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CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá pessoal, Já estamos na 4ª aula do curso na qual estudaremos as modalidades de cessação do contrato de trabalho, com a repercussão das verbas a serem pagas. Sempre ao falar sobre as modalidades de cessação do contrato de trabalho, eu já comento sobre as verbas decorrentes da terminação do contrato de trabalho, uma vez que este tema é abordado, juntamente com as modalidades de terminação do contrato de trabalho. Vamos então dar início a nossa aula de hoje! Aula 4: Da rescisão do contrato de trabalho: das justas causas; da despedida indireta; da dispensa arbitrária; da culpa recíproca; da indenização. Do aviso prévio. Da estabilidade e garantias provisórias de emprego: das formas de estabilidade; da despedida e da reintegração de empregado estável. 4.1. Modalidades da cessação do contrato de trabalho: Através do princípio da continuidade da relação de emprego, estudado no início do nosso curso, podemos concluir que o contrato de trabalho é, em regra, de prazo indeterminado, somente podendo ser celebrado por prazo determinado, nos casos expressos em lei. Sendo assim, para que ele termine será necessário ocorrer manifestação de vontade de uma das partes, das duas partes ou ocorrer algum fato que possa acarretar na sua terminação, como, por exemplo, a morte do empregado. Os doutrinadores utilizam diversos termos para tratar deste tema, que vão desde terminação, cessação, extinção, até dissolução do contrato de trabalho. Com o objetivo de facilitar a memorização de vocês em relação ao tema elaborei um roteiro no qual as hipóteses de terminação do contrato de trabalho já aparecem com as respectivas verbas devidas. Sendo assim, apresento abaixo as hipóteses de cessação do contrato de trabalho, seja por prazo determinado ou indeterminado, bem como as respectivas verbas devidas. As principais hipóteses de terminação do Contrato de Trabalho por prazo indeterminado são: ¾ Resilição. ¾ Resolução. ¾ Rescisão. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 2 ¾ Resilição: É uma forma de extinção do contrato de trabalho, na qual nenhuma das partes deu um motivo para isto. a) Dispensa imotivada/ sem justa causa do empregado: Neste tipo de dispensa o empregado não deu motivo para que o empregador o dispensasse. b) Pedido de demissão pelo empregado: É um direito potestativo do empregado, uma declaração unilateral e receptícia de vontade, feita pelo empregado ao empregador, com o objetivo de extinguir o contrato de trabalho, sem que o empregador tenha dado motivo. Ao dizer que esta declaração é receptícia, estamos dizendo que o destinatário dela é certo (empregador) e ela somente irá aperfeiçoar-se quando o empregador tomar ciência dela. c) Distrato: é a hipótese de resilição contratual em que o contrato de trabalho é extinto por mútuo acordo, tendo o empregado direitos iguais aos da dispensa imotivada deliberada pelo empregador, em face do princípio de proteção ao hipossuficiente. ¾ Resolução: A resolução é a extinção do contrato quando o empregado ou o empregador cometem justa causa ou culpa recíproca, estabelecidos nos artigos 482, 483 e 484 da CLT. ⇒ Dispensa por justa causa (art. 482 da CLT) ⇒ Despedida indireta (art. 483 da CLT) ⇒ Culpa recíproca (art. 484 da CLT) ¾ Rescisão: É a ruptura do contrato de trabalho por nulidade quando o objeto for ilícito. Exemplificando: Podemos citar o contrato celebrado com o apontador de jogo de bicho (OJ 199 da SDI-1 do TST) e a contratação de trabalhador pela administração pública sem a prestação de concurso público (Súmula 363 do TST). CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 3 O art. 37, II da Constituição Federal estabelece a obrigatoriedade de concurso público para a investidura em cargos, empregos ou funções públicas na administração direta, indireta, autárquica e fundacional. A Súmula 363 do TST estabelece as verbas que serão devidas guando reconhecida a nulidade de um contrato de trabalho com a Administração, sem a prévia existência de um concurso público. São elas: os depósitos do FGTS e os salários referentes às horas trabalhadas. Súmula 363 do TST A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS. ¾ Força Maior: Trata-se de um evento não-previsto pelo empregador, um evento da natureza, como por exemplo, a chuva, a inundação, um incêndio. A extinção do contrato poderá ocorrer em razão da paralisação definitiva ou temporária do trabalho em virtude de ato de autoridade municipal, estadual ou federal ou em razão de promulgação de lei que impossibilite a continuação do contrato (Factum Principis). O Factum Principis, previsto no art. 486 da CLT, é uma subespécie de força maior. Art. 486 da CLT - No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato de autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução que impossibilite a continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da indenização, que ficará a cargo do governo responsável. § 1º - Sempre que o empregador invocar em sua defesa o preceito do presente artigo, o tribunal do trabalho competente notificará a pessoa de direito público apontada como responsável pela paralisação do trabalho, para que, no prazo de 30 (trinta) dias, alegue o que entender devido, passando a figurar no processo como chamada à autoria. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 4 § 2º - Sempre que a parte interessada, firmada em documento hábil, invocar defesa baseada na disposição deste artigo e indicar qual o juiz competente, será ouvida a parte contrária, para, dentro de 3 (três) dias, falar sobre essa alegação. § 3º - Verificada qual a autoridade responsável, a Junta de Conciliação ou Juiz dar-se-á por incompetente, remetendo os autos ao Juiz Privativo da Fazenda, perante o qual correrá o feito nos termos previstos no processo comum. ¾ Morte do empregador pessoa física ou do empregado: É uma forma de extinção do contrato do trabalho que não foi prevista pelas partes e neste caso não será devido o aviso prévio e nem a indenização de 40% do montante depositado no FGTS. ¾ Extinção da Empresa ou do estabelecimento: No caso de extinção da empresa serão devidas ao empregado todas as parcelas decorrentes da extinção (Súmulas 44 e 388 do TST). Súmula 44 do TST A cessação da atividade da empresa, com o pagamento da indenização, simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado ao aviso prévio. Súmula 388 do TST A Massa Falida não se sujeita à penalidade do art. 467 e nem à multa do § 8º do art. 477, ambos da CLT. Quadro esquemático da terminação contratual: Contratos de Prazo Indeterminado ¾ Na dispensa sem justa causa do empregado, ele fará jus aos seguintes direitos: • Aviso prévio trabalhado ou Indenizado; • Saldo de salários; • Indenização das férias integrais não gozadas simples ou em dobro, acrescidas do terço constitucional; • Indenização das férias proporcionais acrescidas do terço constitucional; CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 5 • 13º salário; • Indenização compensatória de 40% sobre FGTS; • Levantamento do saldo existente na conta vinculada do FGTS; • Recebimento das guias do seguro-desemprego; • Indenização adicional de 1 salário mensal quando dispensado nos 30 dias que antecedem a data base de sua categoria. ¾ No pedido de demissão o empregado terá o dever de dar o aviso prévio, sob pena de o empregador descontar os salários correspondentes a este período. Fará jus aos seguintes direitos: • Saldo de salários; • Indenização das férias integrais não gozadas simples ou em dobro acrescidas do terço constitucional; • Indenização da féria proporcionais acrescidas do terço constitucional, mesmo que o empregado não tenha completado 1 ano de empresa. (S. 171 e 261 TST); • 