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cimento portland

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO 
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP 
 
 
 
 
 
 
CIMENTO PORTLAND 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acadêmicos: 
Ariany Cardoso Pereira 
Camila Silva Kloster 
João Luiz da Silva Sobrinho 
Tamiris Luiza Soares Lanini 
Úrsula Maira Maciel Rigon 
 
Docente: Jaqueline Pértile 
 
 
 
 
Sinop-MT 
2013 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 3 
2 HISTÓRIA ........................................................................................................................................... 4 
3 DEFINIÇÃO ........................................................................................................................................ 5 
5 PROCESSO DE FABRICAÇÃO ..................................................................................................... 7 
5.1 EXTRAÇÃO ................................................................................................................................ 7 
5.2 BRITAGEM ................................................................................................................................. 7 
5.3 DEPÓSITO ................................................................................................................................. 7 
5.4 DOSAGEM .................................................................................................................................. 7 
5.5 MOINHOS DE CRU ................................................................................................................... 8 
5.6 SILOS DE HOMOGENEIZAÇÃO ............................................................................................ 8 
5.7 FORNO ........................................................................................................................................ 8 
5.8 RESFRIADOR ............................................................................................................................ 8 
5.9 DEPÓSITO DE CLÍNQUER ..................................................................................................... 9 
5.10 ADIÇÕES .................................................................................................................................. 9 
5.11 MOINHO DE CIMENTO ......................................................................................................... 9 
5.12 SILOS DE CIMENTO .............................................................................................................. 9 
5.13 EXPEDIÇÃO ............................................................................................................................. 9 
6 TIPOS E SUAS APLICAÇÕES ..................................................................................................... 10 
6.1 CIMENTO PORTLAND COMUM (CP I) ............................................................................... 10 
6.2 CIMENTO PORTLAND COMUM COM ADIÇÃO (CP I-S) ................................................ 10 
6.3 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO COM ESCÓRIA (CP II-E) .................................... 10 
6.4 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO COM POZOLANA (CP II-Z) ................................. 11 
6.5 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO COM ADIÇÃO DE MATERIAL CARBONÁTICO 
(CP II-F) ........................................................................................................................................... 11 
6.6 CIMENTO PORTLAND DE ALTO FORNO COM ESCÓRIA (CP III) .............................. 12 
6.7 CIMENTO PORTLAND COM POZOLANA (CP IV) ........................................................... 12 
6.8 CIMENTO PORTLAND DE ALTA RESISTÊNCIA INICIAL (CP V ARI).......................... 13 
6.9 CIMENTO PORTLAND RESISTENTE A SULFATOS (CP-RS) ....................................... 14 
6.10 CIMENTO PORTLAND DE BAIXO CALOR DE HIDRATAÇÃO (BC) ........................... 15 
6.11 CIMENTO PORTLAND BRANCO (CPB)........................................................................... 15 
7 CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 17 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................ 18 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Cimento Portland é o segundo maior elemento utilizado no mundo, perdendo 
apenas para a água, e o principal material utilizado nas construções civil, conhecido 
simplesmente como cimento. 
É o produto obtido pela pulverização de clínquer constituído essencialmente 
de silicatos hidráulicos de cálcio, com certa proporção de sulfato de cálcio natural, 
contendo, eventualmente, adições de certas substâncias que modificam suas 
propriedades ou facilitam seu emprego. 
Para conhecer melhor sobre esse material de construção o presente trabalho 
abordará os tipos de Cimento Portland, sua composição, seu processo de fabricação 
e um pouco da história e origem. 
 
