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Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Qualidade das carnes A qualidade de um alimento pode ser definida a partir das características que diferenciam um produto de outro e determinam o grau de aceitabilidade pelo consumidor. id19027921 pdfMachine by Broadgun Software - a great PDF writer! - a great PDF creator! - http://www.pdfmachine.com http://www.broadgun.com Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Rigor mortis As transformações que ocorrem após o abate fazem a chamada conversão do músculo em carne. O rigor mortis ou rigidez cadavérica corresponde ao conjunto de reações bioquímicas e estruturais que ocorrem simultaneamente e dependem do tratamento dado ao animal antes do abate. O rigor mortis ocorre algumas horas após o abate, dependendo do porte do animal e da temperatura do ambiente. A carcaça, inicialmente rígida, retoma a maciez depois de 5 a 20 horas através do rompimento das fibras musculares e pelo aumento da acidez (redução do pH). Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Rigor mortis O aumento da acidez ocorre pela ação de ácido lático, formado a partir do glicogênio muscular. O pH do músculo vivo é próximo à neutralidade (cerca de 7), e após o abate pode descer até 5,5 se a reserva de glicogênio for normal. Quando o animal passa fome ou faz exercícios antes do abate, o nível de glicogênio muscular é menor, diminuindo a formação de ácido lático e o pH final da carne será maior. pH abaixo de 6,0 revela carne boa para processamento e consumo; pH entre 6,0 e 6,2 revela carne para consumo imediato; pH acima de 6,4 indica início de decomposiçaõ da carne; Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo BioquBioquíímica da Conversão de mica da Conversão de MMúúsculo em Carnesculo em Carne Abate Colapso Circulatório Ausência de oxigênio Gicólise anaeróbica Declínio do pH após a Morte Falta de ATP para Relaxamento da Musculatura (rigor mortis) endurecimento da carne Atividade proteolítica (resolução do rigor) a carne volta a ficar macia em razão da proteólise das fibras musculares pela ação das enzimas proteolíticas; Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Carnes maturadasCarnes maturadas As carnes passam por um período de maturação enquanto ocorre o chamado rigor mortis, no entanto, estes processo de desestruturação das fibras musculares pode ser estimulado e promover a elaboração das chamadas carnes A maturação permite acentuar o sabor e a maciez das carnes, este processo consiste em manter cortes cárneos em temperaturas próximas à 0 ºC por um período variável de 8 a 12 dias, mantendo a atuação das enzimas naturais que irão promover a proteólise (quebra das fibras musculares) assegurando a maciez do produto e liberando compostos que fornecer aroma às carnes. As carnes maturadas apresentam coloração escura, porém, após retiras das embalagens retornam à coloração vermelha e razão de novamente terem contato com o oxigênio. Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo A qualidade das carnes envolve as seguintes características: Raça e tipo de animal Diferentes raças produzem carnes com atributos diferenciados: cor, sabor, odor, textura, maciez e suculência As características organolépticas (sensoriais) são muito diversificadas em cada espécie e determinadas por: tipo, família, idade, sexo, estágio de desenvolvimento, condições fisiológicas, fatores ambientais, período de abate e consumo. Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo A qualidade das carnes envolve as seguintes características: Sexo Hormônio sexuais influenciam na quantidade de gordura e no desenvolvimento muscular, bem como no cheiro e sabor das carnes. Fêmeas produzem carnes mais macias que os machos. Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo A qualidade das carnes envolve as seguintes características: Idade e maturidade Animais jovens têm carne mais macia e o grau de maturidade de um animal é determinante para a qualidade da carne. A carne de vitela é bastante apreciada em razão de sua maciez. São animais abatidos precocemente, ao alcançarem entre 120 e 140kg. Animais abatidos com aproximadamente 20 dias são os chamados vitelos de leite. Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo A qualidade das carnes envolve as seguintes características: Manejo Inclui o local de produção, a alimentação e as condições sanitárias essencial para a qualidade das carnes Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo A qualidade das carnes envolve as seguintes características: Posição dos músculos no corpo do animal Os músculos mais solicitados para a movimentação do animal são mais rígidos, sendo as partes mais macias as que executam pouco ou nenhum movimento. Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo A qualidade das carnes envolve as seguintes características: Tipos de corte e apresentação comercial Produtos bem apresentados têm preferência sobre aqueles com má aparência. Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo A qualidade das carnes envolve as seguintes características: Higiene e sanidade desde o abate Tratamento correto dado à carcaça e aos cortes, com higiene e sanidade em todos os pontos de controle nos sistemas de armazenamento, transporte e distribuição. Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Estrutura das Carnes As carnes são compostas por fibras que formam o tecido muscular, tecido conjuntivo, adiposo e ossos. Tecido muscular (Actina e miosina) Tecido adiposo Tecido conjuntivo (colágeno, elastina e reticulina) Tecido ósseo Cartilagem Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Estrutura muscular Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Estrutura muscular Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo ComposiComposiçção de Diferentes ão de Diferentes Carnes MagrasCarnes Magras 1,65-62073Ovina 14,720-2373,7Frango 1,49-1119-2068-70Suína 14-820-2270-73Bovina Resíduo Mineral LipídiosProteínaUmidadeEspécies Composição (%) Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo ComposiComposiçção dos Lipão dos Lipíídios de dios de Diferentes CarnesDiferentes Carnes 14-2339-5128-33Aves 3-536-4746-64Ovina 3-1843-7039-49Suína 0-641-5340-71Bovina 482230Bacalhau PolinsaturadosMoninsaturadosSaturadosEspécies Ácidos Graxos(%) Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo CarnesCarnes Carne Vermelha Bovinos Suínos OvinosCaprinos Carne Branca Frangos Perus Peixes Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Fatores Que Influenciam a Fatores Que Influenciam a Cor nos Produtos CCor nos Produtos Cáárneosrneos A cor é um dos principais atributos sensoriais das carnes Coloração vermelho vivo = Qualidade Fatores que influenciam a cor das carnes: Quantidade de mioglobina 8 mg/gBeef novo 18 mg/gBeef velho 4 mg/gBezerro 2 mg/gVitelo Conteúdo de mioglobina Idade Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Fatores Que Influenciam a Fatores Que Influenciam a Cor nos Produtos CCor nos Produtos Cáárneosrneos A cor é um dos principais atributos sensoriais das carnes Coloração vermelho vivo = Qualidade Fatores que influenciam a cor das carnes: Quantidade de mioglobina 8 mg/gBeef novo 18 mg/gBeef velho 4 mg/gBezerro 2 mg/gVitelo Conteúdo de mioglobina Idade Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Fatores que Influenciam a Fatores que Influenciam a Cor das CarnesCor das Carnes Espécie Cor Conteúdo de Mioglobina Porco Pink 2 mg/g Carneiro Vermelho claro 6 mg/g Bovino Vermelho cereja 8 mg/g Espécies diferentes Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Fatores que Influenciam a Fatores que Influenciam a Cor das CarnesCor das Carnes Type of muscle Name Myoglobin content Locomotor Extensor carpi radialis 12 mg/g Suporte Longissimus dorsi 6 mg/g Tipos de músculo Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Fatores Que Influenciam a Fatores Que Influenciam a Cor nos Produtos CCor nos Produtos Cáárneosrneos Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Fatores que Influenciam a Fatores que Influenciam a Cor das CarnesCor das Carnes Ferro Ligante Cor Nome Fe++ Ferroso (covalente) :H2O Cereja Miglobina reduzida :O2 Vermelho Oximioglobina :NO Vermelho curado Nitrosomioglobina :CO Vermelho Carboximioglobina Fe+++ Ferrico (iônico) -CN Vermelho Cianometamioglobi na -OH Marrom Metamioglobina -SH Verde Sulfomioglobina -H2O2 Verde Colemioglobina Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Ciclo da Cor nas CarnesCiclo da Cor nas Carnes Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo PROCESSAMENTO CARNE SUÍNA Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo CARNE SUÍNA Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Granja Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Insensibilização