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ARTIGO HISTORIOGRAFIA DA MANUTENÇÃO

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1 
 
HISTORIOGRAFIA DA MANUTENÇÃO 
 
ELIAS MATEUS CASEIRO SILVA 1 
FELIPE KAHLERT 2 
GUILHERME GONÇALVES DE BARROS 3 
 
RESUMO: 
 
Este trabalho tem como objeto, apresentar a evolução, com datas e marcos para área 
da manutenção. Manutenção, palavra derivada do latim manus ten, que significa 
manter o que se tem, está presente na história humana há eras, desde o momento 
em que iniciou o manuseio dos instrumentos de produção. Com o advento da 
Revolução Industrial no final do século XVIII, a sociedade humana começou a se 
agigantar no tocante à sua capacidade de produzir bens de consumo. A presença de 
equipamentos cada vez mais sofisticados e de alta produtividade fez a exigência de 
disponibilidade elevar os custos de inatividade ou de subatividade. Nesse sentido, 
percebeu-se que não basta ter instrumentos de produção, pois é preciso saber usá-
los de forma racional e produtiva. Baseadas nesta ideia, as técnicas de organização, 
planejamento e controle nas empresas sofreram uma tremenda evolução. 
 
Palavras-Chaves: Manutenção. História da manutenção. Gerações da Manutenção. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 Conforme Pascoli (1994), os primeiros registros de manutenção datam do 
século X, quando os Vikings dependiam fortemente da manutenção para manter seus 
navios em perfeitas condições para as batalhas. Sabe-se que a história e 
desenvolvimento da manutenção acompanharam o desenvolvimento Industrial ao 
longo dos últimos 100 anos de história. 
 Segundo Tavares (1999), em 1914 a manutenção era executada pelo próprio 
pessoal da operação, tendo uma importância secundária. Com a primeira guerra 
mundial, Henry Ford desenvolveu e criou equipes para atender às exigências do 
sistema produtivo, garantindo assim o funcionamento dos equipamentos. 
 
1 Acadêmico do 10º período de Engenharia Mecânica: mateus_caseiro@hotmail.com; 
2 Acadêmico do 10º período de Engenharia Mecânica: fe.kahlert@hotmail.com; 
3 Acadêmico do 10º período de Engenharia Mecânica: g2b_barros@hotmail.com; 
 
2 
 
 Segundo Pinto e Xavier (2002), a manutenção evoluiu nos últimos 30 anos, se 
dividindo em três gerações: a primeira, a segunda e a terceira, cada uma se 
destacando com suas características e contribuições. 
 
2 EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO 
 
 A primeira geração corresponde ao período antes da segunda guerra mundial, 
quando a indústria era pouco mecanizada. É neste período que surge a manutenção 
corretiva, e a manutenção ocupa um dos níveis mais baixos das organizações. A 
manutenção corretiva se caracteriza pela intervenção no equipamento ou ativo da 
empresa na ocorrência de falha, restabelecendo sua função. 
 A segunda geração inicia-se na segunda guerra mundial, dando início à 
manutenção preventiva. É nesta época que os investidores avaliam os custos de 
manutenção e começam a enxergar a manutenção com outros olhos, ocupando assim 
posição hierárquica compatível à produção. É neste período que se cria a Engenharia 
de Manutenção, com a finalidade de assessorar a manutenção, e, na década de 60, 
a manutenção passou a utilizar métodos de controle em decorrência do advento do 
computador. A intervenção no equipamento, antecipando as causas prováveis de 
falhas através das ações determinadas em intervalos fixos de tempo, se caracteriza 
pela manutenção preventiva. 
 É na terceira geração, que se inicia a partir da década de 70, que os conceitos 
da manutenção preventiva são fundamentados na performance e no desempenho dos 
equipamentos, e por meios de técnicas que fornecem diagnósticos preliminares de 
falhas dos equipamentos surge a manutenção preditiva. É neste período que as 
empresas iniciam o desenvolvimento tecnológico dos seus parques industriais, 
crescendo na automação e mecanização, iniciando a indicação da confiabilidade e 
disponibilidade dos equipamentos. A partir daí as organizações vêm passando por 
transformações rápidas e profundas, impulsionadas pelo aumento da competitividade 
e pelo desenvolvimento tecnológico, levando as empresas a uma verdadeira 
revolução nos seus sistemas produtivos. A manutenção deve ser gerenciada através 
de uma administração moderna, pensando e agindo estrategicamente, sustentada por 
uma visão de futuro e regida pelo processo de gestão e deve contribuir efetivamente 
para a eficácia do processo produtivo e a satisfação plena de seus clientes, conforme 
abordam Pinto e Xavier (2002). 
3 
 
