Buscar

Agenciamento Resumo Ap2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Agenciamento – Ap 2
Aula 4: Tecnologias da Informação e Comunicação
A Internet e várias outras tecnologias são consideradas essenciais no cotidiano da maioria das pessoas e dificilmente conseguiríamos imaginar como seria viver sem as facilidades e comodidades que essas “inovações” proporcionam.
As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) trouxeram novas dinâmicas, cadências, formas de agir, gerir, planejar e operacionalizar a vida de grande parte da população mundial em todos os níveis, desde o pessoal até o profissional, desde a microempresa até as grandes corporações.
Todo esse contexto está inserido em um fenômeno que alguns autores identificam como a “era da informação” sendo que a difusão e a comunicação das informações e as formas de fazê-lo são as características principais e mais proeminentes das sociedades de nosso tempo.
As características do produto turístico o diferenciam de grande parte dos outros bens de consumo e serviços e coloca – para o alcance de qualidade e excelência – a troca de informação e a comunicação eficaz como instrumentos fundamentais para a formatação, comercialização e operacionalização dos serviços turísticos.
Assim, comunicar-se e ter informações corretas e fundamentadas é vital para o sucesso da atividade turística, e neste sentido as TIC tornaram-se imprescindíveis.
“Sine qua non” é uma expressão latina que significa “sem o qual não pode ser”. Remete a algo imprescindível para a existência ou concretização de alguma ação, ideia, etc.
O Telégrafo e o Código Morse
Uma das primeiras TIC criadas foi o Telégrafo. O aparelho foi por muito tempo a principal forma de comunicação em muitos países. Inspirado no aparelho, Samuel Morse, criou o código de comunicação que leva o seu nome.
O código Morse baseia-se na sonorização do alfabeto. Assim, cada letra tem seu sinal sonoro correspondente, e desta forma, cada combinação de sinais forma um caractere. O eficiente método tornou-se padrão entre os telégrafos e até hoje é utilizado na comunicação entre navios em alto mar. Também foi muito utilizado em guerras para transmissão de informações estratégicas.
A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
A sociedade do conhecimento: “trouxe consigo a velocidade do tempo real, com amplas possibilidades de controle, armazenamento e liberação de acesso a múltiplos conjuntos de informações. Cada vez mais, essas possibilidades tornaram-se alguns dos vetores mais importantes na definição da produtividade das economias nacionais, e a informação configurou-se como o principal ativo das empresas e países na sua busca por maior competitividade”.
O acesso a múltiplos pontos de informação é uma das características principais de nossos tempos já que, antes dessa “nova era”, o acesso a obtenção de informação era muito mais limitado. O controle, o armazenamento e a liberação desse conteúdo podem ser feito em tempo real e o domínio desse processo é uma forma contundente de se garantir a competitividade e riqueza em uma realidade global.
= A sociedade do conhecimento é aquela que deixou a agricultura, e posteriormente a industrialização, para basear-se na manipulação da informação como atividade econômica principal. Assim como nas antigas bases econômicas (agricultura e industrialização), a sociedade do conhecimento possui também seus excluídos (aqueles não têm acesso às informações e, consequentemente, aos ganhos econômicos) e os incluídos (que detém as informações e os meios de manipulá-la). A esse fenômeno dá-se o nome de “divisão digital”.
= A “sociedade da informação” está mais ligada às invenções e inovações tecnológicas, enquanto que a “sociedade do conhecimento” se refere a esse contexto e às transformações que este provoca nas diferentes dimensões da realidade como a social, cultural, política, econômica, etc.
Invenção e inovação
“É importante saber que existe uma diferença entre invenção e inovação. Quando algo novo é criado por uma pessoa, chamamos de invenção; quando tal produto chega a ser comercializado é denominado inovação”.
Assim, vivemos em uma época em que o acesso e domínio da informação e comunicação são os pilares do crescimento e desenvolvimento econômico. Neste contexto, as TIC são peças indispensáveis e cruciais para a gestão de países, empresas e até mesmo da administração da vida de cada individuo, não podendo ser ignoradas ou menosprezadas.
AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) NO TURISMO
As TIC no Turismo causaram enorme impacto e modificaram todos os processos de trabalho das empresas da área.
O telefone era a principal forma de comunicação e possuía um custo altíssimo. A maioria esmagadora da população não tinha acesso a essa tecnologia. Também os computadores ainda eram “coisa” de ficção científica, só vista em filmes ou em renomadas universidades dos países desenvolvidos.
Porém, o potencial das TIC era tão evidente que os investimentos em seu desenvolvimento foram altíssimos, o que proporcionou o seu rápido progresso, e principalmente nos países ricos, sua popularização tornou-se realidade em pouco tempo. Um grande passo nesse sentido foi a melhoria dos computadores que invadiram as empresas e casas em versões pequenas e de uso pessoal (Personal Computes – PCs) e o telefone que passou a ser algo corriqueiro no cotidiano das pessoas, criando bases para que as TIC se consolidassem.
COMPUTER RESERVATION SYSTEM (CRS)
Com tamanhas dificuldades e com uma oportunidade de crescimento e expansão subaproveitada, as companhias aéreas foram às pioneiras na área de Turismo a buscar nas então surgidas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) a solução de boa parte dos problemas de gestão e comercialização de seus produtos.
Os softwares que essas máquinas utilizavam poupavam tempo, cruzavam dados, e conferiam uma velocidade muito grande a um trabalho feito até então de forma manual. Assim, as companhias aéreas passaram a investir na criação de softwares que atendessem as suas necessidades, dinamizando a gestão de suas empresas e o relacionamento com os clientes que, nessa época, eram majoritariamente as agências de Turismo.
Os CRS são sistemas computadorizados que armazenam e geram informações, e conduzem transações relacionadas às necessidades das empresas aéreas.
A agilidade adquirida e a redução dos custos proporcionada por essa TIC gerou lucros maiores que foram reinvestidos em aeronaves mais modernas, em treinamento e qualificação dos funcionários, e diminuição dos custos de manutenção dos equipamentos, o que tornou o serviço prestado mais barato e acessível a mais pessoas, gerando um ciclo de crescimento.
Os investimentos nos CRS passaram a ser cada vez maiores, o que os tornou mais eficazes e eficientes, e impulsionaram seu crescimento, mas mesmo assim ainda existiam algumas barreiras que precisavam ser transpostas.
Essas barreiras diziam respeito à comunicação entre as companhias aéreas, à necessidade de saber quais os voos cada uma operava e às modificações que ocorriam como, por exemplo, voos cancelados ou atrasados.
Outro obstáculo era a dificuldade de se realizar vendas conjuntas, já que nem todas as companhias vendem todos os destinos.
GLOBAL DISTRIBUTION SYSTEM (GDS)
=SABRE, AMADEUS, GALILEO, entre outros softwares.
Todos esses nomes citados referem-se aos principais GDS operantes no mercado de Turismo, que o influenciam e o configuram, além de serem ferramentas de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).
Os GDS podem ser considerados um grande Computer Reservativo System (CRS), utilizado por várias companhias. Como cada empresa tinha seu CRS e precisava se comunicar com suas parceiras de forma eficaz, foi criado um sistema informatizado que as colocava em contato e permitia a troca de informações, surgindo assim os GDS (Global Distributivo System).
Com os CRS, o dia-a-dia das companhias e sua gestão foram agilizados e trouxeram muitos benefícios aos passageiros. Porém, para os agentes, que era o principal canal de distribuição e elo comercial entre cliente – empresa aérea/hotel, ainda era complicado entrar em contato comdiversas companhias e meios de hospedagem para realizar uma venda. Na década de 1960, nas grandes “companhias aéreas”.
Os GDS são sistemas informatizados, on-line, que armazenam, disponibilizam e controlam informações de várias prestadoras de serviços turísticos permitindo a consulta simultânea em mais de uma empresa para um mesmo produto/serviço a ser pesquisado, reservado e comprado.
Os principais GDS que surgiram no mercado resultaram da união dos interesses e trabalhos de várias companhias aéreas que se mobilizaram para criar esses sistemas. 
= As principais funções dos GDS quando do seu surgimento até os dias atuais são basicamente:
- Reserva e emissão de passagens/e-ticket em todas as companhias aéreas; - Reserva de hotéis e pacotes, locação de veículos e venda de seguros; - Cálculo e seleção de melhores tarifas;
- Solicitação de serviços especiais; - Impressão de itinerários.
Baseados nessas funcionalidades e conferindo agilidade, rapidez e diminuição de custos na cadeia de produção do Turismo, os GDS ganharam enorme poder no setor.
Como os GDS inicialmente estavam ligados a grupos de companhias aéreas, problemas relativos ao favorecimento das empresas controladoras desses sistemas começaram a surgir.
A justiça americana determinou que sistema globais de distribuição (os GDS) deveriam se emancipar de suas companhias aéreas administradoras. Desse modo, nenhuma empresa seria favorecida ou prejudicada na comercialização de serviços e produtos realizados através dessa ferramenta.
Neste novo cenário, os GDS passaram a depender exclusivamente dos serviços que ofereciam e das facilidades inerentes a estes, sem contar com o apoio e suporte das antigas companhias aéreas mantenedoras.
MAIS MUDANÇAS NA CADEIA DE DISTRIBUIÇÃO DO TURISMO...
Tudo andava muito bem para os agentes de Turismo e GDS até que os fornecedores/prestadores de serviços e produtos turísticos – a base da cadeia de distribuição - perceberam que poderiam utilizar as TIC em seu favor e se tornarem mais independentes dos intermediários.
Assim, os hotéis, as companhias aéreas, locadoras de carros, entre outros, passaram a desenvolver ferramentas tecnológicas que pudessem ser disponibilizadas diretamente ao consumidor final através da Internet, centrais telefônicas etc.
