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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR DE DIREITO DA ... VARA CIVEL DA COMARCA DE ...
PROCESSO N° XXXXX
TÍCIO (...), representante comercial autônomo , estado civil (...), portador da cédula de identidade RG n° (...) e inscrito no CPF sob o n° (...), residente e domiciliado no endereço (...) e EMPRESA (...), com sede no endereço (...), inscrito no CNPJ sob o n° (...), vem á presença de V.Exa., por intermédio de seu advogado, procuração em anexo, cujo escritório se localiza no endereço (...), com fundamento no art. 336 do código civil e seguintes apresentar a presente: CONTESTAÇÃO
A ação condenatória, proposta por HOTEL (...), já qualificado nos autos do processo em epigrafe, com base nos fatos e fundamentos a seguir expostos:
I - BREVE SÍNTESE DOS FATOS
Busca o Autor o poder judiciário pleiteando o recebimento dos valores referente á utilização dos serviços hoteleiros por parte do Corréu TÍCIO.
Afirma na inicial que TÍCIO, hospedou-se no HOTEL (...) por nove vezes, entre dezembro de 2011 e fevereiro 2012, e que pagou a conta.
A demanda foi ajuizada em maio de 2012 também em face da EMPREZA (...), pedindo o Autor a condenação dos Réus ao pagamento de R$ 2.250,00 (dois mil duzentos e cinquenta reais), referente as diárias acrescidos de multa de 10% ( dez por cento).
II - DAS PRELIMINARES
DA ILEGALIDADE PASSIVA DA EMPRESA
 Na própria inicial já foi exposto os fatos que TÍCIO se valeu dos 
serviços, e não a EMPRESA (...), portanto, há relação jurídica material 
( da prestação de serviços hoteleiros), somente entre o Corréu TÍCIO e o 
HOTEL (...).
 Dessa forma deve ser reconhecida sua ilegitimidade passiva da 
EMPRESA (...) e extinção do processo, com resolução de mérito, 
em virtude da carência de ação, conforme art. 485 VI.
DO DEFEITO DE REPRESENTAÇÃO: FALTA DE PROCURAÇÃO
Falta na inicial a procuração do outorgando dando poderes ao advogado do HOTEL.
Nos termos dos art. 337 e 485 NCPC, é fundamental que o advogado, ao postular em juízo, apresente procuração outorgada pelo Autor.
Assim, havendo defeito de representação art. 337 NCPC, deve corrigir tal vicio, sob pena de extinção do processo sem resolução de mérito art. 76 e 321 NCPC.
Vejamos o que a doutrina nos traz a respeito da defesa aqui arguida pelos Réus:
“A contestação, principal peça de defesa a ser apresentada pelo réu, comporta uma divisão em relação ao seu conteúdo.
É possível que o réu impugne os aspectos formais da causa, apontando vícios de ordem processual; trata-se da chamada defesa processual ou preliminar.
Além disso, pode o réu insurgir-se especificamente em relação ao pedido formulado pelo autor, impugnando a relação de direito material na chamada defesa de mérito.” (Tartuce, Fernanda, 1978 - Manual de prática civil / Fernanda Tartuce, Luiz Dellore, Marco Aurelio Marin. - 10. ed. - Rio de Janeiro: Forense; São Paulo : MÉTODO, 2014. pag 116).
 NO MÉRITO
	Caso sejam superadas as alegações preliminares, o que se admite apenas para argumentar, no mérito prosperar a demanda proposta pelo Autor.
	Deve ser analisado á questão prejudicial, da multa pleiteada pelo Autor.
	Não houve previsão pelas partes de multa a serem aplicadas caso o inadimplemento, tampouco houve um contrato formal firmado entre o Autor e o corréu TÍCIO, havendo apenas um contrato verbal de prestação de serviços hoteleiros entre as partes.
