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Fato jurídico Fato jurídico em sentido estrito (estricto sensu) Ordinário Extraordinário Ato-fato jurídico Ação humana Lícita (ato jurídico lícito em sentido amplo) Ato Jurídico em sentido estrito (não negociável) Negócio Jurídico Ilícita Ato Ilícito TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL RESUMO PARA PROVA DA TERCEIRA UNIDADE AUTORIA: DANIEL NUNES DE MORAIS 1. O que é fato jurídico? É todo acontecimento natural ou humano que determine a ocorrência de efeitos constitutivos, modificativos ou extintivos de direitos e obrigações. ( Um raio em alto mar dificilmente dará origem a um fato jurídico. Já um raio em uma cidade, poderá gerar facilmente um fato jurídico.) 2. Fato júridico em sentido estrito. São acontecimentos naturais, determinantes de efeito na órbita jurídica, independente da vontade humana. Exemplos: alagamento, maioridade, incêndio. 3. Fato jurídico Ordinário. Decorrem da simples manifestação da natureza. Nascer e morrer são exemplos de consequencias naturais que ocorrerão independentemente da vontade humana. 4. Fato jurídico extraordinário. São casos fortuitos ou de força maior. Por exemplo, uma tempestade impede a realização de um evento. São fatos irresistíveis. È a ocorrência de um fato que impede o cumprimento de uma obrigação ou dever por motivos impossíveis de serem conhecidos. Não há como prever. Há previsão legal de isenção de culpa pela parte impedida, caso comprove o caso fortuito ou força maior. Art. 393, CC. 5. Ato jurídico em sentido estrito: É todo comportamento humano voluntário e consciente, simples manifestação da vontade, sem conteúdo negocial, pois tais atos já são previstos em lei. Ex: reconhecimento de paternidade, Intimação, fixação de domicílio. 6. Negócio jurídico. “É a declaração da vontade, emitida em obediência aos seus pressupostos de existência, validade e eficácia, com o propósito de produzir efeitos admitidos pelo ordenamento jurídico pretendidos pelo agente”, segundo Gagliano e Pamplona Filho. Vícios de consentimento Erro Dolo Coação Lesão Estado de perigo 7. Existência. Um negócio jurídico não pode surgir do nada. Portanto precisa atender a requisítos mínimos que são: Manifestação da vontade, agente emissor da vontade, objeto e forma. 8. Validade. O fato existir não significa que seja válido o negócio jurídico. Há também que existir requisitos mínimos para validar um negócio jurídico. Somados aos requisitos da existencia, são os requisitos de validade: Manifestação da vontade LIVRE E DE BOA-FÉ, agente emissor CAPAZ, objeto LÍCITO (possível, determinado ou determinável), forma LIVRE OU PRESCRITA EM LEI. 9. Eficácia. Mesmo sendo existente e válido, o negócio jurídico deve produzir efeitos imediatamente. Podendo ser delimitados pelos seguintes elementos acidentais: Termo (evento certo ou futuro), Modo/encargo (impõe ao beneficiário um ônus a ser cumprido, em prol de uma liberdade maior) e condição ( evento futuro e incerto) 10. Agente emissor: pessoa física, jurídica ou órgão público. 11. Objeto: é o bem jurídico. Toda utilidade física ou ideal que seja objeto de um direito subjetivo. 12. Forma : é o istrumento pelo qual os agentes manifestam suas vontades. Podem ser escritos, falados, por mímica, por gestos. 13. Defeitos do negócio jurídico. 14. Erro ou ignorância: Vício causado por falsa percepção da realidade ou total desconhecimento do declarante sobre as circunstâncias do negócio. O erro só é considerado como causa de anulação se for essencial (substancial) e Escusável (perdoável). Art. 138, CC. O erro pode incidir no negócio, no objeto ou na pessoa. 15. Dolo. Todo artifício malicioso empregado por uma das partes ou por terceiro com propósito de prejudicar outrem, quando da celebração do negócio jurídico. 16. Quanto aos efeitos no negócio jurídico, os tipos de dolo são: Principal: quando atinge diretamente a causa do negócio jurídico. ( o conhecimento do problema, inviabilizaria o negócio). Negócio jurídico poderá ser anulado. Acidental: mesmo em face de um problema, este não afetaria diretamente o negócio jurídico. Não implica anulação no negócio jurídico. Entretanto prevê a reparação do dano ou perda 17. Quanto à atuação do agente, o dolo pode ser: Positivo: ação direta maliciosa com intenção de enganar. Negativo: quando há omissão de informação, um silêncio intencional. 18. Por quais meios um negócio jurídico pode ser anulável? De acordo com o art. 171, CC, por incapacidade relativa do agente, por vícios de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores além de outros casos expressamente previstos em lei. 19. Quais sao os elementos acidentais do negócio jurídico ? A condição, o termo e o modo ou encargo. 20. Conceito de condição: É quando a consumação de um negócio jurídico, depende de um acontecimento incerto e futuro. Exemplo: um pai promete a um filho que, caso ele passe no vestibular de direito, ganhará uma motocicleta. A aprovação no vestibular, é uma determinação acessória, que dará eficácia ao negócio jurídico casso ocorra. Há dois tipos de condição: suspensivas e resolutivas. 21. Conceito de termo: É o acontecimento futuro e certo que determina o início ou o fim da eficácia de um negócio jurídico. Exemlo: Contrato de compra e venda de apartamento, o termo é a data prevista para a entrega do APTO. 22. Conceito de encargo: É quando se cria uma restrição imposta ao beneficiário do negócio jurídico. Muito comum em doações. Exemplo: faço doação de uma fortuna a uma fundação beneficente, desde que esta fundação instale uma estátua em minha homenagem em seu interior. 23. Definição de ato ilícito: É o comportamento humano voluntário, contrário ao ordenamento jurídico , que causa prejuízo material ou moral. São portanto elementos do ato ilícito: ação humana, contrariedade ao direito e prejuízo. 24. Conceito de prescrição: É a perda da pretenção de reparação do direito violado em virtude da inércia do seu titular, no prazo previsto pela lei. Ou seja, quando tenho direito de buscar a justiça para reparação de um direito e não o faço dentro do prazo legal. OBS: a prescrição, atinge a pretensão, e não o direito da ação. Pois mesmo havendo prescito o prazo legal, ainda assim é possível ajuizar a ação. Contudo, não obterá exito, pois a prescrição já ocorreu. Exemplo: quando se perde o prazo para apresentar a defesa. 25. Conceito de decadência: A supressão do direito pela inatividade de seu titular que deixou escoar o prazo legal ou voluntariamente determinado para seu exercício, sendo esse seu principal efeito. Obs: a decadência atinge o direito, após o fim do prazo, o direito se extingue. Não sendo mais possível o direito de ação sobre um direito que não existe mais. Exemplo: ao ganhar na mega-sena, o vencedor terá um prazo para exigir o seu direito (prêmio). Caso o ganhador perca este prazo, o seu direito ao prêmio se acaba.
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