivo futil; 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou 
outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo 
comum; 
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou 
outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do 
ofendido; 
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou 
vantagem de outro crime: 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
 
COMPLEMENTO NO MESMO DISPOSITIVO: 
Uso de documento falso 
Art. 304. Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou 
alterados, a que se referem os arts. 297 a 302: 
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. 
 
Complemento do preceito secundário (sanção) do Art. 304 
do CC: 
Art. 297. Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou 
alterar documento público verdadeiro: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. 
... 
Falsificação de documento particular 
Art. 298. Falsificar, no todo ou em parte, documento particular 
ou alterar documento particular verdadeiro: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. 
Falsidade ideológica 
Art. 299. Omitir, em documento público ou particular, 
declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer 
inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com 
o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade 
sobre fato juridicamente relevante: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é 
público, e reclusão de um a três anos, e multa, se o documento 
é particular. 
Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o 
crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou 
alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a 
pena de sexta parte. 
Falso reconhecimento de firma ou letra 
Art. 300. Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função 
pública, firma ou letra que o não seja: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é 
público; e de um a três anos, e multa, se o documento é 
particular. 
Certidão ou atestado ideologicamente falso 
Art. 301. Atestar ou certificar falsamente, em razão de função 
pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo 
público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou 
qualquer outra vantagem: 
Pena - detenção, de dois meses a um ano. 
Falsidade material de atestado ou certidão 
§ 1º Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou 
alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para prova 
de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo 
público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou 
qualquer outra vantagem: 
Pena - detenção, de três meses a dois anos. 
§ 2º Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se, além 
da pena privativa de liberdade, a de multa. 
Falsidade de atestado médico 
Art. 302. Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado 
falso: 
NORMA PENAL NOTAS DE AULAS – DIREITO PENAL I 
 
 
6 
Pena - detenção, de um mês a um ano. 
Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, 
aplica-se também multa. 
 
4.6 Anomia 
• Ausência de lei que regulem determinado 
comportamento/conduta. 
• Noutro, embora existindo a lei, não são acatadas/ reconhecidas/ 
valorizadas pela sociedade. 
Quando não existi lei acerca de determinado comportamento ou 
quando existe a lei, mas a sociedade não valora, criando sensação 
de impunidade. 
Exemplo: 
Repressão ao jogo do bicho, por existir outras prioridades, de maior 
gravidade, prioriza-se essas. 
 
4.7 Antinomia 
Normas incompatíveis, pertencendo ao mesmo ordenamento 
jurídico e com o mesmo âmbito de validade. Como se uma norma 
jurídica contrariasse a outra. Para saber qual irá prevalecer, pode-se 
usar um dos critérios a seguir: 
 
 
 
4.7.1 Critério Cronológico - Antinomia 
Usar o mais recente. 
Considera-se a última vez que o Estado estornou sua vontade. 
 
4.7.2 Critério Hierárquico 
Observar o patamar das leis. 
Lei Ordinária (inferior) x Constituição (Superior) 
 
 
4.7.3 Critério da Especialidade 
A norma que cuida exatamente do assunto (especificamente) 
sobressai sobre as genéricas. 
Exemplo: 
Lei 4.898/65 x Arts. 150 § 2º; e 350, PU, II do CP – cuida 
exatamente do abuso de poder. 
 
Exercício arbitrário ou abuso de poder 
Art. 350. Ordenar ou executar medida privativa de liberdade 
individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder: 
Pena - detenção, de um mês a um ano. 
Parágrafo único - Na mesma pena incorre o funcionário que: 
I - ilegalmente recebe e recolhe alguém a prisão, ou a 
estabelecimento destinado a execução de pena privativa de 
liberdade ou de medida de segurança; 
II - prolonga a execução de pena ou de medida de 
segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de 
executar imediatamente a ordem de liberdade; 
III - submete pessoa que está sob sua guarda ou custódia a 
vexame ou a constrangimento não autorizado em lei; 
IV - efetua, com abuso de poder, qualquer diligência. 
... 
Violação de domicílio 
Art. 150. Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, 
ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em 
casa alheia ou em suas dependências: 
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. 
§ 1º Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, 
ou com o emprego de violência ou de arma, ou por duas ou 
mais pessoas: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena 
correspondente à violência. 
§ 2º Aumenta-se a pena de um terço, se o fato é cometido por 
funcionário público, fora dos casos legais, ou com 
inobservância das formalidades estabelecidas em lei, ou com 
abuso do poder. 
 
