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PERGUNTAS COM RESPOSTAS DE COMÉRCIO EXTERIOR

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HABILITAÇÃO LEGAL
MICROEMPRESA (ME) OU EMPRESA DE PEQUENO PORTE (EPP) PODEM COMERCIALIZAR COM EMPRESAS ESTRANGEIRAS?
Quanto à exportação, não existe nenhuma restrição legal que impeça alguma empresa de exportar em função do porte ou regime de tributação. Já na importação, as empresas comerciais enquadradas na condição de ME (legislação estadual) ou optantes pelo SIMPLES não poderão importar produtos do estrangeiro para comercialização por imposição das próprias leis que criaram estes dois regimes especiais. Se realizarem uma importação, perderão o respectivo enquadramento. 
PARA IMPORTAR OU EXPORTAR, A EMPRESA NECESSITA DE ALGUM REGISTRO ESPECIAL?
Sim. A empresa deverá inscrever-se no REI (Registro de Exportadores e Importadores) da Secretaria de Comércio Exterior, condição preliminar para habilitar-se nas transações comerciais internacionais. A inscrição pode ser efetuada através do Banco do Brasil, nas suas agências que prestam serviços de comércio exterior. 
PARA FINS DE INSCRIÇÃO NO REI, HÁ NECESSIDADE DE ALTERAR OS ATOS CONSTITUTIVOS DA EMPRESA?
A exigência básica é a inclusão da atividade de importação e/ou exportação nos seus atos constitutivos ( declaração de FI, contrato social, estatuto, etc.), mediante alteração devidamente registrada nos órgãos competentes. As empresas industriais que desejam exportar estão dispensadas desta obrigatoriedade. 
EXISTEM OUTRAS OBRIGAÇÕES?
Sim. Quando da inscrição no REI, a empresa deverá apresentar certidões negativas da Justiça Federal (impostos federais), Justiça Estadual (ICMS) e de títulos protestados e de falência. Para a empresa comercial que deseje inscrever-se como importadora, será exigido ainda a comprovação de um capital mínimo integralizado de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
PESSOAS FÍSICAS PODEM IMPORTAR?
Sim, mas desde que seja para uso próprio, ou seja, não caracterize finalidade comercial. A inscrição de pessoas físicas no REI é válida somente para uma única operação de importação. 
UMA EMPRESA DE PEQUENO PORTE OPTANTE PELO SIMPLES NECESSITA IMPORTAR UMA MÁQUINA PARA SEU PROCESSO DE PRODUÇÃO. JÁ QUE A EMPRESA NÃO DESEJA PERDER SEU ENQUADRAMENTO, QUAL SERIA A ALTERNATIVA VIÁVEL?
A empresa teria duas alternativas:
- importá-la como pessoa física em nome de um dos sócios e, posteriormente, incorporá-la ao patrimônio da empresa mediante subscrição de capital;
- utilizar os serviços de uma empresa comercial importadora ou uma Trading Company, o que normalmente onera o valor final da operação.
ASPECTOS ADMINISTRATIVOS
QUAIS SÃO OS ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS PELA ADMINISTRAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO?
Diversos órgãos oficiais contribuem direta ou indiretamente para a administração do comércio exterior no Brasil, porém três merecem especial destaque. São eles:
- Ministério das Relações Exteriores: formulação da política exterior do Brasil, manutenção das relações com governos estrangeiros e organizações internacionais e promoção e captação de oportunidades comerciais a partir das diversas embaixadas e consulados no exterior;
- Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio: através da sua Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) é responsável pela formulação, acompanhamento e execução das políticas de comércio exterior e de seus sistemas administrativos como emissão de licenças de importação e exportação nos casos exigidos por lei, elaboração de estatísticas, controle de preços, pesos, medidas e qualidade nas operações de importação, habilitação e controle dos registros de importadores e exportadores, etc.
