Buscar

CÓDIGO PENAL PRINCÍPIOS BÁSICOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

BIZU:
Até o art.120 nós estamos na parte geral do código.
Vai até o concurso de pessoas.
A constituição atual é chamada de CONSTITUIÇÃO CIDADÃ.
Nós vamos encontrar o princípio da legalidade tanto no art.5 da constituição como também no art.1 do CPB.
O Atual CTB é de 1940
Eu não posso criar um crime hoje, sem antes existir uma lei criada até ontem dizendo que tal conduta é crime.
Mas temos um detalhe:
 
O princípio da legalidade se divide em 2 vertentes.
O princípio da legalidade tem uma parte chamada de reserva legal e tem outra parte chamada de anterioridade.
Para algumas bancas, a legalidade é a mesma coisa que reserva legal, mas isto esta errado.
O certo é que reserva legal é um pedaço da legalidade.
Somente aquele ato normativo, emitido do poder legislativo é quem pode DEFINIR O QUE É CRIME E ESTABELECER PENAS.
ENTÃO medida provisória não pode criar crimes, decreto não pode criar crime, portaria não pode criar pena.
O que são Normas penais em branco?
São aquelas normas penais em branco, exemplo disto é a lei anti droga, a própria lei anti-droga, não define o que é droga.
Norma penal em branco eu posso usar no direito penal brasileiro.
O que é analogia é umin malm parte?
Esta eu não posso usar no ordenamento jurídico brasileiro.
A analogia então, acaba ferindo o princípio da reserva legal que é uma parte do princípio da legalidade.
Veja aonde esta o princípio da individualização da pena na CF.
Agora nós veremos aquele inciso que vai falar as penas permitidas no direito brasileiro, nós não vamos ver este tema pois isto é meramente constitucional.
O que nos importa dizer sobre este inciso é que ele esta falando que a lei vai regular a individualização da pena, a pena será aplicada conforme os caracteres de cada pessoa.
 XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
Veja que esta sendo individualizado, não faz sentido ter homens e mulheres em uma mesma penitenciária (o sexo do apenado também determina)
Não faz sentido colocar bandidos jovens de 18 a 20 anos com adultos de 50 anos experientes (a idade do apenado também determina)
Também não faz sentido colocar junto um individuo que roubou um banco junto com um individuo que cometeu uma invasão de domicilio (a natureza do delito também determina).
Veja que a CF esta pedindo aqui que seja individualizado a pena, a pena não pode ser aplicada da mesma forma na sua execução para todo mundo, pois as pessoas são indivíduos diferentes, se eu cometo um crime junto com o Carlos, eu posso ser primário mas ele não e se ambos pegamos a mesma pena, na hora da sua aplicação ela será individualizada, vai ter que ser diferente, este é o princípio da individualização da pena, ele pede que para executar a pena nós levamos em consideração os caracteres individuais de cada apenado para que a pena não possa ser injusta, ela tem que ser justa e na medida de cada pessoa.
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento (PERDA) de bens, ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
Veja que ele esta dizendo que a pena não transcende, a pena não ultrapassa da pessoa.
Se eu sou condenado a 10 anos de prisão, mas morro antes de cumprir, esta pena não passará para os meus filhos.
Mas se junto desta pena de 10 anos, eu for obrigado a pagar uma indenização de 100 mil reais a uma das vítimas, os meus herdeiros terão de pagar se eu deixar patrimônio a eles, se eu não transferi patrimônio os meus sucessores não terão obrigação alguma.
Mas e se além da pena de reclusão eu fui também obrigado a pagar uma multa de 20 mil reais, será que os meus sucessores, que herdaram um milhão de mim, terão de pagar esta multa por mim?
MULTA é PENA.
Multa não é reparação de dano e multa não é perdimento de bens.
O dinheiro de multa não vai para os familiares da vítima ou para a própria vítima, multa é pena, aplicamos aqui o princípio da intranscendência, ou seja, eles não terão de pagar.
Veremos agora o princípio da humanidade das penas, ele nos trás as penas que são proibidas no direito brasileiro.
A pena de caráter perpétuo também não é possível, pois o tempo máximo de cárcere no Brasil é de 30 anos.
Vale lembrar que o transito em julgado pode ocorrer na primeira instancia, na segunda, na última, tanto faz.