e Sangria Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Escaldagem e Depilação Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Retirada de Pêlos Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo FLAMBAGEM Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo EVISCERAÇÃO Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo INSPEÇÃO E PESAGEM Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo RESFRIAMENTO Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Rendimento da carcaça suína 0,19 %Rabo4,48%Costela 10,86 %Gordura0,82%Filézinho 10,50 %Ossos6,11%Lombo 2,0 %Pés3,52%Copa 10,96 %Retalhos9,13%Paleta 16,59 %Pernil51,5 kgPeso da carcaça Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Rendimento da carcaça bovina 120 kg2 x 60 kgTraseiro440 kg (94%) 468kg (100%) 95 kg2 x 47,5 kgDianteiro TotalPesoQuartosBoi na entrada do frigorífico Boi na fazenda Peso do boi antes e após o abate Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Abate de AvesAbate de Aves Recepção Espera Abate Escaldagem Depenagem Evisceração Gotejamento Desossa Resfriamento Congelamento Graxaria Carne Mecanicamente Separada Fluxograma de Produção Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Ganchos para pendurar as aves Insensibilizador Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Escaldagem Sangria Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Posição dos cortes http://www.guapore.com/cortes-boi.htm Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Rendimento da Carcaça de Frango Frango inteiro = (carcaça com miúdos, pés, pescoço e cabeça) = 2,4 Kg (aprox) Carcaça = s/miúdos e com peso abaixo de 2,0 kg) Carcaça griller = carcaça sem miúdos Frango broiler = inteiro com miúdos Galeto inteiro = 800 gr Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Carne: características e conservação Características Elevado valor nutricional Alta atividade de água pH favorável ao crescimento de microrganismos Redução da atividade de água = aumento da vida útil Procedimentos para preservação das carnes = secagem, salga e fermentação Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo ColoraColoraçção dos Produtos ão dos Produtos CCáárneos Curadosrneos Curados O processo de Cura = tratamento das carnes com sal, nitrito e temperos objetivando a preservação do produto, desenvolvimento e fixação de cor, sabor, aromas e melhoria de rendimento (Judge et al., 1989). Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Nitrito Conservante Confere cor e sabor Ligação com a mioglobina Formação de nitrosaminas Antioxidante Mecanismos propostos: - Formação de complexos com pigmento heme - Quelante de metais - Estabilização de lipídios de membranas Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Produtos CProdutos Cáárneos rneos FermentadosFermentados Salames Produtos auto-estáveis devido a fermentação e desidratação 1ª Etapa de produção Fermentação = características sensoriais (cor, sabor, aroma, textura, e vida útil). 2ª Etapa de produção Desidratação = reforço do sabor, redução da atividade de água Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Produtos CProdutos Cáárneos rneos FermentadosFermentados Culturas iniciadoras Culturas comercializadas constam de mais de um microrganismo, onde cada um desempenha ações definidas: Lactobacillus e pediococcus = acidificantes (produzem ácido lático a partir de açucares). A acidez confere: Impede o desenvolvimento de bactérias indesejáveis Melhora a coloração Acelera a desidratação Sabor ácido característico Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Produtos CProdutos Cáárneos rneos FermentadosFermentados Culturas Starter Micrococcus e staphylococcus = coloração, sabor e aroma. Aumento da disponibilidade de Nitrito Sabor e aroma Enzimas proteolíticas e lipolíticas Prof. Carlos EduardoProf. Carlos Eduardo UTFPR UTFPR Campus ToledoCampus Toledo Produtos Curados deProdutos Curados de Massa FinaMassa Fina Produtos curados que caracterizam-se pelo elevado grau de divisão dos seus constituintes Emulsão O/A Proteínas miofibrilares (actina e miosina) + extraídas com sal e gelo. Cozimento aquecimento gradual de 60ºC até 80ºC O interior do embutido deve atingir uma temperatura de 73ºC Cura Emulsão Embutimento - Cozimento
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