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DIREITO CPC III 7º SEMESTRE 2017

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CASOS CONCRETOS 
7º semestre – RECURSOS 1.2017 
1.2017 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
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PARA MELHOR REDAÇÃO, ACONSELHO 
REESCREVER OS CASOS PARA ASSIMILAÇÃO E 
INTERPRETAÇÃO ADEQUANDO A RESPOSTA 
QUESTIONADA. 
 
RECURSOS DO CPC/15 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – RECURSOS 1.2017 
1.2017 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
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PLANO DE AULA - 1 Processo nos Tribunais. Disposições gerais. Ordem dos processos 
nos Tribunais. (art. 929 e seguintes 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
A data da sessão de julgamento da apelação interposta por Manoel 
Carlos foi devidamente publicada no Diário Oficial. Diante do alto número 
de recursos pautados para serem julgados, o julgamento da apelação de 
Manoel foi transferida para sessão do dia seguinte. Após o julgamento 
desfavorável do respectivo recurso, o advogado de Manoel requereu a 
nulidade do julgamento vez que não foi intimado e que o recurso não 
poderia ter sido julgado no dia posterior à data previamente designada. 
Assiste razão ao patrono de Manoel? 
RESPOSTA 
SIM. Assiste razão ao advogado de Manoel Carlos, segundo a inteligência 
do artigo 935/CPC que estabelece entre publicação da data da sessão e a 
sessão de julgamento, deve haver um lapso temporal de, no mínimo de 5 
dias. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 
Incumbe ao relator, EXCETO: 
a) Negar provimento a recurso que for contrário a súmula do Supremo Tribunal Federal, do 
Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal. 
b) Não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado 
especificamente os fundamentos da decisão recorrida. 
c) Dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem 
como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes. 
d) Decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for 
instaurado em sede de primeiro grau de jurisdição. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 3 
Quando o resultado do julgamento do recurso de apelação NÃO FOR UNÂNIME deverá o 
Presidente do respectivo órgão fracionário do respectivo Tribunal: 
a) Dar prosseguimento ao julgamento considerando a extinção do recurso de embargos de 
infringentes; 
b) Deverá sobrestar o julgamento do recurso até a resolução da divergência pelos 
Supremo Tribunal Federal; 
c) Deverá instaurar incidente para resolução da divergência instaurada no julgamento do 
recurso; 
d) Inadmitir o recurso de apelação que originou a divergência. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – RECURSOS 1.2017 
1.2017 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
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PLANO DE AULA - 2 Teoria Geral dos Recursos: Disposições Gerais, conceitos e 
princípios. Classificação dos recursos. 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
João ingressou com uma ação de reintegração de posse em face de 
Valdomiro visando obter a retomada de seu imóvel como também a 
indenização por perdas e danos. A pretensão foi acolhida em parte pelo 
juízo tão somente para determinar a reintegração do autor na posse do 
imóvel. O autor interpõe recurso de apelação para o respectivo Tribunal 
de Justiça visando obter a indenização por perdas e danos, o que foi 
negado pela Câmara que apreciou o recurso. O recorrente, diante da 
omissão do colegiado acerca de pontos relevantes abordados no recurso, 
apresenta pedido de reconsideração no prazo de 15 dias, que foi 
rejeitado imediatamente pelo relator. Diante do caso indaga-se: 
RESPOSTA A 
O pedido de reconsideração possui natureza recursal? 
NÃO. A reconsideração não tem caráter de natureza recursal, não está 
expresso no rol taxativo do Art. 994 do CPC, é um meio, definido como 
um requerimento apresentado pela parte ao juizado, e o tema obedece ao 
princípio da taxatividade. 
RESPOSTA B 
Poderia o relator aplicar o princípio da fungibilidade recursal nesse caso? 
NÃO. Pois não se trata de um recurso, ademais inexiste dúvida objetiva. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 (Promotor de Justiça/SP-2006) 
São princípios fundamentos dos recursos previstos no Código de Processo Civil: 
a) O duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a infungibilidade e a garantia 
do reformatio in peius. 
b) O duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a singularidade, a 
fungibilidade e a proibição do reformatio in peius. 
c) O duplo grau necessário de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a fungibilidade e 
a garantia do reformatio in peius. 
d) O duplo grau necessário de jurisdição, a ausência de taxatividade, a singularidade, a 
infungibilidade e a garantia do reformatio in peius. 
e) O duplo grau de jurisdição, a ausência de taxatividade, a singularidade, a infungibilidade 
e a proibição do reformatio in peius. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 3 (OAB Nacional – 2009/1) 
Considerando o que dispõe o CPC a respeito de recursos, assinale a opção correta. 
a) Havendo sucumbência recíproca e sendo proposta apelação por uma parte, será 
cabível a interposição de recurso adesivo pela outra parte. 
b) A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, habilita o advogado a 
desistir do recurso. 
c) O MP tem legitimidade para recorrer somente no processo em que é parte. 
d) A desistência do recurso interposto pelo recorrente depende da concordância do 
recorrido. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – RECURSOS 1.2017 
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PLANO DE AULA - 3 Teoria Geral dos Recursos. Requisitos de admissibilidade. Efeitos 
dos recursos. 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Marcos Antônio ingressou com uma ação declaratória em face do plano 
de saúde Vida Saudável, responsável por atender importante parcela da 
população brasileira, visando obter reconhecimento da abusividade de 
determinada cláusula que impede o tratamento de pacientes com 
doenças infectocontagiosas. Diante da repercussão social do julgado, a 
associação de portadores de HIV solicitou seu ingresso como amicus 
curiae, o que foi prontamente autorizado pelo juiz da causa. Diante do 
caso indaga-se: 
RESPOSTA 
Poderá a associação atuar como se parte fosse? 
Depende da decisão judicial irrecorrível, QUE IRÁ DEFINIR A 
ATUAÇÃO NO PROCESSO, conforme no art. 138 do CPC. 
 
Não poderá atuar como se parte fosse, ingressando como AMICUS 
CURIAE tendo em vista que vem a juízo para dar mais amplitude a 
discussão, assim como representatividade. Conforme entende o STF no 
informativo 656 e na ADI 3615, relatora Carmen Lúcia. Vem apenas 
para auxiliar o julgador com informações das quais possui domínio em 
virtude de sua formação técnica. 
 
De forma alguma confunde-se com a figura do Assistente, que demonstra 
interesse jurídico e comparece ao processo para auxiliar uma das partes. 
 
ATENÇÃO: o CPC redimensionou esta figura, inserindo-a no capítulo 
destinado a Intervenção de Terceiros e aumentando sua aplicação até 
então reservada às ações constitucionais. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 (Promotor de Justiça/ MG – 2005) – CABIVEL ANULAÇÃO 
Indique, dentreas alternativas abaixo, o requisito extrínseco de admissibilidade dos recursos 
em geral: 
a) Cabimento. 
b) Legitimação para recorrer. 
c) Interesse para recorrer. 
d) Inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 3 (Juiz de Direito – SC – 2009) 
De acordo com o Código de Processo Civil, assinale a alternativa correta: 
a) A insuficiência no valor do preparo implicará deserção independentemente de 
intimação; 
b) Cabe agravo na forma retida da decisão que não admite apelação; 
c) Das decisões interlocutórias proferidas na audiência de instrução e julgamento caberá 
agravo imediatamente, na forma retida ou por instrumento no prazo de dez dias, quando 
se tratar de decisão suscetível de causar lesão grave ou de difícil reparação; 
d) O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem anuência do recorrido, desistir do 
recurso; Art.998 do CPC 
e) Decisão além ou fora do pedido é passível de interposição de embargos de declaração 
apenas quando resultar contradição. 
 
