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DIREITO PROCESSUAL CIVIL II, Prof. Adriano

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
Anotações da aula do Prof. Adriano Enivaldo de Oliveira
O Link para DOWNLOAD deste arquivo em formato WORD está no final do texto.
PARTE 1	3
1	Aula 01/08/2016	3
Sentença	3
2	Aula 08/08/2016	4
Recurso por falha na sentença	4
3	Aula 15/08/2016	6
Recurso	6
4	Aula 29/08/2016	8
Classificação dos Recursos	8
Efeitos dos Recursos	10
Respondendo às perguntas do Acórdão.	11
5	Aula 05/09/2016	11
Princípios Recursais	11
Modelo Kelsen-Borja	13
PARTE 2	13
6	Aula 03/10/2016	13
Ordem dos processos no tribunal (Art. 929)	13
7	Aula 10/10/2016	14
Julgamento em Colegiado	14
O Presidente proclama o resultado	15
Teoria da Causa Madura	16
8	Aula 24/10/2016	16
Apelação/Sentenças/Decisões	16
9	Aula 31/10/2016	17
Pedido de Reconsideração	17
10	Aula 07/11/2016	18
Embargos de Declaração	18
Agravo de Instrumento	19
Agravo Interno	19
11	P2 Questões da outra turma:	20
PARTE 1
Aula 01/08/2016
Dia 22 não vai ter aula (ler um acórdão enviado pelo Prof.).
P1: 26/09/2016
P2: 28/11/2016
Prova de substituição ou recuperação para a P1 ou P2: 05/12/2016.
'Opter Dicto' => uma manifestação não central da questão, um parêntese, um argumento dito de passagem, que não pode ser usado como "precedente" ou fato para reforçar a questão principal ('ratio dicidenti').
Petição inicial => Contestação => Dispositivo da sentença (resposta ao pedido da exordial e da contestação, eventualmente também é uma resposta a uma intervenção de terceiro, etc.)
Sentença
Antes, era “o ato pelo qual o juiz põe fim ao processo”. Porém, agora, encerrada a fase cognitiva (fase de conhecimento), o código prevê que terá uma fase executiva: trás fluidez. Os processos de cognição e execução estão mais relacionados, alterando o conceito de sentença.
Ato através do qual o juiz extingue o processo, com base no art. 269 e 267.
Pronunciamento por meio do qual o juiz, com ou sem julgamento de mérito, põe fim a fase cognitiva ou extingue a execuçção.
Art. 203: IMPORTANTE exemplifica os atos produzidos pelo juiz (despacho, decisão interlocutória e sentença).
Despacho: qualquer ato que o juiz produza, sem conteúdo valorativo (não importa o nome do documento - se não tiver escrito despacho ou tiver qualquer outra coisa - pode ser despacho ou sentença). “Cite-se” pode ser um despacho ou sentença, dependendo se tiver conteúdo valorativo (causar prejuízo - gravame - ou benefício). Se for uma demanda apenas jurídica, o autor pode pedir antecipação da decisão, então, neste caso, quando o juiz pedir para se manifestarem sobre a produção de provas estará dando uma sentença interlocutória.
Não há recurso para despacho. Sucumbência: para o recurso, preciso ser sucumbido/perdido, ainda que em matéria mínima.
Sentença terminativa: sem análise de mérito (art. 485);
Sentença definitiva: com análise de mérito, julgamento da causa (art. 487).
Sempre que possível o juiz deve analisar o mérito do processo. Superação de formalidades em prol do julgamento do mérito. O juiz não pode extinguir o processo sem dar uma chance para o autor consertar o erro, mesmo se tiver alguma negligência (prazo de 5 dias - ex. o juiz deve dizer qual defeito: “uma procuração deve ser feita por instrumento público”).
A extinção do processo por abandono de causa (30 dias de inércia), agora tem que ser esperada pelo réu que peça isso (Sumula do STJ).
Hoje, não há mais a impossibilidade jurídica processual do pedido, como condição da ação. O que há é um julgamento de mérito do pedido mediato (material). Ex. dívida de jogo é julgamento de mérito: o direito material proíbe o tipo de endividamento por aposta ilícita. Continua existindo a impossibilidade jurídica material (art. 487).
Impossibilidade jurídica não é mais Condição da Ação.
Prescrição e decadência sempre foram tratadas como mérito, e o juiz pode conhecer de ofício as previstas em lei, mas não as que são cláusulas contratuais.
Não são questões preliminares nem de mérito, mas questões prejudiciais (sem se confundir com o mérito, obsta o seu conhecimento). Ex. Prejudicial homônoma: se o produto não for objeto de roubo não se poderá alegar receptação de produto roubado. A questão principal será julgada prejudicada pela questão que obsta a mesma (não faz coisa julgada).
Prejudicial heterônoma se for de outro ramo do direito.
Elementos essenciais da defesa
Relatório: contém os principais acontecimentos do processo - nem toda a sentença precisa ter relatório, sentença de juizados especiais;
Fundamentação: motivos do decidir (doutrina, jurisprudência, raciocínio), não transita em julgado (não faz coisa julgada, com apenas algumas exceções);
Dispositivo: faz coisa julgada, especifica o que está atendendo (Face o exposto, julgo improcedente o pedido para, (a), (b), (c)...).
Em causas não genéricas, o juiz não pode dar sentenças genéricas (tem que ter relação com a causa pedida). Ex. deve dizer qual o quesito do art. 273 não foi atendido, para indeferir um pedido.
Explicar a incidência do dispositivo legal perante o fato narrado.
Aula 08/08/2016
=> A sentença deve se ater ao pedido da petição inicial (quer procedência), senão incorre em vício. Princípio da Correlação.
Recurso por falha na sentença
=> Se tiver algum erro escancarado (equívoco - falha material), basta uma petição que exclua a sentença e que venha a prolatar outra. Ex. Erros de “Copia e Cola” entre processos (erros de nomes próprios); se trocou o corpo da sentença e ficou o cabeçalho, etc.
=> Se não tiver uma falha material, deverá ser apelado para o recurso:
Citra Petita: uma sentença que não examinou todos os pedidos.