Uma das formas de alcançar o consumidor final encontrada pelos fornecedores foi à criação de sites próprios que permitissem a venda dos serviços de forma simplificada e de fácil entendimento ao cliente.
O preço convidativo das companhias aéreas de baixo custo, a exemplo da Gol, fora conquistado reduzindo-se os gastos, inclusive mediante a não utilização dos GDS, e isso passou a ser uma excelente forma de propaganda e divulgação dessas empresas. Isto promoveu seu crescimento, obrigando a adaptação da concorrência, e criando uma nova mentalidade no consumidor final, a de independência em relação aos intermediários.
Essa nova configuração de mercado, com o tempo, também passou a atingir os agentes de Turismo, pois os fornecedores perceberam que por meio dos sites e serviços telefônicos, os serviços desses intermediários também poderiam ser “eliminados”. Neste sentido, deu-se início à redução das comissões pagas aos agentes até o corte total.
Com mais essa alteração, o mercado de Turismo ampliou-se outra vez, criando novos canais de comunicação entre os diversos componentes da cadeia de distribuição, redefinindo papéis e relações de poder.
Neste ponto, com alguns prestadores não oferecendo seus serviços no GDS e, em alguns casos, oferecendo apenas parcialmente, em um desses sistemas (SABRE, GALILEO, AMADEUS, etc.), o agente volta a ter de realizar várias pesquisas assim como fazia antes dos GDS, aumentando seus custos e diminuindo sua produtividade.
Procedimentos para realizar o seu trabalho: - Pesquisar a existência de tarifas negociadas que a agência possa ter com cada companhia aérea; - Pesquisar as tarifas negociadas que seu consolidador lhe repassar; - Pesquisar disponibilidade e tarifas nos GDS; - Se o GDS não for SABRE, verificar disponibilidade e tarifas diretamente no site da Gol; - Pesquisar a existência de tarifas Web (mais baratas que as dos GDS) nos sites da TAM e da Gol; - Pesquisar disponibilidade e tarifas no Reserva/Web (GDS utilizado por companhias aéreas de pequeno porte e regionais); - Realizar reserva no sistema que tiver as melhores condições; - Emitir o bilhete no sistema em que foi feita a reserva (com exceção dos e-ticket TAM, que são emitidos em outro sistema).
E O QUE O FUTURO RESERVA?
As TIC trouxeram inúmeras transformações tanto para o mercado de Turismo quanto para a vida das pessoas de forma geral.
Uma das modificações ocasionadas pela sociedade do conhecimento é que previsões ou qualquer forma de projetar o futuro de forma precisa tornou-se perigosa.
A única certeza que temos, em qualquer campo de trabalho, é que as mudanças são incessantes e a constante reinvenção de papéis e funções é imperativa. Neste contexto, o agente de viagens precisa lidar com uma quantidade cada vez maior de variáveis e de concorrentes.
É necessário termos um roteiro, um caminho a seguir, até chegarmos às respostas mais próximas da realidade. Em primeiro lugar, é preciso estar muito claro qual o tipo de empresa que se tem e quais objetivos se quer atingir.
Uma operadora tem diferentes necessidades de uma agência revendedora de pequeno porte, assim como de uma consolidadora. Identificar as necessidades de cada tipo de empresa de agenciamento de Turismo é fundamental para a escolha e aquisição da TIC mais adequada.
Identificado o tipo da agência, é preciso definir os objetivos e a meta que se quer alcançar. Os objetivos representam o “lugar” aonde se quer chegar e, a meta, de onde sairemos e para onde iremos.
Com os objetivos definidos, pode-se iniciar a etapa de pesquisa e seleção da tecnologia mais adequada. 
A pesquisa pode e deve ser realizada em vários meios. A internet é uma fonte rica, assim como os próprios GDS, além de outros agentes e livros especializados. É essencial não deixar essa pesquisa, e, sobretudo a decisão pela implementação de uma TIC, a cargo de um técnico.
Escolhido o sistema, deve-se implementá-lo e para isso o treinamento dos funcionários e a seleção de um responsável dentro da empresa para gerir e controlar esse processo é fundamental. Uma tecnologia mal implementada traz prejuízos e problemas de difícil resolução. Planejar bem esse processo e controlá-lo a fim de que a solução buscada em uma ferramenta tecnológica não se torne um transtorno, é uma medida necessária. Neste momento, a consultoria de especialistas pode ser muito vantajosa.
Alguns itens essenciais que qualquer empresa de agenciamento deve considerar ao escolher uma ferramenta tecnológica: - Identificar as necessidades da empresa e o porquê de se comprar um software/TIC. - Avaliar o custo total desse investimento: o valor inicial, o valor de manutenção, o custo do suporte técnico, do licenciamento e qual a periodicidade em que este último deve ser renovado ou cancelado. - Considerar a compatibilidade do sistema a ser adotado com os equipamentos e softwares já existentes na empresa e o tempo que cada funcionário levará para usá-lo de forma satisfatória. - Buscar referências da empresa fornecedora da tecnologia, conhecer sua reputação e imagem, e o grau de satisfação de seus clientes.
Também se pode considerar o desenvolvimento de um software próprio. 
MUDANÇAS, MUDANÇAS E MAIS MUDANÇAS... E O FUTURO?
No Turismo essa mesma lógica se impõe e as TIC causaram grande impacto nesse mercado, aumentando e flexibilizando a cadeia de distribuição dos produtos/serviços turísticos e, consequentemente, alterando as relações de poder.
As TIC não devem ser vistas como inimigas ou algo ruim que afetou as empresas de agenciamento de Turismo, e sim como uma condição imposta e modeladora das relações sociais de nosso tempo que precisam ser aceitas e incorporadas.
As mudanças no mercado são inevitáveis, porém elas acontecem com uma velocidade muito maior na atualidadedo que aconteciam há 60, 70 anos, justamente por termos desenvolvido meios de produzir, distribuir e manipular conhecimento e informação.
As agências de Turismo, em geral, já estão se adaptando a essa nova realidade e com criatividade e estratégia de ação conseguirão se manter no mercado e ter seu espaço, mesmo que este seja reduzido.
Aula 7: Procedimentos para obtenção de vistos, seguros em outros serviços oferecidos pelas Agências de Turismo (passes, locação de veículos, excursões, cruzeiros).
Viagens Nacionais e América do Sul
Para cidadãos do cone sul, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai e Chile, é necessário apenas apresentar um documento de identidade ou passaporte válido para as viagens entre estes países membros.
Viagens Internacionais
Agora vamos conversar sobre estes procedimentos. São necessários passaporte, vistos e vacinas. O Passaporte é indispensável para qualquer viagem no exterior.
Passaporte - Queremos informá-los quanto a obtenção de passaporte. Vejamos quais são os documentos exigidos pela legislação através do Departamento de Polícia Federal, a fim de que você possa tirar o seu passaporte.
Para uma pessoa obter o seu primeiro Passaporte, poderá passar nos postos dos Correios e adquirir o "Kit de Remessa de Documentos". Este procedimento apresenta comodidade para pessoas que residem em localidades onde não há postos de atendimento da Polícia Federal.
Este Kit tem um formulário de requerimentos de Passaporte e uma listagem de que é necessário para a sua obtenção.
“Procure sempre viajar com uma cópia autenticada de seu passaporte, deixando o original em lugar seguro”. Em caso de perda ou furto de passaporte, você deverá apresentar a cópia autenticada do documento, além da ocorrência policial, para que lhe seja concedido um novo passaporte. Se não lhe for possível apresentar esses documentos ou suas cópias, será concedida uma Autorização de Retorno ao Brasil, que é válida unicamente para imediato regresso ao Brasil, caso você não esteja devidamente matriculado no consulado.
Vacinas
Nem todos os países exigem atestado de vacina. Por esta razão, é preciso que o viajante busque no Consulado do país para onde vai, informações sobre a necessidade ou não de vacinar-se.
Autorização para viagens de menores
Menores de 12 anos não podem viajar sem autorização dos pais ou representantes legais, dentro de território brasileiro.
- Pais ou responsáveis: Quantos aos procedimentos são diversificados consideramos de grande relevância os pais ou responsáveis procurarem na Vara da Infância e da Juventude da localidade de embarque. Se as exigências não forem cumpridas o menor NÃO poderá viajar.
Visto
Não há uma uniformidade entre os países para obtenção de Vistos. Isto varia de país para país.
Como os consulados estão cada vez mais exigentes na concessão de vistos e de seu prazo de validade, faz-se necessário providenciá-lo com antecedência.
É importante observar que, embora alguns países não exijam visto para turistas, se você for estudar, trabalhar ou residir permanentemente em outro pais, precisará de um visto específico concedido pelo consulado estrangeiro no Brasil.
Passagens
- Troca de Moedas
-O dólar é uma moeda que é aceita em todos os países. -Para a segurança dos viajantes, eles devem usar moedas de valor mais baixo e parte da quantidade deve ser levada em cheque viagem, porque em caso de perda pode ser sustado (suspenso). 
- Seguros
Quando viajamos independente do motivo, estamos constantemente expostos a imprevistos, pois viajar implica uma série de mudanças de hábitos. Por isso, o ideal é fazer um seguro-viagem, principalmente nas viagens internacionais, para que o passageiro possa ter cobertura: médica e hospitalar, jurídica, financeira, de extravio de bagagem e seguro de vida. Desta forma o Agente de viagens torna-se uma figura importante para o viajante, uma vez que o custo benefício é baixo.
- Hospedagem
Importante como a escolha de destino turístico, do transporte é a escolha de um meio de hospedagem (hotel, pousada, resort, etc.) com acomodações e preços que atendam às suas necessidades.
O seu gasto com a Agência será compensado com a sua tranquilidade e conforto.
