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LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA LEUCEMIAS MIELOIDES ► Leucemias mieloides são um grupo de doenças heterogêneas que se caracterizam pela infiltração do sangue, medula e outros tecidos por cél neoplásicas do sistema hematopoiético. ► Neoplasias malignas que, quando não tratadas, variam desde rapidamente fatais às de crescimento lento. ► De acordo com sua evolução sem tratamento, são tradicionalmente denominadas agudas ou crônicas. (LONGO et al., 2013, p. 905) ►As neoplasias mieloides, como outras neoplasias malignas, tendem a se desenvolver ao longo do tempo em formas mais agressivas da doença. Em particular, tanto as síndromes mielodisplásicas quanto as desordens mieloproliferativas frequentemente evoluem para leucemia mielóide aguda. (KUMAR et al., 2010, p. 629) LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA (LMA) PATOGENIA É um tumor de progenitores hematopoiéticos causado por mutações oncogênicas adquiridas que impedem a diferenciação, resultando na acumulação de blastos mieloides imaturos na medula. A interrupção no desenvolvimento mielóide conduz à falência da medula e a complicações relacionadas com anemia, trombocitopenia e neutropenia. (KUMAR et al., 2010, p. 629-630) INCIDÊNCIA 3,5/100.000 pessoas ano Ajustada por idade 4,5 ♂ e 2,9 ♀ Ela aumenta com a idade: 1,7: < 65 anos 15,9: > 65 anos ETIOLOGIA ‼♯▒▒▒Nenhuma evidência direta sugere etiologia viral. ▒▒▒♯‼ Hereditariedade: Síndrome de Down, anemia de Fanconi, síndrome de Bloom, ataxia-telangiectasia, síndrome de Kostmann (neutropenia congênita), síndromes mieloproliferativas. Radiação: Em alta dose (sobreviventes das bombas atômicas no Japão, acidentes com reatores nucleares. Radioterapia parece aumentar pouco o risco à LMA, porém pode elevar o risco em indivíduos expostos, de forma concomitante, a agentes alquilantes (componente da quimioterapia). Substâncias químicas: Exposição ao benzeno (solvente usado na indústria), tabagismo, exposição a derivados do petróleo, tintas, líquidos conservantes, óxido de etileno, herbicidas, pesticidas. Fármacos: Fármacos anticâncer – agentes alquilantes (quimioterapia) Cloranfenicol, fenilbutazona, cloroquina, metoxipsoraleno insuficiência da medula LMA (LONGO et al., 2013, p. 905) APRESENTAÇÃO CLÍNICA Sintomas Sintomas inespecíficos que iniciam de modo gradual ou abrupto e são consequência de anemia, leucocitose, leucopenia ou disfunção leucocitária, ou trombocitopenia. Apresentação dos sintomas por 3 meses ou menos antes do diagnóstico. Fadiga é frequente. Anorexia e perda de peso. Pode haver febre com ou sem infecção detectável. Hemorragias e fácil aparecimento de equimoses. Dor óssea, linfadenopatia, tosse inespecífica, cefaleia ou sudorese. Achados físicos Febre, esplenomegalia, hepatomegalia, linfadenopatia, hipersensibilidade esternal, evidências de infecção e hemorragias. Pode ocorrer sangramento gastrointestinal significativo, hemorragias intrapulmonar ou intracraniana. Hemorragias retinianas. (LONGO et al., 2013, p. 907) Achados hematológicos Anemia, frequentemente é do tipo normocítica normocrômica (a menor eritropoiese muitas vezes reduz a quantidade de reticulócitos e a sobrevida eritrocitária diminui devido à destruição acelerada + a perda ativa de sangue = anemia). Contagem mediana de leucócitos 15.000/µL; em 25 e 40% dos pacientes apresentam contagens < 5.000/µL e 20% contagens > 100.000/µL. Menos de 5% não apresentam cél leucêmicas detectáveis no sangue. Morfologia: o citoplasma frequentemente contém grânulos primários e o núcleo apresenta cromatina fina, rendada com um ou mais nucléolos típicos de cél imaturas. Os grânulos anormais em forma de bastões, chamados de bastões de Auer, não estão presents de maneira uniforme. Função neutrofílica inadequada: observada por meio do comprometimento da fagocitose e da migração, e morfologicamente por meio de lobulação anormal e granulação ineficiente. Contagens plaquetária < 100.000/µL em 75% dos pacientes. 25% apresentam contagens < 25.000/µL. Anormalidades morfológicas e funcionais: formas grandes e bizarras com granulação anormal e incapacidade de as plaquetas se agregarem ou aderirem normalmente entre si. (LONGO et al., 2013, p. 908) População uniforme de mieloblastos primitivos com cromatina imatura, nucléolos em algumas células e grânulos citoplasmáticos primários. Mieloblasto leucêmico contendo um bastão de Auer A coloração de peroxidase mostra a cor azul escura típica da peroxidase em grânulos na LMA REFERÊNCIAS LONGO, Dan L. et al. Medicina interna de Harrison. 18 ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. 1v. KUMAR, V. et al. Robbins e Cotran, bases patológicas das doenças. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
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