- Ministério da Fazenda: tendo na sua alçada órgãos como Secretaria da Receita Federal e o Banco Central do Brasil, é responsável pela regulamentação da moeda, câmbio, política e administração tributária e aduaneira, arrecadação, fiscalização de bancos, crédito, instituições financeiras e de seguros privados, etc.
O QUE É SISCOMEX?
SISCOMEX - Sistema Integrado de Comércio Exterior é um sistema informatizado de registro, acompanhamento e controle de informações de comércio exterior, através do qual as empresas processam o licenciamento e/ou registro de suas operações de importação e exportação junto aos órgãos oficiais intervenientes (Receita Federal, SECEX, Banco Central, Ministério da Agricultura, etc.), via terminal de vídeo (Rede SERPRO). Foi implantado em 04/01/93, em substituição aos antigos controles manuais efetuados pela extinta CACEX. Utilizado inicialmente com exclusividade para as exportações, passou a operar também nas importações a partir de 01/01/97. 
SENDO ASSIM, UMA EMPRESA PODE PROCESSAR O LICENCIAMENTO DAS SUAS IMPORTAÇÕES E/OU EXPORTAÇÕES DO SEU PRÓPRIO ESTABELECIMENTO?
Sim, desde que a empresa tenha instalado o software e obtido a senha de acesso junto à Receita Federal. Para isso, a empresa precisa dispor, no mínimo, de um computador 486 DX2 66MHZ, 16 MB de memória, 540 MB de disco rígido, monitor SVGA, placa de vídeo de 1.024 Kbytes, drive 3 ½', mouse e teclado padrão windows, impressora e modem 14.400 bps para acesso discado.
E A EMPRESA QUE NÃO POSSUI ESTA CONFIGURAÇÃO?
A melhor alternativa é contratar um despachante aduaneiro. Na verdade, é extremamente aconselhável que a empresa iniciante no comércio exterior utilize os serviços destes profissionais pois, desta forma, acelerará o processo e evitará possíveis equívocos e esquecimentos que acabam onerando a operação. Caso a empresa já possua experiência no manuseio do SISCOMEX, ela poderá utilizar os terminais das salas de contribuintes da Receita Federal ou das agências do Banco de do Brasil que prestam serviços de comércio exterior.
IMPORTAÇÃO
QUAIS SÃO OS IMPOSTOS INCIDENTES NUMA IMPORTAÇÃO?
Basicamente incidem o II (Imposto de Importação), o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), além do recolhimento de determinadas taxas portuárias e alfandegárias. Para identificarmos as alíquotas destes impostos, que variam em função da mercadoria, devemos proceder a classificação tarifária das mesmas.
O QUE É CLASSIFICAÇÃO TARIFÁRIA DE PRODUTOS?
Como os diversos produtos representam diferentes graus de prioridade para a economia nacional, torna-se necessário que sejam classificadas segundo critérios previamente estabelecidos que possibilitem às autoridades fiscalizadoras reconhecer o seu código NCM/SH, as alíquotas dos impostos incidentes na sua importação, a sua correta descrição (nomenclatura) e o tratamento administrativo ao qual estão subordinadas. A classificação tarifária de um produto é efetuada mediante consulta a TEC (Tarifa Externa Comum).
O QUE É LICENCIAMENTO AUTOMÁTICO E NÃO-AUTOMÁTICO DE UM PRODUTO?
- licenciamento automático: ocorre quando o produto a ser importado não está sujeito ao cumprimento de condições especiais, ou seja, não há necessidade de solicitar autorização de importação previamente ao embarque do produto ;
- licenciamento não-automático: ocorre quando o produto está sujeito a análise prévia do órgão competente.
EXISTEM PRODUTOS PROIBIDOS DE SE IMPORTAR?
Sim. Podemos citar alguns exemplos como detergentes não biodegradáveis, determinados agrotóxicos e materiais usados em desacordo com a legislação.
É PERMITIDA A IMPORTAÇÃO DE MATERIAL USADO?