 
CASOS CONCRETOS 
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PLANO DE AULA - 4 Recursos em Espécie. Apelação 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Carlos ingressou com uma ação indenizatória em face da Construtora 
JSP com o objetivo de obter indenização pela demora na entrega de seu 
imóvel. Após a citação, constatou-se que a construtora encerrou suas 
atividades irregularmente, o que motivou o autor a requerer a 
desconsideração da personalidade jurídica, que foi indeferido de plano 
pelo juiz. Terminada a instrução, o juiz condenou a construtora a 
indenizar ao autor no valor de R$10.000,00, devidamente atualizado e 
com juros legais. Irresignado com a sentença o autor interpôs recurso de 
apelação visando reformar a decisão interlocutória que indeferiu a 
desconsideração da personalidade como também aumentar o valor 
fixado a título de indenização. Diante do caso indaga-se: 
RESPOSTA A 
A apelação de Carlos foi formulada adequadamente? 
NÃO. Da decisão que rejeita o incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica caberá AGRAVO POR INSTRUMENTO, 
conforme art. 1015 do CPC. 
RESPOSTA B 
O juiz sentenciante poderá inadmitir o recurso de Carlos? 
NÃO. O sistema afasta a verificação dos requisitos pelo magistrado 
(juízo a quo), sendo realizada diretamente pelo tribunal, juízo (ad 
quem). 
 
Sobretudo por tratar-se do RECURSO DE AGRAVO POR 
INSTRUMENTO. Art. 1010, § 3º do CPC: Após as formalidades 
previstas nos §§ 1º e 2º, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, 
independentemente de juízo de admissibilidade o exame do agravo de 
instrumento é feito no juízo de admissibilidade ad quem. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 (Promotor de Justiça – RO – 2006) 
O recurso de apelação será recebido somente no efeito devolutivo quando interposto conta 
sentença que julgar ação: 
a) De manutenção de posse ou interdito proibitório referentes a posse nova; 
b) Condenatória de prestação alimentícia Art.1012, II do CPC; 
c) De reparação de danos causados em acidente de veículos processada pelo rito 
sumário; 
d) De reparação de danos morais, sem repercussão patrimonial, fundamentada no Código 
de Defesa do Consumidor; 
e) Não confirmando os efeitos da tutela. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 3 (XLIV Concurso para ingresso da Magistratura do TJ/RJ) 
É correto afirmar que o recurso de apelação comporta juízo de retratação nas seguintes 
hipóteses: 
a) Excepcionalmente, nos casos em que há deferimento de tutela de urgência, seja 
antecipada ou cautelar. 
b) Em regra, nas hipóteses do art. 520 do CPC, em que não há recebimento no efeito 
suspensivo. 
c) Excepcionalmente, nos casos de julgamento liminar de improcedência e nos de 
indeferimento da inicial Arts.331 e 332, §3° do NCPC 
d) Em regra, em todas as ações de conhecimento, seja o procedimento ordinário ou 
sumário, cautelar ou execução. 
 
 
 
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PLANO DE AULA - 5 Recursos em Espécie. Agravo de Instrumento. Agravo interno. 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Rafael e José impetraram Mandado de Segurança em face do Município 
visando obter a reintegração na Guarda Municipal, considerando que 
foram exonerados arbitrariamente por abuso de poder da 
municipalidade. O juiz excluiu José sob o fundamento de que, na 
hipótese, não cabe litisconsórcio. José interpôs agravo de instrumento 
que, após a devida distribuição, foi inadmitido sob o fundamento de que 
contra a referida decisão o recurso cabível é a apelação. Agiu 
adequadamente o Relator? 
RESPOSTA 
NÃO. Em virtude da revogação do Art. 945 do CPC, o relator não agiu 
adequadamente (lei 13.256/16) – que altera a Lei nº 13.105, de 16 de 
março de 2015 (Código de Processo Civil), para disciplinar o processo e o 
julgamento do recurso extraordinário e do recurso especial, e dá outras 
providências 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 (MPE-SP - 2011 - MPE-SP - Promotor de Justiça) 
Da decisão que julgar a liquidação de sentença caberá: 
a) Embargos do devedor, seguro o juízo. 
b) Recurso de apelação. 
c) Recurso especial. 
d) Objeção de pré-executividade. 
e) Recurso de agravo de instrumento Art.1015, PU do CPC. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 3 (FGV - 2011 - OAB - Exame de Ordem Unificado - III – Primeira Fase) 
Em um processo que observa o rito comum ordinário, o juiz profere decisão interlocutória 
contrária aos interesses do réu. É certo que, se a decisão em questão não for rapidamente 
apreciada e revertida, sofrerá a parte dano grave, de difícil ou impossível reparação. Assim 
sendo, o advogado do réu prepara o recurso de agravo de instrumento, cuja petição de 
interposição contém a exposição dos fundamentos de fato e de direito, as razões do pedido de 
reforma da decisão agravada, além do nome e endereço dos advogados que atuam no 
processo. A petição está, ainda, instruída com todas as peças obrigatórias que irão formar o 
instrumento do agravo. Contudo, o agravante deixou de requerer a juntada, no prazo legal, 
aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de 
sua interposição, assim como a relação dos documentos que instruíram o recurso, fato que foi 
arguido e provado pelo agravado. Com base no relatado acima, assinale a alternativa correta 
a respeito da conseqüência processual decorrente. 
a) Haverá prosseguimento normal do recurso, pois tal juntada caracteriza mera faculdade 
do agravante. 
b) Não será admitido o agravo de instrumento Arts.1016 a 1018, §3ºdo CPC 
c) O agravo de instrumento será julgado pelo tribunal, inviabilizando-se, apenas, o 
exercício do juízo de retratação pelo magistrado. 
d) Estará caracterizada a litigância de má-fé, por força de prática de ato processual 
manifestamente protelatório, devendo a parte agravante ser sancionada, e o feito, 
extinto sem resolução do mérito. 
 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – RECURSOS 1.2017 
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PLANO DE AULA - 6 Recursos em Espécie. Embargos de Declaração. Recurso Ordinário 
Constitucional. 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Márcia ingressou com uma ação de revisão de cláusulas contratuais em 
face daEditora Encanto no I Juizado Especial da Comarca de Salvador. 
Após a realização da audiência de instrução e julgamento o juiz proferiu 
sentença julgando procedente o pedido da autora. A ré opôs embargos de 
declaração, sob o argumento de que houve erro material e omissão no 
julgado, no prazo legal, sendo este rejeitado pelo julgador. Após a 
publicação da decisão que julgou os embargos a empresa embargante 
interpôs recurso inominado no prazo de 10 dias. O recurso foi inadmitido 
pelo juiz por intempestividade, considerando a regra disposta no art. 50 da 
Lei nº 9.099/95. Agiu adequadamente o juiz? 
RESPOSTA 
NÃO. Considerando que o Art.1065 do CPC, que alterou o Art. 50 da Lei 
9.099/95. O EMBARGOS DE DECLARAÇÃO interrompem o prazo, não 
mais o suspendem em hipótese alguma. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 (Técnico Judiciário do TJ/RJ – Prova 1 – Concurso 2014) 
Sobre os embargos de declaração, é INCORRETO afirmar que: 
a) Têm por finalidade primordial o aclaramento ou a integração da decisão judicial. 
b) Devem ser interpostos no prazo de cinco dias. 
c) Suspendem o prazo para a interposição de outro recurso, por qualquer das partes 
Art.1026 do CPC 
d) Podem dar azo à aplicação de multa, caso o órgão jurisdicional os reconheça como 
manifestamente protelatórios. 
e) Não estão sujeitos a preparo. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 3 
O TRF da 2ª Região denegou a ordem de segurança pleiteada em processo de sua 
competência originária. Nesse caso, qual seria o recurso cabível contra tal decisão? 
a) Recurso Extraordinário ao STF, se a decisão contrariar dispositivo constitucional. 
b) Recurso Especial ao STJ, se a decisão contrariar lei federal. 
c) Recurso Ordinário ao STJ, se a decisão contrariar lei federal. 
d) Recurso Ordinário ao STF, independentemente do conteúdo da decisão. 
e) Recurso Ordinário ao STJ, independentemente do conteúdo da decisão Art.1027, 
II,”a”, NCPC 
 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
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PLANO DE AULA - 7 Título Recursos excepcionais. Recurso Especial e Recurso 
Extraordinário. 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Determinado Tribunal Regional Federal confirmou a sentença proferida 
por juízo federal no sentido de negar a equiparação de soldos entre 
militares das forças armadas. Inconformado, o recorrente interpôs recurso 
extraordinário, que foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal. O 
Ministro Relator entendeu que a violação ao texto constitucional era 
reflexa, por necessitar de revisão de lei federal, e inadmitiu o recurso 
extraordinário. Agiu adequadamente o relator? 
RESPOSTA 
NÃO. O relator deveria converter o recurso extraordinário (RExt) em 
recurso especial (REsp), conforme Art.1033 do CPC, por entender que a 
questão diz respeito a norma federal. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 (OAB/SP – 2007) 
Em sede de recurso extraordinário, a questão constitucional nele versada deverá oferecer 
repercussão geral sob pena de 
a) Não ser provido pelo STJ. 
b) Não ser provido perante o juízo a quo. 
c) Não ser conhecido pelo juízo ad quem Art. 1035 do CPC 
d) Não ser provido pelo juízo ad quem. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 3 (OAB/RS – 2007) 
Em relação ao recurso extraordinário, a decisão do Supremo Tribunal Federal que não admite 
a repercussão geral é 
a) Irrecorrível 
b) Passível de embargos infringentes 
c) Passível de reclamação 
d) Agravável 
 
