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Prática de Ensino - Educação e Identidade - atividade 1

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UNINOVE – UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
MARCELO ALCEBIADES LOPES
MURILO HENRIQUE DA SILVA
PATRICK GIULIANO TARANTI
RICARDO CARVALHO SILVA
A PROBLEMÁTICA DA DIVERSIDADE NA ESCOLA:
APONTAMENTOS SOBRE SALAS DE AULAS COM PÚBLICO MULTIFACETADOS, NOVOS DESAFIOS PARA OS PROFESSORES
SÃO PAULO - SP
2016
UNINOVE – UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
MARCELO ALCEBIADES LOPES
MURILO HENRIQUE DA SILVA
PATRICK GIULIANO TARANTI
RICARDO CARVALHO SILVA
A PROBLEMÁTICA DA DIVERSIDADE NA ESCOLA:
APONTAMENTOS SOBRE SALAS DE AULAS COM PÚBLICO MULTIFACETADOS, NOVOS DESAFIOS PARA OS PROFESSORES
Artigo Científico apresentado à Disciplina de Prática de Ensino: Identidade e Educação (Prática I) do Curso de Licenciatura Plena em História da Universidade Nove de Julho como requisito parcial de composição de nota da disciplina.
Docente: Prof. MSc. José Lúcio da Silva Menezes.
SÃO PAULO - SP
2016�
A PROBLEMÁTICA DA DIVERSIDADE NA ESCOLA: APONTAMENTOS SOBRE SALAS DE AULAS COM PÚBLICO MULTIFACETADOS, NOVOS DESAFIOS PARA OS PROFESSORES
MARCELO ALCEBIADES LOPES�
MURILO HENRIQUE DA SILVA�
PATRICK GIULIANO TARANTI�
RICARDO CARVALHO SILVA�
RESUMO
A preocupação básica deste estudo é trazer à baila apontamentos relacionados aos desafios enfrentados pelo professor frente aos grupos de estudantes das mais variadas espécies. Este artigo tem como objetivo realizar apontamentos de modo a identificar os desafios ocasionados pela nova configuração da composição populacional escolar e os desafios que o professor passa a enfrentar buscado um norte para amenizar estes conflitos. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica considerando as contribuições de autores como COSTA (2001), SANTOS (2008) e WELLER E PAZ (2011), entre outros, procurando identificar as mudanças ocorridas ao logo do tempo dos grupos populacionais estudantis correlacionando-os com os principais eventos modificadores de postura do sistema escolar e educacional, identificar, ainda, os elementos conflitantes que acabam por gerar a exclusão e evasão escolar na atualidade e qual a possível postura que do educador frente a estes conflitos e problemáticas. Concluiu-se que, ao logo do tempo, ante as mudanças político-sócio-econômicas que houve um aumento da segregação das minorias sociais estudantis (isto é, passaram a ser reveladas), levando o aparato estatal a adotar medidas protetivas e inclusivas, visando a manutenção destes grupos no ambiente escolar, fato este que determinou de forma indireta a uma mudança de postura do educador frente a globalidade e diversidade estudantil, visando imprimir uma educação de qualidade e com igualdade de oportunidades.
Palavras-chave: Aluno. Diversidade de etnia, raça, gênero, credo e classe. Escola. Professor. Novas postura educacionais.
RESUMEN
El interés principal de este estudio es poner de relieve las notas relacionadas con los desafíos que enfrenta el profesor delante de los grupos de estudiantes de diversas especies. Este artículo tiene como objetivo llevar a cabo las notas explicativas para identificar los problemas causados ​​por la nueva configuración de la composición de la población escolar y los desafíos que el maestro va buscó una cara Norte para aliviar estos conflictos. Se realizó una búsqueda en la literatura de las contribuciones de autores como Costa (2001), Santos (2008) WELLER y Paz (2011), entre otros, buscando identificar los cambios en el momento de los grupos de población estudiante correlación con principal de la escuela modificación de los eventos postura y el sistema educativo, también identificar los elementos en conflicto que terminan generando exclusión y absentismo escolar hoy en día y lo que la posible postura del educador en estos conflictos y problemas. Se concluyó que el tiempo correcto, en los cambios políticos y socioeconómicos que hubo un aumento en la segregación de las minorías sociales de los estudiantes (es decir, han sido revelados), con lo que el aparato del Estado para adoptar medidas de protección e inclusivas destinadas a el mantenimiento de estos grupos en el entorno escolar, un hecho que llevó indirectamente a un cambio en la postura hacia adelante educador y la diversidad general de los estudiantes, con el objetivo educación de calidad de impresión y la igualdad de oportunidades.
