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Aula dia 08/02/13 – Provas dissertativas. 
Relações Negociais – Professor Eros – erosbmcordeiro@uol.com.br
Ligado as teorias das obrigações. Conteúdo principiológico – teoria contratual critica contemporânea. Faz uma leitura critica das teorias contratuais a luz dos princípios da CF.
Teoria contratual contemporânea - teoria humanista, dignidade da pessoa humana, solidariedade social. A vontade acaba sendo mitigada, pois as pessoas contratam por necessidade e não por assim desejarem. Surge a crise da legalidade, crise do sistema, crise da teoria tradicional, natural do Estado Liberal, Estado mínimo. Resposta a crise - diante da abertura sistemática a aplicação dos princípios constitucionais nas relações negociais. 
Teoria contratual tradicional – voluntarista do contrato, autonomia negocial e privada. A vontade era base de toda relação contratual, exercício de liberdade individual.
 
Bibliografia: 
Tereza Negreiros – Contratos: novos paradigmas. Renovar. 2º edição de 2006. 
Judite Martins Costa – A boa fé no direito civil. Leitura obrigatória. 
Comentários ao Código Civil - volume 5. 
Claudia Lima Mattos – A crise do contrato. Editora RT – ano 2011.
Paulo Nalin – Contrato: conceito pós moderno, editora Juruá.
Menezes Cordeiro – Da boa fé no direito privado. 
Teoria contratual contemporânea: 
Teoria contratual clássica de cunho patrimonialista x contemporânea de cunho existencialista. 
Contrato é operação econômica derivada da vontade, transferência de bens a partir da declaração de vontade, teoria voluntarista, construída na vontade do sujeito. Art. 427 e seguintes do CC. Liberdade individual das partes. 
Concepção voluntarista – o contrato faz lei entre as partes. 
Vícios dos negócios jurídicos. Dificilmente ha uma vontade livre e consciente. 
Lesão – art. 157 CC – desproporção. 
Século XIX – filme germinal.
Com a teoria contemporânea ha uma limitação nos contratos. Intervenções externas do Estado na teoria contratual. Todo mundo faz um contrato porque precisa, a necessidade é que faz o contrato. Operação econômica. 
Vontade x necessidade.
Principio da autonomia da vontade, consensualismo. 
Função social do contrato, boa fé objetiva, da dignidade da pessoa humana. 
Teoria material do contratos leva em conta a situação econômica social do contrato, quase em nenhum se exercita a liberdade individual dos contratos que tanto se fala, não existe autonomia da vontade nos contratos. 
Aula dia 15/02/13
Teoria contratual contemporânea: com o neoconstitucionalismo houve a constitucionalização do direito civil aplicado aos contratos. Foi a primeira resposta que se deu a chamada crise da teoria tradicional dos contratos de cunho legalista, positivista, de Estado Liberal, de Estado mínimo. 
A teoria tradicional se baseava na autonomia das vontades, onde o contrato faz lei entre as partes, teoria da vontade, legalismo estrito. Intangibilidade contratual, ninguém atinge os contratos senão as partes, as prestações contratuais somente podem ser revistas pelas partes. O juiz não pode intervir não importa o conteúdo do contrato. 
1 - Crise da teoria tradicional dos contratos: a vontade perde força em relação aos contratos. Surge um perfil socializante inserido num contexto mercadológico. 
Crise da legalidade: legalismo estrito. Esta no reconhecimento em que o interprete não estão adstritos ao legislador, é possível que o interprete contextualize a lei. A crise se dá no principio da legalidade, os tribunais consideram que podem haver uma interpretação da lei e não são obrigados a aplicar a lei de forma estrita. Rompeu com o dogma da escola da exegese, que os juízes são a boca da lei, e sim interprete da lei.
Crise de sistema: sistema que só funciona se o Estado for liberal, em Estados mínimos, não funciona em Estados Sociais, as normas eram cogentes e não dispositivas.
O Estado mínimo entrou em crise. Como que o Estado iria dizer que a clausula é abusiva em Estados mínimos. Crise do voluntarismo, o sujeito não tem o poder que a teoria dá a ele. O contrato não é mais o reino da vontade humana. A crise do sistema diz respeito a passagem do Estado Liberal para um Estado Social. O Estado intervém e restringe a autonomia da vontade, restrição de liberdade, típico de um Estado social interventor. Sistema é um conjunto de elementos direcionados a um fim, coordenados entre si, sistema jurídico, normativo composto por leis com um núcleo que coordena os demais. Fim do bem estar social.
2 - Resposta a crise: buscar na CF princípios que pudessem refletir esse novo perfil. Constitucionalização do direito civil aplicado a teoria dos contratos. Aplicar a CF porque o CC não dava conta, em resposta a crise, e diante da abertura sistemática. Os princípios são abertos, vagueza normativa. Possibilidade de aplicar os princípios diretamente as relações contratuais. 
Abertura sistemática: é a possibilidade de aplicar os princípios diretamente as relações contratuais. O principio permite argumentar e construir direitos. Já é possível a um juiz intervir no contrato com base no principio da dignidade da pessoa humana, com base no principio da boa-fé, intervenção direta do juiz. Dialogar com a realidade social e econômica, que da base ao contrato. 
Aplicação dos princípios constitucionais aos contratos: são dotados de vagueza semântica. A Constituição é um sistema aberto de regras e princípios, Canotilho.
Princípios fundamentais que servirão de base para aplicação e interpretação dos contratos. Quais são os princípios fundamentais, estruturantes que definem o texto constitucional: dignidade da pessoa humana e a solidariedade social. 
3 - Teoria contemporânea dos contratos: com a origem do neoconstitucionalismo os contratos são vistos com viés principiológico constitucional. Os princípios constitucionais regem todo o sistema jurídico, principalmente o principio da dignidade da pessoa humana que esta no núcleo de toda ordem jurídica brasileira. 
Viés existencial (CF, 1º, III): principio da dignidade da pessoa humana. Reconhecimento da vulnerabilidade. A pessoa assina um contrato porque precisa e não porque quis, vulnerabilidade econômica. Existe vulnerabilidade técnica, processual, econômica, etc. Todos não são iguais entre si. Um contratante não é igual ao outro, existem um mais fraco. Ex. contratos bancários. Diz respeito ao sujeito.
Proteção a sujeitos vulneráveis: visa proteger sujeitos que estão em situação de hipossuficientes na relação contratual. Sempre visa proteger a parte mais fraca. 
Paradigma da essencialidade de viés solidarizante: art. 3º, I CF. Solidariedade social. Art. 170 CF – ordem econômica, tem viés social, proteção existencial e social. Diz respeito ao objeto. Quanto mais essencial for para os contratantes o objeto do contrato, maior é a possibilidade da intervenção do Estado nos contratos. Quanto mais essencial for o bem maior é intervenção do Estado. 
Viés solidarizante significa superar o individualismo.
Função social dos contratos: existem deveres que vão além dos contratos. Reconhecer obrigações que não estão previstas no contrato mas que estão implícitas e precisam ser observadas como o principio da boa-fé. 
Aula dia 01/03/13
Boa-fé objetiva: origem no direito romano o principio da boa-fé, ideia voltada para uma alteridade, lealdade contratual. É parâmetro de conduta, dever imposto a qualquer sujeito em relações obrigacionais, dever de lealdade, de respeito, de esclarecer as clausulas contratuais, dever de informação, dever de proteção, modelo normativo de conduta dentro da relação obrigacional. É padrão de conduta, é comportamento. 
1) Distinção para boa-fé subjetiva: Boa-fé subjetiva é uma ignorância de que tudo esta segundo a ordem jurídica, mas na verdade padece de vícios, ex. casamento putativo, credor putativo, possuidor de boa-fé, imagina que é seu, paga uma divida pensando ser devedor. 
2) Contornos dogmáticos da boa-fé objetiva: dogmática - construir soluções para problemas práticos, serve para resolverproblemas concretos, extrair critérios para resolução de problemas práticos. 
Teoria de Betti, fez uma distinção entre direitos reais e direitos obrigacionais. Direitos reais obedece a logica de atribuições, ou seja, a lei atribui alguns direitos as pessoas, em direitos reais o sujeito resolve sozinho a partir de seu direito.
