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Segmento digestório inferior e glândulas anexas (Info sobre Renal)

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Segmento digestório inferior e glândulas anexas: histologia, anatomia e fisiologia
Medicina UFPR-Too
Vinícius Fochesatto e Rodrigo Azzolini
As glândulas salivares maiores são 3:
=>glândula Parótida (ou parotídea)
=>glândula submandibular
=>glândula sublingual
Características das glândulas salivares
Possuem ácinos serosos e túbulos mucosos como porções secretoras de proteínas e muco, respectivamente.
Seus ductos são do tipo intercalares (entre os túbulos mucosos e os ácinos serosos) e ductos estriados.
Possuem células mioepiteliais no entorno dos ácinos, responsáveis pela contração desta porção secretora, facilitando assim, a secreção.
Ácinos Serosos
Possuem células com característica piramidal, núcleo mais regular, localizados na porção centro-basal da célula. Seus aglomerados formam as chamadas semiluas serosas, parte mais arroxeada, caracteristicamente anexas aos túbulos mucosos. As células serosas possuem características de células produtoras de proteína, secretando-as nas glândulas.
Túbulos mucosos
Possuem células com características cuboide ou colunar. Seu núcleo é oval e basal. São responsáveis pela secreção de muco nas glândulas. Costumam ser vistos como a parte mais clara anexa às semiluas serosas.
Ductos intercalares
São os ductos que unem as porções secretoras. Suas células são cuboides, e vários destes ductos formam os chamados ductos estriados.
Ductos estriados
São os ductos prevalentemente visíveis em cortes histológicos. São caracteristicamente compostos por células cuboides e possuem estriações na parte basal das células. Nessas estriações estão inúmeras mitocôndrias.
Glândula parótida
É uma glândula acinosa composta
Tem uma porção secretora exclusivamente serosa. Possui atividade alta de amilase, enzima responsável por iniciar a digestão de carboidratos na boca. São produtoras de IgA, derivada dos plasmócitos presentes nesta glândula.
Glândula submandibular
Esta glândula é do tipo tubuloacinosa composta.
 Possui maior quantidade de células serosas do que mucosas. As células das semiluas serosas desta glândula são responsáveis pela secreção de lisozima. Produz também lactoferrina.
Glândula sublingual
Esta é uma glândula tubuloacinosa composta.
A predominância nesta glândula é de túbulos mucosos, sendo as semiluas serosas exclusivamente anexas aos túbulos. Também produz lisozima em suas semiluas serosas. 
Glândulas salivares menores
São glândulas distribuídas por toda a superfície mucosa oral e submucosa. São exclusivamente produtoras de muco. A exceção é referente as glândulas serosas da parte posterior da língua. 
Complemento 
Por se tratar de uma região exposta, deve ser controlada a secreção de saliva para evitar infecções no trato digestório ou nos sistemas compartilhados.
Fígado
Considerado a maior glândula do corpo, e, depois do tecido epitelial, o maior órgão, é uma das glândulas anexas do trato digestório. Tem função de absorção de nutrientes, degradação de fármacos, drogas e substâncias tóxicas. Geralmente não é palpável e, quando saudável, possui uma coloração vermelho escuro.
Fígado (anatomia geral)
É dividido em lobos hepáticos direito e esquerdo. No lobo hepático direito, encontramos dois lobos acessórios, o lobo caudado (posterior e superiormente) e o lobo quadrado (anterior e inferiormente). Esses lobos são divididos pelas fissuras umbilical (lobo hepático direito e esquerdo) e fissura sagital direita. Os dois lobos acessórios se encontram entre essas fissuras. A fissura que divide o lobo caudado do quadrado é transversal, feita pela veia porta. A vesícula biliar está na fissura sagital direita.
Complemento 
A fissura sagital esquerda (umbilical) é o local por onde chegava, em sentido AP, enquanto o paciente era intrauterino, a veia umbilical. Seu remanescente é chamado ligamento redondo. Já o local por onde passava o ducto venoso fetal, que desviava sangue da Veia porta à VCI, ficou com o ligamento venoso. Este ultimo fica posterior ao plano coronal da veia porta.
segmentos cirúrgicos hepáticos funcionais
A segmentação cirúrgica hepática é de fundamental importância para operações que envolvam retirada de lobos do fígado. Mas primeiro deve-se entender qual é o seu motivo. Os lobos do fígado são irrigados pelas veias porta (inferior) e VCI (superior). Cada lobo tem uma veia hepática principal. O caminho dessas veias divide o fígado em segmentos hepáticos, enumerados de II a VIII. Compõem as divisões verticais os primeiros ramos da VCI que são: Vv. Hepáticas direita; Vv. Hepáticas intermédias e Vv. Hepática esquerda. O segmento I é o lobo caudado, que possui irrigação própria, podendo ser considerado um 3° fígado. As Vv. Centrais do parênquima hepático drenam para as Vv. Coletoras, que drenam para as Vv. Hepáticas.
Linha de Cantlie
Fissura portal direita
Fissura umbilical
ves.bil.
VCI
Lobo caudado
Fígado (anatomia)
No fígado é produzido e modificado o liquido biliar. Este liquido é drenado pelos ductos hepáticos direito e esquerdo, dos referidos lobos. A produção linfática do fígado segue para os Linfonodos do forame da VC no diafragma e os que margeiam o tronco celíaco. Os nervos do fígado são do plexo hepático, derivados estes do plexo celíaco (fibras simpáticas e parassimpáticas). O fígado possui um ligamento falciforme, que corresponde à divisão de seus lobos. O forame omental é delimitado pelo ligamento hepatoduodenal, dentro do qual passam as estruturas da tríade portal. O triângulo de Calot é constituído pelo ducto cístico, ducto hepático comum e margem inferior do fígado, nesta região.