O pagamento das reservas deve ser feito apresentando o voucher ou através de cartão de crédito. Para as empresas nacionais pode ser faturado. Itens a serem conferidos pelos viajantes no seu voucher: • o hotel escolhido; • o tipo de apartamento; • datas de check-in (entrada do hóspede no hotel) e checo-out (saída do hóspede); • importância paga.
O viajante só poderá lutar pelos seus direitos, no caso de sentir-se lesado em alguma coisa, de posse desses dados. 
- Bagagem
O passageiro, de um modo geral, já sabe que: • as malas são despachadas no local onde é feito o check-in e que vão ser transportadas como carga no avião; • pode levar bagagem de mão.
Tanto uma quanto a outra precisar ser devidamente identificadas (nome, endereço, completo e telefone), pois assim o passageiro poderá ser localizado em caso de extravio da bagagem.
Malas
As malas devem ser fechadas com chave e/ou cadeado. Se preferir, poderá pedir um lacre no momento do check-in.
No momento em que a bagagem é despachada o passageiro deve conferir dados que indicam o destino de bagagem. Cada volume deve ter o seu próprio comprovante.
Bagagem de mão
Objetos valiosos ou frágeis devem ser transportados na bagagem de mão. Esse transporte é gratuito. Mas, esta bagagem não deve ser pesada (máximo 5 Kg), caso algum compartimento se abra ou em um momento de turbulência.
= Não é permitido levar na bagagem de mão: 
• tesouras; 
• objetos pontiagudos; 
• alicates de unha, etc.
= Pode levar na bagagem de mão: 
• agasalhos; 
• cadeira de rodas desmontadas; 
• andadores desmontados; 
• guarda-chuva, bengalas; etc.
= É proibido transportar na viagem: • venenos; • gás comprimido (spray para cabelo, por exemplo); • material corrosivo; • fogos de artifício; etc.
Jamais alguém deve aceitar levar bagagem de outras pessoas, mesmo conhecidas, cujo conteúdo não seja do seu conhecimento.
Isto pode lhe causar incomensuráveis problemas. A perda da liberdade, por exemplo.
Os passageiros que tiverem suas bagagens extraviadas deverão informar este fato à companhia aérea responsável pelo voo, antes de sair da área de desembarque.
Em caso de dúvida: • consulte seu agente de viagens; • consulte a companhia aérea.
Locação de Veículos
O mercado de veículos é uma atividade altamente dependente do Turismo. Em função desta grande sinergia existente entre estes setores, algumas locadoras efetuam parcerias com as empresas aéreas por meio de vendas conjuntas de seus produtos. Os pacotes “fel drive” oferecem a venda de passagens aéreas conjuntamente com a locação de veículos.
Outra forma de leasing utilizada é quando o usuário aluga um veículo, ou mesmo qualquer outro bem, por longo período de tempo e, no final do contrato, recebe a opção de compra do mesmo.
Idade mínima: no Brasil, a maioria das locadoras só aluga automóveis para maiores de 21 anos, idade considerada para responsabilidade civil. Isto ocorre apesar da legislação permitir que maiores de 18 anos dirijam. 
Cruzeiros Marítimos
Outro produto turístico que uma agência dispõe são as viagens em navios luxuosos e confortáveis. É um produto que o brasileiro começou a descobrir.
Oferecem vários restaurantes com um mínimo de 5 refeições diárias, bares, teatros com inúmeros shows, sala de estar, discoteca, capelas, salões de beleza, fisioterapia, cassino, piscinas normais e hidromassagem, quadras para esportes, circuito de golfe, tiro ao alvo, sala de jogos infantis, etc.
Transporte Ferroviário
Os trens, que há pouco tempo atrás eram utilizados apenas como meio de transporte, hoje são considerados atrações turísticas. Estamos referindo-nos a trens com os modernos Trens Bala ou Trens de Grande Velocidade (TGV) e o Enrostar. 
Em algumas cidades do mundo, os bondes urbanos são considerados um meio de transporte com grande interesse turístico. O “bondinho” de Santa Teresa, no Rio de Janeiro,oferece além de suas viagens regulares, um pacote turístico em que se pode percorre suas linhas com uma visita guiada.
Aula 8: CARGOS E FUNÇÕES DO SETOR DE AGENCIAMENTO DE TURISMO.
COMPETÊNCIA E HABILIDADES
 Competência é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos - como saberes, habilidades e informações - para solucionar com pertinência e eficácia uma série de situações.
Assim, a competência está atrelada diretamente à habilidade, tendo a primeira a capacidade de mobilizar a segunda. 
 Competência pode ser explicada como um saber que se traduz na tomada de decisões, na capacidade de avaliar e julgar.
 A habilidade é o conhecimento específico sobre um tema. Já a competência é a capacidade do indivíduo de usar esse conhecimento que ele possui em relação a cálculos para resolver um problema financeiro na empresa em que atua. 
A primeira, oriunda da Escola Nova que dá ênfase à prática, objetivando preparar os indivíduos por meio da metodologia da resolução de problemas para agir em situações novas e inesperadas e a segunda, chamada de “tecnicista”, que tem seu foco no saber fazer dos indivíduos e estabelece objetivos gerais bem delimitados que deverão ser alcançados.
Logo, formar por meio das “competências e habilidades” seria uma maneira de adaptar a mão de obra às vagas cada vez mais escassas e à competição a cada dia mais acirrada no mercado. Aquele que “sabe-fazer” o que o mercado exige em um determinado momento histórico obterá sua chance, eliminando os demais.
“Qualidade total”: Utiliza programas, métodos e ferramentas que buscam obter a melhor qualidade com o menor custo possível. 
CARGOS E FUNÇÕES NO SETOR DE AGENCIAMENTO DE TURISMO
Os cargos e funções de empresas que atuam com agenciamento de Turismo podem variar de acordo com o tamanho desses empreendimentos. Se a agência é pequena e tem como foco principal de trabalho a revenda de serviços, provavelmente terá poucos funcionários (de dois a quatro) e eles serão responsáveis por praticamente todas as atribuições da empresa. Caso a estrutura da empresa seja maior, o número de cargos e funções aumenta e algumas tarefas e responsabilidades passam a se diferenciar. “Árvore de competências”, da ABAV: é fruto de um extenso trabalho de pesquisa promovido por esta instituição. Ele visa promover e fortalecer o trabalho dos profissionais do setor de agenciamento de Turismo, além de aumentar a capacidade produtiva e a eficácia das empresas desse mesmo setor. 
- Gerente Geral: Tem como principal função gerir a empresa. Deve controlar, planejar, dirigir, organizar e promover a empresa, mantendo a adequação da sua estrutura, a preservação de sua cultura, buscando sua ascensão e projeção no mercado.
- Assistente Administrativo-Financeiro: Atua na operação do caixa, dos serviços financeiros e administrativos. Deve efetuar e receber pagamentos, cancelamentos, reembolso entre outras operações financeiras.
- Promotor de viagens: Tem como principal tarefa a promoção de produtos e serviços turísticos, utilizando diferentes técnicas de comunicação de acordo com o perfil do cliente, assim como selecionar os melhores serviços e produtos de acordo com este perfil. 
- Executivo de contas corporativas: Função presente em agências que têm como foco de negócio o segmento de viagens corporativas.
- Assistente de Marketing: Divulga serviços e produtos de Turismo utilizando várias ferramentas (internet e outras formas de divulgação) para divulgar e promover os serviços e produtos da empresa.
- Agente de Viagens: Vende produtos e serviços turísticos utilizando estratégias de vendas consonantes à política da empresa, assim como recolher as informações necessárias para atender às necessidades do cliente de forma eficaz.
- Consultor de viagens: Presta consultoria de viagens aos clientes, captando-os, conhecendo o perfil e as necessidades desses.
- Operador de Receptivo: Operacionaliza serviços de receptivo atendendo às demandas dos turistas no local de destino, definindo o roteiro de acordo com os meios de locomoção, horário, perfil do turista, custos, entre outros aspectos.
- Emissor de Consolidadora: Atua emitindo bilhetes e vouchers dos produtos e serviços da consolidadora, aplicando as regras tarifárias pertinentes, além de prestar informações precisas e completas aos clientes;
- Atendente: Realiza o atendimento inicial ao cliente e dá apoio às demais funções.
As competências gerais, transversais e específicas do setor de agenciamento de Turismo
As competências gerais são aquelas que são exigidas por todas as funções dentro do mercado turístico independentemente do setor específico.
Devem ser base para o trabalho em agenciamento de Turismo, meios de hospedagem, lazer e entretenimento, transportes, alimentos e bebidas, enfim, em todas as dimensões do mercado de Turismo.
Já as competências transversais são aquelas que envolvem todas as funções ligadas diretamente ao setor de agenciamento de Turismo e as competências específicas são aquelas atribuídas ä uma determinada função não podendo ser generalizadas (tais competências já foram explicitadas aqui na descrição das tarefas de cada cargo/função).
Competências Gerais
São elas:
- Manter boa apresentação pessoal: A apresentação pessoal é de grande relevância para quem trabalha com o público, como em nosso caso.
Já nas outras funções, procure seguir o padrão da empresa, e sempre ter bom senso. Caso seja necessário usar uniforme, mantenha-o limpo e bem cuidado.
- Permanecer eficaz em ambiente de mudança: Essa competência diz respeito a saber mobilizar todas as suas habilidades e conhecimentos para se adaptar às variações do mercado.
- Comunicar-se bem: É importante utilizar o vocabulário adequado ao perfil de seu cliente, fornecedor e colega de trabalho expressando suas ideias de maneira clara, objetiva e polida tanto na comunicação oral quanto na escrita.
- Criar e Inovar: Buscar novas formas de realizar suas tarefas e deste modo trazer melhores resultados para você e para a empresa é o objetivo dessa competência.