 
 
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PLANO DE AULA - 8 Recursos excepcionais. Recursos Repetitivos. Julgamento por 
amostragem. Embargos de Divergência. 
CASO CONCRETO 1 (TJAL – adaptada) 
QUESTÃO 
Diante da multiplicidade de recursos especiais com fundamento em 
idêntica questão de direito em face da União, o Presidente do Tribunal 
Regional Federal da 4ª Região (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do 
Sul) selecionou dois recursos representativos da controvérsia e 
encaminhou para o Superior Tribunal de Justiça para o julgamento 
repetitivo. O relator no STJ determinou a suspensão de todos os 
processos afetados pendentes em tramitação no território nacional. 
Diante dessa circunstância indaga-se 
RESPOSTA A 
Em relação aos processos suspensos em todo território nacional, é 
possível a desistência da ação? Em que fase processual? 
SIM É POSSÍVEL. A desistência da Ação até a prolação da sentença, 
conforme dispõe o art. 485, §5º e art. 1040, §1° do CPC, é possível a 
desistência quando o processo esta suspensos, discorrendo que, antes 
da citação do réu, a desistência é livre, após a citação somente com 
anuência do réu e após o saneamento não poderá haver a desistência. 
RESPOSTA B 
Caso a parte identifique que a controvérsia estabelecida no julgamento 
repetitivo diverge da controvérsia existente em seu processo, como 
deverá proceder? 
A parte deverá realizar o INSTITUTO DO DISTINGUISH, ou seja, fazer a 
distinção entre o seu caso e os demais, buscando desafetá-lo e assim 
dar prosseguimento ao seu processo. Art.1037, parágrafo 9º. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 
Cabe o recurso de Embargos de Divergência o acórdão de órgão fracionário que: 
I. Em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro 
órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, relativos ao juízo de 
admissibilidade. 
II. Em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro 
órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito. 
III. Nos processos de competência originária, divergir do julgamento de qualquer outro órgão 
do mesmo tribunal. 
a) Apenas o item II está correto. 
b) Os itens I e II estão corretos. 
c) Apenas o item III está correto. 
d) Os itens II e III estão corretos. 
e) Apenas o item I está correto. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 3 
Está incorreta a seguinte assertiva: 
a) No recurso de Embargos de Divergência, será observado o procedimento estabelecido 
no regimento interno do respectivo tribunal superior. 
b) Cabe o recurso de Embargos de Divergência quando o acórdão paradigma for da 
mesma turma que proferiu a decisão embargada, desde que sua composição tenha 
sofrido alteração em mais da metade de seus membros. 
c) Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido 
que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na 
aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento 
de recursos repetitivos. 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – RECURSOS 1.2017 
1.2017 
 
 
 
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d) O prazo para interpor Embargos de Divergência é de 05 dias. 
 
Aplicabilidade da Teoria do Precedente Judicial no direito brasileiro 
Fonte: http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI225971,71043-
Aplicabilidade+da+Teoria+do+Precedente+Judicial+no+direito+brasileiro 
 
Citando Eros Grau
2
, observa-se que há relevante “distinção entre normas jurídicas e a norma 
de decisão". Sendo assim, deve o aplicador do Direito fazer a distinção entre a solução 
aparentemente adequada ao caso concreto que julgará, mediante a elaboração de uma norma 
de decisão, e o espectro fático alcançado pela normajurídica, resultante da norma de 
interpretação, pois os detalhes existentes no caso em exame podem afastar a fria aplicação do 
precedente, para resguardar a justiça. 
Assim surge a importância da aplicabilidade do distinguishing, bem definido pelo 
renomado processualista Fredie Didier
3
: 
"Fala-se em distinguishing (ou distinguish) quando houver distinção entre o caso concreto 
(em julgamento) e o paradigma, seja porque não há coincidência entre os fatos 
fundamentais discutidos e aqueles que serviram de base à ratio decidendi (tese jurídica) 
constante no precedente, seja porque, a despeito de existir uma aproximação entre eles, 
algumas peculiaridades no caso em julgamento afasta a aplicação do precedente." 
Assim, demonstra-se fundamental a aplicação do instituto do distinguishing, dentre outros, visto 
que a norma jurídica, caracterizada no julgado emitido pelo Superior Tribunal de Justiça, 
mesmo que amplamente válida, não se aplicaria ao caso concreto, quando as nuances 
permitirem sua moderação, ante a essencialidade dos bens, os efeitos negativos reflexos da 
decisão, um eventual adimplemento substancial, dentre tantos outros fatores que merecem 
ponderação em um julgamento. 
 
 
 
 
 
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PLANO DE AULA - 9 Incidente de Assunção de competência. Incidente de Arguição de 
Inconstitucionalidade. Incidente de Recursal 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Antônio Silva, funcionário público, ajuizou ação em face do município de 
Jacarezinho, alegando que o Plano de Cargos e Salários de sua 
categoria profissional, estabelece como critério de progressão, níveis de 
escolaridade diferenciados e isso violaria o princípio da isonomia e o 
artigo 39, §1° da CRFB, eis que para o exercício do cargo exige-se 
apenas nível médio. Diante dos fatos, requereu seu reenquadramento na 
forma da Lei Municipal n. 388/2011, realizando de forma imediata a 
majoração de seu salário-base. O magistrado em sentença julgou 
procedente o pedido de Antônio. Inconformado, o ente público 
recorreu alegando, dentre outros motivos, que os requisitos 
estabelecidos na lei municipal são constitucionalmente válidos. O 
órgão colegiado, por unanimidade, acordou em suscitar o incidente 
processual cabível. Indaga-se: Qual incidente processual enquadra-se na 
hipótese? Explique e fundamente a sua resposta. 
RESPOSTA 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 
Na hipótese é cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas 
quando houver: 
I - simultaneamente efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a 
mesma questão unicamente de direito e risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica. 
II - efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão de 
fato e de direito. 
III - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica. 
a) Apenas o item I está correto. 
b) Apenas o item III está correto. 
c) Os itens II e III estão correto. 
d) Apenas o item II está correto. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 3 
Quando o resultado do julgamento do recurso de apelação não for unânime deverá o 
Presidente do respectivo órgão fracionário do respectivo Tribunal: 
a) Dar prosseguimento ao julgamento considerando a extinção do recurso de embargos de 
infringentes; 
b) Deverá sobrestar o julgamento do recurso até a resolução da divergência pelos 
Supremo Tribunal Federal; 
c) Deverá instaurar incidente para resolução da divergência instaurada no julgamento do 
recurso; 
d) Inadmitir o recurso de apelação que originou a divergência. 
 