O transito julgado acontece quando a sentença já não admite mais recurso.
No direito brasileiro, até o réu que confessa, terá que a sentença julgar e transitar em julgado para ele ser condenado, até que isto ocorra, o individuo é considerado inocente, mesmo ele confessando o crime.
Na doutrina brasileira, o entendimento é que só se o réu for condenado na segunda instancia é que ele já pode começar a cumprir pena.
Então o individuo esta sendo julgado na primeira instancia, ele foi julgado culpado, ele poderá recorrer em liberdade.
Se não há motivos para que ele recorra preso na primeira instancia, se ele pode recorrer em liberdade sem problemas, então ele ficará em liberdade, obedece isto o princípio da presunção de inocência.
Também é chamado nas provas de “favor rei”
Na dúvida a favor do réu, é isto que predomina na aplicação da pena pelo magistrado no direito penal brasileiro, isto tudo esta dentro da presunção de inocência.
Mas o indubio pro reo tem uma exceção, que é o indubio pro societate.
Este ocorre de forma muito excepcional dentro do direito penal brasileiro.
Exemplo:
Apesar de não ser uma peça obrigatória, o Ministério público recebe um inquérito policial e com base naqueles indícios do inquérito policial o ministério público faz a denuncia, se o juiz encontrar no inquérito a prova material do crime e encontrar indícios suficientes de autoria do crime, o juiz vai dar um despacho recebendo a denuncia.
Mas veja que receber a denuncia com base em indícios é algo que é ruim para o acusado, mas neste momento, o princípio do indubio pro reo ele esta sendo excepcionalizado, neste momento, quando o juiz recebe a denuncia ele não tem certeza, mas depois de analisar e verificar que existe indícios, o indubio pro reo não vai vigorar, o quê vai vigorar é o indubio pro societate, na dúvida será a favor da sociedade.
Na dúvida o juiz recebe a denuncia em prol da sociedade, aí depois vamos passar por um processo penal, onde é garantido o contraditório e a ampla defesa e o individuo que agora virou réu ele poderá se defender, dizendo que as provas não são suficientes para condenar ele.
Então em regra é induvida pro réo, mas excepcionalmente é indubio pro societate.
A prisão provisória se divide em:
Flagrante
Preventiva
Temporária.
A prisão provisória também é chamada de:
Prisão cautelar
Prisão processual
A prisão provisória é aquela que ocorre antes da sentença.
A prisão provisória é aquela prisão flagrante, é a prisão preventiva é a prisão temporária, elas estão previstas no ordenamento jurídico brasileiro e elas não agridem o ordenamento jurídico brasileiro no tocante ao princípio da presunção de inocência.
Já vimos os princípios constitucionais do direito penal
Hoje nós veremos os princípios penais não previstos na constituição, vamos ver aqueles princípios que são especificamente de direito penal.
Princípio da alteridade (ou transcendentalidade/lesividade).
Só irá ser criminalizados os crimes que lesionem ou ponham em risco os bens jurídicos mais importante para a vida em sociedade, pode ser uma lesão ou um risco a vida, o patrimônio, a honra.
Conduta que não tem lesividade não é estudada pelo direito penal, conduta que não expõem pelo menos a risco de lesão um bem jurídico protegido pelo direito penal, o direito penal daí não vai cuidar.
O direito penal somente pode incriminar comportamentos que produzem lesões a bens alheios.
De acordo com o princípio, fatos que não prejudiquemterceiros, mas que atinjam apenas o próprio agente,são irrelevantes penais.
É o caso, por exemplo, do fiel que, acreditando na necessidade de remissão de seus pecados por meio da expiação, se autolesiona para obter o perdão divino. 
Essa conduta, sob a ótica do princípio da alteridade ou transcendentalidade, deverá ser considerada penalmente atípica.
O consumo de drogas, realizado individualmente e em ambiente privado, também não constitui crime, pois, neste cenário, o comportamento não põe em risco o bem jurídico protegido (a saúde coletiva), motivo por que o ato não se reveste de tipicidade penal. Lembre que o legislador brasileiro, acatando a alteridade necessária para justificar a incriminação, proíbe as ações de adquirir, guardar, ter em depósito, transportar ou trazer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar (não há previsão de ações como “consumir”, “inalar”, “injetar” etc.).