- Manter comportamento profissional adequado: Ter paciência, concentração, capacidade de decisão, pontualidade, discrição, diplomacia, empatia, confiabilidade, dar atenção e saber ouvir são comportamentos profissionais adequados e necessários para o sucesso de qualquer profissional.
- Agir com ética e respeito à cidadania: Essa competência está relacionada a aceitação e respeito às diferenças culturais, sociais, políticas, religiosas e econômicas.
- Atender o cliente: São fundamentais para o crescimento e solidificação de qualquer empresa: conhecer e identificar as demandas dos seus clientes reais ou potenciais; responder as solicitações destes de forma rápida e ágil; ETC.
- Trabalhar em equipe: Saber escutar os companheiros, ter flexibilidade e capacidade de se colocar no lugar do outro são habilidades fundamentais para se trabalhar em equipe.
- Gerar documentos e relatórios: São ações básicas para qualquer função na área de Turismo: pesquisar, registrar e avaliar dados da empresa, bem como arquivá-los.
- Dominar as tecnologias da informação e comunicação: Caracterizam essa competência utilizar diferentes equipamentos e ferramentas tecnológicas para a melhoria da comunicação com clientes, fornecedores e equipe de trabalho, etc.
- Implementar política de qualidade: Envolve a participação direta na definição dos padrões de qualidade da empresa; a elaboração de novos produtos e serviços.
Competências Transversais
As competências transversais são aquelas que envolvem todas as funções ligadas diretamente ao setor de agenciamento de Turismo. 
 Reservar Produtos e Serviços Turísticos: Isso implica em saber: registrar as solicitações de reserva detalhadamente (número de pessoas, datas, local, forma de pagamento) controlando todas as trocas de informação entre você e o cliente; pesquisar as melhores tarifas para o cliente; etc.
 Operar sistemas de reservas: Para tanto, é preciso conhecer e operar ao menos um GDS (Global Distributivo System), reservandoserviços, cotando tarifas, calculando preços e finalizando as vendas.
 Operacionalizar produtos turísticos: São habilidades relacionadas à operacionalização dos produtos turísticos: assessorar o cliente quanto à documentação de viagem e bagagens; confirmar serviços e produtos comprados e repassar todas as informações relativas a esses, etc.
 Vender produtos e serviços turísticos: São habilidades necessárias: utilizar e prezar pela execução da política de venda da empresa; informar as características, restrições e condições dos produtos e serviços vendidos aos clientes assegurando o cumprimento do Código de Defesa do Consumidor e as prerrogativas legais; garantir a satisfação do cliente, etc.
 Manter rede de parceiros e fornecedores: Para tanto é preciso: pesquisar, identificar e selecionar de forma criteriosa os fornecedores prezando sempre pela qualidade dos produtos e serviços avaliando o desempenho destes; estabelecer parcerias, visitando os atuais possíveis parceiros e/ou fornecedores, etc.
 Comunicar-se em outros idiomas: O domínio de idiomas estrangeiros (leitura e escrita) para se comunicar de maneira eficiente com cliente, fornecedores e parceiros é uma excelente ferramenta na busca por bons resultados em negociações e vendas; etc.
 Promover produtos e serviços turísticos: São formas de promoção: saber comunicar-se com seu público alvo levando as informações relevantes sobre produtos e serviços por meio do uso de diversas técnicas e mídias; assegurar que as informações divulgadas são seguras, etc.
 Operar o caixa: É preciso saber programar e efetuar pagamentos assim como recebimentos e reembolsos e/ou cancelamentos de acordo com a política da empresa e de seus parceiros e fornecedores.
 Operar serviços financeiros e administrativos: São habilidades necessárias: gerir, acompanhar, analisar, calcular e controlar contratos, contas, margem de lucro e retorno de investimentos; conferir faturas, pedidos, cobranças, taxas, etc.
 Assessorar na organização e realização de eventos: Para tanto, é preciso prestar assessoria quanto às orientações técnicas sobre agenciamento bem como prestar os serviços relativos a isso, promovendo a divulgação e venda, a coordenação de equipes, etc.
Exercício da apostila 
(a)	Competência (b) Competência Transversal 
(a) Dominar tecnologias de comunicação e informação
(b) Operar o caixa
(a) Atender o cliente
(a) Permanecer eficaz em ambiente de mudança
(b) Comunicar-se em outros Idiomas
(b) Operar sistemas de reserva
(b) Competência Transversal 
(b) Fazer reservas de produtos e serviços turísticos
Lembre-se sempre que a competência geral é aquela que todo profissional do setor de Turismo precisa ter e as competências transversais são aquelas que todo profissional de agenciamento deve desenvolver.
Exercício da apostila
- Vender produtos e serviços turísticos ( ) HABILIDADE (X) COMPETÊNCIA
- Oferecer produtos e serviços que atendam a necessidade do cliente: (X) HABILIDADE ( ) COMPETÊNCIA
- Selecionar parceiros e fornecedores que tenham política de qualidade semelhante a da empresa em que você atua: (X) HABILIDADE ( ) COMPETÊNCIA
- Prestar informações exatas e precisas sobre os roteiros de viagens e produtos e serviços adquiridos pelo cliente: (X) HABILIDADE ( ) COMPETÊNCIA
- Gerir empresas de prestação de serviços de agenciamento e operações turísticas: ( ) HABILIDADE (X) COMPETÊNCIA
- Utilizar as Tecnologias de Informação e Comunicação de maneira eficaz: ( ) HABILIDADE (X) COMPETÊNCIA
Lembre-se que a habilidade é a capacidade de se fazer algo específico, por exemplo, “pesquisar e buscar as melhores tarifas e preços”. Já a competência é a capacidade de utilizar essa habilidade e outras que o indivíduo tenha para resolver uma situação cotidiana e/ou alcançar um objetivo que se deseja, como “vender produtos e serviços turísticos”.
Aula 9: Operação de Receptivo
Uma Agência de Receptivo é composta por: 
· um diretor; 
· departamento de vendas; 
· setor comercial; 
· setor de receptivo; 
· departamento financeiro; 
· departamento administrativo e 
· serviços gerais.
Como tema central desta aula é Operação de Receptivo, vamos nos deter neste setor.
Empresas de Receptivo são Agências voltadas a oferecer tudo o suporte de serviços e infraestrutura ao turista que chegou ao seu destino.
Vamos ver qual é o caminho....
O passageiro compra sua passagem. Além dela ele pode comprar um pacote turístico. O que pode ter neste pacote? · passagem aérea; · translado (transferi); · suporte de Guias locais; · hotel; · cit. Tour (passeios na cidade); · ingressos para shows ou outros eventos; · ingressos para visitas a museus; · check-in antecipado; · transfere-out; · despacho de bagagens; · reconfirmarão de voos, a fim de evitar possíveis transtornos no embarque deste passa passageiro, na sua volta para casa,
Caso a pessoa chegue ao seu destino e queira ampliar suas opções de atividades, terá direito ao suporte da Agência de Receptivo, que lhe dará as sugestões de que necessita.
Empresas de receptivo são aquelas que se dedicam a trabalhar e a recepcionar visitantes provenientes de outras partes do país ou do exterior. Executam serviços de traslados entre os pontos de desembarque e os hotéis, reservam hotéis, realizam passeios nas cidades e arredores. Comercializam o patrimônio turístico da localidade realizando visitas às atrações locais (paisagens, praias, parques de diversões). Utilizam equipamentos próprios ou de terceiros para executar esses serviços, como ônibus, pequenos veículos e barcos. Possuem ou contratam serviços de guias bilíngues para dar assistência aos visitantes.
Uma agência dedicada ao turismo receptivo é totalmente dependente da organização e das condições de infraestrutura turística local.
Antes de constituir uma agência dedicada ao turismo receptivo, o investidor deverá fazer uma pesquisa de mercado e verificar se a localidade reúne as condições mínimas para atrair turistas nacionais e/ ou estrangeiros.
Conhecimentos indispensáveis a um Agente Receptivo
Excursão e forfait
= Denomina-se excursão que é vendido em massa, por atacado, ou seja, a viagem tipo “prato feito”, escolhida e aceita pelo interessado, constituindo-se de como parte integrante de determinado grupo de pessoas.
= Denomina-se forfait ao produto preparado “sob encomenda”. É uma excursão programada de acordo com os detalhes fornecidos pelo interessado, ou melhor, é uma viagem sob encomenda. Dela participam uma ou mais pessoas, geralmente relacionadas entre si.
Pede um forfait um homem em viagem de negócios, uma casa em lua de mel, um grupo familiar que não deseja viajar em companhia de estranhos. Muitas vezes um forfait é solicitado por quem, tendo já viajado muito, não encontra uma excursão “feita” que lhe apresente novidades, ou seja, do seu agrado.
Entre uma modalidade e outra existe geralmente uma grande diferença: o preço. Não será preciso maiores informações. Um temo “feito” é bem mais econômico do que em “sob medida”.
Classificação das excursões
· Aérea: toda ela utiliza transporte aéreo durante toda excursão. · Rodoviária: toda feita em ônibus. · Rodo aérea: utiliza transporte aéreo e terrestre.
Aspectos a serem observados na comercialização de excursão junto ao passageiro:
· Regime de pensão; · CM – Café da manhã; · MP – Meia pensão; · PC – Pensão Completa; · PN – Pernoite (não inclui café da manhã).
Outro conhecimento indispensável é sobre Hotéis:
=Categoria dos hotéis – está inteirado sobre a classificação oficial dos Meios de Hospedagem (Ministério de Turismo).
Tipos de apartamentos: · STD- apartamento mais simples; · SUP- superior; · LUX- luxo; · SLX- super. luxo; · Suíte.
Tipo de acomodação: · SGL- single (para solteiro); · DBL- doublé (para duas pessoas); · TPL- triplo (para três pessoas); · QDL - quadruplo (para quatro pessoas).
