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caso clínico TCE

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Traumatismo Crânio 
Encefálico – Caso Clínico
Estágio Supervisionado em Fisioterapia Hospitalar
Estagiária: Luana Hilário De Meireles
Supervisores: Prof. Esp. Marcos Macedo e Prof.ª Esp. Monique Andrade
FAEMA – Faculdade de Educação e Meio Ambiente
Curso de Fisioterapia – 7º Período
Junho/2016
Introdução
O traumatismo crânio-encefálico (TCE) é uma causa comum de 
morte, incapacidades e sequelas, principalmente em crianças e 
adultos jovens, sendo considerado como um problema de saúde 
mundial, que pode mudar permanentemente as habilidades e 
perspectivas das vítimas e de seus familiares.
(BAIA, 2012)
Introdução
❖Homens/Mulheres (2:1)
❖15 à 24 anos – 60 anos
❖TCE grave – 30 a 70% = Morte
(GAUDÊNCIO e LEÃO, 2013)
Introdução
O prognóstico do TCE depende de fatores como:
❖duração do coma, 
❖escore da Escala de Coma de Glasgow (ECG),
❖duração da amnésia pós-traumática, 
❖localização e volume do hematoma e 
❖lesões extracranianas associadas.
(PEREIRA, DUARTE e SANTOS, 2006)
Definição
O TCE é qualquer lesão decorrente de um trauma externo, que 
tenha como consequência alterações anatômicas do crânio, 
como fratura ou laceração do couro cabeludo, bem como o 
comprometimento funcional das meninges, encéfalo ou seus 
vasos, resultando em alterações cerebrais, momentâneas ou 
permanentes, de natureza cognitiva e/ou funcional.
(MENON et al., 2010)
Etiologia
❖Acidentes de trânsito; 
❖Quedas; 
❖Ferimentos por projéteis de arma de fogo e arma branca e 
❖Acidentes na prática esportiva.
Etiologia por idade
(ANDRADE et al, 2009)
Fisiopatologia
Lesão 
Primária
Trauma 
Direto
Movimentação
Cerebral
Lesão 
Secundária
Após o 
momento do 
acidente
hipotensão, 
hipóxia 
respiratória...
(ANDRADE et al, 2009)
Classificação
Mecanismo
Fechada
Aberta
Gravidade
ECG 
(14 e 15)
ECG 
(9 à 13)
ECG 
(3 à 8)
(CARVALHO et al., 2007)
Classificação
Morfologia:
Lesões 
extracranianas
Lacerações
Fraturas do 
crânio 
Lineares, 
cominutivas, 
com 
afundamento 
ou diastásicas
Lesões 
intracranianas 
Focais: 
Hematomas
Difusas: 
Concussão, 
Axonal Difusa (CARVALHO et al., 2007)
Considerações Anatômicas
Figura 1: Considerações Anatômicas. Fonte: Google Imagens
❖Hematoma Epidural;
❖Hematoma Subdural; 
❖Hematoma Intracerebral.
(Júnior et al.)
Quadro Clínico
❖alterações da consciência;
❖transtorno da função 
neuromuscular, 
❖transtorno sensorial;
❖transtorno de linguagem;
❖alterações da personalidade; 
❖transtornos visuais; 
❖Epilepsia;
❖Incontinência;
❖paralisia de nervos cranianos;
❖decorticação ou descerebração;
❖alterações na função autonômica 
(tais como PA, FR e temperatura); 
❖Aumento da Pressão 
Intracraniana e
❖complicações por imobilização 
prolongada.
(OLIVEIRA, 2005; OLIVEIRA et.at., 2007; GENTILE et al, 2011)
Avaliação Clínica
❖ATLS(Suporte Avançado de Vida no Trauma)- vias aéreas e a 
integridade dos sistemas ventilatório e cardiovascular;
❖Anamnese com o socorrista ou acompanhante;
❖Exame Físico
✓ECG,
✓Padrões pupilares,
✓Déficit motor e dos Reflexos e
✓Outras lesões.