Palabras clave: Estudiante. la diversidad étnica, raza, sexo, credo y clase. Escuela. Maestro. La nueva postura educativa.
Introdução
O presente trabalho tem como tema o a educação obrigatória e seus desafios frente ao universo da escola e sua diversidade de etnia, raça, gênero, credo e classe. 
Nesta perspectiva, construiu-se questões que nortearam este trabalho: 
Como ofertar um ensino de qualidade e com oportunidades igualitárias a alunos heterogêneos em todos os aspectos?
Como desenvolver um sistema de ensino inclusivo, protetivo, saudável, igualitário, despido de elementos discriminatórios, e garantidor de oportunidades, se o sistema educacional vigente é engessado, recrudescido e desestimulante no que se refere a educação pública de massas?
Como desenvolver um currículo que satisfaça a necessidade individual e coletiva de todos, atendendo os ditames impostos estatal e socialmente? 
Quando se fala em heterogeneidade no ambiente escolar em um sistema de ensino voltado as massas, pressupõem-se que há perca de qualidade de ensino e por consequência acaba por atirar a marginalidade social os destinatários, sobre tudo frente a dinâmica atual da comunidade estudantil que é extremamente diversificada sob todos os aspectos. Daí a importância de se investigar as causas e possíveis soluções para minimizar os efeitos desta população tão variada sem que se perca a qualidade da educação e conferindo um sistema igualitário em direitos. Eis o desafio para o educador.
Vários autores, como Santos (2008) e Diniz et al. (2011) conceituam que a diversidade no ambiente escolar deve ser prestigiada e preservada, de modo a promover um convívio social saudável e desprovido de preconceitos, não cabendo ao aluno reprimir-se de modo a modelar-se a escola ou ao professor, mais o contrário, caba a escola criar um ambiente acolhedor e tolerante para que o discente possa se expressar dentro dos limites de liberdade, onde o professor acaba por assumir um papel importante de mediador e promotor deste desenvolvimento humano de modo a incutir um espírito de cidadania e de transformadores sociais.
Neste contexto, o objetivo primordial deste estudo é, pois, investigar como a escola e, sobretudo, o professor pode enfrentar os desafios de educar com qualidade e igualitariamente grupo de alunos heterogênicos.
Para alcançar os objetivos propostos, utilizou-se como recurso metodológico, a pesquisa bibliográfica, realizada a partir da análise pormenorizada de materiais já publicados na literatura e artigos científicos divulgados no meio eletrônico.
O texto final foi fundamentado nas ideias e concepções de autores como: COSTA (2001), DINIZ et al. (2011), SANTOS (2008), VILLELA, LOPES e GUERREIRO (2013), e, WELLER e PAZ (2011).
A evolução do sistema de ensino como escola e o seu acesso
Quando tratamos da rede pública de ensino, entendemos que o produto atual é fruto de um histórico processo de mudanças. Não podemos dizer que esse produto foi sempre público. Na Antiguidade, com os gregos, passando pela idade Média e Renascença, esse estudo segregava a maior parte da população, pertencendo às altas classes sociais ou cleros. Posteriormente, após o Iluminismo e a Revolução Francesa, começavam os debates sobre o direito a educação e principalmente sobre a alfabetização em massa.