Transporte externo - utilizado de uma cidade a outra. Pode ser aéreo, rodoviário ou rodo aéreo.
Transporte interno - utilizado dentro da cidade. Data, hora e localda partida.
Análise do itinerário - de acordo com a posição geográfica para ficar mais barato.
Quantidade de dias e noites em cada lugar.
Suplemento individual rodoviário: é o serviço de bordo, necessário ao conforto do passageiro.
Formas de pagamento: · à vista/com desconto; · sem desconto; · financiado com juros ou sem juros.
Condições gerais: determina as condições da excursão tais como: cancelamento, mudança de data, número mínimo de inscritos para confirmação da excursão... etc.
Ficha de reserva
· É o primeiro documento que utilizaremos, quando estamos fazendo um atendimento. · Cada agência de viagem cria seu modelo conforme suas necessidades. · Ficha de reserva é muito importante, pois através dela obteremos todos os dados do cliente e será utilizado para o nosso cadastro. · O cadastro é um patrimônio valioso da Agência, são os clientes que sustentam nosso negócio e bem utilizada, inclusive para mala direta, obteremos a lucratividade desejada. · Ela deverá ser arquivada pelo menos por um ano, quando se tratar de uma viagem complexa detalhada, pois poderá ser útil para outras viagens pelas informações nela contidas.
Uma observação importante
Devido à complexidade dos serviços de um Setor de Receptivo, são poucas as agências que oferecem a seus clientes este tipo de serviço, que é também dificuldade pela nossa grande extensão territorial.
Outra grande dificuldade é a quantidade de pessoal qualificado, devido aos grandes problemas educacionais presentes em nosso país.
Veja, algumas coisas de que elas precisam: · pessoal treinado; · uma frota própria, inclusive de helicópteros; · bom relacionamento com as companhias aéreas, hotéis, locadoras de veículos, casas de shows, principais atrativos turísticos; · guias de turismo com domínio de diferentes idiomas; · entre outros.
Aula 10: Relacionamentos de Agências de Turismo com seus fornecedores
O mercado define que, para uma Agência de Viagem, o cliente (público/alvo) é o passageiro, pessoa física ou jurídica e dentre os fornecedores estão as empresas Operadoras. Já para as Operadoras, o cliente, legalmente falando, é a Agência de Viagens que intermediaria a venda. No entanto, é possível perceber que há operadoras no mercado que vendem direto para pessoas físicas/jurídicas, uma vez que numa venda direta (sem intermediários) o valor da comissão não será repassado, representando para a Operadora maior lucratividade.
O fornecedor é aquele que fornece o produto final, seja ao cliente ou ao intermediário que irá lhe representar, o agente de viagens neste caso. O produto turismo é algo bastante delicado de se trabalhar, uma vez que o deslocamento se dá de forma contrária. É o consumidor que vai até o produto, diferente de qualquer outra mercadoria que podemos comprar numa loja, supermercado ou shopping.
Os fornecedores são:
Transportadoras:  Companhias aéreas / Alianças aéreas  Cruzeiros marítimos, fluviais e lacustres  Empresa de Transferes (Traslado/Táxi)  Companhias terrestres  Rodoviárias  Ferroviária  Empresas de mergulho (Passeios submarinos)  NASA (Viagem à Lua)
Meios de hospedagem:  Hotel  Resort  Pousadas  Casa de família (Honesta)  Centros Universitários  Albergues
Demais serviços:  Agências de Receptivo  Gás  Seguradoras  Parques  Cassinos  Restaurantes  Intercâmbio  Outros.
Empresas parceiras (auxiliares)
Empresas que auxiliam no processo de venda ou intermediação de serviços turísticos: · Bancos / Financeiras · Cartões de Crédito · Gás · BSP · Gás · Mídia especializada · Programas de contabilidade empresarial · Representantes · Secretarias de Turismo · Escritórios de Convenio Bureau · Órgãos de Turismo
GDS – Sistema Global de Distribuição
São eles: Amadeus, Sabre, Galileu, Gabriel, Zeus, Íris; Word spam, etc. São sistemas práticos com base em códigos de protocolos estabelecidos pela IATA com o objetivo de entendimento global entre todos os profissionais de turismo independentemente de sua nação, cultura, raça, costumes e crenças.
A partir dos Gás é possível se reservar passagens aéreas, locar carros, vender hotéis, consultar e vender cruzeiros, solicitar autorizações de crédito, além de muitas outras facilidades como câmbio de todas as moedas, previsão do tempo para os 5 (cinco) dias seguintes da consulta, informações técnicas e turísticas das cidades e aeroportos, promoções diversas e muito mais.
Esses sistemas apresentam um custo para a agência e cabe a ela decidir se há a necessidade de tal serviço e com qual trabalhar. Deve-se avaliar todos os pontos no caso de contratar um determinado sistema, tais como: seus principais serviços, as campanhas aéreas envolvidas, custo, planos e outros.
Programas de Gerenciamento de Dados e Contabilidade Empresarial
São eles: Enfortir, Gate, Floyd etc.
Estes programas facilitam todo o trâmite no atendimento, desde o primeiro recibo até o fechamento da venda e emissão de toda a documentação da viagem.
A partir de uma única “alimentação” no programa, este passa a emitir todos os documentos envolvidos na venda, além de calcular contas a pagar e receber, impostos e outros.
Mídia impressa
São eles: PanRotas (Jornal e Guia), Brasilturis Jornal; Jornal de Turismo; Guias diversos, etc.
São nossos aliados na hora de divulgar um novo produto e nos manter informados quanto às tendências do mercado e novidades. Mídia especializada no mercado de turismo, onde profissionais se encontram, trocam ideias e firmam novos negócios.
Bancos / Financiadoras / Cartões
São empresas que prestam serviços contábeis para melhor servir nossos clientes com boas opções de pagamento. Contratos são fechados quanto a juros, formas de pagamento, número de parcelas, faturamento e tudo tem que ser analisado de uma forma a agradar ambas as partes.
O importante, neste capítulo quanto aos fornecedores é o fato da grande variedade existente. Muitas vezes nos vemos num caso de nem saber que empresa de confiança trabalha ou revende determinado produto que um cliente deseja. Somos constantemente “atacados” por todos os lados com propagandas, promoções diversas, seja via fax, e-mail ou mala direta. 
A ABAV – Associação Brasileira de Agentes de Viagens possui um vasto cadastro de empresas associadas de alto gabarito, com credibilidade no mercado e sempre em caso de necessidade ou dúvida basta um telefonema para averiguar. 
Transportadoras aéreas
Desde o primeiro voo foi possível perceber os múltiplos problemas que esse meio de transporte viria causar. A questão estava centrada na pergunta “a quem pertence o espaço aéreo?”. Portanto, já não se poderia mais ignorar que o espaço aéreo iria ser utilizado por todos os aviões. Teve início, então, uma série de conversações em nível de Estado para regulamentar o tráfego aéreo.
Em 1919, realizou-se em Paris a primeira reunião em âmbito estatal. Na ocasião, definiu-se a soberania de cada país sobre seu espaço aéreo. No dia 12 de outubro de 1929, foi firmado o Convênio de Varsóvia, que unificou e estabeleceu as condições para o transporte aéreo. É peça fundamental para estabelecer as relações comerciais entre as agências, os passageiros e as companhias aéreas, no que diz respeito aos direitos e deveres das partes envolvidas, ao transporte de bagagem, ao seguro e às consequências após os acidentes aéreos. Um resumo do convênio que interessa diretamente aos passageiros consta da capa dos bilhetes de passagens.
Em 1945, após uma reunião de todas as companhias de aviação, que ficou conhecida como a Convenção de Havana, nasceu a Internacional Air Trasport Association (Iata) com os seguintes objetivos: a) promover a segurança, regularidade e economia do transporte aéreo em benefício das pessoas em todo o mundo; b) fornecer o comércio aéreo e estudar os problemas relacionados com o mesmo; c) criar os meios que possibilitassem uma colaboração entre as empresas de transporte aéreo, direta ou indiretamente dedicadas aos serviços internacionais de transporte aéreo; d) colaborar com a International Civil Aviation Organization (Icao) e com as demais organizaçõesinternacionais.
A Iata é, portanto, uma associação privada de companhias de aviação, com sede em Montreal, que, por intermédio de diversas comissões, regula todos os aspectos comerciais do transporte aéreo. Por meio de “Resoluções” são estabelecidas normas abrangendo vários aspectos de caráter comercial, tais como: tarifas, comissões para os agentes de viagens, regulamentação de tráfego e outros, cujo cumprimento, por parte das companhias de aviação a ela filiadas (as que exploram linhas internacionais) e os membros associados (as transportadoras que exploram linhas internas).
As decisões tomadas nessas reuniões são por unanimidade e só podem ser aplicadas após aprovação dos governos interessados. No entanto, é mediante a Locação e seus diversos departamentos que são regulamentadas e definidas todas as normas internacionais do transporte aéreo no que diz respeito a: · estabelecimento de facilidades e segurança de voos; · ajudas de rádio; · informações meteorológicas; · bases políticas para a navegação aérea.
A Icao é quem regulamenta a soberania de cada país sobre seu espaço aéreo por meio das chamadas “liberdades de ar”, que listamos a seguir:
1ª liberdade: a de uma aeronave poder sobrevoar livremente os territórios de todos os países do mundo sem a obrigatoriedade de pousar naquele que estiver sobrevoando;
2ª liberdade: a de pousar nos territórios de todos os países com fins não comerciais;
3ª liberdade: a do direito de desembarcar passageiros provenientes do país ao qual pertence a aeronave;
4ª liberdade: a do direito de embarcar passageiros destinados ao país ao qual pertence a aeronave;
5ª liberdade: a do direito de desembarcar passageiros provenientes de outro país, sem ser o da aeronave, ou de embarcar passageiros destinados a um país diferente do da aeronave.