 
 
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PLANO DE AULA - 10 Precedentes Judiciais. Modulação temporal. Reclamação. 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Em sessão plenária o Supremo Tribunal Federal alterou o entendimento 
pacificado através do precedente judicial extraído da ADPF 186, no 
sentido de admitir a constitucionalidade das cotas raciais nas 
universidades públicas, determinando que a partir da data da referida 
sessão o único critério a ser utilizado para ingresso nas universidades 
deve ter como base a meritocracia. Considerando a sistemática de 
aplicação dos precedentes judiciais podemos afirmar que o Supremo 
Tribunal Federal agiu adequadamente? 
RESPOSTA 
NÃO. O sistema de precedentes exposto no CPC determina que haja a 
modulação temporal nos casos em que se revele a necessidade de 
manutenção da segurança jurídica e em atenção aos interesses sociais 
conforme dispõe o artigo 927, §3º do CPC, o tema tratado no precedente 
alterado possui ampla repercussão social, o que torna a modulação 
temporal imprescindível. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 
Com o objetivo de expandir a prestação jurisdicional e aperfeiçoar a legislação outrora em 
vigor, promulgou-se a Lei nº 9.099/95, criando os “Juizados Especiais Cíveis e Criminais”. A 
sentença proferida em processo seguindo este rito está sujeita a recurso ao próprio Juizado, 
sendo julgado por turma composta por 3 (três) juízes togados, em exercício no primeiro grau 
de jurisdição. No âmbito civil, o acórdão prolatado pela turma recursal está sujeito (XLV 
Concurso para ingresso na Magistratura do TJRJ): 
a) à reclamação ao Superior Tribunal de Justiça, desde que o acórdão contrarie 
jurisprudência firmada na Corte Superior, versando sobre direito material Resolução 
12/2009 do STJ 
b) à interposição de recurso extraordinário, dispensando- -se o prequestionamento em 
razão da informalidade e simplicidade que regem a lei 
c) à interposição de recurso especial, nas hipóteses constitucionalmente previstas 
d) à oposição de embargos infringentes, para casos em que a decisão tenha sido não 
unânime 
 
QUESTÃO OBJETIVA 3 
A autoridade federal competente para julgar processo administrativo de imposição de multa 
decidiu por aplicar a pena de multa ao administrado, impondo-lhe, ainda, o ônus de depositar 
o respectivo valor como condição de admissibilidade do recurso administrativo cabível. 
 
Sabendo que a exigência da autoridade administrativa contraria teor da súmula vinculante 21 
(segundo a qual é inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro 
ou bens para a admissibilidade de recurso administrativo), o administrado pretende propor 
reclamação constitucional para que não seja obrigado a depositar o valor da multa como 
condição de admissibilidade do recurso administrativo. 
 
De acordo com a Constituição Federal, a reclamação constitucional é, em tese: 
a) Incabível. 
b) Cabível, devendo ser proposta perante o Supremo Tribunal Federal. 
c) Cabível, devendo ser proposta perante o Superior Tribunal de Justiça. 
d) Cabível, devendo ser proposta perante o Tribunal Regional Federal competente. 
e) Cabível, devendo ser proposta perante a autoridade administrativa superior. 
 
 
 
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PLANO DE AULA - 11 Procedimentos Especiais Voluntários: Conceito. Procedimentos 
Especiais Contenciosos: Conceito. Ação 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Arlete celebrou com José um contrato de promessa de compra e venda 
de umimóvel cujo pagamento do valor do bem foi parcelado em 50 
parcelas de R$10.000.00. José, diante da necessidade financeira, realizou 
contrato de mútuo com o Banco XZV onde ofereceu o referido imóvel em 
garantia, sem comunicar previamente a Arlete. Diante do descumprimento 
do contrato de mútuo por José, o Banco instaurou processo judicial 
visando a execução da garantia. Considerando que José está em local 
incerto e Arlete não mais vem recebendo os boletos para pagamento das 
parcelas, a compradora propôs ação de consignação em pagamento, nos 
termos do art. 547 do CPC, em face de José e do Banco XZV, pois teve 
dúvida acerca da titularidade do crédito. O juiz extinguiu o feito, sem 
resolução do mérito, por entender que inexiste, nesse caso, 
interesse de agir vez que não há dúvida acerca de quem é o titular do 
crédito. O juiz agiu corretamente? 
RESPOSTA 
NÃO. Ela “Arlete – autora” terá o direito de agir, e pode fazer o deposito 
em nome dos dois credores e estes decidirão judicialmente quem é o 
verdadeiro e legitimo credor, com base no art. 547 do CPC. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 
Na ação de consignação em pagamento o réu, em contestação, poderá alegar, EXCETO: 
a) Que foi justa a recusa. 
b) Que não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida. 
c) Que o depósito não é integral. 
d) Que o depósito apesar de efetuado dentro do prazo pactuado não foi no lugar 
onde deveria ocorrer o pagamento Art 544 do CPC. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 3 
Na ação interposta por aquele que pretende exigir a prestação de contas, conforme a 
disposição do CPC, se o réu não negar a obrigação de prestar contas, é INCORRETO afirmar 
que, em consequência: 
a) O Juiz conhecerá diretamente do pedido, proferindo sentença. 
b) A sentença que julgar procedente a ação condenará o réu a prestar as contas no prazo 
de quarenta e oito (48) horas. 
c) As contas serão, desde logo, apresentadas pelo autor, em dez (15) dias, sendo 
julgadas segundo o prudente arbítrio do Juiz Art 550, §6º do CPC. 
d) A sentença que julgar procedente a ação, condenando o réu a prestar as contas, 
também, imporá a este a pena de não lhe ser lícito impugnar as que o autor apresentar, 
caso não cumpra a condenação no prazo fixado. 
 
 
 
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PLANO DE AULA - 12 Procedimentos Especiais Contenciosos. Ações Possessórias. Ação 
de Divisão e demarcação. Usucapião. 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Lindalva, após preencher todos os requisitos legais pertinentes, 
peticionou ao 10° cartório de Notas da cidade do Rio de Janeiro 
pleiteando o reconhecimento extrajudicial de usucapião do imóvel 
localizado no município de Juiz de Fora, Minas Gerais. Sobre o tema, 
indaga-se: Lindalva agiu corretamente? Fundamente a sua resposta. 
RESPOSTA 
SIM. Uma vez atendendo os requisitos do art. 1.071 do CPC, e se não 
for necessária a diligência no local do imóvel para certificar o tempo 
de posse, a ATA NOTARIAL PODERÁ SER LAVRADA POR 
QUALQUER TABELIÃO DE NOTAS, segundo o artigo 8º, da Lei nº 
8935/94, sendo exigido, nesse caso, o comparecimento do solicitante do 
usucapião e de eventuais testemunhas, se for o caso, no Cartório onde 
será lavrada a respectiva ata notarial. “Art. 8º É livre a escolha do tabelião 
de notas, qualquer que seja o domicílio das partes ou o lugar de situação 
dos bens objeto do ato ou negócio”. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 (Analista Judiciário do TJ-RS – 2012) 
Assinale a alternativa que apresenta a afirmação correta no que tange às ações possessórias 
no Código de Processo Civil. 
a) A propositura de uma ação possessória em vez de outra obsta a que o juiz outorgue a 
proteção legal correspondente àquela. 
b) A pendência do processo possessório não obsta a propositura de ação de 
reconhecimento do domínio. 
c) O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de esbulho e reintegrado no 
caso de turbação. 
d) Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, desde que ouvido o réu, 
a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração. 
e) Contra as pessoas jurídicas de direito público, não se defere a manutenção ou a 
reintegração liminar sem prévia audiência dos respectivos representantes 
judiciais Art.562, PU do CPC 
 
QUESTÃO OBJETIVA 3 
Sobre a usucapião, marque a alternativa correta: 
a) Trata-se de Procedimento especial de Jurisdição contenciosa previsto no CPC. 
b) O artigo 1.071 do CPC trouxe inovação para a lei de Registros Públicos que 
passou a admitir o pedido de reconhecimento extrajudicial de usucapião. 
c) Trata-se de Procedimento especial de Jurisdição voluntária previsto no CPC. 
d) O Código de Processo Civil não previu a ação de usucapião dentre os procedimentos 
especiais, por esta razão esse procedimento deixou de existir no CPC. 
 