(BROCK e DIAS, 2008)
Exames Complementares
❖Tomografia computadorizada (TC), 
❖Radiografia.
(OLIVEIRA, IKUTA, REGNER, 2008; BROCK e DIAS, 2008).
Avaliação Fisioterapêutica
❖Informações clínicas
✓Estado respiratório; 
✓Condições de pele.
❖Estado cognitivo
❖Função sensoriomotora
❖Estado funcional
Gobby e Cavalheiro (2009) 
Tratamento Fisioterapêutico
evitar a 
falência 
respiratória e
lesão cerebral 
secundária
(CARR e SHEPHERD, 2008)
Tratamento Fisioterapêutico
A ventilação mecânica constitui um dispositivo terapêutico
imprescindível em pacientes com TCE grave, uma vez que
visa a proteção da via aérea, pela intubação endotraqueal, e
permite a sedação, e curarização, evitando assim os danos
causados pela hipoxemia e hipercapnia.
(ABREU e ALMEIDA, 2009)
Tratamento Fisioterapêutico
Manobras de Higiene e Reexpansão
❖Vibrocompressão torácica;
❖drenagem postural com tapotagem;
❖compressão/descompressão;
❖respiração contrariada e
❖aspiração endotraqueal (THIESEN et al, 2005).
❖Compressão/descompressão (ISRAEL e AGUIAR 2009).
❖Trendelenburg (CARR e SHEPHERD, 2008).
Tratamento Fisioterapêutico
Fisioterapia Motora
❖Mobilização Passiva
❖Alongamento Passivo
❖Exercício Metabólico de Tornozelo 
(CARR e SHEPHERD, 2008)
Apresentação do Paciente
❖Paciente: T.B.T, sexo masculino, 28 anos, sem patologias pregressas;
❖Vítima de queda de moto sem capacete;
❖Admitido na Unidade de Terapia Intensiva no dia 15/04/2016, com 
diagnóstico inicial de TCE grave, Glasgow: 6;
❖Realizou exames de RX e Tomografia Computadorizada (TC) de crânio.
❖Diagnóstico Médico: Traumatismo Crânio Encefálico, fratura linear no 
lobo frontal à direita e edema cerebral difuso. 
❖Foi submetido a uma craniotomia descompressiva.
Transcrição da Avaliação Fisioterapêutica
❖Paciente TBT em pós-operatório de craniotomia descompressiva após sofrer um TCE. 
❖Encontrado no leito em decúbito dorsal com cabeceira elevada a 30º, eupneico, 
normotenso, normocárdico, afebril, SpO2: 95% PIC: 20mmhg (monitorização da PIC 
feita através de cateter subaracnóide), Ramsay 6, acesso venoso central em subclávia 
direita com Midazolan e Fentanil, em uso de sonda nasoenteral e sonda vesical de 
demora. Apresenta curativo na cabeça. 
❖Em ventilação mecânica invasiva (VMI) com T.O.T n° 7,5, FiO2 50%, modo assisto 
controlado (A/C), ventilando a pressão (PCV), FR: 12/20, pressão controlada 15, tempo 
inspiratório 1,2, Peep: 8cm/H2O.
❖Ausculta pulmonar: murmúrio vesicular (MV) diminuído em base de ambos hemitórax
(AHT) com roncos em ápice de AHT. Ritmo respiratório paradoxal, expansibilidade 
torácica diminuída. Tórax: Normal; Tônus Muscular: Hipotonia geral (Ashworth = 0).
Objetivos do Tratamento do Caso Clínico
Geral
Elaboração de um programa de tratamento para o paciente com TCE 
com avaliação diária e condutas de acordo com a sua evolução.
