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Recursos (Parte I)

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ROTEIRO GERAL DE ESTUDOS – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – PARTE 2 
RECURSOS - PARTE 1 
A palavra recurso vem do latim recursus, que em sentido estrito, segundo Sérgio Pinto Martins, significa "a possibilidade de provocar o reexame de determinada decisão, pela autoridade hierarquicamente superior visando à obtenção de sua reforma ou modificação". O recurso visa garantir o duplo grau de jurisdição assegurado pela CF/1988. Os recursos no processo do trabalho são regulados pela CLT e, subsidiariamente, pelo CPC. 
> PRINCÍPIOS: Os princípios recursais são as diretrizes básicas e os preceitos fundamentais dos recursos trabalhistas. Violar um princípio é mais que violar uma norma, pois viola todo um sistema de normas. Os recursos trabalhistas seguem basicamente as mesmas diretrizes dos princípios recursais do CPC e também da Constituição Federal. São os mais comuns: 
		–  Duplo Grau de Jurisdição 

		–  Taxatividade – somente cabíveis os recursos previstos na legislação processual 
trabalhista, tanto na CLT como na legislação extravagante 

		–  singularidade ou unirrecorribilidade 

		–  fungibilidade 

		–  vedação da reformation in pejus 

		–  remessa necessária ou recurso de ofício – Resolução 203 TST (Aplicação ao processo do trabalho do art. 496 do CPC/15)

		–  irrecorribilidade imediatada das decisões interlocutórias – art. 893, §1o, CLT e Súmulas 214 e 414 do TST
 
> EFEITOS: devolutivo, regressivo (Resolução 203 TST- aplicação ao processo do trabalho do art. 485,§ 7o do CPC/15),
substitutivo, suspensivo.

A) RECURSOS CABÍVEIS: 

As decisões proferidas na Justiça do Trabalho admitem os seguintes recursos: RECURSO ORDINÁRIO, RECURSO DE REVISTA, EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, EMBARGOS AO TST, AGRAVO DE PETIÇÃO E AGRAVO NOS PRÓPRIOS AUTOS.[Art. 893, CLT] 

Além destes admite-se também os recursos denominados: Pedido de Revisão e Agravo Regimental (se houver previsão no regimento interno do respectivo Tribunal). 

