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Tema 01 – Causas da rejeição à Matemática Objetivos A)Causas de rejeição dos alunos pela matemática B)Análise da formação dos professores C)Discalculia Quais seriam as causas da rejeição à matemática? *A família, o contexto social em que os alunos estão inseridos influenciam na dificuldade em aprender matemática? *A rejeição surge da dificuldade na aprendizagem ou é a rejeição que leva à dificuldade em aprender matemática? *A forma como o professor aborda o conteúdo influencia os alunos a rejeitar essa disciplina? *Falta de motivação do professor ao ensinar *Falta de motivação dos alunos em aprender *A ideia preconcebida de que a matemática é difícil *O rigor da matemática *Experiências negativas com a matéria *Falta de relação entre a matemática e o cotidiano *A prática do professor, as relações que ele estabelece com os alunos e a forma como ensina e avalia. O que os alunos dizem: “Eu não gosto da matéria de matemática porque é muito complicada.” “Tenho muita dificuldade com essa disciplina porque o professor acha que nós já sabemos matemática e as coisas não são dessa forma.” “Existem algumas matérias em matemática que complicam, como algumas equações que envolvem as incógnitas, frações e expressões numéricas diferentes.” “Quando não consigo entender nada fico muito preocupado por deixar uma coisa muito importante sem ter conhecimento”. “Muitas vezes não entendo muito de matemática, por isso eu não me dedico a essa matéria.” Matemática é muito difícil”, “Matemática é chata”, “Eu odeio essa matéria”. Uma pessoa que desde criança, antes mesmo de entrar na escola, ouve esses e outros comentários sobre a matemática, acaba se convencendo de que a disciplina é realmente difícil e passa a rejeitá-la, dizendo que não nasceu para isso e que não tem o dom, como se o gosto ou a habilidade para a matemática fosse algo que acompanhasse a pessoa ao nascer, algo inato. Tema 2 Formação dos Professores em Matemática Os professores de matemática devem ser capazes de quê? 1. Saber identificar as principais características da ciência 2. Conhecer a história de vida dos alunos 3. Ter clareza de suas próprias concepções sobre a matemática As Diretrizes Curriculares para Formação de Professores O professor deve transformar potenciais em ação – com o desenvolvimento de competências. 1. Competências referentes ao comprometimento com os valores inspiradores da sociedade democrática. 2. Competências referentes à compreensão do papel social da escola. 3. Competências referentes ao domínio dos conteúdos a serem socializados, aos seus significados em diferentes contextos e sua articulação interdisciplinar. 4. Competências referentes ao domínio do conhecimento pedagógico 5. Competências referentes ao conhecimento de processos de investigação 6. Competências referentes ao gerenciamento do próprio desenvolvimento profissional (BRASIL, 2001). Tema 3 A Formação de Professores de Matemática para a Educação Infantil A Formação de Professores de Matemática para a Educação Infantil Pesquisas indicam que os novos professores dos anos iniciais não se relacionam bem com a matemática, apresentando muitas dificuldades com relação aos conteúdos básicos que deverão ensinar porque têm uma formação matemática muito precária (CURI; MOURA; DUTOIT, 2004). O que realmente merece a nossa reflexão é: a) A formação matemática dos professores de Educação Infantil supre as necessidades exigidas para esse nível de ensino? b) A especificidade da formação matemática do professor de Ensino Infantil deve ser levada em consideração? c) O conhecimento, a aprendizagem, o currículo e a avaliação da educação infantil são importantes? O professor só vai transformar sua prática se refletir e se puder construir um conhecimento a respeito dela. Necessidade do envolvimento do professor com o aluno no trabalho de alfabetização matemática, para que o panorama atual de aprendizagem da matemática na Educação Infantil possa ser modificado. Assim, deve-se urgentemente investir na formação continuada dos professores, conscientizando-os do papel que têm na formação do aluno. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Focus_Groups_National_N etwork_meetings_IMG_1832_(5348783092).jpg http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Group_work2.JPG Um outro aspecto que se deve considerar é a situação funcional do professor. Sua realidade de exercício profissional — em que ele precisa trabalhar em três períodos — impossibilita-o de pesquisar, refletir sobre a prática e estudar mais. Realidade do nosso país: • Que tipo de professores estamos formando? • Qual é a educação que estamos oferecendo? Educar em matemática requer uma ação pautada em objetivos. O educador infantil deve ser aquele que tem consciência dos processos de aquisição do conhecimento matemático, do papel social desses conhecimentos na formação do educando e de como esse conhecimento pode ser adquirido. Deve ser capaz de produzir intencionalmente atividades que promovam a aquisição de conteúdos matemáticos; Identificar no cotidiano da criança quais situações podem ser exploradas matematicamente; Não deve pensar que trabalhar o raciocínio lógico somente nas atividades da matemática será o suficiente, a lógica está presente em várias áreas do conhecimento. O professor deve ter a concepção de que a matemática é cultura, de forma que sua prática aponte para uma nova concepção de vida, valorizando a relação entre os homens e os elementos culturais; Ensinar e aprender matemática, qualquer que seja o nível de educação, é muito mais que ensinar conteúdos sistematizados. Os cursos de formação de professores devem explorar o trabalho com matemática na Educação Infantil e apresentar formas específicas de se trabalhar, por exemplo, a resolução de problemas. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Group_work.jpg Tema 4 Causas da Baixa Aprendizagem em Matemática As causas neurológicas podem ser referentes a um distúrbio primário (onde estão inseridas a acalculia e a discalculia) ou a um distúrbio secundário (deficiência mental, epilepsia, síndrome de Turner, fenilcetonúria tratada, síndrome do X frágil, síndrome fetal alcoólica, baixo peso, TDAH, dislexia, disfasia e outros). Causas da Baixa Aprendizagem em Matemática As causas não neurológicas referem-se a fatores escolares, fatores sociais, ansiedade para matemática. Com relação aos distúrbios primários, temos que a acalculia é a perda de capacidade de executar cálculos e desenvolver o raciocínio aritmético, por exemplo devido a um acidente ou doença que cause problemas neurológicos. Já a discalculia do desenvolvimento é uma dificuldade em aprender matemática, que se manifesta cedo, por meio de falhas para adquirir adequada proficiência nesse domínio cognitivo, a despeito da inteligência normal, oportunidade escolar, estabilidade emocional e necessária motivação. Aproximadamente de 3% a 6% das crianças em idade escolar têm discalculia do desenvolvimento. Para ser classificado como discalculia, o distúrbio não pode ser causado por problemas na visão e/ou audição. Os sintomas mais frequentes da discalculia são: a) Erro na formação dos números, que ficam frequentemente espelhados. b) Dislexia. c) Inabilidade para realizar somas simples. d) Inabilidade para reconhecer sinais operacionais e para usar separações lineares. e) Dificuldade para ler corretamente o valor de números com multidígitos. f) Memória pobre para fatos numéricos básicos. g) Dificuldade para transportar números para um local adequado na realização de cálculos. h) Ordenação e espaçamentoinadequado dos números em multiplicações e divisões. Mas qualquer um desses sintomas isolados não pode servir para tirar conclusão alguma. O caso pode muito bem ser de problemas de ensino e aprendizagem, e não neurológicos específicos. Identificar uma criança como portadora de determinados transtornos, como a discalculia, pode ser útil para a criança e seus familiares, evitando a frustração e o sentimento de incapacidade no trato com a Matemática na Educação Básica. Mas ao entrar nesse campo, pode-se criar mais problemas onde não havia. Rótulos, preconceitos e estigmas são péssimos para o desenvolvimento escolar. Performances escolares que não atingem as metas e certos desenvolvimentos que não ocorrem no período desejado passam a ser rotulados como uma doença, que deve ser tratada. Todas as pessoas têm dificuldades em vários graus e o envolvimento social mostra a importância das abordagens menos taxativas. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Story_Time.jpg
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