 
Em oposição aos direitos reais temos os direitos pessoais, também chamados de obrigacionais, que são aqueles em que o titular não consegue resolver sozinho o problema, não consegue satisfazer sozinho, a logica é de cooperação. A pessoa depende daquele que lhe deve, por exemplo, ao surgir problemas é necessário uma cooperação. O credor depende do devedor. Alteridade – pensar no outro. Dever continuo de coparticipação contratual. Art. 422 CC. Primeira aplicação da boa-fé em termos práticos. As relações negociais devem ser vistas sob o prima da alteridade, surgem então as primeiras decisões reconhecendo deveres não previstos no contrato.
Karl Larenz – civilista – teoria da relação obrigacional complexa ou como organismo. O objeto da teoria contratualista é o comportamento, fazer e não fazer, dar e não dar, uma teoria subjetiva. Teoria objetiva – teoria da responsabilidade. 
Teoria da relação obrigacional como organismo. O ideal para Larenz tem como ponto central a prestação e em torno gravitam todos os demais elementos da relação obrigacional. Adimplemento como núcleo e todos os demais elementos ao seu redor. 
Polarização dos elementos da relação em torno ao adimplemento:
O adimplemento atrai e polariza todos os demais elementos da relação obrigacional. Complementa a teoria de Betti, colocando como corolário da alteridade o adimplemento como núcleo central da relação obrigacional, fator este que desencadeia os deveres instrumentais concernentes ao contrato. 
Relação jurídica como processo: 
No Brasil primeiro autor que falou isso foi Clovis, chamando de obrigação como processo, conjunto de atos e fatos necessários para a realização da relação contratual. Os deveres instrumentais, deveres acessórios, lealdade, informação, proteção, permitem a correta realização da prestação contratual. 
 
Dever de cooperação e confiança: 
A base de tudo é justamente o dever de confiança e cooperação. Uma pessoa confia na outra para que a relação seja completamente realizada. Confiança é a base central. Deveres instrumentais. A partir dessa construção baseada na ideia de alteridade e de adimplemento como núcleo da relação obrigacional, e nos deveres dela provindos, constrói-se o conceito de boa-fé objetiva. 
3) Funções da boa-fé objetiva: 
Interpretação: art. 113 CC. Os negócios jurídicos são interpretados em consonância ao principio da boa-fé. 
Limitação de direitos: art. 187 CC. Figura do abuso do direito. Limitação de direitos subjetivos quando o exercício se mostra desequilibrado. 
Criação de deveres: art. 422 CC. Deveres – informação. Mesmo que não tenha obrigação no contrato há o dever de informação, dever de proteção, onde uma parte protege a outra, dever de lealdade – respeitar as disposições contratuais, respeitar a privacidade, sigilo comercial ser leal. Independentemente de qualquer condição deverão ser observados.
4) Função social do contrato:
Caracterização: função social – é relação que o contrato tem com a sociedade, ou com o meio social. Todo contrato desde a antiguidade tinha uma função. A partir das revoluções sociais, liberais os contratos passam a ter uma função econômica, permite a transmissão jurídica de bens. A função social exerce dois perfis: 
Perfil intrínseco: significa dizer que o contrato será socialmente útil a partir do momento que concretiza os valores fundamentais do sistema normativo. Se for desiquilibrado não obedecera a função social, se não respeitar a dignidade da pessoa humana também não. Esta calcada na solidariedade social. Contrato útil aquele que obedece os valores constitucionais. 
Perfil extrínseco: O contrato protege bens em forma dinâmica, em movimento. 
Tutela da função social da propriedade, tutela dos não proprietários. A função social do contrato é tutelar os não contratantes. Visa a proteção dos não contratantes. Aqueles que poderão ser afetados pelo contratos.
Aula dia 15/03/13
Perfil extrínseco da função social: perfil extrínseco da função social. Principio da função social do contrato seria os efeitos que o contrato representa em relação a sociedade. Os efeitos que a relação contratual representa a toda sociedade, relacionadas com o meio social. A CF determina que o principio da função social da propriedade, art. 5º e 170 CF. Tutela da propriedade é a proteção dos bens materiais, proteção que é estática. Garante uma proteção diante de terceiros. O contrato tutela esses bens no perfil dinâmico. 
Principio da função social dos contratos tem fundamento constitucional. 
Tutela externa do credito: teoria do terceiro cumplice, tutela diante de terceiros. Função social da propriedade – figura dos não proprietários, tutela os não proprietários. 
Tutela uma outra pessoa que não são os proprietários. Se aplica aos não contratantes, pessoas que não participaram mas podem vir ser afetados pelo contrato. Protege os contratantes de pessoas que não participaram do contrato. Cuida de terceiros não contratantes que possam ser afetados pela relação contratual ou que possam afetar a relação contratual. Relativiza os efeitos dos contratos.
Teoria da tutela externa do credito: ou teoria do terceiro cumplice: o terceiro que não participou do contrato pode ser afetado pelo contrato ou pode afetar o contrato feito entre as partes. Principio da função social do contrato, tem que ter o vinculo de cumplicidade. O terceiro que força o inadimplemento do contrato deve ser responsabilizado, pois se tinha pleno conhecimento do contrato entre as partes e aproveita-se da situação. Contrato gerando efeitos para terceiro de forma indevida. Relativiza o principio da relatividade. Terceiros podem ser afetados pelo contrato ou terceiros podem afetar o contrato.
Teoria das Redes contratuais: quando um contrato coliga-se a outro contrato visando atingir um fim comum. Para além do contrato. Redes contratuais são contratos coligados que visam atingir um fim comum. Dois contratos que tem a mesma causa jurídica, que objetivam o mesmo fim, ex. mercado habitacional, contrato de incorporação imobiliária. O incorporador empresta do banco assegurando com hipoteca, e não paga, as pessoas que compraram os imóveis serão atingidas. Comunicação nos contratos. O adquirente fez o contrato com a empresa incorporadora, diferente do outro contrato feito com o banco, contratos diferentes com pessoas distintas e um contrato gera efeito em outro contrato, pois os interesses comuns. A mesma causa ligando os dois contratos. Contagiação de efeitos, efeitos que se contamina. Sumula 308 do STJ aplicação das teorias das redes contratuais. Aquele que paga tem direito ao cancelamento da hipoteca de outro contrato quando paga totalmente sua divida. O mutuário pagando totalmente sua divida terá sua hipoteca cancelada em relação a empresa incorporadora. 
Plano de saúde – medico e Unimed respondem pelo dano, porque os contratos são relacionados. Os efeitos se contaminam. Supera-se a visão de contratos isolados. Efeitos recíprocos.
Abuso do direito nas relações contratuais:
Derivado do principio da boa-fé, limita a incidência de direitos subjetivos. Função exercida pela boa-fé subjetiva ao delimitar os direitos subjetivos. Função do principio da boa-fé, art. 113 CC função interpretativa, deveres contratuais não previstos na legislação. Ideia da função de limitação de direitos subjetivos, art. 187 CC. Figura do abuso de direito – categoria jurídica que trabalha com a boa-fé e sua função limitadora. Delimitar o exercício de direitos subjetivos. 
Construção teórica do abuso do direito: 
Conceito de abuso do direito: é o exercício ilegítimo, ilegal de direitos, significa valer-se de um direito previsto em lei, mas exerce-lode forma contraria aos valores jurídicos, a ordem jurídica. Sua forma de exercício é abusiva. 
A construção se deu pelo tribunal europeu, francês. Ex. abuso do direito de construção, ha um direito construído, mas ao se falar de um direito construído, esse direito só é legal no momento que obedecer a finalidade de tal direito. O direito subjetivo tem uma finalidade e o exercício do direito tem que estar de acordo com tal finalidade. Se vale de um direito para prejudicar outro. Teoria subjetiva pois atrela-se a finalidade do direito, a intenção da parte. A lei estabelece certas finalidades ao estatuir os direitos, caso não seja obedecido surge o abuso do direito. 
Teorias objetivas: são aquelas que defendem que ha manifestações contratuais abusivas mesmo nas hipóteses em que o titular de um direito subjetivo os exercem de acordo com a finalidade posta pelo direito. Em situações concretas induz a exercício desiquilibrado. Quem sustenta essa teoria Planiol, Guesten. 
Independência do abuso do direito: não é a mesma coisa que direito subjetivo, que ato ilícito. Abuso do direito deve ser lido a luz da boa-fé objetiva. Concepção objetiva do abuso do direito. Não se confunde com ato ilícito, com direito subjetivo. Todo exercício abusivo é aquele que é desproporcional. Comportamentos abusivos são aqueles que quebram a confiança e o respeito nas relações contratuais. Concepção objetiva na lei. O abuso do direito é figura autônoma. Adoção a teoria objetiva, ideia da externalidade da figura do direito, separa a figura do direito com a figura do direito subjetivo. Exercício de posições inadmissíveis. Desrespeito a boa-fé, a lealdade de outra parte. 