As duas primeiras são chamadas de Liberdades Técnicas e as demais, de Liberdades ou Direitos Comerciais. São aplicadas mediante acordos bilaterais firmados entre os países interessados. Entende-se por “Acordos Bilaterais” os acordos firmados entre os governos que autorizam o estabelecimento de serviços aéreos mediante determinadas condições.
Billing and Settlement Plan (BSP)
O BSP é um sistema, desenvolvido pela Iata, preciso e bem testado que significa os procedimentos de vendas, relatórios e pagamentos das faturas dos agentes de viagens Iata. 
O BSP usa os serviços do Centro de Processamento de Dados para computar:
· o faturamento e valores que os agentes remetem ao Clearing Bank (Banco Compensador) designado;
· a divisão desses valores pelo Banco Compensador para as empresas aéreas respectivas.
Por meio do BSP, tanto as empresas aéreas como os agentes de viagens melhoram seus serviços enquanto poupam tempo, esforços e dinheiro, como consequência. Destaca-se que o BSP oferece uma série de vantagens aos agentes de viagens e às companhias aéreas.
Vantagens do BSP
Para os agentes de viagens: 
1. Simplifica e reduz o trabalho por meio do uso dos Documentos Padronizados de Tráfego (Standard Traffic Documents – STD) para emissão manual ou automatizada de bilhetes em nome de todas as empresas aéreas participantes do BSP; 
2. Estabelece uma fonte que supre a distribuição desses documentos e a automatiza; 
3. simplifica a burocracia e reduz as despesas gerais por substituir os vários relatórios de vendas por um único relatório de vendas padronizado (Sales Transmittal Form) submetido ao centro de processamento de dados. 
4. utiliza um conjunto simples de formulários administrativos a serem emitidos em nome das empresas aéreas participantes do BSP; 
5. aumenta a segurança – um único estoque de documentos facilita a custódia pelos agentes. É necessário menos espaço para guarda-los e o controle torna-se mais simplificado e seguro; 
6. estabelece um ponto central para onde os relatórios devem ser enviados; 
7. simplifica os procedimentos de remessa por estabelecer um ponto (Banco) para pagamento dos agentes;
Para as empresas aéreas
1. estabelece o faturamento e os custos de cobrança; 
2. proporciona um aumento no controle financeiro; 
3. melhora o fluxo de caixa; 
4. assegura que uma porção considerável de bilhetes, aceitos e devidamente processados, estejam em formato uniforme e legível e adaptado às operações necessárias para o procedimento de dados; 
5. apresenta um bilhete legível que é mais simples para ser processado nos check in dos aeroportos; 
6. reporta de maneira neutra as faltas e transgressões cometidas; 
7. minimiza a distribuição de documentos, o controle de estoque e os custos administrativos pelo uso de um fornecedor único.
· Como funciona o BSP
Etapa 1 – O Agente de Viagem
a) recebe o estoque dos Documentos Padronizados de Tráfego; b) solicita os Formulários Administrativos Padronizados diretamente à gráfica sob a supervisão da Gerência do BSP; c) obtém as Placas de Identificação das Companhias Aéreas (Carrier Identification Plates – CIP) participantes do BSP em nome das quais o agente de viagem emitirá os Documentos Padronizados de Tráfego (passagens aéreas); d) adquire uma impressora de bilhetes e uma plaqueta de identificação do agente de viagem (Agent Validator Plate).
Etapa 2 - Depois de obter o equipamento e o estoque de Documentos Padronizados de Tráfego (passagens aéreas), o agente de viagem pode começar a vender, usando-os.
Etapa 3 – Ao final de cada período de reporte de vendas, o agente de viagem prepara um único Relatório de Vendas (Sales Transmittal Form – STF) abrangendo todas as vendas para o BSP. Esse formulário, com os cupons de contabilidade e demais documentos contábeis são então enviados ao Centro de Processamento de Dados.
Etapa 4 – Tão logo os Relatórios de Vendas chegam ao Centro de Processamentos de Dados, são tratados da seguinte forma:
Etapa 5 – O agente faz somente uma remessa líquida periódica, abrangendo todas as transações do BSP, feitas em nome de todas as empresas aéreas participantes do BSP.
Etapa 6 – O departamento de contabilidade de cada empresa aérea participante do BSP verifica a exatidão das informações e envia aos agentes os memorandos de crédito/débito, quando necessários.
Empresas de Hospedagem
“A empresa hoteleira, um dos elementos essenciais da infraestrutura turística, constitui um dos suportes básicos para o desenvolvimento do Turismo num país”.
Para melhor entendimento, é interessante conhecer os termos utilizados para diferenciar os tipos de alojamentos, bem como os regimes de alimentação que os hotéis oferecem a seus hóspedes. Entende-se por: · quarto: a unidade habitacional apenas com o ambiente de dormir, sem banheiro conjugado. O banheiro localiza-se no final do corredor; · apartamento: a unidade habitacional que possui banheiro conjugado; · suíte: a unidade habitacional que, além do quarto de dormir, possui banheiro e uma sala de estar conjugados. Alguns hotéis acrescentam, ainda, uma cozinha;
Tipos de cafés-da-manhã ou de refeições ou de “tipos de pensão”
· pensão completa: inclui as três refeições (café da manhã, almoço e jantar). Conhecido por “Plano Americano” e pelas iniciais AP ou FAP;
· meia pensão: oferece o café da manhã e uma refeição principal (almoço ou jantar). Conhecido por “Plano Americano Modificado” e pelas iniciais MAP;
· café continental: consiste apenas no alojamento e um café simples (café preto, leite, pão, manteiga e geléia). Conhecido, também, por “Continental Breakfast ou Continental Plan”;
· english breakfast: como uma refeição principal, consistindo em: bebidas quentes normais.
As empresas de hospedagens podem ser classificadas da seguinte forma:
Hotéis-padrão
São os que simplesmente fornecem aposentos para que seus hóspedes passem as noites. Alguns dispõem apenas dos apartamentos, outros acrescentam alguns serviços como piscinas, salas de jogos e de eventos, restaurantes, sauna, lojas, boates ou estacionamento.
Hotéis de praia
São estabelecimentos que se utilizam desse recurso natural para proporcionar a seus hóspedes o prazer de passar as férias nas delícias do litoral. O equipamento de lazerque se vai necessitar depende das condições do local e do tipo do mar (calmo, agitado, águas mornas, águas geladas, que permite ou não a utilização de embarcações para passeios, região ventosa, própria para pesca etc.). 
Hotéis de montanha
São aqueles localizados nas encostas ou no alto das montanhas, explorando o visual e o ar puro. Geralmente, locais de difícil acesso que, por isso mesmo, precisam oferecer serviços muito especiais e atraentes a seus clientes.
Hotéis fazenda (HF)
Os seres humanos, principalmente os que vivem em grandes centros urbanos, sentem necessidade de novamente ter contato com a natureza. Isso fez com que surgissem os hotéis em antigas fazendas, recebendo hóspedes, a maioria famílias, em suas dependências sem interromper as atividades normais da fazenda. 
Hotéis especializados em eventos
Existem hotéis especializados em realizar eventos. Estão totalmente equipados para tal. Possuem salas de conferências, exposições, restaurantes e material de apoio. Dirigem todo o esforço comercial e de marketing para captar eventos. Por reunir num só local tudo aquilo que os participantes dos eventos necessitam, esses hotéis obtêm sucesso absoluto em seus objetivos. Por trabalhar com venda por atacado, podem oferecer diárias com valores inferiores aos hotéis tradicionais de centro de cidade.
Hotéis em terminais de transporte (HTT)
Estabelecimentos localizados próximos a aeroportos, portos, rodoviárias, estações ferroviárias, que oferecem acomodações para viajantes em trânsito aguardando conexões. São hotéis diferentes dos demais.
Hotéis resorts
São hotéis localizados em zonas com forte atração turística. Estão situados em balneários, parques nacionais ou regiões exóticas. Dispõem de áreas de lazer em maior quantidade que os demais. 
Hotéis resorts all inclusive (tudo incluído)
Tudo incluído (TI) significa um plano de hospedagem que, por uma tarifa única, compreende tudo que o hóspede queira pedir durante a sua estadia: alojamento, cafés da manhã, almoços, jantares, snacks, refrescos, bebidas alcoólicas, cigarros e uma série enorme de atividades desportivas que o estabelecimento oferece, sem cobrar mais nada, impostos e gorjetas. 
Os hotéis resorts da Disney
A organização Disney possui uma coleção extraordinária de resorts, além dos parques de diversões.
Sua importância não só como atração, mas pela natureza temática aplicada a cada empreendimento, motiva-nos a relacioná-los para servirem de inspiração aos investimentos turísticos que você, leitor, possa estar planejando. Outra coisa que desperta atenção é a quantidade de apartamentos que cada um dos resorts oferece. Durante a leitura, vá somando.
Hotéis do Disneyland Resort, Califórnia
a. Disney’s Gran Californian Hotel; b. Disney’s Paradise Píer Hotel; c. Disneyland Hotel
2. Hotéis do Walt Disney World, Orlando, Flórida
Principais resorts do Brasil
O primeiro resort a instalar-se no Brasil foi o Club Mediterranée, em 1981, na Ilha de Itaparica, Salvador. Foi um enorme sucesso copiado imediatamente por outras redes hoteleiras em várias partes do país. Praias, piscinas, diversões e muita mordomia são os ingredientes indispensáveis de todos os resorts.
Hotéis de estações invernais
]São hotéis localizados em regiões frias que exploram os fenômenos naturais do inverno, como a neve. Por estarem assim situados, exercem forte atração nos que gostam do frio. Situados nos centros das cidades ou fora delas, esses hotéis são atraentes pela arquitetura típica, normalmente usando madeira aparente e estilo suíço.