Pelos mesmos motivos acima expostos, não se legitima a punição da tentativa de suicídio. Tratar -se -ia, aliás, de medida infeliz do ponto de vista político criminal, pois, de certo, se o suicida frustrado, certamente já desgostoso da vida, ainda tivesse que sofrer um processo criminal em razão da falha na
supressão de seu bem maior, teria renovados os motivos para tentar novamente seu tresloucado ato.
Princípio da adequação social
Ele vai nos ensinar que aquelas condutas que já se adequaram que já fazem parte da sociedade no seu dia dia não serão mais tratadas pelo direito penal, é o caso aquele de furar a orelha do bebe para por o brinco, a conduta esta tipificada no código penal como lesão corporal, mas esta conduta é totalmente aceita na sociedade, então pelo princípio da adequação social esta conduta já se adéquo a sociedade e ela não vai ser crime, ela perdeu o interesse do direito penal.
Outro crime é o crime de adultério, o crime de adultério apartir de 2005 deixou de ser uma conduta criminosa para o direito penal, apenas hoje é estudado pelo direito civil.
O adultério foi extinto pelo fenômeno do abolio criminis.
São condutas que se tornam tão corriqueiras na sociedade que o direito penal chega e diz que não é mais considerado crime esta tal conduta.
É importante, não confundir adequação social com mera leniência ou indulgência ou perdão. Aquilo que pode ser tolerado por um setor da sociedade jamais será, só por isso, socialmente adequado. É o
que ocorre com a contravenção penal do jogo do bicho. Trata-se de um fato aceito por muitos. Ocorre que tal contravenção fomenta a criminalidade organizada, incentiva a corrupção de órgãos policiais e,
na quase totalidade dos casos, vem associada com outros crimes, notadamente o porte ilegal de armas de fogo e o tráfico de drogas. Vê -se, daí, que a indulgência com a qual muitos brasileiros encaram o
jogo do bicho jamais pode acarretar na licitude do comportamento, posto que é gritante sua inadequação social. Não é por outra razão, aliás, que passados mais de sessenta anos da vigência do Decreto -lei n.
6.259 (1944), o ato ainda é previsto como infração penal.
O STF já examinou diversas questões à luz do princípio da adequação social e, em todas as
oportunidades em que o fez, reconheceu a primazia do legislador na tipificação de condutas e, portanto,
a validade da norma penal atacada.
Casa de prostituição (CP, art. 229): “Não compete ao órgão julgador descriminalizar conduta tipificada formal e materialmente pela legislação penal. Com esse entendimento, a 1ª Turma indeferiu habeas corpus impetrado em favor de condenados pela prática do crime descrito na antiga redação do art. 229 do CP (‘Manter, por conta própria ou de terceiro, casa de prostituição ou lugar destinado a encontros para fim libidinoso, haja ou não intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente: 
Pena — reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa’). 
A defesa sustentava que, de acordo com os princípios da fragmentariedade e da adequação social, a conduta
perpetrada seria materialmente atípica, visto que, conforme alegado, o caráter criminoso do fato estaria superado, por força dos costumes. 
b) Violação de direitos autorais (falsificação de CDs e DVDs — “pirataria”): “A Turma indeferiu habeas corpus em que a Defensoria Pública do Estado de São Paulo requeria, com base no princípio da adequação social, a declaração de atipicidade da conduta imputada a condenado como incurso nas penas do art. 184, § 2º, do CP (‘Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: (...) § 2º Na mesma pena do § 1º incorre quem, com o intuito de lucro direto ou indireto, distribui, vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire, oculta, tem em depósito, original ou cópia de obra intelectual ou fonograma reproduzido com violação do direito de autor, do direito de artista intérprete ou executante ou do direito do produtor de fonograma, ou, ainda, aluga original ou cópia de obra intelectual ou fonograma, sem a expressa autorização dos titulares dos direitos ou de quem os represente’). Sustentava -se que a referida conduta seria socialmente adequada, haja vista que a coletividade não recriminaria o vendedor de CDs e DVDs reproduzidos sem a autorização do titular do direito autoral, mas, ao contrário, estimularia a sua prática em
virtude dos altos preços desses produtos, insuscetíveis de serem adquiridos por grande parte da população. 
