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Universidade Federal do Rio de Janeiro - Campus Macaé Disciplina: Física Experimental I Professor: Franciole Alunos: Diogo Paulo, Helen Baptista e Vanessa Queiroz. Experimento 04: Movimento Retilíneo Uniforme Variado (Trilho de Ar) Outubro/2013 ÍNDICE: Objetivo Introdução Teórica Material Utilizado Procedimento Experimental Análise dos Resultados Conclusão Referências Bibliográficas Objetivo Aprender novas técnicas de utilização para o trilho de ar. Compreender como um plano inclinado com diferentes ângulos influência na aceleração do móvel. Determinar indiretamente o valor da gravidade bem como os valores da aceleração do corpo. Provar a relação a = g. seno θ. Introdução Teórica O movimento num plano inclinado é um exemplo de movimento retilíneo uniformemente variado que sofre a ação de uma força constante, a qual é decomposta nos eixos x e y. A construção do plano inclinado consiste de uma superfície plana com uma das bases a uma altura H do chão, formando um ângulo θ. O corpo sobre o plano exercerá uma força peso em direção ao centro da Terra, onde P = m.g, e uma força Normal perpendicular ao plano. O eixo x corresponde à força resultante. Então é observado que F = m.a = m.g.senoθ. Ao comparar: ma = m.g.senoθ, e dividirmos ambas as equações por m, conclui-se que: No eixo y não há movimento e, portanto, a força é nula e no eixo x a equação é: a = g.senoθ Onde, a = aceleração, F = força, m = massa, g = gravidade, P = força peso. Com isso, para a aceleração temos: V(t) = Vo+at. E para a posição temos: X=Xo+Vot+gt²/2. Material Utilizado - Trilho de ar; - Centelhador; - Fita termo-sensível; - Fita adesiva; - Tesoura; - Régua milimetrada 30 cm; - Régua milimetrada 100 cm; - nivelador de bolha; - Gerador de fluxo de ar; - Bloco de madeira. Procedimento experimental Verificou-se a instalação elétrica do centelhador. Com os aparelhos desligados, inclinou-se ligeiramente o trilho de ar e determinou-se o ângulo de inclinação. Ajustou-se a frequência do centelhador para 200 ms. Ligou-se o gerador de fluxo de ar e realizou-se um teste para verificar se o carrinho estava correndo perfeitamente pelo trilho. Ligou-se o centelhador e antes de colocar a fita termo-sensível foi feito um teste para constatar se estava centelhando corretamente. Colocou-se a fita termo-sensível no lugar adequado. Largou-se o carrinho e disparou-se o centelhador simultaneamente. Anotou-se a distância entres os pontos obtidos. Repetiu-se o procedimento por quatro vezes, utilizando em cada um deles ângulos distintos. Com os dados obtidos em cada experimento, montou-se uma tabela. Análises dos resultados Foram utilizadas duas formas para calcular o seno do ângulo utilizado em cada um dos quatro experimentos. Primeiro, mediu-se com uma régua milimetrada a distância do cateto oposto e hipotenusa, e fez-se a seguinte relação: Cateto oposto /hipotenusa = seno Θ Em seguida, calculou-se o seno do ângulo indicado pelo trilho de ar. Quando comparados os resultados obtidos, constatou-se que eram aproximados, levando em consideração a incerteza de ± 0,5°. Com os resultados obtidos, montaram-se as tabelas abaixo: Θ1 = (0,9 ± 0,5)° Medida T (s) X ± 0,1 (cm) Δx (cm) V ± 0,4 (cm/s) Δv (cm/s) 1 0,2 1,4 1,4 - - 2 0,4 3,1 1,7 9,5 3 0,6 5,2 2,1 10,3 4 0,8 7,2 2,0 13,8 5 1 10,7 3,5 17,0 6 1,2 14 3,3 - Θ2 = (2,7 ± 0,5)° Medida T (s) X ± 0,1 (cm) Δx (cm) V ± 0,4 (cm/s) Δv (cm/s) 1 0,2 3,2 3,2 - 2 0,4 7,3 4,1 26,0 3 0,6 13,6 6,3 35,5 4 0,8 21,5 7,9 42,8 5 1 30,7 9,2 50,0 6 1,2 41,5 10,8 - Θ3 = (3,0 ± 0,5)° Medida T (s) X ± 0,1 (cm) Δx (cm) V ± 0,4 (cm/s) Δv (cm/s) 1 0,2 5,4 5,4 - 2 0,4 11,9 6,5 37,0 3 0,6 20,2 8,3 46,3 4 0,8 30,4 10,2 54,5 5 1 42 11,6 62,5 6 1,2 55,4 13,4 - Θ4 = (3,8 ± 0,5)° Medida T (s) X ± 0,1 (cm) Δx (cm) V ± 0,4 (cm/s) Δv (cm/s) 1 0,2 2,3 2,3 - 2 0,4 7,9 5,3 33,0 3 0,6 15,5 7,6 44,0 4 0,8 25,7 10,2 56,8 5 1 38,2 12,5 69,8 6 1,2 53,6 15,4 - A velocidade foi calculada pela fórmula V(t) = X(t + Δt) - X(t – Δt) / 2Δt Onde, X = deslocamento do objeto no tempo (t + Δt) e (t – Δt), sendo Δt = tempo entre as centelhas = 0,2 s. Para o cálculo da incerteza da velocidade utilizou-se δv = δx / √2 . Δt. Traçou-se o gráfico da velocidade (cm/s) vs. Tempo (s) para cada ângulo de inclinação utilizado. Sabendo-se que o coeficiente angular da reta descrita por V(t) = V0 + a.t, é igual à aceleração do corpo em movimento, portanto fez os calculos de a(max) e o a(min) para achar os coeficientes angulares das retas para todos os ângulos utilizados. A incerteza do coeficiente angular(δa) foi estimada calculando a diferença dos coeficientes angulares divido por duas vezes a raiz quadrada do numero de quantidade de pontos feitos no gráfico . Coeficientes angulares dos angulos: Θ1 � Reta 1 mínima - pontos. V(cm/s) T(s) 8,1 0,4 17,2 1,0 Reta 2 máxima - pontos. V(cm/s) T(s) 10,0 0,4 15,4 1 � a(min) = (17,2 – 8,1)/(1,0 – 0,4) = 15,2 cm/s² a(max) = (15,4 – 10,0)/(1,0 – 0,4) = 9,0 cm/s² δa = 1,6 cm/s² a1 = (15,2 + 9,0)/2 = (12,1 ± 1,6) cm/s² Θ2� Reta 1 mínima - pontos. V(cm/s) T(s) 30,0 0,5 47,0 0,9 Reta 2 máxima - pontos. V(cm/s) T(s) 32,6 0,5 44,8 0,9 � a(min) = (47,0 – 30,0)/(0,9 – 0,5) = 42,5 cm/s² a(max) = (44,8 – 32,6)/(0,9 - 0,5) = 30,5 cm/s² δa = 3,0 cm/s² a2 = (30,5 + 42,5)/2 = (36,5 ± 3,0) cm/s² Θ3� Reta 1 mínima - pontos. V(cm/s) T(s) 36,8 0,4 59,4 0,9 Reta 2 máxima - pontos. V(cm/s) T(s) 39,5 0,4 57,0 0,9 � a(min) = (59,4 – 36,8)/(0,9 – 0,4) = 45,2 cm/s² a(max) = (57,0 – 39,5)/(0,9 – 0,4) = 35,0 cm/s² δa = 2,6 cm/s² a3 = (45,2 + 35,0)/2 = (40,1 ± 2,6) cm/s² Θ4� Reta 1 mínima - pontos. V(cm/s) T(s) 30,0 0,4 71,5 1,0 Reta 2 máxima - pontos. V(cm/s) T(s) 34,0 0,4 67,5 1,0 � a(min) = (71,5 – 30,0)/(1,0 – 0,4) = 69,2 cm/s² a(max) = (67,5 – 34,0)/(1,0 – 0,4) = 55,8 cm/s² δa = 3,4 cm/s² a4 = (69,2 + 55,8)/2 = (62,5 ± 3,4) cm/s² Em resumo os resultados dos coeficientes angulares da velocidade para cada ângulo: Θ1 : a1 = (12,1 ± 1,6) cm/s² Θ2 : a2 = (36,5 ± 3,0) cm/s² Θ3 : a3 = (40,1 ± 2,6) cm/s² Θ4 : a4 = (62,5 ± 3,4) cm/s² Aceleração vs. Seno θ - (a= g. seno θ) Com os resultados dos coeficientes angulares das velocidades montou-se a tabela abaixo. Θ (±0,5) ax(cm/s²) Seno Θ x10-2 δa (cm/s²) 0,9 12,1 1,6 1,6 2,7 36,5 4,7 3,0 3,0 40,1 5,2 2,6 3,8 62,5 6,6 3,4 Sabe-se que o coeficiente angular da reta (g=a/seno θ) é igual ao valor da gravidade, assim esboçou-se o gráfico e estimaram-se os coeficientes angulares das retas traçadas e suas respectivas incertezas. Coeficiente angular: � Reta 1 mínima- pontos. ax(cm/s²) Seno θ x10-2 6,0 2,0 62,2 6,5 Reta 2 máxima - pontos. ax(cm/s2) Seno θ x10-2 16,2 2,0 54,2 6,5 a(min) = (62,2 – 6,0)/(0,065 – 0,02) = 1248,9 cm/s² a(max) = (54,2 – 16,2)/(0,065 – 0,02) = 844,4 cm/s² δa = 101,1 cm/s² a = (1248,9 + 844,4)/2 = (1046,7 ± 101,1) cm/s² Resultados para a gravidade: g= (1046,7 ± 101,1) cm/s² Conclusão A aceleração da gravidade obtida foi de g = (1046,7 ± 101,1) cm/s². Conclui-se que o valor obtido se aproxima do valor da aceleração da gravidadeg = (978,7 ± 0,1) cm/s² com uma pequena diferença que pode ser associada às incertezas de medidas nos procedimentos que oscilam de 1,6 a 3,4 cm/s² para os coeficientes angulares obtidos nas retas v(t) vs. t. Como esperado, os gráficos tiveram caráter linear mostrando que a velocidade e a aceleração de um corpo, sob a ação de uma força constante, crescem em função do tempo com o aumento da inclinação do plano. Referências Bibliográficas 1- NUSSENZVEIG, Moysés. Curso de Física Básica Vol. 1. 4ª edição, ed. BLUCHER. �
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