Segundo as normas administrativas da importação, é permitida a importação de máquinas, equipamentos, aparelhos, instrumentos, ferramentas, moldes e containeres na condição de usados, desde que não sejam produzidos no Brasil (similaridade) e tenham na data de registro do pedido de importação idade inferior ao limite de vida útil. 
EM NOME DE UMA PESSOA JURÍDICA, PODE-SE EFETUAR COMPRAS EM VIAGEM AO EXTERIOR E TRAZER MERCADORIAS COMO BAGAGEM ACOMPANHADA?
Não. A fase de negociação com os respectivos fornecedores pode ser realizada no exterior, porém os procedimentos de licenciamento da importação, desembaraço aduaneiro e cobertura cambial da operação devem ser todos efetuados no Brasil.
PODE SER EFETUADA IMPORTAÇÃO ATRAVÉS DO CORREIO?
Sim. É permitida a importaçãode amostras e pequenas encomendas através do Regime de Tributação Simplificada (RTS). Nesse sistema, o valor dos bens importados não poderá ultrapassar US$ 3.000,00, tanto para as pessoas físicas como jurídicas. Vale ressaltar que os produtos importados pelo RTS não podem ser comercializados, destinando-se apenas ao consumo próprio do importador. Quanto à tributação, as importações feitas dentro desse regime sofrerão a incidência de um imposto fixo de 60% sobre o valor postal declarado. Importações de valor não superior a US$ 50,00, desde que efetuadas por pessoa física, estão isentas deste imposto.
EXISTEM FINANCIAMENTOS PARA IMPORTAÇÃO?
De uma forma geral, os financiamentos à importação são concedidos pelo próprio fornecedor do produto no exterior (buyer's credit). Não há uma linha de crédito específica para este fim na rede bancária nacional.
A EMPRESA IMPORTADORA PODE PLEITEAR REDUÇÃO OU ISENÇÃO DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS?
Sim, desde que a máquina seja destinada a uso próprio (produção) e não haja similar de fabricação nacional. A solicitação deve ser encaminhada a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) através das agências do Banco do Brasil que prestam serviços de comércio exterior.
O QUE É DRAWBACK?
O drawback é um incentivo fiscal que consiste na importação de matérias-primas e/ou insumos para a fabricação de produtos destinados à exportação, com isenção, suspensão ou restituição da cobrança de tributos e taxas (Imposto de Importação, IPI, ICMS, Adicional sobre o Frete para Renovação da Marinha Mercante - AFRMM e algumas taxas de expediente).
COMO SE PROCESSA A ENTRADA DE UMA MERCADORIA ESTRANGEIRA DESTINADA À EXPOSIÇÃO EM FEIRAS NO BRASIL?
Primeiramente, a feira deve estar autorizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) para que possa funcionar como recinto alfandegado. A mercadoria será importada sem cobertura cambial e com suspensão dos impostos aduaneiros. O responsável pela exposição da mercadoria assinará um termo de responsabilidade na alfândega e, em alguns casos, deverá apresentar fiança bancária relativa às obrigações fiscais suspensas. Esta operação será enquadrada no Regime de Admissão Temporária. 
EXPORTAÇÃO
EXISTEM INCENTIVOS FISCAIS PARA APOIAR AS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS?
Sim. A empresa industrial exportadora se beneficia da não-incidência do ICMS e isenção do IPI, PIS e COFINS nas suas vendas para o exterior.
EXISTE IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO?
Sim, mas somente para poucos produtos como peles de animais em bruto e cigarros. 
QUAIS SÃO AS LINHAS DE FINANCIAMENTO DESTINADAS A EXPORTAÇÃO?