O século XIX e XX foi um grande marco desses debates. As novas Repúblicas, incluindo o Brasil, já previam em suas Constituições o direito à educação, conforme também os interesses do Estado. A Revolução Industrial e a grande quantidade de bancos proveram a necessidade de uma mão de obraalfabetizada. Sendo assim, o Estado criou uma educação básica profissionalizante para os pobres e negros, auxiliando ainda mais na segregação. Os mais ricos e estrangeiros europeus receberam outro tipo de ensino, aquele que tinha como base o conhecimento, para que essas pessoas chegassem a um outro nível de instrução educacional.
Ao longo dos anos, diversas medidas tentaram minimizar os problemas, sendo criadas as chamadas Escola Elementar, durante o governo de Getúlio Vargas, quando da criação do Ministério da Educação e Saúde. Ainda que essas medidas de alguma forma trouxessem certas progressões para o ensino público, no geral, ainda mantinha o mesmo modelo de educação profissionalizante para os pobres e educação com conteúdo para os ricos.
Atualmente o problema do sistema educacional brasileiro já não está pautado ao acesso à escola, mas sim, na qualidade da educação oferecida. A qualidade (atual) do ensino público não capacita o aluno para os exames admissionais do ensino superior, evitando que o estudante não leve adiante a sua carreira. A falta de investimentos em infraestrutura nas escolas ainda é responsável por deixar sem acesso educacional milhares de jovens e crianças. Hoje o produto final dessa educação é uma escola lotada, professores mal treinados e diversos sistemas que tentam maquiar os problemas visíveis da educação pública.
Outro grande problema da educação brasileira, se não o maior, é o sistema de ensino singular, onde todos aprendem as mesmas coisas do mesmo, dentro de uma mesma metodologia e didática, desrespeitando as características individuais, sendo ela cultural ou até mesmo na velocidade de aprendizado. A pergunta que se faz é: esse método de ensino dentro de uma sociedade tão miscigenada é realmente possível? Essa grande diversidade que se encontra em uma sala de aula leva ao professor o desafio de buscar novas formas e técnicas de ensinar aos alunos sua disciplina, expondo as matérias da forma adequada. Segundo as teorias de Vygotsky, cada pessoa possui uma determinada inteligência, e que se basearmos o ensino através de só um modelo automaticamente estamos excluindo os outros.
A escola brasileira e o Direito-dever x Dever-direito
Em períodos passados, o acesso ao ambiente escolar já se encontrava garantido em leis, porém, contudo, o cenário nacional educacional brasileiro não propiciava o acesso pleno e mecanismos permanência dos discentes, ao contrário, o próprio sistema de ensino há época, devido sua estrutura, infraestrutura e sistemática, que não raras as vezes, era comumente exclusório e seletista, seja com quem já se encontrava incluso no sistema, seja com quem pretendia acender a este. Fato fica evidente quando é observado a pirâmide de progressão escolar, onde há um visível afunilamento, onde a peneira imposta pelo sistema estatal educacional promovia altos índices de reprovação, levando a população estudantil a evasão escolar, a cerca de cinco décadas atrás somente um de cada cem alunos atingia o nível superior e, em geral estes eram composto por alunos mais abastados financeira e socialmente.
Ao longo das últimas décadas o sistema educacional passou por várias reformas e contrarreformas, visando, sobretudo, combater e reverter em um primeiro momento a questão de evasão escolar, bem como, a progressão seriada efetiva, isto é, reduzir os índices de reprovação. Algumas destas intervenções restaram-se infrutíferas, porém, por outro lado outras obtiveram sucessos.
Destas investidas governamentais, de cunho político-educacionais, sedimentadas e desenvolvidas em todas as esferas administrativas, sejam municipais, estaduais ou mesmo federal, podemos destacar sem sombra de dúvidas que as evoluções normativas e legislativas, aliadas a programas sociais inclusivos voltados as minorias, em muito contribui para suprir quase na plenitude o fator de evasão escolar e reprovações reincidentes.