No Brasil, não é anulada pelo tribunal. É usada a “teoria da causa madura” (será vista mais adiante no curso).
Se a causa não está bem instruída em relação a um pedido, a causa não está madura (não teve perícia ou oitiva de testemunhas quanto a um dos pedidos). Então a sentença será anulada.
Se os fatos estiverem suficientemente julgados, mas não foi concedido o pedido na sentença, então a causa está madura e o tribunal recursal poderá julgar pela primeira vez o mérito!
Extra Petita: pede uma coisa para o juiz e ele concede outra. Ex. Dano material => dano moral.
O recurso irá anular a sentença, a fim de que outra sentença de primeiro grau seja proferida (para que não haja violação ao princípio do duplo grau de jurisdição - direito a um decisão que analise a outra decisão -, o tribunal não pode julgar pela primeira vez o mérito). O tribunal, ao julgar o recurso, não entra no mérito (acerto ou erro do conteúdo da sentença).
Ultra Petita: a sentença vai além do que foi pedido. Ex. deu dano material e dano moral, mas tinha se pedido apenas o dano material.
Na apelação, a sentença não é anulada, mas reformada pelo tribunal de apelação, retirando o excesso (a sentença fica limitada ao pedido do autor).
Para uma sentença com valor maior do que foi pedido é usado esse nome de Ultra Petita, mas não seria a terminologia mais adequada (ter-se-ia que elaborar outro termo).
Infra Petita: concede menos do que foi pedido, em matéria pecuniária.
A sentença está correta, mas poderá haver recurso para que o valor seja majorado.
=> A sentença deve ser líquida (sabe o valor - quando não sabe é ilíquida -, Ex. dependente de uma safra agrícola) e certa (pode ser condicional, Ex. passar em um concurso para tomar posse).
Ação Rescisória => ação que modifica uma decisão judicial em seu mérito.
Ação declaratória de nulidade => querala nulitatis (o nulo nunca se convalida. Ex. vício de citação).
Juízo de retratação => prazo de 5 dias para o juiz retratar a sentença, depois de ler o recurso.
Recurso Embargos de Declaração com eficácia infringente => em princípio, não poderiam modificar a decisão, mas quando a eficácia é infringente é possível alterar o mérito da declaração.
Sentença Declaratória: declara algum direito material. Ex. declaração de paternidade (retroage os efeitos - eficácia ex tunc).
Sentença (Des)Constitutiva: eficácia de uma sentença que exclui um sócio de uma sociedade(efeito ocorrem a partir da sentença - eficácia ex nunc). Ex. mora (atraso no adimplemento da obrigação).
Sentença Condenatória: condena ao pagamento de uma indenização.
Sentença Mandamental: a sentença contém uma ordem. Ex. mandado de segurança para não incidir o tributo; para que um agente público quebre um pré-requisito.
Sentença Executória (estrito senso): sentença que não precisa de um processo de execução. Ex. sentença que determina o despejo (efeito executivo que decorre diretamente de seu corpo - não necessita de uma fase executiva).
=> na “teoria quinária”, em cada sentença existe os cinco efeitos. Ex. comando para pagar; ato executivo que manda registrar em cartório; condenação em honorários; etc.
Coisa Julgada: parcela da sentença cuja autoridade (no mundo dos fatos algumas sentenças não são imutáveis - porém não se pode discutir no mesmo processo -. Ex pessoas separadas que se casam novamente) não está mais sujeita a recurso.
Opera somente na parte dispositiva da sentença (não atinge o relatório nem os fundamentos da sentença). Somente a parte dispositiva transita em julgado.
A parte dispositiva não deve estar baseada na parte da fundamentação. Ex: “face o exposto julgo procedente a ação”. O valor que o réu for condenado deve ser posto na parte dispositiva! Ex. “Face ao exposto condeno o réu a pagar dano moral no valor de XXX”.
No caso da assistência, se teve a oportunidade de participar das fases em que foi discutido o mérito, não terá mais direito de reingressar pela coisa que já foi julgada.
Da questão prejudicial (Ex. paternidade), várias outras decorrem, mas outras questões prejudiciais podem ser abarcadas como coisa julgada, desde que tenha sido requerido pela parte e o juiz seja competente para julgá-la, além de que constitua pressuposto necessário para a questão da LIDE. No art. 503, a questão prejudicial poderá fazer parte da coisa julgada, e o juiz pode abarcar a coisa julgada além do pedido principal (não precisa mais constar no pedido). Ex. uma questão prejudicial julgada na esfera estadual poderá ser válida para a esfera federal, por exemplo, se tiver sido julgado em condição exauriente; para uma comprovação de doença grave que tenha passado por perito, equivalente ao padrão do INSS, poderá servir para esta esfera federal; em um Mandado de Segurança (CUIDADO! também transita em julgado e tem problema se não tiver direito provado!!), normalmente se deve ter todas as comprovações documentais, então é possível que seja usado para outros fins.
=> A verdade dos fatos estabelecido com os fundamentos da sentença não faz coisa julgada.
=> Para ter força de lei a sentença pode ter sido de parcial procedência.
=> Os motivos (fundamentos) não fazem coisa julgada.
Aula 15/08/2016
Recurso
É uma forma de conformação psicológica com a sentença, caso o padrão de julgamento se repita.
No direito romano, o recurso era privado, sendo guiado pelo Pretor. O juiz romano era como se fosse o nosso júri.
No principado brasileiro, todo o recurso é estatizado (antes de se estatizar o direito) vai para ser analisado pelo Príncipe.
O recurso é endoprocessual (é uma fase dentro do processo cognitivo - não há atividade fora do processo). Remédios de impugnação estão fora do processo (criam um segundo processo), como a ação rescisória.
A segunda decisão (do recurso) substitui a primeira decisão.
