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Tipos de Peculato no Direito Penal

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Qualquer dúvida ou sugestão contate meu e-mail: luizav1lel4@gmail.com 
PECULATO 
 
Peculato apropriação: conforme dispõe o art. 312 “apropriar-se o funcionário público de 
dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, que tem posse em razão do 
cargo [...]” 
Pena: RECLUSÃO de 2 a 12 anos, e multa. 
 
No peculato apropriação, o funcionário público apropria-se (faz sua a coisa de outra pessoa, 
inverte o ânimo do objeto) de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de 
que tem posse em razão do cargo. Ex.: levar para casa notebook da Administração, levar o carro da 
Administração para casa etc. 
Se a apropriação se der por fraude, será no caso crime de estelionato; se decorrente de violência 
ou grave ameaça, será roubo ou extorsão; se tomou posse a partir do engano quanto à sua pessoa, 
coisa ou obrigação, há peculato mediante erro de outrem que se verá posteriormente. 
 
Peculato desvio: [...] ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio. 
Pena: Reclusão de 2 a 12 anos, e multa. 
Por sua vez, no peculato desvio o funcionário acaba desviando (alterando o destino) dinheiro, 
valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular de que tem posse em razão do cargo. O 
desvio deve ser feito em proveito próprio ou alheio, pois se feito em favor da Administração cometerá 
o crime de emprego irregular de verbas ou rendas públicas (art. 315, CP). 
 
Peculato de uso: a jurisprudência diz que há crime quando o uso não autorizado do bem público 
pelo funcionário público referir-se a bem fungível, assim, mesmo que ele restitua/devolva o bem ele 
irá responder pelo crime. Porém, se o funcionário usar bem infungível e depois devolver, não 
configura crime, pois a lei não pune mero uso, mas pune administrativamente. 
 
Peculato furto: conforme explicita o art. 312, §1º “aplica-se a mesma pena, se o funcionário 
público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja 
subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade 
de funcionário”. 
Portanto, se o funcionário subtrai (furta, tira, desapossa) ou concorre (colabora dolosamente 
com terceiro) para que seja subtraído o bem comete o artigo em questão. Nota-se que neste caso, ele 
não tem posse do bem, mas tem facilidade de acesso (portanto esse crime ocorre geralmente no 
horário de trabalho do funcionário), sem esse requisito, haverá furto comum. 
Ex. prático: se o autor entra na repartição pública em seu horário de trabalho e subtrai um 
computador, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário, comete 
peculato-furto. Se a subtração ocorrer durante um final de semana, com arrombamento da porta, 
comete furto, pois neste caso não se valeu da facilidade de sua função. 
 
Peculato culposo: tipificado no art. 312, §2º “se o funcionário concorre culposamente para o 
crime de outrem. 
Pena: DETENÇÃO de 3 meses a 1 ano. 
É um crime parasitário, isto é, para existir, depende da prática de outro delito. O funcionário 
concorre com o crime através de manifesta negligencia, imprudência ou imperícia, infringindo dever 
de cuidado objetivo, criando condições favoráveis a prática do peculato doloso, em qualquer de suas 
modalidades. 
Reparação do dano (§3º) “no caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se 
precede(antes da) à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade, se lhe posterior (depois da 
sentença), reduz de ½ a pena imposta. 
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Peculato mediante erro de outrem: configura o crime do art. 313 “apropriar-se de dinheiro ou 
qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem." 
Pena: RECLUSÃO de 1 a 4 anos, e multa. 
Nessa modalidade o funcionário recebe o valor por erro espontâneo de outrem, não havendo 
induzimento de terceira pessoa. Note-se que o funcionário precisa receber o dinheiro ou a utilidade 
em razão de sua função e não devolve ao proprietário. É condição necessária que ele tenha ciência de 
que o bem lhe foi entregue por engano. Ex.: a vítima entregar dinheiro que não precisava, ou entregar 
mais do que deveria e o funcionário, sabendo do erro, apropria-se. 
 
