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Página 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - CAMPUS RUSSAS CENTRO DE TECNOLOGIA LABORATÓRIO DE FÍSICA FÍSICA EXPERIMENTAL PARA ENGENHARIA RELATÓRIO DA PRÁTICA 04: MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO ALUNO: ANTÔNIO MÁRCIO FERNANDES ALMEIDA MATRÍCULA: 384905 CURSO: ENGENHARIA CIVIL TURMA: 03 PROFESSOR: DR. ANDERSON MAGNO DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL PARA ENGENHARIA MAIO DE 2016 RUSSAS – CE Página 2 SUMÁRIO 1 OBJETIVOS………………………………………………………………………………3 2 MATERIAIS…………………………………………………………...………………….3 3 FUNDAMENTOS TEÓRICOS…………………………………………………………..3 4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL…………………………………………………..7 5 QUESTIONÁRIO………………………………………………………………………...9 RESULTADOS E DISCUSSÕES……………………………………...………………….11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………………………..11 MAIO DE 2016 RUSSAS – CE Página 3 1 - OBJETIVOS - Determinar o deslocamento, a velocidade e a aceleração de um móvel com movimento retilíneo uniformemente variado. 2 - MATERIAIS - Trilho de ar; - Carrinho; - Cronômetro eletrônico digital; - Cabos; - Unidade geradora de fluxo de ar; - Fotosensor; - Mecanismo de disparo; - Fita métrica. 3 - FUNDAMENTOS TEÓRICOS O movimento retilíneo uniforme (MRU) é um dos movimentos mais simples existentes. Este movimento é caracterizado pelo fato da velocidade ser constante. De acordo com a primeira lei de Newton, uma partícula que esteja em MRU permanecerá com este tipo de movimento, a menos que uma força externa atue sobre a mesma. Você já deve ter observado este tipo de movimento quando está dentro de um carro em movimento. Observando o velocímetro do carro, pode ter trechos em que o velocímetro marca sempre a mesma velocidade em qualquer instante ou intervalo de tempo, como por exemplo, 100 km/h. Figura 1 - Variação do tempo para um carro em MRU. O movimento é uniforme quando a velocidade escalar do móvel é constante em qualquer instante ou intervalo de tempo, significando que, no movimento uniforme o móvel percorre distâncias iguais em tempos iguais. O movimento é retilíneo uniforme quando o móvel percorre uma trajetória retilínea e apresenta velocidade escalar constante. Como a velocidade escalar é constante em qualquer instante ou intervalo de tempo no movimento uniforme, a velocidade escalar média é igual à instantânea: Página 4 Equação horária do movimento retilíneo uniforme A equação horária de um movimento mostra como o espaço varia com o tempo: x = f(t).No movimento uniforme temos que: Assim obtemos: Para t = 0, temos: onde x é o espaço final, x0 é o espaço inicial e t o instante final. versus tempo (t) no MRU Conforme se pode observar da eq. (3), no movimento uniforme a equação horária é uma função do 1o grau, assim o gráfico x versus t é uma reta que pode passar ou não pela origem (fig. 1). Figura 2 - Gráfico x (espaço) versus t (tempo) - Movimento Retilíneo Uniforme. Correlacionando a eq. (3) com a função do 1º grau: y = a.x+b, temos que x0 é o coeficiente linear da reta e v é o coeficiente angular da reta (ou inclinação da reta). Para obter x0, basta fazer t = 0 na equação horária x = x0. A velocidade escalar é obtida a partir do gráfico x versus t, calculando a inclinação da reta: v = inclinação da reta = ∆x/∆t = (x - x0)/(t - t0) Página 5 Sendo a velocidade constante em qualquer instante e intervalo de tempo, a função v = f(t) é uma função constante e o gráfico v versus t é uma reta paralela ao eixo do tempo. Pode-se calcular a variação de espaço ocorrida em um intervalo de tempo, calculando-se a área abaixo da reta obtida (área hachurada na fig.3), que é a área de um retângulo. Figura 3 – Gráfico v (velocidade) versus t (tempo) - Movimento Retilíneo Uniforme. Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, MRUV (Plano inclinado) Foi visto no tópico anterior que o MRU pode ser definido dizendo que o objeto se move em linha reta, percorrendo deslocamentos iguais em intervalos de tempo iguais. Por isso, o correspondente gráfico da posição em função do tempo é uma reta. De modo análogo, o MRUV pode ser definido dizendo que o objeto se move em linha reta, com o módulo da sua velocidade instantânea tendo variações iguais em intervalos de tempo iguais. Por isso, o correspondente gráfico do módulo da velocidade instantânea em função do tempo é uma reta. O módulo da aceleração pode ser escrito: É usual, na Cinemática, considerar t0 = 0, ou seja, considerar que o intervalo de tempo é marcado a partir do instante inicial de observação do movimento. E o instante final do intervalo considerado pode ser tomado como um instante genérico t. Assim, a expressão (6) fica: Esta expressão é conhecida como a equação horária da velocidade que é uma função do 1º grau. Plano inclinado Analise o comportamento de um bloco de massa m apoiado sobre um plano inclinado de ângulo θ em relação à horizontal; despreze os atritos. Página 6 Figura 4 - Bloco de massa m em um plano inclinado. Conforme se pode observar na figura 3, as forças que atuam sobre esse corpo são: 𝑃: força de atração gravitacional (força PESO); 𝑁: força de reação ao contato do bloco com a superfície de apoio (força NORMAL). Para simplificar a análise matemática desse tipo de problema, costuma-se decompor as forças que atuam sobre o bloco em duas direções: nclinado (chamaremos de direção X); Assim, ao decompor a força peso 𝑃 tem-se: 𝑃𝑥: componente tangencial do peso do corpo; responsável pela descida do bloco; 𝑃𝑦: componente normal do peso; é equilibrado pela reação normal N do plano. Os módulos de 𝑃𝑥 e 𝑃𝑦 são obtidos a partir das relações da figura 5, que é um detalhe ampliado da figura anterior. Figura 5 - Decomposição da força peso (plano inclinado). Usando a segunda Lei de Newton (𝐹𝑟 = 𝑚. 𝑎 ), obtemos: - Na direção x: Página 7 Chega-se a conclusão que a = g sen θ ou seja “a aceleração com que o bloco desce o plano inclinado independe da sua massa m”. - Na direção Y: N – Py = m.a Mas como não existe movimento (logo aceleração) na direção Y 4 - PROCEDIMENTO PROCEDIMENTO 1: FUNCIONAMENTO DO CRONÔMETRO: Para iniciar o cronômetro aperte o botão “E” duas vezes de forma que fiquem as duas luzes laterais acesas PASSO 1: Meça a inclinação do trilho. Para tal, você deve medir o comprimento do trilho e a altura de desnível entre os pés da direita e os da esquerda. Com essas medidas, você poderá calcular o ângulo de inclinação do mesmo. PASSO 2: Com uma trena, meça a posição 1 do fotosensor, conforme a tabela 1. Essa medida deve ser feita do pino central do carrinho, que deve estar junto ao eletroímã, até o centro do fotosensor. OBS: Essa medida deve ser feita a partir da haste superior do carrinho (a parte que passará pelo sensor). PASSO 3: Fixe o carrinho no eletroímã ligando a chave liga-desliga do cronômetro. OBS: nunca arraste o carrinho sem o fluxo de ar está ligado! Também não o empurre para baixo! PASSO 4: Libere o carrinho do eletroímã, acionando o disparador. PASSO 5: Anote os dados obtidosna Tabela 1; PASSO 6: Faça o mesmo três vezes; PASSO 7: Repita o procedimento para as outras posições indicadas na Tabela 1, até preenche-la por completo; Tabela 1 Nº X (cm) T1 (s) T2 (s) T3 (s) Média de T T 2 (s 2 ) V = 2x/t a = 2x/t 2 1 15 0,4401 0,4811 0,4106 0,4440 0,1871 67,56 160,34 2 30 0,6815 0,6224 0,7250 0,6763 0,4574 88,72 131,17 3 45 1,0550 0,9188 0,8960 0,9566 0,9151 94,08 98,35 4 60 1,1610 1,0677 1,1952 1,1413 1,3026 105,14 92,12 Página 8 5 75 1,2453 1,2909 1,3457 1,2940 1,6743 115,92 89,59 6 90 1,4648 1,3754 1,4934 1,4445 2,0863 124,61 86,23 7 105 1,5013 1,6514 1,5414 1,5647 2,4483 134,21 85,77 PASSO 8: Com os dados da tabela , trace o gráfico da posição em função do tempo. PASSO 9: Com os dados da tabela , trace o gráfico da posição em função do tempo ao quadrado. Página 9 PROCEDIMENTO 2: neste procedimento você observará o comportamento do carrinho em função da variação da sua massa PASSO 10: mantendo o foto sensor na posição x=105 cm, preencha a tabela 2: Tabela 2 Massa T(s) a(m/s²) Carrinho 151,48 1,6305 78,99 Carrinho + massa adicional 171,47 1,7680 67,18 5 - QUESTIONÁRIO 1- O que representa o coeficiente angular do gráfico “x contra t”? R - O coeficiente angular (m) da reta é calculado por: m = (Δy/Δx), que no caso do gráfico acima é calculado por: m = (Δx/Δt), porém (Δx/Δt) é a velocidade média, então, o coeficiente angular do gráfico “x contra t” representa a velocidade média do “carrinho”. 