 
 
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PLANO DE AULA - 13 Procedimentos Especiais Contenciosos. Embargos de Terceiro. 
Ação Monitória. Restauração de Autos. 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Fernando José propôs ação de Reintegração de Posse em face de 
Pedro Feijó sob o fundamento de que o réu praticou esbulho possessório. 
A demanda tramitou regularmente e, ao final, o juiz julgou procedente o 
pedido possessório para determinar a retomada da posse do imóvel em 
favor de Fernando. Após o trânsito em julgado e a consequente expedição 
do competente mandado de Reintegração, Diego de Sá e sua esposa 
Marieta opuseram embargos de terceiros, nos termos do art. 674 do CPC, 
para defesa de sua propriedade alegando, para tanto, que têm a posse 
mansa e pacífica do imóvel há mais de 12 anos. Por outro lado, 
argumentaram, também, que adquiriram a posse do imóvel antes mesmo 
do bem se tornar litigioso. Agiu corretamente o advogado de Diego e 
Marieta ao opor embargos de terceiros para a defesa da posse de seus 
clientes? 
RESPOSTA 
SIM. O recurso embargos de terceiro é a via própria para a defesa da 
posse nesse caso, considerando que adquiriu a posse antes mesmo da 
coisa tornar-se litigiosa. Por outro lado, a coisa julgada operada na ação 
de reintegração de posse não produz efeitos em relação a terceiros, 
conforme arts. 674 e 675 do CPC. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 (FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário – Área Judiciária) 
A ação monitória: 
a) Segue o mesmo rito da ação de execução. 
b) Admite prova exclusivamente testemunhal. 
c) Demanda a existência de prova escrita sem eficácia de título executivo e pode ter 
como objeto a entrega de bem fungível. 
d) Permite que o réu ofereça embargos ao mandado monitório, desde que deposite o valor 
integral do débito ou preste caução idônea. 
e) Leva, quando da rejeição dos embargos, à constituição de título executivo extrajudicial. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 3 
Em relação à ação monitória é correto afirmar: 
a) Não se admite o procedimento monitório para adimplemento de obrigação de fazer ou 
não fazer. 
b) Não cabe ação rescisória contra decisão proferida no procedimento monitório quando o 
devedor não oferecer embargos. 
c) O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de cheque sem força 
executiva é bienal. 
d) Admite-se a condenação do réu por litigância de má-fé Art.700, II CPC 
 
 
 
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PLANO DE AULA - 14 Procedimentos Especiais Contenciosos. Inventário e Partilha. 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Maria de Souza propôs ação de inventário judicial para partilha de bens 
de seu falecido marido Carlos Otávio. Além da inventariante foram 
incluídos, também, nas primeiras declarações Othon Souza e Maurício 
Souza, herdeiros do de cujus. Considerando que Carlos era sócio da 
Empresa de Transportes Via Jato, a inventariante propôs Apuração de 
Haveres para viabilizar, através da respectiva perícia, o valor do saldo 
devido ao de cujus pela sociedade empresária. O juiz instaurou o 
incidente em apartado e, após a perícia contábil, homologou o valor do 
saldo credor fixado na apuração de haveres em favor do Espólio de 
Carlos Otávio. A Empresa Via Jato interpôs recurso de apelação sob o 
argumento de que a apuração de haveres, por se tratar de matéria de alta 
indagação, deveria ter sido processada pelo juízo cível razão pela qual o 
juízo orfanológico é absolutamente incompetente, nos termos do art. 612 
do CPC. O Tribunal de Justiça confirmou a decisão proferida pelo juízo 
orfanológico. Os argumentos da Empresa procedem? 
RESPOSTA 
NÃO. Considerando que a necessidade de realização da apuração de 
haveres de perícia contábil para identificação do saldo devido ao “de 
cujus”, não afasta a incidência do juízo orfanológico (juízo que advém a 
ação de inventário), conforme art. 610 e ss. do CPC. 
 
JUÍZO ORFANOLÓGICO = "O falecido ou (de cujus) deixou 
descendentes sujeitos à jurisdição orfanológica" significa que, dentre os 
herdeiros, existiam menores de idade ou, mais raramente, incapazes ou 
ausentes em parte incerta. Este averbamento implicava que a 
Conservatória do Registo Civil comunicava, necessariamente, ao 
Ministério Público junto do respectivo tribunal da comarca o óbito, a fim de 
instaurar o, outrora, denominado inventário obrigatório. Deste constam, no 
auto de declarações de cabeça de casal, entre outros elementos, a 
identificação dos descendentes da pessoa falecida (inventariado). 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 
Lindalva faleceu em Minas Gerais, em um acidente durante a prática de montanhismo. Não 
tinha feito testamento, mas deixou dois filhos maiores que residem em dois estados da 
Federação. Apesar de não ter domicílio certo, deixou bens situados nos estados da Bahia e de 
Mato Grosso. A respeito da ação de inventário, de acordo com o que dispõe o Código de 
Processo Civil, assinale a afirmativa correta. 
a) A ação de inventário deve ser ajuizada no foro do domicílio dos filhos de Lindalva, pois 
são eles os inventariantes. 
b) O foro competente para o inventário é o da situação dos bens, de forma que o 
inventário deverá ser aberto na Bahia, local onde a maioria dos bens está localizada. 
c) A ação de inventário poderá ser ajuizada no foro da situação de qualquer dos 
bens, uma vez que o autor da herança possui bens em lugares diferentes Art.48, II do 
CPC 
d) O inventário deverá ser aberto pelos herdeiros no estado de Minas Gerais, uma vez que 
Lindalva não tinha domicílio certo e seus bens estavam em lugares diferentes. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 3 
O requerimento de inventário e de partilha incumbe a quem estiver na posse e na 
administração do espólio, contudo possui legitimidade concorrente, EXCETO: 
a) O cônjuge ou companheiro supérstite. 
 
 
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b) O cessionário do herdeiro ou do legatário. 
c) O Ministério Público, havendo herdeiros incapazes. 
d) A União, quando tiver interesse público. 
 
 
 
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PLANO DE AULA - 15 Procedimentos especiais de jurisdição contenciosa: Ação de 
família: Divórcio judicial. 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Deise Lucia e Álvaro ingressaram com uma ação de separação judicial 
consensual perante o Juízo de Família da Comarca de Recife. O juiz 
indeferiu a petição inicial sob o argumento de que a separação judicial 
consensual foi extinta após a EC nº 66/2010. O juiz agiu 
adequadamente? 
RESPOSTA 
NÃO. Porque não foi extinto o procedimento de separação judicial pela 
EC nº 66/2010. É possível promover separação judicial consensual, 
quando tiverem intenção de romper apenas a convivência em comum e 
não o vínculo conjugal, conforme art. 731 e ss. do CPC, em especial o 
art. 733 do CPC 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 (Analista do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro – 2011) 
Sobre a jurisdição voluntária, é correto afirmar que: 
a) Assim como na contenciosa, o juiz é obrigado na jurisdição voluntária a observar a 
legalidade estrita. 
b) O Ministério Público pode atuar como órgão interveniente na jurisdição voluntária, mas 
não como órgão agente. 
c) O interditando não pode constituir advogado, devendo ser nomeado curador especial 
para sua defesa; 
d) Cessando as funções do tutor ou curador pelo decurso do prazo em que era 
obrigado a servir, ser-lhe-á lícito requerer a exoneração do encargo; 
e) O tutor ou curador poderá eximir-se do encargo, apresentando escusa ao juiz a 
qualquer tempo. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 3 
A interdição daqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiveram o necessário 
discernimento para os atos da vida civil será declarada em procedimento de jurisdição: 
a) Contenciosa, sendo dispensada a intervenção do Ministério Público se o interditando 
constituir advogado para defendê-lo, mas é o Ministério Público também legitimado para 
promover a interdição em casos especificados em lei. 
b) Contenciosa, com intervenção obrigatória do Ministério Público que, entretanto, em 
nenhuma hipótese tem legitimidade para promover a interdição. 
c) Voluntária, se o interditando concordar com o pedido e contenciosa, se o interditando 
resistir ao pedido de interdição. 
d) Voluntária, não sendo obrigatória a intervenção do Ministério Público, nem sendo o 
Ministério Público legitimado em qualquer hipótese para requerer a interdição. 
e) Voluntária, com intervenção obrigatória do Ministério Público, o qual, também, 
tem legitimidade para promover a interdição em casos especificados na lei. 
 