Eco-hotel (EH)
São hotéis localizados em florestas tropicais, flutuantes em rios, lagos ou lagoas. Visam proporcionar aos hóspedes a oportunidade de explorar o ambiente natural protegido por lei nacional. Exemplo: hotéis flutuantes no Rio Amazonas, próximo a Manaus.
Hotéis de saúde (HS)
São estabelecimentos comerciais que se destinam a atender pacientes em convalescença ou que estejam em tratamento de obesidade (spa).
Lodge
Estabelecimento hoteleiro composto por chalés, bangalôs, cabanas e outros dispostos numa área de interesse turístico onde seja possível praticar a caça, a pesca, caminhadas ecológicas etc.
Hotéis-residência (HR) – suíte service
São estabelecimentos hoteleiros, dispondo de todos os serviços de um hotel tradicional, diferenciando-se deste apenas na forma do aluguel do apartamento, que é cobrado por uma semana completa.
Hotéis de lazer (HL)
São todos os estabelecimentos de hospedagem que, em virtude da localização e dos serviços de lazer que oferecem, recebem essa classificação oficialmente.
Motel (M)
Esse tipo de estabelecimento de hospedagem surgiu nos Estados Unidos para atender à necessidade de descanso dos viajantes de longo percurso. Localizados fora dos centros urbanos, ao longo das rodovias, servem às pessoas e também aos veículos com serviços de abastecimento e oficinas. O nome motel deriva da composição de motor-hotel.
Pousada (PO)
Forma de estabelecimento hoteleiro que geralmente utiliza edifícios com valor histórico (casas antigas, antigos conventos, palácios, castelos) ou construções novas seguindo estilos arquitetônicos e serviços de acordo com as tradições regionais. Normalmente, as pousadas estão em locais que oferecem paisagem e comida típica da região.
Podem-se resumir as idéias básicas que definem e tornam original esse tipo de alojamento da seguinte forma: · instala-se em edifícios históricos ou situados em regiões de interesse histórico ou paisagístico; · possui arquitetura, decoração, de acordo com a região onde se localiza, ou com natureza histórica do imóvel; · oferece hospitalidade;
Apart-hotel (AH)
Estabelecimento comercial de hospedagem que oferece uma combinação entre apartamento de residência normal e serviços de hotel. O apart-hotel dispõe de um ou mais dormitórios, sala, banheiro, cozinha, garagem e objetiva atender a famílias que, utilizando esse tipo de estabelecimento, pagam o preço da diária mais barato que um hotel tradicional.
Flat (F)
Condomínio residencial, cujas unidades habitacionais podem, eventualmente, ser locadas a terceiros por tempo determinado. As instalações físicas são mais amplas que as do apart-hotel, com serviços hoteleiros.
Albergues (A)
Forma econômica de hospedagem, dirigida normalmente para estudantes e pessoas de baixa renda, dispondo de cômodos individuais ou coletivos. Muito utilizada nos Estados Unidos e na Europa.
Camping ou acampamento turístico (AT)
Estabelecimento comercial que aluga pequenos espaços de um só terreno para ali serem instaladas barracas ou estacionados moto-homes e trailers. Oferece infraestrutura completa para alimentação, higiene, energia e segurança.
Hotéis em castelos
Na Europa, existe uma rede de pequenos castelos, localizados fora dos centros urbanos, denominada Relais Chateaux, que utiliza os antigos castelos como locais de hospedagem. O clima principesco impera no interior dos mesmos por meio de mobiliário, decoração e jantares festivos, na tentativa de reviver o clima de antigamente.
Hotéis para executivos
São hotéis voltados ao turismo de negócios e que se especializam em atender a executivos.
Hotéis nas estrelas
O projeto de construir um hotel no espaço sempre encontrou um grande obstáculo: o custo. Uma empresa da Califórnia, a Space Island Group, teve a ideia de aproveitar os restos dos foguetes lançadores do ônibus espacial que flutuam no espaço antes de cair de volta à Terra. 
Paradores de turismo
“Estabelecimento comercial de hospedagem, com características semelhantes às da pousada, diferenciando-se desta por situar-se apenas em locais ou em edificações de estrito valor histórico-arquitetônico como castelos, mansões, antigas estalagens e fortalezas, estradas reais e outros. O termo parador muda conforme países e culturas. Na França, por exemplo, é conhecido como hotel château”.
Hotéis no gelo
Em Quebec, Canadá, onde a temperatura chega no inverno a – 30º C, existe um hotel chamado de Ice Hotel, construído totalmente no gelo. Os hóspedes dormem em quartos com temperatura de setegraus negativos, dentro de sacos de dormir e com cobertores aquecidos. 
Empresas de Cruzeiros Marítimos, Fluviais, Lacustres
São empresas de navegação aquática que utilizam a embarcação como local de divertimento. Não transportam passageiros de um ponto a outro, mas realizam circuitos de ida e volta, com paradas para desembarque temporário de seus hóspedes, e ao mesmo tempo oferecem entretenimentos a bordo. A Grécia, o Caribe e o Mar Mediterrâneo são as regiões do mundo que mais exploram esse tipo de turismo.
Empresas de fretamento aéreo
São as empresas de aviação que se dedicam a alugar seus aviões para transportar grupos de turistas para destinos certos e tradicionais ou esporadicamente para novos destinos, oferecendo tarifas mais baixas do que as normais e, assim, contribuindo para a redução do preço dos pacotes de viagens oferecidos pelas agências.
Empresas locadoras de veículos
São empresas que, dispondo de uma frota de veículos, dedicam-se a aluga-los a seus clientes por determinado tempo de uso. Algumas oferecem carros usados; outras, somente carros 0 km. Se compararmos as tarifas para aluguel de carro nos Estados Unidos e em qualquer outra parte do mundo, vamos verificar que o aluguel nos Estados Unidos custa a metade do preço do aluguel em outros países.
Empresas de transporte turístico
Neste item, estão incluídas as empresas que se dedicam a transportar exclusivamente turistas durante a realização de um tour. Não transportam passageiros comuns.
Terrestre
Estão aqui incluídas não só as empresas de ônibus especializadas no transporte de grupos em viagens de turismo, como aquelas que realizam pequenos trajetos transportando hóspedes dos hotéis para os parques de diversões, os teleféricos que conduzem os turistas para o alto das montanhas e atrações (exemplo: o bondinho do Pão de Açúcar, o bonde do Corcovado, o teleférico na ilha de Capri, na Itália etc.).
Ferroviário
Em diversas regiões no mundo, é muito comum utilizar o trem como meio de transporte exclusivamente turístico. É o que acontece na cidade de Interlaken, Suíça, onde um trem com cremalheiras que sobe uma forte rampa para levar os turistas ao alto da montanha e descortinar magnífica paisagem. 
Aquático
O barco é outro meio de transporte turístico altamente utilizado pelas empresas do setor. No Rio Amazonas, realiza-se o passeio fluvial para levar os turistas ao local onde acontece o fenômeno do “Encontro das Águas” entre os rios Solimões e Negro. Nas Cataratas de Niágara, um pequeno barco conduz os visitantes quase debaixo da queda das águas daquela famosa cachoeira. 
Aéreo
O avião é muito utilizado para realizar passeios, levando turistas a locais de difícil ou impossível acesso por terra e para permitir apreciar a paisagem por outros ângulos. Em Niágara Falls e em Foz do Iguaçu, são realizados passeios de helicóptero que se aproximam das quedas d’água, aventura impossível ao turista se não utilizasse esse meio de transporte. 
Empresas de gastronomia
Este item está ligado diretamente à produção de alimentos como atração para os visitantes. Não se trata de empresas que produzem alimentos para atender à população da cidade em geral. São os restaurantes especializados em comidas típicas, que oferecem shows que satisfazem à necessidade dos visitantes em conhecer o que há de interessante nesse setor. Essas empresas estão criando “restaurantes temáticos”. 
Empresas de divertimentos noturnos
Todos os turistas gostam de diversão, principalmente noturna. Podem ser boates, teatros, espetáculos musicais, típicos ou pornôs, não importa, são sempre muito bem aceitos. Os lugares que possuem essa atração noturna estarão oferecendo aos turistas uma oportunidade de preencher o tempo.
Empresas de assessoria e consultoria
Como turismo é um assunto muito sério e deve ser conduzido por especialistas, todo e qualquer plano de desenvolvimento turístico de uma região deverá ser elaborado com a assistência de um escritório de assessoria e consultoria, para que as ações, os estudos e os projetos sejam definidos com a mínima margem de erros.
Empresas de financiamentos para viagens
São aquelas empresas financeiras que, dispondo de recursos, emprestam dinheiro para que viajantes paguem suas despesas com passagens, hotéis e demais serviços em parcelas mensais, lucrando com os juros cobrados. Essas facilidades surgiram no Brasil somente a partir de 1990. Antes, era possível financiar somente as despesas com as passagens, usando financiamento das próprias companhias aéreas. As demais despesas tinham que ser pagas a vista.
Empresas que organizam eventos
São as empresas que se encarregam da organização e administração dos eventos mediante remuneração. 
Empresas organizadoras de eventos
“São as responsáveis, mediante contratação ou outra forma de remuneração, pela prestação direta ou indireta de serviços para o planejamento e gerenciamento desses eventos”.
Empresas de serviços especializados
São as responsáveis, mediante contratação a ser feita, em cada caso, por indicação e seleção da empresa organizadora do evento, pela prestação remunerada de serviços que, por sua natureza e especialização técnica, destinam-se exclusiva ou predominantemente à realização de eventos.
O Decreto nº. 89.707 determina ainda que os serviços remunerados para a organização de congressos, convenções, seminários ou eventos congêneres, no Brasil, poderão ser executados somente por empresas registradas, para esse fim, na Embratur.