13º salário. ¾ Na demissão por Justa causa o empregado terá direito: • Saldo de salários; • Férias integrais simples ou em dobro acrescidas de 1/3. Atenção: O empregado quando é demitido por Justa Causa não fará jus aos seguintes direitos: • FÉRIAS PROPORCIONAIS; • AVISO PRÉVIO; • 13º SALÁRIO; • LEVANTAMENTO DE FGTS; • 40% DE INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA; • GUIAS CD/SD. ¾ Na despedida indireta o empregado fará jus às seguintes verbas trabalhistas: • Saldo de salários; • Férias vencidas acrescidas de 1/3; • Férias proporcionais acrescidas de 1/3; • Aviso prévio; CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 6 • 13º salário integral e proporcional; • FGTS acrescido de 40%; • Seguro desemprego. ¾ Culpa Recíproca: • Saldo de salários; • Férias vencidas acrescidas de 1/3; • 50% Férias proporcionais acrescidas de 1/3; • 50% do aviso prévio; • 50% 13º salário proporcional; • FGTS acrescido de 20% de indenização compensatória. ¾ Força Maior: • Saldo de salários; • Férias vencidas e proporcionais acrescidas de 1/3; • 13º salário proporcional; • FGTS acrescido de 20%; • Seguro desemprego. Contratos de Prazo Determinado: ¾ Despedida por justa causa antes do termo final: • Saldos de salários; • Férias vencidas acrescidas de 1/3. ¾ Pedido de Demissão: • Saldo de Salários; • Férias vencidas e proporcionais acrescidas de 1/3; • 13º salário proporcional; • Indenização ao empregador (art. 480 da CLT). ¾ Força Maior: • Saldo de Salários; • Férias vencidas e proporcionais acrescidas de 1/3; • 13º salário proporcional; • 50% Indenização prevista no art. 479 da CLT; • FGTS; • Seguro desemprego. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 7 ¾ Culpa Recíproca: • Saldo de salários; • Férias vencidas acrescidas de 1/3; • 50% féria proporcionais acrescidas de 1/3; • 50% do 13º salário proporcional; • FGTS; • 50% da indenização prevista no art. 479 da CLT. ¾ Aposentadoria: ¾ Aposentadoria compulsória: É aquela modalidade de aposentadoria requerida pelo empregador quando o empregado completar 70 anos (homem) e 65 anos (mulher), quando o empregado completar o número mínimo de carência exigido pela legislação previdenciária. • Saldo de salários; • Férias vencidas e proporcionais acrescidas de 1/3; • Aviso prévio; • 13º salário proporcional; • FGTS acrescido de 40%; • PIS. ¾ Aposentadoria espontânea com rompimento do contrato: A aposentadoria espontânea somente será considerada causa de extinção do contrato de trabalho, quando o empregado não permanecer prestando serviços a seu empregador após aposentar-se. Caso contrário ela não será considerada forma de extinção do contrato de trabalho. • Saldo de salários; • Férias vencidas e proporcionais acrescidas de 1/3; • Desconto do aviso prévio devido ao empregador; • 13º salário; • Aviso prévio; • PIS. OJ 361 da SDI- 1 do TST A aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de trabalho se o empregado permanece prestando serviços ao empregador após a jubilação. Assim, por ocasião da sua dispensa imotivada, o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS sobre a totalidade dos depósitos efetuados no curso do pacto laboral. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 8 Antes de falar da Justa Causa, vou citar os princípios aplicáveis à terminação do contrato de trabalho, são eles: a) O princípio da continuidade da relação de emprego: Informa tal princípio que se deve presumir que o contrato de trabalho tenha validade de por tempo indeterminado, sendo exceção o contrato de trabalho por prazo determinado, pois a permanência do vínculo empregatício com a inserção do trabalhador na estrutura empresarial é da gênese do Direito do Trabalho. Súmula 212 O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado b) O princípio do in dúbio pró-operário: Caracteriza-se este princípio pelo fato de que quando o empregador estiver em dúvida em relação a qual norma aplicar ele deverá aplicar a norma que for mais favorável ao empregado. c) O princípio da irrenunciabilidade dos direitos: O empregado não poderá renunciar a um direito trabalhista que lhe seja assegurado, portanto ele não poderá, por exemplo, renunciar ao aviso prévio ou á indenização compensatória de 40% do valor depositado no FGTS, quando ele for dispensado sem justa causa. d) O princípio da norma mais favorável: Caracteriza-se por ser um princípio, em virtude do qual, independente da sua hierarquização na escala das normas jurídicas aplicar-se-á que for mais favorável ao trabalhador. 4.2. Justa Causa: Justa causa é a prática de um ato pelo empregado que quebrará a fidúcia da relação empregatícia, ou seja, a confiança entre empregado e empregador, permitindo-se que ele seja dispensado sem o recebimento de alguns direitos trabalhistas. A dispensa por justa causa ocorrerá somente nas hipóteses previstas em lei, pois o ordenamento jurídico brasileiro adotou o sistema taxativo, ou seja, somente nas hipóteses em que a lei permitir é que o empregado poderá ser dispensado por justa causa. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 9 Tal fato decorre do princípio da continuidade da relação de emprego, já estudado anteriormente É vedado ao empregador anotar na CTPS do empregado a penalidade de justa causa aplicada, sob pena de ser compelido a indenizá-lo por dano moral. Já estudamos anteriormente que o empregador detém alguns poderes no contrato de trabalho, dentre eles podemos citar: o poder disciplinar, o poder de comando e o poder de fiscalizar a prestação de serviços de seu empregado. Sendo assim, o empregador terá o direito de fiscalizar a forma como o empregado está trabalhando e se for necessário aplicar-lhe punição (Poder Disciplinar). São consideradas punições disciplinares: a) advertência escrita ou verbal: Também denominada de admoestação, censura ou repreensão, objetiva punir as faltas leves bem como as reincidentes. Exemplificando: atrasos, faltas injustificadas, etc. b) suspensão disciplinar: Quando o empregado praticar faltas mais graves, o empregador poderá suspendê-lo por até 30 dias, conforme estabelece o art. 474 da CLT. Trata-se de um período de suspensão contratual no qual o empregado não receberá o salário e nem prestará o trabalho. É importante frisar que caso a suspensão extrapole os 30 dias consecutivos importará no rompimento do contrato de trabalho sem justa causa. c) Justa causa: Segundo o jurista Evaristo de Moraes Filho, justa causa é todo ato doloso ou culposo que faça desaparecer a confiança e a boa-fé que deva entre as partes existir, tornando impossível o prosseguimento da relação de emprego. Outro conceito importante de justa causa é o do jurista Maurício Godinho Delgado, pois para ele justa causa é a ruptura por ato culposo do empregado. O jurista, ainda, diferencia a Justa causa da despedida indireta que é a ruptura por ato faltoso do empregador. Portanto, justa causa nada mais é do que a prática de um ato pelo empregado que quebrará a fidúcia da relação empregatícia, ou seja, a confiança entre empregado e empregador. A Justa causa é a pena máxima que um empregador poderá aplicar ao seu empregado, sendo permitida, somente, nos casos expressos no art. 482 da CLT e em lei. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 10 Art. 482 da CLT Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: a) ato de improbidade; b) incontinência de conduta ou mau procedimento; c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; e) desídia no desempenho das respectivas funções; f) embriaguez habitual ou em serviço; g) violação de segredo da empresa; h) ato de indisciplina ou de insubordinação; i) abandono de emprego; j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; l) prática constante de jogos de azar. Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios contra a segurança nacional. