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Não venda ou alugue este material. Compartilhe conhecimento gratuitamente. (Hb. 13:16) Qualquer dúvida ou sugestão contate meu e-mail: luizav1lel4@gmail.com PECULATO Peculato apropriação: conforme dispõe o art. 312 “apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, que tem posse em razão do cargo [...]” Pena: RECLUSÃO de 2 a 12 anos, e multa. No peculato apropriação, o funcionário público apropria-se (faz sua a coisa de outra pessoa, inverte o ânimo do objeto) de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem posse em razão do cargo. Ex.: levar para casa notebook da Administração, levar o carro da Administração para casa etc. Se a apropriação se der por fraude, será no caso crime de estelionato; se decorrente de violência ou grave ameaça, será roubo ou extorsão; se tomou posse a partir do engano quanto à sua pessoa, coisa ou obrigação, há peculato mediante erro de outrem que se verá posteriormente. Peculato desvio: [...] ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio. Pena: Reclusão de 2 a 12 anos, e multa. Por sua vez, no peculato desvio o funcionário acaba desviando (alterando o destino) dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular de que tem posse em razão do cargo. O desvio deve ser feito em proveito próprio ou alheio, pois se feito em favor da Administração cometerá o crime de emprego irregular de verbas ou rendas públicas (art. 315, CP). Peculato de uso: a jurisprudência diz que há crime quando o uso não autorizado do bem público pelo funcionário público referir-se a bem fungível, assim, mesmo que ele restitua/devolva o bem ele irá responder pelo crime. Porém, se o funcionário usar bem infungível e depois devolver, não configura crime, pois a lei não pune mero uso, mas pune administrativamente. Peculato furto: conforme explicita o art. 312, §1º “aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário”. Portanto, se o funcionário subtrai (furta, tira, desapossa) ou concorre (colabora dolosamente com terceiro) para que seja subtraído o bem comete o artigo em questão. Nota-se que neste caso, ele não tem posse do bem, mas tem facilidade de acesso (portanto esse crime ocorre geralmente no horário de trabalho do funcionário), sem esse requisito, haverá furto comum. Ex. prático: se o autor entra na repartição pública em seu horário de trabalho e subtrai um computador, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário, comete peculato-furto. Se a subtração ocorrer durante um final de semana, com arrombamento da porta, comete furto, pois neste caso não se valeu da facilidade de sua função. Peculato culposo: tipificado no art. 312, §2º “se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem. Pena: DETENÇÃO de 3 meses a 1 ano. É um crime parasitário, isto é, para existir, depende da prática de outro delito. O funcionário concorre com o crime através de manifesta negligencia, imprudência ou imperícia, infringindo dever de cuidado objetivo, criando condições favoráveis a prática do peculato doloso, em qualquer de suas modalidades. Reparação do dano (§3º) “no caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede(antes da) à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade, se lhe posterior (depois da sentença), reduz de ½ a pena imposta. Não venda ou alugue este material. Compartilhe conhecimento gratuitamente. (Hb. 13:16) Qualquer dúvida ou sugestão contate meu e-mail: luizav1lel4@gmail.com Peculato mediante erro de outrem: configura o crime do art. 313 “apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem." Pena: RECLUSÃO de 1 a 4 anos, e multa. Nessa modalidade o funcionário recebe o valor por erro espontâneo de outrem, não havendo induzimento de terceira pessoa. Note-se que o funcionário precisa receber o dinheiro ou a utilidade em razão de sua função e não devolve ao proprietário. É condição necessária que ele tenha ciência de que o bem lhe foi entregue por engano. Ex.: a vítima entregar dinheiro que não precisava, ou entregar mais do que deveria e o funcionário, sabendo do erro, apropria-se. Peculato eletrônico(modificação de dados) (art. 313-A): “Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou banco de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano." Pena: RECLUSÃO de 2 a 12 anos, e multa. O sujeito ativo, além de ser funcionário, deve ter autorização para inserir (incluir dados falsos, pôr), alterar (modificar dados verdadeiros) ou excluir (apagar, omitir, retirar indevidamente) dados nos sistemas informatizados ou no banco de dados. Além disso, o funcionário também comete o crime se facilitar para que outra pessoa insira dados falsos no sistema. Note-se que funcionário almeja qualquer espécie de vantagem para si ou para outrem. Há perdão judicial caso o funcionário excluir culposamente dados sem causar danos ao erário. Particular que age sem o concurso de servidor público, pratica falsidade ideológica (art. 299, CP). Peculato eletrônico – hacker (art. 313-B ): “ modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente”. Pena: DETENÇÃO de 3 meses a 2 anos, e multa. Nessa modalidade, o funcionário sem autorização ou solicitação modifica o sistema ou o programa de informática. No artigo anterior o agente não ingressa no sistema operacional, mas apenas nos arquivos. Neste artigo, o funcionário altera a própria programação de modo a modificar o meio e o modo de geração e criação de arquivos e dados. Esta figura aproxima-se mais do crime de adulteração física ou material. Majorante (§único): as penas são aumentadas de 1/3 a ½ se da modificação ou alteração resultar dano a Administração Pública ou para o administrado Observações: • Não existe peculato de bem imóvel. • Usar serviços ou mão de obra pública constitui improbidade administrativa, devendo a punição ficar restrita a esfera civil, administrativa ou política. • Não é necessário que o agente vise lucro e pouco importa se a vantagem visada é conseguida ou não; • Aos crimes contra a Administração Pública não se aplica o princípio da insignificância, ainda que o valor seja considerado ínfimo. • Embora a utilização de veículos, tratores e outras maquinas não configure o crime de peculato, pode-se dizer que o combustível consumido é objeto material do referido crime. • Não existe tentativa no peculato culposo Não venda ou alugue este material. Compartilhe conhecimento gratuitamente. (Hb. 13:16) Qualquer dúvida ou sugestão contate meu e-mail: luizav1lel4@gmail.com Legenda Rosa = título ou cabeçalho Azul = palavra chave Verde = vocabulário Amarelo = definição Roxo = tópicos/sumário Laranja = coisas importantes (datas, atuantes, prazos etc.) Mapas Mentais Peculato eletrônico modificar dados ou banco de dados alterando excluindo inserindo facilitando qualquer conduta acima visa qualquer vantagem modificar sistema ou programa altera sem prévia autorização aumento de pena de 1/3 a 1/2 caso cause prejuízo Não venda ou alugue este material. Compartilhe conhecimento gratuitamente. (Hb. 13:16) Qualquer dúvida ou sugestão contate meu e-mail: luizav1lel4@gmail.comPeculato doloso apropriação reclusão de 2 a 12 anos e multa tem posse legítima desvio reclusão de 2 a 12 anos e multa uso (não autorizado) bem fungivel há crime mesmo que ele restitua o bem bem infungivel não há crime penal, mas pune administrativame nte furto furta ou colabora dolosamente para o furto não tem posse legítima, mas tem facilidade de acesso reclusão de 2 a 12 anos, e multa mediante erro de outrem Reclusão de 1 a 4 anos, e multa recebe valor espontaneamente da vítima necessário que funcionario tenha ciencia do erro de outrem culposo detenção de 3 meses a 1 ano manifesta negligência, imprudencia e impericia se reparar o dano: se reparar depois: pena diminui 1/2 se reparar antes de sentença irrecorrivel: estingue punibilidade
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