A partir de uma ação que é impugnada, o recurso serve para (reforma de decisão de primeiro grau - mudança do mérito -, pode ser reforma de decisão interlocutória):
Reforma: se não há vícios processuais, quero que seja substituída a decisão desfavorável ou parcialmente favorável, vai para outro órgão judicial (exceções: embargos de declaração vai ao próprio órgão prolator da sentença, para sanar uma dúvida; embargos infringentes - recursos de uma decisão para um tribunal superior, não existe mais! -; embargos infringentes NOVO! - para execuções fiscais, ataca o mérito e é recorrido para o próprio juiz prolator da decisão)
Invalidação (anulação ou nulidade): não se quer substituir a decisão, mas destruir/desfazer a primitiva decisão, e no seu lugar que seja prolatada outra primeira decisão (pode ser objeto de recurso). Se quer que uma etapa do processo seja anulada, etc. Pode ser processual como ato material (coação, coerção, etc.). É pedida para o próprio JD que anule parte do processo. Quando a causa estiver madura, o Tribunal entende que o juiz deveria ter ouvido as partes por questão de decadência, então o Tribunal pode proferir a sentença sem respaldo do juiz de primeiro grau.
Somente um TRT pode julgar um pedido de recurso de um JD (teria que ser juiz do trabalho), ainda para dizer que a matéria não é trabalhista. Mas só quem tem o poder recursal de um JD é o Tribunal de Justiça (competência para isso).
Esclarecimento ou Integração: esclarecimento sobre a decisão judicial impugnado. Que, a partir dos embargos de declaração, que passe a integrar a primeira decisão (não tinha ficado clara).
Correção de erro material: basta uma petição simples (não é necessário embargos de declaração!). Ex. em invés de R$ 3.000,00 está R$ 300,00. Deve ser algo sem margem de interpretação.
Exame de admissibilidade dos requesitos recursais: Legitimidade da parte que recorre; Tempestividade (dentro do prazo recursal); Sucumbência (se a pessoa que está recorrendo realmente não recebeu tudo que queria na petição, etc.). Antes do JD remeter ao TJ. Agora o TJ intima o recorrido e recorre diretamente ao TJ, onde o desembargador relator faz o exame de admissibilidade.
O novo CPC extinguiu o exame de admissibilidade para os tribunais estaduais (TRT) e regionais (TRF). Continua valendo duplo juízo de admissibilidade para os Tribunais Superiores (STF e STJ) - não está previsto no CPC.
Se não preenche os requisitos, “não se conhece do recurso”, por isso não se analisa o mérito daquele recurso.
Se preenche os requisitos: “conheço o recurso”, então, acolhido o recurso analisando o mérito para dar ou negar provimento (ou parcial provimento).
Órgão recorrido (juízo a quo): prolatou a primeira decisão.
Órgão recorrente (juízo ad quem): analisa o recurso.
Recurso especial (TJ para o STJ): o TJ passa a ser juízo ad quem para ad quó.
=> Em mandado de segurança, se CONCEDE ou DENEGA à ordem... (não é “acolhe” ou “julga procedente”).
Recurso Prejudicado (alteração de situação fática pela qual o recurso não pode ser levado adiante): pode haver juízo de retratação do juiz em 5 dias (o recurso resultará prejudicado). Em direito personalíssimo e o recorrente vem a falecer. Ou se o recurso foi genérico (“a sentença não foi bem proferida!”), também se impugna.
O Recurso de Agravo força o órgão colegiado a se manifestar.
O Ministério Público pode recorrer quando é fiscal da ordem jurídica.
O terceiro interveniente pode recorrer. Se não interviu pode recorrer como terceiro interessado ou prejudicado pela sentença (locatário com interesse jurídico) - tem que ter tido prejuízo/ônus.
No caso da majoração de honorários advocatícios, se o cliente ganhou totalmente ação, o advogado (terceiro prejudicado) tem que entrar com recurso em nome próprio, não do cliente. Se o ganho foi parcial, então poderá fazer apenas um recurso para os dois.
O amicus currie somente podem entrar com recursos contra embargos de declaração e contra a decisão que julga o incidente de demandas repetitivas.
Princípio da Fungibilidade Recursal: desconsidera o recurso que foi manejado errado e transforma-o em adequado (conforme a lei). Essa operação necessita que o erro não tenha sido grosseiro (apelar de uma decisão sobre algo decidido, líquido e certo, conforme a lei); e o recurso errado tenha sido manejado em prazo não superior ao recurso correto.
Princípio da Taxatividade Recursal: 
Agravo de Instrumento: recorre de uma decisão interlocutória, se forma um outro instrumento (protocolado diretamente no tribunal) com cópias de parte do instrumento principal (petição, decisão interlocutória, etc.).
O processo continua correndo - nãohá efeito suspensivo.
Agravo Interno: 
=> Não há recurso de DESPACHO!
=> não há mais Agravo de Instrumento sobre (Ex.) indeferimento de testemunha. Então, quando a decisão for proferida, este objeto não estará precluso, desde que em preliminar de contestação o recorrente argumente sobre isso (apresenta a apelação). O recorrido apresentará a contrarrazão ao recurso de agravo.
=> Meios de impugnação autônoma não são recursos (ação rescisória, querela nulitatis - ação declaratória de nulidade -, etc.). Os sucedâneos recursais (pedidos de reconsideração - se houver um fato novo que o juiz não se apercebeu, não suspende o prazo recursal - , correição parcial, remessa obrigatória) também NÃO SÃO recursos.
Aula 29/08/2016
Classificação dos Recursos
Recurso Total ou Parcial
A decisão pode ser impugnada em todo ou em parte.
Sucumbência (aquilo que o autor ganhou no processo). Se há parcial sucumbência, poderá haver Recurso Parcial.
Recurso Total => Nulidade da sentença ou anulação da decisão. Ex. impedimento do juiz.
Recurso Ordinário ou Extraordinário
Natureza da matéria a ser impugnada.
Os ordinários permitem o reexame de direito e de fato; dizem o direito subjetivo.
Questões fáticas devem ser provadas (o direito finda no juízo de primeiro grau e no tribunal estadual; não pode ir até o STJ ou STF).
É mais amplo que o recurso extraordinário.
Os extraordinários são excepcionais (especiais lato senso); análise do direito objetivo (não visam diretamente o direito subjetivo do recorrente ou do recorrido, mas uma objetividade de sua aplicação
Criam requisitos especiais de admissibilidade para que sejam levados aos tribunais STF e STJ).