2.1 MODOS DE MANUTENÇÃO 
 
Os tipos de manutenção mais comuns estão representados na figura a seguir: 
Pereira (2009) destaca que os tipos de manutenção fazem parte do processo de 
Gestão da Manutenção. As definições para os tipos de manutenção são:  
Manutenção Corretiva Não Planejada: A ABNT (1994) na sua norma NBR 5462 a 
define como a manutenção efetuada após a ocorrência de uma pane destinada a 
recolocar um item em condições de executar uma função requerida. 
Manutenção Corretiva Planejada: Para Kardec e Nascif (2001) é a correção 
do desempenho menor do que o esperado ou da falha, por decisão gerencial, isto é, 
pela atuação em função do acompanhamento da condição, ou pela decisão de operar 
até a quebra. 
Manutenção Preventiva: Segundo Araújo e Santos (2004), consiste em um 
trabalho de prevenção de defeitos que possam originar a parada ou um baixo 
rendimento dos Manutenção Tipos Manutenção Corretiva Manutenção Preventiva 
Manutenção Preditiva Engenharia de Manutenção Corretiva Não-planejada Corretiva 
Planejada Reparo antes da falha Reparo depois da falha 
Manutenção Preditiva: Para Arato Jr. (2004), tem como característica básica 
o monitoramento de parâmetros que caracterizam o estado de funcionamento dos 
equipamentos, os métodos empregados envolvem técnicas e procedimentos de 
medida, acompanhamento e análise desses parâmetros. A Manutenção Preditiva 
também é denominada como Manutenção Preventiva baseada na condição. 
Engenharia de Manutenção: Também chamada de Manutenção Melhorativa, 
para Kardec e Nascif (2001) é onde foca-se na causa básica do problema, ou seja, ao 
contrário de somente reparar, eliminar a razão do defeito/falha, através de estudo do 
projeto do equipamento, análise dos problemas e modificações. 
 
2.2 FASES DA MANUTENÇÃO 
 
Kardec e Nascif (2001) dividem a evolução da manutenção em três fases: 
Primeira Geração (antes de 1940): Expectativa de conserto após a falha; 
Segunda Geração (1940 a 1970): Expectativa de disponibilidade crescente e 
maior vida útil do equipamento; 
4 
 
Terceira Geração (Após 1970): Expectativa de maior disponibilidade e 
confiabilidade, melhor benefício-custo, melhor qualidade dos produtos, preservação 
do meio ambiente. 
Carvalho e Paladino (2005) concluíram que a evolução da qualidade pode ser 
sintetizada em quatro eras: inspeção, controle da qualidade, garantia da qualidade e 
gestão da qualidade. 
Antes de 1930: 
Com a revolução industrial surge a necessidade de reparos nos equipamentos 
das fábricas (TAVARES, 1999); 
A customização dos artesãos é substituída pela padronização e a produção 
em larga escala (CARVALHO e Paladino, 2005); 
A primeira guerra e a linha de montagem da Ford modificaram os rumos da 
manutenção e qualidade. 
O modelo de administração taylorista divide planejamento e execução. 
Aplicados na manutenção geram as primeiras equipes de manutenção e na qualidade, 
a função do inspetor, responsável pela qualidade. 1930 a 1970: 
Na década de 1930, o controle de qualidade evoluiu bastante, com o 
desenvolvimento do sistema de medidas, das ferramentas de controle de estatístico 
de processo e normas específicas para essa área. (CARVALHO e PALADINO, 2005). 
Durante a Segunda Guerra mundial, o controleestatístico da qualidade se 
difundiu. A diminuição da força de trabalho masculina impulsionou o aumento da 
mecanização e o aumento da complexidade das instalações industriais. 
O aumento da dependência das máquinas fez com que fosse dado mais 
atenção a disponibilidade e confiabilidade, em busca de maior produtividade, surge a 
ideia que as falhas dos equipamentos poderiam e deveriam ser evitadas, o que 
resultou no conceito de manutenção preventiva (KARDEC & NASCIF , 2001). 
O pós-guerra gera impactos na manutenção e qualidade. Na década de 1950 
é proposta a primeira abordagem sistêmica da qualidade (CARVALHO e PALADINO, 
2005). 
Juran: Planejamento e apuração dos custos da qualidade; 
Feigenbaum: Sistema de Controle da Qualidade Total; 
Crosby: Programa Zero Defeito; 
No Japão Pós-Guerra: Deming e Juran influenciam a criação do modelo 
Japonês; 
5 
 