Teorias subjetivas: subjetiva no sentido que a lei estabelece certas finalidades que devem ser observadas, atrelando o exercício de certos direitos a uma finalidade que deve ser observada. Confere com certa finalidade, com certo fim, e quando a comportamento for incongruente com o fim estabelecido pela lei ha o abuso de direito. Teoria do inadimplemento substancial – embora se reconheça em um contrato que houve inadimplemento todas as consequências não são determinadas em razão de um pagamento significativo de um devedor. 
Todos os efeitos do inadimplemento não podem ser exercidos na sua plenitude. 
Ex. de 60 prestações pagas, a pessoa paga 59 prestações, muitas vezes a finalidade prevista se materializa de forma injusta e abusiva em determinadas situações jurídicas. Quem defende são os alemães, os franceses. 
Externalidade do abuso do direito: 
Adoção a teoria objetiva, ideia da externalidade da figura do direito, que separa a figura do direito com a figura do direito subjetivo não se confundindo uma com outra. Abuso de direito exercício de posições inadmissíveis, desrespeito a boa-fé. Desrespeita a lealdade de outra parte.
Exercício inadmissível de posição jurídica:
Menezes Cordeiro: abuso do direito é um exercício inadmissível de uma posição jurídica. Exercício de uma posição. 
Manifestações contratuais do abuso do direito:
Livro a proibição de comportamentos contraditórios. Anderson Shreiber. 
Venire contra factum proprium: teoria dos atos, comportamentos contraditórios. A pessoa induz a um comportamento e depois puxa o tapete. Quebra a confiança de outra parte. Age de maneira contraditória a um comportamento anterior muda o sentido de suas ações. Comportamentos contraditórios e desleais, valendo-se de uma posição jurídica. É desleal com outra parte, é desproporcional com outra parte. 
Conceito de Venire contra factum proprium: Haverá abuso de direito toda vez que a pessoa contratante quebra a confiança de outro contratante exercendo um comportamento contraditório ao anteriormente praticado. Contradizer-se, comportamento contraditório. Agir contraditoriamente, mudar de ideia. 
Tu Quoque: valer-se de uma clausula contratual por exemplo, ou de uma postura contratual em que a parte que alega contribui para a ilicitude do ato, ou seja, beneficiar-se da própria torpeza. Se ele deu causa a ilicitude ele não pode posteriormente invocar isso. A pessoa contribui com a irregularidade e depois a pessoa quer se beneficiar disso. Ex. a pessoa diz que tem 18 anos para contratar, mas na verdade tem 16 anos, a pessoa tutora ou responsável legal não poderá se beneficiar disso e alegar a menoridade da pessoa. Quer dizer até tu. art. 181 CC. 
Surrectio/supressio: são comportamento reiterados feitos por uma parte que acabam gerando direitos ainda que não previstos na relação contratual, no contrato. As duas faces da mesma moeda, gera direitos ou suprimi direitos. 
Por exemplo, o fornecedor não tem obrigação de levar a mercadoria ate o cliente porem sempre faz isso mesmo que no contrato diga que a responsabilidade de buscar a mercadoria é do cliente. Ele não pode do nada parar de fazer isso por se tornou um costume ele fazer isso. 
Exercício desiquilibrado de direitos: 
Ocorre com as clausulas abusivas, que só dão direitos a uma das partes, exercício desiquilibrado de direitos. Quebra de isonomia. 
Aula dia 22/03/13
Responsabilidade contratual e suas manifestações:
Caracterização:
Momento do contato entre as partes. Período que se chama de tratativas, contatos iniciais entre pessoas visando construir um projeto contratual. Nas tratativas o contrato ainda não foi fechado, esta sendo negociado, período de negociação. Encerrado esse período o contrato é fechado ou o contrato não é assinado. Assinado há o inicio da relação contratual. Tratativas depois conclusão do contrato que se da pelo consenso, encontro de vontade. Concluído o contrato inicia-se o contrato. Deste período ate o final da ideia de vigência do contrato, traz a geração de efeitos do contrato, uma vez encerrado o contrato com a execução da prestação contratual, adimplemento, cumprir o contrato, realizar a prestação contratual da forma convencionada. Tudo que ocorrer daqui para frente será o momento pós-contratual. Com a execução da prestação contratual tem-se o termino da relação contratual. Três possibilidades em relação a indenizações derivadas das relações contratuais. Responsabilidade pré-contratual, situa-se na fase das tratativas, não havendo contrato ainda, o que existe é uma fase de negociação. Se o contrato é assinado, inaugura-se a fase da responsabilidade contratual, que é justamente a responsabilidade que deriva dos termos do contrato assinado, o que gera a responsabilização é o inadimplemento. Apos o termino da relação contratual pode surgir a responsabilidade pós-contratual, que é a violação de deveres acessórios que se mantem ainda apos o adimplemento formal do contrato ensejando a responsabilidade pós-contratual. 
Caracterização da responsabilidade contratual: deriva de uma relação contratual firmada, construída. Não cause danos a outrem. Todo mundo tem a obrigação de não causar danos a outrem. Isso fundamenta a responsabilidade extracontratual, não causar danos a outrem. Responsabilidade contratual é aquela que se fundamenta em uma relação negocial pretérita. O não cumprimento dos deveres desta relação fundamenta a responsabilidade contratual. Contratual porque o dever é relativo aquelas partes envolvidas. O dano é dimensionado a partir do contrato, gira em torno do contrato. 
O pressuposto será a existência de um contrato. Pressupõe contrato, se não existir contrato não se pode falar em responsabilidade contratual.
Requisitos da responsabilidade contratual: 
Conduta (inadimplemento): devera haver a conduta que será o inadimplemento. Somente haverá a partir do momento que a parte não cumpra as obrigações contratuais. 
Nexo de imputação: é atribuição de responsabilidade, não haverá mora se não houver culpa, é imputável ao sujeito. Imputar responsabilidades ao contratante, pode ser a titulo de responsabilidade objetiva, ou seja, sem culpa. Na maior parte a responsabilidade é subjetiva. Responsabilidade a titulo de risco de exercício. 
Nexo causal: liame de ligação entre o dano sofrido e o inadimplemento. 
Dano: totalmente medidopelo dano contratual. Delimitado pelo contrato, é necessário a analise do contrato. Tem que haver dano, prejuízo a parte. 
Responsabilidade pré-contratual:
Caracterização: fase das tratativas. Não se tem ainda contratos. Diferente de proposta art. 427 CC. Proposta – igual a pedido de casamento, forma similar ao casamento. Fala-se quais são os elementos do contrato e pergunta-se quer ? Tem que abranger todos os elementos do contrato para ser proposta, e a resposta será sim ou não.
Tratativas: Tratativas é a manifestação inequívoca de contratar com outro, uma intenção valorada pelo direito. Ex. compra e venda. A responsabilidade nasce da ruptura tratativa. Principio da boa-fé. Num ultimo momento rompe o interesse de contratar e quebra a expectativa da outra parte em contratar. Quebra a expectativa da contratação. Dano gerado de um possível contrato que poderia ser realizado. 
Definição de responsabilidade pré-contratual é a responsabilização da parte que rompe de maneira abrupta as tratativas quebrando a confiança na construção de um projeto, relação contratual. Ruptura das tratativas, quebra da confiança. 
Interesse contratual negativo: interesse em realizar, construir o contrato. Interesse contratual positivo pressupõe o contrato já firmado e visa o adimplemento. O negativo objetiva obter o contrato futuro, interesse na formalização do contrato.
Origens “culpa in contrahendo”: formulada por Ihering, culpa na formação do contrato, o comprador comete uma falha no momento de realizar a oferta, e por isso deve assumir a consequência. 
Aula dia 05/04/13
Responsabilidade pós contratual:
Caracterização:
Responsabilidade derivada de um contrato, da relação contratual. É a responsabilização de um contratante por um fato ocorrido apos o encerramento do contrato em razão de um descumprimento de um dever instrumental, representativo da violação de um dever instrumental. 
Inicio das tratativas – marco numero um – negociações preliminares.
Inicio da formação dos contratos ou a formação dos contratos propriamente dito, marco numero dois, fusão entre proposta e aceitação. 