=> Recurso Estrito-Senso (direito estrito - estrita análise da norma) é só para o STJ e o STF (atenta para a objetividade da norma, busca um modo de ser aplicada a norma constitucional); não reexamina matéria fática. Recurso de direito estrito: visam a aplicação da norma ao caso concreto, mas não à questão fática relativa à parte.
=> Os embargos de divergência também não analisam o fato. Uniformizam as sentenças das turmas.
Recurso de Fundamentação Livre ou Fundamentação Vinculada
Fundamentação Vinculada: a lei exige a presença de determinados vícios à decisão, para que o recurso tenha cabimento. Ex. Embargos de Declaração; Embargos Infringentes (altera a decisão).
Recurso de Fundamentação Livre: O espectro que se quer recorrer é muito mais amplo (Ex. questionar a “justiça” na decisão; valores na decisão; fatos na decisão). Basta que exista algum vício, independentemente de qual seja.
Recursos Principais ou Recursos Adesivos
Recursos Principais: se tem autonomia para recorrer, independentemente da conduta da parte adversa.
Recursos Adesivos: só é possível recorrer se a parte adversa interpôs um recurso (se a parte adversa desiste do recurso, então o recurso adesivo também acaba). Pode ser outra matéria, como barganha.
É permitido em qualquer tipo de recurso: agravo, etc. Recurso Adesivo em Embargos de Declaração (não causam modificação na decisão - Ex. a decisão esqueceu dos honorários) não seria muito interessante, mas é possível.
O ideal é contrarrazoar o Recurso da parte contrária e, se cabível, também entrar com um Recurso Adesivo.
Efeitos dos Recursos
Obstativo: mantém o estado de litispendência, mas impede o trânsito em julgado. É um efeito inerente a todo e qualquer recurso.
Devolutivo: Uma análise horizontal do recurso. O que se está permitindo que seja reanalisado no recurso. Um tribunal só poderá julgar a matéria que foi devolvida pelo recorrido, e estará limitado aos pedidos de impugnação.
=> Não é possível recurso de forma genérica, assim com não é possível na petição inicial. Deve-se indicar o capítulo de que se está recorrendo, sempre fundamentando no direito e nos fatos. Se o pedido do recurso é que a ação seja “justa”, ou seja, que o pedido seja procedente, então o mérito do recurso coincide com o mérito da causa.
Suspensivo: a mera interposição do recurso basta para suspender os efeitos da sentença.
Sentença => 15 dias (suspensivo) => Recurso
Os 15 dias estão no limbo jurídico (possibilidade de interposição de um recurso), pois o devedor não precisa fazer o pagamento, podendo optar por recorrer no 15º dia. Ainda assim, se o recurso não for procedente, o trânsito em julgado terá sido no primeiro dia no caso de uma tutela antecipatória!
Se tiver sendo executada a sentença, e tiver embargos de declaração, basta pedir para o juiz de 1º grau a suspensão da sentença.
Há exceções, quando o recurso não tem efeito suspensivo. Ex. Agravo de Instrumento não tem efeito suspensivo (deve ser pedido, não ao juiz de 1º grau). O relator do tribunal pode atribuir efeito suspensivo (quando não há, ainda, relator, o pedido é feito ao presidente do tribunal).
Translativo: transfere a órgão ad quem as questões de ordem pública, mesmo que ninguém tenha pedido recurso. O efeito translativo dos recursos transfere as questões de ordem pública ao tribunal, mesmo que não impugnadas.
Questão de Ordem Pública (normalmente matérias objeto de alegações preliminares, antes de entrar no mérito). Ex. ilegitimidade do direito de ação por uma parte.
Por isso, às vezes a parte é surpreendida com uma questão de ordem pública que anula a sentença. Agora, o tribunal deve informar que há ilegitimidade de parte, daí então, proceder com sua ação.
Expansivo: Mesmo não tenha sido impugnado um ponto (capítulo) pelo recorrente, o recurso poderá se expandir e atingir um outro litisconsorte que não recorreu.
Ex. ao indeferir uma prova, devido a um recurso, também atinge todas as outras partes; quando o edital de um concurso é impugnado, então todos os outros candidatos são afetados.
Substitutivo: o acórdão substitui a sentença anterior. Só ocorre quando o mérito do recurso é analisado, sendo dado provimento ou não e substituindo a sentença.
=> o tribunal pode modificar a sentença por dois motivos (uma vez que o recurso é conhecido):
Error in procedendo (erro do juiz no processo - erro formal): Ex. incompetente; indeferiu um testemunha. Na causa madura (suficientemente instruída) é o único caso que pode haver efeito substitutivo (exceção).
Error in judicando (erro na justiça da decisão, no mérito - direito substantivo): pode haver efeito substitutivo. O acórdão substituirá a sentença.
Respondendo às perguntas do Acórdão.
1) Sobre qual parte da sentença incide a autoridade da coisa julgada material?
1ª folha , 1º§ do anverso: Em virtude de... o decisium... coisa julgada.
2) O que é “obter dictum”?
Página 4, último parágrafo: “Processual civil... “. O artigo 469... não fazem coisa julgada os motivos... sentença.
Mera ponderação realizada pelo julgador. Argumento de caráter narrativo. Os motivos, ainda que importante para determinar o alcance da parte dispositiva. Está em contraposição a Ractio Discidenti (razão de existir).
Não podem ser argumento de causa de pedir para uma outra situação.
3) O que é coisa soberanamente julgada?
Página 7, 1º§. A sentença... de impugnação... lapso temporal... coisa julgada.
Coisa Julgada: Quando já passou o prazo da coisa julgada.
Coisa Soberanamente Julgada: Quando, após o trânsito em julgado, já ultrapassou o prazo da ação rescisória (2 anos).
4) Lei posterior ao trânsito em julgado pode mudar a autoridade da “res judicata”?
...tem o poder de afetar ou destituir a autoridade da coisa julgada.
5) A coisa julgada abrange alegações que poderiam – mas na foram – ter sido feitas na exordial e na contestação?
Transitado em julgado a sentença de mérito... pesa a autoridade da coisa julgada... a norma refuta... não se admite a propositura de nova demanda para se discutir a lide com base em novas alegações... quanto ao que poderia ter sido alegado mas não o foi.