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 11 Explicando e exemplificando: a) Improbidade: é a violação de dever moral por parte do empregado, abrange tudo o que é desonesto e que o empregado pratique; b) Incontinência de conduta ou mau procedimento: vida irregular, conduta incompatível com o cargo ocupado, desregramento de conduta sexual. c) Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço: É importante frisar que neste caso é imprescindível a existência conjunta de dois requisitos para que possa ser aplicada ao empregado a justa causa: a ausência de permissão do empregador e constituir concorrência para a empresa. Ressalta-se que caso a concorrência for prejudicial ao serviço ser concorrência com a empresa. d) Condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena: É importante tomar cuidado com a necessidade de ocorrer o trânsito em julgado da sentença e de não ter ocorrido a suspensão da execução da pena, o que a doutrina chama de “sursis”. Assim caso tenha ocorrido a suspensão da pena não poderá ser o empregado dispensado por justa causa. e) Desídia no desempenho das respectivas funções: Desídia seria uma síntese de faltas leves, como por exemplo, as modalidades de culpa como imprudência, negligência ou imperícia. f) Embriaguez habitual ou em serviço: Ressalta-se que a embriaguez em serviço basta ocorrer um a única vez, porém fora do serviço será preciso afetar o desempenho do empregado no trabalho, portanto terá que ser habitual. g) Violação de segredo da empresa: A doutrina questiona se é necessário haver o prejuízo para a empresa com a violação. Porém para uma prova objetiva basta considerar que a simples violação de segredo da empresa, por si só, já acarretaria a aplicação da penalidade de justa causa. h) ato de indisciplina ou de insubordinação: Indisciplina é o descumprimento de ordens genéricas, ou seja, dirigidas a todos os empregados. Insubordinação é o descumprimento de ordens específicas, dirigida diretamente a um empregado individualmente. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 12 Porém, o empregado não estará obrigado a cumprir ordens ilegais, moralmente ilegítimas, que o diminuam ou o coloquem em grave risco. i) abandono de emprego: Configura-se com a existência dos seguintes requisitos: a) faltas reiteradas consecutivas; b) faltas injustas e não abonadas; c) “animus abandonandi”, ou seja a intenção de abandonar. j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem: Praticado contra as pessoas que freqüentam o estabelecimento, como os clientes, por exemplo. k) ato lesivo da honra e boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa própria ou de outrem: Praticado contra empregadores e prepostos. l) prática constante de jogos de azar: a prática reiterada de jogos de azar dará ensejo à aplicação da pena de justa causa ao obreiro. DICA: Há autores que defendem a gradação das penas para que a justa causa possa ser aplicada. Porém a corrente majoritária entende que basta apenas um fato gravíssimo para que o empregado seja dispensado por justa causa, independente de ter sido advertido antes. São requisitos para aplicação da justa causa ao obreiro: ¾ Gravidade da falta: A gravidade da falta deverá ser analisada “in concreto”, ou seja, com elementos objetivos e subjetivos ligados à personalidade do agente, tais como: a) tempo de serviço do empregado; b) ficha funcional do empregado; c) intenção do empregado; d) local e época do fato; dentre outros. ¾ Contemporaneidade ou Imediatidade: Também denominada simultaneidade caracterizando-se pelo fato de que a punição deverá ser contemporânea ao fato que a ensejou, sob pena de acarretar-se o perdão tácito. Falta não punida é considerada falta perdoada. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 13 Exemplificando: Rogério provocou briga em serviço e agrediu, injustamente, Jair, seu colega de trabalho. Em conseqüência, a empresa empregadora puniu Rogério com cinco dias de suspensão. Embora não tenha cometido mais nenhuma falta, após o decurso de um ano, Rogério foi despedido por justa causa, sob a alegação da já mencionada agressão a Jair. Na situação descrita a empresa não poderia punir Rogério uma vez que um dos requisitos para aplicação da Justa causa é a imediatidade e também porque a falta praticada já foi punida com a penalidade de suspensão. ¾ Vedação da dupla punição: É o princípio do “Non bis in idem”, ou seja, para cada falta praticada somente poderá ocorrer uma única punição. Exemplificando: Leonardo, empregado da empresa XX Ltda., após criticar seu superior hierárquico de forma contundente e com uso de expressões depreciativas, recebeu uma advertência por escrito. Sendo assim, ele não poderá ser dispensado por justa causa uma vez que o seu empregador já lhe aplicou a pena disciplinar de advertência. Na hipótese de seu empregador dispensá-lo por justa causa em razão da prática de ato lesivo da honra e boa fama disciplinado pelo art. 482, K da CLT ele estaria aplicando uma dupla punição para um mesmo fato, o que é vedado. Trata-se do princípio do “non bis in idem”, ou seja, uma falta praticada pelo empregado somente poderá ser punida uma vez, assim para cada fato gerador da justa causa deverá ocorrer apenas uma punição. ¾ Proporcionalidade: Na aplicação da justa causa o empregador deverá observar uma relação proporcional entre a falta praticada e a pena aplicada. Para falta leve deverá ser aplicada uma pena leve, como por exemplo, advertência. ¾ Ausência de perdão: O perdão é a ausência de punição para o ato faltoso cometido pelo empregado e poderá ser tácito ou expresso. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 14 ¾ Motivo determinante: Prevalece a teoria subjetiva quando ao motivo exposto para a aplicação da justa causa, o que significa dizer que o empregador ficará vinculado ao motivo que determinou a justa causa. ¾ Não discriminação ou tratamento igual: Quando dois ou mias empregados praticarem a mesma falta o empregador não poderá puni-los de forma diferente, sob penas de violar o princípio constitucional da não-discriminação. Os tipos legais enumerados no art. 482 da CLT são os da justa causa praticada pelo empregado e os do art. 483 da CLT são os da Justa causa praticada pelo empregador. A Justa causa é a pena máxima que um empregador poderá aplicar ao seu empregado, sendo permitida somente nos casos expressos no art. 482 da CLT e em alguns casos tipificados em lei. Portanto para a corrente majoritária as hipóteses de justa causa são taxativas na lei, significando dizer que o empregador somente poderá dispensar o seu empregado por justa causa nas hipóteses em que a lei prevê. Os tipos legais de justa causa estão contidos nos arts. 158, 240, 482, 508 da CLT e 7º do Decreto 95247/87, 15 da Lei 7.783/89, art. 433, II da CLT, art. 6º - A da Lei 5.859/72, art. 13 da Lei 6.19/74 e em algumas leis esparsas. O art. 158 da CLT dispõe que é ato faltoso do empregado a recusa injustificada de usar os equipamentos de proteção individual. O art. 240 do mesmo diploma legal dispõe que em caso de urgência e acidentes nas estradas de ferro, a recusa dos ferroviários em prestar horas extraordinárias é considerada justa causa. Já o art. 508 estabelece que será considerada justa causa do bancário, a falta contumaz no pagamento de dívidas legalmente exigíveis. 4.3. Despedida Indireta: Ocorrerá a despedida indireta ou rescisão indireta, quando a falta grave é cometida pelo empregador. As causas estão tipificadas no art. 483 da CLT. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 15 Art. 483 da CLT O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; c) correr perigo manifesto de mal considerável; d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama; f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários. § 1º - O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato,quando tiver de desempenhar obrigações legais incompatíveis com a continuação do serviço. § 2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho. § 3º - Nas hipóteses das letras d e g, poderá o empregado pleitear a rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo. Súmula 13 do TST O só pagamento dos salários atrasados em audiência não ilide a mora capaz de determinar a rescisão do contrato de trabalho. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 16 4.4. Culpa Recíproca: A culpa recíproca prevista no art. 484 da CLT, ocorre quando tanto o empregado quanto o empregador praticam Justa causa tipificadas nos artigos 482 e 483 da CLT. • S. 14 TST Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho o empregado tem direito a 50% do valor do aviso prévio, do décimo-terceiro salário e das férias proporcionais. • 20% da indenização compensatória do FGTS. Art. 484 da CLT Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade. Súmula 14 do TST Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinqüenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais. ¾ Culpa Recíproca: • Saldo de salários • Férias vencidas acrescidas de 1/3 • 50% Férias proporcionais acrescidas de 1/3 • 50% do aviso prévio • 50% 13º salário proporcional • FGTS acrescido de 20% de indenização compensatória 4.5. Da indenização: Art. 478 da CLT A indenização devida pela rescisão de contrato por prazo indeterminado será de 1 (um) mês de remuneração por ano de serviço efetivo, ou por ano e fração igual ou superior a 6 (seis) meses. § 1º - O primeiro ano de duração do contrato por prazo indeterminado é considerado como período de experiência, e, antes que se complete, nenhuma indenização será devida. § 2º - Se o salário for pago por dia, o cálculo da indenização terá por base 30 (trinta) dias. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 17 § 3º - Se pago por hora, a indenização apurar-se-á na base de 220 (duzentas e vinte) horas por mês. § 4º - Para os empregados que trabalhem à comissão ou que tenham direito a percentagens, a indenização será calculada pela média das comissões ou percentagens percebidas nos últimos 12 (doze) meses de serviço. § 5º - Para os empregados que trabalhem por tarefa ou serviço feito, a indenização será calculada na base média do tempo costumeiramente gasto pelo interessado para realização de seu serviço, calculando-se o valor do que seria feito durante 30 (trinta) dias. Art. 479 da CLT Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a titulo de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato. Parágrafo único - Para a execução do que dispõe o presente artigo, o cálculo da parte variável ou incerta dos salários será feito de acordo com o prescrito para o cálculo da indenização referente à rescisão dos contratos por prazo indeterminado. Art. 480 da CLT Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá desligar do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem. § 1º - A indenização, porém, não poderá exceder àquela a que teria direito o empregado em idênticas condições. Art. 481 da CLT Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado. Art. 484 da CLT Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 18 trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade. Art. 485 da CLT - Quando cessar a atividade da empresa, por morte do empregador, os empregados terão direito, conforme o caso, à indenização a que se referem os arts. 477 e 497. Art. 486 da CLT - No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato de autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução que impossibilite a continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da indenização, que ficará a cargo do governo responsável. § 1º - Sempre que o empregador invocar em sua defesa o preceito do presente artigo, o tribunal do trabalho competente notificará a pessoa de direito público apontada como responsável pela paralisação do trabalho, para que, no prazo de 30 (trinta) dias, alegue o que entender devido, passando a figurar no processo como chamada à autoria. § 2º - Sempre que a parte interessada, firmada em documento hábil, invocar defesa baseada na disposição deste artigo e indicar qual o juiz competente, será ouvida a parte contrária, para, dentro de 3 (três) dias, falar sobre essa alegação. § 3º - Verificada qual a autoridade responsável, a Junta de Conciliação ou Juiz dar-se-á por incompetente, remetendo os autos ao Juiz Privativo da Fazenda, perante o qual correrá o feito nos termos previstos no processo comum. Súmula 7 do TST A indenização pelo não-deferimento das férias no tempo oportuno será calculada com base na remuneração devida ao empregado na época da reclamação ou, se for o caso, na da extinção do contrato. 4.6. Aviso Prévio: É a comunicação antecipada de uma parte à outra do desejo de rescindir o contrato de trabalho, sem justa causa, com a antecedência a que estiver obrigada por lei. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 19 O aviso prévio prescinde de forma especial, podendo ser dado verbalmente ou por escrito. È importante respeitar o prazo mínimo de 30 dias previsto no art. 7º, XXI da CF/88. Art. 7º XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; Até a presente data não há uma lei estabelecendo o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, previsto na Constituição federal. Assim, o prazo mínimo do aviso prévio será de 30 dias e não há que se falar em aviso prévio proporcional. Portanto o aviso prévio proporcional é norma de eficácia contida e dependerá de regulamentação legal. Neste sentido temos a orientação jurisprudencial 84 da SDI- 1 do TST. OJ 84 da SDI- 1 do TST A proporcionalidade do aviso prévio, com base no tempo de serviço, depende da legislação regulamentadora, visto que o art. 7º, inc. XXI, da CF/1988 não é auto-aplicável. A natureza jurídica do aviso prévio é ato unilateral, receptício e potestativo. No Direito do Trabalho o aviso prévio é utilizado, em regra nos contratos de prazo indeterminado, nas hipóteses de resilição do contrato de trabalho (terminação imotivada), assim toda vez que um dos contratantes (empregado ou empregador) em um contrato de prazo indeterminado quiser sem motivo romper o vínculo contratual deverá comunicar à outra parte com certa antecedência. O empregador está obrigado a pagar o valor correspondente ao período de aviso prévio quando não quiser que o seu empregado trabalho durante este período. É o que a doutrina denomina de aviso prévio indenizado, ou seja, o empregado recebe mas não trabalha. Embora o aviso prévio seja um instituto típico de um contrato de prazo indeterminado, pois nos contratos de prazo determinado as partes já ajustaram, desde o início o seu término, há exceção na qual o aviso prévio poderá incidir nos contratos de prazo determinado quando existir previsão de cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão prevista no art. 481 da CLT e S. 163 do TST. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 20 Art. 481 da CLT Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado. Súmula 163 do TST Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas dos contratos de experiência, na forma do art. 481 da CLT. Logo se houver no contrato por prazo determinado a cláusula assecuratória do art. 481 da CLT, toda vez que alguma das partes quiser romper o contrato sem motivo antes de seu termo final, aplicar- se-á as regras do contrato por prazo indeterminado sendo devido aviso prévio. Art. 487 da CLT Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de: I - 8 (oito) dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior; (Derrogado pela CF/88) II - 30 (trinta) dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa. § 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço. § 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo. ' § 3º - Em se tratando de salário pago na base de tarefa, o cálculo, para os efeitos dos parágrafos anteriores, será feito de acordo com a média dos últimos 12 (doze) meses de serviço. § 4º - É devido o aviso prévio na despedida indireta. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 21 § 5o - O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado. § 6o - O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio, beneficia o empregado pré-avisado da despedida, mesmo que tenha recebido antecipadamente os salários correspondentes ao período do aviso, que integra seu tempo de serviço para todos os efeitos legais. Art. 488 da CLT O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do salário integral. Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso l, e por 7 (sete) dias corridos, na hipótese do inciso II do art. 487 desta Consolidação. Art. 489 da CLT Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, à outra parte é facultado aceitar ou não a reconsideração. Parágrafo único - Caso seja aceita a reconsideração ou continuando a prestação depois de expirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, como se o aviso não tivesse sido dado. Art. 490 da CLT O empregador que, durante o prazo do aviso prévio dado ao empregado, praticar ato que justifique a rescisão imediata do contrato, sujeita-se ao pagamento da remuneração correspondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da indenização que for devida. O aviso prévio é obrigatório nas cessações dos contratos de prazo indeterminado e nos contratos de prazo determinado que contenham a cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 22 Art. 491 da CLT O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das faltas consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao restante do respectivo prazo. Aproveito para transcrever para vocês algumas Súmulas e Orientações Jurisprudenciais do TST que estão sendo abordadas nas provas de concurso público em relação ao aviso prévio. Remeto vocês para a aula demonstrativa do curso de Súmulas e Orientações Jurisprudenciais, no qual há exercícios sobre estas Súmulas. Súmula 44 do TST A cessação da atividade da empresa, com o pagamento da indenização, simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado ao aviso prévio. Súmula 276 do TST O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego. Súmula 163 do TST Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas dos contratos de experiência, na forma do art. 481 da CLT. Súmula 230 do TST É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo pagamento das horas correspondentes. Súmula 348 do TST É inválida a concessão do aviso prévio na fluência da garantia de emprego, ante a incompatibilidade dos dois institutos. Súmula 380 do TST Aplica-se a regra prevista no "caput" do art. 132 do Código Civil de 2002 à contagem do prazo do aviso prévio, excluindo-se o dia do começo e incluindo o do vencimento. Súmula 369, V, do TST O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 23 OJ 367 da SDI-1 do TST O prazo de aviso prévio de 60 dias, concedido por meio de norma coletiva que silencia sobre alcance de seus efeitos jurídicos, computa-se integralmente como tempo de serviço, nos termos do § 1º do art. 487 da CLT, repercutindo nas verbas rescisórias. OJ 14 da SDI-1 do TST Em caso de aviso prévio cumprido em casa, o prazo para pagamento das verbas rescisórias é até o décimo dia da notificação de despedida. Súmula 305 do TST O pagamento relativo ao período de aviso prévio, trabalhado ou não, está sujeito a contribuição para o FGTS. 4.7. Estabilidade: Estabilidade é uma espécie do gênero garantia de emprego que ocorre quando o empregador está temporariamente ou definitivamente impedido de dispensar o empregado. A estabilidade do empregado é um fato que impede que ele seja dispensado sem justa causa, e ainda assim quando precedido por inquérito para apurar falta grave previsto pela Súmula 379 do TST. Súmula 379 do TST O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave mediante a apuração em inquérito judicial, inteligência dos arts. 494 e 543, §3º, da CLT. Lembrando que a estabilidade é uma espécie do gênero garantia de emprego, observem o que diz a Súmula 348 do TST. Súmula 348 do TST É inválida a concessão do aviso prévio na fluência da garantia de emprego, ante a incompatibilidade dos dois institutos. Há doutrinadores que consideram a garantia de emprego como uma política sócio-econômica e a estabilidade um direito do empregado. Na garantia de emprego estão abrangidas: a restrição ao direito potestativo de dispensa (estabilidade), a instituição de mecanismos de recolocação de mão-de-obra, o incentivo à admissão, dentre outros. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 24 Das Formas de estabilidade: a) Estabilidade Definitiva: a1) Art. 492 da CLT Decenal: Trata-se da estabilidade daquele empregado que tinha mais de dez anos de efetivo exercício antes da CF/88 e que por isso tinha o direito a estabilidade definitiva, mais conhecida como estabilidade decenal. a2) Art. 41 da CRFB: É a estabilidade do servidor público que é adquirida através do efetivo exercício após 3 anos, a3) Art. 19 da ADCT: Este artigo garante estabilidade ao empregado público após cinco anos de prestação de serviços contínuos a estes órgãos, antes da vigência da CF/88. Esta estabilidade é abosluta, personalíssima, definitiva e “ope judicis”. b) Estabilidade Provisória: b1) Dirigente sindical (art. 543, parágrafo 3º da CLT) Art. 543 da CLT O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. § 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito, inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação. § 5º - Para os fins deste artigo, a entidade sindical comunicará por escrito à empresa, dentro de 24 (vinte e quatro) horas, o dia e a hora do registro da candidatura do seu empregado e, em igual prazo, sua eleição e posse, fornecendo, outrossim, a este, comprovante no mesmo sentido. O Ministério do Trabalho fará no mesmo prazo a comunicação no caso da designação referida no final do § 4º. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 25 Súmula 369 do TST I - É indispensável a comunicação, pela entidade sindical, ao empregador, na forma do § 5º do art. 543 da CLT. II - O art. 522 da CLT, que limita a sete o número de dirigentes sindicais, foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. III- O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. Súmula 379 do TST O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave mediante a apuração em inquérito judicial, inteligência dos arts. 494 e 543, §3º, da CLT. OJ 369 da SDI-1 do TST O delegado sindical não é beneficiário da estabilidade provisória prevista no art. 8º, VIII, da CF/1988, a qual é dirigida, exclusivamente, àqueles que exerçam ou ocupem cargos de direção nos sindicatos, submetidos a processo eletivo. OJ 365 do TST Membro de conselho fiscal de sindicato não tem direito à estabilidade prevista nos arts. 543, § 3º, da CLT e 8º, VIII, da CF/1988, porquanto não representa ou atua na defesa de direitos da categoria respectiva, tendo sua competência limitada à fiscalização da gestão financeira do sindicato (art. 522, § 2º, da CLT). B2) Empregados eleitos membros da Comissão Interna de Prevenção de acidentes de trabalho (CIPA) – art. 10 da ADCT e 165 da CLT Os empregados eleitos membros da CIPA que são os representantes dos empregados e não os designados pelo empregador, terão assegurados, tanto o suplentes quanto os efetivos uma estabilidade provisória, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato. O artigo 165 da CLT estabelece que o empregado, eleito membro da CIPA, poderá ser dispensado por razões de ordem técnica, econômico-financeira ou disciplinar (justa causa) devidamente comprovada. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 26 CIPA - Súmula 339 do TST I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário. B3) Gestante (art. 10, II, b da ADCT CF/88) GESTANTE - Súmula 244 do TST I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT). II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. III - Não há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de admissão mediante contrato de experiência, visto que a extinção da relação de emprego, em face do término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou sem justa causa. B4) Acidentado (art. 118 da Lei 8213/91) Súmula 378 do TST I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado. II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 27 B5) Membros do Conselho Nacional de Previdência Social (art. 3º, parágrafo 7º da lei 8213/91). Os representantes dos empregados que tiverem em atividade sejam titulares ou suplentes no Conselho Nacional de Previdência Social terão direito à estabilidade desde a nomeação até um ano após o término do mandato de representação somente podendo ser dispensados por motivo de falta grave regularmente comprovada por inquérito. B6) Empregados eleitos diretores de Sociedade Cooperativa (art. 55 da Lei 5.764/71). Os empregados eleitos diretores de cooperativas estão abrangidos pelas mesma estabilidade provisória do art. 543, ou seja, desde o registro da candidatura até um ano após o término do mandato. OJ 253 da SDI-1 do TST O art. 55 da Lei nº 5.764/71 assegura a garantia de emprego apenas aos empregados eleitos diretores de Cooperativas, não abrangendo os membros suplentes. B7) Empregados eleitos membros de Comissão de Conciliação Prévia (CCP)- art. 625 B CLT O art. 625-B parágrafo 1º da CLT proíbe a dispensa dos representantes dos empregados eleitos das comissões de conciliação prévia instituídas no âmbito das empresas, titulares e suplentes salvo quando houver a prática de justa causa. Sua estabilidade estende-se aos titulares e suplentes e inicia-se com a eleição, terminando dentro de uma no após o final do mandato. Será permitida uma reeleição. B8) Empregados Membros do Conselho Curador do FGTS – art. 3º, parágrafo 9º da Lei 8036/90. Os representantes dos empregados no Conselho Curador do FGTS efetivos e suplentes tem direito à estabilidade desde a nomeação até uma não após o término do mandato. 4.8. Da Despedida e da Reintegração de empregado estável: A reintegração é o retorno do empregado estável ao emprego na mesma função que exercia em face da dispensa patronal arbitrária ou sem justa causa. Ocorrerá com todos os ressarcimentos e vantagens. (arts. 494 e 496 da CLT) CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 28 Art. 494 - O empregado acusado de falta grave poderá ser suspenso de suas funções, mas a sua despedida só se tornará efetiva após o inquérito e que se verifique a procedência da acusação. Parágrafo único - A suspensão, no caso deste artigo, perdurará até a decisão final do processo. Art. 496 - Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação em indenização devida nos termos do artigo seguinte. A Súmula 396 do TST estabelece que exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os salários do período compreendido entre a data da despedida e o final do período de estabilidade, não lhe sendo assegurada a reintegração no emprego. A Súmula 396 do TST estabelece que não haverá nulidade por julgamento “extra petita” da decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT. Súmula 396 do TST I - Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os salários do período compreendido entre a data da despedida e o final do período de estabilidade, não lhe sendo assegurada a reintegração no emprego. II - Não há nulidade por julgamento “extra petita” da decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT. RELEMBRANDO: Hipóteses de terminação do Contrato de Trabalho: a) Resilição; ocorre quando uma ou ambas as partes resolvem sem justo motivo romper o contrato de trabalho. Poderá ser de 3 tipos: 1. Dispensa sem justa causa do empregado: é quando o empregador dispensa o empregado imotivadamente, neste caso o empregado fará jus aos seguintes direitos: CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 29 • Aviso prévio trabalhado ou Indenizado. • Saldo de salários. • Indenização das férias integrais não gozadas simples ou em dobro, acrescidas do terço constitucional. • Indenização das férias proporcionais acrescidas do terço constitucional. • Décimo-terceiro salário • indenização compensatória de 40% sobre FGTS. • Levantamento do saldo existente na conta vinculada do FGTS. • Recebimento das guias do seguro-desemprego • Indenização adicional de 1 salário mensal quando dispensado nos 30 dias que antecedem a data base de sua categoria. 2. Pedido de demissão do empregador: O empregado é quem rompe sem motivo o contrato de trabalho. Ao pedir demissão terá o dever de dar o aviso prévio, sob pena do empregador descontar o s salários correspondentes a este período. Fará jus aos seguintes direitos: • Saldo de salários • Indenização das férias integrais não gozadas simples ou em dobro acrescidas do terço constitucional. • Indenização das férias proporcionais acrescidas do terço constitucional, mesmo que o empregado não tenha completado 1 ano de empresa. (S. 261 TST). • Décimo terceiro salário. Súmula 261 do TST O empregado que se demite antes de complementar 12 (doze) meses de serviço tem direito a férias proporcionais. 3. Distrato: é a hipótese de resilição contratual em que o contrato de trabalho é extinto por mútuo acordo, tendo o empregado direitos iguais aos da dispensa imotivada deliberada pelo empregador em face do princípio de proteção ao hipossuficiente. b) Resolução: relaciona-se com a inexecução faltosa das obrigações contratuais por parte de um ou dos dois contratantes, podendo ocorrer tanto no contrato por prazo determinado quanto no por prazo indeterminado. Três formas: dispensa do empregado por justa causa, rescisão ou despedida indireta e culpa recíproca. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 30 Justa Causa: Quebra da boa-fé e da confiança pelo empregado que praticou ato faltoso tipificados no art. 482 da CLT, sendo incompatível a continuidade da relação de emprego. • Incontinência de conduta: Desregramento ligado à vida sexual do indivíduo. Mau procedimento: Comportamento do empregado na prática de atos que atinjam a moral. • Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando consistir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado ou for prejudicial ao serviço. • Condenação criminal do empregado passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena. • Desídia no desempenho das respectivas funções: É o desempenho das atividades com negligência, imprudência ou imperícia. • Embriaguez habitual ou em serviço. • Violação de segredo da empresa. • Ato de Indisciplina ou Insubordinação. • Abandono de emprego: ausência reiterada e injustificada do empregado ao trabalho por certo período de tempo, de 30 dias contínuos. (S. 32 TST) Súmula 32 do TST ABANDONO DE EMPREGO Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer. • Ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa ou ofensas físicas nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa própria ou de outrem. Exs. Agressão moral ou física praticada no ambiente de trabalha a outros empregados ou a terceiros. • Atos lesivos da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador ou superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa própria ou de outrem. • Prática constantes de jogos de azar. Exs. Loterias, bingos A doutrina entende que somente será considerada justa causa se perturbar o ambiente de trabalho. