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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA CURSO: ENGENHARIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA TEC333: ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS DOCENTE: GEANY PERUCH CAMILLOTO DISCENTE: IVANA CARVALHO LEITE TESTE DE ORDENAÇÃO Feira de Santana-BA Junho, 2013 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA TESTE DE ORDENAÇÃO Relatório apresentado em cumprimento às exigências da disciplina Análise Sensorial de Alimentos, do Curso de Engenharia de Alimentos, da Universidade Estadual de Feira de Santana orientado pela docente Geany Peruch Camilloto. Feira de Santana-BA Junho, 2013 SUMÁRIO 1 OBJETIVO................................................................................................1 2 INTRODUÇÃO...........................................................................................2 3 MATERIAIS E MÉTODOS.........................................................................4 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................8 5 CONCLUSÃO..........................................................................................11 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................12 1 OBJETIVO Verificar se existe diferença quanto ao atributo acidez entre as amostras de suco de maracujá e comparar os resultados através do teste de Friedman. 2 INTRODUÇÃO A análise sensorial é a disciplina usada para evocar, medir, analisar e interpretar reações características dos alimentos e materiais como são percebidas pelos sentidos da visão, olfato, gosto, tato e audição. Contudo, conforme o produto o atributo sensorial e finalidade do estudo existem recomendações de métodos, referindo a NBR 12994, que classifica os métodos de análise sensorial dos alimentos e bebidas em discriminativos, descritivos e subjetivos (ABNT, 1993). Os testes sensoriais discriminativos ou de diferença são considerados métodos objetivos utilizados em análise sensorial de alimentos, bebidas e água, com os efeitos das opiniões dos indivíduos minimizados. Medem atributos específicos pela discriminação simples, indicando comparações, se existem ou não diferenças estatísticas entre as amostras. O teste de ordenação avalia três ou mais amostras, simultaneamente, ordenando-as em relação á intensidade de um atributo específico ou de preferência. Não quantifica o grau de diferença ou preferência entre as amostras. Este teste pode ser aplicado para pré-seleção entre grande número de amostras (LUTZ,2008). Os julgadores são solicitados a ordená-las de acordo com sua preferência. Como os julgadores são não treinados, não se deve apresentar mais de quatro/cinco amostras para serem ordenadas (CHAVES,1993). Quando se utiliza o teste de ordenação os resultados relativos à soma das posições de ordenação devem ser tratados com base no Teste de Friedman e Teste de Fisher para comparação entre as amostras. No teste de Friedman são utilizados o número de amostras ou tratamentos válidos (t) e o número d e julgamentos (p) obtidos, e utiliza-se a tabela de Newel e MacFarlane(Tabela1), para os níveis de 5% ou 1%, pra obter a diferença crítica entre os totais de ordenação. Se as diferenças entre as soma das ordens de duas amostras diferem por um valor maior ou igual ao valor tabelado (crítico), existe diferença significativa entre ela ao nível desejado. 3 METODOLOGIA Materiais - Três amostras de suco de maracujá - Copos descartáveis 50 e 100 mL Método Aplicou-se o teste de ordenação no Laboratório de Análise Sensorial, do Departamento de Tecnologia da Universidade Estadual de Feira de Santana. Os julgadores analisaram as amostram em cabines individuais. Apresentou-se três amostras diferentes de suco de maracujá aos julgadores de forma codificada por três dígitos distintos e aleatórios, acompanhadas de um copo com água e por uma ficha (Figura 1), a qual solicitava que os provadores degustassem as amostras ordenando-as de acordo com a intensidade do gosto ácido e cor ,ou seja, identificando-as em ordem crescente de acidez e cor, os atributos sensoriais avaliados.Pediu-se também que lavasse as papilas após cada avaliação e esperar 30-40 segundos. Figura1- Ficha para teste sensorial de ordenação 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO O teste foi realizado por sete provadores. Cada provador examinou as amostras codificadas e fez uma ordenação de acordo com a intensidade do atributo acidez e cor. O correto é que se ordenem primeiramente as amostras segundo a ordem inicial de percepção e, depois, verifique com atenção a ordem inicialmente estabelecida para então assinalar as resposta. Os resultados obtidos da análise de todos os provadores seguem abaixo. Tabela de resultados da análise de acidez e cor do suco de maracujá. 