Peculato eletrônico(modificação de dados) (art. 313-A): “Inserir ou facilitar, o funcionário 
autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos 
sistemas informatizados ou banco de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem 
indevida para si ou para outrem ou para causar dano." 
Pena: RECLUSÃO de 2 a 12 anos, e multa. 
O sujeito ativo, além de ser funcionário, deve ter autorização para inserir (incluir dados falsos, 
pôr), alterar (modificar dados verdadeiros) ou excluir (apagar, omitir, retirar indevidamente) dados 
nos sistemas informatizados ou no banco de dados. Além disso, o funcionário também comete o crime 
se facilitar para que outra pessoa insira dados falsos no sistema. Note-se que funcionário 
almeja qualquer espécie de vantagem para si ou para outrem. 
Há perdão judicial caso o funcionário excluir culposamente dados sem causar danos ao 
erário. 
Particular que age sem o concurso de servidor público, pratica falsidade ideológica (art. 299, 
CP). 
 
Peculato eletrônico – hacker (art. 313-B ): “ modificar ou alterar, o funcionário, sistema de 
informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade 
competente”. 
Pena: DETENÇÃO de 3 meses a 2 anos, e multa. 
Nessa modalidade, o funcionário sem autorização ou solicitação modifica o sistema ou o 
programa de informática. No artigo anterior o agente não ingressa no sistema operacional, mas 
apenas nos arquivos. Neste artigo, o funcionário altera a própria programação de modo a 
modificar o meio e o modo de geração e criação de arquivos e dados. Esta figura aproxima-se 
mais do crime de adulteração física ou material. 
Majorante (§único): as penas são aumentadas de 1/3 a ½ se da modificação ou alteração resultar 
dano a Administração Pública ou para o administrado 
 
Observações: 
• Não existe peculato de bem imóvel. 
• Usar serviços ou mão de obra pública constitui improbidade administrativa, 
devendo a punição ficar restrita a esfera civil, administrativa ou política. 
• Não é necessário que o agente vise lucro e pouco importa se a vantagem 
visada é conseguida ou não; 
• Aos crimes contra a Administração Pública não se aplica o princípio da 
insignificância, ainda que o valor seja considerado ínfimo. 
• Embora a utilização de veículos, tratores e outras maquinas não configure o 
crime de peculato, pode-se dizer que o combustível consumido é objeto 
material do referido crime. 
• Não existe tentativa no peculato culposo 
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 Legenda 
Rosa = título ou cabeçalho 
Azul = palavra chave 
Verde = vocabulário 
Amarelo = definição 
Roxo = tópicos/sumário 
Laranja = coisas importantes (datas, atuantes, prazos etc.) 
 
 
 
Mapas Mentais 
 
Peculato 
eletrônico
modificar dados 
ou banco de 
dados 
alterando
excluindo
inserindo
facilitando 
qualquer conduta 
acima
visa qualquer 
vantagem
modificar sistema 
ou programa
altera sem prévia 
autorização
aumento de pena 
de 1/3 a 1/2 caso 
cause prejuízo
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doloso
apropriação
reclusão de 2 a 
12 anos e multa
tem posse 
legítima
desvio
reclusão de 2 a 12 
anos e multa
uso (não 
autorizado)
bem fungivel
há crime mesmo 
que ele restitua o 
bem
bem infungivel
não há crime 
penal, mas pune 
administrativame
nte
furto
furta ou colabora 
dolosamente para 
o furto
não tem posse 
legítima, mas tem 
facilidade de acesso
reclusão de 2 a 12 
anos, e multa
mediante erro 
de outrem
Reclusão de 1 a 4 
anos, e multa
recebe valor 
espontaneamente 
da vítima
necessário que 
funcionario tenha 
ciencia do erro de 
outrem
culposo
detenção de 3 
meses a 1 ano
manifesta 
negligência, 
imprudencia e 
impericia
se reparar o dano:
se reparar depois: 
pena diminui 1/2
se reparar antes 
de sentença 
irrecorrivel: 
estingue 
punibilidade

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