LEI Nº 4.898, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1965. 
Regula o Direito de Representação e o processo de 
Responsabilidade Administrativa Civil e Penal, nos casos de 
abuso de autoridade. 
 
Quando não tem como diferenciar (lei precisa), o infrator vai ser 
beneficiado, pois o Estado não teve competência para definir a 
norma jurídica correta. 
NOTAS DE AULAS – DIREITO PENAL I CONCURSO/CONFLITO APARENTE DAS NORMAS 
 
 
7 
 
11/08/2011 
CONCURSO/CONFLITO APARENTE DAS NORMAS 
 
1 Especialidade 
Norma especial afasta a genérica. Art. 123 (genérica) x Art. 121 
(especial). 
Quem mata uma pessoa é diferente da mãe que mata o filho 
imediatamente após o parto. O ato continua ilícito, mas com pena 
menor devido ao estado puerperal (alterações físicas e psíquicas 
depois do parto).Homicídio simples 
Art. 121. Matar alguém: 
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
 
Infanticídio 
Art. 123. Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio 
filho, durante o parto ou logo após: 
Pena - detenção, de dois a seis anos. 
 
Se um Funcionário público encontra a carteira do indivíduo e o 
suborna/coage para devolvê-la, utilizando da vantagem da função 
pública, através do cargo público. 
Concussão 
Art. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, 
ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em 
razão dela, vantagem indevida: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. 
 
Extorsão 
Art. 158. Constranger alguém, mediante violência ou grave 
ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem 
indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou 
deixar fazer alguma coisa: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
§ 1º Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com 
emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade. 
§ 2º Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o 
disposto no § 3º do artigo anterior. 
§ 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da 
vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da 
vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 
(doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou 
morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, 
respectivamente. 
Norma especial (art. 316) afasta a genérica (art. 158). Será 
utilizado o art. 316. 
 
2 Subsidiariedade 
Graus de violação de um mesmo bem jurídico, quando não de pode 
aplicar norma mais grave, aplica-se a subsidiária. Quando não se 
consegue reunir todos os elementos para aplicar a norma mais 
grave. (Soldado reserva) 
 
2.1 Subsidiariedade Expressa 
O legislador deixa claro no texto da lei. 
Reutilizar seringa descartável, mas, não acontece dano ao paciente, 
mas mesmo assim ele foi exposto ao risco – utiliza-se o art. 132. 
 
Perigo para a vida ou saúde de outrem 
Art. 132. Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e 
iminente: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não 
constitui crime mais grave. 
 
Se gerar dano efetivo a saúde (doença), utiliza-se o Art. 129. 
Lesão corporal 
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 
Simulação de autoridade para celebração de casamento 
Art. 238. Atribuir-se falsamente autoridade para celebração de 
casamento: 
Pena - detenção, de um a três anos, se o fato não constitui 
crime mais grave. 
 
Subtração de incapazes 
Art. 249. Subtrair menor de dezoito anos ou interdito ao poder 
de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou de ordem 
judicial: 
Pena - detenção, de dois meses a dois anos, se o fato não 
constitui elemento de outro crime. 
 
Falsa identidade 
Art. 307. Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para 
obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar 
dano a outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato 
não constitui elemento de crime mais grave. 
 
2.2 Subsidiariedade Tácita 
Quando a situação de risco evolui para o mais grave, só essa 
prevalece. 
Trafegar com velocidade incompatível com a via: 
 
LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997. 
Institui o Código de Trânsito Brasileiro. 
Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segurança 
nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque 
e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde 
haja grande movimentação ou concentração de pessoas, 
gerando perigo de dano: 
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. 
INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL NOTAS DE AULAS – DIREITO PENAL I 
 
 
8 
 
Praticar homicídio culposo ao volante: 
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo 
automotor: 
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou 
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir 
veículo automotor. 
 
Na subsidiariedade há passagem necessária por um delito menos 
grave (art. 311) – passagem necessária - para alcançar o mais 
grave. Quando passa para o mais grave, responde-se somente pelo 
mais grave (art. 302). 
 
3. Consunção 
Relação de parte a todo, meio a fim – um crime é mero meio ou fase 
de outro, não há passagem necessária. 
A utilização de documento falso, já é crime (art. 297) e pode evolui 
para o estelionato - prejuízo financeiro a terceiros (art. 171). Quando 
um crime é utilizado como meio para atingir o crime fim. Prevalece 
o crime fim (art. 171). O crime final consome o crime meio (art. 
297). 
 