803 687 467 Provador Acidez Cor Acidez Cor Acidez Cor 1 3 2 2 3 1 1 2 3 2 2 3 1 1 3 3 2 3 3 1 1 4 2 2 3 3 1 1 5 2 2 3 3 1 1 6 3 2 1 3 2 1 7 2 2 3 3 1 1 Soma 18 14 16 21 8 7 Análise e interpretação dos resultados Os valores descritos acima indicam a ordem da amostra mais ácida para menos ácida, ou seja, o número 1 é indicativo de que a amostra é mais ácida e a 3 a menos ácida(nesta escala de 3 amostra). Da mesma forma é para a cor. Então pode-se perceber analisando os dados que a amostra que apresenta maior acidez é a 467, seguida pela 687, e sendo a 803 a menos ácida. E para a cor, a análise é a mesma, a amostra com cor mais intensa é a 467, seguida pela 803 e a 687 a menos intensa. A avaliação estatística foi feita pelo teste de Friedman e foi utilizada a tabela de Newel e MacFarlane, para o nível de significância de 5%(Tabela1) para comparação entre as amostras. Tendo o número de amostras iguais a três e o número de julgamentos obtidos iguais a sete. De acordo com a tabela, tem- se que a diferença mínima significativa é igual a dez. Tabela 1 - Valores críticos para comparação com os módulos das diferenças entre as somas das ordens do teste de ordenação, a 5% de significância Análise da acidez É através da subtração do valor obtido da soma de uma amostra pelo valor da outra que se sabe se existe diferença significativa entre elas. Comparando a amostra 803 com a 687, obtêm-se como resultado18-16=2. 2< 10, então para essas amostras pode-se concluir que não existe diferença significativa entre elas. Aceita-se então Ho. Comparado então as amostras 647 com a 467 tem-se como resultado 16-8=8. 8<10, então aceita-se Ho por não existir diferença significativa entre as amostras. Por fim comparando as amostras 803 com a 467, o valor obtido é 18-8= 10. 10=10 valor igual ao tabelado pode-se dizer que existe diferença significativa entre as amostras. Rejeita-se então Ho e aceita-se Ha. Vale ressaltar que, nada pode ser concluído com relação a amostra 647, pois esta não apresenta diferença significativa quando comparadas às duas outras amostras. Análise da cor O método para análise da cor é o mesmo da acidez. Comparando as amostras 687 com a 803, o valor da diferença entre as amostra é de 21-18=3. 3>10, podendo então dizerque para essas amostras não existe diferença significativa entre elas. Aceita-se então Ho. Comparado então as amostras 803com a 467 tem-se como resultado 18-7=11. 11>10, então aceita-se Ha, pois existe diferença significativa entre as amostras. Por fim comparando as amostras 687 com a 467, o valor obtido é 21-7= 14. 14>10, valor maior que o tabelado significa dizer que existe diferença significativa entre as amostras. 5 CONCLUSÃO Diante das análises dos resultados pode-se concluir que os resultados possam ter sido afetados pela quantidade de julgadores, como também pela questão da preferência. Pelo teste de Freidman e uso da tabela de Newel e MacFarlane, para o nível de significância de 5% , pode-se verificar que existe diferença significativa entre as amostras tanto no atributo acidez, quanto no atributo cor. Consegui-se ainda observar que a amostra mais ácida é a que possui a cor mais intensa. 6 REFERÊNCIAS CHAVES,J.B.P.; SPROESSER, RL. Práticas de laboratório de análise sensorial de alimentos e bebidas. Universidade Federal de Viçosa: Imprensa Universitária, 1993. 81p. FARIA,E.V. Técnicas de Análise Sensorial. Campinas: ITAL/LAFISE, 2002. p.33-34. IAL. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz. Métodos Físico-químicos para análise de alimentos, 4º edição. São Paulo:IAL, 2005. p.296-299.
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