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 31 • Atos atentórios à segurança nacional. • Outras hipóteses: Não uso dos EPIS e não observância das normas de medicina e segurança do trabalho, declaração falsa sobre o percurso abrangido pelo vale-transporte ou o seu uso indevido, Atos graves praticados na greve em desrespeito à lei 7.783/89, bancário que reiteradamente deixa de pagar dívidas legalmente exigíveis, entre outros. Configurada a demissão por Justa causa o empregado terá direito a saldo de salários e a Férias simples ou em dobro acrescidas de 1/3 Atenção: ELE NÃO TERÁ DIREITO: • FÉRIAS PROPORCIONAIS • AVISO PRÉVIO • 13º SALÁRIO • LEVANTAMENTO DE FGTS • 40% DE INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA • GUIAS CD/SD Rescisão ou despedida Indireta: ocorre quando a falta grave é cometida pelo empregador. Estão tipificadas no art. 483 da CLT. • Forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes ou alheios ao contrato. Ex. Mulher só poderá carregar no máximo 20 quilos e o empregador exige que ela carregue 40 quilos. • For tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivos. • Correr perigo manifesto de um mal considerável. • Não cumprir o empregador as obrigações do contrato. • Praticar o empregador ou seus prepostos contra ele ou pessoas de sua família ato lesivo da honra e boa fama. • Empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente salvo em caso de legítima defesa própria ou de outrem. • O empregador reduzir o seu trabalho por peça ou por tarefa de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários. • Art. 407 CLT: Menor mudar de função. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 32 Culpa Recíproca: Prevista no art. 484 da CLT, ocorre quanto tanto o empregado quanto o empregador praticam Justa causa tipificadas nos artigos 482 e 483 da CLT. • S. 14 TST Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho o empregado tem direito a 50% do valor do aviso prévio, do décimo-terceiro salário e das férias proporcionais. • 20% da indenização compensatória do FGTS. Súmula 14 do TST Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinqüenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais. Rescisão: A rescisão contratual corresponde a ruptura do contrato de trabalho decorrente de nulidade. Ex. A administração pública direta ou indireta contrata sem concurso público, gerando nulidade do contrato de trabalho. Súmula 363 do TST A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS. 4.9. Outros pontos importantes: Multas: Conforme estabelece o art. 477, parágrafo 1º da CLT toda vez que o contrato de trabalho do empregado for superior a 1 ano na empresa, será obrigatória a homologação da sua dispensa pelo Sindicato profissional ou pelo Ministério do Trabalho. Conforme já mencionamos o descumprimento desses prazos para pagamento das verbas rescisórias resulta no pagamento, por parte do empregador, de duas multas. Uma multa administrativa que é aplicada pelo Ministério do Trabalho através de sua fiscalização ( 160 UFIR para cada empregado envolvido) – art. 477 § 8º. Já a outra é a favor do próprio empregado, no valor de seu salário, devidamente corrigido (art.477, caput da CLT) CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 33 Art. 477 da CLT É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direito de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma empresa § 8º A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando comprovadamente, o trabalhador der causa à mora. A possibilidade de não pagamento dessas multas pelo descumprimento dos prazos é a exceção da empresa em processo de falência e quando “comprovadamente , o empregado der causa à mora” (§ 8º do art. 477) È importante mencionar a OJ 351 do TST que estabelece que a multa prevista no art. 477, parágrafo 8º da CLT é incabível quando houver fundada controvérsia quanto à existência da obrigação cujo inadimplemento gerou a multa. Art. 467 da CLT Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinqüenta por cento. Lembretes: Nesse caso o art. 467 da CLT e com a sua nova redação, trata- se de acréscimo sobre as verbas rescisórias (aquelas descritas no quadro da aula 06) e não apenas sobre o saldo salarial. Essa multa também é devida a entidades estatais “Multa. Art. 477 da CLT. Pessoa Jurídica de Direito Público. Aplicável.” CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 34 Homologações e formas de Pagamento: A CLT estabelece certas formalidades para o ato de terminação do contrato de trabalho, com o pagamento das verbas rescisórias e isso se deve ao fato de assegurar transparência e isenção à manifestação das vontades da partes. Assim, a homologação da rescisão segue um rito especial, conforme veremos abaixo: ¾ Haverá a obrigatoriedade de participação do Sindicato Profissional ou órgão do Ministério do Trabalho e Emprego ( art. 477 §§1º ao 3º e 500 da CLT). ¾ Em locais onde não existam esses entes, essa assistência poderá ser prestada pelo Ministério Público do Trabalho, Defensor Público ou Juiz de Paz. Exceções: Não haverá essa obrigatoriedade nos casos de extinção do contrato de trabalho com um ano ou menos de serviço, art. 477, § 1º da CLT, seja por dispensa do empregador ou por pedido de demissão do empregado. Art. 477 da CLT É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direito de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma empresa. § 1º O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão do contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de 1 (um) ano de serviço, só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho. § 2º O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou forma da dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas parcelas. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 35 § 3º Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos previstos neste artigo, a assistência será prestada pelo representante do Ministério Público ou, onde houver, pelo defensor público, e, na falta ou impedimento destes, pelo juiz de paz. Art. 500 da CLT O pedido de demissão do empregado estável só será válido quando feito com assistência do respectivo Sindicato e, se não houver, perante autoridade local competente do Ministério do Trabalho ou da Justiça do trabalho. No caso de menor de 18 anos, independentemente da duração do contrato de trabalho, mantêm a obrigatoriedade dessa assistência dos responsáveis legais. É importante não confundir que a obrigatoriedade da assistência dos responsáveis legais é na rescisão do contrato,quando do recebimento das verbas rescisórias e, não no recibo de pagamento dos salários (art. 439 da CLT). Art. 439 da CLT É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém, de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de dezoito anos dar, sem assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe for devida. No caso de dirigente Sindical também haverá a necessidade de Assistência Sindical, independentemente do prazo contratual (art.500), isso se deve ao fato de que o dirigente Sindical detém estabilidade- Súmula 197 do STF, Súmula 379 TST, tanto na dispensa como em se pedido de demissão. Súmula 379 do TST O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave mediante a apuração em inquérito judicial, inteligência dos arts. 494 e 543, §3º, da CLT. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 36 Art. 543 da CLT O empregado eleito para o cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. § 1º. O empregado perderá o mandato se a transferência for por ele solicitada ou voluntariamente aceita § 2º. Considera-se de licença não remunerada, salvo assentimento da empresa ou cláusula contratual, o tempo em que o empregado se ausentar do trabalho no desempenho das funções a que se refere este artigo § 3º. Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito, inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação § 4º. Considera-se cargo de direção ou de representação sindical aquele cujo exercício ou indicação decorre de eleição prevista em lei. § 5º. Para os fins deste artigo, a entidade sindical comunicará por escrito à empresa, dentro de 24 (vinte e quatro) horas, o dia e a hora do registro da candidatura do seu empregado e, em igual prazo, sua eleição e posse, fornecendo, outrossim, a este comprovante no mesmo sentido. O Ministério do Trabalho fará no mesmo prazo a comunicação no caso da designação referida no final do § 4º. § 6º. A empresa que, por qualquer modo, procurar impedir que o empregado se associe ao sindicato, organize associação profissional ou sindical ou exerça os direitos inerentes à condição de sindicalizado, fica sujeita à penalidade prevista na letra a do artigo 553, sem prejuízo da reparação a que tiver direito o empregado. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 37 Ainda considerando as formalidades relativas a extinção do contrato de trabalho, é também importante registrar que o recibo rescisório “deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminando seu valor, sendo válida a quitação, apenas , relativamente às mesmas parcelas.” ( art. 477§2º). Os pagamentos devem ser específicos e claros a despeito de qual parcela se refere, a legislação trabalhista veda recibos genéricos e que diz respeito a várias parcelas, isso é considerado salário complessivo. Súmula 91 do TST. Súmula 91 do TST SALÁRIO COMPLESSIVO Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador. Súmula 261 do TST Férias proporcionais – Pedido de demissão – Contrato vigente há menos ano. O empregado que, espontaneamente, pede demissão, antes de completar doze meses de serviço, não tem direito a férias proporcionais. Órgãos competentes para homologar as rescisões: Os Órgãos competentes para homologar a rescisão contratual prevista no art. 477 da CLT para aqueles empregados que tem mais de um ano de serviço na empresa são: O Sindicato ou o Ministério do trabalho e Emprego. Quando não existir estes órgãos na localidade a assistência, como já dito anteriormente será prestada por representante do Ministério Público ou, onde houver, pelo defensor público e, na ausência ou impedimento destes pelo juiz de paz. (art. 477, parágrafo 3º da CLT) A OJ 16 da SDC estabelece que não se admite a cobrança de taxa para a homologação da rescisão contratual pelo Sindicato, ainda que estabelecida em negociação coletiva. Súmula 330 do TST A quitação passada pelo empregado, com assistência de entidade sindical de sua categoria, ao empregador, com observância dos requisitos exigidos nos parágrafos do art. 477 da CLT, tem eficácia liberatória em relação às parcelas expressa-mente consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva expressa e CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 38 especificada ao valor dado à parcela ou parcelas impugnadas.I - A quitação não abrange parcelas não consignadas no recibo de quitação e, conseqüentemente, seus reflexos em outras parcelas, ainda que estas constem desse recibo. II - Quanto a direitos que deveriam ter sido satisfeitos durante a vigência do contrato de trabalho, a quitação é válida em relação ao período expressamente consignado no recibo de quitação. 4.10. Questões de Prova: 1. (FCC/Analista Executor de Mandados/TRT-16ª Região/2009) O pagamento relativo ao período de aviso prévio (A) apenas indenizado está sujeito à contribuição para o FGTS acrescido de 50%. (B) apenas trabalhado está sujeito à contribuição para o FGTS. (C) trabalhado ou indenizado está sujeito à contribuição para o FGTS. (D) apenas indenizado está sujeito à contribuição para o FGTS. (E) trabalhado ou indenizado não está sujeito à contribuição para o FGTS. 2. (FCC/Técnico Judiciário – TRT/Campinas -2009) Com relação ao aviso prévio é INCORRETO afirmar: (A) A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado. (B) Não é devido o aviso prévio na despedida indireta. (C) A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo. (D) O valor das horas extras habituais integra o aviso prévio indenizado. (E) A falta do aviso prévio do empregador dá ao empregado o direito aos salários do período correspondente. 3. (ESAF – Procurador Geral da Fazenda Nacional/2007) No que concerne à despedida do empregado por justa causa, é correto afirmar: a) Na hipótese de prática de ato de improbidade pelo empregado, a ausência de imediatidade, na punição do trabalhador faltoso, não implica no perdão tácito em face da gravidade da falta cometida. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 39 b) O bancário poderá ter o seu contrato de trabalho rescindido por justa causa mercê da ausência contumaz de pagamento de dívidas legalmente exigíveis. c) As faltas praticadas pelo empregado fora do ambiente da empresa não poderão ser consideradas para efeito de dispensa por justa causa do trabalhador, mesmo em se tratando de atos de concorrência ao empregador. d) A legislação obriga o empregador, quando da ocorrência de despedida por justa causa, a comunicar por escrito ao empregado tal circunstância. e) A embriaguez conquanto habitual, mas levada a efeito em período posterior ao da prestação de serviço, rende ensejo à despedida do empregado por justa causa, pois tal panorama pode interferir na satisfatória execução dos serviços por parte do empregado. 4. (UnB/CESPE - Exame de Ordem 2008.2) Antônio, contratado como vigilante noturno de uma instituição financeira, abandonou, em duas oportunidades distintas, sem justificativa, seu posto de trabalho, por cerca de 30 minutos, para resolver questões particulares, fato comprovado por testemunhas. Na situação hipotética apresentada, a atitude de Antônio, para fins de despedida por justa causa, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, é considerada A) abandono de emprego. B) ato de improbidade. C) ato de indisciplina ou de insubordinação. D) desídia no desempenho de suas funções. 5. (UnB/CESPE - Exame de Ordem 2008.2) A direção da empresa Vale Verde Ltda. divulgou, por meio de circular interna, a proibição de fumar nos ambientes fechados da empresa, tendo sido estabelecidos locais específicos para a prática do tabagismo. Jorge, empregado da empresa Vale Verde Ltda., fumante há mais de 20 anos, descumpriu tal norma, e, por diversas vezes, foi flagrado fumando nos ambientes fechados da empresa, tendo sido, nessas ocasiões, advertido pelo empregador. Considerando a situação hipotética acima e com base na legislação trabalhista, assinale a opção correta. CURSO ON‐LINE – DIREITO DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 40 A) A atitude de Jorge, que se caracteriza como incontinência de conduta ou mau procedimento, constitui motivo de dispensa por justa causa. B) A atitude de Jorge não se caracteriza como desobediência à determinação do empregador dado o grau de dependência em relação ao cigarro, já que ele é fumante há mais de 20 anos. C) Como a atitude de Jorge não gera prejuízo para a empresa, mas apenas desconforto para seus colegas de trabalho, ele não pode ser punido por fumar em ambientes fechados da empresa. D) O ato de fumar nos ambientes fechados da empresa constitui motivo de despedida por justa causa por ato de indisciplina, uma vez que Jorge descumpriu uma ordem geral do empregador. 6. (ESAF - Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional/2006) Sobre a renúncia e
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