 
 
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PLANO DE AULA - 16 Aula de Revisão: Procedimentos Especiais de Jurisdição 
voluntária. Procedimentos Especiais de Jurisdição 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Maria alugou de Mauro imóvel residencial urbano. Ocorre que a locatária 
está desempregada há 5 meses, razão pela qual encontra-se 
inadimplente com sua obrigação contratual. Mauro, inconformado com o 
atraso de Maria, aproveitou que esta não se encontrava no referido 
imóvel, adentrou no mesmo, retirou todos os pertences pessoais de Maria 
e trocou a fechadura. Diante dos fatos narrados, indaga-se: 
RESPOSTA A 
Qual ação possessória é cabível a defesa dos interesses de Maria? 
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE, combinado com perdase 
danos, pelo esbulho configurado 
RESPOSTA B 
Qual remédio processual caberia a Mauro para reaver o seu imóvel e 
receber os encargos da locação em atraso? Fundamente a sua resposta. 
AÇÃO DE DESPEJO, conforme art. 59 e ss. da Lei nº 8245/91, com 
fundamentação no art. 9, III da mesma lei. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 
Analise as seguintes assertivas: 
I. Cabe ao proprietário a ação de demarcação, para obrigar o seu confinante a estremar os 
respectivos prédios, fixando-se novos limites entre eles ou aviventando-se os já apagados. 
II. A demarcação e a divisão jamais poderão ser realizadas por escritura pública. 
III. Cabe ao condômino a ação de divisão, para obrigar os demais consortes a estremar os 
quinhões. 
a) Apenas o item II está correto. 
b) Os itens I e III estão corretos. Art. 946, I e II do CPC 
c) Apenas o item III está correto. 
d) Os itens I e II estão corretos 
 
QUESTÃO OBJETIVA 3 
Sobre as ações possessórias é INCORRETO afirmar: 
a) É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de condenação em perdas e danos. 
b) A ação de manutenção e de reintegração de posse possuirá sempre o procedimento 
comum. 
c) O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de esbulho Art. 1210 do CC/02 
d) É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de indenização dos frutos. 
 
 
 
 
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RECURSOS DO CPC15 (resumo) 
 
A maioria dos cidadãos percebe que o judiciário é muito moroso, o que leva este órgão ao 
desprestígio e a insatisfação de toda a nação. Todas as pessoas clamam por uma justiça que 
seja mais célere e eficaz, uma vez que com a demora na prestação jurisdicional nem sempre a 
justiça é feita, pois chega tarde demais. 
O resgate ao prestígio do judiciário, bem como a modernização e atendimento as demandas 
com mais eficiência são os principais objetivos do novo Código de Processo Civil. 
Para aqueles que defendem a produção de um novo Código o seu principal argumento é 
realmente a morosidade da justiça brasileira, acreditam que o atual diploma legislativo não é 
capaz de atender as necessidades da comunidade com eficiência, pois não atendem ou 
resolvem os conflitos em um tempo adequado. 
Outro ponto é que o atual sistema é recheado de formalismos e recursos, necessitando de uma 
grande reforma para o atendimento a promessa constitucional de uma justiça célere e eficaz. 
Para o presente trabalho, a análise dos recursos e suas principais mudanças, é de se destacar 
que o atual sistema recursal é visto pela grande maioria dos juristas como sendo 
extremamente complexo, o que causa ao processo como um todo uma grande morosidade até 
o seu fim. 
O maior objetivo do novo Código de Processo Civil, senão o maior desafio é de conferir maior 
celeridade e efetividade a prestação jurisdicional. Assim, o novo Código pretende enxugar o 
excesso de formalidade e casuísmo conferido ao atual código. Neste sentido, abrirá espaço 
para a conciliação e um número menor de recursos ou meios impugnativos. 
O novo Código de Processo Civil deve buscar a maior celeridade no processo, porém não 
poderá buscar isso a todo o custo, sob pena de se suprimir princípios e garantias 
constitucionais. Pois se de um lado há o clamor por uma maior celeridade processual, por outro 
há o aspecto da segurança jurídica e da prestação jurisdicional com eficiência. 
O presente trabalho tem como principal objetivo fazer uma análise acerca dos recursos 
existentes no atual sistema processual em comparação com o possível novo Código de 
Processo Civil, uma vez que ainda é possível alguma mudança, pelo fato de que apenas a 
primeira parte tenha sido aprovada. 
Os recursos cabíveis no atual código estão disciplinados no artigo 496 sendo: Apelação, 
Agravo, Embargos Infringentes, Embargos de Declaração, Recurso Ordinário, Recurso 
Especial, Recurso Extraordinário e Embargos de Divergência em Recurso Especial e 
Extraordinário. 
 
a) Apelação 
 
Apelação do atual Código é cabível contra sentença, encontra cabimento no art. 513, prazo de 
15 dias – art. 508, há exigência de preparo, motivação é encontrada no art. 514, I a III, 
ausência de fator modificativo, impeditivo ou extintivo, seu efeito é devolutivo e suspensivo, 
sendo devolutivo art. 520, devolutivo art. 520, I a VII, há contraditório, sua apresentação se dá 
por petição escrita. 
 
Apelação no novo Código é cabível contra sentença, encontra cabimento no art. 923, prazo de 
15 dias – art. 907, parágrafo único, há exigência de preparo, motivação encontrada no art. 924, 
I a III, previsão de juízo de admissibilidade art. 926, seu efeito é devolutivo e suspensivo ou 
apenas devolutivo art. 928, há presença de contraditório, sua apresentação se dá por petição 
escrita. 
 
 
 
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A apelação é um recurso interposto contra qualquer tipo de sentença art. 513 do Código de 
Processo Civil e art. 923 do projeto do novo Código de Processo Civil; 
Sua apresentação é feita ao juízo ad quo para admissibilidade ou não; 
Nos casos previstos no art. 520, I e VII seu recebimento é apenas com efeito devolutivo. 
Ante uma breve análise não parece ter sofrido modificações relevantes porque o caput do art. 
963 retoma o mesmo enfoque do código atual quando estabelece que da sentença cabe 
apelação. A diferença ocorrerá nas questões incidentes não resolvidas no processo, pois não 
preclusivas ante a supressão do agravo retido, assim as questões não arguidas poderão ser 
feitas nas razões da apelação. 
 
b) Agravo Retido 
 
Agravo Retido: é cabível contra decisão interlocutória, encontra cabimento no art. 522, 1ª 
parte do atual CPC, prazo é de 10 dias – art. 522, exceto em audiência de Instrução e 
Julgamento, devendo ser interposto no ato art. 523, § 3º do atual CPC, há exigência de 
preparo, sua motivação se dá como uma espécie de preliminar de recurso de apelação, 
ausência de fator modificativo, impeditivo ou extintivo, seus efeitos são os mesmos da 
apelação, há presença do contraditório, sua apresentação se dá por petição escrita, exceto 
quando em audiência de instrução e julgamento quando deverá ser na forma oral (art. 523, § 
3º). 
 