Lapidar... coisa julgada acentua que esta abrange todas as questões que foram discutidas quanto as que poderiam ser.
Aula 05/09/2016
Princípios Recursais
P. da Voluntariedade: O recurso depende de um ato voluntário da parte (ou de terceiro interessado,MP, etc.).
Nos casos de reexame necessário (todas as causas em que a Fazenda Pública fosse vencida), com valores monetários vultuosos (quantia X de salários mínimos vigente). É uma condição de eficácia.
P. da Substitutividade, Anulação ou Integração: a decisão do recurso substitui total ou parcialmente o dispositivo da sentença (ou um de seus capítulos). O Acórdão, ainda que altere parte mínima da sentença, ele a substitui, sendo o mesmo executado em detrimento da sentença.
A anulação ocorre quando o acórdão anula, antecipadamente a sentença, sendo outra proferida em seu lugar. Assim, poderá analisar o mérito da causa pela primeira vez. Sem análise de mérito, o juiz pode extinguir o processo (fase postulatória, preliminar de contestação, ou ainda qualquer momento do processo), porém, deve ser observada se a causa está madura (depois de oitiva de testemunhas e ampla defesa), o juiz diz que a causa é juridicamente impossível (dívida de jogo), então, como o processo está devidamente instruído, o tribunal pode julgar pela primeira vez o mérito! Isto é uma mitigação/exceção ao princípio do duplo grau de jurisdição.
A integração ocorre quando a nova decisão integra a parte dispositiva da sentença ou decisão liminar. Ex. Embargos de Declaração para o juiz esclarecer a sentença, a decisão posterior passa a integrar a sentença anterior.
P. da Devolutividade: o recorrente devolve ao estado juiz apenas a questão objeto do recurso. Estabelece os contornos da lide recursal (é diferente da lide de 1º grau - não pode honorários advocatícios, etc.). E impõe limites à análise do Tribunal (limitado àquilo que o recorrente quer discutir).
P. da Suspensão: suspende os efeitos da decisão à quó.
Não é possível executar uma ação que foi objeto de embargos de declaração, apesar de não ter efeito suspensivo.
P. da Taxatividade: Não há recurso sem lei que o estabeleça. Há recursos não previstos no CPC, mas em leis extravagantes (Ex. juizados especiais). Matéria processual e penal só podem ser objeto de lei federal.
P. da Singularidade, unicidade, ou unirrecorribilidade: Há apenas um recurso adequado para cada decisão.
Sentença => Apelação; Embargos de Declaração. 
Decisões Interlocutórias => Agravo de Instrumento (ver incisos do Art. 1015); Apelação (depois da sentença - não estão no Art. 1015, Ex. apelar pelo indeferimento de testemunha se a causa for indeferida), ou seja, Preliminar de Apelação (os motivos são as razões de apelação), o recorrido tem a Preliminar de Contrarrazões da Apelação.
P. da Incindibilidade: Não se pode fatiar a sentença e tomar somente a parte que favoreça o recurso, de modo a apresentar razões desconexas.
P. da Dialeticidade: Fundamento da interposição do recurso em fundamento. Combatendo o recurso do recorrente.
P. Dispositivo: Vigora para a interposição do recurso. Proíbe a reforma em prejuízo. O recurso é uma prerrogativa e não um ônus.
Sub-princípio da congruência: os argumentos e os capítulos recorridos têm que guardar pertinência com o acórdão.
P. da Inquisitivo: Admite o conhecimento de ofício do Tribunal, não só as matérias de ordem pública, como das questões relevantes para fundamento do objeto do recurso do recorrente.
P. da Correspondência: sempre há um recurso correspondente ou adequado!
P. da Fungibilidade: se tiver interposto o recurso errado, poderá ser trocado pelo recurso correto pelo Tribunal, caso apelado. Isto só pode ocorrer se o erro não for grosseiro e se o recurso tiver sido manejado dentro do prazo do recurso correto.
P. da Consumação: Uma vez consumado o recurso não é possível voltar atrás ainda que cabível o recurso adequado (preclusão consumativa).
P. da Complementariedade: Uma vez prolatada, a decisão nova vai completar a decisão anterior (em Embargos de Declaração ou outras). Ex. “com os fundamentos da sentença, passo a complementar com tal aspecto: honorários do recorrido”, mesmo que o recorrente não seja atendido pelo juiz, pode aumentar os honorários do advogado do recorrido (decisão do STF).
P. da Ineficiência: ineficácia das ações recorridas, as decisões não são eficazes de imediato (se espera o prazo de recursos).
P. da Colegialidade: se tem o direito a um segundo juízo, reanálise (duplo grau de jurisdição).
Modelo Kelsen-Borja
Ler o capítulo que trata do processo. “O julgamento somente poderá atribuir culpa a um sujeito depois da utilização das perícias técnicas pertinentes, além de garantir o devido processo legal”.
Disponível em: <https://plus.google.com/105193352569699409491/posts/co5F38SEMrY>
PARTE 2
Aula 03/10/2016
Ordem dos processos no tribunal (Art. 929)
Distribuir o processo (para os relatores) na medida em que chega no Tribunal (imediata distribuição).
Os autos são protocolados no Tribunal no dia de sua entrada.
Na ordenação de trabalhos, eventualmente pode haver uma disputa de recurso para a Câmara.
O processo já vai concluso para o Relator (importante nas medidas de urgência).
O pedido de urgência é dirigido nominalmente ao Tribunal, sendo distribuído por prevenção àquele Relator em que foi pedido a urgência.
O regimento interno do Tribunal determina a forma das competências. Os marcadores, endereçando para onde deve ir o recurso são feitos via eletrônica.
Princípio da Alternatividade da Distribuição => não que dizer uma alternância para os juízes em uma sequência conhecida.
Uma vez distribuído um recurso para um desembargador, o mesmo se tornará provento para os demais recursos. Caso haja férias, promoção, troca, etc. pode haver mudança.
O prazo ficou determinado em 30 dias para o Relator, mas na verdade é feito por mais ou menos tempo, dependendo das condições.
Art. 931. Relator (faz o voto) => entrega em secretaria para ser determinada seção de julgamento.