2- Quais as conclusões tiradas do gráfico “x contra t” em relação à velocidade? R - O gráfico “x contra t” representa uma parábola e (Δx/Δt) e aumenta de forma constante, logo, a velocidade varia de forma uniforme com o passar do tempo (aceleração constante). 3- O que representa o coeficiente angular do gráfico “x contra t²”? R - O coeficiente angular (m) da reta é calculado por: m = (Δy/Δx), que no caso do gráfico acima é calculado por: m = (Δx/Δt²), porém (Δx/Δt²) representa a aceleração média, então, o coeficiente angular do gráfico “x contra t²” representa a aceleração média do “carrinho”. 4- Trace, em papel milimetrado, o gráfico da velocidade em função do tempo a partir dos dados da tabela 1. Página 10 5- Trace, em papel milimetrado, o gráfico da aceleração em função do tempo a partir dos dados da tabela 1. 6-Determine a aceleração: a) pelo gráfico x contra t²; R- a = 2x/t² = 2(105)/2,4483 = 85,77 cm/s² b) pelo gráfico v contra t; R – v = 2x/t, isolando x, temos, x = vt/2 = (134,21)(1,5647)/2 = 104,99 ~105,00 cm, substituindo em a = 2x/t² = 2(105)/(1,5647)² = 85,77 cm/s² 7- Compare o valor teórico da aceleração do corpo num plano inclinado com o valor obtido experimentalmente. Comente os resultados. R – Aceleração num plano inclinado é dada por a = g sen θ = (9,81)(sem 3,82) = 0,6536 m/s² = 65,36 cm/s². A média dos valores obtidos, experimentalmente, para a aceleração foi de 0,8577 cm/s². A diferença entre a média dos valores obtidos nos experimentos e o valor calculado pela equação não é significativa, pois, nos cálculos, foi desprezado o atrito do “carrinho” com o trilho. Conclui-se que o cálculo teórico pode ser utilizado na prática. 8 - Faça os cálculos para encontrar os resultados teóricos para a aceleração do carrinho com os dados da tabela 2. Obtenha o erro experimental. R – Carrinho: a = 2x/t² = 2(105)/(1,6305)² = 79,99 cm/s², Erro(%) = (ateórica - aexperimental)100/ateórica = (79,99 – 78,99)100/79,99 = 1,25% Página 11 Carrinho + massa adicional = a = 2(105)/(1,7680)² = 67,18 cm/s² Erro(%) = (ateórica - aexperimental)100/ateórica = (67,18 – 67,18)100/67,18 = 0% RESULTADOS E DISCURSSÕES Concluímos, a partir da realização da prática experimental, a existência de divergência de valores teórico e experimentais, quando calculados em laboratório em comparação com os obtidos por meio das equações do movimento: x = x0 + v0 t + (at 2 )/2 x = x0 + at v 2 = v0 2 + 2a (x – x0) Porém, como todos os valores ficaram dentro da margem de erro de 5%, foram comprovadas as propriedades do MRUV nos casos analisados, com aceleração constante, para cada variação de velocidade no intervalo de tempo respectivo. Ademais, há a existência de erro devido o desprezo da influência de fatores externos como o mínimo atrito do carrinho ao trilho, mesmo com sua diminuição com o trilho de ar, e a própria resistência do ar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MAGNO, Anderson. Manual de práticas – Física experimental. Russas- CE: UFC, 2016. HALLIDAY, David. Fundamentos de Física. 8. ed. Rio de Janeiro: Ltc, 2009. 2 v MRUV. Disponível em < http://servlab.fis.unb.br/matdid/2_1999/Marlon- Eduardo/mruv.htm>, Acesso em 13 de maio de 2016. Movimento Retilíneo Uniformemente Variado. Disponível em < http://coral.ufsm.br/gef/Cinematica/cinema14.pdf>, Acesso em 13 de maio de 2016.
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