FINANCIAMENTO À PRODUÇÃO:
- ACC - Adiantamento sobre Contrato de Câmbio: antecipação dos recursos de uma exportação a ser realizada no futuro, com vistas a financiar produção, acondicionamento e despesas de embarque da mercadoria. Esta antecipação pode se dar até 180 dias antes do efetivo embarque da mercadoria para o exterior. O ACC é oferecido pelos bancos comerciais que operam câmbio;
- BNDES Exim Pré-embarque - programa instituído pelo BNDES com o objetivo de amparar as empresas nacionais produtoras de máquinas e equipamentos, com uma linha de financiamento para a produção destinada à exportação. Para acessar esta linha, o exportador deve obter o credenciamento junto ao sistema FINAME/BNDES através dos seus agentes financeiros. A título de garantia para o financiamento exige-se do produtor a vinculação da operação ao contrato de exportação assinado entre o produtor/exportador e o importador.
FINANCIAMENTO À COMERCIALIZAÇÃO:
- ACE - Adiantamento sobre Cambiais Entregues: antecipação, após o embarque da mercadoria, dos recursos provenientes da exportação efetuada mediante transferência ao banco dos documentos e direitos sobre a venda a prazo. Esta linha é oferecida pelos bancos comerciais que operam câmbio;
- PROEX - linha de financiamento destinada a comercialização de bens duráveis concedida diretamente ao importador estrangeiro, cobrindo até 85% do valor da operação, tendo como exigência básica o pré-pagamento de 15% do valor global da operação por parte do importador, como sinal ou garantia. O PROEX oferece três alternativas básicas ao exportador:
a) financiamento direto ao importador no exterior para os produtos previstos pela SECEX, tendo como agente o Banco do Brasil S.A.;
b) financiamento direto ao importador no exterior para os mesmos produtos, conduzido pelos bancos comerciais para equalização de taxas de juros;
c) financiamento direto ao importador com recursos próprios do exportador.
- BNDES Exim Pós-embarque: linha concedida pelo BNDES à comercialização de máquinas e equipamentos no exterior através de refinanciamento ao exportador, ou através da modalidade buyer's credit. 
QUAIS SÃO OS CUSTOS ADICIONAIS INCIDENTES NA EXPORTAÇÃO DE UM PRODUTO?
Os custos de exportação dependerão muito da condição de venda (Incoterms) a ser contratada. Considerando-se uma exportação conduzida pela condição FOB, os custos adicionais seriam, basicamente: modificação de embalagens, despesas com paletização, serviços de despachante aduaneiro, transporte e seguro até o ponto de embarque para o exterior, emissão de certificado de origem, despesas portuárias/aeroportuárias, despesas com câmbio e vistos consulares.
É PERMITIDO A PESSOA FÍSICA EXPORTAR?
A pessoa física somente pode exportar mercadorias em quantidades que não revelem prática de comércio e desde que não configure habitualidade. O Artesão, artista plástico ou assemelhado pode realizar exportação, desde que esteja registrado como profissional autônomo.
A EMPRESA NECESSITA CERTIFICADO ISO 9000 PARA EXPORTAR?
Não. As certificações série ISO abrem caminho no mercado internacional, dão credibilidade à empresa. Na verdade, são exigências mercadológicas e não imposições legais do país importador. 
EXISTE VALOR/QUANTIDADE MÍNIMA PARA EXPORTAR?
Não existem impedimentos legais. Na verdade, o que determina o mínimo a ser exportado são os custos específicos de exportação, ou seja, pequenas quantidades podem comprometer a operação por aumentar excessivamente do custo por unidade a ser exportada, já que a grande maioria dos custos de exportação são fixos.
PODE-SE ENVIAR UMA MERCADORIA AO EXTERIOR EM CONSIGNAÇÃO?
Sim, desde que seja destinada a exposição em feiras ou como amostra sem valor comercial. 
É COMUM UM PAÍS IMPOR RESTRIÇÕES LEGAIS À IMPORTAÇÃO DE DETERMINADOS PRODUTOS?
Sim, principalmente os países mais desenvolvidos que tenham destacada participação no comércio internacional. Estas restrições são conhecidas como barreiras comerciais, e dividem-se em dois tipos: 
- barreiras tarifárias: são representadas basicamente pelo imposto de importação;
- barreiras não-tarifárias: quotas de importação por período, exigências em matéria de embalagens e etiquetas, regulamentações sanitárias, normas e especificações técnicas, controles cambiais, controle de preços, salvaguardas e medidas antidumping.