Asseverou -se que o fato de a sociedade tolerar a prática do delito em questão não implicaria dizer que o comportamento do paciente poderia ser considerado lícito. Salientou -se, ademais, que a violação de direito autoral e a comercialização de produtos ‘piratas’ sempre fora objeto de fiscalização e repressão. Afirmou -se que a conduta descrita nos autos causaria enormes prejuízos ao Fisco pela burla do pagamento de impostos à indústria fonográfica e aos comerciantes regularmente estabelecidos. 
Rejeitou -se, por fim, o pedido formulado na tribuna de que fosse, então, aplicado na espécie o princípio da insignificância — já que o paciente fora surpreendido na posse de 180 CDs ‘piratas’ — ao fundamento de que o juízo sentenciante também denegara o pleito tendo em conta a reincidência do paciente em relação ao mesmo delito”.
Princípio da Fragmentariedade
Este princípio nos diz que o direito penal não tutela, não protege todos os bens jurídicos, o direito penal só vai proteger os bens jurídicos mais importantes e é o próprio direito penal que vai eleger quais bens serão importantes para ele.
Princípio da Subsidiariedade
Este princípio quer dizer que o direito penal só vai ser utilizado, quando nem todas as outras formas de controle social, todos os outros ramos do direito, não conseguiram solucionar o problema, não conseguirem resolver o problema social.
 Princípio da intervenção mínima.
Ele é muito parecido com o princípio da subsidiaridade.
Ele é a última ratio, o direito penal só vai ser usado depois de todos os outros direitos falharem, então o direito penal só vai ser usado em última hipótese, ele vai intervir minimamente, ou seja, pode ser que os outros ramos do direito falhem e ele também não consiga resolver nem sanar o conflito.
O direito penal é o último recurso e ele só vai intervir minimamente.
Quanto menos crimes tipificados em um código penal mais desenvolvida ela é.
O direito penal como “ultima ratio”
O Direito Penal deve ser a última fronteira no controle social, uma vez que seus métodos são os que
atingem de maneira mais intensa a liberdade individual. O Estado, portanto, sempre que dispuser de
meios menos lesivos para assegurar o convívio e a paz social, deve deles se utilizar, evitando o
emprego da pena criminal.
O Direito Penal deve ser a ultima ratio e jamais a prima ratio.
Os vários ramos jurídicos dão respostas satisfatórias a diversos conflitos cotidianos, sem a
necessidade de intervenção do Direito Penal. Assim, quando o inquilino nãopaga pontualmente o
aluguel, fica sujeito a uma multa contratual e, persistindo o inadimplemento, cabe ao locador, se o
desejar, despejá -lo. Se alguém dirige seu automóvel e, ao mesmo tempo, fala ao telefone celular, a
imposição de uma multa de trânsito constitui punição suficiente e proporcional ao ato. Caso a esposa ou
o marido descumpram seu dever conjugal de fidelidade, o divórcio afigura -se como solução adequada.
Em nenhuma dessas situações justifica -se a utilização da pena criminal.
Fundamento constitucional
No Brasil, deriva do princípio da dignidade da pessoa humana (CF, art. 1º, inc. III), bem como da
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à segurança e à propriedade (CF, art. 5º, caput).
Exemplos de normas atentatórias à intervenção mínima
O legislador moderno, na ânsia de dar resposta imediata às mazelas sociais, tem o hábito de se
utilizar, muitas vezes, do Direito Penal, de maneira simbólica e desmedida, produzindo novas
incriminações, sem o cuidado de observar que existem outros meios de controle social capazes de dar uma dimensão adequada e proporcional ao conflito.
Citem -se, como exemplo, algumas alterações promovidas no Estatuto do Torcedor, em 2010, as quais passaram a considerar crime o ato de invadir local restrito aos competidores em eventos esportivos ou promover tumulto num raio de 5 quilômetros do local de realização do evento esportivo (condutas punidas com reclusão, de um a dois anos, e multa) 166.
Essas normas acabam por gerar um crescimento patológico da legislação penal, conhecido como
nomonia ou nomorreia, provocando, a médio e longo prazo, o descrédito de todo o sistema criminal.
Isto porque passam a conviver milhares de delitos, sendo impossível ao Estado coibir todos eles
eficazmente. A estrutura punitiva vê -se, então, na contingência de fazer vistas grossas a muitas destas infrações, para concentrar suas energias na perseguição daquelas mais graves.
Parei vídeo 3 16:40

Outros materiais