 
 
4 
 
2 HISTÓRIA E ORIGEM 
 
A origem do cimento remonta à cerca de 4.500 anos sendo utilizado em 
construções egípcias, grandes obras gregas e romanas, como o Panteão de Agripa 
e o Coliseu, foram construídas com o uso de solos de origem vulcânica que 
possuíam propriedades de enrijecimento em contato com a água. Sua mais antiga 
utilização descoberta no império macedônio na região onde hoje é Vergina, Grécia, 
que pertenceu ao imperador Alexandre o Grande, análise feitas nos prédios do 
complexo funerário deste império mostram que os macedônios fizeram o cimento 
três séculos antes dos romanos, que se pensaram serem os criadores originais. 
O grande passo no desenvolvimento do cimento foi dado em meados do 
século XVIII pelo inglês John Smeaton, que foi o responsável pela fabricação de um 
produto de alta resistência por meio de calcinação de calcários moles e argilosos, 
empregando o uso de uma cinza vulcânica oriunda da Itália, conhecida como 
pozolana, Smeaton fabricou um cimento de excelente qualidade que veio a ser 
utilizado na construção do Farol de Eddystone, que durou mais de um século. 
Em 1818, o francês Vicat obteve resultados semelhantes aos de Smeaton, 
pela mistura de componentes argilosos e calcários. Ele é considerado o inventor do 
cimento artificial. Em 1824, o construtor inglês Joseph Aspdin queimou 
conjuntamente pedras calcárias e argila, transformando-as num pó fino. Percebeu 
que obtinha uma mistura que, após secar, tornava-se tão dura quanto as pedras 
empregadas nas construções. A mistura não se dissolvia em água e foi patenteada 
pelo construtor no mesmo ano, com o nome de cimento Portland, que recebeu esse 
nome por apresentar cor e propriedades de durabilidade e solidez semelhantes às 
rochas da ilha britânica de Portland. 
No Brasil, estudos para à fabricação do cimento Portland foram feitos, 
aparentemente, em 1988, quando o comendador Antônio Proost Rodovalho 
empenhou-se em instalar uma fábrica em sua propriedade fazenda Santo Antônio, 
situada em Sorocaba-SP. Várias iniciativas de fabricação de cimento portland foram 
desenvolvidas nessa época, por exemplo em 1892, por iniciativa do engenheiro 
Louis Felipe Alves de Nóbrega, uma pequena instalação produtora na ilha de Tiriri, 
na Paraíba. Atribui-se o fracasso do empreendimento não à qualidade do produto, 
mas à distância dos centros consumidores e à pequena escala de produção, que 
não conseguia competitividade com os cimentos importados da época. 
5 
 
Em 1897 a usina de Rodovalho lançou sua primeira produção e operou até 
1904, o cimento marca Santo Antonio. Voltou em 1907, mas por problemas de 
qualidade acabou cessando as atividades definitivamente em 1918. Em Cachoeiro 
do Itapemirim, o governo do Espírito Santo fundou,em 1912, uma fábrica que 
funcionou até 1924, com precariedade e produção de apenas 8.000 toneladas por 
ano, sendo então paralisada, voltando a funcionar em 1935, após modernização. 
Após todas essas tentativas, em 1924, com a implantação pela Companhia 
Brasileira de Cimento Portland de uma fábrica em Perus, estado de São Paulo, cuja 
construção pode ser considerada como o marco da implantação da indústria 
brasileira de cimento. As primeiras toneladas foram produzidas e colocadas no 
mercado em 1926. Até então, o consumo de cimento no país dependia 
exclusivamente do produto importado. A produção nacional foi gradativamente se 
elevando com a implantação de novas fábricas e tecnologias e a participação de 
produtos importados foi diminuindo aos poucos durante as décadas seguintes, até 
praticamente desaparecer nos dias de hoje. 
 
3 DEFINIÇÃO 
 
O cimento Portland é um dos mais importantes materiais de construção e 
altamente empregado pela humanidade. 
Caracteriza-se como um pó fino com propriedades aglomerantes, aglutinantes 
ou ligantes, que endurece sob ação da água. Depois de endurecido, mesmo que 
seja novamente submetido à ação da água, o cimento portland não se decompõe 
mais (ABCP, 2002). 
Por definição, é um “aglomerante hidráulico resultante da mistura homogênea 
de clínquer Portland, gesso e adições normalizados finamente moídos”. 
Nomeia-se aglomerante porque tem a propriedade de unir outros materiais. 
Hidráulico porque reage (hidrata) ao se misturar com água e depois de endurecido 
ganha características de rocha artificial, mantendo suas propriedades, 
principalmente se permanecer imerso em água por aproximadamente sete dias. A 
combinação do cimento com materiais de diferentes naturezas como areia, pedra, 
cal, aditivo e outros, origina a formação das pastas, argamassas e concretos. 
 