Art. 932. Trata dos poderes do Relator, hoje quase todas as decisões são monocráticas. O Relator ordena os trabalhos (manda intimar as partes, o MP, manda publicar as decisões, pode determinar a produção de um prova ou que um juiz de primeiro grau faça isso pois faltou algo de direito material para se decidir).
Como um juiz de primeiro grau, também pode homologar acordos (não precisa do órgão do Tribunal para isso). Há assentos de conciliação nos Tribunais (acordo de recursos que estão lá tramitando).
É o Relator que concede tutelas provisórias (cabe recurso - Agravo Interno).
Quando o Relator decide mérito baseado em precedentes:
Em decisão monocrática (mas pode decidir levar ao colegiado, caso saiba que haverá recurso de qualquer jeito, não cabendo mais Agravo Interno - é de decisão monocrática, podendo caber algum recurso especial ):
O recurso poderá não ser conhecido quando: for inadmissível (não cumpre os requisitos ou não impugnou corretamente a decisão), ou for prejudicado.
Poderá ser negado provimento do recurso quando: súmula (STF - verbetes de matéria constitucional -, STJ - súmulas de matéria de lei ou tributária -, Tribunal - TRF, TJ, etc.); Acórdãos em Recurso Repetitivo; IRDR (incidente de resolução de demandas repetitivas) ou IAC (incidente de assunção de competência). Para negar provimento, não é necessário ouvir a parte adversa (não há prejuízo para o recorrido).
No caso do Relator dar provimento, deve antes intimar o recorrido para que o mesmo apresente as contrarrazões, para depois poder dar a decisão monocrática de provimento.
Art. 933. Trata de um fato superveniente (Ex. condenação devido a um falso testemunho; um nova legislação; a destruição de objeto material ou perda de valor jurídico). O Relator deve intimar ambas as partes.
Aula 10/10/2016
Julgamento em Colegiado
Quando o FATO (Ex. laudo psiquiátrico) ou a NORMA for superveniente (não é o conhecimento do fato pelo Tribunal).
Para conhecer (mesmo existência de algo considerável de ofício), deve-se suspender o julgamento e dar vistas para a parte adversa se manifestar. Ex; o Relator (ou outro membro do colegiado) traz o fato de haver prescrição, o que surpreenderia as partes (devem ser intimadas antes da votação).
=> Se um membro do colegiado pedir vistas,ele deverá trazer o processo quando se sentir habilitado (não 10 dias conforme o código... - podem todos os membros pedir vistas!, mas compete ao presidente colocar ordem, podendo dar vistas coletivas). Intima as partes para que se manifeste. Um terceiro colega, VOGAL, define se confirma o voto do Relator ou concede as vistas de quem pediu.
=> Se o advogado invocar, em plena sustentação oral, no momento da decisão, que haveria um problema psiquiátrico, mas que não haja nada no processo, então o colegiado poderá entender que esta matéria está preclusa (o advogado terá de entrar com um novo processo).
=> Enquanto não concluída a votação, qualquer membro ainda pode pedir vistas, e ainda, podem mudar seus votos.
Art. 937. Depois da manifestação do Relator, há preferências quanto a outras manifestações (Ex. do advogado ou MP). Depois volta para o Relator, para que o mesmo proceda com seu voto, depois por ordem de antiguidade dos membros do Tribunal (- o “decano” é o mais antigo).
Sustentações orais em primeiro lugar, e depois pedidos de preferência (o advogado quer que seu processo seja julgado antes dos demais para se retirar do Fórum).
Há previsão de que possa haver sustentação oral por videoconferência.
=> Quando há casos de impedimento do juiz para alguns processos, se reúnem os mesmos para serem pautados com a presença de outro juiz.
=> Se o advogado pedir para se manifestar “pela Ordem (OAB)”, deve ser por uma questão de fato (indicando a lauda do processo - pode ser que o fato mencionado pelo Relator não exista).
Publicação (intimação do advogado) da pauta antes da seção, com prazo de 5 dias.
=> Os julgadores não podem colocar os votos no processo, pois o advogado pode consultá-lo em cartório.
=> O advogado que quiser sustentação oral, basta fazer o requerimento antes de iniciada a seção. O ideal é que peça antes para organização do Tribunal.
Diligência, entendida necessária por algum membro do Colegiado. Então o Tribunal determina que o juiz de primeiro grau refaça uma colheita de prova (Ex. laudo de médico com diferente especialidade.). O próprio Tribunal pode realizar esse tipo de instrução caso se habilite.
=> Aquele membro do colegiado que for vencido em questão preliminar, também deve votar no mérito (não pode ser excluído).
=> Um membro do colegiado, que não se sentir habilitado com o processo, pode pedir vistas e, mesmo assim, se não se sentir habilitado, o Presidente pode requisitar outro magistrado que o substitua no julgamento.
O Presidente proclama o resultado
Préquestionamento => Art. 102 CF, para se poder manejar um recurso extraordinário, uma norma constitucional deve ter sido declarada inconstitucional (ou negada vigência). Então, deve-se pedir que Tribunal diga que realmente deixou de aplicar um artigo de lei ou uma norma da Constituição. Isso possibilita, então, que seja manejado um recurso extraordinário ou especial.
Art. 942. Técnica Recursal (Art. 940 não é recurso, mas uma técnica de julgamento!). Quando o resultado da APELAÇÃO for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em seção a ser determinada com a presença de MAIS outros julgadores, convocados pelos termos do Regimento Interno.
A câmara julgadora é sempre TRÊS (a composição é de quatro, mas os julgamentos são de três a três). O número suficiente de outros julgadores é DOIS.
Ficam superados em Embargos Infringentes do CP 1973.
Teoria da Causa Madura
Como regra geral, há direito ao duplo grau de jurisdição, significando que o Tribunal somente poderá REVER aquilo que já foi observado no primeiro grau, senão o julgamento é nulo por suprimir um grau de jurisdição. Art. 1013, a apelação devolverá ao Tribunal a matéria que foi impugnada no primeiro grau.
Há uma exceção que permite que o Tribunal julgue pela primeira vez da questão para fins de julgamento (mesmo que a sentença de primeiro grau não tenha sido dado), contanto que essa questão já tenha sido debatida em primeiro grau.
