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Prática semana 3

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EXMO SENHOR DOUTOR JUIZ TITULAR DA ____ VARA DO TRABALHO DA CIDADE DE CUIABA – MS
	BRUNO SILVA, brasileiro, solteiro, empacotador, portador da cédula de identidade n° 23344 e do CPF/MF sob o n° 233.333.333-99 e da CTPS n° 00010, filho de Valmor Silva e Helena Silva,, nascido em 20/03/90, residente e domiciliado na rua Oliveira, n° 22, município de Cuiabá – MS, vem, por meio de seu advogado com endereço profissional na rua _____, bairro, cidade, UF, CEP____, onde recebe notificações conforme artigo 106, I do NCPC ajuizar:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
(rito sumaríssimo)
Em face de CENTRAL DE LEGUMES LTDA, situada na Rua das Acácias, n° 45, município de Cuiabá – MS, pelos motivos fáticos e fundamentos de direito a seguir apresentados:
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Inicialmente requer, a concessão da gratuidade de justiça, visto que a autora não possui condições de arcar com as custas do processo, sem prejuízo de seu sustento e da sua família nos termos do artigo 2º, parágrafo único da Lei 10160/50 c/c 790,§ 3º da CLT.
DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
O reclamante não se submeteu à Comissão de Conciliação Prévia em razão das liminares conferidas em ADINS (Adins 2139 e 2160-5) que faz prevalecer o artigo 5º, inciso XXXV da Constituição Federal da República Federativa do Brasil, garantindo assim, o acesso à Justiça.
DOS FATOS 
O reclamante trabalhou para a reclamada por um período de 3 anos, exercendo a função de empacotador, recendo a remuneração de R$ 1.300,00 ao mês.
Há aproximadamente a um ano o reclamante sofreu um acidente de trabalho em uma máquina adquirida pela reclamada, ficando afastado pelo INSS durante 6 meses.
O reclamante retornou ao serviço, porém após um mês de efetivo exercício de suas atividades foi dispensado pela reclamada sem justa causa.
No acidente, sofreu trauma na mão esquerda e se submeteu a tratamento médico e psicológico, gastando com profissionais a quantia de R$ 2.500,00 ao todo, conforme recibos em anexo.
Após o acidente a CIPA verificou que a máquina havia sido alterada pela empresa, que retirou um dos componentes de segurança para que a máquina trabalhasse com maior rapidez e assim, aumentasse a produtividade.
 O reclamante no período em que esteve afastado pelo INSS deixou de ganhar a quantia de R$ 1.200,00 de serviços que costumava fazer em uma copiadora, onde digitalizava trabalho de conclusão de curso para universitário o qual recebia a quantia de R$ 200,00 por mês.
Tendo em vista os argumentos jurídicos a seguir apresentados, interpõe-se a presente Reclamação Trabalhista no intuito de serem satisfeitos todos os direitos da Reclamante.
DOS FUNDAMENTOS
Inicialmente, houve certa controvérsia no mundo jurídico acerca da possibilidade de se aplicar no Direito do Trabalho, a estabilidade prevista no artigo 118 da Lei 8213/91: Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente.
 
Todavia, todas as controvérsias foram dirimidas, estando atualmente, esta questão pacificada, a teor das Orientações Jurisprudenciais 105 e 230 da SDI-1 do Colendo Tribunal Superior do Trabalho, senão vejamos:
 
Orientação Jurisprudencial - SDI-1 - 105. Estabilidade provisória. Acidente de trabalho: É constitucional o art. 118, da Lei nº 8213/1991. 
 
Orientação Jurisprudencial - SDI-1 - 230. Estabilidade. Lei nº 8213/1991. Art. 118 c/c 59. O afastamento do trabalho por prazo superior a 15 dias e a consequente percepção do auxílio doença acidentário constituem pressupostos para o direito à estabilidade prevista no art. 118 da Lei nº 8213/1991, assegurada por período de 12 meses, após a cessação do auxílio-doença.
 