Agravo Retido: No novo CPC o agravo retido foi extinto, devendo eventuais questões 
decididas na fase cognitiva serem suscitadas como preliminar de apelação, já que não se 
opera a preclusão (art. 923, parágrafo único). 
Está previsto no art. 522 do atual código e foi extinto do anteprojeto do novo CPC. 
Forma de recurso interposto contra decisão interlocutória de primeira instância. 
Embora haja o prazo de 10 dias, o Agravo Retido só será apreciado em caso de recurso de 
apelação. 
Em caso de decisão interlocutória proferida em audiência, o agravo deverá ser interposto 
imediatamente. 
 
c) Agravo de Instrumento 
 
Agravo de instrumento é previsto no atual código contra decisão interlocutória, encontra 
cabimento no art. 522, 2ª parte, o prazo é de 10 dias art. 522, há necessidade de preparo, sua 
motivação é encontrada no artigo 524, I a III, ausência de fator modificativo, impeditivo ou 
extintivo, seu efeito é Devolutivo, podendo ser atribuído efeito suspensivo no caso do art. 558, 
há presença de contraditório, sua apresentação se dá por petição escrita. 
 
Agravo de instrumento no novo CPC é cabívelcontra decisão interlocutória art. 929, seu 
prazo é de 15 dias art. 907, parágrafo único, há exigência de preparo, sua motivação é prevista 
no artigo 930, I a III, ausência de fator modificativo, impeditivo ou extintivo art. 935, seu efeito é 
Devolutivo, podendo ser atribuído efeito suspensivo – art. 933, inciso I, há presença de 
contraditório, sua apresentação se dá por petição escrita. 
 
O agravo de instrumento é um recurso dirigido às decisões interlocutórias, sendo previsto na 
segunda parte do art. 522, no atual CPC, e no anteprojeto do novo CPC, no art. 929. 
 
No atual CPC é aceito apenas nas seguintes situações conforme Rios 2012 contra decisões 
suscetíveis de causar à parte lesão grave ou de difícil reparação, as que não admitirem recurso 
 
 
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de apelação, ou as referentes aos efeitos que o juiz atribui a esse recurso; contra a decisão 
que julga a liquidação e contra aquele que, em cumprimento de sentença, julga a impugnação 
do executado; contra as decisões contra as quais não seja possível apresentar o agravo retido. 
Rios 
 
O anteprojeto do novo CPC apresenta um rol taxativo das possibilidades do Agravo de 
Instrumento: 
Art. 929. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias: 
I - que versarem sobre tutelas de urgência ou da evidência; 
II - que versarem sobre o mérito da causa; 
III - proferidas na fase de cumprimento de sentença ou no processo de execução; 
IV - em outros casos expressamente referidos neste Código ou na lei. 
 
d) Agravo Interno 
 
Agravo interno: encontra amparo legal nos arts. 557, § 1º; art. 545; art. 120, § único e art. 532 
do atual CPC, prazo é de 5 dias, não há necessidade de preparo, motivação Art. 557, § 1º; art. 
545; art. 120, § único e art. 532, ausência de fator modificativo, impeditivo ou extintivo a 
depender de cada modalidade, efeito apenas devolutivo, não há presença de contraditório, sua 
apresentação se dá por petição escrita. 
 
Agravo interno: no novo CPC seu processamento se dará conforme o regimento interno de 
cada tribunal - Art. 936. 
 
Previsto nos arts. 557, § 1º; 545; 120, § único e 532 do atual CPC e no art. 936 do projeto do 
novo CPC. 
 
Recurso cabível contra as decisões unilaterais do relator. 
Deve ser interposto no prazo de 5 dias; 
No anteprojeto do novo CPC será processado conforme o regimento interno de cada tribunal. 
 
e) Embargos Infringentes 
 
Embargos infringentes: Cabimento na forma do artigo 530 do atual CPC, prazo de 5 dias art. 
536, a exigência de preparo é conforme lei local, motivação estabelecida no art. 530 do atual 
CPC, Ausência de fator modificativo, impeditivo ou extintivo, juízo de admissibilidade conforme 
art. 531, seu efeito é Devolutivo, suspensivo se a apelação tiver sido recebida em tal efeito, há 
presença de contraditório, sua apresentação se dá por petição escrita. 
 
Embargos infringentes: No novo CPC esta modalidade foi extinta. 
 
Previsto no art. 530 do atual CPC, “Cabem embargos infringentes quando o acórdão não 
unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado 
procedente ação rescisória. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria 
objeto da divergência”. 
Tem cabimento apenas em acórdãos não unânimes de julgamento de apelação ou de ação 
rescisória. 
Foi extinto no novo CPC. 
 
 
 
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f) Embargos de Declaração 
 
Embargos de declaração: é cabível contra qualquer decisão art. 535, I e II do atual CPC, 
prazo de 5 dias art. 536, não há necessidade de preparo, motivação art. 535, I e I do CPC, 
ausência de fator modificativo, impeditivo ou extintivo art. 538, parágrafo único, efeito apenas 
devolutivo, não há presença de contraditório, sua apresentação se dá por petição escrita. 
 
Embargos de declaração: é cabível contra qualquer decisão art. 937, I e II, prazo de 5 dias 
art. 938, não há necessidade de preparo, motivação art. 937, I e II do novo CPC, ausência de 
fator modificativo, impeditivo ou extintivo art. 941, §§ 1º a 3º do novo CPC, não há presença de 
contraditório, sua apresentação se dá por petição escrita. 
 
Tem como pressuposto específico de admissibilidade a existência de contradição, omissão ou 
obscuridade na sentença ou acórdão embargado. (SANTOS, 2009, p. 155); 
 
destaque-se ainda que podem se caracterizar como meramente protelatórios, caso em que o 
embargante será condenado a pagar uma multa; 
 
Neste sentido a previsão da multa no atual CPC é de, no máximo, 1% sobre o valor da causa, 
o que se pretende alterar no novo CPC para até 5% sobre o valor da causa. 
 
g) Recurso Ordinário 
 
Recurso Ordinário: cabimento previsto nos Arts. 539, incisos I e II e arts. 102, inciso II, alíneas 
a e b e 105, inciso II, alíneas a, b e c da CF. prazo de 15 dias art. 536, exigência de preparo, 
motivação art. 536, ausência de fator modificativo, impeditivo ou extintivo – juízo de 
admissibilidade art. 518, § 2º, efeitos suspensivo (art. 520); devolutivo (art. 520, incisos I a VII), 
presença de contraditório, sua apresentação se dá por petição escrita. 
 
Recurso Ordinário: cabimento no novo CPC art. 942, I e II, prazo de 15 dias art. 907, 
parágrafo único, exigência de preparo, motivação art. 942, I e II, Ausência de fator modificativo, 
impeditivo ou extintivo – Juízo de admissibilidade art. 926, efeitos devolutivo e suspensivo ou 
apenas devolutivo art. 928, presença de contraditório, sua apresentação se dá por petição 
escrita. 
 
Trata-se, na essência, de recurso constitucional (arts. 102, inciso II, alíneas a e b e 105, inciso 
II, alíneas a, b e c da CF); 
 
Tem natureza de apelação em causas de competência originária dos Tribunais, quando 
denegatórias as decisões, e causas de competência originária dos juízes federais (SANTOS, 
2009, p. 203); 
 
Não há alteração relevante no anteprojeto do novo CPC; 
 
Este recurso é utilizado em causas internacionais, ou seja, aquelas previstas no art. 539, inciso 
II, alínea b do CPC e art. 105, inciso II, alínea c da CF. 
 
h) Recurso Especial 
 
 
 
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Recurso Especial: cabimento previsto nos Arts. 102, inciso III da Constituição Federal e 541 
do CPC, prazo é de 15 dias art. 508 do atual CPC, motivação art. 541, I e III CPC, exigência de 
preparo, ausência de fator modificativo, impeditivo ou extintivo – juízo de admissibilidade art. 
542, § 1º. Efeito somente devolutivo, há presença de contraditório, apresentação por meio de 
petição escrita. 
 
Recurso Especial: no novo CPC é previsto no art. 944, prazo é de 15 dias art. 907, parágrafo 
único, exigência de preparo, motivação art. 944, I e III, ausência de fator modificativo, 
impeditivo ou extintivo – juízo de admissibilidade art. 945, parágrafo único, efeito somente 
devolutivo, presença de contraditório, apresentaçãopor meio de petição escrita. 
 