4 COMPOSIÇÃO 
6 
 
 
O cimento Portland é composto basicamente pelo clínquer, que é uma mistura 
de calcário e argila, trazidos geralmente de jazidas próximas a fábrica do cimento. O 
clínquer tem como função principal dar a resistência mecânica que o material 
precisa. 
O gesso é outro componente do cimento, que é adicionado no final da 
moagem, sua principal função é controlar o tempo de pega do cimento, ou seja, o 
início do endurecimento do clínquer moído quando este é misturado com água. Se 
não houvesse a adição do gesso, quando o clínquer entrasse em contato com a 
água, o cimento endureceria instantaneamente, tornando-se assim um material 
inviável para uso. Geralmente sua dosagem é em média 3% do equivalente a massa 
do clínquer. 
A escória de alto-forno é um composto obtido durante a produção do ferro-
gusa nas indústrias siderúrgicas e se assemelham aos grãos de areia. Elas eram 
consideradas um material sem valor, até ser descoberto que ela tem uma 
propriedade de ligante hidráulico muito resistente, ou seja, reagem em presença de 
água, desenvolvendo características aglomerantes de forma muito semelhante à do 
clínquer. Essa descoberta tornou possível adicionar a escória de alto-forno à 
moagem do clínquer com gesso, guardadas certas proporções, e obter como 
resultado um tipo de cimento que, além de atender plenamente aos usos mais 
comuns, apresenta melhoria de algumas propriedades, como maior durabilidade e 
maior resistência final. 
Há ainda os materiais pozolânicos que são rochas vulcânicas ou matérias 
orgânicas encontradas na natureza, é possível também fabricar esse material 
artificialmente, queimando-se argilas ricas em alumínio a temperaturas próximas de 
700°C. Sua adição propicia ao cimento uma maior resistência a meios agressivos 
como esgotos, água do mar, solos sulforosos e a agregados reativos. Ainda diminui 
o calor de hidratação, permeabilidade, segregação de agregados e proporciona 
maior trabalhabilidade e estabilidade de volume, fazendo assim com que o cimento 
seja mais adequado a aplicações que exijam baixo calor de hidratação como 
concretagens de grandes volumes. 
Vários compostos podem ainda ser adicionados à mistura, é onde são 
fabricados os diversos tipos de cimento, para seus diversos usos. 
 
7 
 
5 PROCESSO DE FABRICAÇÃO 
 
 A fabricação do cimento Portland é feita de acordo com as especificações da 
ABNT– Associação Brasileira de Normas Técnicas. Durante este processo, os 
materiais são analisados por diversas vezes, de forma a alcançar a composição 
química desejada. 
 O processo de fabricação é dividido em treze etapas. 
 
5.1 EXTRAÇÃO 
 
 O calcário é a principal matéria-prima para a fabricação do cimento. Sua 
extração pode ocorrer de jazidas subterrâneas ou a céu aberto – situação mais 
comum no Brasil. Na etapa de extração, utilizam-se explosivos para desmonte de 
rocha. Outro componente extraído nesta etapa é a argila. Para que o meio ambiente 
seja preservado, em ambos os casos é necessário haver um plano de 
gerenciamento de exploração mineral. 
 
5.2 BRITAGEM 
 
 O calcário extraído é transportado em caminhões até a instalação de 
britagem, para ser reduzido a dimensões adequadas ao processamento industrial. 
Esse tratamento permite eliminar uma grande parte de impurezas presentes no 
calcário. A argila, por ser mole não passa pela britagem. 
 