Fígado (histologia)
O fígado é dividido histologicamente em lóbulos hepáticos, que são estruturas hexagonais, separados entre si por tecido conjuntivo. Visualmente, são parecidos com rodas de bicicletas, sendo os espaços entre os raios os hepatócitos (células hepáticas); os raios as sinusóides e o eixo da roda a veia central.
Possui em seus vértices uma estrutura chamada espaço porta, por onde passam vasos, nervos e ductos biliares.
Os sinusóides são capilares, por onde correm sangue venoso e arterial misturados. Entre o endotélio destes capilares e os hepatócitos existe um espaço subendotelial que contem microvilos dos hepatócitos, o espaço de Disse
Fígado (histologia)
Na superfície luminal do endotélio sinusoidal, geralmente nas periferias, estão as células de Kuppfer. Estas células são os macrófagos do fígado, digerem hemácias velhas e secretam substancias relacionadas ao sistema de defesa. 
No espaço de Disse estão as células de Ito, que armazenam lipídios, também armazenam Vitamina A e também desempenham várias funções, como secretar fatores de crescimento, fatores reguladores (prostaglandinas, tromboxanos etc.).
80% do sangue do fígado é venoso, derivado do sistema gastrointestinal.
O fígado possui alta capacidade de regeneração.
Hepatócito
A principal célula do fígado, exerce funções tanto endócrinas (produção de albumina e proteínas plasmáticas) quanto exógenas (conjugação e produção de bile).
Podem conter de 1 a 2 núcleos arredondados. São células que metabolizam carboidratos, lipídios e aminoácidos além de colesterol e lipoproteínas.
Armazenam ferro, vitamina B12 e vitamina A.
É regulado por ação hormonal.
Desintoxicam o organismo e fazem o tamponamento do sangue.
São as células estruturais do fígado.
Complemento 
Quando usados corantes de arginina, fibras reticulares entre as células do fígado são visíveis. 
Possui colágeno do tipo III.
Os canais de Hering drenam a bile para o ducto hepático. Estão entre os hepatócitos, não próximos às sinusóides.
Vesícula biliar
É uma bolsa que armazena bile, secretada do fígado. A bile chega nela pelo ducto cístico, que vem do ducto hepático comum.
Sua característica tecidual é de epitélio simples colunar, devido sua função de concentrar a bile
A disposição das camadas de tecido é igual ao restante do trato GI, com ressalva de não possuir camada submucosa
Bile
A bile é uma secreção hepática, de constituição diversa. É anfipática
e tem função emulsificante. Tem como constituição principal: colesterol, sais biliares, fosfatidilcolina e bilirrubina. É um meio de excreção de colesterol e toda a sujeira do fígado.
Os derivados do colesterol são primários (convertidos no fígado) ou secundários (convertidos pelas bactérias intestinais).
A bilirrubina é composta de hemácias degradadas. O precursor da bilirrubina é a biliverdina.
Precisa ser conjugada no fígado para poder atuar. É desconjugada no trato GI, ficando hidrofóbica e sendo reabsorvida na circulação entero-hepática.
Pâncreas
É uma das glândulas anexas do sistema digestório. É dividido em cabeça, colo, corpo e cauda, da direita para a esquerda. É anterior aos vasos sanguíneos esplênicos e posterior ao estomago. Sua cabeça e colo são mediais a parte descendente do duodeno e sua extremidade caudal é anterior ao rim esquerdo e medial ao baço.
É drenado pelo ducto pancreático, que vai da sua extremidade caudal até a papila de Vater ou diretamente à papila menor.
É irrigado pelos vasos esplênicos, hepatopancreáticos (ant. e post.) e gastroduodenal.
Glândula pancreática
É uma glândula mista, endócrina e exócrina. Possui túbulos mucosos e ácinos serosos. Suas células serosas estão dispostas em semiluas, igualmente ocorre nas glândulas salivares. Sua principal diferença em relação às glândulas salivares é o fato de não possuir ducto estriado e ter células centroacinosas, que entram na porção secretória da glândula. Suspeita-se que isso seja um mecanismo preventivo contra as enzimas produzidas pelo pâncreas, já que estas são muito agressivas às proteínas, quando ativas.
Sua porção endócrina, as ilhotas de Langherans, produzem insulina (beta pancreáticas) e glucagon (alfa pancreáticas). Produz também somatostatina (células delta).
A glândula pancreática produz HCO3-, secretado pelos seus túbulos mucosos. A intenção desta secreção é tornar o pH ideal para que as enzimas pancreáticas possam agir. Também para neutralização do ácido estomacal, presente no duodeno. Os principais hormônios moduladores desta glândula são: CCK (secreção de enzimas) e Secretina (secreção de bicarbonato e água). 
BEXIGA
REFERÊNCIAS
JUNQUEIRA, Luis Carlos Uchoa; CARNEIRO, José. Histologia Básica: Texto e atlas. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 538 p.
KOEPPEN, Bruce M.; STANTON, Bruce A. Berne & Levy: Fisiologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. 884 p.
MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M. R. Moore: Anatomia orientada para clínica. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. 1114 p.
BAYNES, John W.; DOMINICZAK, Marek H. Bioquímica Médica. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. 636 p.
PORTO, Celmo Celeno. Porto & Porto: Semiologia médica. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. 1413 p.
PAULSEN, Friedrich; WASCHKE, Jens. Sobotta: Atlas de Anatomia Humana. 23 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. vol. 2.

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