B) FORMA DE INTERPOSIÇÃO E EFEITOS: 
Os recursos serão interpostos mediante simples petição e terão efeito meramente devolutivo, ou seja, não tem efeito suspensivo, não tendo o condão de suspender o início da execução provisória, a qual se limita à penhora (art. 899, CLT). 
C) CONTRARRAZÕES 
As contrarazões deverão ser apresentadas no mesmo prazo do recurso. [Art. 900, CLT]. 
O juízo que proferiu fará o primeiro juízo de admissibilidade, verificando a presença dos pressupostos de admissibilidade do recurso (tempestividade; depósito; custas; regularidade de representação; etc.). Conforme resolução 203 do TST, não se aplica ao processo do trabalho o art. 1010, § 3o, do CPC/15 (desnecessidade de o juízo a quo exercer controle de admissibilidade na apelação).
Caso o juízo que proferiu a decisão verifique que todos estão presentes, receberá o recurso, intimando a parte contrária para apresentação das contrarrazões, encaminhando os autos para o tribunal competente para o julgamento. 
Quando o recurso chega ao tribunal, o relator faz novo juízo de admissibilidade e, em verificando que todos os pressupostos de admissibilidade estão presentes, conhece o recurso, encaminhando-o para turma para julgamento, caso em que esta lhe dará ou não provimento. 
D) DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS 
Em regra, as decisões interlocutórias são irrecorríveis de imediato no Processo do Trabalho [Art. 893, §1, CLT]. 
São exceções a regra da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias as hipóteses da Súmulas 214 e 414/TST. 
O pedido de revisão é também exceção a regra da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias. 
Com exceção do procedimento sumaríssimo, não é requisito da petição inicial no Processo do Trabalho a indicação do valor da causa (art. 840, § 1°, da CLT). Como é o valor da causa o que define o procedimento nesta Justiça Especializada, se o reclamante não o apontar na petição inicial, o juiz o fixará em audiência, após a apresentação da defesa, antes da instrução processual. 
Caso as partes não concordem com o valor fixado, devem opor-se a ele de imediato e reiterar sua impugnação em razões finais. O juiz decidirá pela manutenção do valor ou por reconsiderá-lo, sendo tal decisão interlocutória. 
Desta decisão do juiz caberá, sem efeito suspensivo, no prazo de 48 horas recurso denominado Pedido de Revisão, a ser dirigido ao Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, com cópia da petição inicial e ata da audiência, em cópia autenticada pela secretaria da Vara do Trabalho. Trata-se, portanto, de exceção a regra da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias. 
Quando o autor não indicar o valor da causa na petição inicial a audiência obedecerá a seguinte sequencia: pregão, primeira tentativa conciliatória, leitura da petição inicial se não dispensada, apresentação da defesa, fixação do valor da causa pelo juiz, depoimento das partes, oitiva de testemunhas, peritos e técnicos, razões finais, segunda tentativa conciliatória e sentença. 
Observe-se o disposto no art. 2°, caput e parágrafos 1° e 2°, da Lei 5584/70: 
Art 2o Nos dissídios individuais, proposta a conciliação, e não havendo acordo, o Presidente, da Junta ou o Juiz, antes de passar à instrução da causa, fixar-lhe-á o valor para a determinação da alçada, se este for indeterminado no pedido. 
§ 1o Em audiência, ao aduzir razões finais, poderá qualquer das partes, impugnar o valor fixado e, se o Juiz o mantiver, pedir revisão da decisão, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Presidente do Tribunal Regional. 
§ 2o O pedido de revisão, que não terá efeito suspensivo deverá ser instruído com a petição inicial e a Ata da Audiência, em cópia autenticada pela Secretaria da Junta, e será julgado em 48 (quarenta e oito) horas, a partir do seu recebimento pelo Presidente do Tribunal Regional. 
Ressalte-se que tal recurso não é cabível nas hipóteses em que o autor indica o valor da causa na petição inicial. Caso o réu não concorde com ele deverá apresentar impugnação ao valor da causa em preliminar de contestação. 
E. PRESSUSPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE 
Os pressupostos de admissibilidade são exigências legais, que devem ser cumpridas, a fim de que seja analisado o mérito do recurso. 