Objetivos do Tratamento do Caso Clínico
Específicos
❖Promover suporte ventilatório adequado e alcançar o desmame 
ventilatório;
❖Evitar acúmulo de secreções e o risco de infecções respiratórias;
❖Aumentar volumes e capacidades pulmonares e prevenir atelectasias;
❖Prevenir deformidades articulares e encurtamento muscular;
❖Prevenir aderências capsulares e manter a nutrição da cartilagem;
❖Prevenir estase venosa e melhorar o retorno venoso;
❖Prevenir úlceras de decúbito;
Técnicas Utilizadas/Conduta
❖VMI modo A/C - PCV;
❖Manobra de compressão/descompressão;
❖Manobra de vibro compressão; 
❖Aspiração endotraqueal;
❖Mobilização passiva de membros;
❖Alongamentos passivos;
❖Exercícios de bombeio tíbio társio;
❖Mudança de decúbitos e posicionamento com coxins.
Descrição da Evolução Geral do Paciente
1ª Sessão - 16/04/2016 Condutas
• SpO2: 95% 
• VMI, FiO2 50%, Peep: 8cm/H2O. 
Ramsay 6
• Murmúrio vesicular (MV) 
diminuído em base de ambos 
hemitórax (AHT) com roncos em 
ápice de AHT. 
• Manutenção dos parâmetros de VM;
• Ventilação dirigida com compressão de 
ápice de AHT;
• Manobra de vibro compressão;
• Mobilização e Alongamento passivo dos 4 
membros;
• Exercícios de bombeio tíbio-társico;
• Mudança de decúbito com cabeceira 
elevada e posicionamento de coxins
Descrição da Evolução Geral do Paciente
2ª Sessão - 17/04/2016 
•Sinais Vitais: PA:156/89mmhg, FC: 
116bpm, SpO2 82%, PIC: 15mmgh
•Ramsay 6. 
•VMI com FiO2 50%, Peep:8cm/H2O.
•Murmúrio vesicular presente com 
roncos difusos em AHT. 
Condutas 
•Aumento da FiO2 para 60%;
•Após a estabilização da SpO2:
•Manobra de compressão/descompressão;
•Aspiração endotraqueal;
•Mobilização e alongamentos passivos;
•Exercícios de bombeio tíbio-tarsico;
•Mudança de decúbito.
Descrição da Evolução Geral do Paciente
3ª Sessão - 18/04/2016
•Sinais Vitais: PA:110/70mmhg, FC 
98bpm, SpO2 100%, PIC: 15mmgh
•Ramsay 5. 
•VMI com FiO2 60%, Peep: 
8cm/H2O.
•MV diminuído em AHT com roncos 
difusos em hemitórax direito. 
Condutas
•Redução da FiO2 para 40% e da Peep 
para 5cm/H2O;
•Manobra de 
compressão/descompressão;
•Manobra ventilação dirigida;
•Aspiração endotraqueal 
•Mobilização e alongamento passivo dos 
4 membros;
•Exercícios de bombeio tíbio-tarsico;
•Mudança de decúbito
Descrição da Evolução Geral do Paciente
4ª Sessão - 19/05/2016 
•Sinais Vitais: PA:112/78mmhg, FC: 
92 bpm, SpO2 100%, PIC: 15mmgh
• Sedação foi retirada à 2h. 
•Glasgow 8
•VMI com FiO2 40%
•MV presente sem ruídos 
adventícios.
Condutas:
•Redução da FiO2 para 21%;
•Mobilização e alongamento passivo 
dos 4 membros;
•Exercícios de bombeio tíbio-tarsico;
•Mudança de decúbito.
Descrição da Evolução Geral do Paciente
Ao término de todas as sessões realizadas os sinais vitais do 
paciente se mantiveram estáveis, com exceção da PIC que se 
elevou em média em 20%, entretanto voltando ao estado inicial 
em poucos minutos, não causando prejuízos ao paciente. A 
ausculta realizada após os procedimentos de reexpansão 
pulmonar e higiene brônquica comprovou a eficácia das técnicas.
Prognóstico Fisioterapêutico do Caso 
Clínico
Prognóstico fisioterapêutico 
reservado.