Marco numero três – adimplemento – pagamento da prestação principal, cumprimento da prestação principal. Quando a prestação principal é cumprida encerra o contrato, extinção da relação contratual, art. 472 a 480, mecanismos de extinção anormal dos contratos. Existem fatos anormais que levam a extinção do contrato e fatos normais que levam a extinção do contrato, como o adimplemento. 
Existem deveres instrumentais que derivam da boa fé e a conduta posterior de uma das partes ao cumprimento da prestação principal pode levar a frustação da finalidade do contrato. Ex. empresário vende a casa na colina para um politico por um preço superior ao de mercado por causa da vista das montanhas. Houve o adimplemento. O vendedor comprou uma área a frente desta casa e tapou a vista para esse comprador, o comprador entrou na justiça e pediu indenização. Perdeu na primeira e segunda instancia, e na instancia superior ganhou se fundamentando no art. 422 do principio da boa-fé. Quando uma das partes desrespeita o dever secundário implicando na frustação da obrigação contratual, gera o dever de ser responsabilizado. O vendedor quebrou a finalidade principal do contrato que era se ter uma vista panorâmica das colinas. 
Ex. loja contrata um famoso designer para atrair a clientela, o designer cumpriu a obrigação e apos vende o mesmo vestido para outras lojas de outros países, e de mesma cidade também, o mesmo vestido que elaborou para a loja, alegou que não havia contrato de exclusividade. Neste caso houve desrespeito e desconsideração com outra parte, má-fé. 
Quando se quebra a finalidade principal do contrato, mesmo sendo a obrigação acessória, havendo má-fé, desrespeito, deslealdade, desconsideração haverá a responsabilidade. Conduta de deslealdade, de desrespeito, de desconsideração e com base nisso desrespeitando um dever acessório devera ser responsabilidade. 
Descumprimento de um dever acessório que ocorre apos o cumprimento do obrigação principal. Deveres instrumentais. Sua violação ainda que posterior ao contrato gera a responsabilização. 
Dois pressupostos:
A obrigação principal tem que já estar cumprido, o adimplemento da obrigação principal tem que ter sido pago. Isso caracteriza o encerramento da obrigação principal.
Descumprimento de um dever instrumental ou acessório de modo a frustrar a finalidade do contrato realizado. Descumpre dever de lealdade, de informação, dever de proteção, de respeito. 
Fundamentos:
Art. 422 – função do principio da boa fé. Função interpretativa, abuso de direito, art. 187, II e criação de deveres. Violou esses deveres mesmo que apos o cumprimento da obrigação principal gera responsabilidade. 
Ex. novação contratual – extinção de uma relação obrigacional por novo acordo. 
Troca de credores ou de objeto. Pode haver revisão desse contrato que se extinguiu com a novação – jurisprudência do STJ. 
Distinções:
Responsabilidade pós contratual # violação a lei. 
Diferenças: 
Menezes Cordeiro – responsabilidade legal deriva da lei, descumpre dever de lealdade que esta expressa na lei, responsabilidade legal pois deriva diretamente da lei. Esta violação ao dever de lealdade é responsabilidade legal porque esta na lei. Pós eficácia aparente ou pós eficácia obrigacional, deriva da lei, deriva da violação da lei. 
 
Responsabilidade pós contratual – é aquela que diz respeito a violação de um dever instrumental acessório cujo fundamento normativo esta no art. 422 do CC.
Sumula 54 do STJ – projeta os juros para a frente. 
A doutrina majoritária sustenta que a natureza é contratual, o contrato gira em torno de um adimplemento qualificado, pautado pelos fins do contrato. 
A responsabilidade pós contratual, sua natureza pode ser considerada autônoma, para outros autores é contratual, para outros extracontratual. 
Contratos eletrônicos:
Manifestação do mundo contemporâneo. 
Caraterização:
É toda operação econômica contratual que tenha ou em sua formação ou em seu instrumento ou na sua execução da prestação contratual mediante uma forma ou meio digital. Digital é algo criptografado, sistema binário, números 01, meio digital, que pode se ter na formação contratual no instrumento contratual ou na execução, as três formas pode se dar simultaneamente. Será um contrato eletrônico se for criptografado, sistema binário se dê em algum momento do contrato.
Problemas jurídicos da contratação eletrônica:
Livro contratos de livros eletrônicos. Revolução na teoria contratual, seria o mesmo que dizer que o contrato no papel é diferente do contrato digital.
Imputação da vontade:
Direito civil clássico – é muito subjetivo pois é baseado na vontade individual, art. 427-437 CC. Processo de formação de contratos é muito subjetivo. Não se contrata dessa maneira, pois se contrata no mercado. Usa-se modelo que esta no mercado, forma de contratação. Proposta e aceitação. Como será no universo eletrônico? Desumanização, não se sabe quem esta do outro lado. Não se vê o sujeito do contrato. Problema de se saber quem é realmente com quem se contrata no momento, problema da desumanização. 
Solução adotada – modelo de lei UCITRAL – comissão da ONU. Chamado de imputação objetiva da vontade.Presume-se que o sujeito esta lá. Imputação objetiva da responsabilidade. A vontade é imputável pela parte. Ex. responsável pela guarda da coisa. Isto vale para contratos e vale para responsabilidade civil.
Riscos contratuais:
Os riscos contratuais dizem a respeito ao cumprimento da obrigação, a responsabilidade passa a ser objetiva. Todos os riscos passam a ser da vontade que declarou.
Consentimento:
Quando ocorre o consentimento? Momento do inicio da relação contratual, teoria da recepção, ex. via e-mail. Problema do consenso, quando houve a aceitação da proposta? Quando se iniciou o contrato? Tudo que entra em seu pc a responsabilidade é tua, domínio do fato. Vocêé responsável por ela. Quando o proponente recebe, tem acesso a aceitação, responsabilidade objetiva. O código civil prevê isso no art. 434, caput. Teoria da expedição da aceitação, o Brasil esta na contramão em relação ao outros países. 
Local da celebração:
Art. 435 CC se for brasileiro, e art. 9º LICC se for estrangeiro. Local da contratação local do proponente, do domicilio do proponente, se for de consumo local do consumidor. Local da formação a partir da residência do proponente. 
Princípios fundamentais dos contratos eletrônicos:
Diz respeito a independência do direito digital.
Não discriminação:
Não se pode diferenciar tratamento, o tratamento deve ser igual o do contrato convencional. Contrato convencional igual a instrumento eletrônico. Assinatura digital igual a assinatura convencional. 
Aparência:
Tudo aquilo que aparente ser imputável a você será imputável a você. Não adianta dizer que foi outra pessoa que fez isso. Imputa-se objetivamente a responsabilidade contratual. 
Aula dia 12/04/13
Atos Unilaterais: art. 854 a 886 CC.
Uma fonte de obrigações a partir de declarações unilaterais de vontade, institutos que representam causas jurídicas obrigacionais. Fontes ou causas obrigacionais a partir de declarações. Fontes obrigacionais derivadas de declarações unilaterais de vontade.
- Promessa de recompensa - 
- Gestão de negócios – ato jurídico em sentido estrito. 
- Pagamento indevido – natureza jurídica que não é de declaração unilateral de vontade. 
- Enriquecimento sem causa – principio que informa o direito obrigacional. 
Os títulos de credito, uma boa parte deles representa uma declaração unilateral de vontade. 
Caracterização:
Multiplicidade de hipóteses: 
Promessa de recompensa: art. 854 a 860. 
É uma declaração unilateral de vontade feita por um sujeito de direito chamado de promitente, mediante a qual compromete-se a entregar, pagar uma recompensa a pessoa que realizar determinado serviço ou cumprir certa condição. Promessa publica em que alguém vem a realizar certo serviço ou cumprir certa obrigação será beneficiário da recompensa. Ex. anúncios de que se alguém que encontrar um animal tal recebera uma recompensa de mil reais. Promete publicamente. Realizar um serviço ou preencher certa condição terá direito a uma recompensa. Declaração unilateral de vontade como fonte obrigacional. Não ha contrato, não ha obrigação jurídica de natureza contratual. 
Alguém que cumpra ou realize a prestação mesmo que não saiba da existência da promessa recebera a recompensa, terá direito a recompensa. Esta expresso na lei. Natureza diversa da natureza do contrato. 
Caracterização:
Natureza jurídica:
Não contratual. Declaração de vontade unilateral. 