	Nesse sentido traz-se acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul:
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TELEFONIA. SERVIÇOS NÃO SOLICITADOS. PRESCRIÇÃO. Tratando-se de enriquecimento sem causa, a pretensão de restituição de valores referentes a serviços que não foram efetivamente contratados prescreve em três anos nos termos do art. 206, §3º, IV, do Código Civil Brasileiro. RESPONSABILIDADE DA COMPANHIA TELEFÔNICA. A companhia telefônica explora serviços de telecomunicações mediante concessão da União, motivo pelo qual as normas previstas no CDC são aplicáveis aos serviços por ela fornecidos (art. 12 da Lei n. 8.078/90 - CDC). É prática abusiva enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço (art. 39, III, doCDC). No caso concreto, a ré forneceu serviços ao consumidor sem prévia solicitação. Portanto, deve ser responsabilizada pela cobrança indevida realizada. ÔNUS DA PROVA. É inexigível que o autor produza prova de alegação negativa absoluta, resultando inviável juridicamente impor ao consumidor o ônus processual de demonstrar que não solicitou os serviços por ele indicados. Neste caso, à companhia telefônica incumbe o ônus de provar fato positivo, ou seja, demonstrar a efetiva contratação dos serviços cobrados. Na hipótese, a ré não trouxe aos autos qualquer elemento probatório capaz de demonstrar a solicitação do serviço. Assim, a conclusão é que houve o fornecimento de serviços não contratados. EXIBIÇÃO DAS FATURAS TELEFÔNICAS. Tratando-se de relação de consumo, a ré deve exibir a documentação e/ou informações necessárias ao adequado esclarecimento da relação jurídica existente entre as partes (art 6º, III e VIII, da Lei n. 8.078/90 - CDC). REPETIÇÃO DO INDÉBITO EM DOBRO. A cobrança indevida implica a repetição do indébito em dobro, salvo se houver engano justificável (art. 42, parágrafo único, do CDC). No caso concreto, tratando-se de cobrança de serviços fornecidos sem prévia solicitação, o engano é injustificável, razão pela qual o consumidor tem direito à restituição em dobro dos valores indevidamente cobrados. PERÍODO DE ABRANGÊNCIA. A restituição em dobro da quantia paga acerca de serviços não solicitados deve abranger todos os pagamentos realizados pelo consumidor. DANO MORAL. SERVIÇO NÃO CONTRATADO. A cobrança de serviço não solicitado associada a injustificada inércia do fornecedor diante das reclamações do consumidor implica sofrimento e abalo emocional, ensejando indenização por danos morais. VALOR INDENIZATÓRIO. REDUÇÃO. O quantum indenizatório, atendido o princípio da razoabilidade, deve ser fixado considerando as circunstâncias do caso, o bem jurídico lesado, a situação pessoal do autor, inclusive seu conceito, o potencial econômico do lesante, a idéia de atenuação dos prejuízos do demandante e o sancionamento do réu a fim de que não volte a praticar atos lesivos semelhantes contra outrem. HONORÁRIOS ADVO os honorários advocatícios devem ser fixados entre 10 e 20% sobre o valor da condenação nos termos do art. 20, caput, do CPC, observadas as normas das alíneas "a", "b" e "c" do § 3º do mesmo dispositivo legal. APELAÇÕES PARCIALMENTE PROVIDAS. (Apelação Cível Nº 70067027953, Décima Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marco Antonio Angelo, Julgado em 12/11/2015)
 DO PEDIDO
	
Diante de todo o exposto, requer:
a) preliminarmente, seja reconhecida a ilegitimidade passiva da EMPRESA (...) corré, com a extinção do feito sem resolução de mérito, conforme o art. 316 e 317, IV, NCPC;
b) preliminarmente, que o autor traga aos autos procuração outorgando poderes ao seu advogado, sob pena de indeferimento da petição inicial, conforme o art. 284, § único, CPC;
c) na hipótese de procedência do pedido, seja afastada a multa pleiteada;
d) a condenação do autor no ônus da sucumbência;
e) provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos e, caso V. Exa. entenda necessária a realização de audiência, requerem os réus o depoimento pessoal do representante legal do autor.
Nestes termos, pede deferimento.
Cidade (…), data (…)
 ADVOGADO
 OAB/UF

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