Se a sentença for citra petita, o Tribunal pode anular a decisão de primeiro grau ou dizer que “a causa está madura para julgamento” e, pela primeira vez, julgar o resto (Ex. condenação por dano material, contida na petição inicial e contestada pois não tinha sido dada em primeiro grau; questão de ordem pública sobre carência de ação). Não se exige/obrigue que a parte adversa tenha se manifestado, mas que se tenha dado a oportunidade (ocorre à revelia).
Se for uma sentença terminativa (sentença que não analisa o mérito), o Tribunal entendendo que não é caso de sentença terminativa, caso já instruído o processo em questão de fato (ou questão somente de direito - envolvendo desaposentação; incidência de imposto de renda), o Tribunal pode reformar a sentença, julgando pela primeira vez o mérito da causa.
Aula 24/10/2016
Apelação/Sentenças/Decisões
=> Nova sistemática apresentada pelo código de 2015.
Não é mais possível apelação por instrumento (criações doutrinária aceita em alguns tribunais para tentar analisar mérito que foi julgado por uma decisão que não a sentença).
Quando a sentença também decidia coisas interlocutórias além do mérito (Ex. na sentença também analisa o pedido de antecipação de tutela). Então se recorria da sentença, por apelação, tanto do mérito da sentença quanto seu conteúdo antecipatório (no ex. da antecipação de tutela). Parte da doutrina achava que também deveria vir um agravo de instrumento em anexo, como recurso para esse último conteúdo. Mas agora só cabe apelação (Art. 1009), ainda que a sentença tenha decisões intermediárias (não importa de quantos capítulos estejam presentes na sentença).
O Agravo de Instrumento ainda é possível para decisões proferidas depois da sentença.
O juiz de 1º grau agora não faz mais o juízo/exame de admissibilidade (é feito só pelo Tribunal). Então não é mais possível fazer agravo de instrumento do 1º juízo de admissibilidade.
No agravo de instrumento se interpõe no 2º grau e se entrega cópia para o 1º grau. Já no caso do agravo de instrumento contra o juízo de admissibilidade do desembargador, a interposição é feita para o juiz de 1º grau, que atua como despachante para o 2º grau (no processo eletrônico é remetida sem papéis).
Se já tiver um agravo de instrumento do tribunal, então o juiz de 1º grau proferi a sentença e se faz uma apelação disso. Daí, se julga no tribunal primeiro o agravo e depois a sentença.
Art. 1012. Casos em que a sentença não tem efeito suspensivo - a apelação somente tem efeito devolutivo. Com isso, a sentença já produz efeitos imediatamente, independente do prazo recursal.
Então se destina uma liminar para que o tribunal conceda um efeito suspensivo.
Há 15 dias para o recurso ser interposto (efeito suspensivo). Mas no caso desse artigo, a sentença, por não ter efeito suspensivo em sua essência, tem efeito imediato!
Aula 31/10/2016
Pedido de Reconsideração
Instituto jurídico que surgiu de um costume, que foi aceito pela jurisprudência. Havia previsão nos códigos estaduais de processo, antes de 1979. Mesmo no código de 2015 está implícito, pois sempre se pode pedir para o juiz alguma reconsideração sobre algum ato decisório, a fim de reformá-lo, retratá-lo ou revogá-lo (Ex. se o juiz esquece de analisar alguma prova). É um sucedâneo recursal (como um mandado de segurança contra a decisão de um juiz - forma de se insurgir contra uma decisão como se fosse um recurso).
O prazo é até que haja preclusão. Não poderia se fazer o pedido de reconsideração até que se finde o prazo recursal, com exceção para as questões de ordem pública.
Não existe prazo para o juiz decidir o pedido de reconsideração.
O preclusão é a perda de uma faculdade processual. Para o juiz só opera a preclusão de coisa julgada (“preclusão maior”). Contudo, há a “preclusão pro judicato”, em que o tribunal confirma a decisão do juiz (após um recurso), fazendo com que o juiz perda sua faculdade de revisão da decisão.
Com relação a condições da ação ou pressupostos processuais, o juiz pode voltar atrás (por isso pode, nesses casos, haver um pedido de reconsideração“depois do prazo”).
Não cabe pedido de reconsideração de sentenças ou acórdãos, apenas de decisões e despachos.
=> para ser pedido de reconsideração o argumento deve ser o mesmo (não podem ser utilizadas novas questões de fato ou novos argumentos). É um pedido para se “repensar”. Um terceiro ao processo também pode fazer alguma reconsideração (Ex. um perito nomeado pede que metade do valor da perícia seja paga no início do processo).
Caso se utilize nova questão de fato ou argumento e o juiz acata, então fica estabelecido um prazo a partir desta decisão (a importância reside no início do prazo para a contagem do recurso). Ainda há um prazo que flui da primeira decisão. O nome fica, ao invés de “Pedido de Reconsideração”, “Pedido de tutela por fato novo”.
O pedido de reconsideração não interrompe o prazo.
Quando não é um fato novo, mas apenas um argumento novo, a maior parte da doutrina acha que é um pedido de reconsideração.
Não cabe pedido de reconsideração para órgãos colegiados, somente se a decisão foi exclusiva do Relator, por exemplo.
Pode haver pedido de reconsideração de pedido de reconsideração, mas deve-se ter cuidado com a “má fé”.
Um juiz plantonista NÃO pode reconsiderar uma decisão de um juiz natural ao processo. Se o juiz plantonista INDEFERE o pedido e então, se faz um novo pedido para o juiz natural, que pode ACATAR o pedido! Um juiz plantonista não poderia se avocar como revisor (o planão serve quando há risco NOVO de perecimento do direito).
=> FUNGIBLINIDADE: é possível entrar com um recurso e ao mesmo tempo um pedido de reconsideração (mas deve-se cuidar a má fé, avisando que se entrou com o outro recurso).
Em um recurso, se o tribunal ainda não tiver decidido, há doutrina que diz que o juiz pode reavaliar sua decisão a partir de um pedido de reconsideração da parte que prolatou o recurso. Daí o juiz aciona o tribunal dizendo que o recurso resta prejudicado (cabe agora recurso da parte contrária).