5.3 DEPÓSITO 
 
 Calcário e argila são estocados separadamente. Na baia de cada material, um 
equipamento misturará as cargas, a fim de assegurar uma pré - homogeneização. 
Nesta fase, as matérias são submetidas a diversos ensaios. 
 
5.4 DOSAGEM 
 
 O composto de calcário (90%) e argila (10%) é dosado para ser triturado no 
moinho de cru. Essa dosagem é feita com base em parâmetros químicos 
8 
 
preestabelecidos – os chamados módulos químicos, que dependem das 
características composicionais dos materiais estocados e são controlados por 
balanças dosadoras. 
 
5.5 MOINHOS DE CRU 
 
 A farinha crua formada pela mistura de calcário e argila passa por moagem 
em moinho de bolas, rolo ou barras, onde há o início da mistura das matérias-primas 
e ao mesmo tempo sua fragmentação, de modo a reduzir o tamanho das partículas 
a 0,050 mm em média. 
 
5.6 SILOS DE HOMOGENEIZAÇÃO 
 
 A mistura crua, devidamente dosada com a finura adequada, conhecida como 
farinha, deve ter sua homogeneização assegurada para permitir uma perfeita 
combinação dos elementos formadores do clínquer. A homogeneização é executada 
em silos verticais de grande porte através dos processos pneumáticos e por 
gravidade. 
 
5.7 FORNO 
 
 Primeiramente é realizado um pré-aquecimento (clinquerização), no qual dos 
silos de homogeneização a farinha é introduzida no forno, passando antes por pré-
aquecedores (ou pré-calcinadores) - equipamentos que aproveitam o calor dos 
gases provenientes do forno e promovem o aquecimento inicial do material. No forno 
rotativo, constituído de um cilindro de aço (revestido por tijolos refratários) com 
comprimento de 50 a 150 m e diâmetro de 6 m, a mistura é calcinada até 1450 graus 
Célsius, resultando no clínquer, produto com aspecto de bolotas escuras. 
 
5.8 RESFRIADOR 
 
 Um resfriador promove a redução da temperatura a 80 graus célsius, 
aproximadamente. A clinquerização se completa nesta etapa, quando ocorre uma 
série de reações químicas que influenciarão a resistência mecânica do concreto nas 
9 
 
primeiras idades, o calor de hidratação, o início de pega e a estabilidade química 
dos compostos. 
 
5.9 DEPÓSITO DE CLÍNQUER 
 
 A principal matéria prima do cimento (clínquer) fica armazenada em silos, 
aguardando a próxima etapa. 
 
5.10 ADIÇÕES 
 
 Junto com o clínquer, adições de gesso, escória, pozolana e o próprio calcário 
compõem os diversos tipos de cimento Portland. Essas substâncias são estocadas 
separadamente antes de entrarem no moinho de cimento. 
 
5.11 MOINHO DE CIMENTO 
 
 É na moagem final que o clínquer, adicionadoao gesso e/ou outras adições, 
resulta no cimento. 
 
5.12 SILOS DE CIMENTO 
 
 O cimento resultante de moagem do clínquer e outras adições é transportado 
mecânica e pneumaticamente para os silos de cimento, onde é estocado. Após os 
ensaios finais de qualidade, o produto é enviado para expedição. 
 
5.13 EXPEDIÇÃO 
 
 A remessa do cimento ao mercado consumidor pode ser feita duas maneiras: 
a granel ou em sacos de 50 kg. O ensacamento é feito em máquinas especiais, que 
automaticamente enchem os sacos e os liberam assim que atingem o peso 
especificado. A embalagem é feita em papel kraft, que garante o perfeito manuseio 
pelo consumidor. 
 
10 
 
6 TIPOS E SUAS APLICAÇÕES 
 
A maioria dos tipos de cimento portland hoje existente no mercado serve para 
o uso geral, porém existem alguns com características e propriedades que os 
tornam adequados para determinados usos, de acordo com a resistência e 
durabilidade desejadas, alcançando da forma mais econômica. 
 