Os pressupostos são subdivididos em pressupostos intrínsecos (subjetivos) e pressupostos extrínsecos (objetivos). Todos devem ser preenchidos, sob pena de não conhecimento do recurso. 
Os pressupostos de admissibilidade intrínsecos relacionam-se com as partes. São eles: 
legitimidade, capacidade e interesse. 
Os pressupostos de admissibilidade extrínsecos referem-se ao recurso. São pressupostos de admissibilidade extrínsecos: tempestividade, depósito recursal, custas e regularidade de representação, além da recorribilidade do ato e adequação do recurso. 
Segue a análise dos pressupostos extrínsecos: 
a) Recorribilidade do ato: o ato precisa ser recorrível. Despachos de mero expediente e a maioria quase absoluta das decisões interlocutórias não o são. 
b) Adequação do recurso: deve ser utilizado o recurso próprio e adequado para impugnar aquele ato. 
c) Tempestividade: O conhecimento do recurso depende da interposição dentro do prazo legal. Conforme visto anteriormente, o prazo dos recursos no processo do trabalho é em regra de 8 dias (art. 6o, Lei 5584/70), sendo exceções os embargos de declaração, cujo prazo é de 5 dias e o Pedido de Revisão, em que o prazo é de 48 horas. 
No Processo do Trabalho os litisconsortes com procuradores diferentes não possuem prazo em dobro pra recorrer (OJ 310, SDI-I, TST). 
. O prazo para Fazenda Pública e MPT recorrer será em dobro, inclusive para opor embargos de declaração (OJ 192, da SDI-I do TST) 
. Cabe à parte comprovar, quando da interposição do recurso, a existência de feriado local e de dia útil em que não haja expediente forense (súmula 385, TST) 
. ATENÇÃO CANCELADA Segundo a súmula 434 doTST, é extemporâneo o recurso interposto antes de publicado o acórdão impugnado. Seguindo entendimento do STF no julgamento do (AI) 703.269-MG, no dia 05 de março de 2015, nãomais são considerados intempestivos os recursos interpostos antes da publicação do acórdão impugnado – tese esta consolidada no CPC/15, arts. 218, §4o e 1024, § 4o) 
. A súmula 387 do TST, por sua vez, regula a contagem dos prazos quando o recurso for interposto via fac-símile, o popular “fax”. 
d) Depósito Recursal: O depósito recursal tem natureza de garantia do juízo, portanto, só é realizado pelo reclamado e se este for empregador (empregado não realiza depósito recursal). 
A IN 27/2005 do TST estabelece no parágrafo único de seu artigo 2° que o depósito recursal também é exigido para as novas ações de competência da Justiça do Trabalho nos moldes da CLT, logo o tomador dos serviços também deverá efetuar o depósito para a interposição de recurso quando houver condenação em pecúnia e não se enquadrar em nenhuma das hipóteses de isenções previstas em lei. 
Art. 2o, IN/TST 27/2005. A sistemática recursal a ser observada é a prevista na Consolidação das Leis do Trabalho, inclusive no tocante à nomenclatura, à alçada, aos prazos e às competências. 
Parágrafo único. O depósito recursal a que se refere o art. 899 da CLT é sempre exigível como requisito extrínseco do recurso, quando houver condenação em pecúnia. 
Os recursos que exigem o depósito recursal são: recurso ordinário, recurso de revista, embargos ao TST, recurso extraordinário e recurso ordinário em ação Rescisória. 
Os tetos estabelecidos pelo TST a partir de 15 de julho de 2016 são de R$ 8.959,63 para o RO e R$ 17.919,26 para RR, ETST, REXT e recurso ordinário em ação rescisória. 
A 12.275/2010, inseriu o § 7° no artigo 899 da CLT, passando a exigir depósito recursal para interposição do agravo de instrumento, no importe de 50% do valor do depósito de recurso ao qual se pretende destrancar. Ressalte-se, entretanto, que quando todo o valor da condenação já estiver depositado nada mais poderá ser exigido a título de depósito recursal. Assim para apurar o valor a ser depositado devemos utilizar o seguinte raciocínio. 
Seguem hipóteses em que o depósito recursal é inexigível: 
O depósito recursal só será exigível quando houver condenação em pecúnia (súmula 161, TST). 
		➢  A Lei Complementar 132/2009 inseriu o inciso VII ao art. 3° da Lei 1060/50, passando a estabelecer que o beneficiário da justiça gratuita também é isento de depósito recursal. Assim, se o reclamado comprovar que não pode arcar com as despesas do processo será beneficiário da justiça gratuita e, portanto, isento de depósito para interposição de qualquer recurso. 