Assim, resta absolutamente claro, data vênia, que os empregados que afastados de suas funções por mais de 15 dias decorrente de acidente de trabalho, fazem jus a estabilidade provisória prevista no artigo 118 da Lei 8213/91; pelo prazo mínimo doze meses, contados da término do auxilio doença.
O reclamante foi dispensado imotivadamente um mês após seu retorno ao serviço período no qual gozava da estabilidade acidentaria, fazendo jus a reintegração ao seio da empresa. 
Entretanto, não sendo possível a reintegração do reclamante ou entendendo o juízo não sendo interessante sua reintegração, uma vez que sofreu fortes abalos em sua confiança, impõe-se que seja o reclamante indenizado pelo tempo equivalente à sua Estabilidade Provisória, com os consectários legais, como se trabalhando estivesse. 
Destaca-se que a reclamada cometeu ato ilícito uma vez que modificou a estrutura de segurança da máquina, focando apena na produtividade e não na integridade física do reclamante, deixando este a mercê do período, conforme cita o art. 186 do Código Civil:
“ Aquele que por ação ou omissão voluntaria, negligencia ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
Desta forma analisando o art. 927 do mesmo dispositivo, verificamos a responsabilidade de reparar o ato ilícito cometido por parte da reclamada:
“Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Além de tal ato ilícito cometido pela reclamada, o reclamante deixou de lucrar a quantia de R$ 1.200,00 valor este que orbite-a fazendo serviço extra para garantia seu sustento e que deixou de ganhar no período em que esteve afastado junto ao INSS, conforme vemos o art. 402 do CC:
“Salvo as exceções expressamente prevista em lei, as perdas e danos devidos ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar. ”
Dentre todos os atos sofridos pelo reclamante não podemos deixar de observar o dano moral e material sofridos por este, o qual por um ato de ganancia da reclamada este teve sua vida abalada, além de sofrer com a dispensa arbitrária realizada pela reclamada. 
 
DOS HONORARIOS ADVOCATICIOS
Seja a Reclamada, em virtude das alterações promovidas pela EC 45/2004, que ampliou a competência da Justiça do Trabalho para outras demandas, bem como o disposto no artigo 85, §14 do CPC/2015, que não deixam subsistir o entendimento contido nas Súmulas 219 e 329 do TST, ao pagamento dos honorários advocatícios em percentual a ser fixado com base nos critérios dispostos no artigo 85, §§ 2o e 8o do CPC/2015, pois o advogado é indispensável à administração da justiça, conforme artigo 133 da CRFB/88;
DOS PEDIDOS
Diante das considerações expostas, requer:
 Seja deferido o benefício da gratuidade de justiça;
 Seja julgado procedente o pedido de compensação por danos morais sofridos pelo reclamante no valor de R$ 5.000,00, correção monetária e juros de mora;
Seja julgado procedente o pedido de reintegração do reclamante ao seio da empresa, ou na impossibilidade desta seja julgado procedente o pedido de indenização substitutiva no valor de R$ 9.100,00;
 Seja julgado procedente o pedido de compensação pelos lucros cessantes sofridos pelo reclamante no valor de R$ 1.200,00, com incidência de correção monetária e juros de mora;
Seja julgado procedente o pedido de compensação pelos danos emergentes sofridos pelo reclamante no valor de R$ 2.500,00, correção monetária e juros de mora;
 A condenação do reclamante ao pagamento de honorários advocatícios no
patamar não inferior a 15% sobre a condenação;
DA NOTIFICAÇÃO DA RECLAMADA
Requer que a Reclamada seja notificada, para comparecer à audiência a ser designada por este juízo, oportunidade em que deverá oferecer sua defesa, sob pena incorrer nos efeitos da revelia e confissão da matéria de fato.
DAS PROVAS
 Protesta provar o alegado pelos documentos acostados com a presente ação, por prova testemunhal, depoimento pessoal dos representantes legais das Reclamadas, prova pericial, inspeção judicial e outras que ao interesse do presente feito possam convir.
DOVALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 23.000,00. 
Nestes termos, pede deferimento.
Cidade, data
ADVOGADO
OAB

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