Estelionato 
Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em 
prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, 
mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. 
 
Falsificação de documento público 
Art. 297. Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou 
alterar documento público verdadeiro: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. 
 
4. Alternatividade 
Quando no mesmo dispositivo (legal, norma incriminadora), existem 
mais de um núcleo (verbo) - mais de uma maneira de cometer o 
crime -, basta apenas uma das condutas para ficar configurado o 
crime. 
Ação variada (praticando 1 ou 3 ações = mesmo crime) 
Vários verbos (maneiras) com o mesmo desfecho/ fechamento do 
comportamento. Responde-se somente por um crime, mesmo 
existindo vários verbos. 
 
Destruição, subtração ou ocultação de cadáver 
Art. 211. Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele: 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
 
 
5 Cumulatividade 
Quando as condutas são cumulativas. 
Após os verbos existem complementos/comportamentos diferente - 
independente. Vários verbos (maneiras) vinculados a 
comportamentos diferentes. 
Responde-se por quantos crimes forem verbalizados. 
Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele 
relativo 
Art. 208. Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de 
crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou 
prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto 
de culto religioso: 
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. 
NOTAS DE AULAS – DIREITO PENAL I INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL 
 
 
9 
 
12/08/2011 
INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL 
Conseguir extrair da lei, a vontade do Estado em determinada 
norma jurídica. Espécies: 
 
1 Interpretação quanto ao sujeito (IQS) 
Quem efetiva, ou seja, de quem emana a norma. 
 
1.1 IQS Autêntica 
O próprio legislador explicita o seu objetivo com a norma. Na própria 
lei (contextual) ou em norma posterior e complementar (Posterior). 
• IQS Autêntica Contextual - na própria lei já se encontra o 
direcionamento do legislador, ela não precisa de norma posterior 
para complementar o seu entendimento. 
• IQS Autêntica Posterior - a lei posterior direciona (norte) para 
interpretar a lei anterior. Normalmente em normas não 
incriminadoras. 
 
1.2 IQS Doutrinária 
Interpretação dada por estudiosos, cientistas de um determinado 
assunto. 
 
1.3 IQS Judicial 
Interpretação respaldada por decisões judiciais (jurisprudência), o 
próprio judiciário orienta como interpretar a norma. 
Não requer do intérprete nenhum esforço próprio. O próprio texto diz 
o que quer. 
 
2 Interpretação quanto aos meios empregados 
(IQME) 
2.1 IQME Literal (gramatical) 
Interpretação literal (ipsis litteris), aquela em que se aprende a 
literalidade do texto, sem agregar mais nada. 
 
2.2 IQME Teleológica 
Interpretar a lei levando-se em conta a sua finalidade. 
• Lei 8.069 – no caso de qualquer norma doECA, deve-se 
interpretá-la considerando que sua finalidade é concorrer para o 
processo de socialização da criança e do adolescente. 
 
2.3 IQME Sistemática 
Analisar determinado dispositivo, levando-se em conta o sistema 
onde ele está inserido. 
CRF/1988 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos seguintes: 
.... 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização 
que lhe der a lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a 
vida; 
Os crimes dolosos contra a vida (homicídio, infanticídio, aborto, 
auxílio/instigação ao suicídio) serão julgados pelo tribunal do júri 
popular. Quando o sujeito tem a intenção (quis) e atenta contra a 
vida de outrem. Ou seja, sua intenção é suprimir a vida! 
TÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA A PESSOA 
CAPÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA A VIDA 
Homicídio simples 
Art. 121. Matar alguém: 
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
... 
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio 
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe 
auxílio para que o faça: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; 
ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio 
resulta lesão corporal de natureza grave. 
... 
Infanticídio 
Art. 123. Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio 
filho, durante o parto ou logo após: 
Pena - detenção, de dois a seis anos. 
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento 
Art. 124. Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem 
lho provoque: 
Pena - detenção, de um a três anos. 
Aborto provocado por terceiro 
Art. 125. Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: 
Pena - reclusão, de três a dez anos. 
Art. 126. Provocar aborto com o consentimento da gestante: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a 
gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou debil 
mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave 
ameaça ou violência 
Forma qualificada 
Art. 127. As penas cominadas nos dois artigos anteriores são 
aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou 
dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão 
corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer 
dessas causas, lhe sobrevém a morte. 
Art. 128. Não se pune o aborto praticado por médico: 
Aborto necessário 
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; 
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro 
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de 
consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu 
representante legal. 
INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL NOTAS DE AULAS – DIREITO PENAL I 
 