		➢  A massa falida é isenta do depósito, bem como do recolhimento das custas processuais. Tal vantagem, entretanto, não se aplica às empresas em liquidação extrajudicial. Nesse sentido é a súmula 86 do TST. 

		➢  Nos termos do art. Art. 1o, IV, do Dec. Lei 779/69, a União os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações públicas que não explorem atividade econômica estão dispensadas da realização de depósito recursal. 

EM SÍNTESE: 
O prazo para efetuar o depósito recursal corresponde ao mesmo prazo do recurso, ou seja, 8 dias. A súmula 245 do TST assevera que eventual interposição antecipada do recurso não prejudica a dilação legal, ou seja, a interposição do recurso, no terceiro dia do prazo, por exemplo, não impede a realização e comprovação do depósito até o oitavo dia do prazo. 

Quando o trabalhador estiver sujeito ao regime do FGTS o depósito será realizado por meio da guia GFIP, sendo o valor destinado à sua conta vinculada no FGTS. Caso, entretanto, o trabalhador não esteja vinculado a tal regime, o depósito será realizado na sede do juízo, ficando a disposição deste. Nesse sentido é a recente súmula 426, aprovada pelo Pleno do TST em maio de 2011. Observe-se: 

SÚMULA No 426, TST. DEPÓSITO RECURSAL. UTILIZAÇÃO DA GUIA GFIP. OBRIGATORIEDADE. Nos dissídios individuais o depósito recursal será efetivado mediante a utilização da Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social – GFIP, nos termos dos §§ 4o e 5o do art. 899 da CLT, admitido o depósito judicial, realizado na sede do juízo e à disposição deste, na hipótese de relação de trabalho não submetida ao regime do FGTS. 