O comum, a partir do fato de que o Tribunal estaria “afetado” pela questão do recurso, não seria pertinente a parte pedir reconsideração sobre isso para o juiz.
=> Para acatar o pedido de reconsideração não é necessário para o juiz ouvir a parte adversa, a menos que haja um novo fato elencado (o juiz pode acionar o advogado da outra parte por telefone, se certificando que ele está ciente).
Aula 07/11/2016
Embargos de Declaração
Cabe para sentenças monocráticas (se a decisão foi pelo relator, então o mesmo julga os embargos de declaração), acórdãos (a competência para julgar os embargos é desse mesmo órgão colegiado), decisões interlocutoras e até mesmo despachos.
Os vícios para se recorrer são: omissão (Ex. o juiz não analisou uma súmula que uma das partes solicitou), contradição (a fundamentação se contradiz ou vai num sentido e o dispositivo vai noutro), obscuridade (é subjetivo) ou erro material (não exige interpretação - normalmente de grafia; no caso de uma citação errada o advogado poderia telefonar para o cartório para corrigir).
=> é possível contra qualquer tipo de ato viciado, com PRAZO de 5 dias (Art. 1023), quem vai contrarrazoar é o próprio órgão judicial (se for acolhido e não mudar substancialmente a decisão não é necessário intimar a parte adversa com prazo de 5 dias - pode ser necessário que contrarrazoe o recurso, no caso de EEFEITOS/EFICÁCIA INFRINGENTE ou substanciais).
Os embargos de declaração são endereçados ao próprio juiz ou tribunal que prolatou a sentença. Tem por objetivo esclarecer uma decisão judicial.
Possui efeito interruptivo: interrompe o prazo para outros recursos (é usado como efeito protelatório! Mas pode ocasionar em multa se caracterizada a má fé), e renova o prazo para outro recurso (normalmente 15 dias). É diferente do efeito suspensivo, que apenas pára o prazo, e depois continua de onde parou (NA TEORIA DA LEI NÃO TEM - Mas há exceção na prática).
Art. 1026. O juiz pode atribuir suspensividade ao embargo de declaração (o juiz analisa a probabilidade de que seja provido ou que sua não observação possa causar dano grave). Na prática não se dá aplicação a nenhuma decisão que tenha um embargo de declaração pendente, suspende a sentença (não é possível analisar emergencialmente cada recurso que chega!).
=> São usados para fins de préquestionamento (interpelar antes da sentença ou recurso especial) para que o julgador explique se aplicou ou não determinado artigo (ou se considerou vigente).
Recursos especiais ou Extraordinário são quando a decisão ignora a constituição ou lei federal (cabe um outro AGRAVO do que os vistos em seguida...).
=> “Considero préquestionados todos os dispositivos declarados na sentença”.
=> Se a parte nunca mencionou um préquestionamento, no final não pode entrar com um embargo de declaração “préquestionando”.
Os embargos de declaração pode ser conhecidos pelo juiz ou “não conhecidos” (Ex. fora do prazo - não interrompe o prazo para recursos).
Uma vez acolhidos, passam a integrar a sentença que lhes deu causa (consequência - “efeito integrativo”).
Agravo Retido
Não Há mais, devido a ideia de deixar correr e analisar depois da decisão final. Ex. o juiz indeferiu uma testemunha, mas se eu ganhei no final, não preciso recorrer.
Agravo de Instrumento
Art. 1015. Há um rol taxativo de situações em que se pode pedir Agravo de Instrumento. As hipóteses elencadas neste artigo não precluem mais, desde que recorridas da sentença.
Não importa o que conste na sentença, caberá apelação. Mas algumas coisas, se decididas diretamente na sentença, não será Agravo de Instrumento, mas de APELAÇÃO.
O PRAZO é de 15 dias. A outra parte interessada SEMPRE será intimada para apresentar contrarrazões.
Um “agravo” é uma insurgência. “De instrumento” significa que o recorrente forma um instrumento separado (cópia de parte dos autos do processo principal - cópia da petição inicial, da contestação, das procurações, dos endereços dos advogados, e da decisão do juiz) para ser endereçado diretamente ao Tribunal.
Se faltar algum documento, o Desembargador Relator suspende o processo e intima a parte para que em 5 dias junte a parte que estiver faltando. Deve também juntar em 3 dias cópia no 1º grau (para que o Juiz possa fazer alguma retratação) o recurso não será conhecido.
Só existe no Tribunal de Justiça e no Tribunal Federal, sendo manejado contra decisões interlocutórias de 1º grau (não pode ser contra decisões de 2º grau, nem tribunais especiais de 1º grau).
Caso haja um juiz de 1º grau com competência federal delegada, o recurso pode ir para o TRF.
Não tem efeito suspensivo (o Relator pode dar efeito suspensivo e também julgar monocraticamente - para recorrer disso é o Agravo Interno). Se a decisão do Agravo Interno (em colegiado) for unânime, o recorrente deve pagar uma multa entre 1-5% do valor, atualizado, da causa (se não pagar multa não poderá fazer nenhum outro recurso até a sentença).
Agravo Interno
Questiona a decisão do Relator, no mérito, levando a decisão para todo o colegiado. Devem ser observadas as regras de Regimento Interno de cada Tribunal.
Cabe contra ação rescisória, etc.
Quando não cabe nenhum recurso (depende do regimento do tribunal específico), cabe o Mandado de Segurança.
O Relator intima a outra parte para que apresente suas contrarrazões em 15 dias.
P2 Questões da outra turma:
Prova 2 de DPC II - Adriano
as assertivas diziam mais ou menos isso
1. preclusao pro judicato nao se aplica ao juiz
2. essa era meio grande, era algo sobre teoria da causa madura, sentença terminativa e questões de direito kkkk 
3.embargos de declaração podem ser usados exclusivamente para prequestionamento
4. depois de interposição de agravo de instrumento o juiz não pode reconsiderar a decisão
5. o juiz titular pode reconsiderar a decisão do juiz plantonista e vice-versa
Segue o LINK para baixar o presente arquivo:
https://drive.google.com/open?id=0B_vwGsXdCzWXR2lMUmowUkFKY2M

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