6.1 CIMENTO PORTLAND COMUM (CP I) 
 
É conhecido como o Cimento Portland Comum porque não possui nenhum 
tipo de aditivo além do gesso, que tem a função de retardar o início de pega do 
cimento para que possamos ter um tempo de aplicação. 
O Cimento Portland Comum é usado em serviços de construção em geral, 
quando não são exigidas propriedades especiais do cimento. E é muito adequado 
para o uso em construções de concreto em geral quando não há exposição a 
sulfatos do solo ou de águas subterrâneas. 
O cimento tipo CP I é pouco utilizado no país, apenas 1% de todo o cimento 
consumido no Brasil é do tipo CP I, seja pela questão de custos, ou mesmo pela 
questão ambiental, por ser ele um tipo de cimento que utiliza muito clínquer no 
processo produtivo. 
Tem menos resistência (classe de resistência: 25 Mpa). Sua produção é toda 
direcionada para a indústria. 
 
6.2 CIMENTO PORTLAND COMUM COM ADIÇÃO (CP I-S) 
 
O CP I-S, tem a mesma composição do CP I (clínquer+gesso), porém com 
adição reduzida de material pozolânico (de 1 a 5% em massa). Este tipo de cimento 
tem menor permeabilidade devido à adição de pozolana. A norma brasileira que 
trata deste tipo de cimento é a NBR 5732. 
 
6.3 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO COM ESCÓRIA (CP II-E) 
 
O Cimento CP-II (NBR 11.578) é conhecido como Cimento Portland 
Composto porque tem a adição de outros materiais na sua mistura que conferem a 
11 
 
este cimento um menor calor de hidratação (libera menos calor quando entra em 
contato com a água). 
O CP-II E possui adição de escória e é composição intermediária entre o 
cimento portland comum e o cimento portland com outras adições (alto-forno e 
pozolânico). 
Este cimento confere bons resultados como o baixo calor de hidratação e o 
aumento de resistência do Cimento Portland Comum. 
Recomendado para estruturas que exijam um desprendimento de calor 
moderadamente lento ou que possam ser atacadas por sulfatos. 
 
6.4 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO COM POZOLANA (CP II-Z) 
 
O CP II-Z contém adição de material pozolânico que varia de 6% a 14% em 
massa, o que confere ao cimento menor permeabilidade, sendo ideal para obras 
subterrâneas, principalmente com presença de água, inclusive marítimas. O cimento 
CP II-Z, também pode conter adição de material carbonático (fíler) no limite máximo 
de 10% em massa. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 
11578. 
 
6.5 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO COM ADIÇÃO DE MATERIAL 
CARBONÁTICO (CP II-F) 
 
É acrescido de fíler carbonático. Este material é constituído de rochas moídas 
onde possuem em sua composição carbonato de cálcio (exemplo: calcário). Essa 
adição deixa os concretos e as argamassas mais fáceis de trabalhar, pois suas 
partículas possuem dimensões apropriadas para encaixar nas partículas dos demais 
componentes do cimento. 
Sua utilização é recomendada para pisos e tijolos de solo-cimento (material 
obtido pela mistura de solo, cimento e água), além de poder ser usado no preparo 
de argamassas de assentamento, revestimento, argamassa armada, concreto 
simples, armado, protendido, projetado, rolado, magro, concreto-massa (concreto 
que exige o controle de calor de hidratação do cimento para evitar o surgimento de 
fissuras que danifiquem a estrutura), elementos pré-moldados, artefatos, pisos e 
pavimentos de concreto, dentre outros. 
12 
 
Na tabela abaixo é possível analisar a composição de % em massa dos 
cimentos portland comum e composto citados acima. 
 