Na sentença, o juiz arbitrará valor provisório à condenação e é a partir deste que será calculado o depósito recursal, bem como, o valor das custas processuais. Caso a somatória do valor dos depósitos realizados resulte no valor integral da condenação, nada mais poderá ser exigido a tal título (súmula 128, TST). 

Quando houver condenação solidária o depósito realizado por umas reclamadas será aproveitado pelas demais, desde de que a que realizou o depósito não esteja pedindo a sua exclusão da lide (súmula 128, III, TST) 

Súmula 128, TST . DEPÓSITO RECURSAL (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nos 139, 189 e 190 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
I- É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum depósito mais 
é exigido para qualquer recurso. (ex-Súmula no 128 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.03, que incorporou a OJ no 139 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998) 
II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5o da CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor do débito, exige -se a complementação da garantia do juízo. (ex-OJ no 189 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) 
III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide. (ex-OJ no 190 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) 
O valor do recolhimento deve ser exato, ou superior ao devido, eis que qualquer diferença a menor, mesmo relativa a centavos, ensejará a deserção do recurso. [OJ 140, SDI-I, TST]
Segundo a Resolução 203 do TST, a insuficiência no valor do preparo do recurso, no processo do trabalho, para os efeitos do § 2o do artigo 1007 do CPC/15, concerne unicamente às custas processuais, NÃO AO DEPÓSITO RECURSAL. 
e) Custas 
Nas relações de emprego, as custas serão recolhidas pela parte vencida. O vencido é o reclamante quando não ganhar nada e o reclamado, quando perder algum pedido. O valor das custas processuais corresponde a 2% do valor da condenação ou, na ausência deste, 2% do valor da causa. [Art. 789, CLT]. 
As custas serão recolhidas pela parte vencida, que se recorrer, deverá recolhê-las no prazo do recurso (8 dias) e se não recorrer, deverá recolhê-las após o trânsito em julgado [Art. 789, § 1o, CLT]. O recolhimento é efetuado por meio de GUIA GRU. 
No caso de inversão do ônus da sucumbência em segundo grau aplicam-se a súmula 25 e a OJ 186 da SDI-1 do TST. 
Súmula 25, TST. A parte vencedora na primeira instância, se vencida na segunda, está obrigada, independentemente de intimação, a pagar as custas fixadas na sentença originária das quais ficará isenta a parte então vencida. 
OJ 186 SDI – 1, TST. No caso de inversão do ônus da sucumbência em segundo grau, sem acréscimo ou atualização do valor das custas e se estas já foram devidamente recolhidas, descabe um novo pagamento pela parte vencida, ao recorrer. Deverá ao final, se sucumbente, ressarcir a quantia. 
Em caso de acordo entre as partes, as custas serão rateadas, salvo se as partes dispuserem de forma diversa [art. 789, § 3o, CLT]. A extinção do processo sem resolução de mérito gerará ao reclamante a obrigação de recolher custas. 
De acordo com o artigo 790-A da CLT, são isentos do recolhimento de custas: 
➢ os beneficiários da justiça gratuita. 
➢ União, Estados, Municípios, DF e respectivas autarquias e fundações públicas que não exerçam atividade econômica. Entretanto, não estão dispensadas de reembolsar as despesas realizadas pela parte vencedora. 
➢ o MPT.
➢ a massa falida também é isenta do recolhimento de custas. [Súmula 86, TST] 
Na fasede execução as custas processuais SEMPRE serão recolhidas pelo executado, em valor definido no artigo 789 – A da CLT. 
Lembre-se ainda: 
. em sede de dissídio coletivo, as partes vencidas responderão solidariamente pelo recolhimento 
das custas calculadas pelo presidente do Tribunal ou arbitrada na decisão [789, § 4°, CLT]. 
. tratando-se de empregado que tenha recebido o benefício da justiça gratuita, ou isenção de 
custas, o sindicato que houver intervindo no processo responderá solidariamente pelo pagamento das custas devidas [790, § 1°, CLT]. 
. não ocorrerá deserção quando as custas não forem devidamente calculadas e não houver 
intimação da parte para preparação do recurso, devendo as custas serem recolhidas ao final. [OJ 104, SDI-I, TST]. 
f) Regularidade de Representação 
Na Justiça do Trabalho, nas relações de emprego, é possível que empregado e empregador demandem independente de advogado perante as varas do trabalho e TRTs (Jus postulandi), caso em que não precisarão juntar procuração. Entretanto, se optarem pela contratação terão o dever de juntar procuração. 
Entretanto, mesmo sem a juntada da procuração, a representação estará regularizada se evidenciada a procuração apud acta,para muitos, também denominada mandato tácito. A Lei 12.437 de 06 de julho de 2011 inseriu o parágrafo terceiro ao art. 791, passando a prever expressamente a tal procuração. 
Observe-se: 
Art. 791,§ 3o, CLT. A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada. 
Vale ressaltar que não é possível, EXCETO EM SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS (ART. 104 CPC/15), requerer prazo para posterior juntada de procuração em fase recursal, pois recurso não é reputado ato urgente, nos termos da súmula 383 do TST. 
Súmula 383
RECURSO. MANDATO. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO. CPC DE 2015, ARTS. 104 E 76, § 2º (nova redação em decorrência do CPC de 2015)
I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (artigo 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de cinco dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e não se conhece do recurso.
II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (artigo 76, § 2º, do CPC de 2015).
O recurso deve estar assinado, ainda que apenas em uma das folhas, de rosto ou de razões, pois recurso não assinado é considerado inexistente (OJ 120, SDI-I, TST). 
Destaca-se também a recente súmula 427 do TST. Observe-se:
Súmula 427, TST. INTIMAÇÃO. PLURALIDADE DE ADVOGADOS. PUBLICAÇÃO EM NOME DE 
ADVOGADO DIVERSO DAQUELE EXPRESSAMENTE INDICADO. NULIDADE (editada em decorrência do julgamento do processo TST-IUJERR 5400-31.2004.5.09.0017) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 
Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam realizadas exclusivamente em nome de determinado advogado, a comunicação em nome de outro profissional constituído nos autos é nula, salvo se constatada a inexistência de prejuízo. 
ATENÇÃO
Com o objetivo de se adequar ao novo Código de Processo Civil (Lei 13.015/2015), o Pleno do Tribunal Superior do Trabalho aprovou, na segunda-feira (27/6), novas alterações em sua jurisprudência.