Na década de 1960, o custo da manutenção em intervalos fixos fez aumentar 
os sistemas de planejamento e controle da manutenção. A Engenharia de 
Manutenção passa a desenvolver critérios de predição ou previsão de falhas visando 
a otimização da atuação das equipes de execução de manutenção. Esses critérios 
são conhecidos como manutenção preditiva (TAVARES, 1999). 
De 1970 a hoje: na década de 1970 o modelo japonês já mencionava a 
aferição dos defeitos em partes por milhão, enquanto no Ocidente ainda eram 
calculadas em porcentagem (CARVALHO et al., 2005). 
 A difusão do conceito “Just in Time”, onde a diminuição dos estoques em 
processo significava que pequenas pausas na produção poderiam paralisar a fábrica, 
reforça a necessidade de aplicação do conceito de manutenção preditiva. Cresce o 
uso da automação e da mecanização. 
Maior automação também significa que falhas cada vez mais frequentes 
afetam a capacidade de manter padrões de qualidade estabelecidos (KARDEC & 
NASCIF , 2001). 
Em 1987, surge o modelo normativo da ISO (International Standardization 
Organization) para a área da gestão da qualidade, a série ISO 9000. Surge no final da 
década de 1980, na Motorola, o mais recente programa de Gestão da Qualidade, 
chamado Seis Sigma. (CARVALHO e PALADINO, 2005). 
 A interação entre as fases de implantação de um sistema (projeto, fabricação, 
instalação e manutenção) e a Disponibilidade e Confiabilidade torna-se mais evidente 
(KARDEC e NASCIF, 2001). 
 
3 CONCLUSÃO 
 
 A função Manutenção e Qualidade evoluíram juntamente com as demandas da 
sociedade e o ambiente produtivo, mas a qualidade na manutenção carece de maior 
atenção nas organizações, sendo ela uma grande oportunidade de diferenciação da 
concorrência e aumento da competitividade. Em uma organização onde seu foco 
encontra-se na produção de um item, mais manutenção não agrega mais valor ao 
produto final, significa maiores custos e menor margem de lucro. 
 A utilização dos conceitos da gestão da qualidade não é um caminho somente 
para melhorar os serviços de manutenção em si, mas melhorar a relação com seus 
6 
 
clientes internos e externos, onde ela deixa de ser um centro de custo e torna-se um 
centro de lucro. 
 
HISTORIOGRAPHY OF MAINTENANCE, 
 
ABSTRACT: This work aims to present this evolution, with dates and milestones for 
this area. Maintenance, a word derived from the Latin manus ten, which means to keep 
what one has, has been present in human history for ages since the beginning of the 
manipulation of the instruments of production. With the advent of the Industrial 
Revolution in the late eighteenth century, human society began to grow in its ability to 
produce consumer goods. The presence of increasingly sophisticated and high-
productivity equipment made the availability requirement raise the costs of downtime 
or sub-activity. In this sense, it has been realized that it is not enough to have 
instruments of production, since it is necessary to know how to use them in a rational 
and productive way. Based on this idea, the techniques of organization, planning and 
control in the companies have undergone a tremendous evolution. 
 
Keywords: Maintenance. History of maintenance. Generations of Maintenance. 
 
REFERÊNCIAS 
 
CARVALHO, M. M.; PALADINI, E. P. Gestão da qualidade: Teoria e Casos. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2005. 
 
FALCONI, Campos Vicente. Gerência da Qualidade- Total estratégia para aumentar 
a competitividade da empresa brasileira. Belo Horizonte: Fundação Christiano Ottoni/ 
Escola de Engenharia da UFMG, 1990. 
 
KARDEC, A.; NASCIF, J. Manutenção - Função Estratégica. Segunda edição.Rio de 
Janeiro: QualityMark, 2001. 
 
PEREIRA, M. J. Engenharia de Manutenção: Teoria e prática. Rio de Janeiro: Ciência 
Moderna, 2009. 
 
PINTO, Alan Kardec; XAVIER, Júlio de A. Nascif. Manutenção: função estratégica. Rio 
de janeiro: Qualitymark:Abraman, 2002 
 
PRADO, C. C. A. A busca da melhoria da qualidade nos serviços de manutenção. 
Disponível em: 
http://www.tecem.com.br/site/arquivos.asp?codigo=7&tipo=1&cat=1&arq=artigos/A_
Busca_na_Melhoria_da_ Qualidade_nos_Servicos_de_Manutencao.pdf. Acessado 
em 30/05/2010.

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