Requisitos:
Não é requisito de validade da recompensa que a pessoa que realize a condição que seja maior e capaz, o promitente tem que ser maior e capaz, mas o que cumpre não. 
Art. 854 e 855 – capacidade de quem promete, promitente, e tem que ter poder de disposição sobre a coisa prometida. Legitimidade e poder de disposição. Promessa de recompensa é ato de disposição patrimonial, seja em dinheiro, seja em bens. 
O objeto deve ser licito e possível dos dois lados, por parte da recompensa prometida e por parte do comportamento exigido com o serviço a ser prestado. 
Anuncio publico, o destinado a varias pessoas. 
Capacidade do promitente:
Tem que ser maior e capaz. 
Objeto licito e possível:
O objeto deve ser licito e possível dos dois lados, por parte da recompensa prometida e por parte do comportamento exigido com o serviço a ser prestado. 
Possível e permitido legalmente.
Anuncio publico:
Destinado a varias pessoas. Para uma pessoa não é anuncio publico. Não é uma pessoa especifica ou determinada. 
Indicação do ato ou condição:
A promessa não pode ser genérica. Não especificar o serviço a ser realizado ou qual a condição que faz jus a recompensa, descrever em detalhes qual o serviço, qual a condição. 
Recompensa:
Não existe promessa de recompensa se não houver recompensa. É sempre a vantagem econômica, vantagem jurídica, algo que seja valorizado.
Promessa submetida a prazo: art. 856 CC. Cuidado. Existem promessas que são submetidas a prazo e promessas que não são submetidas a prazo.
A promessa tem um prazo para ser realizado na submetida a prazo. 
Dentro desse prazo a condição tem que ser prestado. Ela é irrevogável. 
Existe promessa submetida a prazo que é irrevogável, e promessas que não são submetidas a prazo são revogáveis. Podendo exonera-se da promessa de recompensa, a revogação tem que ser especifica porque senão não atingira a todos. Questão de abrangência. Com prazo são irrevogáveis, não pode dentro do prazo por causa do comprometimento publico da pessoa desfazer aquilo. 
Concurso privado: art. 859 a 860 CC. A maior parte da doutrina considera como uma espécie de promessa de recompensa, mas na realidade tem seus detalhes particulares. É uma seleção de diversas pessoas que competem entre si e os vencedores da competição que receberão a recompensa. Tem que se ter uma avaliação do desempenho dos competidores, banca, julgadores, comissão, o julgamento pode ser subjetivo ou objetivo. É irrevogável, o promitente se vincula ao procedimento que pauta o anuncio publico, vinculando o promitente, e o vencedor tem direito ao premio, a recompensa. 
Gestão de negócios: art. 861 a 875. Atos unilaterais. 
Administrar negocio alheio sem a autorização de seu proprietário, sem o conhecimento do proprietário. Negócio – não é atividade empresarial, expressão de negocio jurídico que pertença ao âmbito de atribuição de uma pessoa e feita por outra. Ex. idoso que morre e tem uma filha, sua filha que cuidara de tudo depois que ele morrer, sua filha vai gerir tudo depois que ele falece, funeral, jazigo, enterro. A filha assume o negocio, gerencia tudo isso. 
Caracterização:
Requisitos:
Negocio alheio: o elemento central é o altruísmo, alteridade, auxiliar o outro, ajudar o outro. Gera e administra no interesse de outrem. O negocio é alheio e disponível. 
Um terceiro vai assumir o negocio. O negocio tem que ser disponível. 
Passível de disposição, passível de ser gerido. 
Inexistência de proibição pelo dano:
Tem que haver inexistência de proibição do sujeito proprietário. Isto é uma presunção. A administração tem que ser útil, no interesse do proprietário. 
Não pode existir uma disposição de que aquilo não poderia ser feito. Diz respeito a atitude comportamentais do gestor. Não é intenção fazer o negocio render, lucrável. A administração provisória enquanto o titular não regressa. Se houver um ato que tiver vontade presumida do proprietário do negocio de proibição a tal gerencia de negócios, não será ressarcido pelas despesas que tiver e devera ressarcir os danos provocados. Se o prejuízo iria ocorrer de qualquer maneira não precisara ressarcir. Responsabilidade jurídica do gestor. Gestão feita segundo a vontade – ato jurídico em sentido estrito cujos efeitos são determinados por lei – aquele ato em que ha vontade do sujeito mas os efeitos são determinados integralmente pelo legislador. A lei atua de maneira substituta. 
Ato fato ilícito, quando é assumida sem a vontade do gestor é desconsiderado pois a vontade do outro é presumida contra ela. 
Animus Gerendi: art. 861 e 875. 
Intenção de gerir, intenção de administrar negocio jurídico alheio porque quer. 
Unidade e espontaneidade:
Espontaneidade da gestão, unidade da gestão e a utilidade da gestão. Geri como o negocio fosse seu, tem que ser útil e espontânea. Produto de altruísmo, de boa vontade, de boas intenções. 
Obrigação do gestor:
O gestor tem a obrigação de gerir o negocio alheio como se fosse seu. 
Com lealdade, utilidade, probidade etc. 
Administrador ou continuar o negocio:
Com responsabilidade como se fosse um pai de família, como tivesse administrando o seu próprio negocio. 
Prestar contas:
Dever de prestar contasao titular do negocio. Se a administração for útil ao titular do negocio será ressarcido, se causar dano vai indenizar. O gestor não é remunerado. É altruísta. Ele será ressarcido desde que a administração tenha sido útil ao titular do negocio. 
2º Bimestre:
Aula dia 03/04/13
Enriquecimento sem causa: art. 884 a 886 CC.
É um enriquecimento injustificado, enriquece a custas de outra sem ter justificativa para isso. O aumento patrimonial tem que ser justificado, fundado em uma causa jurídica, uma justificativa jurídica, tem que existir uma razão para o deslocamento patrimonial. É vedado pelo direito o enriquecimento sem causa. 
Ex. sujeito adquire bem imóvel pensando que adquiriu de boa-fé, quando um terceiro o reivindica, a benfeitorias deverão ser indenizadas. Neste caso um aumento patrimonial sem razão jurídica que a justifique, valoração patrimonial. 
Ex. mecânico faz revisão completa do carro, mas não foi contratado para isso, porem o proprietário devera pagar isso. 
Ex. casa da praia – você empresta a casa, porém deveria pagar o aluguel. 
Pode ser visto em duas facetas: como principio e como fonte obrigacional, ou seja, razão para pagamento de uma restituição, devolução de patrimônio.
Art. 884 e 886. 
 
Enriquecimento sem causa como principio:
Aplicação da razoabilidade em direito privado, critério de razoabilidade e proporcionalidade, se a distribuição do patrimônio for desproporcional ou desarrazoada teremos uma parte enriquecendo a custas de outra, enriquecimento sem causa. 
Fundamentos do enriquecimento sem causa como principio: 
Veda-se que uma pessoa se enriqueça a custas de outra. O fundamento principal é que as relações tem que ser equânimes, tem que ter equilíbrio e proporção. 
Equidade:
Uma prestação tem que estar adequada a outra prestação. Não se pode ter deslocamento patrimonial desproporcional. Ex. correção monetária nas prestações de serviços, produtos oferecidos, pois haverá um prejuízo pelo decurso do tempo, haverá desvalorização do dinheiro. Uma parte esta ganhando e outra parte esta perdendo. Atua como parâmetro de equilíbrio. 
Destinação jurídica dos bens: a legislação ao atribuir a propriedade atribui bens. Ao atribuir direitos atribui bens. Ao proteger os bens se da um destino a isso. Quando esse destino é afetado significa dizer que o destino dos bens foi afetado e o principio do enriquecimento sem causa remedia essa situação. Teoria francesa da teoria da destinação jurídica dos bens. 
Boa-fé: exercício equilibrado dos bens e equilíbrio patrimonial. O direito garante a proteção desses bens. O equilíbrio patrimonial que foi rompido tem que ser reposto. Comutatividade, as partes terem a mesma proporção. Proporcionalidade, senso da comutatividade não pode ser cobrado e se for tem que haver a restituição. 
Equilíbrio patrimonial: uma prestação tem que estar adequada a outra prestação, deve haver um equilíbrio na relação contratual para as partes que contratam.
Aplicações Práticas: 
Clausula Penal: art. 413. Pré quantificação de perdas e danos, o sujeito descumpre o contrato e em razão de sua mora é penalizado. Tem função punitiva - função de desestimular o inadimplemento e pré liquidar as perdas e danos, evitar ao criar um ônus a parte lesada que tenha que provar o prejuízo. O juiz pode de maneira equitativa reduzir a clausula penal, caso exista o cumprimento parcial da obrigação contratual. 