Corroborando para tal posicionamento Weller e Paz (2011, p.1) exemplificam uma destas evoluções social-legislativa ao declararem:
A última década do século passado registra avanços no sistema educacional brasileiro no que diz respeito à inclusão dos assim denominados temas transversais – gênero, raça/etnia e sexualidade –, que foram incluídos nos documentos que regem a educação, ainda que formulados de forma bastante genérica, por meio de frases como “respeito à liberdade e apreço à tolerância” (LDB Nº 9.394).
Destaca-se neste momento o acesso à educação como direito e dever, para entendermos o quão importante foi a evolução destes.
Como Direito, a educação e o acesso a esta já era consagrado no ordenamento constitucional pátrio, porém, contudo, pouco se fazia para que o destinatário deste pudesse exercere-lo em condições mínimas, pois, o interesse governamental, e diga-se de passagem, seus esforços, estavam voltados quase que plenamente para o uso do aparato educacional como instrumento de controle de massas, sobretudo as de classes mais baixas, porém, após a abertura democrática em meados da década de 1980, a atenção estatal, assim como da sociedade civil, voltou-se para o cenário internacional, o qual exercia pressões para que se fosse reduzido o índice de analfabetismo e semialfabetizados, sob penas de sanções a serem impostas, para tanto, foram criados instrumentos legislativos garantidores e punitivos que visavam a manutenção e permanência dos discentes no ambiente escolar, assim como o acesso a este ambiente as minorias sociais. Garantidores por conferir o a acesso aos que possivelmente seriam excluídos em algum momento de sua trajetória estudantil pelos mais diversos fatores, punitivos por impor sanções aos que de algum modo vierem a impedir o acesso ou a permanência dos estudantes em geral e, principalmente dos inclusos dos grupos minoritários. Estamos diante de um novo modelo de direito, o direito-dever.
Em contrapartida, ante ao direito, temos o Dever. Dever este que surge na forma legal e social, sendo que, a legal se faz imposta ao próprio Estado em conjunto com a sociedade que tem por obrigação em garantir o acesso e permanência no ambiente escolar a todos indistintamente, para o exercício de suas obrigações, o Estado lança mão de incentivos sociais e reprimendas legais; já quanto ao Dever no aspecto social, este é imposto ao cliente direto do sistema educacional, o aluno, pois assim como ele tem garantido o acesso e permanência na escola, deste é esperado e imposto que avance em seus estudos e com aproveitamento e qualidade, onde só será reconhecido socialmente se assim se portar e agir. Estamos diante de uma nova modalidade de dever, o dever-direito, isto é, o aluno possui direitos legais que por consequência o leva a deveres sociais.
Oportunidades igualitárias é sinônimo de ensino de qualidade
A questão que aflige o sistema de ensino na atualidade é: “como ofertar um ensino de qualidade e com oportunidades igualitárias a alunos heterogêneos em todos os aspectos? ”
Em um primeiro momento deve-se ter em mente que a população estudantil na atualidade é extremamente diversificada, seja em raça, gênero�, classe, etnia ou ainda com limitados físico e / ou mentalmente, pois todos possuem os mesmos direitos e como beneficiários destes devem ser supridos em educação de qualidade e em igual oportunidade. 
Como bem explana Diniz et al. (2011, p.3) citando Dayrrel� a
[...] valorização da diversidade e das experiências dos/as alunos/as se faz necessária para que se possa […] superar a visão homogeneizante e estereotipada da noção de aluno, dando-lhe um outro significado. Trata-se de compreendê-lo na sua diferença, enquanto indivíduo que possui uma historicidade, com visões de mundo, escalas de valores, sentimentos, emoções, desejos, projetos, com lógicas de comportamentos e hábitos que lhe são próprios.