O recurso especial, assim como o extraordinário que será analisado posteriormente, possui 
pressupostos específicos de admissibilidade, a seguir elencados: 
 
O primeiro deles diz respeito ao esgotamento das vias ordinárias, conforme súmula 207 do 
STJ, que trata da hipótese de inadmissão do recurso especial quando cabíveis embargos 
infringentes contra o acórdão de origem; 
 
O segundo pressuposto trata da existência de prequestionamento de matéria 
infraconstitucional, já que não se aplica nesse tipo de recurso o efeito translativo, cabendo ao 
STJ apenas a análise do que for prequestionado; 
 
Competência do STJ para julgamento; 
 
Tem-se ainda que cabível, em tal recurso, apenas análise de matéria de Direito, não cabendo 
nova análise da situação fática; 
 
A única exceção à regra é a revaloração das provas, a qual tem sido admitida pelo STJ em 
sede de recurso especial; 
 
Outro pressuposto importante é a existência de repercussão geral da matéria questionada, 
necessária à admissão do recurso. 
 
i) Recurso Extraordinário 
 
Recurso Extraordinário: cabimento na hipótese do art. 539, I e II do atual CPC, prazo de 15 
dias art. 536, motivação é encontrada no art. 541, I e II, ausência de fator modificativo, 
impeditivo ou extintivo – juízo de admissibilidade previsto no art. 542, § 1º do atual CPC, efeito 
apenas devolutivo, presença do contraditório, apresentação por meio de petição escrita. 
 
Recurso Extraordinário: cabimento art. 942, I e II do novo CPC, prazo de 15 dias previsto no 
art. 907, parágrafo único, necessidade de preparo, motivação art. 944, I a III, ausência de fator 
modificativo, impeditivo ou extintivo – juízo de admissibilidade art. 945, parágrafo único, efeito 
apenas devolutivo, presença de contraditório, apresentação por meio de petição escrita. 
 
Tal como no recurso especial, para admissibilidade do recurso extraordinário é imprescindível o 
esgotamento das vias ordinárias, conforme inteligência da súmula 281 do STF; 
 
Também é necessária a existência de prequestionamento de matéria constitucional para 
admissão do recurso; 
 
 
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Aqui reside uma das principais diferenças entre o recurso extraordinário e o especial, já que o 
primeiro destina-se às causas em que se discute matéria constitucional e o segundo matéria 
infraconstitucional, o que também serve para diferenciar a competência para julgamento de 
ambos os recursos, uma vez que o primeiro é de competência do STF e o segundo do STJ; 
Igualmente cabível neste recurso apenas a análise de matéria de Direito, não cabendo nova 
análise dos fatos; 
 
Necessária, ainda, a repercussão geral da matéria constitucional questionada, para possibilitar 
a admissão do recurso; 
 
Importante destacar que são cabíveis, simultaneamente, ambos os recursos; 
 
Em tal caso, os autos serão remetidos ao STJ e processados nos termos do art. 543 e §§ do 
CPC atual e art. 946 a 949 do anteprojeto do novo CPC. 
 
j) Embargos de divergência em Resp e Re 
 
Embargos de divergência em Resp e Re: cabimento previsto no art. 546, I e II do atual CPC, 
prazo previsto no regimento interno art. 546, parágrafo único, necessidade ou não de preparo 
também é previsto no regimento interno art. 456, parágrafo único, ausência de fator 
modificativo, impeditivo ou extintivo conforme cabimento ou adequação, efeitos e presença de 
contraditório varia de acordo com o regimento interno art. 546, parágrafo único, apresentação 
por meio de petição escrita. 
 
Embargos de divergência em Resp e Re: cabimento previsto no art. 959, I a IV do novo CPC, 
prazo de acordo com o regimento interno art. 960, motivação art. 959, I a IV, ausência de fator 
modificativo, impeditivo ou extintivo conforme cabimento ou adequação, necessidade de 
preparo, efeitos, presença de contraditório ambos de acordo com o regimento interno art. 960, 
apresentação por meio de petição escrita. 
 
Previsão no atual CPC no art. 546, incisos I e II, os quais trazem as hipóteses de cabimento de 
referido recurso; 
 
Não há maiores considerações na atual legislação processual, já que o parágrafo único do 
referido dispositivo legal rege que o procedimento judicial será fixado pelo regimento interno do 
tribunal; 
 
No anteprojeto do novo CPC esta disposição foi mantida, entretanto cabem algumas 
considerações relevantes; 
 
O art. 960, parágrafo único, cria a hipótese de interrupção do prazo para interposição de 
eventual recurso extraordinário, quando pendente embargos de divergência de decisão 
proferida em sede de recurso especial; 
 
Destaque-se ainda a ampliação de hipóteses de cabimento de embargos de divergência, 
conforme disposições do art. 959, incisos I a IV; 
 
 
 
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Houve ainda, conforme a disposição do art. 959, § 1º, a abertura de possibilidade de confronto 
de teses jurídicas contidas em julgamentos de recursos e de ações de competência originária 
do tribunal. 
 
l) Recurso Adesivo 
 
Recurso adesivo: cabimento previsto no art. 500, I a III do atual CPC, prazo de 15 dias art. 
500, parágrafo único, necessidade de preparo, motivação art. 500, I a III, ausência de fator 
modificativo, impeditivo ou extintivo – juízo de admissibilidade previsto no art. 500, parágrafo 
único, efeitos devolutivo e suspensivo, ou apenas devolutivo (conforme apelação interposta), 
presença de contraditório, apresentação por meio de petição escrita. 
 
Recurso adesivo: no novo CPC é previsto no art. 910, parágrafo único, I a III, prazo de 15 dias 
conforme art. 910, parágrafo único, necessidade de preparo, motivação presente no art. 910, 
parágrafo único, I a III, ausência de fator modificativo, impeditivo ou extintivo juízo de 
admissibilidade previsto no artigo 910, parágrafo único, os efeitos devolutivo e suspensivo ou 
apenas devolutivo a depender da apelação interposta, presença de contraditório e 
apresentação por meio de petição escrita. 
 
Esta modalidade recursal destina-se às hipóteses de sucumbência parcial de ambas as partes; 
Há crítica doutrinária em relação à denominação do recurso, já que adesivo é aquilo que “se 
une” ou que “se junta”, enquanto o mais correto seria “condicionado” ou “subordinado”, dada a 
função do recurso (SANTOS, 2009, p. 216); 
 
O principal pressuposto de admissibilidade deste tipo de recurso é a existência de recurso 
principal interposto pela parte contrária; 
 
É cabível no prazo legal de resposta do recurso principal, em regra os 15 dias previstos no art. 
508 do CPC atual e art. 907, parágrafo único do anteprojeto do novo CPC; 
 
A principal alteração que se pretende introduzir no novo CPC é a extinção da hipótese de 
cabimento deste recurso no caso de embargos infringentes, conforme art. 910, parágrafo único, 
inciso II, do anteprojeto. 
 
OUTROS PONTOS IMPORTANTES: 
*Recurso: unifica os prazos recursais, sendo 15 dias, exceção para os embargos de 
declaração; 
*Regra: Efeito devolutivo; 
*Apelação: Juízo de admissibilidade no Tribunal de Justiça, evitando recurso contra decisão 
de 1º grau inadmitindo a apelação; 
*Fim do agravo retido e dos embargos infringentes;*Sucumbência recursal: não admissão ou rejeição unanime; 
*Desistência: Exceção nos repetitivos. 
*Demandas repetitivas tem a possibilidade de reduzir os recursos, pois possibilitará que o 
juiz, quando identifique demanda idênticas, provoque os tribunais superiores para a decisão, 
aplicando-se o resultado a todas aquelas pendentes de julgamento. Neste caso, a segurança 
jurídica será maior, pois os processos de massa terão seus resultados mais previsíveis. 
Por fim, a intenção do novo Código é reestabelecer a crença no judiciário, em queda devido a 
morosidade, e tornar assim o processo mais célere e lógico.

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