Tenta evitar a ideia de que a clausula penal seja mais atrativa do que o cumprimento do contrato, o legislador não quer que a clausula penal seja motivo de enriquecimento sem causa. 
Ex. multa de 80% caso descumpra uma prestação pecuniária e já pagou boa parte das prestações, o juiz, verificara que o credor recebeu quantia considerável então o juiz intervém e reduz a clausula penal com base na equidade e na proporcionalidade. 
Atualização monetária: ex. da atualização monetária, pois sempre haverá a perda inflacionaria, a não previsão de correção monetária no contrato leva a um desiquilíbrio nas relações contratuais, ou seja, haverá um enriquecimento sem causa neste caso. O STJ pacificou que a correção monetária não é um plus a ser considerado, não é um acréscimo, mas sim mera reposição do valor originário. Simples atualização dos valores. Se busca a equalização entre a obrigação e o adimplemento. Fator de proporção. Rompimento da proporcionalidade. Em direito civil se fala em um deslocamento patrimonial sem causa, enriquecimento sem causa. 
A terceira aplicação se da pelas quantificações de dano moral: critério adotado, binômio: possibilidade do infrator e condição financeira da vitima. O que viola, o que comete dano moral tem uma potencialidade econômica e outra parte tem uma determinada condição patrimonial. O que se busca é uma compensação. Evitar a miserabilidade de um e evitar que a outra parte enriqueça. O dano moral não é fonte de enriquecimento, mas mera reposição. 
Distorção que isso representa: na quantificação da indenização por dano moral:
Ex. julgado, morte de um cachorro, a proprietária tinha um alto potencial econômica, e deixou em um hotel para cães com preços altíssimos. A ração dada ao animal fez o carro morrer. Pediu como indenização por dano patrimonial e dano moral. Foi vista a potencialidade do infrator que era alta, e a condição da vitima também alta. O tribunal de alçadas elevou o valor da indenização por isso. Condena em 300 salários mínimos. 
Outro ex. filha de uma faxineira que foi atropelada por um motorista bêbado, o sujeito era proprietário de um gol financiado, eles pegaram o mesmo critério, potencialidade do infrator baixa, a vitima tem perspectiva de condição baixa, resultado 30 salários mínimos. 
Os dois adotaram o mesmo principio nas duas causas que deu essa distorção.
Por isso para o professor o principio do enriquecimento de causa só funciona com patrimônio e não com dados não patrimoniais. Neste caso não se deveria usar o principio do enriquecimento sem causa, por não serem suscetíveis de valoração econômica. Quantificação da indenização por dano moral recebe varias criticas, mas o STJ usa isso. Usa ate uma tabelinha para isso. 
Enriquecimento sem causa como fonte obrigacional:
Diverge como principio, aqui significa um ajuste da proteção do patrimônio, função estática, cada um tem os bens que lhe pertence. O principio atua no viés da equidade, enquanto que como fonte obrigacional há uma proteção estática do patrimônio. Se uma pessoa se apoderou de algo que não era seu deve restituir a outra daquilo que sem causa se apropriou. Ideia de restituição. Ninguém pode aumentar seu patrimônio senão houver uma razão para tanto. A consequência será a restituição. Restitui-se aquilo que indevidamente se apropriou, ação in rem verso. A coisa vai e deve voltar. Obrigação em devolver aquilo que foi apropriado indevidamente.
Proteção estática do patrimônio: há uma proteção estática do patrimônio neste caso. 
Modalidades: como se manifestam na prática. O enriquecimento sem causa ou deriva de um ato da pessoa que enriquece, ou deriva de um ato da pessoa que empobrece, ou deriva de um ato ou fato da natureza. Empobrecido e enriquecido. Ex. mecânico que faz mais do que foi pedido, medico que faz mais do que foi pedido e faz por dever. Por isso ato do empobrecido ou do enriquecido. Ex. fato da natureza – avulsão, deslocamento violento de terra em razão do fenômeno da natureza e implica aumento patrimonial. Aquele que foi vitima tem direito a restituição. Sendo uma forma involuntária de aquisição imobiliária. Todos esse fatos implicam em um aumento patrimonial.
Critérios para a quantificação da restituição:
Teoria do duplo limite: problema da quantificação. O quanto tem que ser restituído, não apenas o valor apropriado. Critério do enriquecimento real e critério enriquecimento patrimonial deve ser usado nestes casos. Definindo que a restituição deve ser o menor valor entre os dois critérios. Primeiro se acha o valor real depois o critério patrimonial, e prevalece omenor valor. Teoria que permite a quantificação da restituição. Dois critérios para determinar isso:
Critério do enriquecimento real: valor exato da quantia enriquecida. 
Ex. empresto uma casa na praia de um amigo pensando que era emprestada, na verdade foi alugada, o valor real será o valor exato daquilo que eu tiver enriquecido. Critério real o valor do aluguel. O enriquecimento indevido se deu nesse valor. 
Critério do enriquecimento patrimonial: envolve uma diferença, compara as duas pessoas, partindo do seguinte principio, se aquela pessoa fosse alugar uma casa na praia pra mim, quanto eu pagaria, seria o quanto que se pagaria a aquela pessoa. Compara as duas pessoas, mas o critério que define o valor será o menor, prevalece o menor e é o que será fixado. 
A restituição será o valor menor dos critérios analisados.
Requisitos do enriquecimento sem causa: são cumulativos. 
Enriquecimento patrimonial: via de regra o critério é patrimonial, alguém aumenta o seu patrimônio as custas de outra, proporção e comparação. 
Empobrecimento real: uma pessoa perde dinheiro em função de que alguém aumentou seu patrimônio. Perda patrimonial que proporcionou o enriquecimento sem causa de outro. 
Sem causa: sem ter um titulo que justifique, que legitime o aumento patrimonial. 
Ex. de enriquecimento sem causa, pagamento indevido. 
Pagamento indevido: art. 876 a 883 CC.
Pagamento por erro. Paga pensando ser ela a credora. É justamente uma espécie de enriquecimento sem causa. 
Caracterização:
Expressão do enriquecimento sem causa e alguém recebe o que não deveria receber.
Requisitos do pagamento indevido: não são cumulativos. 
Objetivo: debito inexistente. Não existe aquele debito. Ação de indébito tributário. A relação obrigacional não existiu. 
Subjetivo: credor diverso. Quando o credor é diverso, ou seja, credor putativo, aquele que se acha credor mas não é. Pagou-se por erro em relação a pessoa. 
Os dois requisitos caracterizam a mesma ideia, o pagamento se dá por erro, art. 877 CC.
Hipóteses especificas: 
Estão previstas na lei. Ex. arts. 889, 880 CC. Ex. obrigação de fazer.
Hipóteses de não repetição: art. 882 e 883 CC. 
Hipóteses que não ensejam repetição, hipótese ilícitas, nulas, e obrigações prescritas que são obrigações morais. Repetir é sinônimo de restituir.
Aula dia 10/05/13 – faltei 
Não teve aula.
Aula dia 17/05/13
Equilíbrio econômico:
Dos contratos (justiça contratual).
Principio do equilíbrio econômico – também pode ser denominado de principio da justiça contratual. O conceito de equilíbrio econômico tem um viés subjetivo ou objetivo? Viés objetivo – sistemas. Viés subjetivo – partes. 
Tem base subjetiva – fatos considerados pelas partes que as partes aceitam a partir de um equilíbrio que elas mesmos projetam. É possível ter um contrato desequilibrado assim mesmo? Sim. O equilíbrio contratual pode ser quebrada assim mesmo. Sumula 302 STJ. 
Justiça contratual: 
Deve refletir o equilíbrio econômico dos contratos.
Base da teoria contratual clássica, o sentido esta em justiça contratual como liberdade. O contrato será justo se as partes que o assinaram o assinaram livremente, não foram pressionadas nem coagidas. A pessoas assinou livremente e conscientemente, origem no código civil francês. O contrato deixa de ser justo se a pessoa assinou por erro, art. 138 e seguintes do CC. Se ela não teve consciência, se ela foi enganada, se ela foi coagida, art. 151 CC. Lesão, estado de perigo, estado de necessidade etc. Justiça como liberdade. Fundamento do individualismo. Liberdade individual.