Em suma, a escola passa a desenvolver um papel de destaque na atual sociedade, deixando de exercer um papel de controle social das massas, para exercer uma posição de destaque como instrumento de inclusão e ascensão social.Tal mudança fez-se necessária devido a evolução econômica e social ao longo de décadas, ema vez que o sistema socioeconômico atual é tende a marginalizar as pessoas socialmente em essência, mas ao mesmo tempo convencionou sistemas inclusivos meritocráticos, sendo o principal deles a ascensão educacional, onde quanto mais elevado for o grau de instrução do indivíduo mais será seu reconhecimento social, onde elementos pré-concebidos discriminatórios passam a ser minimizados (não podemos declarar extirpados, pois há de se alterar profundamente culturas discriminatórias arraigas no seio sociedade).
Em outras palavras, será por meio de um sistema de ensino pleno de qualidade e garantidor de oportunidades igualitárias, que será garantido a inclusão social em sistema societário exclusório por origem.
Vele ressaltar como parafraseando Santos (2008, p.7) esta dita inclusão social abarcada pelo sistema escolar não pode ser confundida como serviço de assistência social, ao contrário o papel a ser desempenhado é de promotora de conhecimentos para o pleno exercício da cidadania, tornando o aluno capaz de ser um agente transformador da realidade social, deve a escola e educadores buscarem alternativas visando a atender seus diferentes grupos acadêmicos, evitando-se dessa forma a exclusão e a discriminação.
Voltando nos olhos para o questionamento anteriormente exposto, podemos perceber claramente que a resposta é óbvia, decorrendo do próprio campo do Direito Humanitário, ou seja, trate os desiguais desigualmente na medida em acabem por tornarem-se iguais aos demais, ou seja, crie e propicie condições e elementos aos menos favorecidos (minorias) de modo que possam igualar-se ao mínimo à média social em direito, deveres e oportunidades.
Corrobora para este entendimento Villela, Lopes e Guerreiro (2013) quando firmam entendimento declarando, 
O uso de estratégias de ensino adequadas a diferentes tipos de necessidades específicas de aprendizagem só vem a contribuir para o desenvolvimento de todos os estudantes envolvidos no processo, ou seja, indivíduos com diferentes deficiências ou necessidades educacionais específicas, de diferentes origens socioeconômicas e contextos culturais distintos, com habilidades igualmente distintas entre si, poderão beneficiar-se de estratégias didático-metodológicas heterogêneas; afinal, em uma escola c da vez mais plural e democrática, não se pode supor que exista uma única forma de ensinar e aprender.
Porém, contudo, todavia, apesar de conhecida a resposta para chegar-se ao fim conhecido, o caminho a ser trilhado é árduo e deveras complexo, afinal estamos lidando com seres humanos dotados de personalidade e consciência.
Desenvolvendo um sistema de ensino garantidor e igualitário
Diante de tudo que foi apresentado até o presente acaba por nos levar a outro questionamento: Como desenvolver um sistema de ensino inclusivo, protetivo, saudável, igualitário, despido de elementos preconcebidos discriminatórios, que garantidor de oportunidades se o sistema educacional vigente é engessado, recrudescido e desestimulante no que se refere a educação pública de massas, como desenvolver um currículo que satisfaça a necessidade individual e coletiva de todos, atendendo os ditames impostos estatal e socialmente? 
Eis que para pretensamente atender o presente questionamento devemos nos pautar de diversas medidas a serem trilhadas simultaneamente, onde todas possuem origens distintas, porém, convergem para um único destino, cujo propósito é ofertar uma educação de qualidade inclusiva e igualitária, que ao final, relacionam-se de modo interdependente entre si, formado um corpo único no qual o guia primário é o professor.
Nas palavras de Santos (2008, p. 10)
A construção do conhecimento na Educação Contemporânea deve ocorrer coletivamente e estar voltada para questões que contemplem as diferenças, ou seja, a diversidade humana que compõe a escola, sendo necessário para isso, incluir questões a serem discutidas e/ou refletidas tais como: etnia, raça, gênero, classe, sexo, entre outras, valorizando todo o conhecimento que os diferentes grupos trazem para a sala de aula, enriquecendo muito mais o ensino e a aprendizagem [...]