Não será concedido registro na Embratur a organizações ou associações sem fins lucrativos, nem a empresas ou entidades controladas direta ou indiretamente pelo poder público ou por elas subvencionadas.
Estão enquadrados nessas condições os eventos da Embratur: a. incluem-se no Calendário Turístico da Embratur; b. são reconhecidos como capazes de promover o aumento do fluxo turístico, pelo Conselho Nacional de Turismo (CNTur); c. têm como finalidade: o aperfeiçoamento cultural, científico ou técnico dos participantes; etc.
Estão excluídas do âmbito de aplicação da Resolução Normativa 14/84 da Embratur:
1. as feiras e exposições de natureza comercial e industrial que estão sujeitas ao Decreto nº. 87.761, de 21 de dezembro de 1981; 2. os eventos patrocinados e promovidos por empresas, entidades ou associações, exclusivamente para seus empregados, etc.
Os serviços, conforme o art. 5º da Resolução Normativa, são considerados como:
· Exclusivos: São os serviços que devem ser prestados somente por uma empresa organizadora de eventos e registrada na Embratur como tal.
Nenhuma outra entidade poderá realizar os serviços a seguir enumerados: 1. o planejamento do evento, mediante a apresentação de projeto que compreende a definição de todas as etapas e atribuições necessárias a sua execução; 2. o gerenciamento do evento, mediante a organização, instalação e funcionamento de secretaria anterior, concomitante e posterior ao evento, capaz de dar atendimento a todas as providências necessárias a sua realização; 3. a interpretação simultânea e tradução, mediante a utilização de intérpretes e tradutores, ou de equipamentos eletrônicos; 4. o fornecimento e montagem, nas instalações onde se realizará o evento, dos equipamentos necessários à interpretação simultânea, bem como a locação do pessoal necessário à operação desses equipamentos; 5. o fornecimento de recepcionistas para atendimento e assistência no local de realização do evento; 6. a prestação de serviços de som e projeção.
· Obrigatórios: São os serviços que devem ser prestados obrigatoriamente pelas empresas organizadoras de eventos e pelas empresas de serviços especializados.
As Empresas organizadoras de eventos são responsáveis pelo: planejamento do evento, mediante a apresentação de projeto que compreende a definição de todas as etapas e atribuições necessárias a sua execução; gerenciamento do evento, mediante a organização a instalação e o funcionamento de secretaria anterior, concomitante e posterior ao evento, capaz de dar atendimento a todas as providências necessárias a suarealização.
As Empresas de serviços especializados são responsáveis pelos: demais serviços já citados no item “exclusivos”. Permissíveis: Segundo o art. 8º da Resolução Normativa 14/84, as empresas prestadoras de serviços remunerados para a organização de eventos, além dos serviços que lhes sejam exclusivos e obrigatórios, poderão ainda exercer, observada a legislação específica que os discipline, quaisquer atividades que não prejudiquem ou impeçam a prestação dos serviços previstos no art. 5º da resolução.
Empresas de parques temáticos
São empreendimentos que utilizam temas diferenciados na ambientação física de suas atrações e têm como um de seus objetivos comerciais o estímulo da atividade turística. Eles estão classificados em parques temáticos específicos, aquáticos e de diversão.
Empresas de cartões de assistência
São empresas que oferecem assistência aos problemas de saúde que ocorrem com os viajantes durante a permanência no exterior. Esses seguros atendem a despesas médicas, hospitalares, farmacêuticas, transportes especiais, busca de malas pedidas etc.
Empresas de marketing turístico
São as empresas especializadas em criar e desenvolver um plano de marketing tanto para órgãos públicos de turismo como para empresas privadas.
Para que possam desempenhar adequadamente seu papel, devem conhecer as características do setor turístico.
Empresas de informações turísticas locais
São as empresas especializadas em produzir folhetos, mapas, catálogos informativos e promocionais a respeito das atrações da região para orientar os visitantes sobre os atrativos locais.
Empresas de sinalização turística
São as empresas que produzem placas de sinalização de trânsito e indicadores das atrações turísticas. As placas devem seguir certos padrões internacionais definidos, no Brasil, pela Embratur.
Aula 12: Segmentação Turística
A segmentação de mercado vem determinando quais os procedimentos os empresários deverão tomar para aumentarem o faturamento de suas empresas.
A segmentação de mercado proporciona às empresas turísticas uma economia de escala, aumento da concorrência, criação de políticas públicas de preços, de propaganda especializada e principalmente a promoção de um maior número de pesquisas científicas.
O mercado turístico brasileiro tem se mostrado cada vez mais competitivo em função da diversificação dos fatores motivacionais de viagens e da constante qualificação da oferta turística. Assim o comportamento do turista deve ser conhecido, para que as estratégias e ações sejam planejadas com objetivo de promover os destinos turísticos junto aos nichos de mercado que se deseja conquistar.
– MERCADO TURÍSTICO
OMT “a natureza da atividade turística é um conjunto complexo de inter-relações de diferentes fatores que devem ser considerados conjuntamente sob uma ótica sistemática, ou seja, um conjunto de elementos inter-relacionados que evoluem de forma dinâmica”.
Podemos dizer que o mercado turístico é composto por quatro elementos básicos:
· Demanda – conjunto de consumidores, ou potenciais consumidores, de bens e/ou serviços turísticos;
· Oferta – conjunto de produtos e/ou serviços e organizações envolvidas ativamente na experiência turística;
· Operadores de mercado – empresas e instituições cuja principal função é facilitar a inter-relação entre a demanda e a oferta. Constituem os operadores as agências de turismo, as operadoras de turismo, as empresas de transporte regular, órgãos públicos e privados que organizam e promovem o turismo;
· Espaço geográfico – é o espaço físico onde se encontram a oferta e a demanda, onde se encontram também as pessoas residentes, que de uma maneira ou de outra influenciam no planejamento turístico e assim devem ser considerados como elementos deste.
Assim podemos considerar o mercado turístico como “o encontro e a relação existente entre a oferta de produtos e/ou serviços turísticos e a demanda, individual ou coletiva, interessada e motivada pelo consumo e uso destes produtos”.
Para que este mercado se desenvolva três fatores são importantes: · Que haja necessidade – busca por determinado tipo de produto e/ou serviço; · Que haja desejo de satisfazer – por intermédio da oferta de produtos e/ou serviços; · Que haja capacidade de compra – disponibilidade de moeda de troca ou crédito para processamento das transações.
Entender o mercado turístico implica em entender as pessoas, que são os componentes deste mercado, pois elas têm interesses diferentes em momentos e por fatores diferentes e esta heterogeneidade é que faz abrir a cada momento uma nova oportunidade de negócio.
As pessoas são heterogêneas e esta característica que compõe a demanda é um dos muitos fatores que movimentam o mercado turístico. Essa movimentação se dá porque surgem novas oportunidades de negócios em função das diferentes demandas.
– PRODUTO TURÍSTICO
O Ministério do Turismo entende por produto turístico “o conjunto de atrativos, equipamentos e serviços turísticos acrescidos de facilidades, localizados em um ou mais municípios, ofertado de forma organizada para um determinado preço".
Como o objetivo maior é satisfazer aos consumidores, os produtos podem sofrer adequações em função das exigências de cada segmento de mercado, isso evita uma padronização da oferta turística.
Ignarra - o produto turístico é formado por seis componentes:
1. Recursos naturais 
2. Bens e serviços 
3. Infraestrutura e equipamentos 
4. Gestão 
5. Imagem da marca 
6. Preço
Em função do que foi exposto o produto turístico não pode ser visto isoladamente, mas sim como um conjunto de fatores diversos que compõem a experiência turística. A sua definição é a combinação de atrativos disponíveis, localidade com equipamentos, serviços e infraestrutura para proporcionar ao turista uma experiência agradável a um preço competitivo.
Para que consideremos um produto turístico como foco em algum segmento é necessário levar em conta: · A vocação do destino - · A imagem do destino · O perfil do turista · As preferências da demanda
– DEMANDA TURÍSTICA
Dias - é o conjunto de turistas, que de forma individual e/ou coletiva, estão motivados a consumir uma série de produtos e serviços turísticos com o objetivo de cobrir suas necessidades de descanso, recreação, entretenimento e cultura em seu período de férias.
A demanda turística é composta de demanda real, que é o número de pessoas que efetivamente viajam para um destino ou localidade e demanda potencial, que é composta de pessoas que tem perfil para consumir produtos e/ou serviços turísticos. Vários fatores influenciam essa demanda, tais como: · Disponibilidade de tempo dos turistas · Disponibilidade financeira · Fatores demográficos · Fatores sociais
· Sazonalidade · Elasticidade da demanda · Concentração espacial · Heterogeneidade das motivações.
A segmentação turística tem como objetivo direcionar a produção turística, de acordo com a vocação do destino, de forma competitiva, focando o segmento de demanda que em maior potencial de consumo dessa produção.
– SEGMENTAÇÃO TURISTICA
Dias - é do ponto de vista da demanda, é um grupo de clientes atuais e potenciais que compartilham as mesmas características, necessidades, comportamento de compra ou padrões de consumo. Já o Ministério do Turismo vê a segmentação como uma forma de organizar o turismo para fins de planejamento, gestão e mercado. 
Dias - vários benefícios podem ser obtidos com a segmentação do mercado turístico, quais sejam:
· Facilita a identificação dos públicos mais rentáveis · Percebe-se me quais segmentos a concorrência tem menor atuação · Definem-se mais claramente as necessidades já satisfeitas dos consumidores e as soluções que devem ser criadas para atender as demandas ainda nãos satisfeitas · Facilita a adaptação do produto às mudanças do mercado · Reduz o desperdício de investimento · Melhora a comunicação do produto e do destino em função do direcionamento de mensagens para um público com características distintas
 – Segmentação geográfica
Significa dividir a demanda

Continue navegando