Critica que os alemães fazem a respeito disso: a liberdade individual não legitima qualquer operação econômica. Não basta que a pessoa assine, tem que ter um sentido objetivo, justiça comutativa de Aristóteles. Existem dois tipos de justiça – a distributiva própria das coisas publicas. No particular o sentido de justiça é de justiça comutativa, se uma pessoas se relaciona com outra todos tem que ganhar. 
Todo contrato tem uma função econômica e nisso todos tem que ganhar. 
Liberdade contratual: para a teoria clássica contrato justo como liberdade. Justiça como liberdade. Origem francesa. O contrato será justo se as partes que o assinaram assim o fizeram livremente.
Equilíbrio contratual: para os alemães tem que haver equilíbrio contratual. 
Função econômica do contrato. Tem que ser visto de forma objetiva casada com a função econômica contratual e não ficar preso pela vontade das partes. 
Conciliação entre equilíbrio: 
Justiça contratual conciliação entre aquilo projetado pelas partes e o equilíbrio fornecido pelo sistema.
Ideia de equilíbrio contratual é buscar uma conciliação daquilo que é buscado pelas partes e função econômica do contrato. Vontade casada com a função social do contrato. Tem que haver esse equilíbrio entre a vontade das partes e função social dos contratos para que não haja desiquilíbrio. Clausulas de não indenizar são invalidas em contratos de adesão, e ela não é aceita quando retira a obrigação principal do contrato, quando ela desnatura o contrato, distorce o contrato. 
Equilíbrio entre o sistema e o projetado pelas partes.
Instrumentos da justiça contratual:
Lesão e revisão contratual.
Lesão e revisão contratual:
Instrumentam que materializam a justiça contratual, a lesão e a revisão contratual. A lesão visa promover o equilíbrio contratual. A Revisão contratual a possibilidade do juiz intervir no contrato. 
Lesão: (art. 157 CC art. 6º CDC, V, e 51, VI):
Lesão é desproporção entre prestações. Contrato lesivo é contrato desproporcional. Lesão é materialização do desiquilíbrio. 
Elemento objetivo – desproporcionalidade. 
Elemento subjetivo – a desproporcionalidade deve ter se dado por razões de premida necessidade, leviandade e inexperiência. 
Dois sentido de lesão: 
Lesão civilista - art. 157 CC - 
Lesão consumerista: art. 6º, V e 51, IV do CDC. 
Caracterização da lesão no CC: art. 157 CC. Passa por dois elementos. 
Elemento objetivo: desproporcionalidade. Obrigação muito alta e excessiva, não guarda comutatividade. Ha desiquilíbrio. Contrato lesivo é contrato desproporcional. Assumir uma prestação fora dos parâmetros do mercado, o contrato tem que ser revisado. Clausula de eleição de foro pode ser considerada uma clausula abusiva. 
Elemento subjetivo: elementos de ordem subjetiva que acabam criando uma harmonização entre a noção objetiva e subjetiva. Art. 157 CC. 
Premida necessidade, leviandade e inexperiência: só haverá lesão se a obrigação for desproporcional e a assunção desse desiquilíbrio se dá por premida necessidade, porque é leviana, ou é inexperiente. Em resumo definir essas três manifestações é difícil. O código civil errou quanto as consequências.
Consequência: consequência de um contrato desiquilibrado. A lesão gera a anulação. 
Critica ao CC: em tese a lesão não deveria considerar elemento subjetivo e não deveria ter a anulação como consequência e sim a revisão contratual. 
Não pode gerar a anulação e sim a revisão contratual. Sumula 302 STJ. Que adianta anular um contrato de prestação de serviço de saúde. Tem que eliminar o desiquilíbrio e buscar uma preservação do contrato que tem que ser justo e equilibrado. O código civil diz que é vicio de consentimento, volta ao status quo antes e não será efetivado será um contrato invalidado. 
Lesão consumerista (CDC, 6º, V e 51, IV e § 2º)
Prevista de acordo com suas origens. Lesão quer dizer desproporcionalidade. 
O juiz pode modificar as clausulas contratuais que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, só desproporcionalidade e não fala nada sobre uma eventual necessidade, subjetividade. Só desproporção. Lesão é desproporção. 
Clausulas abusivas materializam a noção de lesão no código do consumidor. 
Art. 51, IV – noção de abusividade. A lesão é objetiva por excelência. A consequência é a revisão contratual e não a anulação contratual. Haverá a manutenção darelação contratual. 
Revisão contratual: instrumento materializador do equilíbrio contratual. Fator interventivo.
Caracterização: entendido como revisão judicial ou via arbitragem também, uma revisão externa. O juiz ou o arbitro intervém e revisa e com isso reequilibra a relação contratual. 
Causas: existem duas causas para a revisão contratual. Causa superveniente e causa contemporânea. Qual o fator de desiquilíbrio da relação contratual ? Se a causa já esta presente desde a assinatura é contemporânea, origem no próprio contrato. 
Superveniente fator externo ao contrato, pode ser que um fator externo ao contrato vinha a desiquilibrar e neste caso não se tem clausula abusiva nem lesão mas sim alteração das circunstancia. 
Contemporâneas: é uma causa presente desde a assinatura no instrumento contratual. 
Supervenientes (alteração das circunstancias): fator externo ao contrato que vem desiquilibrar, pois ha alteração das circunstancias. Problema externo, ex. problemas de cambio, indexação monetária. 
Alteração das circunstancias: permite a revisão do contrato. Tem duas teorias a da imprevisão e teoria da excessiva onerosidade. 
Código civil: 
- Teoria da imprevisão: art. 317 CC. Pode um juiz revisar um contrato desde que haja alterações fáticas superveniente a contratação e imprevisíveis. O código civil adota a teoria da imprevisão.
- Teoria da excessiva onerosidade: art. 478 CC. O juiz intervém no contrato não para revisar mas para exonerar o devedor do contrato, volta ao status quo antes. Resolve o contrato. 
CDC – quebra da base objetiva, art. 6º, V: o CDC adota a teoria da quebra da base objetiva. Se for relação de consumo não precisa ser o fato imprevisível basta que se desiquilibre a relação contratual. Origem alemã. Basta que seja externo e tenha o condão de desiquilibrá-lo. Independe se é passível de previsão ou não. 
Basta que altere o equilíbrio econômico.
Causas contemporâneas: 
CDC - art. 51, §2º. Causas que estão previstas na própria relação contratual. 
Permite a revisão do contrato por causas contemporâneas a contratação.
Ex. clausula abusivas, ele revisa, retira o fator de desiquilíbrio. Declara nula a clausula abusiva. 
CCB – não há previsão expressa.
Não tem previsão a revisão por causas contemporâneas que autorize o juiz a revisar o contrato por clausulas abusivas ou lesão, é valendo-se dos princípios contratuais que se pode revisar a relação contratual, art. 422 CC, art. 421, e 423 do CC. 
Aula dia 24/05/13
Analise econômica do direito:
Do direito:
Caracterização: metodologia de compreensão do direito a partir dos métodos econômicos, dos efeitos econômicos dos conceitos jurídicos e das normas e dos enunciados normativos. Se preocupa com consequências, com efeito. Se dá na ideia da eficiência, o direito tem que ser eficiente, paradigma central, o direito tem que ter baixo custo, baixo risco e potencializar o ganho individual, sendo utilitarista. Principio Utilitarista, o individuo escolhe o que é melhor para ele. Pensar de maneira egoísta, as decisões tomadas visam se beneficiar a si próprio. 
A decisão tomada traz benefícios para a pessoa. 
A analise econômica se funda na eficiência. Decisão eficiente não causa prejuízo a pessoa e no mínimo traz benefícios a pessoa. Art. 37 CF – principio da eficiência. Orientar a politica publica em melhorar a utilidade dos cidadãos a baixo custo e se possível melhore a qualidade individual. Estuda o comportamento publico na tomada de decisões. 
Relação entre direito e economia: a economia preocupa-se muito com as consequências, efeitos dos fatos, mensura dados e efeitos, já o direito parte de outra metodologia pois parte de valores, é valorativo, por exemplo, valor do meio ambiente, quanto custa o meio ambiente, se preocupando com o mais importante, valorando as coisas fundamentais, isso tem um custo. 