Para tanto, apontamos o azimute, que é o fim esperado, mas cabe determinar os pontos de partidas, não exaurindo em si os caminhos ora elencados, cabendo ao professor incorporar capacidades camaleônicas exploratórias em busca de novos caminhos e atalhos para atingir o objetivo final, desse modo apontamos algumas trilhas:
- Cabe adaptar os currículos a um conteúdo mínimo, levando-se em conta o público alvo heterogêneo, de forma que realmente atendam suas necessidades;
- Diversidade pedagógica, sobretudo aplicando-se as teorias construtivista neomodernas aliadas a ensinamentos elementares de cunho pedagógico e psicológico, destacando-se dentre destes Lev Semenovitch Vygotsky, Dra. Maria Montessori, Sir Jean William Fritz Piaget, Pe. Francisco Maria da Cruz Jordan, dentre outros.
- Nivelar inicialmente os trabalhos curriculares com base nos estudantes de maioria mediana, onde se estabelecerá um ambiente de cooperação mútua entre os discentes, de modo que os que detenham limitações poderão ser auxiliados de forma inclusiva e, aos que demandem de habilidades avançadas possam também ser atendidos inclusivamente quando auxiliando aos demais, desse modo criar-se-á uma rede cooperativa de respeito mútuo e aceitação social, não perdendo qualidade de ensino, satisfazendo igualitariamente a todos.
- Diversidade de aparato de aprendizagem, dando preferência a matérias que remetem a realidade vivenciada pelos alunos, abandonando o mecanismo de “decoreba” e livro-único.
- Ampliar, extrapolar as dimensões físicas da sala de aula, abrir as portas destas para que os alunos interajam com a comunidade local e sociedade em geral.
De sorte, para a educação em geral, nas últimas três décadas há esforços direcionados para que a educação deixe de ser apenas de sistema “transmissor-receptor”, avançando no sentido de que a educação deva ser no sistema “semeador”, ou seja, apresentado o conteúdo básico pelo docente e, os discentes o desenvolvem, o obtendo como resposta, o professor, a assimilação do conteúdo interagindo com a vivencia adquirida, de modo a construir e reconstruir a realidade individual e coletiva dos alunos, passando de receptores à transceptores. Nas palavras de Costa (2001, p138) cabe ao educador apresentar aos alunos a si mesmos [...] em toda inteireza e complexidade presentes na dimensão pessoal e social da sua existência, apostando, acima de tudo, no potencial que cada um traz consigo e que tem o direito de desenvolver.
No mesmo sentido Diniz et al. (2011, p.3) nos informa quanto ao posicionamento esperado de um professor na atual conjuntura escolar 
[...] além de trabalhar com saberes que tradicionalmente integram o currículo há alguns anos, desse profissional é exigido que compreenda e utilize pedagogicamente as novas tecnologias, que responda adequadamente às exigências sociais de melhoria na qualidade da escolarização popular, que crie ou se aproprie de novas formas de ensinar. Tudo isso dentro de um contexto em que se aumentam a heterogeneidade dos alunos e a complexidade do ambiente escolar.
Conclusão
Diante do exposto, concluiu-se que a interação ente alunos-alunos, alunos-professor, alunos-escola, escola-professor e, onde todos estes relacionam-se com o meio social ao qual estão inseridos e, acima de tudo, são elementos cruciais e essenciais para vencer a barreira exclusória e discriminatória. Ou seja, o sistema educacional é uma máquina complexa onde as engrenagens são os elementos que a compõem e o professor acaba por assumir o papel das engrenagens de ligação e de operador do mecanismo. Não há como na atualidade ignorar a multidiversidade social e como esta, a escola também o é, pois é produto e extensão desta. Portanto, assim como a sociedade está, a escola, reproduz suas falhas que sobrepujam os limites igualitáriossubjugando as minorias, e, é neste ponto que o professor se faz imprescindível no papel de mediação.