 
10 
O latrocínio não vai a júri popular, porque, a interpretação no caso 
do roubo seguido de morte é que o objetivo é o roubo, a morte 
deixa de ser crime doloso contra a vida e passa a ser doloso contra 
o patrimônio. 
Ocorre o latrocínio quando, para consumar o roubo, a violência 
empregada pelo agente causa a morte da vítima. Além da tipificação 
contida no artigo 157, §3º (in fine) do Código Penal Brasileiro, está 
ainda previsto no rol taxativo dos crimes hediondos (artigo 1º, II, da 
lei nº 8.072 de 1990). 
Roubo 
Art. 157. Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, 
mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de 
havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de 
resistência: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
... 
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de 
reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta 
morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da 
multa. 
 
3 Interpretação quanto aos resultados obtidos 
(IQRO) 
O legislador disse: 
• Exatamente (textualmente) o que ele queria (declaratória); 
• mais do que queria. (Restritiva); 
• menos do que queria (Extensiva); 
 
3.1 IQRO Declaratória 
Não se amplia, nem se restringe a vontade da lei, apenas a declara. 
No Código Civil, quando 2 for suficientes, o código declara. Se está 
no plural, deve-se entender, no mínimo 3. 
Disposições comuns 
Art. 141. III - na presença de várias pessoas [entende-se, no 
mínimo 3, se fossem 2, viria por extenso], ou por meio que 
facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria. 
 
Aliciamento para o fim de emigração 
Art. 206. Recrutar trabalhadores [no mínimo 3, se fossem 2, 
viria por extenso], mediante fraude, com o fim de levá-los para 
território estrangeiro. 
 
3.2 IQRO Restritiva 
A lei diz mais do que deveria. 
Não estabeleceu o limite, pois não é qualquer embriaguez. 
Existe a embriaguez patológica, que deve diagnosticada por 
médico. 
Emoção e paixão 
Art. 28. Não excluem a imputabilidade penal: 
I - a emoção ou a paixão; 
Embriaguez 
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou 
substância de efeitos análogos. 
 
3.3 IQRO Extensiva 
A lei disse menos. A lei falou em apenas bigamia, não em 
poligamia. Devera se estender a interpretação. 
Bigamia 
Art. 235. Contrair alguém, sendo casado, novo casamento: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos. 
§ 1º Aquele que, não sendo casado, contrai casamento com 
pessoa casada, conhecendo essa circunstância, é punido com 
reclusão ou detenção, de um a três anos. 
§ 2º Anulado por qualquer motivo o primeiro casamento, ou o 
outro por motivo que não a bigamia, considera-se inexistente o 
crime. 
 
4 Interpretação Analógica 
No art. 121, o legislador utiliza a expressão “por outro motivo torpe” 
pela impossibilidade de enumemar/prever no texto da Lei, todas as 
situações de torpeza (asqueroso, vil, egoísta, sórdido, 
obscenidade). 
Homicídio simples 
Art. 121. Matar alguém: 
Homicídio qualificado 
§ 2° Se o homicídio é cometido: 
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro 
motivo torpe; 
II - por motivo futil; 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou 
outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo 
comum; 
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou 
outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do 
ofendido; 
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou 
vantagem de outro crime: 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
Nesses casos o legislador apresenta alguma situação para 
exemplificar uma ação/conduta para que o interprete de forma 
analógica possa reconhecer no caso concreto as situações 
semelhantes. 
 
4.1 Analogia 
Mesmo com impossibilidade de enumemar/prever no texto da Lei, 
de forma/maneira explícita todas as situações, o juiz não pode se 
recusar a julgar algum caso concreto, por não existir uma 
regulamentação/regra de um caso idêntica. Nesses casos ele 
deverá utilizar-se da analogia para integrar a lei e julgar o caso. 
Critério de integração para tampar lacunas da lei. O juiz julga o caso 
de acordo com uma regra que regula caso parecido. 
Não se pode utilizar da analogia para norma penal 
incriminatório. 
NOTAS DE AULAS – DIREITO PENAL I PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL 
 
 
11 
 
18/08/2011 
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL 
Os princípios do Direito penal são os mais importantes do 
ordenamento jurídico. São critérios, regras implícitas que servem 
como norteamento para a interpretação do Direito penal. 
Alguns desses princípios são tão importantes que foram elevados a 
normas jurídicas. 
 
1 Principio da Intervenção Mínima (PIM)

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