O objetivo da analise econômica do direito quer que o direito não pense só em valores mas reflita com base nas consequências, as decisões tem que ser tomadas nas consequências econômicas. Ex. impenhorabilidade – bem de família – exceção constitucional – existe o direito a moradia mas a impossibilidade de se executar todos os bens do morador, aumentaria os juros, sem eficiência da garantia locatícia, acaba influenciando o mercado locatício aumentando os valores e diminuindo o acesso a moradia. Se preocupa com as consequências das decisões judiciais. Efeito econômico que isso representa, a decisão tem que ser eficiente pensando nas consequência econômicas. Os efeitos da decisão tem que ser eficiente. Relação de direito e economia. Defesa dos métodos da analise econômica na aplicação do direito. Interpretação de clausulas contratuais. 
Richard e Eric Posner.
Economia comportamental: 
Economia que os juseconomistas adotam é a economia comportamental a tomada de decisões, pensar nas consequências de comportamento. Quais efeitos isso ira representar. O jurista tem que refletir sobre as consequências que irão ser tomadas, sejam para criar normas, sejam para interpretar a norma, seja para aplicar as normas. Tem que ser eficiente. Saber quais são os comportamentos e pautar a partir das consequências. Sempre voltado a eficiência econômica, que não cause prejuízo, desequilíbrio e aumente a utilidade de cada um. Toda decisão que o sujeito tome é para melhorar a sua utilidade pessoal. O direito tem por isso que estudar o comportamento das pessoas, o comportamento racional, a escolha racional das pessoas. Racionalidade que é direcionada a melhoria própria. 
Método de compreensão do direito: 
Não é departamento de direito e não se confunde com direito econômico, mas sim regula atividade econômica em sentido coletivo. Art. 170 CC. Natureza de método, metodologia de compreensão e estudo do direito. Metodologia da compreensão do estudo do direito. Interpretações do direito. Escola do direito. 
Proposta de interpretação do direito, diferente de direito econômico.
Origens:
Adam Smith – pai do liberalismo econômico. Conceito de sujeito econômico. 
Ideia geral baseada na liberdade individual. Tomar decisões eficientes. Ideia baseada que o sujeito contribuindo consigo contribui com toda nação. 
Jeremy Benthan: principio utilitarista, as pessoas agem para se auto beneficiar, melhorias para si mesmas. Pensa em si mesmo. Cada pensa em si mesmo. Virtude no sentido que posiciona o sujeito que cuida de si. Despreza valores sociais.
Crise da analise econômica do direito: despreza valores coletivos. Individualismo. Decisão que toma em beneficio individual. Tensão.
Função social da propriedade – se descumpri-la será pior para ele, economicamente prejudicial para a pessoa. 
Richard Posner e Eric Posner (escola de Chicago) – tomar decisão para melhorar sua utilidade pessoal. Beneficio próprio sempre. Berço da analise econômica do Direito. Analise e critica da analise econômica do direito, escola de Chicago, defende o utilitarismo puro, toda e qualquer escolha deve ser pautada pela eficiência econômica que deve respeitar o equilíbrio, não causar danos a outrem e se possível trazer benefícios. Não tirar de uma pessoa o que já é dela. Contrato equilibrado é eficiente proporcionalmente entre as partes. Comportamento medido pela eficiência econômica. 
Ronald Coase, Oliver Williamson e Douglass North (Neo institucionalismo):
Escola de Boston.
Neo institucionalista. Critica o utilitarismo. Trabalha com externalidade, decisões politicas que afetam os contratos. Criticam uma racionalidade limitada. Conclusão que todas as pessoas em determinados momentos tem racionalidade limitada e por isso a eficiência economia fica comprometida, critica a escola de Chicago. 
Postulado Fundamentais da analise econômica do direito:
Escassez de recursos:
Parte de uma visão econômica, os recurso são escassos e o direito tem que ter consciência disso, todas as pessoa não terão acesso a todos os bens que o direito protege. Ex. moradia. Decisão eficiente economicamente e juridicamenteeficiente – promover a moradia sem prejudicar quem já tem moradia. Toda e qualquer decisão politica e publica tem que pensar que os bens são escassos, e por isso não se pode causar prejuízo aos outros. 
Escolha racional: sujeito de direito é sujeito racional, livre, e como tal tende a ser individualista, a decisão é tomada porque quis, conceito de homem econômico que busca lucrar, tem que ser respeitada no limite da escolha pessoal. A decisão que se toma pode afetar a vida de outros. Mente brilhante loira no bar – youtub. 
Custos de oportunidade: 
Toda decisão racional tem um efeito, uma consequência, os custo de oportunidade. Aquilo que se perde para investir quando se investe para ganhar. Custos. Todos levam em consideração a consequência. 
Eficiência:
As decisões tem que ser eficientes economicamente. Podem ser conceituadas de através de duas teorias:
Ótimo de Pareto: parte da noção de equilíbrio. Quando em uma situação econômica nenhuma pessoa perde e nenhuma pessoa ganha. Não implica na perda de alguém, tem equilíbrio. Não ha perdas de ninguém. Todos ganham. 
Sentido de equilíbrio – toda decisão não podem aumentar os custos de alguém.
Eficiência Kaldor – Hicks – 
Não precisa se preocupar com equilíbrio. Decisão que afete o mínimo as pessoas. 
Se romper o equilíbrio – equilíbrio compensatório. Se a decisão tomada causar prejuízos aos outros – a medida tem que compensar isso. 
Se a decisão afeta outras pessoas, tem que compensar esse desiquilíbrio. 
Repondo o desequilíbrio que esta se tomando. Compensar. Reequilibrar, muito comum no mercado ambiental. Decisão eficiente é aquela que compensa o prejuízo causado. Ex. abandono efetivo.
Eficiência para a escola de Chicago:
Inibir o oportunismo.
Alocação de riscos – a assimetria de informações é ponderada em relação aos riscos, quanto mais informado devera arcar com mais riscos.
Eficiência para os neoinstitucionalistas:
Executoriedade privada – arbitragem.
Executoriedade publica – não pode uma decisão gerar efeitos econômicos negativos.
Contratos à luz da analise econômica do direito:
Contratos e Analise Econômica do Direito:
Racionalidade na escolha contratual: difícil de se pensar em direitos vulneráveis. 
Sujeitos tendem a pensar em si. Como contrabalancear tal premissa?
Assimetria de informações – 
Alocação de riscos – quanto mais informada mais riscos devera arcar.
Racionalidade limitada. Informações desequilibradas, com base nas informações que as pessoas contratam, quando existe uma assimetria de informações, ha um desequilíbrio, e nesse sentido o direito pode intervir.
Qual sujeito tem melhor facilidade a informações. Decisão eficiente do juiz. 
Proporcionalmente quem tem maior numero de acesso a informações? 
A eficiência contratual tem que ser da responsabilidade desse. 
A decisão do juiz deve se pautar em acesso as informações. 
Externalidades: racionalidade limitada, limitação de racionalidade. 
Fatores externos que afetam o contrato, logo deve-se buscar compensa-lo de acordo com as possibilidades de cada um. Toda decisão externa que afeta o contrato rompe o equilíbrio e essa pessoa que tem a maior potencialidade na medida da previsibilidade de cada um é que deve ser responsabilizado. 
Algo que afeta negativamente o contrato, rompe o equilíbrio, cada um tem que assumir a proporção de cada um e ser responsabilizado nessa medida. 
Equilíbrio. Compensar. Proporcionalidade de acordo com as condições pessoais dos contratantes.
Contratos incompletos: A AED parte da premissa de que todos os contratos são incompletos. Noção de que todos os contratos são incompletos, as partes não tem noção de prever tudo que diz respeito ao contrato. A decisão que visa enfrentar os problemas devem ser eficientes. Decisão eficiente – equilíbrio – não se pode prever tudo – surge uma externalidade – o juiz tem que complementar de uma maneira eficiente.
Eficiência contratual (Posner): escola de Chicago, contrato eficiente é aquele que inibe o oportunismo. Inibição do oportunismo.
Alocação de riscos – a assimetria de informações é ponderada, flexibilizada a partir da locação de riscos, quem tem maior acesso a informações tem que ser mais responsabilizado.
Eficiência contratual (Neoconstitucional) – amam a arbitragem, meta sempre que possível o poder publico tem que se voltar a executoriedade privada. 
Executoriedade Privada: arbitragem.
Executoriedade publica: sai da arbitragem, sempre que possível, cumprir os contratos, uma decisão judicial não pode afetar o mercado, o sistema financeiro nacional. Sempre que possível cumprir os contratos da forma que foram avençados desde que haja equilíbrio entre os contratantes.

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