COMO A EMPRESA PODE SABER SE EXISTE ALGUMA RESTRIÇÃO OU EXIGÊNCIA PARA A ENTRADA DO SEU PRODUTO NUM DETERMINADO PAÍS?
A melhor alternativa é o contato direto com o próprio importador. Caso a empresa não tenha ainda identificado seu parceiro comercial, uma boa opção seria o contato com o consulado brasileiro instalado naquele país. 
O QUE É UMA EMPRESA COMERCIAL EXPORTADORA (ECE)?
É uma empresas habilitada pela Receita Federal a comprar mercadorias no mercado interno e revendê-las ao exterior (exportação indireta), também conhecida como Trading Company. Numa venda a uma ECE, o produtor nacional estará efetuando uma venda comum de mercado interno, porém a operação será equiparada à exportação no que tange aos benefícios fiscais e financeiros. Para o produtor, a principal vantagem está em utilizar-se da estrutura já montada de uma empresa preparada para operar no mercado internacional, além não ter de ele próprio operar a tramitação burocrática da exportação e nem correr os eventuais riscos envolvidos na operação como um todo. 
QUAIS SÃOOS PROCEDIMENTOS PARA EXPORTAÇÃO DE SOFTWARE?
Inicialmente o software deve estar cadastrado junto a Secretaria de Política de Informática e Automação (SEPIN) do Ministério da Ciência e Tecnologia e enquadrar-se no Softex 2000 (Programa de Exportação de Software). O exportador envia o software ao cliente no exterior (disquete, CD ROM ou via internet) e emite fatura comercial referente a operação, documento este que será exigido para o receber o pagamento junto ao banco que efetuará o contrato de câmbio.
CÂMBIO
EM QUAL MOEDA RECEBE-SE O PAGAMENTO DE UMA EXPORTAÇÃO?
No Brasil, como em diversos outros países em desenvolvimento, pela necessidade de controlar o fluxo de divisas, vigora o regime de centralização das operações cambiais pelo Banco Central. Embora as negociações internacionais sejam realizadas em moedas fortes, notadamente em dólar americano (US$), a empresa exportadora sempre receberá o valor da operação em moeda nacional (R$), com as respectivas transferências de moedas estrangeiras ocorrendo somente entre o banco estrangeiro (do importador) e o banco brasileiro (do exportador). O mesmo ocorrerá no pagamento de uma importação, ou seja, negocia-se em moeda estrangeira mas paga-se em Reais (R$). 
O QUE É CONTRATO DE CÂMBIO?
Câmbio é uma operação de conversão da moeda nacional em moeda estrangeira a uma determinada taxa. Ocorre quando uma pessoa física ou jurídica necessita comprar (pagamento de importação) ou vender (recebimento de exportação) moeda estrangeira a um banco autorizado a operar em câmbio. Esta operação de compra ou venda é formalizada através de um contrato de câmbio, conforme modelo próprio e de acordo com as normas cambiais estabelecidas pelo Banco Central do Brasil.
COMO SE PROCESSA UMA OPERAÇÃO CAMBIAL?
Podemos resumi-la em três fases distintas:
1º fase - contratação: quando se contrata a operação de conversão de moeda estrangeira em moeda nacional, ou vice-versa, com um banco autorizado a operar em câmbio;
2º fase - negociação: quando o exportador apresenta os documentos resultantes do embarque das mercadorias ao exterior para que o banco proceda sua cobrança no estrangeiro, ou na importação, quando o banco brasileiro recebe em cobrança do exterior os documentos de embarque da mercadoria importada, e solicita ao importador que pague;
3º fase - liquidação: quando se dá a efetiva remessa de moeda estrangeira entre os bancos do exportador e do importador, quitando-se assim toda e qualquer obrigação financeira.
O QUE É UMA IMPORTAÇÃO SEM COBERTURA CAMBIAL?