Tabela 1 - Composição dos cimentos portland comum e composto 
 
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Guia básico de 
utilização do cimento portland. 7.ed. São Paulo, 2002. 28p. (BT-106) 
 
 
6.6 CIMENTO PORTLAND DE ALTO FORNO COM ESCÓRIA (CP III) 
 
Sua composição é acrescida de escória que possui propriedade de ligante 
hidráulico muito resistente ao se misturar com a água. 
Com a utilização da escória, o cimento apresenta maior impermeabilidade, 
durabilidade e maior resistência à expansão devido à reação álcali-agregado (reação 
química entre constituintes mineralógicos do agregado com hidróxidos alcalinos, 
resultando a formação de um gel), além de ser resistente a sulfatos. É menos poroso 
e mais durável. 
Possui basicamente as mesmas utilizações do CPII-F, mas são 
particularmente mais vantajosos para obras de concreto-massa, de grande porte, em 
ambientes agressivos tais como barragens, fundações de máquinas, pilares, tubos e 
canaletas para condução de líquidos agressivos, esgotos e efluentes industriais, 
concretos com agregados reativos, pilares de pontes ou obras submersas, 
pavimentação de estradas e pistas de aeroportos. 
A norma que rege esse tipo de cimento é a NBR 5735. 
 
6.7 CIMENTO PORTLAND COM POZOLANA (CP IV) 
 
13 
 
Acrescenta-se pozolana, pois depois de misturado e moído muito fino ao se 
ligar com o hidróxido de cálcio (cal) que é liberado pelo clínquer quando misturado 
com a água, tem a função de ligante hidráulico. 
Desta forma o cimento com pozolana (NBR 5736) se torna mais impermeável, 
mais durável, apresentando resistência mecânica à compressão superior à do 
concreto feito com Cimento Portland Comum. Por sua cura ser mais lenta, favorece 
sua aplicação em casos de grande volume de concreto. 
É especialmente indicado em obras expostas à ação de água corrente e 
ambientes agressivos, usado sob a forma de argamassa, concreto simples, armado 
e protendido, elementos pré-moldados e artefatos de cimento. 
Na tabela a seguir, resume a composição dos cimentos portland alto forno e 
o Pozolânico. 
 
Tabela 2 - Composição dos cimentos portland de alto-forno e pozolânico 
 
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Guia básico 
de utilização do cimento portland. 7.ed. São Paulo, 2002. 28p. (BT-106) 
 
6.8 CIMENTO PORTLAND DE ALTA RESISTÊNCIA INICIAL (CP V ARI) 
 
Indicado para obras que necessitem de resistência inicial elevada e desforma 
rápida, pois possui alta resistência já nos primeiros dias, de 26 MPa a 1 dia de idade 
e de 53 MPa aos 28 dias (considerando que o normativo é 14 MPa para o 1º dia) . 
Para esse efeito não é inserido nenhum tipo de adição, isso acontece devido à 
utilização de uma dosagem diferente de calcário e argila na produção do clínquer e 
pela moagem mais fina do cimento. Assim, ao reagir com a água o CP V ARI 
adquire elevadas resistências, com maior velocidade (NBR 5733) 
Porém devido a seu rápido endurecimento, deve-se cuidar com a 
temperatura, pois se esse concreto sofrer um brusco resfriamento pode formar 
trincas. 
14 
 
O CP V ARI é recomendado no preparo de concreto e argamassa para 
produção de artefatos de cimento em indústrias de médio e pequeno porte, como 
fábricas de blocos para alvenaria, blocos para pavimentação, tubos, lajes, meio-fio, 
mourões, postes, elementos arquitetônicospré-moldados e pré-fabricados. 
 
 Tabela 3 - Composição do cimento portland de alta resistência inicial 
 
 Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Guia básico 
 de utilização do cimento portland. 7.ed. São Paulo, 2002. 28p. (BT-106) 
 