Foram canceladas a Súmula 164 e as orientações jurisprudenciais 338 e 331 da Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais. A antiga OJ 338 foi absorvida pela nova redação da OJ 237, que, juntamente com a Súmula 383, teve seu texto alterado.
	Veja as alterações
	Súmula 383
RECURSO. MANDATO. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO. CPC DE 2015, ARTS. 104 E 76, § 2º (nova redação em decorrência do CPC de 2015)
I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (artigo 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de cinco dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e não se conhece do recurso.
II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (artigo 76, § 2º, do CPC de 2015).
	OJ 237 DA SBDI-I
MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO. LEGITIMIDADE PARA RECORRER. sociedade de economia mista. empresa pública (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 338 da SBDI-I)
I - O Ministério Público do Trabalho não tem legitimidade para recorrer na defesa de interesse patrimonial privado, ainda que de empresas públicas e sociedades de economia mista.
II – Há legitimidade do Ministério Público do Trabalho para recorrer de decisão que declara a existência de vínculo empregatício com sociedade de economia mista ou empresa pública, após a Constituição Federal de 1988, sem a prévia aprovação em concurso público, pois é matéria de ordem pública.
	Cancelamentos
	Súmula 164
	OJ 338 SBD-1 (incorporada à nova redação da OJ 237)
	OJ 331 SBD-1 (a tese nela disposta conflita com o artigo 105 do CPC, que expressamente dispõe que a procuração deve outorgar poderes especiais ao patrono da causa para firmar declaração de hipossuficiência econômica).
F. RECURSOS EM ESPÉCIE 
RECURSO ORDINÁRIO 
a) Hipóteses de Cabimento 
Cabe recurso ordinário no Processo do Trabalho em duas hipóteses: a) das decisões definitivas e 
terminativas das Varas do Trabalho (art. 895, I, CLT) e b) das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais do Trabalho em ações de sua competência originária (art. 895, II, CLT). 
Art. 895, CLT. Cabe recurso ordinário para a instância superior: 
I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e 
II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. 
São exemplos de ações de competência originário do TRT a ação rescisória, o mandado de segurança e os dissídios coletivos, os quais passamos a analisar: 
a.1) ação rescisória: 
A súmula 158 do TST estabelece que das decisões dos TRT.s em ação rescisória cabe RO para o TST. 
a.2) Mandado de segurança: 
O mandado de segurança é ação cuja competência está estabelecida em lei da seguinte maneira: 
O MS impetrado contra ato de juiz do trabalho, bem como o MS impetrado contra o ato de membro do TRT são casos de ações de competência originária do TRT de cujos acórdãos cabe Recurso Ordinário para o TST (súmula 201, TST) 
Súmula 201, TST. Da decisão do Tribunal Regional do Trabalho em mandado de segurança cabe recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) dias, para o Tribunal Superior do Trabalho, correspondendo igual dilação para o recorrido e interessados apresentarem razões de contrariedade. 
b) Trâmite do RO no Procedimento Sumaríssimo: O recurso ordinário no procedimento sumaríssimoapresenta as seguintes particularidades: 
. o recurso ordinário deve ser imediatamente distribuído, devendo o relator liberá-lo no máximo em 10 dias para que seja colocado em pauta para julgamento, sem revisor.
. 0 parecer do representante do MPT será oral na sessão de julgamento, se entender necessário. . no procedimento sumaríssimo o acórdão consistirá unicamente na certidão de julgamento, com a 
indicação suficiente do processo e da parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos seus próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância servirá de acórdão. 
Art. 895, § 1o, CLT. Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário: 
I – vetado 
II - será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor; 
III - terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão; 
IV - terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do 
processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão. 
§ 2o. Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo. 
c) Efeito devolutivo em profundidade: O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário extrai-se do § 1° do art. 515, do CPC, transfere automaticamente ao Tribunal a apreciação de fundamento da defesa não examinado pela sentença, ainda que não renovado em contrarrazões. Não se aplica, entretanto, ao caso de pedido não apreciado pela sentença [súmula 393, TST]. 
d) Remessa necessária: Conforme o Decreto-lei 779/69, § 1o, V, nas causas trabalhistas em que for parte a União, Estados, Municípios e o DF, bem como suas autarquias e fundações públicas de direito público que não explorem atividade econômica, haverá remessa de ofício (reexame necessário) das decisões que sejam parcialmente ou totalmente contrárias aos seus interesses. 
Caso não haja recurso voluntário ou não seja recebido o recurso interposto pela Fazenda, o juiz determinará a remessa necessária dos autos ao TRT.
Não haverá obrigatoriedade da remessa de ofício [Súmula 303, TST]:
. quando a condenação não ultrapassar o valor de 60 salários mínimo; 
. quando a decisão recorrida estiver em consonância com decisão plenária do STF ou com Súmula do TST ou OJ do TST; 
Em ação rescisória a decisão proferida pelo juízo de primeiro grau está sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório quando desfavorável ao ente público, exceto nos casos de dispensa citados acima. Em mandado de segurança somente cabe remessa exofficio se na relação figurar pessoa jurídica de direito público como parte prejudicada pela concessão da ordem. 
Incabível recurso de revista de ente público que não interpôs recurso ordinário voluntário da decisão de primeira instância, salvo se agravada a condenação em segunda instância [OJ 334, SDI-1]. 
OJ 334, SDI-1, TST. REMESSA "EX OFFICIO". RECURSO DE REVISTA. INEXISTÊNCIA DE RECURSO ORDINÁRIO VOLUNTÁRIO DE ENTE PÚBLICO. INCABÍVEL. DJ 09.12.2003
Incabível recurso de revista de ente público que não interpôs recurso ordinário voluntário da decisão de primeira instância, ressalvada a hipótese de ter sido agravada, na segunda instância, a condenação imposta. ERR 522601/1998, Tribunal Pleno Em 28.10.03, o Tribunal Pleno decidiu, por maioria, ser incabível recurso de revista de ente público que não interpôs recurso ordinário voluntário.

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