Significa que a importação será efetuada sem o pagamento do valor da mercadoria, ou seja, não há necessidade de se contratar câmbio. Pode ocorrer em diversas situações como importação de amostras para exposição em feiras, importação de máquinas como investimento estrangeiro, importação de equipamentos para testes ou reparos, doações, etc.
UMA EMPRESA PODE EFETUAR PAGAMENTO DE IMPORTAÇÃO ATRAVÉS DE CARTÃO DE CRÉDITO?
Não, pois nesta modalidade não se aplica contrato de câmbio, documento obrigatório no pagamento das importações normais. O cartão de crédito pode ser utilizado apenas nas importações conduzidas pelo Regime de Tributação Simplificada (importação pelo correio).
SOMENTE O BANCO DO BRASIL PODE EFETUAR FECHAMENTO DE CÂMBIO?
Não. Qualquer banco poderá ser utilizado no pagamento e/ou recebimento de operações comerciais internacionais, desde que esteja autorizado pelo Banco Central a operar em câmbio.
QUAIS SÃO AS MODALIDADES DE PAGAMENTO ACEITAS NAS OPERAÇÕES DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO?
Existem três modalidades básicas:
- pagamento antecipado: o importador se prontifica a remeter o valor relativo à operação ao banco do exportador antes do embarque da mercadoria, sem o estabelecimento de nenhuma co-obrigação de ordem documental de que o recebedor das divisas demonstre o cumprimento de suas obrigações, o que implica certo risco para o importador;
- cobrança documentária: consiste basicamente na remessa, por parte do exportador (via bancária), dos documentos negociáveis da operação acompanhados de um saque ou cambial, para cobrança do importador que somente terá acesso aos documentos necessários para a liberação alfandegária da mercadoria no destino, após o pagamento ao banco dos valores exigidos (contratação à vista), ou após a aposição de seu aceite do saque nas operações a prazo. Este tipo de pagamento envolve menos risco para o exportador, já que o comprador só terá acesso à mercadoria se fizer o pagamento junto ao banco recebedor da documentação;
- carta de crédito: é a condição de pagamento mais difundida no comércio internacional, e é também a que oferece maiores garantias, tanto a importadores como a exportadores. O importador solicita aos seu banco a abertura de uma carta de crédito no valor da operação a um favorecido no exterior (exportador), sob condições pré-estabelecidas. O banco, após obter as garantias do solicitante, transmite esta ordem de pagamento ao banco do exportador.
QUAL O CUSTO DE ABERTURA DE UMA CARTA DE CRÉDITO?
O custo para abertura de uma carta de crédito depende da política de cada banco e do relacionamento deste com o cliente (importador). Geralmente varia entre 1% e 4% sobre o valor solicitado.
SE O IMPORTADOR NÃO EFETUAR PAGAMENTO DE UMA MERCADORIA, COMO DEVE PROCEDER O EXPORTADOR PARA REALIZAR ESTA COBRANÇA?
O exportador poderá acionar um banco no exterior para que efetue a cobrança ou contratar uma advogado no país em questão. 
TRANSPORTES E SEGUROS
QUAIS SÃO AS MODALIDADES DE TRANSPORTE INTERNACIONAL DE CARGAS?
O transporte internacional pode ser realizado pelos meios marítimo, terrestre (rodoviário ou ferroviário) e aéreo, ou pela combinação destes meios (transporte multimodal).
QUAIS SÃO OS FATORES A SEREM ANALISADOS PARA A CORRETA ESCOLHA DO MEIO DE TRANSPORTE?
São eles:
- características da carga: peso, volume, formato, dimensão, fragilidade, periculosidade, refrigeração, etc;
- custo do frete internacional;
- urgência na entrega;
- possibilidades de uso: disponibilidade, frequência, adequação e exigências legais;
- proximidade ao ponto de embarque/desembarque.
QUEM ARCA COM O CUSTO DO FRETE INTERNACIONAL; O IMPORTADOR OU O EXPORTADOR?