6.9 CIMENTO PORTLAND RESISTENTE A SULFATOS (CP-RS) 
 
O CP-RS oferece resistência aos meios agressivos sulfatados, como redes de 
esgotos de águas servidas ou industriais, água do mar e em alguns tipos de solos. 
Pode ser usado em concreto dosado em central, concreto de alto desempenho, 
obras de recuperação estrutural e industriais, concretos projetado, armado e 
protendido, elementos pré-moldados de concreto, pisos industriais, pavimentos, 
argamassa armada, argamassas e concretos para estações de tratamento de água 
e esgotos, obras em regiões litorâneas, subterrâneas e marítimas. 
Qualquer um dos tipos de cimento portland, podem ser resistentes a sulfatos, 
desde que atenda pelo menos uma das condições estabelecida pela norma NBR 
5737. 
� Teor de aluminato tricálcico (C3A) do clínquer e teor de adições carbonáticas 
de no máximo 8% e 5% em massa, respectivamente; 
� Cimentos do tipo alto-forno que contiverem entre 60% e 70% de escória 
granulada de alto-forno, em massa; 
� Cimentos do tipo pozolânico que contiverem entre 25% e 40% de material 
pozolânico, em massa; 
� Cimentos que tiverem antecedentes de resultados de ensaios de longa 
duração ou de obras que comprovem resistência aos sulfatos. 
 
15 
 
6.10 CIMENTO PORTLAND DE BAIXO CALOR DE HIDRATAÇÃO (BC) 
 
Este tipo de cimento tem a propriedade de retardar o aumento de temperatura 
em peças de grande massa de concreto, devido ao calor desenvolvido durante a 
hidratação do cimento, evitando o aparecimento de fissuras de origem térmica (NBR 
13116). 
Todos os cimentos anteriores também podem ser de baixo calor de 
hidratação, identificado pelas siglas e classes do seu tipo acrescentado as letras BC. 
Por exemplo: CP III-32 (BC) é o Cimento Portland de Alto-Forno com baixo calor de 
hidratação, determinado pela sua composição. 
 
6.11 CIMENTO PORTLAND BRANCO (CPB) 
 
O Cimento Portland Branco (NBR 12989) se diferencia por sua coloração. A 
cor branca é obtida a partir de matérias-primas com baixos teores de óxido de ferro 
e manganês, em condições especiais durante a fabricação, tais como resfriamento, 
moagem do produto e, principalmente, a substituição da argila por caulim (um dos 
mais importante e abundante mineral da crosta terrestre. É formado por silicatos de 
hidratados de alumínio, como caulinita e haloisita. Sua composição é exemplificada 
na tabela a seguir. 
 
 Tabela 4 - Composição do cimento portland Branco
 
 Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Guia básico 
de utilização do cimento portland. 7.ed. São Paulo, 2002. 28p. (BT-106) 
 
Está classificado em dois subtipos: estrutural e não estrutural. O estrutural é 
aplicado em concretos brancos para fins arquitetônicos, com classes de resistência 
25, 32 e 40 MPa, similares às dos demais tipos de cimento. Já o não estrutural não 
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tem indicações de classe e é aplicado, por exemplo, em rejuntamento de azulejos e 
em aplicações não estruturais. 
O cimento branco é muito indicado para projetos arquitetônicos, pois também 
oferece a possibilidade de escolha de cores já que podem ser adicionados 
pigmentos coloridos em sua composição. 
No tabela abaixo foi organizado um resumo de todos os cimentos portland, 
como o nome técnico, sigla e sua classe (resistência). 
 
Tabela 5 - Nomenclatura dos cimentos portland
 
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Guia 
básico de utilização do cimento portland. 7.ed. São Paulo, 2002. 28p. (BT-
106) 
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7 CONCLUSÃO 
 
Como citado, o Cimento Portland é um pó muito fino, com propriedades 
ligantes, composto por gesso, clínquer, escória, pozolana, entre outros 
componentes, que reage ao entrar em contato com a água. 
Existem onze tipos de cimento, todos os tipos são adequados para quaisquer 
estruturas e aplicações, no entanto existem alguns que são mais recomendáveis ou 
vantajosos para determinadas situações, dependendo de suas características. 
Sendo assim, o presente trabalho expôs algumas das inúmeras funções do 
Cimento Portland, ressaltando suas propriedades especiais e esclarecendo as 
diferenças determinadas pelas adições de diferentes componentes ao material. 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Guia básico de utilização 
do cimento portland. 7.ed. São Paulo, 2002. 28p. (BT-106) 
 
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