Conclusão Técnica e Pessoal com Relação 
ao Caso Clínico
❖Ao concluir o estudo de caso clínico foi possível observar que a 
fisioterapia dispõe de vários recursos na abordagem de vítima de 
TCE com quadro grave. 
❖O trabalho é árduo, e devido ao prognóstico reservado que essas 
vítimas possuem, vale a pena os esforços no aprofundamento dos 
estudos, para realizá-lo da melhor forma possível, pois o paciente 
inconsciente, assim como qualquer outro merece ser tratado com 
muita empatia e respeito. 
Referências
ABREU MO, ALMEIDA ML. Manuseio da ventilação mecânica no trauma cranioencefálico: hiperventilação e pressão 
positiva expiratória final. Rev Bras Ter Intensiva. 2009; 21(1):72-79
ANDRADE AF, PAIVA WS, AMORIM RLO, FIGUEIREDO EG, NETO ER, TEIXEIRA MJ. Mecanismo de Lesão Cerebral no 
Traumatismo Crânio-encefálico. Ver Assoc Med Bras 2009;55:75-81. 
BAIA AH et al. A Reabilitação Fisioterapêutica no Traumatismo Crânio Encefálico: Estudo de Caso. Revista Expressão 
Católica 2012 jan-jun; 01(1)
BROCK R.S; DIAS PSC. Trauma de Crânio. Medicinanet, 2008. Disponível em: < 
http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1175/trauma_de_cranio.htm>. Acesso em 15/maio de 2016.
CARR, J. H; SHEPHERD, R. B. Reabilitação neurológica: otimizando o desempenho motor. São Paulo: Manole, 2008.
CARVALHO, L. F. A.; AFFONSECA, C. A.; GUERRA, S. D. et al. Traumatismo crânioencefálico grave em crianças e 
adolescentes. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, vol. 19, n. 1, p. 98-106, 2007. 
FERREIRA SA., ISRAEL VL., AGUIAR LR. Variações da pressão intracraniana durante manobra de expansão pulmonar em 
pacientes com trauma cranioencefálico grave, monitorizados em unidade de terapia intensiva. Medicina (Ribeirão Preto) 
2009;42(4): 466-76
FERREIRA SA., ISRAEL VL., AGUIAR LR. Variações da pressão intracraniana durante manobra de expansão pulmonar em 
pacientes com trauma cranioencefálico grave, monitorizados em unidade de terapia intensiva. Medicina (Ribeirão Preto) 
2009;42(4): 466-76
Referências
FIGUEIREDO JC et al. Traumatismo Cranioencefálico: Aspectos Clínicos e Abordagem Fisioterapêutica. 
Pergamum Univale. Governador Valadares: 2009. 
GAUDÊNCIO TG, LEÃO GM. A Epidemiologia do Traumatismo CrânioEncefálico: Um Levantamento 
Bibliográfico no Brasil. Rev Neurocienc 2013;21(3):427-434 
Gentile JKA, Himuro HS, Rojas SSO e col. Condutas no paciente com trauma crânioencefálico. Rev
Bras Clin Med. São Paulo, 2011 jan-fev;9(1):74-82
MENON, D. K. et al. Position statement: definition of traumatic brain injury. Archives of Physical 
Medicine and Rehabilitation, Philadelphia, v. 91, n. 11, p. 1637-1640, 2010.
OLIVEIRA, C. O.; IKUTA, N.; REGNER, A. Biomarcadores prognósticos no traumatismo crânioencefálico
grave. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, vol. 20, n. 4, p. 411-421, 2008.
OLIVEIRA, SG. Traumatismo Cranioencefálico: Uma revisão bibliográfica. Disponível no site: 
www.fisioweb.com.br, publicado em 27/09/2005.
THIESEN, R. A.; DRAGOSAVAC, D.; ROQUEJANIN, A. C. et al. Influência da fisioterapia respiratória na 
pressão intracraniana em pacientes com traumatismo cranioencefálico grave. Arquivo de 
Neuropsiquiatria, vol.63, n.1, p. 110-113, 2005.
Obrigada!

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