Cabe ao professor, o nobre papel de suprir falhas sociais de modo a igualar os grupos minoritários de maneira desigual a tal ponto que este sejam detentores de igualdades em plenitudes. Onde o instrumento para tal dar-se-á pelo tratamento individualizado e personalizado no que tange a produção do conhecimento, por meio de um sistema dialético entre professor-aluno / aluno-professor / aluno-aluno, cujo objetivo final é formar cidadãos conscientes da sua individualidade e modo a compreender e respeitar a de terceiros, incutir o espirito transformador social, construindo e reconstruindo a sua realidade a medida que adquire e assimila o conhecimento posto a mesa.
Percebemos que para superar tamanha diversidade no ambiente escolar e conferir uma educação de qualidade e igualitária, depende muito mais da sociedade e do educador do que se imaginava, uma vez que é uma questão de médio a logo prazo de mudança de comportamento social e não só escolar, cabe ao professor preparar o terreno e semear a mudança, mas cabe a sociedade propiciar para que o ideal seja conservado e assimilado a tal ponto que tais diversidades deixaram de compor a minoria social, para simplesmente ser apenas uma livre escolha.
REFERÊNCIAS
COSTA, Antônio Gomes da. O professor como educador: um resgate necessário e urgente. Salvador: Fundação Luís Eduardo Magalhães, 2001. 180 p.
DINIZ, Margareth et al.. A Formação Docente – Revista Brasileira de Pesquisa sobre Formação de Professores (RBFP). A formação e a condição docente num contexto de complexidade e diversidade. Volume 03 / n. 04 jan.-jul. 2011. ISSN 2176-4360. Disponível em: <http://formacaodocente.autenticaeditora.com.br/sumario/exibir/9>. Acessado em: 09ABR16.
SANTOS, Ivone Aparecida dos. DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO: uma prática a ser construída na Educação Básica. Produção Didático-Pedagógica - Caderno Temático. Apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná – PDE; Universidade Estadual do Norte do Paraná / Campus de Cornélio Procópio. Cornélio Procópio / PR, 2008. Orientação: Professora Marlizete Cristina Bonafini Stainle. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2346-6.pdf>. Acessado em: 10ABR16.
VILLELA, Tereza Cristina Rodrigues; LOPES, Silvia Carla; e, GUERREIRO, Elaine Maria Bessa Rebello. BengalaLegal. Os desafios da inclusão escolar no Século XXI. 2013. Disponível em: <http://www.bengalalegal.com/desafios>. Acessado em: 11ABR16.
WELLER, Wivian; e, PAZ, Cláudia Denís Alves da. Gênero, raça e sexualidade nas políticas educacionais: avanços e desafios. ANPAE - Associação Nacional de Política e Administração da Educação. 25º Simpósio Brasileiro e 2º Congresso Ibero-Americano de Política e Administração da Educação. Goiânia: Faculdade de Educação da UFG. 2011. Disponível em: <http://www.anpae.org.br/simposio2011/cdrom2011/PDFs/trabalhosCompletos/comunicacoesRelatos/0549.pdf>. Acessado em: 08ABR16.
� Liendenciando em Histoória pela Universidade Nove de Julho e Bacharelando em Gestão de Políticas Públicas na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. marcelolopesmv@gmail.com
� Licenciando em História pela Universidade Nove de Julho. murilosilva_@hotmail.com.br
� Policial Militar paulista, Técnico Superior em Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública pela Escola Superior de Soldados “Cel. PM Eduardo Assumpção”, Licenciando em História e Bacharelando em Direito pela Universidade Nove de Julho, Pós-graduando em Docência no Ensino Superior pelo Centro Universitário Barão de Mauá, Pós-graduando em Direito Militar pela Universidade Cândido Mendes. patrick.giuliano@taranti.com.br
� Licenciando em História pela Universidade Nove de Julho. ricardo_cs91@hotmail.com
� Neste ponto, destaca-se ainda, as modernas concepções de gênero, não se atendo tão somente no aspecto homem / mulher fisiologicamente de nascimento.
� DAYRELL, Juarez. A escola como espaço sociocultural. In: DAYRELL, Juarez. Múltiplos olhares sobre educação e cultura. Belo Horizonte: UFMG, 1996. P. 37

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