As obrigações e responsabilidades quanto ao transporte internacional de mercadorias, desde o setor de expedição do exportador até o setor de recepção do importador, são acordadas através de uma convenção internacional denominada INCOTERMS (Termos Internacionais de Comércio). São treze termos distintos. Tomando como exemplo o termo FOB (Free on Board), o mais utilizado no comércio internacional, o exportador estará livre das suas obrigações sobre a mercadoria a partir do momento em que coloque a mesma no interior do veículo de transporte internacional, sendo o importador o responsável pela contratação e o pagamento do frete e seguro internacional, bem como dos demais custos que ocorrerão até o ponto de destino.
O QUE É UM CONTAINER? 
Container é um comportador de carga que permite a acomodação de diversos tipos de mercadorias no seu interior. Surgiu na década de 30 e, apesar de existir em diversas dimensões, os modelos de 20 e 40 pés de comprimento (respectivamente 6,058 e 12,192 metros) tornaram-se os mais populares no transporte marítimo. Praticamente todo tipo de mercadoria que não exceda as dimensões máximas de comprimento e largura poderá ser transportado num container, já que existem vários modelos que se adaptam às características da carga, como é o exemplo do container frigorificado, para cargas perecíveis, e do ventilado, para transporte de animais vivos. O container também é utilizado no transporte aéreo, com dimensões específicas em função do tipo de aeronave.
O QUE SIGNIFICA CONSOLIDAÇÃO DE CARGA?
Consiste no embarque de diversos lotes de carga de exportadores/importadores distintos num determinado espaço do veículo transportador (normalmente container), reservado e contratado pelo agente consolidador. O custo do frete é proporcional ao espaço ocupado efetivamentepelos respectivos volumes embarcados. É uma alternativa indicada para o transporte internacional de cargas de menor volume.
O QUE É CONHECIMENTO DE EMBARQUE?
É um documento internacional emitido pela companhia transportadora quando do recebimento da mercadoria a bordo do veículo transportador, atestando que a mesma foi embarcada dentro das condições previstas. O conhecimento de embarque é um documento de extrema importância para o exportador, pois o pagamento da operação depende da sua apresentação junto ao banco negociador.
UMA EMPRESA INDUSTRIAL BRASILEIRA POSSUI UM CLIENTE IMPORTADOR EM BUENOS AIRES. É PERMITO A UTILIZAÇÃO DE VEÍCULO PRÓPRIO PARA TRANSPORTE RODOVIÁRIO ATÉ O ESTABELECIMENTO DO IMPORTADOR?
Sim desde que o veículo tenha o "Permisso", uma autorização do governo argentino para tráfego interno de veículos de carga estrangeiros. Caso contrário, a alternativa seria o transporte rodoviário até a zona de fronteira para efetuar o transbordo de carga para um veículo argentino.
O QUE É MIC/DTA?
Significa Manifesto Internacional de Cargas/Declaração de Trânsito Aduaneiro. É um documento utilizado no transporte rodoviário para que as mercadorias possam circular de um país para outro sem a necessidade de desembaraço na fronteira, onde apenas verifica-se do lacre da carga. O desembaraço só será efetuado no terminal alfandegado próximo ao importador.
PODE O SEGURO DE UMA MERCADORIA IMPORTADA SER CONTRATADO NO EXTERIOR?
Não. O seguro de importação somente pode ser contratado e pago no Brasil, segundo norma do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil).
O SEGURO DA MERCADORIA NUM PROCESSO DE IMPORTAÇÃO É OBRIGATÓRIO?
Não. O seguro é, na verdade, uma conveniência entre os parceiros comerciais. Porém, quando o pagamento da operação ocorrer através de carta de crédito, o banco financiador pode exigir a contratação do seguro como garantia.
QUAL DEVE SER O VALOR SEGURADO DA MERCADORIA?
Deve cobrir, no mínimo, o valor da mercadoria no local de embarque.

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